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NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA IEC
62271-100
Primeira edição
04.12.2006

Válida a partir de
04.01.2007

Equipamentos de alta-tensão
Parte 100: Disjuntores de alta-tensão de
corrente alternada
High-voltage switchgear and controlgear
Part 100: High-voltage alternating-current circuit-breakers
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO - 33.000.167/0036-31

Palavras-chave: Alta-tensão. Disjuntor. Corrente alternada.


Descriptors: High-voltage. Circuit breaker. Alternating-current.

ICS 29.130.10

Número de referência
ABNT NBR IEC 62271-100:2006
275 páginas
©ABNT 2006

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Sumário Página

Prefácio Nacional........................................................................................................................................................ x
1 Geral ................................................................................................................................................................ 1
1.1 Escopo ................................................................................................................................................... 1
1.2 Referências normativas ....................................................................................................................... 2
2 Condições de serviço normais e especiais ................................................................................................ 3
3 Definições ....................................................................................................................................................... 3
3.1 Termos gerais........................................................................................................................................ 3
3.2 conjuntos ............................................................................................................................................... 6
3.3 partes dos conjuntos ............................................................................................................................ 6
3.4 dispositivos de manobra...................................................................................................................... 6
3.5 Partes de disjuntores ........................................................................................................................... 8
3.6 Operação................................................................................................................................................ 9
3.7 Grandezas características ................................................................................................................. 12
3.8 Índice de definições ............................................................................................................................ 18
4 Características nominais ............................................................................................................................ 23
4.1 Tensão nominal (Ur) ............................................................................................................................ 24
4.2 Nível de isolamento nominal ............................................................................................................. 24
4.3 Freqüência nominal (fr)....................................................................................................................... 25
4.4 Corrente nominal de regime contínuo (Ir) e elevação de temperatura .......................................... 25
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4.5 Corrente suportável nominal de curta duração (Ik) ......................................................................... 25


4.6 Valor de crista nominal da corrente suportável (Ip) ........................................................................ 25
4.7 Duração nominal do curto-circuito (tk) ............................................................................................. 25
4.8 Tensão nominal de alimentação de dispositivos de fechamento e abertura e de circuitos
auxiliares e de controle (Ua) ............................................................................................................... 25
4.9 Freqüência nominal de alimentação de dispositivos de fechamento e abertura e circuitos
auxiliares.............................................................................................................................................. 25
4.10 Pressões nominais de alimentação de gás comprimido para isolação, operação e/ou
interrupção .......................................................................................................................................... 26
5 Projeto e construção ................................................................................................................................... 45
5.1 Requisitos para líquidos em disjuntores ......................................................................................... 45
5.2 Requisitos para gases em disjuntores ............................................................................................. 45
5.3 Aterramento de disjuntores ............................................................................................................... 46
5.4 Equipamento auxiliar .......................................................................................................................... 46
5.5 Fechamento dependente de fonte de energia externa ................................................................... 47
5.6 Fechamento por energia acumulada ................................................................................................ 47
5.7 Operação manual independente ....................................................................................................... 47

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5.8 Funcionamento dos disparadores .................................................................................................... 47


5.9 Dispositivos de intertravamento de baixa e alta pressão .............................................................. 48
5.10 Placa de identificação ........................................................................................................................ 48
5.11 Dispositivos de intertravamento ....................................................................................................... 50
5.12 Indicador de posição .......................................................................................................................... 50
5.13 Graus de proteção por invólucros .................................................................................................... 51
5.14 Distâncias de escoamento ................................................................................................................. 51
5.15 Estanqueidade ao gás e ao vácuo .................................................................................................... 51
5.16 Estanqueidade ao líquido .................................................................................................................. 51
5.17 Inflamabilidade .................................................................................................................................... 51
5.18 Compatibilidade eletromagnética ..................................................................................................... 51
6 Ensaios de tipo ............................................................................................................................................ 52
6.1 Generalidades .................................................................................................................................. 54
6.2 Ensaios dielétricos .......................................................................................................................... 54
6.3 Ensaios de tensão de radiointerferência (r.i.v.) ........................................................................... 57
6.4 Medição de resistência ôhmica do circuito principal .................................................................. 57
6.5 Ensaios de elevação de temperatura ............................................................................................ 57
6.6 Ensaios de corrente suportável de curta duração e de valor de crista da corrente
suportável ........................................................................................................................................ 58
6.7 Verificação do grau de proteção ................................................................................................... 59
6.8 Ensaio de estanqueidade ............................................................................................................... 59
6.9 Ensaios de compatibilidade eletromagnética .............................................................................. 59
6.101 Ensaios mecânicos e ambientais .................................................................................................. 59
6.102 Providências diversas para os ensaios de estabelecimento e interrupção ............................. 70
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6.103 Circuitos para ensaios de estabelecimento e interrupção em curto-circuito........................... 89


6.104 Grandezas para os ensaios de curto-circuito .............................................................................. 91
6.105 Procedimento de ensaio de curto-circuito ................................................................................. 103
6.106 Seqüências básicas de ensaio em curto-circuito ...................................................................... 105
6.107 Ensaios de corrente crítica .......................................................................................................... 109
6.108 Ensaios de falta à terra monofásico e bifásico .......................................................................... 110
6.109 Ensaios de faltas quilométricas................................................................................................... 112
6.110 Ensaios de estabelecimento e interrupção em discordância de fases ................................... 115
6.111 Ensaios de manobra de corrente capacitiva .............................................................................. 117
6.112 Requisitos especiais para ensaios de estabelecimento e interrupção em disjuntores
da classe E2 ................................................................................................................................... 131
7 Ensaios de rotina ....................................................................................................................................... 132
7.1 Ensaio dielétrico no circuito principal ........................................................................................ 132
7.2 Ensaio dielétrico nos circuitos auxiliar e de controle ............................................................... 133
7.3 Medição da resistência do circuito principal ............................................................................. 133
7.4 Ensaio de estanqueidade ............................................................................................................. 133
7.5 Verificações de projeto e visual .................................................................................................. 133

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8 Guia de seleção de disjuntores para serviço ......................................................................................... 135


9 Informações a serem dadas nas consultas, propostas e especificações técnicas ........................... 143
10 Regras para transporte, armazenamento, instalação, operação e manutenção ................................ 147
10.1 Condições durante o transporte, armazenamento e instalação .............................................. 147
10.2 Instalação ....................................................................................................................................... 147
10.3 Operação ........................................................................................................................................ 153
10.4 Manutenção.................................................................................................................................... 154
11 Segurança .................................................................................................................................................. 154
Anexo A (normativo) Cálculo das tensões de restabelecimento transitórias para faltas quilométricas a
partir das características nominais ......................................................................................................... 205
Anexo B (normativo) Tolerâncias nas grandezas de ensaio durante os ensaios de tipo ............................. 213
Anexo C (normativo) Registros e relatórios dos ensaios de tipo .................................................................... 220
Anexo D (normativo) Determinação do fator de potência de curto-circuito ................................................... 224
Anexo E (normativo) Método para traçar a envoltória da tensão de restabelecimento transitória presumida
de um circuito e determinação dos parâmetros representativos ........................................................ 226
Anexo F (normativo) Métodos de determinação das ondas da tensão de restabelecimento transitória
presumida ................................................................................................................................................... 230
Anexo G (normativo) Justificativa da introdução dos disjuntores classe E2 ................................................. 246
Anexo H (informativo) Correntes transitória de energização de bancos simples de capacitores e em
contraposição ............................................................................................................................................ 247
Anexo I (informativo) Notas explicativas ............................................................................................................ 252
Anexo J (informativo) Tolerâncias para a corrente de ensaio e comprimento da linha para o ensaio de falta
quilométrica ............................................................................................................................................... 267
Anexo K (informativo) Lista de símbolos e abreviaturas usados na ABNT NBR IEC 62271-100 .................. 269
Bibliografia .............................................................................................................................................................. 275
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Figura 1 – Oscilograma típico de um ciclo de estabelecimento-interrupção em curto-circuito trifásico ..... 155


