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IBICUI = a areia MOEMA = a desfalecida

IBIRAMA = a terra que há de ser MONDAI = rio das armadilhas


IMARUr = rio dos mosquitos P'ARAGUASSO = ág ua grande
IMBITUBA = local da árvore que dá de PARAGUAY = rio dos papagaios
beber PIRAHY = peixe pequeno
INDAIAL = o que sobressai - uma PIRATUBA = peixe em abundância
palmeira TANGARA = o pulador
IPIRA = rio do peixe TlJUCAS = lamaça l
IPIRANGA = rio vermelho SAG UASSO = olho grande
IPORA = rio bonito SANGA = o alagado
IPUMIRIM = fonte pequena TABAJARA = os moradores das aldeias
ITACOLOMY = menino da pedra TlMBO = o bafo
gêmeos Tl RI BA = pequeno papagaio
lTAIPAVA = pouso do pedregulho rORORO = a enxurrada
IT AJAf = rio pedregoso TUPI = a pai supremo, o primitivo,
ITAJUBA = pedra amarela o progenitor
ITAPEMA = pedra chata TUPINIQUIM = os colaterais dos tupis
IT APOCO = pedra comprida UBATUBA = sitio das canoas
ITAPORANGA = pedra bonita URUBU = ave negra
ITUPORANGA = salto bonito URUGUAY = rio dos caracóis, rio dos
JAGUARUNA = onça preta papagaios
JARAGUA = vale do sen hor URUPEMA = o cesto enquadrado
MARACAJA = gato do mato URUSSANGA = água fria
MAMBITUBA = brejal das cobras
MASSARANDUBA = a árvore de UBIRATAN = pau-ferro
escorrego JATAHV = árvore de fruto duro

OS ERVATEIROS DE JOINVILLE
Antônio Roberto Nascimento
do Instituto Histórico e Geográfico
de Santa Catarina

Em 1877 (1) , estabe leceram-se , em seÇJunda mulh er Maria da luz Paraíso (3).
Joinville, três engenhos de erva-mate. e materna do Capitão Bento f;on ça lves
A iniciativa coube a Antônio Sinke , indus- Cordeiro do Nascimento e de Maria Jose-
trial que veio de Morretes e, já no pri- fa de França. Manoel Ricardo do Nasci-
meiro ano de funcionamento do engenho , mento era major da Guarda Nacional .
lucrou cerca de cinquenta contos de réis. Antônio Sinke era tenente C nesse posto
Antôn io Sink (2). ou Sinke . foi casado foi padrinho de Au gusto , aos 18 . 10 .1881
com Joaquina do Nascimento, filha de (4), nascido aos cinco de julho daquele
Manoel Ricardo do Nascimento e de sua ano , filho do Dr . Bento Fernandes de Bar-
primeira mulher Maria Caetana de França ros (5). juntamente com sLla mulher D.
do Nascimento. neta paterna do S::nq ento- Joaquina do Nascimento Sinke. Maria
Mor Antônio Ricardo dos Santos '3 de slla Caetana de França do Nascimento , sua so-

1 - Cf . CARLOS FICKER. A Erva-Mate e a Industrialização dn Joinville, in : Blumenau


em Cadernos, Tom o VI. n . 2. p . 40.
2 - Cf. FRANCISCO NEGRÃO, Genea logia Paranaense, VaI. 3°. 1928. p . 116 .
3 - Ob. cit., pp. 86-87 .
4 - Registros da Catedral de Joinville.
5 - V . Blumenau em Cadernos, Tomo XXX, n. 1, janeiro de 1989, p. 4 ,

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gra, era irmã de Ana Joaquina de franca, informação_o Vicente Ferreira de Loyola
casada com Vicente Pires Ferreira, em morreu em São Francisco do Sul, aos
segundo leito dele, filho do Tenente 7 .8.1883 (13), de congestão cerebral ,
Vicente Pires Ferreira (6), natural de San- • com idade presumível de 57 anos" (sic),
ta Catarina e de sua segunda mulher Joa- casado com O . Maria Narciza dos Santos
quina Ananias Dorothéia de Jesus, neto Loyol a, "morador na Colônia de Joinville ".
paterno de José Francisco Pires e de Qui- Era major em 25.12. 1880 (14), quando foi
téria Clara da Conceição, e materno do du batizado de sua filha Narcisa, havid ..
Tenente Antônio dos Santos Pinheiro, na- com sua segunda mulher D . Maria Na rci-
tural do Rio de Janeiro , e de Ana Gonçal. za dos Santos , viúva de João Ricardo Gui-
ves Cardoso , natural de Paranaguá . O dito marães, filha do Coron el José Antônio dos
José Francisco Pires era natural da Ilha Santos e de D. Francisca Maria da Luz
Terceira, filho de Manoel Pires Ferreira Santos. Padrinhos da dita Narciza foram
e de Isabel da Ressurreição (7) . Ouit0f iêl , José Celestino de Oliveira e sua mulher
natural da Ilha Graciosa, era filha de An· D. Maria Benedita de Loyola e Oliveira _
tônio Correia de Miranda e de Ana dos O Major Vicente e sua segunda mulher,
Reis (81. em tal batismo, são dados como " naturais
A sobredita Joaquina Allé:mias Doro- de Morretes e moradores de Joinville" .
théia de Jesus, filha de Ana Gonçalves Segundo o batismo do filho Leôncio, aos
Cordeiro, falecida em 1809 (9) , e do Te- 8.1 . 1882 (15), nascido aos 21.10 . 1881,
nente Antônio dos Santos Pinheiro, natu· vê-se que SEJUS pais, Agostinho I-errt:lra
ral da praça de Chaves , Setúbal, em Por- de Loyola e Maria Luiza de Loyola , eram
tugal, foi casada , em primeiro leito, com moradores em Morretes , filhos, respectiva-
o Tenente Jacinto Xavier Neves, fiho dA mente , de João de Loyola e Silva e de D .
Manoel Jacinto das Neves e de NセョI@ Mil Benedicta Mari a dos Prazeres, e do Capi-
ria Francisca Xavier, com quem te'le o lão Vicente Ferreira de Loyola e de D .
Coronel Joaquim Xavier Neves, natural Luiza Ml:tria ct'3 Loyola . Padrinhos foram
de Paranaguá, casado com Felicidade Argemiro Loyola e D . Maria Narciza d08
de Sousa Neves (10) e que foi o pai de Santos Loyola. Aos 31.3.1883 (16), casou
outra Joaquina Ananias Neves, falecida Argemiro Loyola, filho do Capitão Vic ente
em 1884, terceira mulher de Jacinto José Ferreira de Loyola e da finada D . Luiza
da Luz . .JoaQuina Ananias Dorothéia dI:! Maria de Loyola, com D . Targina Celesti-
Jesus era irmã do Padre Vicente Ferre ira na de Oliveira, filha de José Celestino de
dos Santos Cordeiro (11), Vice-Presidente Oliveira e D . Maria Benedicta de Loyola ,
da República Catarinense aos 7.8.1839. "ele morador em São Bento, no terrerio
Joaquina do N'Iscimento, セ@ mulher do disp!-ltado entre a Província de Santa Ca-
Tenente Antônio Sinke, era irmã de Maria tarina e do Paraná" (sic) . Targino era ,
Luiza do Nascimento, casada com o Ca- portanto, irmão de Maria Luiza Ferreira de
pitão Vicente Ferreira de Loyola, falecido Loyola , casada com seu tio Agostinho Fer-
em Joinville (12), aos 7.8 . 1883 , filho de reira de Loyola, de quem foi a primeira
João de Loyola e Siíva e de Benedicta dos mulher (17).
Prazeres, esta filha de Polidoro José dos Um Coronel Maurício Sink (18), polí-
Santos e de sua primeira mulher fria Ma- tico, propagandista da República e depu-
ria de Sousa . O Capitão Vicente Ferreira tado estadual pelo Paraná. foi casado com
de Loyola teve engenho de erva-mate em Etelvina do Nascimento, filha de Joaquim
São João da Graciosa . Há engano em tal Gonça lves Cordeiro e de Maria Ca etana

