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DE MERCADO
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Professor Me. Jorge Van Dal
Mestre em Comunicação Social pela UMESP (Universidade Metodista de São
Paulo). Possui graduação em Comunicação Social Jornalismo (UniCesumar).
Especialista em Marketing (Instituto Paranaense de Ensino). Especialista em
Mídias Digitais (Fatecie). Professor Formador EAD - UniCesumar - Disciplinas
Ministradas: Novas Mídias e Tecnologias em Marketing, Negócios Eletrônicos,
Planejamento Estratégico de Marketing, Pesquisa de Marketing, Comunicação
Empresarial e Negociação. Motivação de indivíduos e grupos de trabalho.
Administração de Conflitos e Relacionamentos. Formação Sócio Cultural e Ética
(Sociedade de Consumo, Sociedade em Rede, Convergência de Mídias, Cultura
Participativa). Professor de pós-graduação na Faculdade Cidade Verde (FCV).
Disciplina Ministradas Comunicação Empresarial. Professor de pós-graduação
na Faculdade Alfa. Disciplinas ministradas: Comunicação Empresarial. e Gestão
do Conhecimento nas Organizações. Conflitos, Poder e Negociação. Docente
do curso de MBA Marketing - Comunicação, mercado e mídia (UniCesumar).
Disciplina: Marketing Eletrônico e Novas Mídias. Professor universitário
Faculdade ALFA - Disciplinas Ministradas: Planejamento em Produção
Publicitária; Planejamento da Comunicação; Promoção e Merchandising;
Administração de Marketing. Professor e Coordenador do curso de Marketing
na Faculdade Fatecie. Disciplinas Ministradas: Produção Publicitária;
Comportamento do Consumidor; Gestão da Comunicação Integrada de
Marketing. Coordenador do NEA da Faculdade Fatecie. Ampla experiência
como diretor, produtor e apresentador de programas de TV e planejamento
de mídia para campanhas de publicidade na região noroeste do Paraná.
Apresentador de programas eleitorais e estrategista em Marketing Eleitoral.
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APRESENTAÇÃO
INTELIGÊNCIA DE MERCADO
SEJA BEM-VINDO(A)!
Querido(a) aluno(a), este é um conteúdo de considerável importância e
que, como verá, impacta diretamente a gestão das organizações, sobre-
tudo, a gestão do marketing nestas. Nossa expectativa com este material
é proporcionar a você acesso ao conhecimento especializado em Sistema
de Informação de Marketing (SIM), conteúdo muito importante para os
profissionais de Marketing e de Tecnologia da Informação.
É importante destacar, já de imediato, que a informação é elemento es-
sencial para a gestão das organizações contemporâneas, principalmente,
quando consideramos o ambiente competitivo em que atuam. Aos ges-
tores, cabe estarem atualizados para atuarem de forma reativa, quando
imprescindível, adequando suas estratégias e táticas às demandas do
mercado, mas, principalmente, atuarem de forma proativa, projetando
cenários futuros e traçando perspectivas para a organização sob sua li-
derança. Desta forma, a informação é elemento essencial para a toma-
da de decisão, sobretudo, daqueles gestores cujos empreendimentos
relacionam-se diretamente com o consumidor, que está cada dia mais
informado e exigente, de modo que a informação se faz necessária para a
definição de estratégias assertivas neste contexto complexo e dinâmico.
Sendo assim, o nosso objetivo é apresentar a você desde a composição
e o funcionamento dos sistemas de informação, passando pelas origens,
definições e classificações dos Sistemas de Informação de Marketing
(SIM), chegando às aplicações relacionadas às estratégias e táticas das
organizações que fazem uso do SIM (Sistema de Informação e Inovação
em Marketing) como ferramenta de gestão dos seus negócios, tendo a
informação como matéria-prima deste processo.
Percebeu que a principal vantagem de um SIM é proporcionar aos profis-
sionais apoio para a tomada de decisão? Por isso, nesse material didático,
abordaremos muitos elementos de um SIM. Então, desafiamos você a es-
tudar este conteúdo para proporcionar decisões mais assertivas em suas
atividades profissionais.
09
SUMÁRIO
UNIDADE I
15 Introdução
31 Gestão do Conhecimento
39 Considerações Finais
47 Referências
48 Gabarito
UNIDADE II
51 Introdução
73 Considerações Finais
78 Referências
79 Gabarito
UNIDADE III
83 Introdução
95 Implementação do SIM
99 Considerações Finais
104 Referências
105 Gabarito
UNIDADE IV
109 Introdução
135 Referências
136 Gabarito
UNIDADE V
139 Introdução
152 E-Commerce
172 Referências
174 Gabarito
175 Conclusão
Professor Me. Fábio da Silva Rodrigues
Professor Me. Jorge Van Dal
I
A SOCIEDADE DA
UNIDADE
INFORMAÇÃO EM REDE E A
NOVA ERA DO MARKETING
Objetivos de Aprendizagem
■ Estudar sobre as características da sociedade da informação em rede.
■ Apresentar os conceitos de Sistemas de Informação, Tecnologia da
Informação e Gestão do Conhecimento.
■ Compreender a evolução do marketing tradicional para o digital.
■ Conceituar e relacionar Dados, Informação e conhecimento e
aproximá-los do conceito de Marketing.
■ Estudar sobre as características da informação valiosa.
■ Apresentar a importância da informação como recurso estratégico.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■ A Sociedade da Informação em Rede
■ A era do acesso e da conectividade
■ Dados, Informação e Conhecimento
■ Tipos e Características da Informação
■ Gestão do Conhecimento
■ Do Marketing Tradicional ao Digital
15
INTRODUÇÃO
Introdução
16 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO EM REDE
Prezado(a) aluno(a), temos o privilégio de estar vivendo em uma era não apenas
de radicais transformações tecnológicas, mas também uma profunda mudança
em nossa sociedade, em nossa própria cultura. Tais mudanças em nosso modo
de vida são provocadas, sobretudo, pelo surgimento das novas tecnologias de
informação e de comunicação (TICs), e por isso mesmo as relações de consumo
e de mídia estão passando por algo mais profundo e radical que uma revolução
(que já seria algo grandioso), vivemos o que muitos estudiosos chamam de era
disruptiva, o que pode ser entendido como uma interrupção no curso normal
das coisas, ou seja, uma ruptura com velhos conceitos e práticas.
Tudo está mudando, o maior exemplo é a nova economia colaborativa e em
rede. Temos o UBER, aplicativo da maior empresa de transporte individual de
passageiros do mundo e que não tem nenhum automóvel próprio em sua frota.
Outro exemplo é a NetFlix, que revolucionou o modo como o mundo assiste
séries e filmes e sem o uso de publicidade, apenas assinatura de conteúdos dire-
cionados ao gosto do cliente, para ele assistir quando, como e onde quiser.
Estes são apenas alguns dos milhares de exemplos das tendências e inovações
que surgem no novo mundo digital, movido pelos novos formatos de empresas,
como as startups. Nesse novo ambiente de negócios, percebemos que as tecno-
logias da informação e seus impactos nas relações de mídia e de consumo estão
transformando o próprio Marketing.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
lógicas, isto porque se trata do público-alvo das empresas que atuam neste tipo
de comércio. Percebemos, então, que as redes estão tomando o lugar do mercado
tradicional de compra e venda. O mercado, que estava acostumado a ter vende-
dores e compradores, agora está se acostumando a ter fornecedores e usuários.
Jeremy Rifkin, em seu livro “A era do acesso”, fala sobre esse momento de transi-
ção que estamos vivendo para uma sociedade em rede e cada vez mais conectada.
Nessa nova sociedade, “a cultura de posse começa a dar lugar a cultura do acesso”
(VAN DAL, 2014, p. 41).
Ainda, segundo Van Dal (2014, p. 42), a era do acesso à produção de bens
materiais está dando lugar à produção de bens culturais e de informação, que
estão cada vez mais dominando as atividades econômicas. Nessa era digital, a
informação e o “acesso a recursos e experiências culturais tornam-se tão impor-
tantes quanto manter as posses”.
Rifkin considera que
[...] a noção de acesso e de redes, entretanto, está cada vez mais impor-
tante e começando a redefinir a nossa dinâmica social de uma forma
tão poderosa quanto a redefinição da ideia de propriedade e de merca-
dos às vésperas da era moderna (RIFKIN, 2001, p. 12).
De acordo com Van Dal (2014, p. 42), surge uma geração que já nasceu com a
tecnologia para a qual o acesso já é uma forma de vida:
Indivíduos que já nasceram inseridos no ambiente do ciberespaço. Não
é uma geração que precisou se acostumar e se alocar dentro das redes.
[...]O verbo acessar, inclusive, passou a fazer parte do cotidiano das pes-
soas. O não acesso a informações, sejam elas jornalísticas ou publicitá-
rias, tornou-se uma forma de exclusão social e não estar conectado é o
mesmo que não estar vivo socialmente. A ausência ou presença de ferra-
mentas que possibilitem esse acesso transformaram-se em novas formas
de medir a participação social de um indivíduo (VAN DAL, 2014, p. 42).
Rifkin (2001, p. 91) afirma que pertencer, na nova era, é estar conectado a várias redes
que formam a nova economia global. “Ser um assinante, um sócio ou cliente torna-se
tão importante quanto ter bens materiais”. É, em outras palavras, ter acesso em vez de
mera propriedade que determina cada vez mais o status de alguém na próxima era.
Na nova era, os mercados estão cedendo lugar às redes, e a noção de pro-
priedade está sendo substituída rapidamente pelo acesso. As empresas e
os consumidores estão começando a abandonar a realidade central da
vida econômica moderna – a troca de bens materiais entre vendedores e
compradores no mercado. Isso não significa que a propriedade irá desa-
parecer no início da Era do Acesso (RIFKIN, 2001, p. 5).
O autor dos maiores best sellers sobre Marketing, Philip Kotler acrescenta a conec-
tividade ao refletir sobre as transformações provocadas pelas novas tecnologias na
sociedade, na economia e principalmente no marketing. De acordo com Kotler
(2017, p. 34), embora não possa mais ser considerada novidade, “a conectividade
é possivelmente o mais importante agente de mudança na história do marketing”.
Para Kotler (2017), a conectividade diminui, de forma significativa, os custos
de interação entre empresas, funcionários, parceiros de canal, clientes e outras
partes envolvidas. Isso, por sua vez, reduz as barreiras de entrada em novos mer-
cados, permite o desenvolvimento simultâneo de produtos e abrevia o tempo
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
necessário para a construção da marca.
quanto às novas tecnologias. Para Kotler, é verdade que, sendo nativos digitais,
os consumidores jovens são os primeiros a adotar a conectividade, mas eles ins-
piram os mais velhos a fazer o mesmo. “Além disso, à medida que a população
mundial envelhece, os nativos digitais se tornam maioria, e assim a conectivi-
dade acabará se tornando o novo normal” (KOTLER, 2017, p. 37).
A conectividade torna-se tão fundamental para a nova economia, que Kotler
elaborou três paradoxos, que, segundo o autor, desafiam e rompem com os prin-
cípios básicos do marketing, conforme apresentados no quadro a seguir:
Paradoxo n. 1: Ambas devem coexistir e serem complementares, com o objetivo
comum de fornecer uma experiência superior ao consumidor.
interação on-line
Em um mundo cada vez mais caracterizado pela alta tecnologia,
versus interação
a interação de envolvimento profundo está se tornando a nova
off-line diferenciação.
Paradoxo n. 2:
Consumidor Os consumidores atuais tornaram-se altamente dependentes das
opiniões dos outros. Em muitos casos, estes pontos de vista chegam
informado versus até a sobreporem-se à preferência pessoal e às comunicações de
consumidor dis- marketing. O motivo é nada menos que a própria conectividade.
traído
A conectividade permite aos consumidores expressarem opiniões
que outros poderão ouvir. Ela muda a mentalidade deles, levando-
Paradoxo n. 3: -os a assumir que conselhos de estranhos podem ser mais confiá-
Defesa negativa veis do que a recomendação de uma celebridade que endossa uma
versus defesa marca. Assim, a conectividade cria um ambiente perfeito para a
positiva defesa de marcas por clientes.
A própria defesa da marca não é conceito novo no marketing. Tam-
bém é conhecida como “propaganda boca a boca”.
Quadro 1 - Paradoxos da conectividade
Fonte: adaptado de Kotler (2017, p. 37- 42).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Considerando o fenômeno da Sociedade da Informação, será que os con-
sumidores contemporâneos apresentam as mesmas demandas dos consu-
midores de três décadas? E as empresas ainda podem competir da mesma
forma como antes?
DADOS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Citam como exemplo pedaços de madeiras isolados que neste momento são vistos
como meros objetos, mas, quando empilhados de determinada maneira, podem
ser usados como degraus para assento, ou, ainda, se fossem amontoados de outro
modo poderiam servir como caixotes. Quando se adicionam novos ou diferentes
dados, podem ser criadas novas informações. No exemplo exposto anteriormente,
uma escada de mão poderia ser formada com a inserção de pregos nas madeiras.
Para Laudon e Laudon (2007), também existe distinção entre dados e infor-
mações. Eles definem os primeiros como sendo sequências de fatos brutos,
resultantes de eventos ocorridos nas organizações ou no ambiente físico, antes de
serem organizados e estruturados de forma que as pessoas possam entendê-los
e utilizá-los. Logo, para eles, as informações são a apresentação e transformação
destes dados de maneira significativa e útil para os indivíduos.
Conforme argumentação de O’Brien (2006), os dados são armazenados de
forma organizada em campos, registros, arquivos e bancos de dados. Por campo,
entende-se o conjunto de caracteres que representam uma característica de uma
pessoa, um lugar, um objeto ou um evento. Já o registro é uma coleção de cam-
pos inter-relacionados que formam um arquivo. E, por fim, o banco de dados é
uma coleção integrada de registros ou arquivos inter-relacionados.