Figura 2 – Disjuntor sem resistores de manobra. Manobras de abertura e fechamento ................................ 157
Figura 3 – Disjuntor sem resistores de manobra – Ciclo de fechamento - abertura ....................................... 158
Figura 4 – Disjuntor sem resistores de manobra – Religamento (religamento automático) .......................... 159
Figura 5 – Disjuntor com resistores de manobra. Manobras de abertura e fechamento ............................... 160
Figura 6 – Disjuntor com resistores de manobra – Ciclo de fechamento-abertura......................................... 161
Figura 7 – Disjuntor com resistores de manobra – Religamento (autoreligamento) ...................................... 162
Figura 8 – Determinação da corrente de estabelecimento e corrente de interrupção, e da porcentagem da
componente c.c. ..................................................................................................................................................... 163
Figura 9 – Porcentagem da componente c.c. em relação ao intervalo de tempo (Top+ Tr) para a constante de
tempo 1 e para o caso especial das constantes de tempo  2, 3 e 4 ............................................................................................... 164
Figura 10 – Representação de uma TRT especificada por uma linha de referência a quatro parâmetros e
uma linha de retardo para T100, faltas kilométricas e condição de discordância de fase ............................. 164
Figura 11 – Representação de uma TRT especificada por uma linha de referência a dois parâmetros e uma
linha de retardo ....................................................................................................................................................... 165
Figura 12a – Circuito básico para falta terminal com ITRV ................................................................................ 166
Figura 12b – Representação da ITRV em relação a TRT .................................................................................... 166

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Figura 13 – Representação de curto-circuito trifásico ....................................................................................... 167


Figura 14 – Representação alternativa da figura 13 ........................................................................................... 168
Figura 15 – Circuito básico para falta quilométrica ............................................................................................ 169
Figura 16 – Exemplo de uma tensão transitória do lado da linha com tempo de retardo e crista
arredondada, mostrando a construção para derivar os valores de u*L, tL e tdL ............................................... 169
Figura 17 – Seqüência de ensaios para os ensaios a baixa e alta temperatura .............................................. 170
Figura 18 – Ensaio sob condições de umidade................................................................................................... 171
Figura 19 – Forças de carga estática finais ......................................................................................................... 172
Figura 20 – Direções para ensaios de carga estática terminal .......................................................................... 173
Figura 21 – Número permitido de amostras para ensaios de estabelecimento, interrupção e chaveamento,
ilustrações dos relatórios em 6.102.2................................................................................................................... 174
Figura 22 – Definição de ensaio em única amostra de acordo com 3.2.2 da ABNT NBR IEC 60694 ............. 175
Figura 23a – Referência das características mecânicas de percurso (curva idealizada) ............................... 176
Figura 23b – Referência das características mecânicas de percurso (curva idealizada) com as envoltórias
especificadas em relação a curva de referência (+ 5 %, - 5 %), separação dos contatos neste exemplo no
tempo t = 20 ms....................................................................................................................................................... 176
Figura 23c – Referência das características mecânicas de percurso (curva idealizada) com as envoltórias
especificadas totalmente dispostas acima da curva de referência (+ 10%,- 0%), separação dos contatos
neste exemplo no tempo t = 20 ms ....................................................................................................................... 177
Figura 23d – Referência das características mecânicas de percurso (curva idealizada) com as envoltórias
especificadas totalmente dispostas abaixo da curva de referência (+ 0%,- 10%), separação dos contatos
neste exemplo no tempo t =20 ms ........................................................................................................................ 177
Figura 24 –Ensaio equivalente formado por unidade de ensaio de disjuntor com mais de uma unidade
interruptora.............................................................................................................................................................. 178
Figura 25a – Circuito preferencial......................................................................................................................... 179
Figura 25b – Circuito alternativo ........................................................................................................................... 179
Figura 25 – Aterramento dos circuitos de ensaio, para ensaios trifásicos de curto circuito,
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fator de primeiro pólo 1,5....................................................................................................................................... 179


Figura 26a – Circuito preferencial......................................................................................................................... 180
Figura 26b – Circuito alternativo ........................................................................................................................... 180
Figura 26 – Aterramento dos circuitos de ensaio, para ensaios trifásicos de curto circuito,
fator de primeiro pólo 1,3....................................................................................................................................... 180
Figura 27a – Circuito preferencial......................................................................................................................... 181
Figura 27b – Circuito alternativo não aplicável para disjuntores onde a isolação entre fases
e/ou para a terra é crítica (por exemplo, GIS ou disjuntores de tanque morto)............................................... 181
Figura 27 – Aterramento dos circuitos de ensaio, para ensaios monofásicos de curto circuito,
fator de primeiro pólo 1,5....................................................................................................................................... 181
Figura 28a – Circuito preferencial......................................................................................................................... 182
Figura 28b – Circuito alternativo não aplicável para disjuntores onde a isolação entre fases
e/ou para a terra é crítica (por exemplo, GIS ou disjuntores de tanque morto)............................................... 182
Figura 28 – Aterramento dos circuitos de ensaio, para ensaios monofásicos de curto circuito, fator de
primeiro pólo 1,3 ..................................................................................................................................................... 182
Figura 29 – Representação gráfica de três operações de interrupção simétricas válidas, para ensaios
trifásicos em um sistema de neutro não solidamente aterrado (fator de primeiro pólo 1,5) ......................... 183
Figura 30 – Representação gráfica de três operações de interrupção simétricas válidas, para ensaios
trifásicos em um sistema de neutro solidamente aterrado (fator de primeiro pólo 1,3) ................................. 184

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Figura 31 – Representação gráfica das três operações de interrupção assimétricas válidas para ensaio
trifásico em um sistema com neutro não solidamente aterrado (fator de primeiro pólo 1,5) ........................ 185
Figura 32 – Representação gráfica das três operações de interrupção assimétricas válidas para ensaio
trifásico em um sistema com neutro solidamente aterrado (fator de primeiro pólo 1,3) ............................... 186
Figura 33 – Representação gráfica das três operações de interrupção simétricas válidas para ensaios
monofásicos em substituição a condição trifásica em um sistema com neutro não solidamente aterrado
(fator de primeiro pólo 1,5) .................................................................................................................................... 187
Figura 34 – Representação gráfica das três operações de interrupção assimétricas válidas para ensaios
monofásicos em substituição a condição trifásica em um sistema com neutro não solidamente aterrado
(fator de primeiro pólo 1,5) .................................................................................................................................... 188
Figura 35 – Representação gráfica das três operações de interrupção simétricas válidas para ensaios
monofásicos em substituição a condição trifásica em um sistema com neutro solidamente aterrado
(fator de primeiro pólo 1,3) .................................................................................................................................... 189
Figura 36 – Representação gráfica das três operações de interrupção assimétricas válidas para ensaios
monofásicos em substituição a condição trifásica em um sistema com neutro solidamente aterrado
(fator de primeiro pólo 1,3) .................................................................................................................................... 190
Figura 37 – Representação gráfica da janela de interrupção e do fator de tensão kp, para determinação
da TRT do polo individual, para sistemas com um fator de primeiro polo de 1,3 .......................................... 191
Figura 38 – Representação gráfica da janela de interrupção e do fator tensão kp, para determinação
da TRT do pólo individual, para sistemas com um fator de primeiro pólo de 1,5 ........................................... 191
Figura 39 – Exemplo da TRT presumida de ensaio com envoltória a quatro parâmetros que atende às
condições exigidas para o ensaio de tipo – Caso da TRT especificada com linha de referência de quatro
parâmetros .............................................................................................................................................................. 192
Figura 40 – Exemplo da TRT presumida de ensaio com envoltória a dois parâmetros que atende às
condições exigidas para o ensaio de tipo: caso da TRT especificada com linha de referência a dois
parâmetros .............................................................................................................................................................. 192
Figura 41 – Exemplo da TRT presumida de ensaio com envoltória a dois parâmetros
que atende às condições exigidas para o ensaio de tipo – Caso da TRT especificada com linha de
referência a quatro parâmetros ............................................................................................................................. 193
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Figura 42 – Exemplo de TRT presumida de ensaio com envoltória a quatro parâmetros que atende às
condiçõe exigidas para o ensaio de tipo – Caso da TRT especificada com linha de referência a dois
parâmetros .............................................................................................................................................................. 193
Figura 43 – Exemplo de curvas de TRT de ensaio presumidas e sua envoltória combinada para
ensaios em duas partes ......................................................................................................................................... 194
Figura 44 – Determinação da tensão de restabelecimento à freqüência industrial ........................................ 195
Figura 45 – Necessidade de ensaios monofásicos adicionais e requisitos de ensaio .................................. 196
Figura 46 – Circuito básico para ensaios de falta quilométrica e TRT presumida do circuito tipo a)
de acordo com 6.109.3: lado fonte e lado linha com tempos de retardo .......................................................... 197
Figura 47 – Circuito básico para ensaios de falta quilométrica e TRT presumida do circuito tipo b1)
de acordo com 6.109.3: lado fonte com TRTI e lado linha com tempo de retardo ......................................... 198
Figura 48 – Circuito básico para ensaios de falta quilométrica do circuito tipo b2) de acordo com 6.109.3:
lado fonte com tempo de retardo e lado linha sem tempo de retardo .............................................................. 199
Figura 49 – Fluxograma para a escolha dos circuitos de ensaio para faltas quilométricas ........................ 200
Figura 50 – Compensação de uma deficiência de tempo de retardo do lado por um aumento
da amplitude da tensão do lado linha .................................................................................................................. 201
Figura 51 – Circuito de ensaio para ensaios monofásicos em discordância de fases ................................... 202
Figura 52 – Circuito de ensaio para ensaios em discordância de fases usando duas tensões
defasadas de 120° elétricos ................................................................................................................................... 202