6 - V . O Primeiro Cirurgião de S. Francisco do Sul, in: Rev . do IHGSC , n. 7,


1986/7, 3 a . fase, p . 159 .
7 - Cf. O. R._ CABRAL, Raízes Seculares de Santa Catarina, 1953. p . 106 .
8 - Ob. cit . , p. 47, Separata do 11° . Vol. do Bol etim do Inst. Hist . da Ilh a Ter-
ceira .
9 - Cf. FRANCISCO NEGRÃO , Genealogia Paranae nse, Vol . 4°. , pp . 157 e 174 .
10 - Cf . E. PAULI, Hercílio Lu z, Governador Inconfundível, 1976 , p . 20 .
11 - Cf. W . F. PIAZZA , A Igreja em Santa Catarina , Notas para sua História, 1977,
pp . 237-238.
12 - Cf. F . NEGRÃO, Genealogia cit . , Vol . 3°., pp . 116-117 .
13 - Livro nO . 9 de óbitos da Matri z de N . sa. da Graca.
14 - Registros da Catedral de Joinville . . .
15 - Id. ib.
16 - Registros da Catedral de Joinville .
17 - Cf. F. NEGRÃO, Genealogia cit. , Vol . 3° . , p. 117 .
18 - Ob , cit., p. 119 ,

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Correia, primeiro marido de sua mãe, ne- cisco Celestino de Oliveira e Brasílio Ce-
ta paterna do Capitão Bento Gonçalves lestino de Oliveira . José Celestino de Oli-
Cordeiro do Nascimento e de Maria Jose- veira Júnior foi casado com D . Augu.sta
fa de França, e materno de Manoel Ricar- Rodrigues de Oliveira, filha de Antônio
do do Nascimento e de sua primeira mu- José Rodrigues e de D . Maria Tinoco
lher Maria Caetana de França . Joaquim Rodrigues , consoante o batismo da filha
Gonçalves Cordeiro era capitão e Maria Aracy, aos 2.9.1895 (24). em Joinville,
Caetana era sua sobri nha (19). Esse Mau- tendo por padrinhos os avós paternos,
rício Sink, muito provavelmente , era ir- representados por procuração outorgada
mão de Antônio Sinke. a Víctor Celestino de Oliveira, nascida em
O Capitão João de Loyola e Silva era Curitiba , em 29 . 11 . 1891. João Celestino
filho de Ignácio José de Loyola e de Maria de Freitas Valle e de D. Felisbina Maria
Rita de Lima (20). João de Loyola e Silva de Oliveira foi casado com D . Cal mira
e D . Benedicta Maria dos Praze res tive- Freitas de Oliveira, filha de Antônio Dias
ram o Capitão Vicente Ferreira de Loyola , de Freitas Valle e de D. Felisbina Maria
Agostinho Ferreira de Loyola e José Fer- de Freitas Valle , neta paterna de Manoel
reira de Loyola, este casado com Maria Di as dos Santos e de Gertrudes Dias dos
Rosa de Bittencourt, filha de Manoel Antô- Santos, e materna de Antônio Veríssimo
nio de Bittencourt, natural da Ilha de Santa Paim e de Maria Angélica Paim, segundo
Catarina , e de Joaquina Antônia de Olivei- o batismo da filha Cecy, aos 2 . 5.1895
ra, neta paterna de João Ignácio de Bit- (25). nascida em Joinville, aos 28 . 4 . 1893 .
tencourt e de Joaquina Ros a da Encarna- Seus sogros também residiram em Join-
ção, também naturais de Santa Catarina . vill e, de acordo com o batismo da filha
Agostinho Ferreira de Loyol a casou, em Nádia, aos 18 . 5 . 1895 (261. nascida em
segundo leito, com Júlia Ferreira de Loyo- Itaqui (RSl. aos 26 .6 .1889, tendo por pa-
la, sua sobrinha e cunh ada, irmã que era drinhos o Dr . Ernesto Azevedo Dias e
de Maria Lui za (21). sua mulher D . Maria de Freitas Alves.
O Tenente-Coronel José Celestino de Víctor Celestino de Oliveira era natural
Oliveira era natural de Paranaguá (22). de Morretes (PR) e tinha 23 anos aos
onde nasceu por volta de 1837, tendo si- 3.7 . 1897 (27) , quando casou, em Joinville,
do deputado à Assembléia Legislativa Pro- com D . Rita Gomes de Oliveira, tilha do
vincial de 1882 a 1883 . Seu genro Arge- Alferes João Gomes de Oliveira, comer-
miro Loyola nascera em Morretes, aos ciante no Parati e, depois, na Estrada
15 . 2 . 1859 (23). frequentou a Escola Poli - D . Francisca, no km 17, e de D. Rosa Leo-
técnica da Corte , estabe leceu-se em cádia Machado, neta paterna do Capitão
Oxford, nas pro ximidades de São Bento Salvador Gomes de Oliveira e de Rita
do Sul, era republicano convicto e fale- Clara de Miranda, e materna da Manoel
ceu prematuramente , aos 16 de fevereiro Mach ado Gallo Júnior e de Josefa Maria
de 1888, quinze dias após um acidente da Conceição , naturais de São Miguel ,
circulatório na estrada de Campo Alegre, com quem teve três filhos: Aracy, Ernani
envolvendo toda a família de seu sogro. e Avany (28) . Elvira foi batizada em Join-
Al ém da filha Targina , casad a com o ville, aos 8.10.1879 (29), nascida aos 14
sobredito Arg emiro Loyola, o Cel. José de fevereiro daquele ano, e faleceu aos
Celestino de Oliveira Sênior e D . Maria 14 . 1 .1886 (301. com sete anos e oito me-
Benedita de Loyola tiveram mai s os se- ses, "no domicílio ' de seus pais, Engenho
guintes filhos : José Cel estino de Oliveira de Bom Jesus " (sic) . Cecília foi batizada
Júnior, João Celestino de Oliveira, Víctor em Joinville , em 1°. 1 . 1885 (31) , nasc.:ida
Celestino de Oliveira , Elvi ra, Cecília , Fran- aos 15 . 12 . 1884, tendo por padrinhos Ar-

19 - Ob. cit., p . 88.