Para o autor, as atividades básicas de um processamento de dados são: entrada,
processamento, saída, armazenamento e controle. Os dados devem ser capturados
e preparados para processamento realizado pela atividade entrada. Esse proces-
samento ocorre por meio de atividades, como cálculo, comparação, separação,
classificação e resumo, as quais organizam, analisam e manipulam os mesmos,
convertendo-os em informação útil para os usuários finais.
INFORMAÇÃO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
TIPOS E CARACTERÍSTICAS DA INFORMAÇÃO
necessidades e
Segura Deve estar disponível somente para as pessoas autorizadas.
Quadro 2 - Características que as informações devem assumir
Fonte: Stair e Reynolds (2002).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
rapidez ao fluxo das informações, mas é também uma questão de sobrevivência
no mercado. Além disso, essa tecnologia pode trazer vantagem competitiva às
empresas em relação a seus concorrentes.
Desta maneira, faz-se fundamental analisar estas várias informações encon-
tradas em uma organização e no seu ambiente de negócio, bem como buscar
compreender como estas podem ser utilizadas para o alcance dos objetivos orga-
nizacionais e trazer vantagem competitiva para a empresa, bem como gerar valor
ao cliente e demais envolvidos. Estudar algumas tecnologias da informação que
podem auxiliar nesse processo, objetivando o alcance de eficácia e eficiência do
sistema de informação encontrado na empresa, torna-se fundamental.
CONHECIMENTO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
nizacional pode depender de se saber qual deles é necessário em determinado
momento, qual está disponível e como se pode utilizar cada um deles.
Na visão de Stair e Reynolds (2002), conhecimento consiste na representa-
ção da percepção e da compreensão de determinadas informações e como estas
podem ser úteis na realização de uma tarefa específica. Portanto, ainda segundo os
autores, os dados, as regras, os procedimentos e os relacionamentos que são uti-
lizados para alcançar resultados adequados constituem a base de conhecimentos.
O processo de geração do conhecimento está apoiado em dois aspectos: o
valor da informação e a validade desta na tomada de decisão. Este processo é
melhor detalhado na figura a seguir (TARAPANOFF; JUNIOR ; CORMIER, 2000).
1ª etapa 2ª etapa
DADO INFORMAÇÃO CONHECIMENTO
Instrumento de 3ª etapa
coleta de dados Custo versus Benefício
Processamento Efetividade
Distribuição Pertinência
Valor agregado INTELIGÊNCIA
Tecnologia da
informação
Valor da informação
Figura 1- Etapas na geração de conhecimento e inteligência
Fonte: adaptada de Tjaden (1996 apud TARAPANOFF; JUNIOR; CORMIER, 2000).
GESTÃO DO CONHECIMENTO
Gestão do Conhecimento
32 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
tico, o que o torna mais fácil de ser compartilhado com os demais. Por meio deste
processamento, tem início a espiral do conhecimento, e a base de conhecimento
da organização vai aumentando cada vez mais por meio de modelos mentais, cren-
ças e perspectivas trazidas por cada indivíduo da empresa. Desta forma, a partir
do momento em que o funcionário cria novos conhecimentos, ele está reinven-
tando a si mesmo, a instituição e também o mundo. Os autores Nonaka e Takeuchi
(1997) diferenciam conhecimento tácito de explícito, como mostrado no Quadro 3:
CONHECIMENTO TÁCITO (SUBJETIVO) CONHECIMENTO EXPLÍCITO (OBJETIVO)
Conhecimento da experiência (corpo) Conhecimento da racionalidade (mente)
Conhecimento simultâneo (aqui e agora) Conhecimento sequencial (lá e então)
Conhecimento análogo (prática) Conhecimento digital (teoria)
Gestão do Conhecimento
34 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
DO MARKETING TRADICIONAL AO DIGITAL
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
à arena das aspirações, valores e espírito humano. O Marketing 3.0 acredita que
os consumidores são seres humanos completos, cujas outras necessidades e espe-
ranças jamais devem ser negligenciadas” (KOTLER, 2010, p. 17).
Para entender melhor o Marketing 3.0, Kotler (2010) apresenta a ascensão
das três grandes forças que moldam os negócios:
■ a era da participação.
■ a era do paradoxo.
■ a era da globalização e da sociedade criativa.
outra categoria é a das mídias colaborativas, que incluem sites como o Wikipedia.
Agora, a nova onda tecnológica torna-se o maior propulsor do nascimento
do Marketing 4.0. O Marketing 4.0 é um aprofundamento das bases que sus-
tentaram o marketing 3.0 e estão ganhando ainda mais força com o aumento da
chamada inclusão digital, era do acesso ou ampla conectividade. Nesse cená-
rio altamente mediado pelas novas tecnologias, o processo de compra torna-se
mais pessoal, e a chamada “cadeia de valor” torna-se cada vez mais horizontal,
com menos intermediários.
Para Kotler (2017, p. 25), “O fluxo de inovação, que antes era vertical (das
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Para Kotler (2017), o estudo de marketing, suas aplicações e estratégias
bem-sucedidas por um número cada vez maior de empresas vem ganhando
prestígio nas últimas décadas. Estes fatos e a evolução do próprio mercado
global vem atraindo os holofotes para o marketing e suas variações que são
temas eletrizantes e empolgantes.
(Philip Kotler)
Vimos que, antes, o marketing tinha o foco nos aspectos produtivos e de troca
entre produtores e consumidores, agora, uma nova abordagem contempla a
noção de valor, de parceria e de sociedade, porém ainda presa ao universo pro-
dutor como iniciador do processo. Esta revisão nos conceitos de marketing já se
aproxima mais da realidade que vivenciamos no mercado, pois leva em consi-
deração a amplitude de públicos e a diversidade entre eles, assim como as novas
formas de se relacionar com os consumidores pelas redes sociais, por exemplo.
Na era atual, os consumidores estão em busca de soluções para satisfazer
seus desejos e, até mesmo, sua própria culpa fazer do mundo um lugar melhor,
e cada vez mais e mais consumidores transferem esse desejo ou essa responsa-
bilidade para as empresas que ofertam produtos e serviços ao mercado.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Querido(a) aluno(a), chegamos ao final deste primeiro estudo que trata dos
conceitos de dados, informação e conhecimento, suas derivações e a relação des-
tes com os Sistemas de Informação de Marketing. Como você pôde observar,
a informação é elemento essencial para a gestão estratégica das organizações,
sobretudo, a gestão de marketing.
Mais do que isso, entender como ocorre o processo de transformação de
dados em informações e de informações em conhecimento torna-se capital
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Considerações Finais
40
a) Nova Era.
b) Era Industrial.
c) Era das Máquinas.
d) Era da Informática.
e) Era do acesso.
4. Quando pensamos em nossa realidade pessoal, mesmo que inconscientemen-
te, sempre buscamos informações para tomar decisões, seja no trabalho, na
família, na escola seja na vida social. É muito difícil tomarmos qualquer decisão
sem informações prévias que podem ser, inclusive, aquelas que temos registra-
das em nossa memória, resultado de experiências anteriores.
Pensando na importância da informação para as organizações, é correto o que
se afirma em:
a) A informação é matéria-prima para todo o processo decisório nas empresas.
b) A informação é desnecessária para o processo decisório nas empresas.
c) A informação confunde o processo decisório nas empresas.
d) A informação é matéria-prima para a disseminação de fofocas nas empresas.
e) A informação é essencial para empresa fazer espionagem industrial.
5. Para Kotler (2017), a conectividade diminui de forma significativa os custos de
interação entre empresas, funcionários, parceiros de canal, clientes e outras
partes envolvidas, mas também abalou setores tradicionais da economia.
Assinale a alternativa correta sobre a influência da conectividade em setores
tradicionais da economia:
a) A Amazon prejudicou as livrarias online e, mais tarde, fez crescer a indústria
editorial tradicional.
b) A Netflix extinguiu do mercado as locadoras de vídeo físicas e bagunçou os
serviços de Tv por satélite e a cabo.
c) O Spotify e a Apple Music impulsionaram a venda de CDs e DVDs que esta-
vam em baixa devido à pirataria.
d) O UBER é responsável pelo fechamento dos aplicativos de carona e o aque-
cimento do mercado de táxis convencionais.
e) A conectividade não abalou setores tradicionais da economia.
42
DATA WAREHOUSE
Em pesquisa sobre sistemas de informação associada a banco de dados, fica eviden-
ciada a ênfase dada por muitos autores (McKENNA, 1993; KOBS, 1998; KOTLER, 1999;
BRETZKE, 2000; SWIFT, 2001), ao considerarem esse mecanismo como uma ferramenta
indispensável para o século XXI. Nesta mesma perspectiva, nas últimas décadas, surgi-
ram os database, ferramentas inovadoras e revolucionárias, em especial para o uso em
marketing (PAPA FILHO; VANALLE, 2002).
Esta concepção é válida, pois o banco de dados de uma empresa é a memória onde se
guarda tudo o que for possível sobre seus clientes. Dessa associação entre organizações
informadas, clientes e prospects, surgem relações mais produtivas de transferências e
valor entre eles. No que pese a maioria das grandes empresas já disporem de algum
sistema de informações, nem sempre seus dados estão enfocados e centrados em suas
estratégias. São relatórios que atendem satisfatoriamente aspectos operacionais sem
estarem baseados nos objetivos do negócio. As empresas têm se preocupado, cada vez
mais, ainda que nem sempre de forma clara, com o desenvolvimento de suas estratégias.
43
Material Complementar
MATERIAL COMPLEMENTAR
1. B
2. E
3. E
4. A
5. B
Professor Me. Fábio da Silva Rodrigues
Professor Me. Jorge Van Dal
OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
II
UNIDADE
DE MARKETING: SUA LÓGICA, SUA
APLICAÇÃO E SEUS MODELOS
Objetivos de Aprendizagem
■ Compreender a lógica dos sistemas de informação e suas tecnologias.
■ Apresentar os principais conceitos e definições do Sistema de
Informação de Marketing.
■ Apresentar alguns modelos de Sistema de Informação de Marketing.
■ Saber que cada organização pode ter um Sistema de Informação de
Marketing.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■ Sistemas e tecnologia da informação
■ Conceitos do Sistema de Informação de Marketing
■ Importância e Vantagens do SIM
■ Modelos de SIM (Sistemas de Informação de Marketing)
51
INTRODUÇÃO
Introdução
52 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
SISTEMAS E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Stair e Reynolds (2002) também apresentam uma ideia análoga em relação aos
sistemas quando dizem que se trata de um conjunto de elementos ou componentes
que interagem entre si para alcançarem determinada meta. Eles possuem entradas,
mecanismos de processamento, saídas e feedback. Como exemplo os autores citam
uma faculdade, na qual entram estudantes, professores, administradores, livros
de estudo e equipamentos. Como processo tem o ensino, a pesquisa, e como saí-
das tem a formação do estudante e as pesquisas significativas para a comunidade.
Ademais, segundo Melo (2002, p. 21), sistema é “um conjunto de elemen-
tos ou de componentes que mantêm relações entre si”. Ele pode já existir na
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
natureza ou ser criado pelo ser humano para suprir determinada necessidade.
Bertalanffy (1951 apud MELO, 2002), em sua publicação da Teoria Geral dos
Sistemas, afirma que um ser vivo não é somente um aglomerado de elementos
desorganizados e sem interação, mas sim um organismo em que a matéria e a
energia que o integram renovam-se de uma forma constante, chamada pelo autor
de equilíbrio dinâmico do sistema.
A Teoria Geral dos Sistemas visa à criação de princípios válidos para todos
os tipos de sistemas. Desta forma, suas principais características são: a integração
entre as várias ciências tanto sociais quanto naturais; a centralização dessa intera-
ção em apenas uma teoria; o desenvolvimento de uma teoria exata, nos campos
não físicos da ciência; e a união com a educação científica. Oliveira (2005) apre-
senta a seguinte descrição para os componentes de um sistema:
São tanto os dos usuários do sistema quanto os do
Objetivos próprio sistema, isto é, a finalidade para a qual o
sistema foi criado.
São forças que fornecem ao sistema o material, a
Entradas
energia e a informação para realização do processo.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: Oliveira (2005).
Na visão de Cautela e Polloni (1980), todo sistema passa por três ciclos fun-
damentais: criação, evolução e decadência. No primeiro estágio, o sistema é
desenvolvido, e são definidos os elementos que comporão o mesmo com base
nos objetivos propostos. Dessa forma, os subsistemas são desenvolvidos e testa-
dos tanto individualmente quanto em conjunto e, se estiverem de acordo com
os objetivos traçados, o sistema é implantado.
Na etapa de evolução, o sistema sofre uma adaptação para que consiga acom-
panhar as necessidades e o desenvolvimento do ambiente que o cerca. Na última
fase, de decadência, as necessidades do ambiente evoluíram muito mais do que
o sistema, isto é, suas tecnologias e seus métodos já não conseguem acompa-
nhar e passam a exigir mais. Sendo assim, de forma análoga, uma organização
pode ser considerada um sistema, pois possui objetivos, entradas, saídas, pro-
cessamento e retroalimentação, tal como os sistemas, convivendo e mantendo
relações com o ambiente, por meio de trocas e interações com agentes externos.
Dessa forma, depois de ter conceituado o que, de fato, são informações e
sistemas, a seguir serão apresentadas as definições de sistemas da informação
e as possíveis tecnologias que auxiliam na sua construção e no seu uso, assim
como os motivos pelos quais as organizações devem dar atenção especial a eles.
Laudon e Laudon (2007) apresentam sistema de informação como sendo
formado por elementos inter-relacionados que coletam, processam, armazenam
e distribuem informações com a finalidade de auxiliar na tomada de decisões,
na coordenação e no controle de uma instituição, além de apoiarem também os
gerentes e funcionários a analisar problemas e gerar novos produtos.
