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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI

CAMPUS DOM JOSÉ VASQUEZ DIAZ – BOM JESUS/PI

ATIVIDADE AVALIATIVA
CURSO: Direito
DISCIPLINA: Direito Penal III CARGA HORÁRIA: 60h
DIA/HORÁRIO: Quinta-
BLOCO: 5º PERÍODO LETIVO: 2021.2
feira/20h às 22h
PROFESSOR (A): Me. Anna Caroline Reis de Almeida

GLOSSÁRIO
Crime: configura como uma infração de maior potencial ofensivo e um tipo de espécie
do gênero Infração Penal, que é toda conduta que gera lesão penalmente relevante a um
bem jurídico tutelado pelo estado, que está previamente tipificado como ilícita e que
determine, expressamente, o conceito primário e secundário do tipo penal.
Pena: sanção aplicada como forma de punição ou como reparação por uma ação julgada
repreensível.
Tipo Penal: É o conjunto dos elementos do fato punível descrito na lei penal. Refere-se,
a uma construção abstrata do legislador, que descreve legalmente as ações que
considera, em tese, delitivas. Cada tipo tem as suas características e elementos próprios
que os distinguem uma das outras.
Ação Penal: consiste no direito de provocar o Estado na sua função jurisdicional para a
aplicação do direito penal objetivo em um caso concreto.
Crime doloso: É o crime cometido com plena consciência da ilegalidade do fato
praticado, visando o resultado ilícito ou assumindo o risco de vir a produzi-lo.
Crime culposo: é o crime resultante da inobservância do cuidado necessário do agente,
que não intenta nem assume o risco do resultado típico, porém a ele dá causa por
imprudência, negligência e imperícia.
Crime consumado: De acordo com o artigo 14, I, do Código Penal, diz-se consumado
o crime quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal.
Crime tentado: ocorre quando o agente inicia a execução do delito mas este não se
consuma por circunstâncias alheias à sua vontade.
Qualificadora: são aquelas circunstâncias que: a) revelam determinados motivos,
interesses, meios ou modos de execução; b) produzem resultados graves ou gravíssimos
para o bem jurídico afetado; c) expõem a vítima ao maior poder de ação do agente, seja
em função da idade, de parentesco ou outra relação de confiança.
Crime comum: são aqueles que podem ser cometidos por qualquer pessoa, como
exemplo o homicídio, o roubo, entre outros delitos.
Crime próprio: são aqueles que exigem sujeito ativo especial, ou seja, podem ser
praticados somente por certas pessoas, com determinadas qualidades. 
Crime de mão própria: é o crime que só pode ser cometido por pessoa ou pessoas
expressamente definidas, portanto a lei exige uma qualidade especial do agente. Os
crimes de mão própria não admitem coautoria, sendo admitido, porém, a participação.
Crime material: é aquele em que a lei descreve uma ação e um resultado, e exige a
ocorrência deste para que o delito se consume.
Crime formal: é aquele em que a lei descreve uma ação e um resultado, no entanto, o
delito restará consumado no momento da prática da ação, independentemente do
resultado, que se torna mero exaurimento do delito.
Crime de mera conduta: é aquele em que a lei descreve apenas uma conduta, e não um
resultado. Sendo assim, o delito consuma-se no exato momento em que a conduta é
praticada.
Crime de dano:  é aquele que não se consuma apenas com o perigo, é necessário que
ocorra uma efetiva destruição a um bem jurídico penalmente protegido.
Crime de perigo: é aquele que se consuma com a mera situação de risco a que fica
exposto o objeto material do delito, como acontece no crime de periclitação da vida e da
saúde.
Crime comissivo: é aquele cuja conduta típica requer um atuar positivo da parte do
sujeito ativo. Assim, o tipo requer seja o crime praticado por um comportamento ativo.
São crimes praticados mediante uma ação, por uma atividade, um comportamento
atuante.
Crime omissivo: é quando o agente não faz o que pode e deve fazer, e lhe é
juridicamente ordenado. Portanto, o crime omissivo consiste sempre na omissão de uma