20 - Ob cito p. 354.
21 - Ob . cit.. p . 118 .
22 - Cf . W . F . PIAZZA, Dicion ário Político Catarinense, p. 377.
23 - Cf. CARLOS FICKER, S . Bento do Sul , Subsídios para a sua História, 1973,
p . 265.
24 - Registros da Catedral de Joinville , liv. 9, nO . 109 , f\. 67 .
25 - Id . ib .
26 - Id . ib .
27 - Id . ib .
28 - Cf. F. NEGRÁO, Genealogia cit., Vol. 1° . p. 233 .
29 - Registros da Catedral de Joinville .
30 - Id . ib .
31 - Id. ib .

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gemiro Loyola e sua mulher. Francisco do Rosário, esta filha de Antônio de Oli-
Ce lestino de Oliveira, ao que supomos, veira Borges e de Apolônia da Silva, mor-
é referido dentre os industriais da erva- ta aos 19.5.1819, já viúva (38). Francisco
mate e literatos da região (32). Brasílio Rodrigues Bacellar, filho de Victorino Ro-
Celestino de Oliveira foi casado com Ma- drigu es e de Gertrudes de Almeida Bacel-
ria José Nóbrega, natural de São Francis- lar, também naturais da Cidade de Maria-
co do Sul (33l. com quem teve o filho na, veio para o litoral norte de Santa Ca-
AlceL\ Ce lestino de Oliveira, casado, por tarina como demarcador de terras (39).
seu turno, com Maura (M aurita ) Bley de Até 1879, teve sociedade com o luso Ma-
Lima , fi lha de Jovino Lima , natural de La- noel Gonça lves de Macedo, sob a deno-
ges , e de Leony Bley, com quem teve o minação de Victorino de Sousa Bacellar &
filho Pedro Celestino de .oliveira, já fina- Cia., quando seu sócio outorgou procurn-
do, e João Facundo Celestino de Oliveira. ção a Manoel José do Nascimento Borges
O Cel. José Celestino de Oliveira Sê- para cobrar dívidas da "extinta firma" (40) .
nior era filho de Pedro Celestino de Oli- Morava na Estrada D. Francisca, ou Estra-
veira e de Francisca de Paula de Oliveira. da da Serra, em Joinvill e, depois disso,
O Major Vicen te Ferreira de Loyola onde foi casado com a francisquense Gui-
e sua segunda mulher Maria Narci za de Ihermina Cesarina de Oliveira, morta em
Loyola também tiveram o filho Henrique Joinvi lle , aos 15 . 2.1888 (411. com cerca
Ferreira de Loyola (341. casado com Aní- de 36 anos, de tísica pulmonar, filha do
zia Gomes, filha do Coronel Antônio Cor- Tenente Francisco Xavier da Conceição e
deiro Gomes e de Maria das Dores La- Oliveira e de Rita Caetana de Oliveira,
cerda Gomes, moradores de Antonina , ne- ・セョ@ segundas núpcias dela, neta paterna
ta paterna do Tenente-Coronel fイ。ョ」ゥ ウセッ@ de José Antônio de Oliveira Cereal Sênior,
Gonçalves Cordeiro Gomes e de Joaquina ou simplesmente José Antônio de Oliveir:l
Antônia da Luz, e materna do Tenente- (Sênior), comerciante no Parati, e de Ce-
Coronel José Bento de Lacerda e de Lídia sarina Maria de Jesus, da família Fernan-
Josefa de Lacerda (35). des Dias, e materna de João Antônio Mon-
José Ferreira de Loyola, o filho de teiro, natural de Lisboa, e de Caetana Ma-
João de Loyo la e Silva e de Benedicta ria da Silva, natural da Ilha de Santa Ca-
Maria dos Prazeres, foi casado com Ma ria tarina, esta filha de José da Silva Santos,
Rosa de Bittencourt, com que teve, den- natural do Porto, e de Maria da Silva,
tre outros, a filha Honorina de Loyol a, também natural da Ilha de Santa Catarina .
casada, de sua vez, com Victoriano Bacel- Rit<.1 Caetana de Jesus, sua sogra, fora ca-
lar Filho (36). Foram filhos desse casal: sada, em primeiro leito, com o luso Manoel
Zeno, Maria Rosa, Zeneide, Aroldo, Ma- Di as dos Santos, natural da freguesia de
noel, Cecí lia, Mocacyr e José . Victorino N. sa. das Necessidad es da Cidade do Por-
Bacel lar Filho, não Victoriano, como foi to , filho ele pai de igual nome e de Maria
grafado pelo insigne linhagista paranaen· da Rocha, em primeiras núpcias dele, com
se, era filho de Victorino Francisco de quem teve a filha Maria Floresta de Carva-
Sousa Bacellar, sexto Prefeito de Joinville lho. casada com Basílio Víctor de Carva-
e o primeiro de Mafra(SC) onde faleceu lho, filho do Tenente-Coronel Bento Gordia-
(37). em 27.8.1920. Era filho natural de no de Carvalho e de D. Maria Úrsula de Car-
Gertrudes Teresa de Jesus Bacellar, havi- valho, consoante o batismo do neto Ma-
da em soteira, antes de seu casamento noel, aos 25 .9.1885 (42), tendo por pa-
com Francisco José de Sousa, fazendeiro drinhos Benjamim Francisco Lopes e Emí-
na Península do Saí, em São Francisco li a Perpétua de Sousa Carvalho. O Te-
do Su l, neto materno de Francisco セッ、イゥᆳ nente Francisco Xavier da Conceicão e
gues Bacellar, natural da Cidade de M aria- Oliveira era irmão germa no, dentre ou-
na, freguesia de N. sa. da Conceição da tros, do Tenente-Coronel José Antônio de
Vila do Príncipe, e da francisquense Ana Oliveira Júnior, sogro do Dr . Abdon Ba-

32 - Cf. C . FICKER, S. Bento do Sul cit ., p. 266.


