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Pesquisa Operacional

Material Teórico
Introdução à Pesquisa Operacional

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Esp. Roberto Seraglia Martins

Revisão Textual:
Prof. Ms. Claudio Brites
Introdução à Pesquisa Operacional

• Introdução a Pesquisa Operacional


• Fases de estudo de Pesquisa Operacional
• Estágio do processo na tomada de decisão

OBJETIVO DE APRENDIZADO
· O objetivo desta unidade é conhecer as definições de Pesquisa
Operacional: origem, conceitos, objetivos e aplicações na tomada
de decisão.

ORIENTAÇÕES
Leia atentamente o conteúdo desta Unidade, que lhe possibilitará
conhecimentos iniciais de Pesquisa Operacional.

Você também encontrará aqui uma atividade composta por questões de múl-
tipla escolha, relacionada com o conteúdo estudado. Além disso, terá a opor-
tunidade de trocar conhecimentos e debater questões no fórum de discussão.

É extremante importante que você consulte os materiais complementares,


pois são ricos em informações, possibilitando-lhe o aprofundamento de seus
estudos sobre esse assunto.
UNIDADE Introdução à Pesquisa Operacional

Contextualização
Você já se deu conta que estamos constantemente tomando decisões no nosso
dia a dia? Sempre estamos, dentre diversas opções que se deparam conosco,
escolhendo aquela que nos parece a mais adequada e, quase sempre, nem
paramos para pensar sobre essas decisões, pois são decisões tomadas por hábito
ou ato reflexo.

Já aconteceu com você, por exemplo, de seguir o mesmo caminho para o


trabalho, que faz todo dia, mesmo quando na verdade deveria fazer outro, pois
nesse dia passaria em outro lugar antes ir trabalhar? Pois é, como fazemos muitas
coisas “no automático”, as vezes nem pensamos muito em todas as decisões que
devemos tomar.

A Pesquisa Operacional irá então se preocupar somente com as decisões


“conscientes” que devemos tomar, seguindo um processo organizado e racional
para que se possa tomar a decisão mais adequada possível.

Comece a pensar a Pesquisa Operacional pelas seguintes questões:


• O que é decisão?
• Como é o processo de tomada de decisão das empresas?
• Qual deve ser o caminho para a tomada de decisão consciente numa empresa?

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Introdução à Pesquisa Operacional
A Pesquisa Operacional (PO) é um ramo da Engenharia de Produção voltada
para a tomada de decisão por meio de um procedimento organizado. A PO foi
desenvolvida e utilizada durante a segunda guerra mundial com o intuito de criar
métodos para a solução de problemas específicos em operações militares. A
aplicação do método científico e de ferramentas matemáticas dessas operações
militares passou a ser chamada de Pesquisa Operacional.

Com o sucesso obtido, as técnicas desenvolvidas foram levadas para o mundo


acadêmico e passaram a ser utilizadas nas áreas empresariais e na administração.
Em 1947, George Dantzig e outros cientistas do Departamento da Força Aérea
Americana, apresentaram um método denominado Simplex para a resolução dos
problemas de Programação Linear (PL).

Portanto, a Pesquisa Operacional surge como ciência para resolver, de uma


forma mais eficiente, os problemas na administração das organizações originados
pelo acelerado desenvolvimento provocado desde a revolução industrial. E com o
desenvolvimento da informática nas últimas décadas, a PO tem sido estendida a
numerosas organizações.

Figura 1 – Esquema representativo da Pesquisa Operacional


Fonte: iStock/Getty Images

Simplificando, podemos conceituar então a Pesquisa Operacional como sendo


um conjunto de métodos e modelos matemáticos aplicados à resolução de
complexos problemas nas operações (atividades) de uma organização por meio de
uma abordagem científica.

Denominada “a ciência da administração”, a sua utilização e implementação


têm sido estendidas ao seguintes setores:
• Business;
• Economia;
• Indústria;
• Indústria militar;
• Engenharia civil;
• Governos;
• Hospitais; etc.