De acordo com O’Brien (2006, p. 6), sistema de informação pode ser defi-
nido como “um conjunto organizado de pessoas, hardware, software, redes de
comunicações e recursos de dados que coleta, transforma e dissemina informa-
ções em uma organização”. Este, segundo Melo (2002), possui o objetivo de obter
informações para suprir determinadas necessidades.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Até meados dos anos 50, as organizações utilizavam-se de papéis para regis-
trar e transmitir as informações. Durante os últimos 50 anos, cada vez mais
as empresas estão adotando sistemas computadorizados na gestão e trans-
missão destas informações. Por meio deste investimento é que elas veem
a possibilidade de administrar suas funções internas e externas, e também
objetivam atingir a excelência operacional, criar novos produtos e/ou servi-
ços, estreitar o relacionamento com o cliente, melhorar a tomada de deci-
são, adquirir certa vantagem competitiva e sobreviver no mercado.
Fonte: Laudon e Laudon (2007).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
nhamento e controle dos processos de negócio, verificando o alcance de metas
e atuando sobre desvios detectados. Na questão estratégica, os sistemas forne-
cem informações referentes ao ambiente externo e interno da organização para
a elaboração do planejamento de longo prazo.
Por fim, eles também podem gerar informações que possibilitam à empresa
elaborar novos produtos e/ou serviços e processos operacionais que lhes tragam
vantagens competitivas. Stair e Reynolds (2002) dividem o sistema de informa-
ção em Sistema de Processamento de Transações (SPT), Sistemas de Informação
Gerenciais (SIG) e Sistemas de Suporte à Decisão (SSD). O SPT é formado por um
conjunto organizado de pessoas, procedimentos, software, bancos de dados e dis-
positivos com o objetivo de registrar todas as atividades empresariais executadas.
O SIG abrange o mesmo grupo de elementos, porém com o intuito de for-
necer as informações rotineiras aos gerentes e aos tomadores de decisão, possui
como foco a eficiência operacional; ele fornece relatórios padronizados referen-
tes aos dados e informações do SPT.
O’Brien (2006) argumenta que o sistema de informação depende de cinco
recursos principais: pessoas, hardware, software, dados e redes. Nos recursos
humanos, encontram-se os especialistas (analistas de sistemas, programadores,
operadores de computador) e os usuários finais, isto é, todas as outras pessoas que
usam o sistema de informação. Nos recursos de hardware, há máquinas, como
computadores, monitores de vídeo, impressoras e também as mídias, como dis-
quetes, fita magnética e discos óticos.
No que tange ao software, encontram-se os programas de sistemas operacio-
nais, programas de planilhas eletrônicas e os procedimentos de entrada de dados
Redução de custos:
• usar a TI para reduzir, substancialmente, o custo de processos empresariais.
• usar a TI para reduzir os custos dos clientes ou fornecedores.
Diferenciação:
• desenvolver novos dispositivos de TI para diferenciar produtos e serviços.
• utilizar dispositivos de TI para reduzir vantagens de diferenciação dos concorrentes.
• utilizar dispositivos de TI para se concentrar em produtos e serviços em nichos
de mercado.
Inovação:
• criar novos produtos e serviços que incluam componentes de TI.
• fazer alterações radicais nos processos empresariais utilizando TI.
• desenvolver novos mercados ou nichos de mercado exclusivos com a ajuda de TI.
A promover crescimento:
• utilizar TI para administrar a expansão dos negócios regional e mundial.
• utilizar TI para a diversificação e a integração em outros produtos e serviços.
A desenvolver alianças:
• utilizar TI para criar organizações virtuais de parceiros comerciais.
• desenvolver sistemas de informação interorganizacionais conectados pela in-
ternet, extranets ou outras redes que apoiem relações empresariais estratégicas
com clientes, fornecedores, subcontratados e outros.
Quadro 2 - Como a tecnologia da informação pode ser utilizada para implementar estratégias competitivas
Fonte: O’brien (2006, p. 42).
Um autor que corrobora com essa ideia é Castells (1999, p. 100), pois, segundo
Sistemas e Tecnologia da Informação
58 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
MARKETING
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
envolvem o passado, o presente e o futuro da empresa, com maior predominância
na importância do que a empresa pretende fazer no futuro. Esta interação tem-
poral contínua proporciona uma avaliação dos gestores com relação à situação
da empresa, que impacta na definição de objetivos, metas e estratégias de ação.
Desta forma, seguem algumas vantagens que o SIM proporciona:
■ melhora o desempenho das empresas com base em informações
importantes.
■ permite que as grandes empresas, com hierarquia verticalizada, descen-
tralizam o poder e a tomada de decisão.
■ permite que as grandes empresas, que não têm seus processos internos
bem formalizados, integrem sua gestão interna para melhor desempe-
nho empresarial.
■ seleciona as informações mais adequadas para os gestores tomarem deci-
sões, uma vez que o volume de dados e informação transacionados no
mercado é muito alto.
■ organiza as informações em categorias: produtos, segmento, clientes,
departamentos, fornecedores etc.
■ melhora o acompanhamento e o controle do plano de marketing.
■ evita que informações importantes passem despercebidas.
■ integra informações dispersas.
■ recupera informações aparentemente perdidas (arquivo morto).
■ reduz o número de decisões baseadas na intuição e aumenta o número
de decisões baseadas em informações válidas.
Agora que nós sabemos que o SIM tem como objetivo coletar, processar, armaze-
nar e disseminar informações para auxiliar na tomada de decisão de marketing, é
importante saber que informações precisam ser buscadas. O quadro a seguir aponta
quais são as principais informações necessárias para um profissional de Marketing,
tendo em vista o ambiente externo, o ambiente interno e os elementos de Marketing.
Participação de Mercado, produtos, estrutura de custos e
Competidores
estrutura industrial.
Tecnologias Produtos, produção, comunicação e sistema de informação.
Tendências de emprego, projeções econômicas, poder
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Economia
aquisitivo, tendências de taxa de juros e taxas de câmbio.
Ambiente
Externo Padrão de compra, demografia, aspectos psicológicos,
Consumidores
necessidade de produtos e satisfação.
Aspectos So-
Papéis, valores, religiões, crenças.
cioculturais
Leis, ameaças, eleições, agências reguladoras, decisões
Política
judiciais.
Logística de
Fornecedores, preço interno e custos de armazenamento.
Entrada
Logística de
Custo de transporte e custo de armazenamento.
Saída
Ambiente Custo de Manufatura, inventário, produtos acabados, flexi-
Operações
Interno bilidade e custo de retrabalho.
Vendas de produtos, comissões, área geográfica, canal de
Vendas
atacado e canal de varejo.
Serviço ao
Custos, requisições e preocupações.
cliente
Mercados Tamanho do mercado, características e segmentos.
Distribuição Força de vendas, lojas, logística de transporte e atacado.
Agora que já temos uma boa noção do conceito de Sistema de Informação, abor-
daremos alguns modelos de SIM já criados e bastante estudados na literatura.
Nosso objetivo é apresentar a você diferentes modelos de SIM, que podem ser
adaptados e adequados a diferentes contextos empresariais. Alguns modelos abor-
dam mais a gestão tática, outros a gestão estratégica. Aqui, será possível conhecer
como estas diferenças são apontadas nos Sistemas de Informação de Marketing.
Primeiramente, serão apresentados os dois modelos de Kotler (1968, 2000),
desenvolvidos na área de Marketing. Em seguida, é apresentado o modelo de
Mattar e Santos (1999). Mattar é um dos principais professores e autores da área
de Marketing no Brasil. Posteriormente, apresenta-se o modelo de Rochas e
Coquard (1972) que traz ao sistema o Plano de Marketing. Depois vem o modelo
de Semenik e Bamossy (1972), bastante utilizados na área de Marketing. Logo
após é apresentado o modelo de Sandhussen (1998) com a figura do gerente de
Marketing.
Por fim, como uma abordagem mais recente, é apresentado o modelo de
Chiusoli e Ikeda (2010) agregando as atividades estratégicas ao SIM.
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1º MODELO DE KOTLER - CENTRO DE INFORMAÇÃO E ANÁLISE
DE MARKETING
Philip Kotler é um dos grandes, se não for o maior, autor na área de Marketing,
no mundo. Não por acaso, ele elaborou um dos primeiros sistemas de informa-
ção de marketing, em 1968, nomeado, inicialmente, como Centro de Informação
e Análise de Marketing. O objetivo deste modelo era abranger a função depar-
tamental de marketing, envolvendo todo o processo de coleta, armazenamento,
transformação, análise e comunicação das informações de marketing, tanto
internas quanto externas.
Este modelo inicial de Kotler (1968) tinha como ponto de partida a capta-
ção das informações, seu processamento e o fornecimento de apoio para tomada
de decisão. A captação de informação tinha como base a busca, a monitoração
e a recuperação de informações internas já existentes. Esta recuperação que, às
vezes, é complexa, é fonte rica de informações passadas das empresas, que, mui-
tas vezes, são negligenciadas pelos executivos das organizações.
O processamento consiste em melhorar a qualidade das informações para
facilitar a visualização global do sistema. Esta etapa é composta por: avaliação,
condensação, indexação, disseminação e armazenamento. Em todas essas etapas
é necessário o uso de pessoas capacitadas e softwares específicos para tratamento
dos dados, com intuito de gerar informações importantes para o tomador de
decisão. A figura a seguir ilustra o Modelo Inicial de Kotler:
Programas
Indexação
Homens
Máquinas
Sala de
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Disseminação simulação
Recuperação
Atualização
e triagem
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produto, preço, praça e promoção, sobre as quais os gestores de marketing têm con-
trole e podem manipular conforme os objetivos organizacionais e as contingências.
Os subsistemas do modelo de Kotler (2000) são:
Sistema de Registro Interno: são os dados coletados dentro da organização.
Sistema de Inteligência de Marketing: são dados obtidos de maneira
não ocasional, não estruturada. Aqui, vale a experiência, a percepção e
as habilidades tácitas dos gestores.
Sistema de Pesquisa de Marketing: são dados obtidos de maneira estru-
turada e planejada, partindo da própria organização ou pela contratação
de prestação de serviço especializado.
Sistema de Apoio às Decisões e Marketing: é o subsistema que integra
todo o processo de coleta, armazenamento, análise e comunicação das
informações para dar suporte à tomada de decisão.
Gerência Sistema de Informação de Marketing Ambiente de
de Marketing
Marketing Desenvolvimento de
informações
Mercados-
Análise alvo
Avaliação das
necessidades Registro Inteligência
de informação interno de marketing Canais de
Planeja- Marketing
mento
Concorrentes
Imple-
mentação Públicos
Distribuição Análise de Forças
das apoio às Pesquisa Macro-
informações decisões de marketing ambientais
Controle de mkt
Figura 3 - Sistema de Informação de Marketing
Fonte: Kotler (2000).
Fonte de dados
Macroambiente Concorrentes Empresa Mercado
Dados
Coleta de dados
Sistema de Sistema de Sistema de Sistema de
monitorações Informações Informações pesquisa de
ambientais competitivas internas marketing
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte de dados
Monitoramento Condensa Armazena Analisa
Avalia Trata Atualiza Interpreta
Seleciona Classifica Recupera Dissemina
Informações
Usuários
Analisam Planejam Organizam Decidem
Executam Controlam
Informações sobre
Informações ações comerciais:
Informações Penetração
Outras sobre produtos: sobre Mercado:
informações Composto de Cobertura
Penetração
Análises
Ação
Plano de marketing
Resultados/objetivos de venda
Sistema de
informação Aceitação dos intermediários
Resultados das ações
de marketing promocionais
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Entrada de dados: Fontes de informações
1. Atividades e registros internos da empresa (dados secundários)
2. Sistema de acompanhamento do ambiente (dados secundários)
3. Projetos de pesquisa de mercado (dados primários)
Informações geradas
1. O consumidor (demografia, estilo de vida, necessidades, atitudes, intenções e
comportamentos)
2. Sistema de marketing (distribuidores, atacadistas, varejistas e fornecedores)
3. Ambiente (concorrência, tendências culturais, político-legislativo, tecnologia,
economia)
4. Operações internas (P&D, produção, administração, forças de vendas e registro
financeiros)
Saída de dados
1. Análise: oportunidades de marketing (previsões de vendas, tamanho do
mercado e tendência de consumo)
2. Planejamento: o marketing mix (produto, preço, distribuições e comuni-
cação)
3. Implementação: estratégias de marketing (segmentação, diferenciação,
posicionamento e competitividade)
4. Controle: dados de desempenho (custos, vendas, lucros e participação de
mercado)
Resultados
1. Identificar oportunidades
2. Planejamento estratégico
3. Avaliação do desempenho
Figura 6 - O Sistema de Informação de Marketing
Fonte: Semenik e Bamossy (1972).
input (entrada), processamento e output (saída). É ideal para quem tem pouca
experiência com gestão e sistema de informação.
cado que não é encontrada entre os mais inexperientes. O modelo não é linear,
tem forma de fluxograma com foco no papel do gerente de marketing.
Este sistema exige integração entre diversas partes da organização. O fluxo
apresenta como e onde os dados tramitam, até chegar ao gerente de marketing
em forma de informação para sua melhor tomada de decisão. Recomenda-se
a leitura deste modelo de baixo para cima cujos dados internos e externos são
coletados inicialmente, depois são armazenados e transformados em informa-
ção. Relatórios são gerados e cruzados com outras informações, até que chegam
ao gerente para dar suporte às suas decisões.