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Figura 53 – Circuito de ensaio para ensaios em discordância de fases com um terminal do disjuntor
aterrado (sujeito a acordo com o fabricante) ...................................................................................................... 203
Figura 54 – Tensão de restabelecimento para ensaios de interrupção de corrente capacitiva ..................... 204
Figura A.1 – Gráfico típico dos parâmetros da TRT do lado da linha e da fonte – Lado da linha e da fonte
com retardo ............................................................................................................................................................. 212
Figura A.2 – Gráfico típico dos parâmetros da TRT do lado da linha e da fonte – Lado da linha e da fonte
com retardo, lado da fonte com TRTI ................................................................................................................... 212
Figura E.1– Representação por quatro parâmetros de uma tensão de restabelecimento transitória
presumida de um circuito – Caso E.2 c) 1) .......................................................................................................... 228
Figura E.2 – Representação por quatro parâmetros de uma tensão de restabelecimento transitória
presumida de um circuito – Caso E.2 c) 2) .......................................................................................................... 228
Figura E.3 – Representação por quatro parâmetros de uma tensão de restabelecimento transitória
presumida de um circuito – Caso E.2 c) 3) i) ....................................................................................................... 229
Figura E.4 – Representação por dois parâmetros de uma tensão de restabelecimento transitória
presumida de um circuito – Caso E.2 c) 3) ii) ...................................................................................................... 229
Figura F.1 – Influência da redução de tensão sobre o valor de crista da TRT................................................. 239
Figura F.2 – TRT para uma interrupção ideal ...................................................................................................... 239
Figura F.3 – Interrupção com presença de uma tensão de arco ....................................................................... 240
Figura F.4 – Interrupção com acentuado zero premauro de corrente ............................................................. 240
Figura F.5 – Interrução com corrente de pós-arco ............................................................................................. 240
Figura F.6 – Relação entre os valores de corrente e TRT ocorrida no ensaio e valores presumidos
do sistema ............................................................................................................................................................... 241
Figura F.7 – Diagrama esquemático do equipamento de injeção de corrente à freqüência industrial ......... 242
Figura F.8 – Seqüência de operações do equipamento de injeção de corrente à freqüência industrial ...... 243
Figura F.9 – Diagrama esquemático do equipamento de injeção de corrente por capacitor......................... 244
Figura F.10 – Seqüência de operações do equipamento de injeção de corrente por capacitor .................... 245
Figura H.1 – Diagrama do circuito para o exemplo 1 .......................................................................................... 248
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Figura H.2 – Diagrama do circuito para o exemplo 2 .......................................................................................... 249


Figura H.3 – Equações para cálculo das correntes transitórias de energização da banco
de capacitores ......................................................................................................................................................... 251
Figura 1 – Combinações de parâmetros típicos de curto circuito de laboratórios de ensaios ..................... 262

Tabela 1a – Valores normalizados de tensão de restabelecimento transitória –


Tensão nominal inferior a 100 kV – Representação por dois parâmetros ......................................................... 32
Tabela 1b – Valores normalizados de tensão de restabelecimento transitória –
Tensão nominal de 100 kV a 170 kV, sistemas com neutro solidamente aterrado –
Representação por quatro parâmetros .................................................................................................................. 33
Tabela 1c – Valores normalizados de tensão de restabelecimento transitória –
Tensão nominal de 100 kV a 170 kV, sistemas com neutro não solidamente aterrado –
Representação por quatro parâmetros .................................................................................................................. 34
Tabela 1d – Valores normalizados de tensão de restabelecimento transitória –
Tensão nominal de 245 kV e acima, sistemas com neutro solidamente aterrado –
Representação por quatro parâmetros .................................................................................................................. 35
Tabela 2 – Multiplicadores normalizados para valores de tensão de restabelecimento transitória
para o segundo e terceiro pólos a interromper, para tensões nominais superiores a 72,5 kV ....................... 35
Tabela 3 – Valores normalizados de tensão de restabelecimento transitória inicial –
Tensão nominal igual ou superior a 100 kV.......................................................................................................... 36

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Tabela 4 – Valores normalizados de características de linhas de transmissão para faltas quilométricas .... 39
Tabela 5 – Valores preferenciais de capacidade nominal de manobra de correntes capacitivas ................... 41
Tabela 6 – Informações da placa de identificação ................................................................................................ 49
Tabela 7 – Ensaios de tipo ....................................................................................................................................... 53
Tabela 8 – Número de seqüências de operação ................................................................................................... 63
Tabela 9 – Exemplos de forças estáticas horizontais e verticais para ensaio de carga estática
em terminal ................................................................................................................................................................ 70
Tabela 10 – Valor de crista e duração da corrente de altenância durante o período de arco
para operação em 50 Hz em relação com seqüência de curto-circuito T100a................................................... 85
Tabela 11 – Valor de crista e duração da alternância da corrente durante o período de arco
para operação em 60 Hz em relação com seqüência de ensaio de curto-circuito T100a ................................. 86
Tabela 12 – Janela de interrupção para ensaios com corrente simétrica .......................................................... 89
Tabela 13 – Valores normalizados da tensão de restabelecimento transitória presumida –
Tensões nominais abaixo de 100 kV – Representação por dois parâmetros .................................................. 98
Tabela 14a – Valores normalizados da tensão de restabelecimento transitória presumida –
Tensões nominais de 100 kV a 800 kV, sistemas com neutro solidamente aterrado – Representação
por quatro parâmetros (T100, T60, OP1 e OP2) ou dois parâmetros (T30 e T10) ............................................ 100
Tabela 14b – Valores normalizados da tensão de restabelecimento transitória presumida –
Tensões nominais de 100 kV a 170 kV, sistemas com neutro não solidamente aterrado – Representação
por quatro parâmetros (T100, T60, OP1 e OP2) ou dois parâmetros (T30 e T10) ............................................ 102
Tabela 15 – Ensaios invalidados ........................................................................................................................... 105
Tabela 16 – Parâmetros de TRT para ensaios de faltas à terra monofásicas e bifásicas ............................... 111
Tabela 17 – Seqüência de ensaio para demonstrar as características de discordância de fases................. 117
Tabela 18 – Seqüências – Classe C2 .................................................................................................................... 122
Tabela 19 – Seqüência de ensaio classe C1 ........................................................................................................ 127
Tabela 20 – Valores especificados de u1, t1,uc e t2 ................................................................................................................................................ 130
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Tabela 21 – Seqüência de operação para ensaio de suportabilidade elétrica em disjuntores


da classe E2 previstos para requisito de religamento rápido, conforme 6.112.2 ............................................ 132
Tabela 22 – Aplicação de tensão para ensaio dielétrico no circuito principal ................................................. 133
Tabela 23 – Relação entre fator de potência de curto-circuito, constante de tempo e freqüência
industrial .................................................................................................................................................................. 140
Tabela A.1 – Razões entre queda de tensão e TRT do lado da fonte ................................................................ 207
Tabela B.1 – Tolerâncias nas grandezas de ensaio durante os ensaios de tipo ............................................. 214
Tabela F.1 – Métodos para determinação da TRT presumida............................................................................ 237
Tabela 1 – Resultados de um estudo dos níveis de falta de circuitos específicos para uma subestação
de transmissão de 275 kV ...................................................................................................................................... 263
Tabela J.1 – Porcentagem real de correntes de interrupção de falta quilométrica ......................................... 268

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ABNT NBR IEC 62271-100:2006

Prefácio Nacional

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras,
cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização
Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais Temporárias (ABNT/CEET), são elaboradas por
Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores,
consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

A ABNT NBR IEC 62271-100 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-03), pela Comissão de
Estudo de Disjuntores de Alta-Tensão (CE-03:017.01). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 06,
de 01.06.2006, com o número de projeto 03:017.01-003.

Esta Norma é uma tradução idêntica da IEC 62271-100:2003, que foi elaborada pelo Comitê Técnico High-voltage
switchgear and controlgear (IEC/SC 17A).

Esta Norma cancela e substitui a ABNT NBR 7118:1994 – Disjuntores de alta-tensão.

Esta Norma contém os anexos A a G, de caráter normativo, e os anexos H a K de caráter informativo.