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Os ramos mais importantes abordados pela PO são:

Programação Matemática
• Programação Linear (LP)
• Problemas de distribuição de recursos;
• Problemas de transporte;
• Problemas de planejamento da produção;
• Problemas de corte de materiais; etc.
• Programação Não Linear;
• Programação Dinâmica;
• Programação Inteira;
• Otimização Global.

Outros ramos atuantes na Pesquisa Operacional são:


• Análise Estatística;
• Teoria de Jogos;
• Teoria de Filas
• Organização do tráfego aéreo;
• Construção de barragens; etc.
• Simulação;
• Gestão de estoques; etc.

Você já se deu conta que estamos constantemente tomando decisões no nosso


dia a dia? Sempre estamos, dentre diversas opções que se deparam conosco,
escolhendo aquela que nos parece a mais adequada e, quase sempre, nem paramos
para pensar sobre essas decisões, pois são decisões tomadas por hábito ou por ato
reflexo. Já aconteceu com você, por exemplo, de seguir o mesmo caminho para
o trabalho, que faz todo dia, mesmo quando na verdade deveria fazer outro, pois
nesse dia passaria em outro lugar antes ir trabalhar? Pois é, como fazemos muitas
coisas “no automático”, as vezes nem pensamos muito em todas as decisões que
devemos tomar.

A Pesquisa Operacional irá se preocupar somente com as decisões “conscientes”


que devemos tomar, seguindo um processo organizado e racional para que se
possa tomar a decisão mais adequada possível.

Pensando nos problemas que podemos enfrentar no ambiente das


organizações, podemos exemplificar alguns tipos de decisões onde a PO será de
grande valia:

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• Em qualquer organização, sabemos que tanto a mão de obra quanto a matéria
prima são recursos limitados, então como saber qual a quantidade de produtos
que maximizará o lucro da organização? – Estamos aqui diante de um problema
de otimização de recursos;
• Qual o melhor roteiro a ser definido por empresas de transporte para
que possam atender a seus clientes com maior velocidade, confiabilidade
e assertividade em grandes metrópoles? – Aqui temos um problema de
otimização de roteirização;
• Em uma grande organização, de que forma os recursos humanos podem
alocar as pessoas para que a empresa tenha um melhor desempenho em
seu mercado de atuação? – Buscamos aqui um problema para a resolução de
alocação de pessoas;
• Em uma empresa produtora de diversos produtos alimentícios, como
determinar de forma mais rentável a distribuição do mix de produção? – Aqui
encontramos claramente um problema de determinação de produção de mix
de produtos.

A Pesquisa Operacional ainda pode ser utilizada para resolver diversos tipos
de questões relacionadas com problemas de: carteiras de investimento; análise
de projetos; etc. – poderíamos continuar a enumerar inúmeros problemas que
as organizações enfrentam. Para essas questões é que a PO vem como poderosa
ferramenta na tomada de decisão estruturada, na qual envolve uma série de fatores
que possam ser quantificados e, logo, equacionados.

Exemplo prático da aplicação de Pesquisa Operacional nas empresas:

A Gapso não é uma fábrica de software e nem uma fornecedora de produtos


e prateleiras, seu objetivo é facilitar a vida de quem planeja operações produtivas
complexas e torná-las cada vez mais eficientes. Desenvolve sistemas analíticos de
planejamento extremamente aderentes, baseados nos mais avançados métodos
quantitativos e construídos conforme os padrões corporativos de tecnologia da
informação. A Gapso é a escolha de empresas que buscam tomar decisões baseadas
em fatos, para extrair o máximo do potencial dos seus ativos e do seu tempo.

A Solução Gapso conseguiu economizar US$ 24 milhões por ano em


operações aéreas.