Gerente
Pedidos Input
(estimado)
Output dos sistemas
(impressora, monitor)
Unidade de
Processamento
eletrônico de dados
Este sistema pode ser melhor analisado de baixo para cima. Inicialmente, são
coletados dados internos e externos à empresa para então serem armazenados. A
partir daí, os dados são processados com as informações já armazenadas ou com
outras informações para subsidiar o gestor de Marketing na tomada de decisão.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O último modelo a ser apresentado é o de Chiusoli e Ikeda (2010), que foi desen-
volvido especificamente para tomada de decisões estratégicas, ou seja, ele é mais
complexo e envolve mais etapas. O princípio é o mesmo: fontes de dados, subsis-
temas de entradas, processamento dos dados e a decisão de marketing. Contudo
nas decisões de marketing é que este modelo torna-se mais amplo, conforme
ilustra a figura a seguir:
Fontes Subsistemas Processamento Decisões de marketing
de dados de entradas dos dados
Subsistemas P
base de L Decisões
dados A de
internos produto
N e serviço
Ambiente E P
interno J O Tomador
A S S de
M E I Decisões decisão
E G C de
Sistema M canal
de apoio N E I Executivo
a decisões T N O de
Subsistemas de O T N marketing
de pesquisa marketing e A A Decisões
E Ç M de
de marketing S E preço
T Ã N
Ambiente R O T
externo U O Decisões
Subsistemas T de
de U comunica-
inteligência R ção
competitiva A
Figura 8 - SIM como Atividade Estratégica
Fonte: Chiusoli e Ikeda (2010).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerações Finais
74
Caro(a) aluno(a), como vimos durante nosso estudo, o Sistema de Informação de Marke-
ting pode contribuir, significativamente, para as atividades gerenciais dos profissionais
de Marketing. Por isso, é fundamental que você, como futuro profissional de marketing,
busque se aprofundar neste tema para ter um desempenho superior em suas ativida-
des, a partir do uso adequado das informações geradas dentro e fora da organização.
Portanto, como indicação de leitura complementar, sugiro o livro “Sistema de informa-
ção de marketing (SIM): ferramenta de apoio com aplicações à gestão empresarial”, uma
obra inédita no Brasil. A publicação editada pela Atlas é de autoria de Cláudio Luiz Chiu-
soli e Ana Akemi Ikeda.
Os autores conceituaram o SIM como uma interface entre pessoas com uso de equi-
pamentos sofisticados que obtêm informações relevantes por meio de tratamento de
dados gerados dentro e fora da empresa. Tais dados são oriundos da pesquisa de marke-
ting, da inteligência de marketing e dos registros internos. Sendo que sua seleção e co-
leta devem ser realizadas de forma sistemática e planejada, para posteriormente serem
transformados em informações.
Confira, a seguir, a sinopse da obra, conforme informações do site da Livraria Amazon:
muitas vezes, os executivos encaram situações em que são obrigados a
tomar decisões com base apenas em seu feeling, sem dispor de informa-
ções seguras e de apoio para tomada de decisão. Em um cenário cada
vez mais competitivo, a busca por informações precisas e estruturadas
têm propiciado alternativas para as organizações se adaptarem ao pa-
norama de mudanças ambientais (AMAZON, [2018], on-line)1.
Este livro, inédito no Brasil, procura ajudar os executivos, professores e pesquisadores
da área de marketing a entender e a usar um Sistema de Informações de Marketing.
Procura também mostrar a importância da informação para as decisões gerenciais. A
obra é composta de nove capítulos, assim discriminados: Importância da informação
nos dias de hoje; Sistema de informação gerencial; Sistema de apoio à administração de
marketing; Sistemas de informação de marketing: conceitos e importância; Tipologias
de modelos de sistemas de informação de marketing; Sistema de informação de marke-
ting: uso, aplicação e classificação; Fases de um sistema de informação de marketing e
seus principais subsistemas; Subsistema de pesquisa de marketing; Subsistema de inte-
ligência de marketing.
Apresenta também casos curtos para serem discutidos e utilizados por docentes e alu-
nos, pois a obra é destinada para cursos de graduação e pós-graduação de Marketing.
Fonte: os autores.
MATERIAL COMPLEMENTAR
Jobs (2013)
Sinopse: em 1976, Steve Jobs abandonou a faculdade e junto com seu
amigo, o gênio da tecnologia Steve Wozniak, iniciaram uma revolução
nos computadores com a invenção do Apple 1, o primeiro computador
pessoal. Construído na garagem dos pais de Jobs, o Apple 1 e a formação
da empresa Apple mudaram o mundo para sempre. Steve Jobs não se
incomodava em passar por cima dos outros para atingir suas metas, o que
fez com que tivesse dificuldades em manter relações amorosas e de amizade.
Comentário: o filme é um case de marketing e empreendedorismo,
baseado na inovação e na antecipação de necessidades de um mercado,
praticamente criado pela Apple.
Material Complementar
78
REFERÊNCIAS
Referência Online
1
Em: <https://www.amazon.com.br/Informa%C3%A7%C3%A3o-Marketing-Ferramen-
ta-Aplica%C3%A7%C3%B5es-Empresarial/dp/8522457816>. Acesso em: 20 ago. 2018.
79
GABARITO
III
O SIM E A GESTÃO DE
UNIDADE
MARKETING: SUAS ETAPAS
E SUA IMPLEMENTAÇÃO
Objetivos de Aprendizagem
■ Conhecer o processo de tomada de decisão.
■ Entender como o Sistema de Informação de Marketing interage com
a Gestão de Marketing.
■ Compreender cada etapa do Sistema de Informação de Marketing.
■ Apresentar o caso de implementação do SIM.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■ O processo de tomada de decisões
■ SIM e a Gestão de Marketing
■ Etapas do Sistema de Informação de Marketing
■ Implementação do SIM
83
INTRODUÇÃO
Introdução
84 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O PROCESSO DE TOMADA DE DECISÕES
Identificação do Busca de
Problema/ Informações Escolha das Ação
Oportunidade e Alternativas Alternativas
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Um simples quadro de vantagens e desvantagens de cada alternativa é uma boa
maneira de iniciar esta etapa. Uma forma um pouco mais complexa é atribuir
pesos às variáveis analisadas. Às vezes, a alternativa tem apenas uma vantagem e
várias desvantagens, contudo a vantagem compensa todo o sacrifício da decisão.
Por isso, a necessidade de calcular todo o impacto das alternativas para selecio-
nar a mais adequada a determinado problema e uma dada situação.
A tabela a seguir, encontrada em Urdan e Urdan (2010), ilustra o resultado
de uma avaliação ponderada que tem como alternativas construir uma nova loja
ou reformar uma loja já existente.
Alternativa 1: construir Alternativa 2: reformar a
uma nova loja loja existente
Variáveis - Critérios Peso
Desempenho Desempenho
Desempenho Desempenho
Ponderado Ponderado
1. Volume de
clientes do
segmento-alvo 0,15 4 0,6 2 0,3
nas redonde-
zas
2. Estacionamen-
to e facilidades
(como sani- 0,05 2 0,1 4 0,2
tários) para
clientes
3. Tráfego de ve-
ículos passan- 0,1 1 0,1 4 0,4
do pelo local
4. Shopping
center nas 0,1 2 0,2 4 0,4
proximidades
5. Incremento da
compra média 0,17 2 0,34 4 0,68
por cliente
6. Faturamento
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
da loja com
0,15 4 0,6 3 0,45
consertos e
serviços
7. Disponibilida-
de de mão de
obra qualifica- 0,03 4 0,12 2 0,06
da e interes-
sada
8. Investimento
0,2 2 0,4 5 1
necessário
9. Custos de
0,05 1 0,05 4 0,2
operação
Total 1 -- 2,51 -- 3,69
Quadro 1- Uma aplicação do procedimento de Múltiplos Atributos Ponderador para seleção de alternativa
no processo decisório
Fonte: Urdan e Urdan (2010).
Observe, na tabela, que entre as nove variáveis foram atribuídos pesos (nível de
importância) para cada uma delas. Depois, os gestores decidiram qual o desempe-
nho de cada variável no impacto da alternativa. A coluna desempenho ponderado
é o resultado final ajustado pelos pesos. Assim, dentro do nosso exemplo fictício, é
possível observar que a decisão de reformar a loja é melhor do que construir outra
loja. Sistematizar desta maneira as alternativas bem como as variáveis que impac-
tam e serão impactadas pela decisão é importante para minimizar o erro da decisão.
AÇÃO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
para dar o feedback a todo o processo decisório.
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Uma simples caderneta com anotações sobre as vendas diárias não deixa de ser
um sistema de apoio à gestão. Todavia o objetivo aqui é conhecer métodos mais
sofisticados de sistema de apoio. Em um mundo onde a informática e a internet
estão presentes na maioria das atividades das pessoas, consumidores e organi-
zações, a tecnologia da informação passa a ser fundamental para a gestão.
A tecnologia da informação propicia a coleta, a armazenagem, a transferência,
a apresentação e o acesso a dados, a informações e ao conhecimento. Outra função
da tecnologia da informação é integrar hardware e software. O hardware refere-se
CAPACIDADE ANALÍTICA
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
paganda poderá ser de até 30 mil reais. Estar sempre um passo à frente
no mercado só traz vantagens para as empresas.
■ O que deve acontecer? Aqui, o objetivo não é preditivo, ou seja, de prever
o futuro, mas prescritivo, isto é, orientar diretrizes, oferecendo ao ges-
tor de Marketing soluções para os eventuais problemas encontrados no
mercado. Os modelos prescritivos são mais avançados do que os prediti-
vos uma vez que consistem em orientações sobre o valor mais apropriado
que uma ou mais variáveis de marketing, controláveis pela empresa, deve
assumir. Esses modelos exigem alta sofisticação de análises estatísticas.
DADOS DE MARKETING
CONHECIMENTO DE MARKETING
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Com a evolução do conhecimento em Administração, a área de Marketing pas-
sou a incorporar o conceito de Sistemas, com o intuito de contribuir para a
tomada de decisões nas empresas. Esta evolução tem como base os avanços tec-
nológicos que consequentemente tem contribuição da área de TI (Tecnologia da
Informação). Desta forma, a evolução do SIM tem estreita relação com a evolu-
ção dos sistemas computacionais de gestão.
Por isso, é fundamental que você, profissional de Marketing, tenha familiaridade
com o conhecimento acerca de Tecnologia da Informação, Informática, Internet,
Softwares e Hardwares, para que domine bem os sistemas de apoio à decisão. Também,
é fundamental que o profissional de Tecnologia da Informação tenha familiaridade
com os conceitos de Marketing para poder auxiliar na tomada de decisões estratégi-
cas, táticas e operacionais dentro das empresas tanto nas multinacionais quanto nas
regionais. A base para esta interação é a comunicação intraorganizacional.
ESTÁGIO PRELIMINAR
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
fontes externas. De maneira geral, as empresas não organizam bem seus arquivos
e acabam desperdiçando muitas informações que poderiam ser acessadas gratui-
tamente. Um simples controle de custos e faturamento com um simples cadastro
do perfil dos clientes, já é uma categorização de informações que podem render
decisões de grande importância para as empresas. Quando os dados internos
são insuficientes, pode-se recorrer aos dados externos, que, geralmente, são mais
caros e menos acessíveis. Estes conceitos de coleta de dados são mais aprofun-
dados no conteúdo de Pesquisa de Marketing.
IMPLEMENTAÇÃO DO SIM
Implementação do Sim
96 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
b) um sistema de inteligência que permita aos tomadores de decisões uma
visão geral do ambiente de marketing.
c) um sistema de pesquisa que permita a coleta, análise e distribuição de
dados de marketing pertinentes a um problema específico estudado.
Implementação do Sim
98 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
alicerce metodológico para as próximas etapas. O trabalho desenvolvido
em cada etapa passa a ser realizado, sistematicamente, ou seja, é desen-
volvido para constituir um conjunto de processos internos da empresa e
pode ser utilizado independentemente do andamento do projeto macro
do Sistema de Informações de Marketing. Por outro lado, os resultados
integrados das etapas, ao final do projeto macro, tendem a fornecer uma
base mais sólida de informações para a efetiva gestão do mercado e dire-
cionamento do planejamento estratégico da empresa.
Pois bem, prezado(a) aluno(a), nota-se a efetiva contribuição dos estudos
apresentados em que podemos associar conceitos teóricos a aplicações práti-
cas sobre a implementação e/ou implantação do SIM. Busque saber mais sobre
outros casos de implantação de SIM em outras empresas e em outros ramos para,
assim, acumular conhecimento a respeito.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerações Finais
100
A Máquina de Marketing
Com o objetivo de fornecer subsídios para a tomada de decisão acerca do lançamento
de novos produtos, foi elaborado um processo que compõe o SIM da empresa, com a
finalidade específica de apoiar, com informações, a tomada de 130 decisão acerca do
lançamento de novos produtos. O sistema recebeu a denominação interna de Máquina
de Marketing. A analogia que originou o nome do sistema se deu em razão da sua fun-
cionalidade, que compreende a recepção de idéias, o processamento de informações e
a produção de resultados em forma de relatórios.
De acordo com os registros da empresa, a Máquina de Marketing foi idealizada pelo
Departamento de Marketing da empresa que, na ocasião da criação do sistema, estava
implantando o Sistema de Informações de Marketing. Paralelamente a esse processo, foi
instituído na empresa o Comitê de Inovação, com o intuito de gerar as idéias a serem
submetidas ao sistema – e armazenando-as em um ambiente eletrônico denominado
“Cesta de Idéias” –, aprovar a execução dos trabalhos, receber e analisar os relatórios
gerados e tomar a decisão sobre a viabilidade do investimento nos novos produtos.
[...]
A Máquina de Marketing foi criada a partir dos seguintes objetivos:
a) Receber as propostas de produtos, serviços e modelos de negócios que o Comitê de
Inovação inclui na “Cesta de Ideias”.
b) Processar as propostas de forma que nelas sejam incorporados dados técnicos e de
mercado e estudos de viabilidade.
c) Fornecer um composto de informações concretas e fundamentadas que permita à
empresa decidir sobre o investimento nos novos negócios propostos, com um nível
apurado de assertividade, e efetuar o lançamento de acordo com as especificidades do
mercado.