NUMERAÇÃO COMUM DAS NORMAS SOB A RESPONSABILIDADE DOS COMITÊS DE ESTUDOS SC 17A
E SC 17C

De acordo com a decisão tomada na reunião conjunta dos comitês de estudo SC 17A e SC 17C de Frankfurt
(artigo 20.7 de 17A/535/RM), um sistema comum de numeração será estabelecido para as normas sob a
responsabilidade dos comitês de estudo SC 17A e SC 17C. A IEC 62271 (com o título “Equipamento
de alta-tensão”) constitui a base da norma comum.

A numeração das normas seguirá o princípio abaixo:

As normas comuns preparadas pelos comitês de estudo SC 17A e SC 17C começarão com o número IEC 62271-001;
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As normas do comitê de estudo SC 17A começarão com o número IEC 62271-100;

As normas do comitê de estudo SC 17C começarão com o número IEC 62271-200;

Os guias preparados pelos comitês de estudo SC 17A e SC 17C começarão com o número IEC 62271-300.

A tabela a seguir relaciona os novos números com os antigos: número de Projeto 03:017.01-003.

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ABNT NBR IEC 62271-100:2006

Parte Título Número antigo


IEC 60694
1 Common specifications
IEC 60516
100 High-voltage alternating current circuit-breakers IEC 60056
101 Synthetic testing IEC 60427
102 High-voltage alternating current disconnectors and earthing switches IEC 60129
103 High-voltage switches for rated voltages above 1 kV and less than 52 kV IEC 60265-1
104 High-voltage switches for rated voltages of 52 kV and above IEC 60265-2
105 High voltage alternating current switch-fuse combinations IEC 60420
106 High-voltage alternating current contactors and contactor based motor-starters IEC 60470
200 Metal enclosed switchgear and controlgear for rated voltages up to and including 38 kV IEC 60298
201 Insulation-enclosed switchgear and controlgear for rated voltages up to and including 52 kV IEC 60466
202 High-voltage/low voltage prefabricated substations IEC 61330
203 Gas-insulated metal enclosed switchgear for rated voltages above 52 kV IEC 60517
IEC 61259
204 High-voltage gas-insulated transmission lines for rated voltages of 72,5 kV and above IEC 61640
300 Guide for seismic qualification IEC 61166
301 Guide for inductive load switching IEC 61233
302 Guide for short-circuit and switching test procedures for metal-enclosed and dead tank circuit- IEC 61633
breakers
303 Use and handling of sulphur hexafluoride (SF6)in high-voltage switchgear and controlgear IEC 61634
304 Additional requirements for enclosed switchgear and controlgear from 1 kV to 72,5 kV to be used IEC 60932
in severe climatic conditions
305 Cable connections for gas-insulated metal-enclosed switchgear for rated voltages above 52 kV IEC 60859
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306 Direct connection between power transformers and gas-insulated metal-enclosed switchgear for IEC 61639
rated voltages above 52 kV
307 The use of electronic and associated technologies in auxiliary equipment of switchgear and IEC 62063
controlgear
308 Guide for asymmetrical short-circuit breaking test duty T100a -

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NORMA BRASILEIRA ABNT NBR IEC 62271-100:2006

Equipamentos de alta-tensão
Parte 100: Disjuntores de alta-tensão de corrente alternada

1 Geral

1.1 Escopo

Esta Norma se aplica a disjuntores de corrente alternada projetados para uso interior e exterior e para operação a
freqüências de 50 Hz e 60 Hz em sistemas de tensões acima de 1 000 V.

Esta Norma é somente aplicável a disjuntores tripolares para uso em sistemas trifásicos e a disjuntores
monopolares para uso em sistemas monofásicos. Disjuntores bipolares para uso em sistemas monofásicos e
aplicações a freqüências inferiores a 50 Hz estão sujeitos a acordo entre usuário e fabricante.

Esta Norma aplica-se, também, aos dispositivos de operação e aos equipamentos auxiliares dos disjuntores.
Entretanto, não se aplica a mecanismo de operação de fechamento dependente de operação manual, uma vez
que, não sendo possível garantir uma capacidade de estabelecimento nominal em curto-circuito, tal operação
manual não pode ser aceita por motivos de segurança.

Esta Norma não se aplica a disjuntores destinados a unidades locomotoras dos equipamentos de tração elétrica,
isto é coberto pela IEC 60077 [4]1).

Disjuntores instalados entre gerador e transformador elevador não fazem parte do escopo desta Norma.

A manobra de cargas indutivas é coberta pela IEC 61233.


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Disjuntores com não simultaneidade intencional entre os pólos, com exceção daqueles destinados a religamento
automático monopolar, não fazem parte do escopo desta Norma.

Esta Norma não se aplica a disjuntores automáticos providos de dispositivos mecânicos de disparo ou de
dispositivos que não possam ser feitos inoperantes.

Disjuntores instalados em paralelo com capacitores série e seu equipamento de proteção não fazem parte do
escopo desta Norma; isto está coberto pela IEC 60143-2 [6].

NOTA Ensaios para comprovar o desempenho sob condições anormais devem ser sujeito a acordo entre fabricante e
usuário. Estas condições anormais são, por exemplo, casos onde a tensão é maior que a tensão nominal do disjuntor,
condições estas que podem ocorrer devido a perda súbita de carga em linhas longas ou cabos.

1)
Os números entre colchetes referem-se à bibliografia.

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1.2 Referências normativas

As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições
para esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está
sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de
se usarem as edições mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em
vigor em um dado momento.

ABNT NBR IEC 60529:2005, Graus de proteção para invólucros de equipamentos elétricos (código IP)

ABNT NBR IEC 60694:2006, Especificações comuns para normas de equipamentos de manobra de alta tensão e
mecanismos de comando

ABNT NBR IEC 62271-102:2006, Seccionador, chaves de terra e aterramento rápido

IEC 60050(151):1978, International Electrotechnical Vocabulary – Chapter 151: Electrical and magnetic devices

IEC 60050(441):1984, International Electrotechnical Vocabulary – Chapter 441: Switchgear, controlgear and fuses

IEC 60050(601):1985, International Electrotechnical Vocabulary – Chapter 601: Generation, transmission and
distribution of electricity – General

IEC 60050(604):1987, International Electrotechnical Vocabulary – Chapter 604: Generation, transmission and
distribution of electricity – Operation

IEC 60059: 1999, IEC standard current ratings

IEC 60060: all parts, High-voltage test techniques

IEC 60071-2:1996, Insulation co-ordination – Part 2: Application guide

IEC 60129:1984, Alternating current disconnectors and earthing switches

IEC 60137:1995, Bushings for alternating voltages above 1 000 V


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IEC 60255-3:1989, Electrical relays – Part 3: Single output energizing quantity measuring relays with dependent or
independent time

IEC 60296:1982, Specification for unused mineral insulating oils for transformers and switchgear

IEC 60376:1971, Specification and acceptance of new sulphur hexafluoride

IEC 60427:1989, Synthetic testing of high-voltage alternating current circuit-breakers

IEC 60480:1974, Guide to the checking of sulphur hexafluoride (SF6 ) taken from electrical equipment

IEC 61233:1994, High-voltage alternating current circuit-breakers – Inductive load switching

IEC 61633:1995, High-voltage alternating current circuit-breakers – Guide for short-circuit and switching test
procedures for metal-enclosed and dead tank circuit-breakers

IEC 61634:1995, High-voltage switchgear and controlgear – Use and handling of sulphur hexafluoride (SF6)
in high- voltage switchgear and controlgear

IEC 62215, High-voltage alternating current circuit-breakers – Guide for asymmetrical shortcircuit breaking test
duty T100a2)

2)
A ser publicada.

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2 Condições de serviço normais e especiais


A seção 2 da ABNT NBR IEC 60694 é aplicável.

3 Definições
Para os efeitos desta Norma, as definições das IEC 60050(441) e ABNT NBR IEC 60694 são aplicáveis.
Algumas destas definições são repetidas abaixo, para facilitar seu uso.

As definições adicionais estão classificadas de acordo com a classificação usada na IEC 60050(441).