Como transportar, de maneira segura e eficiente, as pessoas que viabilizam a


exploração de petróleo em águas profundas? Transportando diariamente 1.700
profissionais em 80 unidades marítimas na Bacia de Campos, a Petrobras buscava
uma solução para reduzir o risco dos voos de uma das maiores frotas civis de
helicópteros do mundo. Dada a complexidade da operação, a Gapso criou uma
solução que definia diariamente os trajetos para o transporte do maior número de
pessoas com o mínimo de horas de voo, aumentando a segurança e a eficiência
do processo.

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UNIDADE Introdução à Pesquisa Operacional

O melhor planejamento do transporte aéreo reduziu em 18% o número de


pousos, etapa mais perigosa da operação, e em 14% a quantidade horas de
voo, o que, de quebra, gerou uma economia anual de U$ 24 milhões.
Em 2009, o case foi finalista do Wagner Prize, um prêmio da INFORMS para
os melhores casos de uso prático de Pesquisa Operacional.

Fases de estudo de Pesquisa Operacional


É interessante observarmos o passo a passo na Figura 1, abaixo:

Definição do Problema

Construção de um
Modelo

Solução do Modelo Avaliação

Validação do Modelo

Implementação dos
Resultados

Figura 2 – Esquema das fases do Estudo Operacional

Agora, vamos tratar sobre cada uma dessas fase:

Definição de problema
É determinado o objetivo nessa fase. São verificadas as restrições ao modelo
possível a ser implementado e quais os caminhos possíveis para a implementação.
São conferidos registros, informações, as mais fidedignas possíveis.

Construção do modelo
Aqui essencialmente é desenvolvida a modelagem matemática, ou seja, são
desenvolvidas as equações. Nessa fase, predomina a modelagem matemática,
ou seja, as equações e inequações, seja na função objetivo, seja nas restrições.
Cabe distinguir variáveis decisivas (variáveis controláveis) das não decisivas – por
exemplo, em uma situação de produção, a quantidade a ser produzida é uma
variável controlável. A demanda bem como o preço praticado pelo mercado são
exemplos de variáveis não controláveis.

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Solução do modelo
Nessa fase, temos o cálculo do modelo proposto. A resolução do modelo é feita por
diversa técnicas, das de mais simples resolução até as altamente complexas para a re-
solução de problemas igualmente, e extremamente, complexos. Há muitos softwares
que resolvem problemas como esses com extrema rapidez, confiabilidade e precisão.

Validação do modelo
A validação do modelo tem por objetivo checar se os resultados obtidos com a
aplicação do modelo estão de acordo com o modelo real do problema. A simulação,
quando da implementação do modelo, permite detectar se há necessidade de
implementar novas soluções para eventuais melhorias.

Implantação dos Resultados


É feita a avaliação dos resultados a fim de promover ajustes no modelo caso
necessário.

Avaliação
Deve-se identificar e determinar parâmetros de controle e valores fixos que
envolvam o problema. O controle de tais parâmetros tem fundamental importância
para monitoramento e identificação de desvios durante o processo que levarão a
correções no processo.

Exemplo:
Um problema de PO que determina um plano ótimo de produção

Uma empresa produz três tipos de cadeiras a partir de um determinado tipo de


madeira. Sabendo que diariamente a empresa dispõe de 100 kg dessa madeira e
400 horas de trabalho, como podemos determinar um plano ótimo de produção
obtendo o maoir lucro possível?

Vamos considerar a Tabela 1 abaixo, a qual indicará a quantidade de material


utilizado na fabricação e a quantidade de horas de trabalho utilizadas para a
fabricação de cada tipo de cadeira, bem como o lucro unitário obtido na venda de
cada uma delas:

Tabela 1 – Recursos para a produção de cadeiras


Recursos Cadeira 1 Cadeira 2 Cadeira 3
Quantidade de material 4 kg 3 kg 2 kg
Quantidade de Trabalho 3 horas 2 horas 4 horas
Lucro Unitário R$ 20 R$ 15 R$ 25

Qual decisão a ser tomada?


