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PROCEDIMENTO OPERACIONAL

POP NUFTO FISIO - 072


PADRÃO

TÍTULO: MANIPULAÇÃO MÍNIMA

I - CONTROLE HISTÓRICO
Nº HISTÓRICO
REVISÃO DATA ELABORAÇÃO VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO
PÁGINAS ALTERAÇÃO
Simone Ribeiro
00 22/06/2020 07 Emissão inicial Larissa Otoni Guilherme Maristela Avelina
Rodrigues

1. Introdução
Os cuidados assistenciais ao recém-nascido passaram por transformações significativas
nas últimas décadas, entretanto, geraram um aumento do número de procedimentos e,
consequentemente, aumento da quantidade de manipulações, principalmente nas
Unidades de Terapia Intensiva (PULTER; SILVA, 2008) Nestas unidades, os RN`s são
manipulados de forma intensa e contínua durante as 24 horas do dia, sendo que vários
profissionais o manipulam diversas vezes, uma vez, que são necessários a realização de
procedimentos e intervenções medicamentosas. (SARAIVA, 2004). Os prematuros são
submetidos a diversas manipulações e procedimentos durante internação em unidades
neonatais, com consequências deletérias para a saúde (PEREIRA, et al, 2013).
O padrão do manuseio tradicionalmente utilizado na UTI neonatal envolve o contato
frequente, em que raramente os bebês são deixados quietos por mais de uma hora e
baseia-se na programação e na conveniência da equipe (não levando em consideração o
estado e as pistas fisiológicas e/ou comportamentais do bebê). Procedimentos invasivos
(às vezes desnecessários) que podem provocar lesões de pele, desconforto e dor; luz
intensa que interfere no padrão dia e noite e na fisiologia do sono; ruído excessivo que
prejudica o desenvolvimento coclear; tudo isso pode gerar episódios de estresse, picos
hipertensivos, alterações do sono e consequentemente, comprometimento neurológico
(FIOCRUZ, 2018).
Cuidados de manuseio mínimo são condutas padronizadas realizadas pela equipe
multiprofissional para minimizar o manuseio dos recém-nascidos. Compreende a redução
da manipulação do recém-nascido, especialmente os pré-termo (RNPT), devido ao maior
risco de apresentar hemorragia intracraniana. A realização dos cuidados de manuseio
mínimo é direcionada aos RNPT com idade gestacional inferior a 32 sema nas e/ou
nascidos com muito baixo peso (inferior a 1500 gramas). A prescrição de cuidados de
manuseio mínimo poderá ser discutida com a equipe multiprofissional e promovida para
outros recém-nascidos gravemente enfermos (BELEZA; CHAGAS, 2014).

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2. Objetivo
 Evitar perda da temperatura, perda de peso, flutuações do fluxo sanguíneo cerebral e
hemorragia peri-intraventricular principalmente para RNPT com peso abaixo de 1500
gramas.
 Possibilitar melhora do sono, alinhamento céfalo-caudal adequado e melhora do padrão
respiratório.

3. Campos de aplicação
 Este POP se aplica aos RN, principalmente os prematuros, que se encontram internados
na UTIPN e na UCIN do Hospital Governador Israel Pinheiro.

4. Referências normativas
 Não se aplica.

5. Responsabilidade/ competência
 Profissionais da assistência ao RN.

6. Definições
 Para efeito do presente padrão NÃO aplica(m)-se definição (ões)

7. Conteúdo do padrão
7.1 Recursos necessários
 Não se aplica.

7.2 Principais passos

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 Preparar a incubadora para a admissão do recém-nascido, organizando rolinhos para