3.1 Termos gerais

3.1.101
equipamento de manobra e mecanismo de comando
[IEV 441-11-01]

3.1.102
equipamento de manobra e mecanismo de comando para uso interno
[IEV 441-11-04]

3.1.103
equipamento de manobra e mecanismo de comando para uso externo
[IEV 441-11-05]

3.1.104
corrente de curto-circuito
[IEV 441-11-07]

3.1.105
sistema de neutro isolado
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[IEV 601-02-24]

3.1.106
sistema de neutro solidamente aterrado
[IEV 601-02-25]

3.1.107
sistema de neutro aterrado através de impedância
[IEV 601-02-26]

3.1.108
sistema de neutro aterrado através de impedância ressonante, sistema de neutro aterrado através de
bobina supressora de arco
[IEV 601-02-27]

3.1.109
fator de falta à terra
relação entre o maior valor eficaz da tensão fase-terra à freqüência industrial da fase não afetada durante uma
falta para terra (monofásica, bifásica ou trifásica em algum ponto de um sistema trifásico), num determinado local
(geralmente no ponto de instalação do equipamento), e o maior valor eficaz da tensão fase-terra à freqüência
industrial que seria obtida, no mesmo local sem a falta

NOTA 1 Este fator é uma relação adimensional (geralmente maior que 1) e caracteriza condições gerais de aterramento de
um sistema visto do local determinado, independentemente dos valores reais de tensão de operação naquele local. O “fator de
falta a terra” é igual a 3 vezes “fator de aterramento”, que foi usado no passado.

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NOTA 2 Os fatores de falta à terra são calculados das componentes simétricas de impedância do sistema, vistas do local
determinado, usando-se para máquinas rotativas à reatância subtransitória.

NOTA 3 Se, para todas as configurações do sistema, a reatância de seqüência zero for menor que 3 vezes a reatância de
seqüência positiva e se a resistência de seqüência zero não exceder a reatância de seqüência positiva, o fator de falta à terra
não excederá 1,4.

3.1.110
temperatura do ar ambiente
[IEV 441-11-13]

3.1.111
elevação de temperatura (de uma parte de um disjuntor)
diferença entre a temperatura da parte de um disjuntor e a temperatura do ar ambiente

3.1.112
banco único de capacitores
banco de capacitores em derivação no qual a corrente de energização transitória é limitada pela indutância do
sistema e pela capacitância do banco de capacitores que está sendo energizado, não existindo outros capacitores
conectados em paralelo ao sistema, suficientemente próximos para aumentar significativamente a corrente de
energização transitória

3.1.113
bancos de capacitores em contraposição
bancos de capacitores em derivação ou conjunto de capacitores, cada qual manobrado independentemente, cuja
corrente de energização transitória é aumentada significativamente pela contribuição de outros bancos de
capacitores suficientemente próximos já ligados ao sistema

3.1.114
sobretensão (em um sistema)
qualquer tensão entre uma fase e terra ou entre fases com valor de crista ou valores excedendo o valor de crista
correspondente ao maior valor da tensão do equipamento
[IEV 604-03-09, modificado].
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3.1.115
condições de discordância de fases
condições anormais do circuito, de perda ou falta de sincronismo entre as duas partes de um sistema elétrico de
potência, situadas em cada um dos lados de um disjuntor, no qual, no instante de sua operação, o ângulo entre os
fasores representando as tensões geradas em um e outro lado, excede o valor normal, podendo
atingir 180°(oposição de fases)

3.1.116
discordância de fases (como qualificativo de uma grandeza característica)
termo qualificativo que indica que a grandeza característica aplica-se à operação do disjuntor nas condições de
discordância de fases

3.1.117
ensaio de unidade
Ensaio feito em uma unidade de estabelecimento ou interrupção, ou grupo de unidades no estabelecimento ou
interrupção de corrente, especificado para o ensaio no pólo completo de um disjuntor e na apropriada fração da
tensão aplicada ou tensão de restabelecimento, especificada para o ensaio no pólo completo de um disjuntor

3.1.118
alternância
parte de uma onda de corrente compreendida entre dois sucessivos zeros de corrente

NOTA Uma distinção é feita entre uma alternância maior e uma alternância menor, dependendo do intervalo de tempo
entre dois zeros sucessivos da corrente, sendo mais longo ou mais curto que meio período da componente alternada da
corrente.

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3.1.119
falta quilométrica
curto-circuito numa linha aérea a curta, porém significante distância dos terminais do disjuntor

NOTA Como regra esta distância não é maior que uns poucos quilômetros.

3.1.120
fator de potência (de um circuito)
a relação entre a resistência e a impedância à freqüência industrial de um circuito equivalente formado por uma
resistência e uma indutância em série

3.1.121
isolação externa
distâncias no ar e nas superfícies em contato com o ar ambiente da isolação sólida de um equipamento, que são
sujeitos a estresses dielétricos e a efeitos da atmosfera e outras condições externas tais como poluição, umidade,
fungos etc.
[IEV 604-03-02, modificado]

3.1.122
isolação interna
partes internas da isolação do equipamento, sólidas, líquidas ou gasosas, que são protegidas dos efeitos da
atmosfera e de outras condições externas
[IEV 604-03-03]

3.1.123
isolação auto-recuperante
isolação que restabelece completamente suas propriedades de isolamento após uma descarga disruptiva
[IEV 604-03-04]

3.1.124
isolação não auto-recuperante
isolação que perde suas propriedades de isolamento ou não as restabelece completamente, após uma descarga
disruptiva
[IEV 604-03-05]
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3.1.125
descarga disruptiva
fenômeno associado à falha de isolamento sob estresse elétrico, no qual a descarga contorna completamente a
isolação sob ensaio, reduzindo a tensão entre os eletrodos a zero ou próximo de zero

NOTA 1 Este termo aplica-se às descargas em dielétricos sólidos, líquidos e gasosos e às combinações desses.

NOTA 2 Uma descarga disruptiva num dielétrico sólido produz uma perda permanente da rigidez dielétrica (isolação não
auto- recuperante); num dielétrico líquido ou gasoso, a perda pode ser somente temporária (isolação auto-recuperante).

NOTA 3 O termo “sparkover” é usado quando a descarga disruptiva ocorre num dielétrico gasoso ou líquido.
O termo “flashover“ é usado quando a descarga disruptiva ocorre sobre a superfície de um dielétrico sólido, num meio gasoso
ou líquido. O termo “puncture“ é usado quando a descarga disruptiva ocorre através de um dielétrico sólido.

3.1.126
descarga disruptiva não-sustentável (NSDD)
descarga disruptiva entre os contatos de um disjuntor a vácuo durante o período da tensão de restabelecimento à
freqüência industrial, resultando num fluxo de corrente de alta freqüência, relacionado a capacitâncias parasitas
próximas ao interruptor

NOTA Descargas disruptivas não sustentadas são interrompidas depois de uma ou algumas alternâncias da corrente de
alta freqüência.

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3.1.127
desempenho a reacendimento
probabilidade esperada de reacendimento durante a interrupção de corrente capacitiva, como demonstrado por
ensaios de tipo especificados

NOTA Probabilidades numéricas específicas não podem ser aplicadas durante a vida útil de um disjuntor.

3.2 conjuntos

Sem definições particulares.

3.3 partes dos conjuntos

Sem definições particulares.

3.4 dispositivos de manobra

3.4.101
dispositivo de manobra
[IEV 441-14-01]

3.4.102
dispositivo mecânico de manobra
[IEV 441-14-02]

3.4.103
disjuntor
[IEV 441-14-20]

3.4.104
disjuntor de tanque morto
[IEV 441-14-25]
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3.4.105
disjuntor de tanque vivo
[IEV 441-14-26]

3.4.106
disjuntor a ar
[IEV 441-14-27]

3.4.107
disjuntor a óleo
[IEV 441-14-28]

3.4.108
disjuntor a vácuo
[IEV 441-14-29]

3.4.109
disjuntor a sopro de gás
[IEV 441-14-30]

3.4.110
disjuntor a hexafluoreto de enxofre (SF6)
[IEV 441-14-31]

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3.4.111
disjuntor a sopro de ar
[IEV 441-14-32]

3.4.112
disjuntor classe E1
disjuntor com durabilidade elétrica básica que não se enquadra na categoria de classe E2, como definido
em 3.4.113

3.4.113
disjuntor classe E2
disjuntor projetado de tal forma que os componentes do sistema de interrupção do circuito principal não requeiram
manutenção durante sua vida útil especificada, mas apenas a manutenção mínima de outras partes (disjuntor com
durabilidade elétrica estendida)

NOTA 1 Manutenção mínima pode incluir lubrificação, complementação de gás e limpeza de superfícies externas, onde
aplicável.

