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No dia seis do mês de outubro de dois mil e vinte e um, no âmbito de um procedimento
disciplinar disciplinado ao Sr. Pedro Ferreira de Sousa, apresentou-se perante a
instrutora Sra. Adriana Moreira, a testemunha Sra. Inês Urbano, com morada na Rua 25
de Abril, Lisboa, e, a testemunha ao lado do arguido, fazendo-se acompanhar do ilustre
Dr. Salvador Gonçalves e prestou, considerando processo disciplinar por má prática
profissional aberto ao arguido, as seguintes declarações:
1. Há quanto tempo é que trabalha neste clube? Trabalho no clube há 6 anos.
2. Conhece o arguido? Se sim, há quanto tempo? Sim, conheço. Há 4 anos.
3. Mantém relação profissional saudável com o arguido? Sim.
4. Mantém alguma relação fora do trabalho com o arguido? Não, a relação com o
arguido é estritamente profissional.
5. Tem acesso aos sistemas informáticos do departamento jurídico? Sim, através de
um cartão.
6. Conhece o funcionário judicial, o Sr. João Silva? Essa pergunta é subjetiva, uma
vez que apenas conheço o Sr. João Silva de vista, não mantenho nenhuma
afinidade com o mesmo.
7. Alguma vez assistiu a alguma troca de camisolas entre o arguido e o funcionário
judicial? Uma vez ao dirigir-me à casa de banho, vi essas duas pessoas a ir para
a casa de banho, nomeadamente, o Sr. João Silva a sair com uma camisola,
apesar de não saber com que intenção.
8. Sabe precisar quando isso aconteceu? Sim, sei. Foi no dia 27 de setembro de
2015.
9. Como é que se recorda desse momento? Estava a ver um jogo muito importante
e alguém me sujou e tive de recorrer à casa de banho, daí ter visto a situação.
10. Reparou se o arguido e o Sr. João Silva conversaram/trocaram palavras? Não
ouço as conversas dos outros, entrei e saí da casa de banho.
11. Alguma vez teve acesso a um processo? Sim.
12. Qual? O processo 03/2015.
13. Quando é que viu? Lembro-me de o ter visto antes das férias de agosto.
14. Qual era o teor desse processo? Lembro-me de o processo ter a ver com a
compra de um jogador, nomeadamente do Pizzi, que ia assinar o contrato para a
época de 2016.
15. Não estranhou ver esse processo fora do contexto? Sim, estranhei.
16. Não questionou o seu chefe sobre esse processo? Sim, questionei, mas ele disse
para não me preocupar com o assunto e para deixar esse processo de lado.
17. O seu chefe nunca lhe pediu para entregar bilhetes a alguém? Sim, mas não
sabia quem era o destinatário, achava que era para os filhos de alguém.
18. Quando? Em 2015
19. Como é que conhece o seu chefe há 4 anos e trabalha lá há 6 anos? Quer corrigir
o que disse? Sim, conheço o meu chefe há 6 anos.
20. Se pudesse descrever como é trabalhar com o seu chefe, o que diria? Mantemos
uma relação profissional, nunca houve nenhum atrito entre nós, sendo que o meu
chefe é de um edifício diferente e não o encontro muitas vezes. No entanto,
houve uma vez em que ele me pediu para assinar um documento em nome dele,
mas não o fiz, porque a minha profissão não o permite.
21. Qual era o teor do documento? Era sobre a venda do jogador, tinha sido
desviado dinheiro.
22. Nunca resolveu apresentar uma queixa a alguém já que não sabia que esse
movimento não era legal? Pensei que o meu chefe poderia não saber aquilo que
me estava a pedir, pelo que decidi enterrar o assunto.
A testemunha mais do que isto não disse, leu e atesta que está em conformidade com
aquilo que disse e, por isso mesmo, vai assinar o auto.