camaradagem, amor plural — palavras que as- sustam às almas sensitivas dos monsenhores e abades, aos moraliteístas virtuosos e cavalhei- ros puritanos que só podem ver a verdade da vida através do véu espesso e difuso da " m o - r a l " , da " l e i " , dos "bons costumes" e da " b o a i m p r e n s a " da " g e n t e honesta", piedosamente vestida com a folha de parra do p u n d o n o r . . . Contudo, antes de mais nada e apesar de todos os mais pudicos pudibundos das conven- ções — a capa que encobre o t a r t u f i s m o , a bes- tialidade e a impureza das vestais da virtude social — o problema humano é uma questão sexual. O sexo é cosmos: está na base da vida, t a n - to no plano físico, como no plano mental e psí- quico. " O sexo contem todas as coisas", diz W a l t W h i t m a n . E todas as coisas contêm a sexuali- dade: poderíamos inverter a tese e iríamos muito longe, fecundando no plano e s p i r i t u a l . . .