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Majo no Takkyūbin

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(desambiguação).
Majo no Takkyūbin
魔女の宅急便

No Brasil O Serviço de Entregas da Kiki


Em Portugal Kiki, A Aprendiz de Feiticeira
Japão
1989 • cor • 103 min
Direção Hayao Miyazaki[1]
Produção Hayao Miyazaki
Roteiro Hayao Miyazaki
Baseado em Majo no Takkyūbin, de Eiko Kadono
Elenco Minami Takayama
Rei Sakuma
Kappei Yamaguchi
Keiko Toda
Minami Takayama
Gênero fantasia[2][3]
Música Joe Hisaishi
Cinematografia Shigeo Sugimura
Direção de arte Hinoshi Ono
Edição Shigeo Sugimura
Companhia(s) produtora(s) Studio Ghibli
Distribuição Toei Company
Lançamento JPN 29 de julho de 1989[4]
BRA 27 de julho de 1990[5]
Idioma japonês
Orçamento ¥ 800 milhões
Receita ¥ 2,150 bilhões[6]
Majo no Takkyūbin (魔女の宅急便? Brasil: O Serviço de Entregas da Kiki[5] / Portugal:
Kiki, A Aprendiz de Feiticeira[7]) é um filme japonês de animação e fantasia,
lançado em 1989. Dirigido por Hayao Miyazaki e produzido pelo Studio Ghibli, o seu
roteiro tem por base o romance homônimo, escrito por Eiko Kadono em 1985. Na trama,
a jovem bruxa, Kiki, sai de casa aos treze anos para tornar-se independente em uma
nova cidade, e devido a sua habilidade de voar cria um serviço de entregas. Apesar
de que a personagem seja uma bruxa, o longa-metragem focaliza nas provações e
tribulações de sua adolescência. De acordo com Miyazaki, a produção retrata o
abismo entre a independência e a confiança nas adolescentes nipônicas. O elenco da
película é composto pelas vozes de Minami Takayama, Rei Sakuma, Keiko Toda, Minami
Takayama, Kappei Yamaguchi, entre outros.

Na pós-produção de Majo no Takkyūbin, o projeto foi atribuído a dois iniciantes do


estúdio, Sunao Katabuchi e Nobuyuki Isshiki, entretanto, Miyazaki não gostou do
roteiro feito por Isshiki, e então, assumiu o seu cargo, o de roteirista. O filme
foi inteiramente desenhado à mão, sem recorrer à computação gráfica.

Após o seu lançamento, tornou-se um sucesso financeiro e crítico, conseguindo


lucrar 2 150 bilhões de ienes no Japão, e figurou-se como o mais lucrativo do ano
de 1989, além de ser o primeiro sucesso comercial do Studio Ghibli. Em países da
Europa, como a França e a Itália, o longa apresentou um grande número de
espectadores fora do Japão. Por parte da recepção crítica, conseguiu se destacar
pelo tema de "independência feminina", com a vida cotidiana e a integração social,
sendo elogiadas, outro ponto notável na obra é o fato de não focar nos poderes
mágicos da protagonista, já que ela é uma bruxa. Na 13.ª edição da cerimônia dos
Prêmios da Academia do Japão, que reconhece a excelência de profissionais da
indústria cinematográfica japonesa; Majo no Takkyūbin ganhou o prêmio de "melhor
filme" e Miyazaki recebeu uma indicação por sua direção.

Índice
1 Enredo
2 Elenco
3 Produção
3.1 Animação
3.2 Ambientação
3.3 Música
4 Temas
4.1 Busca pela independência
4.2 Integração social
4.3 Emancipação feminina
5 Lançamento
5.1 Produtos derivados
5.2 Espectadores
6 Recepção crítica
6.1 Prêmios
7 Análise crítica
7.1 Vida cotidiana
7.2 Escolha artística
7.3 Diferenças entre as versões
8 Legado
9 Referências
9.1 Bibliografia
10 Ligações externas
Enredo
A jovem bruxa Kiki, deixa sua família e seus amigos aos treze anos para aperfeiçoar
sua bruxaria numa nova cidade como a tradição exige de todas as jovens bruxas,[8]
com o seu gato preto Jiji, que a ajuda, a menina acaba numa cidade à beira-mar.[9]
Na desconhecida e grande cidade, a menina inicialmente fica insegura, mas conhece
bons amigos em uma padaria e desenvolve o interesse de abrir um negócio: um serviço
de entrega, devido a sua habilidade de voar.[10]

Na imagem esquerda, são apresentados Kiki juntamente com o seu gato Jiji, voando
sobre a cidade de Koriko. Já na direita, a personagem Maki está fazendo um pedido
de entrega para Kiki, na padaria de Osono.
Com o apoio da padeira grávida e seu marido, Kiki recebe alguns pedidos de modo que
ela faz amizade com muitas pessoas, entre outras, com uma senhora idosa, a quem até
ajuda a fazer uma torta em um velho forno a lenha.[11] Kiki aprende uma valiosa
experiência e conhece seu primeiro amor, Tombo.[12] Através de um severo ataque de
dúvidas sobre si mesma, Kiki perde seus poderes mágicos,[13] entretanto, nesta
crise pessoal ela encontra compreensão e apoio de seus amigos, e quando Tombo fica
em situação de risco de vida, Kiki salva-o e então, torna-se conhecida e amada por
toda a cidade e também recupera sua autoconfiança.[14][15]