determinada ação que o sujeito tinha obrigação de realizar e que podia vir a fazer.
Crime instantâneo de efeitos permanentes: é aquele crime cujo momento
consumativo também ocorre em um determinado e único instante (crime de consumação
imediata), porém produz efeitos perpétuos e irreversíveis.
Crime instantâneo: é aquele cujo momento da consumação se prolonga no tempo por
vontade do agente, como acontece no crime de sequestro, previsto no artigo 148 do
Código Penal, que se consuma com a retirada da liberdade da vítima, mas o delito
continua consumando-se enquanto a vítima permanecer em poder do acusado.
Crime permanente: é o crime que pela vontade do agente se estendem pelo tempo no
momento da consumação.
Crime unissubsistente: é aquele que se realiza com um único ato, como o desacato ou
a injúria, ambos praticados verbalmente.
Crime plurissubsistente: a conduta é fracionada em diversos atos que, somados,
provocam a consumação. Por esse motivo, é admissível a tentativa, como, por exemplo,
no homicídio, no roubo, no estelionato etc.
Crime unissubjetivo: é aquele que pode ser praticado por uma única pessoa, porém
podendo haver o concurso de agentes, sob a forma de coautoria ou participação. 
Crime plurissubjetivo: é aquele que exige a participação de dois ou mais agentes para
a sua execução. Classifica-se conforme o modo como é executado, em crimes de
condutas paralelas, crimes de condutas convergentes e crimes de condutas contrapostas.
Bem jurídico: Trata-se do valor ou interesse de alguém que é protegido por lei, sendo a
base do direito penal para criar normas penais incriminadoras, ou seja, quem atentar
contra ele, será punido.
Bis in idem: É um dos princípios fundamentais do direito penal nacional e internacional
é o princípio da vedação a dupla incriminação ou princípio no bis in idem. Tal princípio
proíbe que uma pessoa seja processada, julgada e condenada mais de uma vez pela
mesma conduta.
Analogia in malam partem: Em caso de omissão do legislador quanto à determinada
conduta, aplica-se a analogia, sendo que a analogia in malam partem é aquela onde
adota-se lei prejudicial ao réu, reguladora de caso semelhante. 
Princípio da especialidade: Uma norma especial acrescenta elemento próprio à
descrição típica prevista. Este princípio determina que haverá a prevalência da norma
especial sobre a geral, evitando o bis in idem, e pode ser estabelecido in abstracto,
enquanto os outros princípios exigem o confronto in concreto das leis que definem o
mesmo fato.
Princípio da consunção: a norma definidora de um crime constitui meio necessário ou
fase normal de preparação ou execução de outro crime, ou seja, há consunção quando o
fato previsto em determinada norma é compreendido em outra, mais abrangente,
aplicando-se somente esta.
Objeto material: de um crime é a pessoa ou a coisa sobre a qual recai a conduta
delituosa. Pode acontecer de o sujeito passivo coincidir com o objeto material do crime,
como é o caso do homicídio, ou não coincidir, como, por exemplo, no crime de furto.
Infanticídio: No código penal brasileiro, o infanticídio é abordado pelo artigo 123, que
indica que o infanticídio implica matar um bebê durante ou logo depois do parto,
estando sob o efeito do estado puerperal. A pena prevista é detenção que pode ir de 2 a
6 anos.
Calúnia: é um crime contra a honra, e consiste em imputar ou atribuir falsamente a
alguém um fato definido como crime. Tal crime atinge a honra objetiva, a qual é uma
percepção externa da sociedade sobre as qualidades de certo indivíduo. 
Injúria: é uma conduta tipificada no código penal que consiste no ato de ofender a
dignidade e o decoro de alguém.
Difamação: É um dos crimes contra a honra tipificados no ordenamento jurídico
brasileiro. É a imputação ofensiva atribuída contra a honorabilidade de alguém com a
intenção de desacreditá-lo na sociedade em que vive, e provocar contra ele desprezo ou
menosprezo da sociedade.

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