E O MERCADO DE
TRABALHO INFORMAL
Economia do Trabalho
[DATA]
[NOME DA EMPRESA]
[Endereço da empresa]
Índice
I. Introdução...........................................................................................................................2
II. Desemprego VS Emprego....................................................................................................2
2.1 Teoria Neoclássica e a Teoria Keynesiana................................................................2
2.1.1 Teoria Neoclássica..............................................................................................2
2.1.2 Teoria Keynesiana..............................................................................................4
III. Políticas de emprego em Portugal.................................................................................5
IV. Mercado de trabalho informal......................................................................................8
4.1 Causas do trabalho informal...................................................................................10
4.2 Vantagens e desvantagens do trabalho informal....................................................10
4.2.1 Vantagens de trabalhador formal...................................................................11
V. Conclusão..........................................................................................................................12
VI. Referencias Bibliograficas...........................................................................................12
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I. Introdução
II. Desemprego VS Emprego
O desemprego afeta milhões de pessoas pelo mundo, independentemente do grau
de desenvolvimento de um país. Entretanto, os maiores números de cidadãos e cidadãs
sem emprego formal localizam-se em países emergentes e/ou subdesenvolvidos, algo
que preocupa organizações internacionais, como a Organização Internacional do
Trabalho (OIT) e a Organização das Nações Unidas (ONU).
Este conceito, de forma simplificada, se refere às pessoas com idade para
trabalhar (acima de 14 anos) que não estão trabalhando, mas estão disponíveis e tentam
encontrar trabalho. Assim, para alguém ser considerado desempregado, não basta não
possuir um emprego. Podemos definir desemprego também como sendo algo que atinge
grande parte da população em idade ativa, a chamada População Economicamente Ativa
(PEA), que, ao não conseguir empregos formais, passa a viver na informalidade, em
subempregos, ou mesmo sem nenhuma ocupação. Contudo, há casos em que os
desempregados formais (aqueles que possuíam empregos com carteira assinada e
demais garantias celetistas) encontram ocupação no mercado informal, como
ambulantes, autônomos, entre outros. Essas pessoas, mesmo estando empregadas
informalmente (sem as garantias celetistas), podem ser consideradas desempregas por
órgãos oficiais.
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Dessa forma, o ponto de encontro das funções de oferta e demanda de mão-de-
obra indicaria, em condições normais, o nível de equilíbrio de pleno emprego, por
definição, independentemente da perceção que se tenha sobre a existência de
desemprego involuntário, que só pode ser entendido, portanto, como voluntário pela
teoria neoclássica, como destaca Victoria Chick (1993: 144-6). O pleno emprego, dessa
forma, tem uma definição técnica, ou seja, é a situação na qual as funções de oferta e
demanda de mão-de-obra se equilibram no mercado de trabalho, não se referindo a
dados empíricos sobre o volume da população economicamente ativa. O equilíbrio no
mercado de trabalho, por definição, garante que esta PEA esteja plenamente ocupada. O
desemprego, portanto, é uma situação de desequilíbrio e se manifesta, em princípio,
como desemprego voluntário, no sentido de que os trabalhadores estão tentando impor
uma condição que não condiz com a determinada pelo mercado (por exemplo, um
salário real muito elevado), e os mecanismos deste mercado reagem produzindo o
desemprego.
Para a teoria neoclássica, portanto, o desemprego é uma situação anormal no
contexto de uma economia de mercado. Somente fatores exógenos poderiam explicar o
mau funcionamento do mercado de trabalho. Em geral, a economia estaria sempre no
pleno emprego de trabalho e também dos outros fatores de produção, que seria a
situação de equilíbrio e de market clearing, conforme previsto pela lei de Say, segundo
a qual cada oferta cria sua própria demanda. Isto significa que não é possível que
exista desemprego involuntário, com exceção de desemprego fricional, desde que o
mercado funcione livremente e sem obstáculos regulamentares. Observe os dois
gráficos acima para uma melhor compreensão.
Os defensores da teoria neoclássica acreditam que o excesso de regulamentação
do mercado de trabalho representa um obstáculo intransponível para seu correto
funcionamento. Então, se os salários podem subir e descer livremente, sem convenções
ou regulamentos, ou se não houver obstáculos à contratação e despedidas, entre outras
medidas de liberalização, o desemprego não existiria.