[...]
Resultados gerados pelo SIM no lançamento de novos produtos:
No período de um ano, entre 2006 e 2007, a Máquina de Marketing processou 7 idéias,
entre produtos e linhas de produtos. Dessas, 2 novas linhas de produtos e 1 novo produto
foram considerados viáveis e lançados no mercado. Os resultados comerciais de uma das
linhas e do novo produto representaram, juntos, um crescimento de 9% no faturamen-
to da empresa – nos seis meses subseqüentes aos lançamentos, com relação ao mesmo
período do ano anterior. A outra linha de produtos lançada não tinha, até o momento da
pesquisa, completado um período de comercialização que permitisse a avaliação.
Fonte: Rocha (2009).
MATERIAL COMPLEMENTAR
A seguir, uma lista com endereços de alguns sites que abordam temas sobre o
Sistema de Informação de Marketing e trazem diversos conceitos, algumas definições
e contextualizações que podem contribuir com seu aprendizado em relação aos
conteúdos centrais de nossa disciplina.
Web:
<https://marketingdeconteudo.com/sistema-de-informacao-de-marketing/>.
<http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/
sistema-de-informacao-de-marketing-sim/106418/>.
<https://novaescolademarketing.com.br/marketing/
sim-sistema-de-informacoes-de-marketing/>.
Material Complementar
104
REFERÊNCIAS
NEGÓCIOS INTELIGENTES
IV
UNIDADE
NA ERA DIGITAL
Objetivos de Aprendizagem
■ Expandir os conceitos de sistema de informação para uma
perspectiva de organização inteligente (Business Intelligence).
■ Conhecer o termo e a aplicação do conceito de Big Data, no contexto
de negócios atual.
■ Compreender como as tecnologias de inteligência artificial e de
computação cognitiva estão revolucionando o mundo dos negócios
e do marketing.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■ Business Intelligence (BI)
■ Big Data
■ Sistemas Especialistas e de Inteligência Artificial
■ O impacto das Tecnologias Cognitivas nos Negócios
■ Aplicações da Inteligência Artificial ao Marketing
109
INTRODUÇÃO
Querido(a) aluno(a), espero que esteja ainda ansioso(a) para saber mais sobre
Marketing, suas aplicações e modalidades e, em específico, sobre o SIM e as inova-
ções tecnológicas. Lembro, aqui, que o processo de construção de conhecimento
é o que mais nos interessa nesta atividade que estamos desenvolvendo juntos.
A troca de experiências é fundamental para que aluno e professor aumentem o
nível dos conhecimentos a respeito dos temas discutidos ao longo destas páginas.
Até o momento, vimos as bases que sustentam o SIM, suas origens, os mode-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
los bem como a relevância desta ferramenta para a gestão dos negócios. Há pouco
material escrito, especificamente sobre o SIM, e ainda existe muito a ser pesqui-
sado, aprofundado bem como a ser aplicado nas organizações. Portanto, é um
bom tema para artigos e trabalhos intermediários. Fica a dica: muito ainda precisa
ser explorado, pois se trata de um tema relativamente novo e pouco explorado
no meio acadêmico e profissional do Marketing.
Nas páginas que seguem, nós olharemos além dos sistemas e perceberemos
que se trata de uma gestão da inteligência organizacional. Para isso, apresenta-
rei a você temas bastante atuais e aplicados nas organizações inteligentes, como
o BI (Business Intelligence) e o Big Data. Nesse ambiente de desafios, cresce o
uso de uma nova postura de gestão estratégica da informação, baseada na inte-
ligência organizacional. Em sentido amplo, a inteligência organizacional está
relacionada à busca sistemática, efetiva e proativa de elementos ligados à estra-
tégia, à relação organizacional e ao ambiente externo.
Também o(a) convido(a) a explorar o incrível mundo da inteligência artifi-
cial e da computação cognitivas, duas áreas que se complementam e contribuem
para uma verdadeira revolução no mundo dos negócios e, consequentemente,
do Marketing.
Introdução
110 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
BUSINESS INTELLIGENCE (BI)
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
permite aos utilizadores visualizar os dados em grandes armazéns de
dados em diferentes dimensões que as consultas de banco de dados
normais não seriam capazes de fazer mais rápido.
BIG DATA
Você deve se lembrar que há poucos anos, quando falávamos em volume de dados
e armazenamento, eram comuns expressões, como Megabytes (MB), corres-
pondente a 1 milhão de bytes, e Gigabytes (GB), equivalente a 1 bilhão de bytes.
Depois, veio o Terabyte (TB), equivalente a 1 trilhão de bytes, mas não foi o sufi-
ciente. As escalas foram crescendo para Petabyte, Exabyte e, agora, a produção
de dados é tão grande e exponencial que, hoje, já estamos na era dos ZettaBytes
(ZB), que fica difícil até de mensurar, correspondente a 10 elevado à vigésima-
-primeira potência, ou seja, o “1” seguido de “vinte e um” zeros. É muita coisa!
De acordo com pesquisa da Intel, maior fabricante de microprocessadores
do mundo, a civilização humana produziu cinco exabytes de informação em toda
sua história, até o início dos anos 2000. Hoje, esse volume de dados é gerado em
apenas um ano e meio. Segundo Moura (2014, p. 2), no ano de 2015, “o universo
digital de dados atingiu 8 ZB (zettabytes). Isso equivale ao acervo de 18 milhões
de Bibliotecas do Congresso dos Estados Unidos”. Esse grande volume de dados,
chamado Big Data, além de uma nova revolução para a sociedade e as organiza-
ções, “expõe uma nova geração de tecnologia e arquitetura, destinada a extrair
valor de uma imensa variedade de dados” (MOURA, 2014, p. 2).
Neste novo contexto, as organizações que enxergam e valorizam os dados e as
informações como estratégicos, criam inovações e revolucionam absolutamente
tudo, impactando qualquer mercado ou forma de se fazer negócios nos tempos
atuais. Como é o caso de empresas como o Google, que criou um sistema de busca
Big Data
114 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
desde computadores pessoais e smartphones, servidores de grandes corpora-
ções e estados, a dispositivos públicos e privados que geram dados por meio de
sensores, tais como scanner, leitores de radiofrequência e câmeras de tráfego,
que geram essa avalanche de dados complexos, estruturados e não estruturados.
Para compreender um pouco melhor a complexidade da natureza atual dos
dados e as plataformas de software disponíveis para explorá-los, a Intel (2012,
on-line)1 definiu o que chama dos três Vs do Big Data, com o intuito de carac-
terizar seus os diferentes aspectos de:
Volume: a escala maciça e o crescimento de dados não estruturados supe-
ram o armazenamento tradicional e as soluções analíticas.
Variedade: Big Data é coletado a partir de novas fontes que não foram
minadas no passado. Processos tradicionais de gestão de dados não podem
lidar com a diversidade e variação dos dados do Big Data, que vêm em
formatos tão diferentes, como e-mail, redes sociais, vídeo, imagens, blogs
e sensores de dados.
Velocidade: os dados são gerados em tempo real, com as exigências de
informação útil a ser servida. Os dados não tratados e analisados em
tempo hábil são dados inúteis, pois não geram informação, devido a isso
não deverão ser quantificados, economicamente. Deste modo, Big Data
cria valor para as empresas, descobrindo padrões e relacionamentos entre
dados, que antes estavam perdidos não apenas em Data Warehouse inter-
nos, mas na própria Web, em twitter, comentários no Facebook e mesmo em
vídeos no YouTube, assim como RFID. Data Warehouse é um conjunto de
dados de uma organização, centralizado e organizado em assuntos integra-
dos não voláteis, de forma que os usuários extraiam relatórios analíticos.
Para Hekima (2018, on-line)2, neste cenário cada vez mais dinâmico, ter acesso, antes
dos concorrentes, às mudanças de mercado provocadas pelas novas tecnologias é o
limiar incontestável entre o viver e o morrer no universo corporativo. “E é aqui que
entra o segredo do sucesso no trabalho com Big Data” (HEKIMA, 2018, on-line)2.
estruturadas para análise do Big Data. De acordo com Hekima (2018, on-line)2,
os sistemas de Big Data Analytics referem-se a um processo eletrônico que
transforma um conjunto de dados “soltos” em informações, informações em
conhecimento e, por fim, conhecimento em sabedoria, que será usada para tomar
as decisões mais assertivas e céleres ao contexto de seu negócio.
O termo Big Data Analytics, que refere-se aos poderosos softwares ca-
pazes de tratar esses dados para transformá-los em informações úteis
às organizações. Iniciativas apoiadas em Analytics permitem analisar
dados estruturados e não estruturados, como registros de call center,
postagens de redes sociais e blogs, dados de CRM, balanços patrimo-
niais e demonstrativos de resultados (HEKIMA, 2018, on-line)2.
Big Data
116 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
mesmo se você tem uma revendedora de peças automotivas e precisa prever
as flutuações sazonais de demanda.
Big Data Analytics é isso: a bússola suprema de qualquer empreendedor de su-
cesso que queira usar seu conhecimento privilegiado do mercado para suprimir
a concorrência, independentemente do momento econômico. Se você ainda não
trabalha com análise de dados, é melhor começar a rever seus conceitos.
Fonte: Hekima (2018, on-line)2.
Caro(a) aluno(a), se sua leitura chegou até aqui, neste momento, você deve se
perguntar: quais as semelhanças e as diferenças entre Big Data Analytics e BI? Os
conceitos de BI, vistos anteriormente, são bastante semelhantes quando falamos
de análise de dados em grande volume. Pois é, BI e Big Data Analytics são, de certa
forma, complementares, mas não iguais. Além disso, em geral, Big Data Analytics
é uma fase posterior ao amadurecimento de um trabalho com BI. Para enten-
dermos melhor, veremos as distinções apontadas por Hekima (2018, on-line)2:
Business Intelligence (BI):
■ Focado na coleta, transformação e disponibilização de dados estrutura-
dos para a tomada de decisões;
■ Analisa o que já existe, definindo as melhores hipóteses;
■ Ideal para quando já se conhece as perguntas;
■ Mais específico, voltado apenas para negócios.
Portanto, vimos que Big Data Analytics é uma ferramenta elaborada por meio
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Conforme Mendes (1997), os benefícios advindos da utilização da técnica de
sistema especialista são diferentes daqueles obtidos pelos sistemas tradicionais,
por tratar de sistemas dotados de inteligência e de conhecimento. Entre as van-
tagens, pode-se destacar:
■ Um sistema especialista é capaz de estender as facilidades de tomada de
decisão para muitas pessoas. O conhecimento dos especialistas pode ser dis-
tribuído, de forma que possa ser utilizado por um grande número de pessoas.
■ Um sistema especialista pode melhorar a produtividade e o desempenho
de seus usuários, considerando que o provê com um vasto conhecimento,
que, certamente, em condições normais, demandaria mais tempo para
assimilá-lo e, consequentemente, utilizá-lo em suas tomadas de decisão.
■ Sistemas especialistas reduzem o grau de dependência que as organizações
mantêm quando se veem em situações críticas, inevitáveis, como a falta
de um especialista. As pessoas morrem, ficam doentes, tiram férias e até
optam por melhores ofertas de trabalho. Nesse sentido, as organizações
em que trabalham tornam-se vulneráveis e extremamente dependentes de
suas decisões. Ao registrar o conhecimento de empregados nos sistemas
especialistas, promove-se uma significativa redução no grau de depen-
dência entre empresa e presença física do empregado.
Os SE são utilizados em situações nas quais o especialista humano não está dis-
ponível, porém, em alguns casos, ainda com a presença do especialista humano,
os SE são úteis:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Assim, caro(a) aluno(a), podemos observar que os sistemas especialistas são importan-
tes auxiliares na gestão do SIM, que podem trazer grandes benefícios para a gestão das
organizações e aos consumidores, porém não vieram para tomar o lugar de ninguém,
e sim para auxiliar no processo decisório. Os especialistas humanos são fundamen-
tais ao processo de gestão das organizações e, sobretudo, na gestão do marketing. O
diferencial são os computadores e sua enorme capacidade de armazenar, processar,
cruzar e interpretar dados, associados aos softwares específicos a estas finalidades.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Com o advento da inteligência artificial e dos sistemas especialistas de
marketing, podemos considerar que as pessoas são dispensáveis no proces-
so de gestão do marketing nas organizações contemporâneas?
Vimos que os sistemas especialistas têm aplicações que permitem uma análise prévia
de dados que auxiliam os gestores de marketing na tomada de decisões. Estes softwa-
res usam modelos pré-estabelecidos para, por meio do uso de estatística, encontrar
uma resposta a um dado problema. Desta forma, esses sistemas, apesar de usar algu-
mas técnicas de inteligência artificial, são restritos a buscar as soluções adequadas em
casos muito específicos. Mas será que podemos chamar esses sistemas de inteligentes?
Antes de nos aprofundarmos no entendimento da inteligência artificial,
relembraremos o significado do termo inteligência. De modo geral, os dicionários
da língua portuguesa definem inteligência como sendo a capacidade ou “facul-
dade de aprender, compreender e adaptar-se”. Nesse caso, podemos entender
que a inteligência é uma capacidade exclusivamente humana, e que a inteligên-
cia artificial é um ramo científico que busca criar programas de computador
que simulam esta capacidade de perceber, pensar e tomar decisões com base
em dados e informações prévias. Pois é, até pouquíssimo tempo sim, podíamos
compreender a inteligência artificial como algo restrito a algumas aplicações e
simulações. Mas estamos entrando em uma nova era, que muitos estudiosos e
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
agora, na era da computação cognitiva, a inteligência artificial está entrando em
um outro patamar. Alguns sistemas estão sendo desenvolvidos com capacidade
profunda de processamento de idioma nativo, e isso começa a romper as barrei-
ras de linguagem entre máquinas e seres humanos. Os sistemas cognitivos estão
se transformando em máquinas capazes de pensar, aprender e agir muito seme-
lhantes à inteligência humana.