NOTA 2 Esta definição é restrita a disjuntores de distribuição com tensão nominal de 1 kV a 52 kV, inclusive. Ver o anexo G
para a justificativa da introdução da classe E2

3.4.114
disjuntor classe C1
disjuntor com baixa probabilidade de reacendimento durante interrupção de corrente capacitiva como demonstrado
pelos ensaios de tipo específicos

3.4.115
disjuntor classe C2
disjuntor com muito baixa probabilidade de reacendimento durante interrupção de corrente capacitiva,
como demonstrado pelos ensaios de tipo específicos

3.4.116
disjuntor classe M1
disjuntor com durabilidade mecânica normal (ensaio de tipo mecânico para 2 000 operações), não se enquadrando
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na categoria da classe M2, como definida em 3.4.117

3.4.117
disjuntor classe M2
disjuntor freqüentemente operado para requisitos especiais de serviço e projetado para requerer somente
manutenção reduzida, como demonstrado pelos ensaios de tipo específicos (disjuntor com durabilidade mecânica
estendida, ensaio de tipo mecânico para 10 000 operações)

NOTA É possível uma combinação de classes diferentes de disjuntores com respeito à durabilidade elétrica, durabilidade
mecânica e probabilidade de reacendimento durante interrupção de corrente capacitiva. Para a designação desses disjuntores
as notações das diferentes classes são combinadas seguindo uma ordem alfabética, por exemplo, C1-M2.

3.4.118
disjuntor autodisparado (na abertura)
disjuntor que é disparado por uma corrente no circuito principal sem a ajuda de qualquer forma de energia auxiliar

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3.5 Partes de disjuntores

3.5.101
pólo
[IEV 441-15-01]

3.5.102
circuito principal
[IEV 441-15-02]

3.5.103
circuito de controle
[IEV 441-15-03]

3.5.104
circuito auxiliar
[IEV 441-15-04]

3.5.105
contato
[IEV 441-15-05]

3.5.106
peça do contato
[IEV 441-15-06]

3.5.107
contato principal
[IEV 441-15-07]

3.5.108
contato de arco
[IEV 441-15-08]
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3.5.109
contato de controle
[IEV 441-15-09]

3.5.110
contato auxiliar
[IEV 441-15-10]

3.5.111
chave de contatos auxiliares
[IEV 441-15-11]

3.5.112
contato tipo “a”
[IEV 441-15-12]

3.5.113
contato tipo “b”
[IEV 441-15-13]

3.5.114
contato deslizante
[IEV 441-15-15]

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3.5.115
contato rolante
[IEV 441-15-16]

3.5.116
disparo
[IEV 441-15-17]

3.5.117
dispositivo de controle de arco
[IEV 441-15-18]

3.5.118
dispositivo indicador de posição
[IEV 441-15-25]

3.5.119
conexão (aparafusada ou equivalente)
dois ou mais condutores projetados para assegurar a continuidade permanente de um circuito quando unidos por
meio de parafusos, pinos ou algo equivalente

3.5.120
terminal
componente destinado à conexão de um dispositivo a condutores externos
[IEV 151-01-03]

3.5.121
unidade de estabelecimento (ou interrupção)
parte de um disjuntor que atua como um disjuntor e que, em série com uma ou mais unidades de estabelecimento
ou interrupção idênticas e simultaneamente operadas, forma o disjuntor completo

NOTA 1 Unidades de estabelecimento e unidades de interrupção podem estar separadas ou combinadas. Cada unidade
pode ter vários contatos.
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NOTA 2 O meio de controle da distribuição de tensão entre unidades pode diferir de unidade para unidade.

3.5.122
módulo
conjunto que geralmente compreende unidades de estabelecimento ou interrupção, isoladores de pedestal e
partes mecânicas e que está mecânica e eletricamente conectado a outros conjuntos idênticos para formar um
pólo de um disjuntor

3.5.123
invólucro
parte do equipamento de manobra e mecanismo de comando provedora de um grau de proteção especificado
(ver ABNT NBR IEC 60529) do equipamento contra influências externas e um grau de proteção especificado
contra aproximação ou contato com partes vivas e contra contato com partes móveis
[IEV 441-13-01, modificado]

3.6 Operação

3.6.101
operação
[IEV 441-16-01]

3.6.102
ciclo de operação
[IEV 441-16-02]

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3.6.103
seqüência de operação
[IEV 441-16-03]

3.6.104
operação de fechamento
[IEV 441-16-08]

3.6.105
operação de abertura
[IEV 441-16-09]

3.6.106
religamento automático
[IEV 441-16-10]

3.6.107
operação de abertura efetuada corretamente
[IEV 441-16-11]

3.6.108
operação efetuada corretamente
[IEV 441-16-12]

3.6.109
operação manual dependente
[IEV 441-16-13]

3.6.110
operação não-manual dependente
[IEV 441-16-14]

3.6.111
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operação por energia acumulada


operação efetuada por meio de energia acumulada no próprio mecanismo antes da operação de manobra e
suficiente para completar a seqüência de operação especificada sob condições predeterminadas

3.6.112
operação manual independente
[IEV 441-16-16]

3.6.113
posição fechada
[IEV 441-16-22]

3.6.114
posição aberta
[IEV 441-16-23]

3.6.115
disparo instantâneo
[IEV 441-16-32]

3.6.116
disparo por corrente de estabelecimento
disparo que permite a abertura de um disjuntor sem qualquer tempo de retardo intencional, durante uma operação
de fechamento, se a corrente de estabelecimento exceder um valor predeterminado, que é considerado sem efeito
quando o disjuntor está na posição fechada

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3.6.117
disparo por sobrecorrente
[IEV 441-16-33]

3.6.118
disparo por sobrecorrente com tempo de retardo definido
[IEV 441-16-34]

3.6.119
disparo por sobrecorrente com tempo de retardo inverso
[IEV 441-16-35]

3.6.120
disparo direto por sobrecorrente
[IEV 441-16-36]

3.6.121
disparo indireto por sobrecorrente
[IEV 441-16-37]

3.6.122
disparador em derivação
[IEV 441-16-41]

3.6.123
disparador por subtensão
[IEV 441-16-42]

3.6.124
disparador por corrente reversa (somente c.c.)
[IEV 441-16-43]

3.6.125
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corrente de operação (de um disparador por sobrecorrente)


[IEV 441-16-45]

3.6.126
corrente de ajuste (de um disparador por sobrecorrente)
[IEV 441-16-46]

3.6.127
faixa de ajuste de corrente (de um disparador por sobrecorrente)
[IEV 441-16-47]

3.6.128
dispositivo antibombeamento
[IEV 441-16-48]

3.6.129
dispositivo de intertravamento
[IEV 441-16-49]

3.6.130
disjuntor com bloqueio preventivo de fechamento
[IEV 441-14-23]

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3.7 Grandezas características

As figuras 1 a 7 ilustram algumas definições desta subseção.

Quantidades de tempo (ver definições de 3.7.133 a 3.7.147) são expressas em milissegundos ou em ciclos.
Quando expressas em ciclos, a freqüência industrial deve ser indicada entre colchetes. No caso de disjuntores
providos de resistores de pré-inserção, uma distinção deve ser feita, quando aplicável, entre as quantidades de
tempo associadas aos contatos de manobra com corrente plena e aos contatos de manobra a corrente limitada
pelos resistores de pré-inserção.

A menos que definido de outra forma, as quantidades de tempo acima referenciadas são aquelas associadas aos
contatos de manobra com corrente plena.

3.7.101
valor nominal
valor quantitativo determinado, geralmente pelo fabricante, para uma condição específica de operação de um
componente, dispositivo ou equipamento
[IEV 151-04-03]

3.7.102
corrente presumida (de um circuito e com respeito a um dispositivo de manobra ou fusível)
[IEV 441-17-01]

3.7.103
valor de crista da corrente presumida
valor de crista da primeira maior alternância da corrente presumida, durante o período transitório após seu início

NOTA A definição assume que a corrente é produzida por um disjuntor ideal, isto é, com transição instantânea e
simultânea de sua impedância através dos terminais de cada pólo, do infinito a zero. O valor de crista pode diferir de um pólo
para outro; isto depende do instante do início da corrente, relativo à onda de tensão através dos terminais de cada pólo.

3.7.104
corrente de crista
valor de crista da primeira maior alternância da corrente, durante o período transitório após o início seu início
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3.7.105
corrente simétrica presumida (de um circuito c.a.)
[IEV 441-17-03]

3.7.106
máxima corrente de crista presumida (de um circuito c.a.)
[IEV 441-17-04]

3.7.107
corrente de estabelecimento presumida (para um pólo de um dispositivo de manobra)
[IEV 441-17-05]

3.7.108
corrente de estabelecimento (crista)
valor de crista da primeira maior alternância da corrente em um pólo de um disjuntor, durante o período transitório
que se segue ao instante do estabelecimento da corrente, durante uma operação de estabelecimento

NOTA 1 O valor de crista pode diferir de um pólo para outro e de uma operação para outra, uma vez que ele depende do
instante do início da corrente, relativo à onda de tensão aplicada.

NOTA 2 Quando para um circuito polifásico, um valor único de corrente de estabelecimento (crista) é referenciado, isto
significa que, a menos que definido de outra forma, este é o valor mais alto em qualquer das fases.