33 - - Cf. W. BLEY JR . , Genealogia da Família Bley, 1987, p. 117 .
34 - Cf. F. NEGRÃO, Genealogia cit,. pp. 108 e 109, Vol . 3°.
35 - Ob . cit., p . 104 .
36 - Ob. cit., pp . 354 e 356.
37 - Cf. ELLY HERKENHOFF, Joinville - Nossos Prefeitos, 1984, p . 31 .
38 - 2°. livro de óbitos da Matriz de N. sa. da Graça do Rio de S. Francisco .
39 - Arquivo Histórico de Joinville, maço das sesmarias.
40 - ArquiVO judiciário francísquense .
41 - 2°. livro de óbitos da Catedral de Joinville .
42 - Livro nO. 18 de batismos da Matriz de N . sa. da Graça .

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tista e pai de Alfredo Emílio Nóbrega de guá, e de Emília Maria do Rosário, esta
Oliveira e de Olímpio Nóbrega de Oliveira . filha do Capitão Antônio da Si lva t.haga,
Consoante se vê no batismo do filho Ba- luso, e de Maria Pinheiro dos Santos;
sílio Augusto, aos 23.10.1881, nascido com quem teve, dentre outros filhos, o
aos 13 de março daquele ano (43), tendo Padre Lamartine Correia de' Miranda vi-
'\lar padrinhos o Tenente-Coronel José Ce- gário da Lapa . Norberto José de Miranda,
lestino de Oliveira e sua mulher O. Ma· major, natural de Guaratuba, "de profis-
ria Benedicta de Loyola de Oliveira, Vic- são negociante", casado ainda com Ma-
torino de Sousa Bacellar, era comerciante ria dos Anjos Correia Miranda, faleceu em
na Estrada O. Francisca. Não sabemos Joinville, de tísica pulmonar, com cerca
se passou a segundo leito. Sua filha Ju- de 48 anos, aos 11.4 . 1884 (49). Em Join,
lieta Bacellar, batizada aos 19.2.1883, ville tamb ém morreu sua escrava Bernar-
nascida aos 4 de dezembro de 1882 (44). dina, aos 16.12.1885 (50), solteira, de
tendo po r padrinhos Antônio Maria Barro- cerca de 22 anos, natural de Guaratuba,
so Pereira e sua mulher Filomena Cândi- "no domicílio de sua ama O. Maria dos
da da Silva Barroso, foi casada com Aman- Anjos, viúva do finado Major Norb erto
tino Bley (45), filho João Bley e de Maria José de Miranda", de hemorragia pulmo-
Grein, neto paterno de Nicolau Bley. Ju- nar. Em Joinville, outrossim, fale::: o,u, aos
lieta teve quatro filhos: Lucy, Guilhermi- 27.11.1883 (51), sua filha Felisbina, na·
na, Oswaldo e Percival Bley. Lucy Bacellar tural de Guaratuba, com cerca 、セ@ cinco
Bley, nascida em Joinville, em 1°.10.1915, anos de idade, de paraliSia pulmonar .
foi casada com João Batista Gomes de O digno genealog ista paranaense (52)
Figueiredo, natura l do Rio de Janeiro, com anota que Maria dos Anjos Correia era
quem teve, dentre outros. dois filhos afo- irmã germana de Amália Correia de Frei-
gades na Barra Velha (46). Zeno Bacellar tas, casada com José Antônio de Oliveira,
nasceu em Rio Negro (PR). aos 8.1.1913 sem outras indicações de quem fosse es-
(47). e foi casado com Oinorá Ricardo dos te último. Parece-nos S. E. O., que se
Santos, filha de Antônio Ricardo dos San- tratava de Amália Correia de Freitas, fi-
tos e de Otíli a Grein, com quem teve lha do Alferes João Correia de Freitas e
Veda Maria Santos Bacellar e José Car- de sua mulher Senhorinha Serafina das
los Bacellar. Dores , casada, aos 5.9 . 1859 (53), com o
Tenente-Coronel José Antônio de Oliveira,
Outro comerciante de Joinville, talvez filho de José Antônio de Oliveira Cercai
li gado ao ciclo da erva-mate , como supo- Sênior, comerciante do Parati, e de O.
mos, foi o Major Norberto José de Miran- Cesarina Maria de Jesus, neto paterno
da , filho do Sargento-Mor Cândido José de Antônio de Oiveira Cercai e de Ana
de Miranda (48) e ele Ana Rosa de Mimn- Maria de Miranda, esta filha do Capitão
ria, casado com Maria dos Anjos Correia, Amaro de Miranda Coutinho e de Margari-
filha do Capitão Oominqos Correia de da Tavares Camargo de Siqueira (54).
Freitas, natural de Sáo Francisco, e de Dito Alferes João Correi a de Freitas era
.Iosefa Leite Bastos, neta paterna do AI· filho de Alexandre Correia de Freitas e
feres Manoel Co rre ia de Freitas e de de Luiza Maria de Jesus (55), esta fliha
Ana Leite de Magalhães e Oliveira. e mi'l- de AClostinho Machado Lima e .de sua
terna do Capitão Antônio José Leite B?s- segunda mulher. João Correia de Freitas,
tos, natural da Vila de Bastos, em Portu- alferes aos 22.12.1866 (56) e tenente aos
gal, assassinado por escravos em PJrana, 17.1 . 1873 (57). tinha 36 anos em 1870

43 - Registros da Catedral de Joinvi ll e.


44 -' Id. ib.
45 - Cf. W. BLEV JR ., Genealogia cit., p. 85.
46 - Id. ib.
47 - Ob. cit., p. 33.
48 - Cf. F. NEGRÃO, Genealogia cit., VaI. 3°., p . 374.
49 - 2°. livro de óbitos da Catedral de Joinville.
50 - Id . ib.
51 - Id. ib.
52 - Cf. F. NEGRÃO, Genelllogia cit., Vol. 30., pp. 373-375.
53 - Livro nO . 7 de casamentos da Matriz de N. sa. da Graça .
54 - V. livros nO. 5 de batismos e 10. de óbitos da Matriz cit.
55 - Cf. F. NEGRÃO, Genealogia cit., VaI. 10 ., p. 304.
56 - Arq. Púb. do Est. de Santa Catarina, Liv. de Reg . de Patentes.
57 - Id . ib., tis . 24 verso e 83 verso .