Elenco
Minami Takayama como Kiki[5] (キキ?)
Rei Sakuma como Jiji[5] (ジジ?)
Keiko Toda como Osono[5] (おソノ?)
Minami Takayama como Ursula (ウルスラ Urusura?)
Kappei Yamaguchi como Tombo[5] (トンボ Tonbo?)
Kōichi Yamadera como padeiro/policial[5] (フクオ?)
Chika Sakamoto como bebê[5]
Mieko Nobusawa como mãe de Kiki[5] (コキリ?)
Kōichi Miura como Okino, pai de Kiki[5] (オキノ?)
Haruko Katō como Madame (老婦人 Rō-fujin?)[16]
Hiroko Seki como Bertha (バーサ Bāsa?)[17]
Yuriko Fuchizaki como Ket (ケット Ketto?)
Kikuko Inoue como Maki (マキ?)
Shō Saitō como Dora (ドーラ Dōra?)
Produção

Hayao Miyazaki, o diretor de Majo no Takkyūbin.


Majo no Takkyūbin é uma adaptação do livro infantil homônimo escrito por Eiko
Kadono,[18] Hayao Miyazaki percebeu grande semelhança entre a personagem "Kiki",
com os jovens animadores do Studio Ghibli.[19] Na pós-produção, Miyazaki ficou
inteiramente ocupado com a produção de Tonari no Totoro e Isao Takahata, cofundador
do estúdio, com a animação Hotaru no Haka.[19] O projeto foi, portanto, atribuído a
dois iniciantes do estúdio, Sunao Katabuchi, que trabalhou com Miyazaki em
Meitantei Hōmuzu, como diretor, e Nobuyuki Isshiki no roteiro.[19] Entretanto,
Miyazaki, que inicialmente seria o produtor de Majo no Takkyūbin, não ficou
satisfeito com o primeiro script produzido por Isshiki, então ele se envolveu cada
vez mais na redação dos roteiros, tornando-se o diretor principal e roteirista,
enquanto Katabuchi tornou-se seu assistente.[19][20] A situação financeira da
companhia também explica o crescente envolvimento de Miyazaki no longa-metragem.
[21][20]

Posteriormente, o roteiro do longa teve várias alterações feitas por Miyazaki, que
com sua equipe foi à Suécia,[22] para inspirar-se em algumas locações do país, já
que o filme era ambientado na Europa.[23] Na volta para o Japão, começam a
focalizar no roteiro — intensamente modificado pelo diretor —, esboços já
produzidos e nos perfis dos personagens.[19] Para este último, Miyazaki contou com
a ajuda de outros profissionais.[24] Com a finalização do script em 8 de julho de
1988, Miyazaki começou a trabalhar no storyboard e depois na direção.[19]
Inicialmente, o filme deveria ter um lançamento limitado e uma duração no máximo de
oitenta minutos, no entanto, o projeto ficou mais duradouro.[19]

Animação
A animação do filme foi inteiramente desenhada à mão, sem recorrer à computação
gráfica.[25][26] Alguns dos efeitos mais usados incluem o zoom, que destaca um
aspecto importante de uma cena, o movimento de câmera panorâmica, é utilizado
extensivamente nas cenas de voos, porque permite seguir um objeto em movimento e
assim mostrar uma quantidade maior de detalhes em um único momento.[27]

Ambientação

Estocolmo foi uma das principais fontes de inspiração para a animação.


A história de Majo no Takkyūbin se passa num mundo inspirado por uma Europa
romântica e idealizada.[21] A cidade de Koriko, na qual o filme é ambientado, é uma
mistura de cidades mediterrânicas (Lisboa e Nápoles), cidades do norte da Europa
(Visby, Estocolmo, Paris e Amesterdã), e a cidade norte-americana São Francisco.
[18] [28][29] A Suécia foi a principal fonte de inspiração para o longa-metragem,
pois, Hayao Miyazaki, havia morado lá em 1971 e voltou novamente para o país com a
sua equipe durante a pós-produção do roteiro.[18][21] Além da diversidade de
lugares inspiradores, a cidade tem uma arquitetura que mistura diferentes épocas,
com edifícios que vão desde o século XVIII até aos anos 60,[30] este aspecto é
reforçado pelos objetos, como um dirigível que lembra os anos 30, os carros dos
anos 40 e o antigo aparelho de televisão preto e branco dos anos 50, essa
combinação de lugares e tempos contribui para a criação de uma Europa idealizada,
que foge das exigências reais.[28]
A paleta de cores das produções do Studio Ghibli, teve uma evolução de um filme
para o outro;[31] em Majo no Takkyūbin, os tons dominantes são de verão, verde e
azul, enquanto as cores escuras são apresentadas para sublinhar um sentimento
negativo ou a noite.[21] As colorações seguem a preferência por tonalidades mais
realistas e discretas.[31]

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