Precisamos decidir qual a será o mix de cadeiras a serem produzidas e onde
obteremos o maior lucro possível.

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UNIDADE Introdução à Pesquisa Operacional

Tomada de Decisão
Chega o momento de escolher um caminho.

A tomada de decisão pode ser conceituada como


sendo o processo de escolha de determinado plano de
ação entre vários possíveis para solucionar um problema
específico identificado.

Todo processo de tomada de decisão leva a uma


Figura 3–Tomada de decisão escolha. Essa escolha tanto pode ser uma opinião de
Fonte: iStock/Getty Images escolha ou, então, efetivamente, uma ação a ser tomada.
Ou seja, a tomada de decisão visa buscar, para a empresa, a melhor situação
para se tomar na resolução de um problema, em uma determinada circunstância.

Ocorre sempre um problema quando há uma alteração entre a situação atual e


a situação desejada.

Figura 4 – Problemas
Fonte: iStock/Getty Images

Quando ocorrem circunstâncias para que os indivíduos/organizações possam


superar as metas estabelecidas dizemos que estamos diante de uma oportunidade.

Figura 5 – Oportunidades
Fonte: iStock/Getty Images

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Fatores relevantes para a tomada de decisão
• Tempo disponível para a tomada de decisão;
• A importância da decisão;
• O ambiente;
• Certeza/incerteza e risco;
• Agentes decisores;
• Conflito de interesses.

Classificação de números de decisores na tomada de decisão


• Tomada de decisão individual – são as menos complexas de se tomar, pois
cabem a uma pessoa.
• Tomada de decisão autoritária – surge de uma pessoa e é imposta a equipe.
• Tomada de decisão participativa – tem a participação de todos.
• Tomada de decisão individual modelo racional

Decisor
• Consistente;
• Racional;
• Maximizador de utilidade.

Método de Resolução do Problema


• Identificar o problema;
• Gerar alternativas;
• Escolher a melhor alternativa.
• Tomada de decisão em grupo – tem a participação e votação de todos, onde
a ideia mais votada é abraçada pelo grupo.
• Maior complexidade: o processo geralmente requer um tempo maior do
que na decisão individual;
• Comunicação: obtém-se mais informação focada na resolução do proble-
ma, além de ser levantado um maior número de possibilidade para a tomada
de decisão;
• Conflito: convencimento, a decisão não é tomada individualmente;
• Diferenças culturais: podem ser um fator vantajoso ou desvantajoso,
dependendo do contexto. Ele será vantajoso quando os pontos de
vista diferentes se completarem, enriquecendo e ampliando o leque de
possibilidades para a tomada de decisão. Será desvantajoso quando ocorrer
a situação inversa.

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UNIDADE Introdução à Pesquisa Operacional

Estágio do processo na tomada de decisão


Os processos que participam da tomada de decisão são descritos na figura abaixo:

Identtificação do
Problema

Criação das
Alternativas

Seleção das
Alternativas

Implementação e
Monitoração

Figura 6 – Passos do processo de tomada de decisão

Sobre esses processos, apresentamos algumas descrições a seguir.

Identificação do problema
Nesta etapa, é feito um levantamento das condições organizacionais e ambientais
com a intenção de determinar se tais condições são satisfatórias com a identificação
das possíveis causas do problema. É proposto o Modelo Matemático para a
resolução do problema.

Criação das alternativas


Determina-se aqui o conjunto de ações possíveis por meio das informações e dos
dados coletados, cria-se o maior número possível de alternativas para solucionar a
resolução do problema e são propostas as Variáveis de Decisão.

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Seleção das Alternativas
Nesta fase, são propostos os critérios para a avalição das ações. São elencadas
também as restrições impostas para que se possa atingir o objetivo. Tem que se
avaliar as alternativas pois cada uma delas tem seus prós e contras, buscando-se a
melhor alternativa. É definida a Função Objetivo.

