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BASES TEÓRICAS DOS JOGOS E DAS BRINCADEIRAS

CURSO DE PEDAGOGIA

BASES TEÓRICAS DOS JOGOS E DAS

BRINCADEIRAS

A criança não tem capacidade para considerar as noções

adultas de mundo da fantasia e mundo real. Ela só
conhece um mundo, e este é exatamente o mundo real
no qual e com o qual ela brinca. Ela não está brincando
Prof. Ms. Anderson Soares de Souza de viver. Brincar é viver (Joseph Pearce, 1987, p. 181)

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Jean-Jacques Rousseau, filósofo suíço (1712-1778)

- Jogo ao contexto educacional;

- “em todos os jogos as crianças sofrem sem se queixar,
rindo mesmo, o que nunca sofreriam de outro modo
Johann Heinrich Pestalozzi, pedagogo suíço (1746-1827)
sem derramar torrentes de lágrimas” (Rousseau,
1987, p. 87).
- “a escola é uma verdadeira sociedade, na qual o
sendo de responsabilidade e as normas de
cooperação são suficientes para educar as crianças, e
o jogo é um fator decisivo que enriquece o senso de
responsabilidade e fortifica as normas de
cooperação” (apud Gadotti 1993, p. 54).

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John Dewey, pedagogo e filósofo

norte-americano (1859-1952)

- Entendia que o jogo “faz parte do

desenvolvimento natural da
criança... a escola deve
Friedrich Fröbel, pedagogo alemão (1782-1852) representar a vida presente, uma
vida tão real e vital para a criança
- A Pedagogia deve considerar a criança como como a que vive em sua casa, na
atividade criadora e despertar nelas, por meio de vizinhança ou no campo de jogo”
estímulos, as suas faculdades para criação produtiva; (Dewey, 1940, p. 22)
- Seu pensamento fortalece os métodos lúdicos na
educação.

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Maria Tecla Artemisia Montessori,
pedagoga, médica, italiana (1870-1952)
Roger Cousinet, pedagogo francês
- Refletiu sobre a tríade “atividade,
(1881-1973)
individualidade e liberdade;
- Criadora do “material dourado”
- Jogo e brincadeira: atividades
- Pensou a educação baseada em jogos
naturais da criança;
sensoriais intra e extraescolares.
- A ação educativa precisa ter
como método pedagógico
(base) o jogo.

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Anton Makarenko, pedagogo russo

(1888-1939)

- Menores abandonados;
- O jogo está para a criança como
Georges Snyders, pedagogo francês (1916-2011)
trabalho está para o adulto.
- “O carinho, como o jogo e a
- Pensou o lúdico como um prazer que conduz à
comida, exige certa dosagem”.
construção do conhecimento;
- Condenou a escola enfadonha;
- “A distância entre o escolar e o vivido fora da escola
é tao grande que a escola se descobre desbotada e
fantasiosa” (Snyders, 1993, p. 120).

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Paulo Freire

Paulo Freire, educador brasileiro (1921-

1997)

- O brincar constroi/reconstroi o
saber;
- Ressalta o valor da alegria na escola.

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Gilles Brougère, filósofo e antropólogo A PSICOGÊNESE DE PIAGET

francês  Nos estágios do desenvolvimento formulados por Piaget temos a etapa na
qual ocorre a gênese do jogo, que vai do nascimento até o segundo ano de
- “a brincadeira é boa por que a vida (diagrama):
Estágio das
natureza pura, representada pela Estágio Estágio intuitivo Estágio operatório operações
criança, é boa; tornar a brincadeira E
T
sensório-motor simbólico concreto formais

um suporte pedagógico é seguir a A Jogos simbólicos. Início Interioriza ações, Operações

P Gênese do jogo dos jogos de regras aos capacidade de mentais à luz
natureza” (Brougère, 1997, p. 91). A cinco anos, reversibilidade. da lógica
S Jogos de intensificando-se aos Jogos de regras formal. Forma
exercícios sete e perdurando ao que perduram ao final de
sensórios- longo do longo do equilíbrio,
motores desenvolvimento. desenvolvimento. autonomia.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

Idade em anos...

Fonte: Miranda (2013, p. 25)

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A PSICOGÊNESE DE PIAGET A PSICOGÊNESE DE PIAGET

 Piaget classifica o jogo infantil progressivamente em três grupos:

 OS JOGOS DE EXERCÍCIOS SENSÓRIO-MOTORES

OS JOGOS DE EXERCÍCIOS SENSÓRIO-MOTORES Característicos na criança recém nascida, na forma de

gesticulações típicas da idade, até por volta dos dois anos.