A computação cognitiva vem de uma mistura de ciência cognitiva - o
estudo do cérebro humano e como funciona - e a ciência da computa-
ção. Para existir, ela faz uso de múltiplas tecnologias e algoritmos que
permitem inferir, prever, entender e dar sentido à informação. Essas
tecnologias incluem algoritmos de inteligência artificial (AI) e machine
learning (aprendizado de máquina), que ajudam a capacitar o sistema
para reconhecer imagens, entender a fala, reconhecer padrões e, por
meio da repetição e treinamento, produzir resultados cada vez mais
precisos ao longo do tempo (RESOURCE IT, 2017, p. 4).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
para big data. “Para isso, ela combina velocidade, escala e poder das máquinas
com uma abordagem humana para tirar proveito de informações em uma escala
que, de outra forma, seria impossível para as pessoas” (RESOURCE TI, 2017, p. 5).
Em um mundo no qual os dados, segundo projeções do instituto de pes-
quisas Gartner, crescerão 800% nos próximos cinco anos, e 80% deles se-
rão não-estruturados, sistemas cognitivos vão ser o caminho natural para
interpretar os dados e oferecer conclusões (RESOURCE TI, 2017, p. 5).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
nenhuma experiência de codificação. Esse é apenas o começo de uma nova
realidade balizada por experiências cognitivas (RESOURCE IT, 2017, p. 7).
O impacto da era digital no Marketing está sendo tão grande, que muito se ouve dizer
que não haverá mais estratégias e campanhas de marketing, no mundo dos negó-
cios, que não passe pelos algoritmos cada vez mais inteligentes e precisos da internet.
Vimos, nos tópicos anteriores, que a inteligência artificial e a computação cog-
nitiva estão transformando não só os negócios, mas toda experiência humana na
Terra, mediada diretamente, ou não, pelas novas tecnologias digitais conectadas às
redes. Com o marketing não está sendo diferente. Mesmo empresas tradicionais
do varejo, que tem sua operação com base em produtos básicos de consumo, com
distribuição em lojas físicas, como supermercados, que estão encontrando inúme-
ras aplicações ligadas à leitura dinâmica, acelerada e profunda de mega dados que
clientes ou não, virtuais ou não deixam à disposição todos os dias nos seus rastros
digitais. Quantidades gigantescas de dados que, literalmente, podem indicar ou
apresentar tendências de consumo que afetam qualquer mercado.
Já existem sistemas de inteligência artificial que elaboram sozinhos planos de
marketing e desenham campanhas personalizadas para lançamento de produtos
ou estratégias competitivas para manter ou atrair novos clientes. Mas calma, não
se preocupe. A inteligência artificial, ainda, não vai tirar o emprego dos profis-
sionais de marketing. Pelo menos, não aqueles que adquirirem conhecimentos
ligados a essas novas tecnologias e às habilidades necessárias para poder utilizá-las.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
bém pode ser na captura de um cadastro de interesse, no compartilhamento de
um arquivo ou postagem ou uma “simples” curtida ou sinalização de que gos-
tou do conteúdo publicado.
Entre os muitos recursos da IA para o marketing, podemos destacar a auto-
mação e a otimização. A primeira é proporcionada por recursos que auxiliam no
atendimento automático de clientes, nos canais de comunicação da empresa na
internet. Para o cliente não ficar sem uma resposta rápida a uma dúvida, já existe
os Chatbots, robozinhos com respostas pré-programadas que auxiliam os con-
sumidores nos chats de mensagem na internet. A segunda é a otimização, cada
vez mais precisa, dos resultados de qualquer campanha ou ação de marketing.
Os novos sistemas de análise de campanhas são de uma exatidão de fazer inveja a
muito profissional de mídia experiente. Exemplos como o Google Analytics que
trazem dados detalhados sobre o seu site e seus anúncios de pesquisa, permitem
ao profissional de marketing realizar ajustes em suas campanhas quase que em
tempo real e, com isso, ter o melhor retorno sobre cada centavo investido (ROI).
Os recursos de inteligência artificial disponíveis para o marketing permi-
tem a criação de produtos e campanhas mais direcionados e personalizados, o
que consequentemente, colaboram para aumentar a satisfação dos consumido-
res. Portanto, aqueles que dominam as novas ferramentas do marketing terão
mais sucesso em suas campanhas.
Como vimos, o uso de recursos de inteligência artificial com base na análise pre-
cisa de grandes volumes de dados está levando o marketing a um novo patamar,
em que já é possível acompanhar o consumidor conectado em diversos pontos
de contato, criando abordagens cada vez mais personalizadas e otimizadas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
o mundo dos negócios quanto a este tema, é fundamental para estarmos sempre
preparados para agir, proativamente, frente às mudanças do contexto informa-
cional, sobretudo, quando considerarmos a sociedade da informação.
Nesta Unidade IV, foi possível que conhecêssemos os requisitos para implan-
tação do SIM, apresentando, além do contido nas teorias, casos reais de aplicação,
desde os objetivos do SIM até os resultados obtidos. No que tange a inovação,
observamos o uso do SIM como suporte na identificação e no suprimento das
necessidades do consumidor. Além disso, ampliamos nossos conhecimentos a
olhar a gestão da informação na organização além dos sistemas e perceber que
se trata de uma gestão da inteligência organizacional. Para isso, apresentei a
você temas bastante atuais e aplicados nas organizações inteligentes, como o BI
(Business Inteligence) e o Big Data.
Agora, você já conhece todo o conteúdo relacionado a Sistemas de Informação
de Marketing e está preparado(a) para, na próxima unidade, adentrar em tópi-
cos especiais, como Inteligência Artificial, e-commerce, CRM e redes sociais e
muito mais.
Caro(a) aluno(a), como forma de aplicação dos conhecimentos adquiridos nesta unida-
de, sugiro leitura do caso a seguir, que relata o uso bem-sucedido do Big Data pela rede
global de restaurantes McDonald’s:
Caso de sucesso com Big Data. Big data no BigMac
A mais importante rede de fast-food do planeta, McDonald’s, trabalha com o gerencia-
mento de mais de 34 mil restaurantes, servindo mais de 69 milhões de pessoas em 118
países. Tudo isso em uma frequência diária!
É natural imaginar que um gigante como esse gere toneladas de dados diariamente,
certo? Mas o que a rede do “M” mais famoso do mundo faz com todos esses rastros?
O McDonald’s coleta e combina os múltiplos dados de suas lanchonetes ao redor do
mundo a fim de padronizá-los e, com isso, compreender as reações de seu público, as
expectativas de cada nicho em torno de seus produtos e as alterações logísticas e de
design que podem ser feitas para melhorar a cadeia de serviços.
Já foram lançados novos sanduíches a partir de estudos de Sentiment Analysis (análises
de sentimento) realizados em mídias sociais; foram feitas promoções em tempo real,
acompanhadas de perto por cientistas de dados, que mensuraram atentamente as ma-
nifestações e reações de seu target, alterando estratégias “in realtime”; e até a logística
do Drive-Thru é alterada em cada país de acordo com as reações de seus consumidores
no que concerne a questões como design, tempo de espera e informações providencia-
das por seus funcionários no ponto de retirada dos produtos. Tudo por meio de ferra-
mentas de Big Data Analytics.
Outro caso de sucesso com o uso de Big Data é da American Express:
A American Express conseguiu compreender que a mobilidade e os recursos digitais
modificaram as expectativas de seus consumidores sobre seus serviços nos últimos
anos. Seu cliente espera que a empresa o conheça profundamente, saiba dialogar com
ele, entenda suas preferências e as atenda. Esse nível de consciência de mercado foi
adquirido pela empresa por meio da implantação de um audacioso projeto de Big Data
Analytics, que integra tecnologias open source, como o Hadoop, com as capacitações
analíticas e operacionais da organização, ao longo de suas linhas de negócios. O resulta-
do foi o desenvolvimento de parcerias estratégicas e experiências “real-time” para aten-
der seus consumidores.
Fonte: Hekima (2018, on-line)2.
MATERIAL COMPLEMENTAR
REFERÊNCIAS Online
1
Em: <http://www.intel.com/content/www/us/en/big-data/unstructured-data-a-
nalytics-paper.html>. Acesso em: 22 ago. 2018.
2
Em: <www.bigdatabusiness.com.br/ebook-o-guia-definitivo-de-big-data-para-i-
niciantes>. Acesso em: 22 ago. 2018.
3
Em: <https://www.redbooks.ibm.com/redpapers/pdfs/redp4955-pt.pdf>. Acesso
em: 22 ago. 2018.
4
Em: <https://www.ibm.com/blogs/watson-customer-engagement/2018/07/13/
ibm-watson-marketing-leader-forrester-wave-customer-analytics-solu-
tions-q2-2018-report/>. Acesso em: 22 ago. 2018.
GABARITO
1. A
2. O Business Intelligence (BI) pode ser considerado um conjunto desde técnicas e
ferramentas de apoio à tomada de decisões que permitem aos gestores de de-
terminada organização fazerem escolhas e traçarem estratégias mais assertivas
com base no histórico de dados da organização e de seu ambiente externo.
3. Sim, a análise de grandes quantidades de dados (Big Data) podem ser aplicadas
a pequenas e médias empresas, pois já existem recursos gratuitos disponíveis
online que permitem o acesso dessas organizações a esse tipo de tecnologia.
4. A
5. D
Professor Dr. Vitor Koki da Costa Nogami
Professor Me. Fábio da Silva Rodrigues
Professor Me. Jorge Van Dal
V
APLICAÇÕES E INOVAÇÕES NO SIM:
UNIDADE
APROXIMAÇÕES COM CONCEITOS
DE CRM, E-COMMERCE E MÍDIAS
SOCIAIS
Objetivos de Aprendizagem
■ Fazer a ligação dos conceitos de inovação e SIM.
■ Compreender a importância dos sistemas de CRM para o Marketing.
■ Apresentar o potencial do E-commerce para as estratégias de
negócios.
■ Identificar a integração entre o uso das mídias sociais e do SIM.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■ A Inovação e o Sim
■ Customer Relationship Management (CRM)
■ E-Commerce
■ O uso das Mídias Sociais e o SIM
139
INTRODUÇÃO
Prezado(a) aluno(a), chegamos à nossa última unidade e, até aqui, nossa cami-
nhada pela estrada do conhecimento tem sido bastante empolgante. Nos tópicos
e assuntos que se seguirão, convido você a fazer a ligação dos conceitos de ino-
vação e novas tecnologias, vistas nas unidades anteriores com o Sistema de
Informação de Marketing.
Além de realizarmos esta importante contextualização com as unidades ante-
riores, é importante fazermos contato com inovações e tendências da atualidade
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Introdução
140 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A INOVAÇÃO E O SIM
APLICAÇÕESEINOVAÇÕESNOSIM:APROXIMAÇÕESCOMCONCEITOSDECRM,E-COMMERCEEMÍDIASSOCIAIS
141
Nesta disputa para conquistar novos clientes, as empresas têm buscado como
diferencial em relação aos seus concorrentes ações que levem à inovação de
produtos. Nesta perspectiva, as organizações têm conquistado vantagens compe-
titivas, fazendo consideráveis investimentos em equipamentos e tecnologia como
uma forma de apresentação de novos produtos (e de serviços) aos seus clientes.
A inovação tem sido empregada como fator de competitividade de vendas,
sempre que o concorrente imita procedimentos e copia produtos. O guru da
Administração, Peter Drucker (1975 apud PAPA FILHO; VANALLE, 2002), já
provocava argumentando que existem três tipos de inovação na empresa:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A Inovação e o Sim
142 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
resultado dessa implementação de programa, sugere que a coleta das informações:
tende a ter relevância e valor tanto para os consumidores quanto para
as empresas. Para os consumidores, esses diálogos não apenas forne-
cem um mecanismo para registrar preferências no que diz respeito à
mercadoria (serviço) e método de compra, mas também permitem que
os consumidores ajudem a moldar novos produtos e serviços com base
em seus interesses, estilos de vida e padrões de compra (SHEPARD,
1993, apud PAPA FILHO; VANALLE, 2002, p. 4).
Para Hughes (1998 apud PAPA FILHO; VANALLE, 2002), muitas organizações
faliram por não conhecerem os seus clientes. É desse conhecimento, originado
das informações, que as organizações captam as percepções, atitudes e preferên-
cias dos seus consumidores, que influenciam no processo de decisão de compra.
Ele reforça que a coleta de informações ajuda a aprender mais sobre os clientes.
Por meio de pesquisas e dados adicionados, de modo que se possa fazer
negócios melhores com eles; (...) aumentar o número de pessoas (...)
de modo que as lojas possam montar seus bancos de dados de clientes;
fazer acompanhamento de compras (...) pesquisas de acompanhamen-
to e chamadas telefônicas;(...) entender os dados geo-demográficos de
suas áreas de comércio a fim de que eles possam realizar um trabalho
melhor de localização de suas lojas e melhorar a indicação de novos
clientes; estabelecer perfis de consumidor em grupos (HUGHES, 1998
apud PAPA FILHO; VANALLE, 2002, p. 5).