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3.7.109
corrente de interrupção presumida (para um pólo de um dispositivo de manobra)
corrente presumida estimada no instante correspondente ao início do arco durante o processo de interrupção

3.7.110
corrente de interrupção
[IEV 441-17-07]

3.7.111
corrente crítica (de interrupção)
valor da corrente de interrupção, menor que a corrente de interrupção de curto-circuito nominal, no qual o tempo
de arco é máximo e significativamente mais longo do que na corrente de interrupção de curto-circuito nominal.
Assume-se ser este o caso, se os menores tempos de arco de qualquer umas séries de ensaio T10, T30 ou T60 é
meio ciclo ou mais longo do que os menores tempos de arco das séries de ensaios adjacentes

3.7.112
capacidade de interrupção
[IEV 441-17-08]

3.7.113
capacidade de interrupção de linhas em vazio (linha sem carga)
capacidade de interrupção para a qual as condições especificadas de uso e comportamento incluem a abertura de
uma linha aérea em vazio

3.7.114
capacidade de interrupção de cabos em vazio (cabos sem carga)
capacidade de interrupção para a qual as condições especificadas de uso e comportamento incluem a abertura de
cabos isolados operando em vazio

3.7.115
capacidade de interrupção de banco de capacitores
capacidade de interrupção para a qual as condições especificadas de uso e comportamento incluem a abertura de
um banco de capacitores
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3.7.116
capacidade de estabelecimento
[IEV 441-17-09]

3.7.117
capacidade de estabelecimento de corrente transitória de energização de banco de capacitores
capacidade de estabelecimento para a qual as condições especificadas de uso e comportamento incluem o
fechamento sobre um banco de capacitores

3.7.118
capacidade de interrupção ou estabelecimento em discordância de fases
capacidade de interrupção ou estabelecimento nas condições especificadas de uso e comportamento, incluindo a
perda ou falta de sincronismo entre as partes de um sistema elétrico em ambos os lados do disjuntor

3.7.119
capacidade de estabelecimento em curto-circuito
[IEV 441-17-10]

3.7.120
capacidade de interrupção em curto-circuito
[IEV 441-17-11]

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3.7.121
corrente suportável de curta duração
[IEV 441-17-17]

3.7.122
valor de crista da corrente suportável
[IEV 441-17-18]

3.7.123
tensão aplicada
[IEV 441-17-24]

3.7.124
tensão de restabelecimento
[IEV 441-17-25]

3.7.125
tensão de restabelecimento transitória (TRT)
[IEV 441-17-26]

3.7.126
tensão de restabelecimento transitória presumida (de um circuito)
[IEV 441-17-29]

3.7.127
tensão de restabelecimento à freqüência industrial
[IEV 441-17-27]

3.7.128
valor de crista da tensão de arco
[IEV 441-17-30]

3.7.129
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distância de isolamento
[IEV 441-17-31]

3.7.130
distância de isolamento entre pólos
[IEV 441-17-32]

3.7.131
distância de isolamento para terra
[IEV 441-17-33]

3.7.132
distância de isolamento entre contatos abertos
[IEV 441-17-34]

3.7.133
tempo de abertura
o tempo de abertura de um disjuntor é definido de acordo com o método de abertura apresentado a seguir e com
qualquer dispositivo de tempo de retardo formando uma parte integrante do disjuntor ajustado à sua
posição mínima:

a) para um disjuntor disparado por qualquer tipo de energia auxiliar, o tempo de abertura é medido a partir do
instante de aplicação desta energia ao disparador, estando o disjuntor na posição fechada, até o instante da
separação dos contatos de arco em todos os pólos;

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b) para um disjuntor disparado com acionamento próprio, estando o disjuntor na posição fechada, o tempo de
abertura é medido a partir do instante em que a corrente do circuito principal atinge o valor de funcionamento
do disparador de sobrecorrente, até o instante da separação dos contatos de arco em todos os pólos.

NOTA 1 O tempo de abertura pode variar com a corrente de interrupção.

NOTA 2 Para o disjuntor com mais de uma unidade de interrupção por pólo, o instante de separação dos contatos de arco
em todos os pólos é determinado como o instante de separação dos contatos da primeira unidade do último pólo.

NOTA 3 O tempo de abertura inclui o tempo de operação de qualquer equipamento auxiliar necessário para abertura do
disjuntor, formando uma parte integrante do disjuntor.

3.7.134
tempo de arco (de um dispositivo de manobra multipolar)
intervalo de tempo entre o instante do início de um arco e o instante de extinção final do arco em todos os pólos

[IEV 441-17-38]

3.7.135
tempo de interrupção
intervalo de tempo entre o início do tempo de abertura de um dispositivo de manobra mecânica e o final do tempo
de arco
[IEV 441-17-39, modificado]

3.7.136
tempo de fechamento
intervalo de tempo entre a energização do circuito de fechamento, estando o disjuntor na posição aberta, e o
instante em que os contatos se tocam em todos os pólos

NOTA O tempo de fechamento inclui o tempo de operação de qualquer equipamento auxiliar necessário para fechar o
disjuntor e que faz parte integrante deste último.

3.7.137
tempo de estabelecimento
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intervalo de tempo entre a energização do circuito de fechamento, estando o disjuntor na posição aberta, e o
instante em que a corrente começa a fluir no primeiro pólo
[IEV 441-17-40, modificado]

NOTA 1 O tempo de estabelecimento inclui o tempo de operação de qualquer equipamento necessário para fechar o
disjuntor e que faz parte integrante deste último.

NOTA 2 O tempo de estabelecimento pode variar por exemplo devido à variação do tempo de pré-arco.

3.7.138
tempo de pré-arco
intervalo de tempo entre o início da circulação de corrente no primeiro pólo durante operação de fechamento
e o instante do toque dos contatos em todos os pólos, para condições trifásicas e o instante quando os contatos
tocam-se no pólo de arco, para condições monofásicas

NOTA 1 O tempo de pré-arco depende do valor instantâneo da tensão aplicada durante uma operação específica de
fechamento e, portanto, pode variar consideravelmente.

NOTA 2 Essa definição para tempo de pré-arco para o disjuntor não pode ser confundida com a definição de tempo
de pré-arco para um fusível.

3.7.139
tempo de abertura-fechamento (durante auto-religamento)
intervalo de tempo entre o instante em que os contatos de arco se separaram em todos os pólos o e instante em
que os contatos tocam-se no primeiro pólo durante um ciclo de religamento

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3.7.140
tempo morto (durante auto-religamento)
intervalo de tempo entre a extinção final do arco em todos os pólos numa operação de abertura e o primeiro
restabelecimento da corrente em qualquer pólo na operação de fechamento subseqüente

NOTA O tempo morto pode variar, por exemplo, devido à variação do tempo de pré-arco.

3.7.141
tempo de religamento
intervalo de tempo entre o início do tempo de abertura e o instante em que os contatos se tocam em todos os
pólos durante um ciclo de religamento

3.7.142
tempo de restabelecimento (durante religamento)
intervalo de tempo entre o início do tempo de abertura e o primeiro restabelecimento da corrente em qualquer pólo
na operação de fechamento subseqüente

NOTA O tempo de restabelecimento pode variar devido à variação do tempo de pré-arco.

3.7.143
tempo de fechamento-abertura
intervalo de tempo entre o instante em que os contatos tocam-se no primeiro pólo durante uma operação de
fechamento e o instante em que os contatos de arco se separaram em todos os pólos durante a operação de
abertura subseqüente
[IEV 441-17-42, modificado]

NOTA A menos que seja estabelecido de outra maneira, é assumido que o disparador de abertura incorporado ao
disjuntor é energizado no instante quando os contatos tocam-se no primeiro pólo durante fechamento. Isso representa o tempo
mínimo de fechamento-abertura.

3.7.144
tempo de estabelecimento-interrupção
intervalo de tempo entre o início da circulação de corrente no primeiro pólo durante uma operação de fechamento
e o término do tempo de arco durante uma operação de abertura subseqüente
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NOTA 1 A menos que seja estabelecido de outra maneira, é assumido que o disparador de abertura do disjuntor é
energizado meio ciclo após a corrente começar a circular no circuito principal durante o estabelecimento. Pode-se observar que
o uso de relés com tempo de operação mais curto pode submeter o disjuntor a correntes assimétricas que são superiores
àquelas estabelecidas em 6.106.5.

NOTA 2 O tempo de estabelecimento-interrupção pode variar devido à variação de tempo de pré-arco.