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(58), quando era o eleitor n . 176 do 7°. mulher Maria Correia da Graça . Em 1805
quarteirão, casado e lavrador, tendo fa- (66). um Capitão Domingos Correia obte-
lecido aos 20 de fevereiro de 1886 (58). ve sesmaria no Rio de Bucarein _ Aos
de nefrite intestinal, com cerca de 54 26.1.1813 (67). um Capitão 'Domingos cセイᆳ
anos, casado, já em segundo leito , com reia era casado com Antônia Maria do
Ana Maria de Santa Ana. Sua primeira Sacramento, morta naquela data, com cer-
mulher, D. Senhorinha Serafina das Do- ca de 53 anos de idade . Um Capitão Do-
res, morreu aos 2.2.1886 (59) de erisipe- mingos Correia foi casado com Margarida
la na cabeça, com cerca de 61 anos, mo- Rosa de Miranda , com quem teve as fi-
radora no lugar Monte de Trigo, era filh a lhas An a Correia de Miranda, prim eira
do Alferes Joaquim Firmiano de Olivei ra, mulher do Tenente Manoel de Miranda
juiz de órfãos e justiças em 1840 , guia Coutinho. e Maria Correia de Miranda ,
de Saint-Hilaire em sua passagem pelo li- primeiramente casada com José da Silva
toral catarinense, e de Francisca Rosa de Paullo, " morador novo neste Rio", e de-
Oliveira, neta paterna do Sargento-Mor pois, em segundo leito, com Salvador An-
José de Oliveira Borges e de Francisca tônio Alves Maia. inventariante dos bens
Clara de São Bernardo , " natural da Vila dela em 1870 (68). Um Sargento-Mor Do-
de São João d'EI-Rey do Rio das Mortes", mingos Correia, natural de Santarém , ve-
e materna do Alferes Manoel Leite de reador 3°. em 1781 (69), foi casado com
Magalhães , natural da freguesia de S . a francisquense Margarida de Oliveira .
Martinho, Arcebispo de Braga , sesmeiro com quem teve a filha Ana Maria de Oli-
"no Rio denominado Monte de Trigo" (60), veira, casada com João Mathias de Carva-
e de Florência Gomes de Oliveira , esta, lho (70). juiz de órfãos em 1781. já em
francisquense embora, filha de José Dá- S . Francisco do Sul , antepassado dos Car-
maso Gomes, natural de Vila de Cascais, valhos Buenos francisquenses.
em Portugal , e de Maria Lemes de Olivei- O Tenente João Correia de Freitas e
ra , natural do Rio de São Francisco do sua primeira mulher Senhorinha Serafina
Sul. a f ilha do Capitão Manoel Gomes Ga- das Dores tiveram. dentre os filhos. a
lhardo e de sua segunda mulher Leonor sobrevivente única Idalina Correia de Frei-
Lemes de Cerqueira (61) . Domingos Cor- tas , casada, aos 27.6.1889 (71) , com Lud-
reia de Freitas foi inventariante . em 1856 gero Severiano de Sousa. de 27 anos, fi-
(62). dos bens de uma Maria cッイ・ゥセ@ da lho de Manoel Leal de Sousa e de Geral-
Graça . João Correia de Freitas, aos di na Leopoldina do Amor Divino, "com
4 . 7.1886 (63). quando tinha 52 anos e já dispensa do impedimento de consangüini-
era viúvo de Senhorinha Serafina das Do- dade em 2°. grau igual a linha transver-
res, passou a segundo leito com Ana Ma- sal", neto paterno de José Joaquim de
ria de Santa Ana . de 34 anos, viúva tam- Sousa e de Antônia Teresa de Jesus, e
bém de João José Machado. Manoel Cor- materno do Alferes Joaquim Firmiano de
reia de Freitas. o mais exacerbado prega- Oliveira (v. suprâ) e de Francisca Rosa
dor da República em Santa Catarina (64). de Oliveira , com quem teve os filhos Mi-
filho de Domingos Correia de Freitas e guel , Albano , João e Maria , moradores
Josefa Leite de Bastos . parece ser. se no lugar Continente. em companhia da
não nos enganamos. o filho Manoel, ba- mãe . quando foi do inventário dos bens
tizado em São Francisco do Sul, aos de Manoel Leal de Sousa, em 1902 (72) .
4 . 3.1852 (65). com nove meses , tendo O Capitão Alexandre Correia de Frei-
por padrinhos José Caetano Correia e sua tas foi o primeiro marido de Luiza Ma-

58 - Livro nO . 10 de óbitos da Matriz de N . sa. da Graça.


59 - Id . ib.
60 - Arquivo Histórico de Joinvill e, maço de sesmarias .
61 - V. livros 10. de óbitos e nO . 5 de batismos da Matriz cit .
62 - Autos extraviados, relação de inventários francisquense s .
63 - Livro nO. 9 de casamentos da Matriz de N . sa. da Graça cit .
64 - Cf . C. DA COSTA PEREIRA . A Propaganda Republicana em Santa Catarina .
in : Blumenau em Cadernos, Tomo VI , nO. 2, p . 23.
65 - Livro nO. 11 de batismos da Matriz de N . sa . da Graça cit.
66 - Arquivo Histórico de Joinvill e .
67 - 2° . livro de óbitos da Matriz de N. sa . da Graça .
68 - Arquivo judiciário francisquense.
69 - Documento da Biblioteca Nacional.
70 - Cf . F. NEGRÃO, Genealogia cit. , Vol. 40. , p . 216.
71 - Livro nO . 9 de casamentos da Matriz de N. sa . da Graça, fi . 64 .
72 - Arquivo judiciário francisquense_