OS JOGOS SIMBÓLICOS

OS JOGOS DE REGRAS

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A PSICOGÊNESE DE PIAGET A PSICOGÊNESE DE PIAGET

 OS JOGOS SIMBÓLICOS  OS JOGOS DE REGRAS

Reina a capacidade imaginativa, o desempenho de papeis e a Aparecem a competitividade e os acordos necessários à sua
imitação, que surgem por volta dos dois anos e perduram até realização, que surgem por volta dos cinco anos e intensificam-se
mais ou menos seis anos. aos sete, acompanhando o sujeito por todo o curso de seu
desenvolvimento.

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A PSICOGÊNESE DE PIAGET A PSICOGÊNESE DE PIAGET

OS ESTÁGIOS DA IMITAÇÃO – 1º estágio
Para Piaget, o jogo constitui-se quando a assimilação é
produzida antes da acomodação, sendo então o jogo
considerado um complemento da imitação;

Considerando a imitação, este autor reconhece a existência de

seis estágios progressivos e a partir desses estágios define
três grandes tipos de estruturas mentais que surgem na
evolução do brincar: o exercício, o símbolo e a regra.

OS ESTÁGIOS DA IMITAÇÃO.

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A PSICOGÊNESE DE PIAGET A PSICOGÊNESE DE PIAGET

OS ESTÁGIOS DA IMITAÇÃO – 2º estágio OS ESTÁGIOS DA IMITAÇÃO – 3º estágio

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A PSICOGÊNESE DE PIAGET A PSICOGÊNESE DE PIAGET

OS ESTÁGIOS DA IMITAÇÃO – 4º estágio OS ESTÁGIOS DA IMITAÇÃO – 5º estágio

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A PSICOGÊNESE DE PIAGET O AMBIENTE SÓCIO-HISTÓRICO-CULTURAL DE VYGOTSKY

OS ESTÁGIOS DA IMITAÇÃO – 6º estágio

O grande tesouro que a criança herda

quando joga reside nas consequências do
ato de imaginar, de planejar, de representar
e, fundamentalmente, do simulacro
(representação) da vida social;
A atividade lúdica cria uma ZDP própria da
criança, de maneira que, durante o período
em que joga, ela está sempre além da sua
idade real.
“No brinquedo é como se a criança fosse
maior do que é na realidade” (Vygotsky,
1984, p. 177).

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O AMBIENTE SÓCIO-HISTÓRICO-CULTURAL DE VYGOTSKY

Brincar possibilita a ampliação do desenvolvimento cognitivo

e social;

Vygotsky dá importância ao jogo simbólico: o “faz de conta”

em que a criança está na fronteira que separa a realidade e
fantasia.
O Faz de conta ajuda a expandir a imaginação, a assimilar a
realidade a exercitar a fantasia;
O jogo simbólico abre a possibilidade da aprendizagem da
linguagem escrita.

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O JOGO EM WALLON O JOGO EM WALLON

Wallon classifica infantil como sendo sinônimo de lúdico, quer Wallon entende que o jogo compõe aquilo que foi assimilado
isto é, o período infantil é a fase no qual predomina o lúdico e pelo adulto, determinando quatro fases:
nossa criatividade de forma mais espontânea.

O brincar irá contribuir para o crescimento da criança e - Jogos Funcionais;

consequentemente auxiliar no desenvolvimento da mesma;
- Jogos de Ficção;
O jogo seria uma atividade voluntária, livre da criança e
quando imposta por outra pessoa perde-se o caráter de jogo e - Jogos de Aquisição;
passa a ser caracterizado com um trabalho ou ensino.
- Jogos de Fabricação.

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O JOGO EM WALLON O JOGO EM WALLON

Jogos Funcionais: são caracterizados por realizar movimentos
simples com o corpo, por meio dos sentidos. A criança irá
reconhecer o prazer em executar funções, possibilitando de
por em ação/prática as várias e novas aquisições adquiridas
pela evolução da motricidade;
Essas atividades são caracterizadas como “lei do efeito”, ou
seja, a criança quando realiza uma ação agradável, ela tende a
repetir buscando o prazer através da repetição.
Jogos de Ficção: a ênfase será no “faz de conta”, na situação
imaginária.
- A criança irá representar/imitar situações, papéis do seu
cotidiano;
- Exemplos: imita os adultos, brinca de imitar a escolinha;
- A interpretação nesta atividade será ampliada.

Exemplos: mover os dedos, tocar objetos, produzir ruídos e

sons, dobrar os braços ou as pernas, entre outras.

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O JOGO EM WALLON
Jogos de Aquisição: Quando o bebê se esforça para
perceber, entender, imitar os gestos, os sons, imagens;
Esta atividade relaciona com a capacidade de olhar, escutar e
realizar esforços que contribuam para a compreensão.
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O JOGO EM WALLON
Jogos de Fabricação: a criança irá distrair-se, se divertir com
atividades manuais de criar, combinar, juntar e transformar;
Estes jogos fazem parte de causa ou consequência do jogo
de ficção, podendo se confundir no mesmo;
Exemplo: Quando a criança cria e improvisa o seu brinquedo.
Esses brinquedos serão a maioria “vinda” da vida fictícia.