Implementação e Monitoração
É feito um plano para a implementação da alternativa selecionada e criado
mecanismos para o monitoramento da solução implementada. É feita aqui a
Programação Matemática.

Exemplo:
Vamos estudar um exemplo de um problema que precisa ser equacionado.

Vamos supor que uma adolescente, que adora sair com as amigas e a “turma” –
aliás bem típico nessa idade, não é mesmo? –, gosta muito de passear no Shopping
e também de frequentar o clube onde ela é sócia.

Qual é a decisão?

Caso ela tivesse a chance, iria todos os dias ao shopping e também ao clube, embora:
• com certeza ela não consiga, pois só tem as tardes livres par desfrutar dessas
atividades; então, ela terá que escolher entre ir ao shopping ou ir ao clube,
não vai ter jeito;
• mesmo que fosse possível ir aos dois lugares na mesma tarde, não teria dinheiro
para ir aos dois lugares no mesmo dia durante toda a semana.

Para garantir o máximo possível de felicidade da garota, ela terá que decidir
quantas vezes por semana irá ao shopping e quantas irá ao clube.

A Decisão
Vamos considerar:
• x1 a quantidade de vezes por semana que a garota vai passear no shopping;
• x2 a quantidade de vezes por semana que a garota vai ao clube.

Variáveis de decisão
• x1 e x2 que foram criadas serão chamadas de Variáveis de Decisão.

Os valores que representam o centro do problema são a variáveis de decisão as


quais podemos escolher livremente.

Note que, pelos menos em princípio, a garota pode ir ao shopping e ir ao clube


quantas vezes quiser.

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UNIDADE Introdução à Pesquisa Operacional

Problema financeiro:
Nesta situação, há um pequeno empecilho:

Ir ao Shopping custa à garota R$ 100,00, contando o dinheiro do transporte,


lanche e de algumas pequenas compras que ela sempre faz;

Ir clube é mais barato, custa à garota R$ 60,00, contando o dinheiro do


transporte e lanche.

A quantidade de dinheiro que a garota tem disponível para gastar por semana
com as idas aos dois lugares é de R$ 350,00 por semana.

Como garantir que a garota não irá se endividar? Ou seja, que ela vá ao shopping
e ao clube o máximo de vezes na semana e não pagará por isso mais de R$ 350,00?

Utilizando de forma racional a semanada


• Se você vai ao Shopping x1 na semana e todas as vezes gasta R$100,00,
então você gasta R$ 100 x1 por semana.
• Fazendo o mesmo raciocínio para ir ao clube, obtemos o seguinte:
garantia
100x1 + 60x2 ≤ 350

Gasto total
semanal disponível
na semana

Problemas com o tempo


As diferenças entre os dois eventos não são apenas em relação aos valores gastos:
• Ir ao shopping é um tanto demorado. Cada vez que a garota vai ao shopping,
gasta em média 5 horas da sua tarde;
• Quando a garota vai ao clube, que é bem mais perto da sua casa, ela gasta em
média 3 horas.

Garantindo a escola
• Consideremos que, devido aos estudos, a garota tem apenas 18 horas de lazer
por semana;
• Utilizando a mesma notação anterior para equacionar a semana. Para
garantirmos que a garota se divertirá sem exceder o tempo de 18 h na
semana, temos:

5x1 + 3x2 ≤ 18

Colocando as duas situações juntas, temos:

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Restrições
100x1 + 60x2 ≤ 200 (R$/semana)

5x1 + 3x2 ≤ 18 (horas/semana)


• Agora a garota já pode tentar se planejar. Ela então irá decidir quantas vezes
irá ao shopping (x1) e quantas vezes ao clube (x2) na semana
• Também irá ver quantas horas e quanto de dinheiro consumirá, e depois
quanto sobrará no final da semana.