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ria de Jesus, natural de Paranaguá, onde das Três Barras, passando pelo [:;istrito
morreu aos 14.3, 1857 (73). casada com de Gibraltar, onde, no referido ano, Ma-
Joaquim Antônio Alves Cordeiro, de quem noel Francisco Leite foi nomeado juiz pe-
não teve descendência. Luiza Maria de dâneo para fiscalizar e arrecadar o tri o
Jesus era filha de Agostinho Machado buto sobre as ditas congonhas (77) .
Lima e de sua segunda mulher Maria Manoel Machado Lima Júnior, morador no
Cardozo Pazes, neta paterna de Mano!::1 Bocuhy, foi casado com Ana Maria de
Machado de Lima e de Úrsula da Cunha Oliveira, com quem teve os filhos: Manoel
Pinto, natural de Mogi das Cruzes. qual Machado Lima Neto, Antônio Machado
o filho, e materna de Trifônio Cardoso Lima, José Machado Lima e Maria Ma-
Pazes de Leão e de sua primeira mulher chado da Conceição . Maria da Silva Reis
Rita Ribeiro de Magalhães, Agostinho teve, com Manoel Gomes Rittes, natural
Machado Lima, natural de Mogi das Cru- da freguesia de Santa Maria da Cidade
zes, fora casado, em primeiro matrimô· do Porto, filho de João Gomes da Silva
nio, com Maria de Sousa Lima, com e de Engrácia Maria Rita, os filhos: Ana
quem teve os filhos: Manoel Machado, Maria Rittes, casada com José Gonçalves
casado em São Francisco do Sul , Jerô- de Morais, Luiza Maria dos Anjos, casa-
nimo Machado, Maria Machado Tavares, da com Antônio José de Sousa Lima, e
casada com Manoel Tavares de Miranda, Antônio Gomes Rittes. O Alferes Agos-
e Ana Maria , casada com Ignácio Tavares tinho de Sousa Lima foi casado com D.
de Miranda. Nos assentos eclesiásticos Escolástica Joaquina de Morais, filha do
francisquenses, essa primeira mulher de Capitão de Milícias Francisco Leite de
Agostinho Machado Lima foi chamada Morais JLlnior (78). juiz ordinário em 178'1
Maria Ribeiro da Silva , com quem teve (79) juiz de órfãos trienal em 1809 (80).
o filho Manoel Machado Lima, natural de natural de S. Martinho de Lordello, Porto,
paranaguá, casado com a francisquense e de Maria Peregrina de Assunção, neta
Antônia Clara da Silva, filha do Sargento· paterna de Francisco Leite de Moraes e
Mor José de Miranda Coutinho e de sua de Felipa Rosa, e materna do Tenente
primeira mulher Ana Fernandes da Silva, Antônio dos Santos Pinheiro (v. supra)
neta paterna do Capitão Miguel de Miran· e de Ana Gonçalves Cordeiro. O Capitão
da Coutinho (74) e de Isabel da Silva Francisco Leite de Morais Júnior faleceu
Carvalho, natural de "São José da Curi- aos 9 . 2.1817 (81). em S. Francisco dd'
tiba", e materna do Sargento de Auxilia- Sul, com 66 anos "pouco mais ou menos",
res José Fernandes Dias e de Isabel Pe- O Alferes Agostinho de Sousa Lima teve
reira da Silva, natural de Paranaguá . os seguintes filhos: Francisco Machado
Em 1807 (75). esse Manoel Machado Li· Lima, Antônio Machado Lima, Ana Joqui-
ma obteve sesmaria "no lugar chamado na de Morais, Maria Teresa de Jesus,
Olaria até a costeira do Frias" . E, desse Baldoína Angélica de Lima, Joaquina Esco-
consórcio referido, teve três filhos so· lástica de Morais, Maria Escolástica do
breviventes, afora um que morreu em Nascimento, Fortunata Liberata de Jesus,
pequeno: Manoel Machado Lima Júnior João Miguel Machado e Luiza Joaquina
(ou Neto). Maria da Silva Reis, casada de Morais. Deixou importante descendên-
com o luso Manoel Gomes Rittes, e o cia em São Francisco do Sul e na região,
Alferes Agostinho de Sousa Lima, Esse Lauro Carneiro de Loyola (82). ban-
Alferes Agostinho de Sousa Lima, mora- cário, comerciante e industrial, natural da
dor na Península do Saí, teve moinhos Paranaguá, onde nasceu aos 14.1 , 1907,
com rodas d'água (76) . Não sabemos , foi casado com D . Regina Douat, com
porém, se esses moinhos ben eficiavam quem teve descendência. Era filho do
as congonhas , que vinham de serra aci- Dr . José Guilherme de Loyola e de Maria
ma desde antes de 1799, pelo Caminho Augusta Carneiro de Loyola (83). neto pa-
terno do Cel . Joaquim Antônio de Loyo-
73 - Cf.F. NEGRAO, Genealogia cit . , Vol. 1° . , p . 304.
74 - Ob . cit . , Vol. 4°., p . 203.
75 - Arquivo Público de Joinville.
76 - Arquivo judiciário francisquense .
77 - Cf. C . DA COSTA PEREIRA, Hist. cit., PP . 104-105.
78 - Cf . F. NEGRÃO, Genealogia cit . , Vol . 4° . , p. 171.
79 - Documento da Biblioteca Nacional ,
80 - Arquivo judiciário francisquense.
81 - 2° . livro de óbitos da Matriz de N . sa. da Graça,
82 - Cf . W . F. PIAZZA, Dicionário Político Catarinense, p. 309.
83 - Cf. F. NEGRÃO, Genealogia cit . , Vol. 3°., p. 221 .