APLICAÇÕESEINOVAÇÕESNOSIM:APROXIMAÇÕESCOMCONCEITOSDECRM,E-COMMERCEEMÍDIASSOCIAIS
143
A Inovação e o Sim
144 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
CUSTOMER RELATIONSHIP MANAGEMENT (CRM)
APLICAÇÕESEINOVAÇÕESNOSIM:APROXIMAÇÕESCOMCONCEITOSDECRM,E-COMMERCEEMÍDIASSOCIAIS
145
programas para reter consumidores leais. O CRM pode ajudar uma empresa a
coletar os dados dos clientes, contatá-los, educá-los sobre novos produtos e vender
ativamente produtos para as pessoas que já são clientes e para os novos clientes.
Com frequência, o software de CRM utiliza uma variedade de fontes de
informação, incluindo vendas das lojas de varejo, estudos, e-mail e os hábitos de
navegar na internet para compilar os perfis abrangentes dos clientes. Os sistemas
CRM podem também conseguir feedback do cliente para ajudar a projetar novos
produtos e serviços. Para obter o máximo de benefícios, os programas CRM
devem ser adequados a cada empresa ou organização (STAIR; REYNOLDS, 2002).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
clientes em potencial (prospecting), reconquista de clientes, fidelização de clientes
e vendas por cross-sell e up-sell. Enquanto cross-sell busca o aumento da partici-
pação no cliente por meio da venda de produtos ou serviços complementares a
um produto inicial, up-sell é a venda de produtos ou serviços mais sofisticados,
mas na mesma categoria do produto ou serviço inicial.
Quanto à questão tecnológica, o META Group dividiu a prática do CRM em
três grupos: CRM Operacional, Colaborativo e Analítico. O CRM operacional visa
integrar e facilitar as atividades operacionais da empresa na relação com clientes;
o CRM colaborativo envolve os pontos de contato com o cliente, onde ocorrem
as interações e por onde se recebem os dados do cliente que alimentarão toda a
empresa; e o CRM analítico é o centro de inteligência do processo, provendo, por
meio de ferramentas de data mining, informações sobre diferenciação de valor de
clientes, perfis de compra, com o objetivo de identificar suas necessidades, para
tornar “conveniente para os melhores clientes, a relação com a empresa, buscando
sua satisfação e fidelidade” (PEPPERS; ROGERS GROUP, 2004, p. 54).
Grosso modo, quanto às fases do CRM, basicamente os sistemas se divi-
dem em três etapas, a saber: Obtenção de Novos clientes, Melhoramento do
Atendimento ao Cliente e Retenção de Clientes.
Quanto à obtenção de novos clientes, uma empresa se utiliza das ferramentas de
software e de gestão dos bancos de dados do CRM para obter novos clientes, apre-
sentando um controle mais efetivo dos contatos, busca de clientes, marketing direto
e atendimento dos pedidos do cliente. A conclusão dessas funções de CRM é fazer
com que o cliente perceba o valor de um produto de qualidade mais avançada ofe-
recido por uma empresa de qualidade no mercado (O’BRIEN; MARAKAS, 2007).
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147
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Quanto ao atendimento aos clientes, os sistemas CRM oferecem aos repre-
sentantes de serviços ferramentas de software e acesso em tempo real ao banco de
dados único de clientes compartilhado por profissionais de vendas e marketing.
O sistema ajuda a gerência de atendimento ao cliente criar, designar e contro-
lar solicitações de serviços pedidos por clientes (O’BRIEN; MARAKAS, 2007).
De acordo com Mazza (2009), os módulos de atendimento ao cliente nos sis-
temas CRM oferecem informações e ferramentas para aumentar a eficiência de
call centers, help desks e da equipe de suporte. Possuem recursos para encaminhar
e gerenciar solicitações de serviços feitas pelos clientes. Um desses recursos é uma
linha telefônica para consultas ou marcação de visitas: quando o cliente liga para
determinado número de telefone, o sistema encaminha a chamada ao atendente
adequado, que insere no sistema informações sobre aquele cliente uma única vez.
Segundo O’Brien (2006), uma vez que os dados do cliente estejam no sistema,
qualquer atendente pode conduzir o relacionamento com ele. Com acesso mais
fácil a informações precisas e coerentes sobre o cliente, os call centers podem
atender a mais chamadas por dia e passar menos tempo em cada uma delas. Dessa
maneira, os telefonistas e os grupos de atendimento ao cliente conseguem maior
produtividade, tempos de transação menores e serviço de qualidade mais ele-
vada a um custo mais baixo. O cliente, por sua vez, fica mais feliz porque gasta
menos na linha contando outra vez seu problema ao atendente.
Os sistemas CRM também podem incluir recursos de autoatendimento
baseados na Web: o site da empresa pode ser configurado para oferecer suporte
APLICAÇÕESEINOVAÇÕESNOSIM:APROXIMAÇÕESCOMCONCEITOSDECRM,E-COMMERCEEMÍDIASSOCIAIS
149
Kotler (2017, p. 188) traz uma perspectiva mais atualizada sobre o CRM ao abordar
o CRM no contexto das redes ou mídias sociais e apresenta o que chama de CRM
Social que, segundo o autor, é uma grande mudança em relação ao CRM tradicional.
Enquanto a tradicional gestão do relacionamento com o cliente (CRM)
é tipicamente voltada para a empresa, o CRM social é voltado para o
cliente. No CRM tradicional, as empresas ditam como deve ser feita
a comunicação com os clientes e usam os canais de sua preferência,
como e-mail e centrais que iniciam a comunicação por meio de consul-
tas pela mídia social. Assim, o CRM social ignora o horário comercial
e raramente pode ser automatizado. Os clientes esperam respostas ins-
tantâneas e personalizadas 24 horas por dia (KOTLER, 2017, p. 188).
Segundo Kotler (2017, 188-189) existem três usos típicos do CRM social:
O primeiro é ouvir a voz do cliente: as marcas podem extrair ideias
das conversas gerais relacionadas a elas que acontecem na mídia social.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Para Kotler (2017), embora as diferenças entre as duas técnicas estejam se tor-
nando menos evidentes, o CRM social não é o mesmo que marketing de mídia
social. “O marketing de mídia social envolve fornecer mensagens e conteúdo
sobre a marca por meios da mídia social, ao passo que o CRM social implica
resolver os problemas dos usuários” (KOTLER, 2017, p. 189).
Portanto, uma boa prática de CRM social, porém, pode se transformar em
uma boa campanha de marketing quando os clientes se impressionam com os
resultados. O marketing de mídia social também é mais dinâmico como resul-
tado da fragmentação da mídia social. Assim, as marcas precisam ser colocadas
em várias plataformas de mídia social para alcançar mais clientes e continua-
mente seguir as tendências de plataformas novas, emergentes. O CRM social é,
relativamente, mais estável porque não são muitas as plataformas de mídia social
adequadas a diálogos constantes.
Kotler (2017) apresenta três passos essenciais para a implantação do CRM Social:
Segundo Kotler (2017) o volume das conversas e interações nas mídias sociais,
pode ser avassalador, mas não são todos os consumidores que fazem perguntas
diretamente às marcas na mídia social.
APLICAÇÕESEINOVAÇÕESNOSIM:APROXIMAÇÕESCOMCONCEITOSDECRM,E-COMMERCEEMÍDIASSOCIAIS
151
Para Kotler (2017), uma marca que pretenda desenvolver uma plataforma de CRM
social precisa recrutar e desenvolver agentes de CRM social capazes de repre-
sentar a marca com um alto nível de empatia. Nesse sentido, os agentes devem
ter a personalidade e as atitudes certas, refletindo as da marca.
Como as conversas na mídia social são heterogêneas, agentes de CRM
social devem receber uma sólida base de conhecimentos, abrangendo
questões históricas e suas resoluções para que sirvam de referência para
novas situações. Eles também devem ser encorajadas a compartilhar
suas histórias entre si para permitir um aprendizado mais rápido. Com
frequência, não dispõem das respostas imediatamente e precisam en-
trar em contato com as unidades responsáveis para obtê-las. Portanto,
é fundamental que estejam conectados ao sistema da organização para
facilitar esse contato (KOTLER, 2017, p. 191).
De acordo com Kotler (2017), as empresas precisam ter consciência que, a longo
prazo, será impossível responder a todas as conversas na mídia social. Por isso,
torna-se fundamental haver uma mudança de mentalidade para passar do CRM
tradicional, concentrado no “um pra um” para o CRM social, caracterizado pelo
“muitos para muitos”.
Em vez de se envolverem elas mesmas nas conversas, precisam engajar
defensores fiéis da marca como voluntários. Às vezes, deixar que defen-
sores fiéis respondam a comentários negativos de fato ajuda a marca.
Como são vistos como outros clientes, seus pares têm mais credibili-
dade e fica mais fácil acreditar neles. Em última análise, o CRM social
deve ser uma plataforma de autoajuda que conecta os clientes dentro da
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
E-COMMERCE
APLICAÇÕESEINOVAÇÕESNOSIM:APROXIMAÇÕESCOMCONCEITOSDECRM,E-COMMERCEEMÍDIASSOCIAIS
153
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
E-Commerce
154 UNIDADE V
De acordo com Kalakota e Whinston (1997 apud ALBERTIN, 2010, p. 3), há cer-
tas definições sobre o assunto seguindo perspectivas diferentes, como:
De uma perspectiva de comunicação: o CE é a entrega de informação,
produtos ou serviços, através de redes de computadores, linhas tele-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
fônicas ou qualquer outro meio eletrônico que possibilite esse tipo de
transação visando à realização de algum tipo de negócio.
De uma perspectiva de processo de negócio: o CE é a aplicação de
tecnologia para a automação de transações de negócios e fluxo de da-
dos, um exemplo disso seriam as bolsas de valores, em que as infor-
mações obtidas por meio dos fluxos de dados ajudam na tomada de
decisão na compra e venda de ações.
De uma perspectiva de serviço: o CE é uma ferramenta que endereça
o desejo das empresas, consumidores e com objetivo de cortar custos
de serviços, enquanto melhora a qualidade das mercadorias e aumenta
a velocidade da entrega do serviço, por meio da utilização adequada da
logística de distribuição e da tecnologia da informação.
De uma perspectiva on-line: o CE provê a capacidade de comprar e
vender produtos, serviço e informações na internet.
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E-Commerce
156 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
milhares de quilômetros.
■ Comodidade: todo consumidor gosta de comodidade. Ele pode visuali-
zar a loja virtual de casa ou do escritório, na hora mais conveniente e, se
quiser, irá pessoalmente à loja física apenas para fechar o negócio.
■ Opções de Produtos: há uma variedade de produtos em diferentes lojas
virtuais, de modo que o cliente pode ter acesso a essas informações com
apenas um clique.
■ Acompanhamento das vendas: com um bom sistema de lojas virtuais,
a empresa consegue acompanhar melhor múltiplos estoques, inclusive
dos fornecedores, reduzindo a necessidade de capital de giro e despesas
operacionais.
■ Flexibilidade: é mais fácil fazer promoções online, além de ser mais barato
e de poder atingir um público maior, pode-se acompanhar a eficiência de
suas ações em tempo real.
■ Igualdade: na internet, ninguém vê o tamanho da sua empresa. O que
importa é a qualidade do seu serviço. Você concorre com mais igualdade.
■ Custo: os custos para manter uma loja virtual são, relativamente, mais
baixos do que manter uma loja física. Sem contar que não há despesas
com os funcionários.
■ Monitoramento: com o cadastro do cliente, é possível conhecer muito
mais sobre ele e poder manter contato, enviando e-mails com informa-
ções e promoções.
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157
E-Commerce
158 UNIDADE V
Limitações Tecnológicas:
■ Embora tenha havido um desenvolvimento recente, ainda não existem
padrões de qualidade, segurança e confiança universalmente estabelecidos.
■ Apesar de crescente, o acesso à internet ainda é considerado caro e nada
simples, sobretudo, quando consideramos as diferenças regionais do país
bem como as entre nações diferentes.
■ As ferramentas de desenvolvimento que ligam o CE e a internet ainda
estão em evolução, gerando, assim, uma dificuldade de integração.
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■ As redes de telecomunicação ainda são consideradas insuficientes.
APLICAÇÕESEINOVAÇÕESNOSIM:APROXIMAÇÕESCOMCONCEITOSDECRM,E-COMMERCEEMÍDIASSOCIAIS
159
■ Aparência: sites de CE B2C devem oferecer aos clientes uma vitrine vir-
tual, atraente área para as compras e um catálogo virtual que ajude o
comprador na hora de escolher o produto. Isso quer dizer que a página
da empresa deve considerar o uso de áudio, vídeo, gráficos dinâmicos
para manter a visita agradável.
■ Anúncios e Incentivos: várias lojas virtuais têm seus produtos e serviços
anunciados na internet por meio de banners direcionados e personalizados.
Assim, quando o internauta acessa o site que possui esse tipo de serviço,
logo é aberta uma nova janela com esse anúncio, oferecendo certos produtos
cujo preço está em promoção. Além desta ferramenta, a própria loja virtual
encaminha e-mails para os consumidores que são cadastrados, indicando os
produtos promocionais, ou oferecendo alguns incentivos de compra, como:
cupons de descontos, ofertas especiais e vales para outros serviços da Web.
■ Segurança e Confiabilidade: o comprador da loja virtual precisa sentir-
-se seguro quando vai realizar este tipo de operação, seus dados pessoais,
assim como os dados do seu cartão de crédito, precisam estar salvos de
acessos não autorizados. O consumidor também precisa sentir que está
negociando com uma empresa confiável cujos produtos e outras infor-
mações do site sejam realmente o que dizem ser.
Uma das preocupações quando se fala em vendas pela internet é a perda das com-
pras por impulso por parte do consumidor. A compra por impulso não acontece
somente nas lojas físicas, acontece também pela internet, conforme ponderam
Catalani et al. (2006). No entanto, os autores acreditam que as pessoas sejam
mais racionais e menos sujeitas a impulsos do que em uma loja física, o que se
deve à facilidade de comparação de preços que a internet oferece.