Os neoclássicos equiparam o mercado de trabalho com um mercado
perfeitamente competitivo, e apontam diretamente os sindicatos e especialmente os
governos como a causa do desemprego, ao impor condições aos empregadores tais
como salários mínimos, que impedem o ajuste apropriado entre oferta e demanda. Em
uma situação de desemprego, o que acontece é que há um excesso de oferta em relação
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à demanda, mas isso não pode ser resolvido com preços mais baixos, neste caso os
salários.
Instrumentos
Politica Económica
Tributação, Dividas
Externas, Balança de
Pagamentos
Política de Pleno
Emprego ECONOMIA
DE
TRABALHO
Emprego
Oferta
Mercado de Trabalho
Procura
Desemprego
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Nos termos da Constituição da República Portuguesa, compete ao Estado
português promover a execução de políticas de pleno emprego (artigo 58.º), a par com a
obrigatoriedade de apoiar iniciativas e empresas geradoras de emprego, no âmbito da
política industrial (artigo 100.º), de dar uma proteção especial aos jovens no direito de
acesso ao primeiro emprego, ao trabalho e à segurança social (artigo 70.º), bem como a
proteção social a quem se encontra na situação de desemprego involuntário (artigos 59.º
e 63.º).
Em consonância com estes deveres constitucionais, também compete ao Estado
português fazer cumprir o determinado nas Convenções n.º 88 (relativa à organização
do serviço de emprego) e n.º 122 (relativa à política de emprego) da Organização
Internacional do Trabalho, ratificadas, respetivamente, pelo Decreto-Lei n.º 147/72, de
24 de maio e pelo Decreto n.º 54/80, de 31 de julho. Nos termos destas Convenções
compete ao Estado português, nomeadamente:
Manter ou procurar que seja mantido um serviço público e gratuito de
emprego, cuja função essencial é realizar a melhor organização possível
do mercado de trabalho como parte integrante do programa nacional
tendente a assegurar e a manter o pleno emprego;
Declarar e aplicar, como objetivo essencial, uma política ativa com vista
a promover o pleno emprego, produtivo e livremente escolhido e, para o
efeito, deve determinar e rever regularmente medidas apropriadas e
tomar as disposições necessárias à sua aplicação;
Consultar os representantes dos empregadores e dos trabalhadores,
quanto à política de emprego, para que sejam efetivamente consideradas
as suas experiências e opiniões e para que colaborem inteiramente na sua
elaboração.
Mais especificamente, a política de emprego visa atingir os seguintes objetivos:
Melhorar a organização do mercado de trabalho, contribuindo para o
ajustamento quantitativo e qualitativo entre a oferta e a procura de
emprego;
Promover a qualificação ou a reconversão profissional, a experiência
profissional qualificante e a melhoria contínua de conhecimentos,
aptidões e competências ao longo da vida, contribuindo para a
competitividade das empresas e da economia;
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Apoiar o empreendedorismo e a criação e manutenção de postos de
trabalho;
Reduzir as assimetrias regionais do emprego e da qualificação dos
trabalhadores, no contexto do desenvolvimento integrado do território
nacional;
Promover a inserção na vida ativa dos jovens com níveis adequados de
escolaridade e qualificação profissional;
Promover a permanência dos trabalhadores mais velhos no mercado de
trabalho;
Promover a inserção socioprofissional das pessoas com deficiência e
incapacidade e de outros grupos mais desfavorecidos no mercado de
trabalho, nomeadamente os afetados pela pobreza e exclusão social;
Promover a inserção de grupos mais desfavorecidos em atividades
dirigidas a necessidades sociais não satisfeitas pelo normal
funcionamento do mercado, através do mercado social de emprego e das
instituições da economia social;
Atuar preventivamente sobre o desemprego, em particular evitando a
passagem para o desemprego de longa duração;
Promover a adaptabilidade dos trabalhadores face às transformações
organizativas, tecnológicas e de processos de trabalho das empresas e
estabelecimentos;
Facilitar a mobilidade profissional e geográfica dos trabalhadores no
território nacional, noutros Estados-Membros da União Europeia e em
países terceiros;
Promover a conciliação da atividade profissional com a vida familiar;
Promover a igualdade de género no acesso e condições do mercado de
trabalho;
Promover a qualidade do trabalho, nomeadamente pelo respeito da
legislação e da regulamentação coletiva de trabalho;
Assegurar a eficácia da proteção social em situação de desemprego,
estimulando a procura ativa de emprego.