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la e de Guilhermina dos Santos, e mater- de Oliveira e de Maria Virgínia Nóbrega;
nq do Cel. David Antônio da Silva Car- Alfredo Emílio de Oliveira Nóbrega, casa-
neiro e de Olímpia da Costa . O sobredito do com D. Alexina de Sousa Lobo, fi Ih 9
Cel. Joaquim Antônio de Loyola era filho de Pedro José de Sousa Lobo e de sua
do Capitão João de Loyola e Silva e de primeira mulher Adelaide Flora Caldeira
Benedicta dos Prazeres Loyola. de Andrade; Cesarina Adelina de Oliveira.
José Celestino de Oliveira Sênior e casada com João Gomes de Oliveira Jú-
Maria Benedicta de Loyola tiveram a fi- nior; a sobredita Maria José de Oliveira,
lha Targina Loyola de Oliveira, casada com casada com o Major Brasílio Celestino
Argemiro Ferreira de Loyola, sem gera- de Oliveira (v. supra); e outros.
ção (v. supra); José Celestino de Olivei- Em 1885 (85), o Tenente Antônio
ra Júnior, casado com Augusta Rodrigues Sinke v endeu seu engenho para Ernesto
de Oliveira, filha de Antônio José Rodri- Canac, francês que veio de Buenos Aires
gues e de Maria da Glória Tinoco, com em 1878. Surgiram as empresas exporta-
descendência ; Capitão João CelestinJ de doras de Irmãos Ribeiro, Oliveira, Freitas
Oliveira, falecido em 1924, casado com Cel- Val e, Jordan, Lepper , Schlemm elc. (86).
mira Freitas de Oliveira (v. supra), com des- Esses Irmãos Ribeiro seriam o Francisco
cendência; Major Brasílio Celestino de José Ribeiro, vereador de Joinville em
Oliveira , casado com Maria José de Oli- 1898 (87), e Antônio José Ribeiro, 14°.
veira, filha de José Antôn io de Oliveira Prefeito de Joinville (88), ambos filhos de
e de Emília Nóbrega de Oliveira, com des- Antônio José Rib eiro Sênior e de Aureliana
cendência; Maria Franci sca Cel estino de Gonçalves Ribeiro, netos paternos de Mi-
Oliveira, solteira; Cap itão Vícto r Celesti- guel Antônio Alves e de Joana Maria de
no de Oliveira , casado com Rita Gomes Jesus, e maternos do Tenente-Coronel Co-
de Oliveira (v. supra), fi lha de João Go- mandante do 8°. Batalhão Imperia l Bento
mes de Oliveira; Carmem Celestino de Gonçalves de Morais Cordeiro, juiz ordi-
Oliveira, casada com o Desembargador nário, de órfãos e de paz em 1830, e de
DI'. Augusto Leonardo Salgado Guarita, Ana Maria de Andrade, esta filha do Ca-
com descendência . pitão Manoel Ferreira de Sousa e de Ma-
O Tenente-Coronel José Antônio de ria Francisca de Andrade. O Cel. Bento
Oliveira Júnior, já viúvo de Amália Correia Gonçalves de Morais Cordeiro era filho
de Freitas (v. supra), casou, aos 22.6.1861, do Capitão Francisco Leite de Morais Jú-
em segundas núpcias (84), com Emília nior (v. supra). Antônio José Ribeiro casou,
Julieta Nóbrega, filha do Capitão Antô- aos 26.11.1881, com Guilhermina Fredel'ica
nio Francisco Nóbrega, natural de Santos, Bettback, protestante luterana, filha de
e de Teresa Maria de Jesus, esta filha João Frederico Guilherme Fettback e de D.
do Capitão-Mor Antônio de Carvalho Bue- Frederica Kersten, e Francisco José Ri-
no e de sua primeira mulher D. Bárbara beiro, casou com D. ClemênCia Gomes
Jacinta Leite de Morais, neta paterna de de Oliveira (89), filha do Alferes João
João Mathias de Carvalho (v. supra), e Gomes de Oliveira. Outro mano deles,
de Ana Maria de- Oliveira, e materna do Casimiro José Ribe!:'o, casou, provavel-
Capitão Francisco l.eite de Morais Júnior mente em Morretes (PR), com Adelaide
(v . supra) e de Maria Peregrina Gonçal- Saraiva Ribeiro, filha de Espirião Saraiva
ves Cordeiro, com quem teve os seguin- da Fonseca e de Maria de Vasconce llos
tes filhos: José Antônio de Oliveira Neto, Saraiva, com quem teve o filho Breno,
casado com Laura G6rrensen, filha de nascido em Morretes, aos 22.10.1894 (90)"
Markus G6rrensen, natural da Norueg a, batizado em S. Francisco, aos 9.2.1895.
e de Carolina Schneider, natural da Ale- Ernesto Canac teve, com Martinha de
manha; Teresa, casada com o Dr. Abdon Brittes, também solteira, moradora na
Batista; Olímpio Nóbreg a de Oliveira, ca- Estrada do Sul, filha de José de Brittes
sado com Maria Virgínia de Oliveira, fi- Rodrigues de Ascenção e de Laurea na
lha do Tenente-Coronel Alexandre Ernesto Maria Cidral, os filhos Regina Maria e

84 - Livro nO . 7 de casamentos da Matriz de N. sa. da Graca.


85 - Cf . C. FICKER, A Erva-Mate e a Industri al ização de JoiílVill e, in: Blumenau em
Cadp.rnos, Tomo VI, nO. 2, p . 40.
86 - Id. ib .
87 - Cf. C. FICKER, Hist. de Joinville, p . 358.
88 - Cf . ELLY HERKENHOFF, Joinville - Nossos Prefeitos cit., p . 53.
89 - Cf. A. TERNES, Hist . Econômica de Joinville, p . i,l2.
90 - Livro nO. 19 de batismos da Matriz de N. sa . da Graça .

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Ernesto (91), que transferiram. domicílio Esther Joaquina Gonçalves Cordeiro de
para outras cidades. Fal ece u em Curitiba. Araújo , segunda mulher de Francisco Ma-
aos 17 . 10 . 1920 (92), com a idad e de 74 chado Pereira e, depois , em segundo lei-
anos, para onde transferira sua residên- to, casada com José André da Rocha Cou-
cia desde 1907. tinho Júnior; José Gonçalves de Morais
Maria Gonçalves Morais, filha do Te- Neto e Gaspar Gonçalves de Araújo Sê-
nente-Coronel Bento Goncalves de Morais
Cordeiro (v. supra) e de Ana Maria de
Andrade, foi casada com o luso Manoel
nior.
° Capitão Francisco Machado Pereira
era filho do Capitão João Machado Perei-
Somes Gomes, morador na Ilha de Sant3 ra, natural de São Miyuel da Terra Firme
Catarina até 1867 (93). com quem teve o da Ilha de Santa Catarina, e de Ana Mau-
filho único Th eóphilo Soares Gomes (94). rícia da Trindade, natural de S . Francisco
tenente-coronel (95), nascido na Vila de do Sul. neto paterno de Manoel Machado
Antonina (?), aos 16.2.1857, casado duas Gallo Sênior, natural da Ilha Terceira. Ci-
vezes, a primeira com O. Maria Rosa dade de Angra, e de Ana Maria do Espí-
Cumplido Soares e a segunda com O. rito Santo , natural da Ilha do Faial, e ma-
Maria Ro sa de Araújo Soares , filha do terno de Francisco de Oliveira Camacho
Dr. Henrique Alves de Araújo. Do pri- Sênior e de Isabel Maurícia de Jesus .
meiro leito, teve cinco filhos, sobreviven- Era, pois , sobrinho do Tenente-Coronel
do apenas o Engenheiro Heitor Soares Francisco de Oliveira Camacho Júnior, a
Gomes, prefeito de Antonina em 1920. mais representativa figura francisquense
Foi também prefeito , chefe político, qran- do século passado . E, do segundo leito,
de proprietário, industrial, Inspetor Geral teve dois filhos: Maria Rita da Conceição,
de Rendas etc. Aos 11.1.1894 (96) , quan- casada com José Maria Cardoso Sênior,
do foi da Revolução Federa lista no Paraná , filho de Francisco José Cardoso e de Ma-
elementos da Guarda Nacional de Parana- ria Joaquina Moreira, e Francisco Macha-
guá. chefiados por Teófilo Soares Gomes. do da Luz, ligado ao empreendimento da
tentaram tomar o porto, levante que foi erva-mate em Joinville (100) e Hder do
debelado pela quarnição local . Estava à Partido Conservador. Alferes da 1a. Com-
frente do s "federalistas brancos", junta- panhia do 5° . Batalhão Imperial (101).

