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https://even3.com.br/ciiee2021
Abstract: This is a theoretical essay that uses bibliographical narrative and aims to
present the dialogue with parents and students mediated by the Religious Education
teacher as a way to fight racism and religious intolerance against students who are
members of African-based religions. In order to meet the objective, the research will go
through three stages. First, to contrast religious teaching in the initial molds of colonial
Brazil with the current molds of post-modernity; second, to discuss racial and religious
prejudice in Brazil and its reality, highlighting the challenges faced by the educator
within the classroom and what this can reflect on the student's life in society; and finally,
the third, to highlight the role of the religious education teacher in combating prejudice
against African-based religions within the classroom. We conclude that the reconciling
role of the religious education teacher will be a key element in this challenge, creatively
using the available tools.
Keywords: Religious Education; Racism, Religious intolerance.
1 Especialista, Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia (SALT/FADBA). E-mail:
paulohenrique.ensino@gmail.com
2 Mestre, Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP). E-mail:
anselmo.vivamelhor@hotmail.com
3 Doutora, Universidade Federal da Bahia (UFBA). E-mail: leimo7@hotmail.com
2º CONGRESSO INTERNACIONAL DE
INVESTIGAÇÃO E EXPERIÊNCIA EDUCATIVA
(2021)
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1 Introdução
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Salientamos ainda que a atitude proselitista não se confunde com ser autêntico e
intencional. Sublinhamos que ser autêntico é vivenciar os princípios e os valores pelos
quais é norteada a vida, sem constrangimento de esclarecer qualquer detalhe quando
requerido por qualquer pessoa e em qualquer lugar, mantendo a lucidez entre os
limiares do direito e do dever. Ser intencional é dividir e compartilhar o que “me faz
bem”, em possível benefício de quem está ao redor, o que pode por exemplo ocorrer
por meio de uma reflexão espiritual inclusiva; isso não se confunde com a inquisição
individual ou coletiva em qualquer de suas formas. Nesse sentido, é proposta uma
abordagem com a possibilidade do incentivo ao exercício da fé e da espiritualidade (sem
distinção de credo) como política de escolas e universidades promotoras da saúde do
escolar/acadêmico.
2 Procedimentos metodológicos
3 Resultados e discussão
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Por ter sido catequizado por padres jesuítas durante o período colonial, o Brasil
instituiu o Ensino Religioso nos primórdios da sua história, ressaltando que emergiu com
os conteúdos de português e matemática. Naquela época, diferentemente dos moldes
atuais, havia uma função doutrinadora ou catequista, já que tal ensino ultrapassava a
incumbência de ensinar aos índios a nova língua, a principal atribuição era catequizá-
los.
Nesse cenário, vale destacar que o crescimento dos índices de violência tem
trazido novas reflexões às autoridades no que se refere à importância da matéria. Em
tempos atuais, o Brasil lidera o ranking mundial de violência nas escolas. De acordo com
Kianek e Romani (2019), o “Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São
Paulo (Apeoesp), em 2017, revela que 51% dos professores da rede estadual já sofreram
algum tipo de violência – porcentual acima dos 44% registrado três anos antes”. Sobre
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INVESTIGAÇÃO E EXPERIÊNCIA EDUCATIVA
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Sobre o papel da escola nesse contexto, Melo (2012, p. 29) afirma que “a escola é
uma instituição socializadora, sendo esta ação [a intolerância], contrariamente,
conservadora da sociedade”. Em tempos contemporâneos, observa-se frequentemente
a ausência dos pais, em função da necessidade de trabalharem para manter a família.
Diante desse quadro, a responsabilidade, o cuidado e a formação moral dos filhos ficam
sob a égide da instituição escolar, tarefa que tradicionalmente estava sob encargo da
família. Desse modo, com mais essa atribuição, os professores, muitas vezes, estão
sozinhos na batalha de educar os alunos. Franklin (2016, p. 63) comenta que “uma
escola que se propõe a educar uma criança precisa estabelecer condições para que ela
consiga, em meio à vivência escolar, adquirir a habilidade de captar significados do
mundo que a cerca”.
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Em relação aos assassinatos, por exemplo, de acordo com o portal Terra (2014),
“dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde apontam
que, no Brasil, 71,4% das 49,3 mil vítimas de homicídios em 2011 eram negras – o que
corresponde a 35,2 mil assassinatos”. Segundo a notícia, “morrem 153,4% mais negros
do que brancos por homicídios no Brasil” (Terra, 2014). Ribeiro (2019) destaca que no
estado do Espírito Santo morrem cinco vezes mais negros do que brancos, ainda que
63,3% da população se autodeclare parda ou negra.
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é de afrodescendentes. Ribeiro (2019) destaca que “70% dos negros estudam em área
de risco no Espírito Santo”.
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Porém, é nas escolas que esse conflito se torna mais frequente, conforme relata
Zuazo (2017, p. 1):
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para o sexto ano, em que as idades variam entre 11 e 12 anos. O autor da reportagem
ainda destaca:
Zuazo (2017, p. 1) comenta que “de acordo com o promotor de vendas Leandro
Bernardo Coelho, de 35 anos, pai da jovem, Kethelyn já vinha sofrendo bullying por
causa da religião desde o início do ano, quando se matriculou na unidade”. Como
Kethelyn, existem diversas crianças e adolescentes em várias partes do Brasil passando
pela mesma situação de ser discriminada.
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4 Considerações finais
Em primeiro lugar, este ensaio observou que, por meio da educação, o racismo e
o preconceito religioso poderão ser devidamente combatidos, e as possibilidades de
obter resultados satisfatórios são potentes. A parceria com alunos e pais é crucial para
a obtenção desse êxito. É preciso haver disponibilidade e compromisso de ambas as
partes. Importa frisar que foram apontados dados e pesquisas realizadas recentemente
acerca do sofrimento experimentado pelas vítimas do racismo e do preconceito
religioso.
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Referências
HOMICÍDIOS no Brasil: 71,4% das vítimas são negras. Portal Terra, 13 maio
2014. Disponível em: https://www.terra.com.br/noticias/brasil/homicidios-no-
brasil-714-das-vitimas-sao-
2º CONGRESSO INTERNACIONAL DE
INVESTIGAÇÃO E EXPERIÊNCIA EDUCATIVA
(2021)
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RIBEIRO, Isaac. Negros não têm acesso a emprego e são principais vítimas da
violência. A Gazeta, 16 nov. 2019. Disponível em:
https://www.agazeta.com.br/es/gv/negros-nao-tem-acesso-a-emprego-e-sao-
principais-vitimas-da-violencia-1119. Acesso em: 31 jan. 2019.
RICARDO, Paulo. Allan Kardec, sobre os negros: "sem dúvida, são uma raça
inferior". O Catequista, 4 set. 2013. Disponível em:
http://www.ocatequista.com.br/blog/item/9978-allan-kardec-sobre-os-negros-
sm-duvida-sao-uma-raca-inferior. Acesso em: 30 jan. 2020.