E-Commerce
160 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
sua conta corrente e ver a real situação e, assim, pode pensar se deve, ou não gastar.
Assim, prezado(a) aluno(a), observa-se que o e-commerce é uma nova modalidade
de acesso ao consumidor, faz uso de recursos de T.I. e de estratégias mercadológicas
bem como tem a inovação e a informação como elementos essenciais. Como podemos
notar, a informação, desde que adequada às necessidades da organização, trata-se de
elemento essencial no processo de definição de táticas e estratégias de negócio para
as organizações contemporâneas, quando consideramos o atual ambiente competi-
tivo. Portanto, deve existir uma fina sintonia entre SIM e e-commerce.
Embora você deva, mais adiante no curso, abordar este tema, já que teremos uma
disciplina de Novas Mídias e Tecnologias em Marketing, não me privo, neste
momento, de antecipar algumas questões que se referem ao SIM e à inovação em
marketing em associação com as mídias sociais, que representam, atualmente, um
importante canal de comunicação das empresas com seus stakeholders. Tanto as
empresas contratam colaboradores, fazendo uso das redes sociais, como fornece-
dores, concorrentes e clientes informam-se a respeito da empresa por meio das
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
redes sociais. Kaplan e Haenlein (2010) definem mídias sociais como um grupo
de aplicações para Internet, construídas com base nos fundamentos ideológicos
e tecnológicos da web e que permitem troca de conteúdo gerado pelo utilizador.
Mídia social significa um amplo aspecto de tópicos, com diversas conota-
ções. No contexto de marketing de internet, mídias sociais se referem a grupos
com diversas propriedades, sempre formados e alimentados pelos usuários, como
fóruns, blogs, sites de compartilhamento de vídeos e sites de relacionamentos.
Nesta perspectiva, as mídias sociais podem representar uma revolução nas for-
mas de ser e fazer negócios. As mídias sociais abrangem diversas atividades que
integram tecnologia, interação social e a construção de palavras, fotos, vídeos e
áudios. Essa interação e a maneira pela qual a informação é apresentada depen-
dem das várias perspectivas da pessoa que compartilhou o conteúdo, visto que
este é parte de sua história e seu entendimento de mundo.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
vimento da internet. Neste contexto, ocorre uma revolução nas relações sociais
nos seus mais diversos aspectos, desde mudanças nos fatores produtivos e seus
atores bem como mudanças importantes no padrão de consumo dos indivíduos.
Villares (2008) argumenta que parece estar se iniciando uma “revolução
dentro da revolução” a partir do surgimento de novas mídias. De forma mais espe-
cífica, o autor aponta que as inovações na área de TI têm permitido a mudança
de diversos processos que se complementam e se retroalimentam. E não há
mais como falar em internet sem falar em mídias sociais, como argumenta
Nessy (2009, on-line)2, “muitas empresas já consideram os sites de relaciona-
mento como uma extensão do seu serviço de atendimento ao cliente”. Ainda,
em seu artigo “O S.I.M. na era virtual”, aborda esta questão de forma objetiva e
clara, argumentando que “as mídias sociais estão cada vez mais impactando nas
pesquisas de marketing, substituindo muitas vezes algumas ferramentas tradi-
cionais” (NESSY, 2009, on-line)2.
Conforme argumenta Nessy:
para se diferenciar da concorrência hoje, é necessário um conhecimento
profundo de seu mercado. Saber o que os consumidores desejam (antes
mesmo deles tomarem consciência do seu próprio desejo). Nesse estudo,
a internet possibilita a melhor compreensão da linha de pensamento dos
consumidores. A internet está, de fato, impactando o S.I.M. e trazendo
uma velocidade sem precedentes à informação. Consequentemente, as
decisões gerenciais assumem o mesmo ritmo. Para usufruir da era virtu-
al, é vital ter iniciativas focadas em segmentação, relevância e mensura-
ção (NESSY, 2009, on-line)2.
Muitas empresas, no entanto, ainda não perceberam o potencial das mídias sociais
para suas estratégias mercadológicas. Apesar do enorme potencial, muitas empresas
APLICAÇÕESEINOVAÇÕESNOSIM:APROXIMAÇÕESCOMCONCEITOSDECRM,E-COMMERCEEMÍDIASSOCIAIS
163
ainda não utilizam as redes sociais como um canal de capitalização de novos negó-
cios. A maioria delas ainda se apega ao paradigma de que estas mídias servem apenas
para escutar a opinião dos internautas e, muitas vezes, ignoram as possibilidades de
acompanhar, analisar e participar de discussões entre milhões de consumidores.
Nesta mesma perspectiva, Nessy (2009, on-line)2 argumenta que, embora
muito se fale sobre marketing digital, o que inclui o uso das mídias sociais, mui-
tas empresas pecam por pular etapas importantes, somente levadas pelo desejo
de expor seus produtos de qualquer forma, tendo como consequência a com-
pleta exposição de suas marcas. A utilização da internet e das redes sociais como
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
3. Mídia Social não é uma moda passageira, mas uma mudança fundamen-
tal na forma que nos comunicamos hoje.
4. A convergência das tecnologias vai atender à demanda de um consu-
midor que incorporou novos hábitos no seu dia a dia, como a atuação
através dos canais mobile.
5. Empresas de sucesso nas mídias sociais agirão mais como organizadores
de grupos, agregadores e provedores de conteúdo, do que publicitários
tradicionais (NESSY, 2009, on-line)2.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
nio e emprego das redes sociais como apoio à gestão das informações e do
relacionamento com o cliente/consumidor torna-se fundamental às aspirações
das organizações contemporâneas. Como disse anteriormente, esta foi só uma
amostra para podermos, de forma interdisciplinar, correlacionar o tema mídias
sociais com as inovações pertinentes ao SIM. O aprofundamento quanto a esta
poderosa ferramenta de apoio às organizações contemporâneas será, futura e
oportunamente, realizado. Para a construção efetiva do conhecimento, é pre-
ciso correlacionar disciplinas e temas.
APLICAÇÕESEINOVAÇÕESNOSIM:APROXIMAÇÕESCOMCONCEITOSDECRM,E-COMMERCEEMÍDIASSOCIAIS
165
CONSIDERAÇÕES FINAIS
informação não correspondem a uma pequena fração do que surge a cada dia
em tecnologias digitais para a sociedade e, consequentemente, para as organi-
zações. Por isso, é preciso que você, como gestor(a) de marketing sempre se
atualize, aperfeiçoe-se e se prepare para agir proativamente frente às mudanças
provocadas pelo mundo digital, tornando possíveis ameaças em oportunidades.
Quanto à Unidade V, foi possível observamos o uso do SIM como suporte
na identificação e no suprimento das necessidades do consumidor. Foi possível
também nos aprofundar quanto às aplicações do CRM e suas derivações, tema
que foi abordado de forma transversal como aplicação ou resultado derivado do
processo de uma cultura de marketing voltada para a informação e o conheci-
mento, assim como o acesso ao cliente.
Também falamos sobre a importância do comércio eletrônico e das mídias
sociais para as organizações no contexto atual. Nesses tópicos, vimos que as com-
pras online estão sendo cada vez mais impulsionadas pelas facilidades das novas
tecnologias digitais, o que inclui as redes sociais e as mídias digitais, em que as
empresas utilizam estratégias de marketing digital para se destacar e atrair clientes
em meio a um turbilhão gigantesco de estímulos e informações. Vimos, tam-
bém, que todos os dados gerados nos relacionamentos com os clientes podem e
devem ser utilizados para melhorar ainda mais o atendimento a esses consumi-
dores, seja na loja física seja virtual. Assim, esperou-se construir pontes para que
a informação fosse disponibilizada, e o conhecimento fosse alcançado.
Considerações Finais
166
1. O que é CRM? Defina e explique como pode ser utilizado como recursos estra-
tégicos na gestão das organizações?
2. Quais os desafios e a oportunidade do e-commerce? Discuta.
3. Na visão de Kotler e Keller (2006, p. 489), “e-commerce, ou comércio eletrônico,
significa que a empresa ou o site realiza ou facilita a venda de produtos e servi-
ços on-line”. É um tipo de transação comercial feita especialmente por equipa-
mentos eletrônicos. Com isso, o ato de comprar ou vender pela internet é um
bom exemplo de comércio eletrônico, sendo uma oportunidade vantajosa para
o mercado mundial, que vem absorvendo cada vez mais o comércio eletrônico
em grande escala, e muitos ramos da economia agora estão ligadas ao CE.
Assinale a alternativa que corresponda a vantagens do comércio eletrônico:
a) Disponível 12 horas por dia.
b) Nenhuma flexibilidade.
c) Pequena variedade de produtos.
d) Sem barreiras geográficas e de tempo.
e) Concorrência reduzida.
4. O comércio eletrônico está dividido em diversas categorias, entre elas B2C
(Business to Consumer), B2B (Business to Business) e C2C (Consumer to Con-
sumer). Esta última categoria de comércio eletrônico (C2C) já faz parte da reali-
dade de milhões de consumidores, que estão dando preferência à negociação
direta com outros consumidores. Nessa modalidade, os consumidores (pesso-
as físicas) podem vender e comprar produtos e serviços entre si. A transação
comercial diretamente, em Marketplace ou por sites de leilão online, tornando
esse modelo de e-commerce uma importante estratégia de negócio.
Assinale a alternativa que corresponda a um site de comércio eletrônico (C2C):
a) Magazine Luiza.
b) Amazon.
c) AliExpress.
d) Mercado Livre.
e) NetShoes.
167
sas sociais pelas quais você se engaja, permitindo que você participe de processos de
recrutamento para novas oportunidades, tudo isso dentro da própria ferramenta.
Rede social de nicho
A rede social de nicho é aquela voltada para um público específico, seja pela categoria
profissional ou pelos interesses.
Uma das mais conhecidas é o TripAdvisor, em que as pessoas podem avaliar e deixar
comentários em atrações relacionadas ao nicho de viagens e gastronomia, como res-
taurantes e hotéis.
É hoje uma referência para grande parte da população que procura indicações de um lugar
para jantar numa cidade nova, por exemplo, onde o volume de interações é bastante alto.
Fonte: Patel ([2018], on-line)3.
MATERIAL COMPLEMENTAR
Job´s (2013)
em 1976, Steve Jobs abandonou a faculdade e junto com seu amigo, o gênio
da tecnologia Steve Wozniak iniciaram uma revolução nos computadores
com a invenção do Apple 1, o primeiro computador pessoal. Construído
na garagem dos pais de Jobs, o Apple 1 e a formação da empresa Apple
mudaram o mundo para sempre. Steve Jobs não se incomodava em passar
por cima dos outros para atingir suas metas, o que fez com que tivesse
dificuldades em manter relações amorosas e de amizade.
Acesse os links a seguir para entender mais sobre as formas de aplicações do SIM, a
inovação em marketing e suas correlações:
<http://www.midiassociais.net>.
<http://www.fauze.com.br/DOCUMENTOS/SIM.pdf>.
<http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/18092/000685842.
pdf?sequence=1>.
<http://revista.ibict.br/ciinf/index.php/ciinf/article/viewFile/1414/1037>.
Material Complementar
REFERÊNCIAS
Referências On-Line
1
Em: <http://www.oficinadanet.com.br/artigo/1728/comercio_tradicional_x_co-
mercio_eletronico.>. Acesso em: 23 ago. 2018.
2
Em: <http://www.ifd.com.br/marketing/o-s-i-m-sistema-de-informacao-de-
-marketing-na-era-virtual/>. Acesso em: 23 ago. 2018.
3
Em: <https://neilpatel.com/br/redes-sociais-o-guia-completo-para-definir-suas-
-estrategias-de-marketing/>. Acesso em: 24 ago. 2018.
GABARITO
Chegamos ao final desta etapa, prezado(a) aluno(a). Nossa intenção com este mate-
rial foi proporcionar a você, aluno(a) do Curso Superior de Tecnologia em Marketing
da Unicesumar, conceitos e aplicações importantes da temática relacionada a Inte-
ligência de Mercado.
Conforme discutimos, esta área representa uma intersecção entre conhecimentos
que são próprios do marketing, naturalmente, bem como outra gama de conheci-
mentos pertinentes à área de Sistema de Informação e Tecnologia da Informação.
Por isso, a necessidade de apresentar alguns conceitos essenciais da área de TI para
melhor entendimento do SIM, logo na unidade introdutória.
Nas unidades que seguiram, tivemos a preocupação de não fazer colidirem assun-
tos pertinentes ao tema de nosso material com outros com que você deve se depa-
rar em outros componentes curriculares. Os modelos e conceitos essenciais sobre o
SIM foram abordados, bem como as aplicações em casos práticos e exemplos reais
do mundo corporativo.
Foi possível perceber que a temática trabalhada tem grande relevância para a ges-
tão das organizações contemporâneas, sobretudo, aquelas que estão inseridas em
ramos de atividade econômica e/ou ambientes competitivos, consideravelmente
dinâmicos, já que a adequada gestão da informação para o marketing trata-se de
condição essencial para o sucesso das decisões, principalmente aquelas relaciona-
das à gestão de marketing.
Para efeito de registro, as publicações acadêmicas pertinentes a Sistema de Infor-
mação em Marketing são, como poderíamos dizer, de natureza pouco profunda.
Como exercício de pesquisa, reparem nos livros e manuais de marketing: os autores
de referência pouco abordam sobre o tema, sempre deixando este assunto para os
capítulos finais, capítulos menos extensos e associando com áreas correlatas, como
pesquisa de marketing.
Fica a dica: está aí uma área que pode ser explorada, podendo ser aprofundada em
especialização tanto acadêmica como profissional.
Sucesso na vida acadêmica e profissional!
Prof. Fábio da Silva Rodrigues
Prof. Jorge Luiz Garcia Van Dal
Prof. Vitor Koki da Costa Nogami
ANOTAÇÕES