°
mente com Narcizo Franca .
Cel . Bento Gonç'alves de Morais
Cordeiro era parente de Joaqui m Gonçal-
aos 22.7.1870, tenente aos 25 . 11 . 1ã72
e capitão aos 25 . 1 . 1873, já da 6 a . Com-
panhia, Francisco Machado da Luz (1841-
ves da Lu iz, juiz de órfãos de S . !=rancis- 1913), foi casado, em primeiras núpcias,
co do Sul , por volta de 1830 (97), casado com Maria Bárbara de Jesus , morta aos
com sua prima-irmã Córdula Maria das 3.4.1869. de febre intermitente, com cer-
Dores (98) . A. KU8ACH (99), no entanto, ca de 20 anos, na freguesia do Senhor
dá Joaqu im Gonçalves da Lu z como filho Bom Jesus do Parati (102), filha do Te-
leg ítimo do Tenente Jos é Gonçalves de nente Joaquim José Tavares e de Bárbara
Moraes, casado em Antonina , em 8.3.1808, Maria da Graça. moradores no Rio do
r.om Córdula Maria Pinheiro. Joaquim Miranda , neta paterna do Sargento-Mor
Gonçalves da Luz e Córdul a Maria das Do- Luiz Tavare s de Miranda e de Oionísia
res tiveram os seguintes filhos: Maria Maria de Miranda, e materna do Capitão
Rita de Morais, primeira mulher de Fran- Salvador Gomes de Oliveira e de Rita
cisco Machado Pereira, sem geração; Clara de Miranda, com quem teve o fi-

91 - Cf. R. S. THIAGO, Coronelismo Urbano em Joinville,


Florianópolis, 1988, p. 37.
°
Caso de Abdon Batista,

92 - Cf. E. HERKENHOFF, Joinville cit., p . 44.


93 - Arquivo judiciário francisquense .
94 - Cf. F. NEGRÃO. Genealogia cit., Vol. 3°., pp . 72 e 82, e 5°., p. 249.
95 - Cf . B. N. dos SANTOS FILHO, Aspectos da Hist . do Teatro na Cultura Para-
naense, Curitiba, 1979, p. 207.
96 - Cf. NOEL NASCIMENTO, A Revolução Brasileira e Lutas Sociais no Paraná, 1983 .
pp. 36 e 38.
97 - Registros eclesiásticos francisquenses, liv . nO. 8 de batismos .
98 - Cf. F. NEGRÃO , Genealogia cit., Vol. 30., p. 138.
99 - apud. A. MACHADO DA LUZ, in : Uma Luz no Passado, 1971, p. 54.
100 - Cf. RAQUEL S. THIAGO, Coronelismo Urbano cit., p. 53.
101 - Arq . Púb. do Est. de Santa Catari na, Liv . de Reg. de Pâtentes .
102 - Livro nO' . 8 de óbitos da Matriz de N . sa. da Graça .

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lho único Dr . Reinaldo Pedro Machado do Major Chrispim Gomes de Oliveira e
(103), casado com Maria Isabel Virmond de D . Carolina Rosa Tovar e Albuquerque
(104), viúva de David Gaspar de Oliveira (105) , neta paterna do Capitão Salvador
Lima, filha de Eduardo Alberto Virmond Gomes de Oliveira e materna do Presi-
e de Lourença Francisca de Assis Pinto dente da Provincia Tovar e Albuquerque .
Ribeiro. Em segundo leito , Francisco Ma- Eis algumas notas biogl'áflcas neces-
chado da Luz, foi casado com D . Januá- sárias para a compreensão dos ervateiros
ria (Januca) Carolina Gomes Tovar, filha de Joinville,

103 - Cf . F. NEGRAO, ob. cit., Vol. 20., p . 67, Vol. 4°., pp . 146 e 421.
104 - V . Famílias Brasileiras de Origem Germãnica , 1962, Vol . 111 .
105 - V. Blumenau em Cad ernos , Tomo XXIX, nO. 10, pp . 289 e ss .

A política na polêmica jornalística


do começo do século
BLUMENAUER ZEITUNG N° . 3 - Sábado, 18 de janeiro de 1902 - Ano 21.

Noticias Locais .

O " Urwaldsbote " lembra em seu último número, vári3s expressões de sua auto-
ria e também escritos por outros . Em grande parte são tão parentes do "esterco
liquifeito" como o "fon" de um bobo da côrte. Nós reagimos a isto por extenso, pois
conhecemos o ditado : " Quem mexe no esterco se suja".
Queremos nos deter em dois pontos . Uma nota sob o título "Ponte Municipal"
diz: "O Blumenauer Zeitung" não vai perder tempo para enaltecer o superintendente
por ocasião da inauguração da ponte: " Todo este barulho feito em homenagem ao
superintendente é um grande mal . Se a gente ouve tudo isto I<orybanto fica-se me-
lancól ico" .
E o que agora estava escrito em nossa notícia para enaltecer o superintenden-
te? Nem uma palavra . O redator do ·Urwald sbote" realmente sofre de Cunhafobia .
Esta personalidade representa para ele a mesma coisa que o "homem preto" significa
para crianças pequenas . Os leitores do "Urwaldsbote" já notaram, como nos disseram
os sócios do " Volksverein" . E quando este jornal escreve alguma coisa, que tem
qualquer ligação com este senhor , todos logo sabem que é de todo mentira ou muito
exagerado .
No artigo do jornal há convencimento e auto-orgulho. "No Ano Novo" encontra-
mos a seguinte frase: "Na eleição de pres idente , os votos do Volkspartei , pesam
pouco na balança . Na eleição de governador podem ser decisivos. Vejam só ! Há al-
puns meses, o mesmo jornal escreveu que o Volkspartei está numa situação f eliz
de ser o fator decisivo na eleição de governador. Naquele tempo portanto, o negócio
era bem seguro. Agora é um pouco duvidoso. Nós profetizamos que quando a eleição
tiver passado , o "Bote" escreverá melancolicamente, que na elei ção, o Volkspartei po-
deria ter sido decisivo. Veremos! Mas alguém vai endoidar de vez.
Por hoje, n?s vamos nos despedir do caro co lega de observânci a confusa, mas
sempre estamos as suas ord ens .

BLUMENAUER ZEITUNG , 25-07-1902 .

O " Urwaldsbote " com eçou o Ano Novo com um de seus momentos gloriosos .
A raiva chegou até a raiz dos cabelos! O redator deu a seus artigos editoriais , que
são uma pérola, um novo esti lo. Em vez de assinar E. F. assina com A . W . .A gene-
rosidade de tratal11ento e a superioridade de caráter , dei xa m transparecer o senhor
Fouquet. Que mal tem , se amanhã um outro a seu mando se reconhece como autor?
Enquanto este senhor nos critica por expormos às vezes em nosso jornal, opiniões

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