posicionamento, ninho e colchão piramidal, prevendo temperatura e umidificação
adequadas;
 Manter RNPT em decúbito dorsal, em “ninho”, cabeça na linha média, sem mudança de
decúbito e sem troca de lençol durante as primeiras 72 horas de vida;
 Cabeceira elevada à 30º;
 Manter RNPT sempre de touca (principalmente com peso abaixo de 1250g);
 Manter temperatura e umidificação adequada da incubadora evitando aberturas
excessivas de portinholas – utilizar túnel térmico e algodão quando necessários;
 Racionalizar/agrupar manipulações no período de 3 a 4 horas e ser breve;
 Reduzir a luz ambiente;
 Manter a incubadora com o pano isolante de luz;
 Reduzir o uso de adesivos e esparadrapo e, quando usados, sua remoção deve ser
cuidadosa, utilizando haste flexível umedecida em água e óleo;
 O RNPT deve permanecer com o manguito para medida de PA nos membros com
proteção da pele;
 Evitar aspirar TOT, TQT e VAS; fazê-lo somente quando clinicamente necessário;
 Não bater ou colocar objetos em cima da incubadora;
 Abrir e fechar portinholas com cuidado;
 Procurar falar baixo e atender prontamente aos alarmes dos aparelhos – os sons da
unidade não devem exceder 45dBA;
 Instituir e respeitar hora de descanso/repouso; a iluminação deverá ser reduzida e não
se fará nenhum tipo de manuseio nesse período, favorecendo o ciclo de sono-vigília;
 Realizar pesagem de RNPT intubados e em CPAP 2x na semana. RNPT em CNE,
HOOD ou ar ambiente podem ser pesados diariamente (a pesagem de RNPT graves e
instáveis deverá ser avaliada pela equipe).
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7.3 Cuidados especiais


 Observar episódios de hipoxemia, bradicardia, choro excessivo, hipotermia,
hipoatividade, perda de peso, vômitos, soluços, gemidos, aumento de esforço
respiratório, apnéia, alterações na coloração da pele ou outras situações atípicas do
RNPT.

8. Siglas
 POP – Procedimento Operacional Padrão
 RN – Recém-nascido
 RNPT – Recém-nascido pré-termo
 UTIPN - Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal
 UCIN – Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal
 VM – Ventilação Mecânica
 PA – Pressão Arterial
 TOT – Tubo Orotraqueal
 TQT – Traqueostomia
 VAS – Vias Aéreas Superiores
 DD – Decúbito dorsal

9. Indicadores
 Não se aplica.

10. Gerenciamento de riscos

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Falhas
Categoria de potenciais Ações frente ao
Evento Ações de prevenção
risco geradoras de evento
riscos

Assistencial Manipulação Perda da Evitar a manipulação Racionalizar/agrupar


excessiva temperatura, desnecessária. manipulações;
perda de peso, Ajustar a temperatura
flutuações do da incubadora
fluxo sanguíneo conforme a
cerebral e necessidade do RN;
hemorragia peri-
intraventricular

Assistencial Aumento dos Aumento dos Não bater ou colocar Retirar fatores
ruídos e níveis de objetos em cima da estressores e
incidência de luz estresse do RN incubadora; acalmar o RN
Abrir e fechar acalentando-o e
portinholas com posicionando-o
cuidado; adequadamente.

Falar baixo e atender


prontamente aos
alarmes dos
aparelhos
Manter a incubadora
com o pano isolante
de luz;

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11. Referências
 BELEZA, L.; CHAGAS, A. C. C. Protocolo de Manuseio Mínimo – UTI Neonatal – HMIB.
2014. Disponível em: http://paulomargotto.com.br/protocolo-de-manuseio-minimo-uti-
neonatal-hmib/
 FIOCRUZ. Manuseio Mínimo do recém-nascido. 2018
 Disponível em: http://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/atencao-recem-nascido/manuseio-
minimo-do-recem-nascido/
 PEREIRA, F. L. et al. A manipulação de prematuros em uma Unidade de Terapia
Intensiva Neonatal. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo, v. 47, n. 6, p. 1272-1278, Dec.
2013. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-
62342013000601272&lng=en&nrm=iso
 PULTER, M. E.; MADUREIRA, V. S. F. Dor no recém-nascido: percepções da equipe de
enfermagem. Ciência, Cuidado e Saúde, v. 2, n. 2, p. 139-146, 22 out. 2008. Disponível
em: http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/CiencCuidSaude/article/view/5536/5493
 SARAIVA, C. A. S. Fatores físicos, ambientais e organizacionais em uma Unidade de
Terapia Intensiva Neonatal: implicações para a saúde do recém-nascido. Dissertação
(Mestrado Profissionalizante em Engenharia) – Faculdade Federal do Rio Grande do Sul.
Porto Alegre, 2004.
 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - UFSC. Protocolo de
manuseio mínimo para recém-nascidos. 2014. Disponível em:
http://www.hu.ufsc.br/setores/unidade-neonatal/wp-
content/uploads/sites/14/2014/10/PROTOCOLO-DE-MANUSEIO-M%C3%8DNIMO-
UNIDADE-NEONATAL-1-1-1.pdf

12. Anexos
 Não se aplica

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