Enquanto Estado-Membro da União Europeia (UE), o Estado português
prossegue a política de emprego no contexto da Estratégia Europeia de Emprego (EEE),
lançada em 1997, quando os países da UE decidiram fixar um conjunto de objetivos
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comuns para as políticas de emprego. A EEE faz hoje parte da estratégia de crescimento
Europa 2020 e é implementada através do Semestre Europeu, um processo anual que
promove a estreita cooperação entre os países da UE e as instituições europeias. A
implementação da EEE, que é apoiada pelo Comité do Emprego, inclui as seguintes
quatro etapas do Semestre Europeu:
As Diretrizes para o emprego, que se consubstanciam em prioridades e
metas comuns para as políticas de emprego propostas pela Comissão
Europeia, aprovadas pelos governos nacionais e adotadas pelo Conselho
da UE;
O Relatório conjunto sobre o emprego, que assenta numa avaliação da
situação do emprego na Europa, na execução das diretrizes para o
emprego e na avaliação do painel dos principais indicadores sociais e de
emprego;
Os Programas nacionais de reforma (PNR) apresentados pelos governos
nacionais e analisados pela Comissão para verificação da conformidade
com a estratégia Europa 2020;
Depois da avaliação dos PNR, a Comissão Europeia publica uma série de
relatórios por país, no quadro dos quais analisa a política económica,
incluindo naturalmente a política de emprego, dos Estados-Membros e
formula recomendações por país.
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O trabalho sempre foi e continua sendo o fator de produção mais importante de
todos os séculos. Usualmente, os economistas medem o trabalho em termos de horas
dedicadas ao serviço, ao salário e a eficiência; tornando o trabalho a essência do
homem. Portanto, o que distingue o homem dos animais é a sua consciência e a
intencionalidade para o trabalho. O trabalho humano pode ser de ordem intelectual ou
corporal. No trabalho humano há a liberdade de criação e de tempo. Para Albornoz
"todo trabalho supõe tendência para um fim e esforço".
A palavra trabalho deriva do latim tripalium ou tripalus, uma ferramenta de três
pernas que imobilizava cavalos e bois para serem ferrados. Curiosamente era também o
nome de um instrumento de tortura usado contra escravos e presos, que originou o
verbo tripaliare cujo primeiro significado era "torturar".
Os gregos e os romanos diferenciavam o trabalho criativo (dos artistas e elites)
do trabalho braçal ou penoso (escravos).
Na economia, o trabalho consiste no esforço humano que permite satisfazer as
necessidades de uma pessoa ou um grupo de pessoas.
Após alguns séculos de pesquisa relacionados com a Economia do Trabalho,
surgiram termos como: Economia informal e Mercado Informal.
O primeiro refere-se as atividades que estão a margem de formalidade, sem
empresas registradas, sem emitir notas fiscais, sem empregados registrados e sem
contribuir com impostos ao Governo. E o segundo refere-se a pirataria de obras, vendas
de armas ilegais, tráfico de drogas, prostituição.
Neste contexto, foram criados também, diversos ramos do trabalho, surgindo os
trabalhos formais, que, por sua vez, tem contrato de trabalho e registro na Carteira
Profissional, seguindo determinadas regras de acordo com a Consolidação das Leis do
Trabalho e; os trabalhos informais que não tem formalidades, ou seja, não tem registro
em carteira e também não tem contrato.
Trabalho informal
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Sem carteira de trabalho assinada
Fig. 2 –4.1Causas
Quadro esquemático sobre oinformal
do trabalho Mercado de Trabalho
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Já quem trabalha formalmente tem essas garantias, férias e direito ao 13°
salários. Confira a seguir mais detalhes sobre as vantagens e desvantagens de cada
modalidade.
Como vantagens, podemos citar a geração de renda quase que imediata oriunda
de possíveis vendas; rotatividade nas funções trabalhistas, aumentando-se o leque de
opções de trabalho; não há patrão, pois o trabalhador exerce suas atividades por conta
própria; flexibilidade nos horários; e uma possível alteração na renda, podendo ganhar-
se mais em outro mês.
Entretanto, essa última vantagem também é uma desvantagem, pois essa
flutuação na renda gera incertezas no planeamento financeiro da pessoa.
Outras desvantagens podem ser encontradas nesse tipo de trabalho, como: a
ausência de carteira assinada, de férias remuneradas, e de auxílios em caso de doenças
ou imprevistos; não contribuição previdenciária, o que prejudica para uma
aposentadoria; não ter renda fixa, o que atrapalha ao pedir empréstimos bancários ou
financiamentos; procura de empregos formais por muitos trabalhadores informais;
constante preocupação com o andamento da economia por não estarem segurados nas
leis trabalhistas, entre outras.
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V. Conclusão
VI. Referencias Bibliograficas
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