Quanto ela irá consumir na semana?


100x1 + 60x2 ≤ 350 (R$/semana)

5x1 + 3x2 ≤ 18 (horas/semana)

Vamos supor que a garota irá 2 vezes ao shopping e 2 vezes ao clube na semana,
substituindo x1 por 2 e x2 por 2 também temos:

100*2 + 60*2 = R$ 320 de consumo

5*2 + 3*2 = 16 horas de consumo

Quanto sobrará na semana?


100x1 + 60x2 ≤ 350 (R$/semana)

5x1 + 3x2 ≤ 18 (horas/semana)

Indo 2 vezes ao shopping e 2 vezes ao clube, temos:

R$ 350 (para gastar) – R$ 320 (gastos) = R$ 30 de sobra

18 h (para lazer) – 16 h (curtidas) = 2 horas de sobra

Outra situação
100x1 + 60x2 ≤ 350 (R$/semana)

5x1 + 3x2 ≤ 18 (horas/semana)

Vamos supor que a garota irá 3 vezes ao shopping e 2 vezes ao clube na semana,
substituindo x1 por 2 e x2 por 2 também temos:

100*3 + 60*2 = R$ 420 de consumo → só tem 350 para gastar

irá faltar 420 – 350 = 70 reais

5*3+ 3*2 = 21 horas de consumo só tem 18 para curtir

irá faltar 21 – 18 = 3 h

Esse exemplo não é possível dentro das condições que foram propostas.

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UNIDADE Introdução à Pesquisa Operacional

Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

 Livros
Introdução à pesquisa operacional: método e modelos para análise de decisões
ANDRADE, Eduardo Leopoldino de. Introdução à pesquisa operacional: método e
modelos para análise de decisões. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2015.
Introdução à pesquisa operacional
HILLIER, Frederick S.; LIEBERMAN, Gerald J. Introdução à pesquisa operacional.
9. ed. Porto Alegre: AMGH, 2013.
Introdução à pesquisa operacional
LONGARAY, André Andrade. Introdução à pesquisa operacional. São Paulo:
Saraiva, 2013.

 Leitura
Desenvolvimento e Otimização de Modelos Matemáticos por meio da Linguagem
SILVA, A, F. DA; MARINS, F. A. S.; SILVA, G. M.; LOPES, P.R. M. DE A.
Desenvolvimento e Otimização de Modelos Matemáticos por meio da Lingua-
gem. São Paulo: GAMS, 2011.
http://goo.gl/XwRHa1

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Referências
ANDRADE, E.L. Introdução à pesquisa operacional: métodos e modelos para a
análise de decisão. 4. ed. São Paulo: LTC Editora, 2012.

BELFIORI, P.; FÁVERO, L. P. Pesquisa Operacional para cursos de Engenharia.


São Paulo: Editora Campus, 2013.

FOGLIATTI, M. C.; MATTOS, N. M. C. Teoria de Filas. Rio de Janeiro: Editora


Interciência, 2007.

HILLIER, F. S. e LIEBERMAN, G. J. Introdução à Pesquisa Operacional. 9. ed.


São Paulo: McGrawHill / Bookman, 2013.

LACHTERMACHER, G. Pesquisa Operacional na Tomada de Decisão


(modelagem em Excel). 4. ed. São Paulo: Editora Campus, 2009.

MARINS, F. A. S. Introdução à Pesquisa Operacional. São Paulo: Editora


Cultura Acadêmica, 2011. Disponível em http://www.culturaacademica.com.br/
catalogo-detalhe.asp?ctl_id=158

PIZZOLATO, N. D.; GANDOLPHO, A. A. Técnicas de Otimização. São Paulo:


Editora LTC, 2009.

TAHA, H. A. Pesquisa Operacional. 8. ed. São Paulo: Pearson/Prentice Hall, 2000.

Sites Visitados
http://goo.gl/t3DeRG

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Você também pode gostar