3.7.145
tempo de pré-inserção
intervalo de tempo durante uma operação de fechamento em qualquer pólo entre o instante do toque do contato
no elemento resistor de fechamento e o instante do toque do contato na unidade principal de interrupção principal
do mesmo pólo

NOTA Para disjuntores que possuem unidades de interrupção conectadas em série, o tempo de pré-inserção é definido
como o intervalo de tempo entre o instante do último toque do contato em algum elemento do resistor de fechamento e o
instante do último toque do contato em qualquer unidade principal de interrupção.

3.7.146
mínima duração de disparo
tempo mínimo em que a tensão auxiliar é aplicada ao disparador de abertura para garantir a completa abertura do
disjuntor

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3.7.147
mínima duração do fechamento
tempo mínimo em que a tensão auxiliar é aplicada ao dispositivo de fechamento para garantir o completo
fechamento do disjuntor

3.7.148
reignição (de um dispositivo de manobra mecânico c.a.)
[IEV 441-17-45]

3.7.149
reacendimento (de um dispositivo de manobra mecânico c.a.)
[IEV 441-17-46]

3.7.150
corrente normal
corrente que o circuito principal de um disjuntor é capaz de conduzir continuamente sob condições especificadas
de uso e comportamento

3.7.151
fator de crista (de uma tensão transitória de linha)
relação entre a variação máxima e o valor inicial da tensão transitória de linha para a terra de uma fase de uma
linha aérea depois da interrupção de uma corrente de falta quilométrica

NOTA O valor inicial da tensão transitória corresponde ao instante da extinção de arco no pólo considerado.

3.7.152
fator de primeiro pólo (em um sistema trifásico)
quando da interrupção de alguma corrente trifásica simétrica, o fator de primeiro pólo é a relação da tensão à
freqüência industrial através do pólo executando a interrupção antes da interrupção das correntes nos outros pólos,
para a tensão à freqüência industrial ocorrendo entre o pólo ou pólos depois da interrupção em todos os três pólos

3.7.153
fator de amplitude
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relação entre a variação máxima da tensão de restabelecimento transitória e o valor de crista da tensão de
restabelecimento à freqüência industrial

3.7.154
nível de isolamento
para um disjuntor, uma característica definida por um ou dois valores indicando as tensões suportáveis de
isolamento
[IEV 604-03-47, modificado]

3.7.155
tensão suportável à freqüência industrial
valor eficaz da tensão senoidal à freqüência industrial que o disjuntor pode suportar durante os ensaios feitos sob
condições especificadas e para um tempo especificado
[IEV 604-03-40, modificado]

3.7.156
tensão suportável de impulso
valor de crista da onda padronizada da tensão de impulso que a isolação de um disjuntor suporta sob condições
de ensaio especificadas

NOTA Dependendo da forma de onda, o termo pode ser qualificado como “tensão suportável de impulso de manobra”
ou “tensão suportável de impulso atmosférico”.

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3.7.157
pressão mínima funcional para operação
pressão, referida às condições de ar atmosférico padronizadas de + 20°C e 101,3 kPa, que pode ser expressa em
termos relativos ou absolutos, na qual e acima da qual as características nominais de um disjuntor são mantidas e
um reenchimento do dispositivo de operação torna-se necessário

NOTA Esta pressão é freqüentemente designada como pressão de bloqueio (3.6.4.6 da ABNT NBR IEC 60694).

3.7.158
pressão mínima funcional para interrupção e isolação
pressão para interrupção e isolação, referida às condições de ar atmosférico padronizadas de + 20°C e 101,3 kPa,
que pode ser expressa em termos relativos ou absolutos, na qual e acima da qual as características nominais de
um disjuntor são mantidas e um reenchimento de fluido de interrupção e/ou isolação torna-se necessário.

NOTA 1 Ver também 3.6.4.5. da ABNT NBR IEC 60694.

NOTA 2 Para disjuntores com um sistema de pressão selado (também classificado como selado de fábrica), a pressão
mínima funcional para interrupção é aquela na qual as características nominais do disjuntor são mantidas levando em
consideração a queda de pressão no final da vida útil de operação esperada.

3.8 Índice de definições

Alternância 3.1.118
Auto-religamento 3.6.106
B

Banco de capacitores em contraposição 3.1.113


Banco único de capacitores 3.1.112
C
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Capacidade de estabelecimento em curto-circuito 3.7.119


Capacidade de estabelecimento 3.7.116
Capacidade de estabelecimento de corrente transitória de energização de banco 3.7.117
de capacitores
Capacidade de interrupção 3.7.112
Capacidade de interrupção de banco de capacitores 3.7.115
Capacidade de interrupção de cabos em vazio (cabos sem carga) 3.7.114
Capacidade de interrupção em curto-circuito 3.7.120
Capacidade de interrupção de linhas em vazio (linha sem carga) 3.7.113
Capacidade de interrupção ou estabelecimento em discordância de fases 3.7.118
Carcaça 3.5.123
Chave auxiliar 3.5.111
Ciclo de operação 3.6.102
Circuito auxiliar 3.5.104
Circuito de controle 3.5.103
Circuito principal 3.5.102

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Condições de discordância de fases 3.1.115


Conexão (aparafusada ou equivalente) 3.5.119
Contato 3.5.105
Contato “a”, contato normalmente aberto 3.5.112
Contato auxiliar 3.5.110
Contato “b”, contato normalmente fechado 3.5.113
Contato de arco 3.5.108
Contato de controle 3.5.109
Contato deslizante 3.5.114
Contato de fechamento 3.5.112
Contato de interrupção 3.5.113
Contato principal 3.5.107
Contato rolante 3.5.115
Corrente crítica (de interrupção) 3.7.111
Corrente de ajuste (de um disparador de sobrecorrente) 3.6.126
Corrente de curto-circuito 3.1.104
Corrente de estabelecimento (crista) 3.7.108
Corrente de fechamento presumida 3.7.107
Corrente de interrupção 3.7.110
Corrente de interrupção presumida 3.7.109
Corrente de operação (de um disparador de sobrecorrente) 3.6.125
Corrente de crista 3.7.104
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Corrente normal 3.7.150


Corrente presumida 3.7.102
Corrente simétrica presumida 3.7.105
Corrente suportável de curto-circuito 3.7.121

Disjuntor 3.4.103
Disjuntor a ar 3.4.106
Disjuntor a óleo 3.4.107
Disjuntor a SF6 3.4.110
Disjuntor a sopro de ar 3.4.111
Disjuntor a sopro de gás 3.4.109
Disjuntor autodisparado 3.4.118
Disjuntor a vácuo 3.4.108
Disjuntor classe C1 3.4.114
Disjuntor classe C2 3.4.115

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Disjuntor classe E1 3.4.112


Disjuntor classe E2 3.4.113
Disjuntor classe M1 3.4.116
Disjuntor classe M2 3.4.117
Disjuntor com bloqueio preventivo de fechamento 3.6.130
Disjuntor de tanque vivo 3.4.105
Dispositivo antibombeamento 3.6.128
Dispositivo de controle de arco 3.5.117
Distância 3.7.129
Distância entre contatos abertos 3.7.132
Distância entre pólos 3.7.130
Distância para terra 3.7.131
Dispositivo de manobra 3.4.101
Disparador em derivação 3.6.122
Disjuntor de tanque morto 3.4.104
Disparador de retardo de sobrecorrente de tempo definido 3.6.118
Disparador de sobrecorrente direto 3.6.120
Disparador de sobrecorrente indireto 3.6.121
Disparador instantâneo 3.6.115
Disparador de retardo de sobrecorrente de tempo inverso 3.6.119
Dispositivo de intertravamento 3.6.129
Dispositivo mecânico de manobra 3.4.102
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Dispositivo indicador de posição 3.5.118


Disparador de corrente reversa 3.6.124
Disparo 3.5.116
Disparador de corrente de estabelecimento 3.6.116
Disparador de subtensão 3.6.123
Disjuntor a hexafluoreto de enxofre (SF6) 3.4.110
Discordância de fases (como qualificativo de uma grandeza característica) 3.1.116
Disparador de sobrecorrente 3.6.117
Descarga disruptiva não-sustentável (NSDD) 3.1.126
Descarga disruptiva 3.1.125
Desempenho a reacendimento 3.1.127
E

Equipamento de manobra e mecanismo de comando 3.1.101


Equipamento de manobra e comando para uso interior 3.1.102
Equipamento de manobra e comando para uso exterior 3.1.103
Elevação de temperatura (de uma parte de um disjuntor) 3.1.111

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Fator de falta à terra 3.1.109


Faixa de ajuste de corrente (de um disparador de sobrecorrente) 3.6.127
Fator de amplitude 3.7.153
Fator de crista (de uma tensão transitória de linha) 3.7.151
Fator de potência (de um circuito) 3.1.120
Falta quilométrica 3.1.119
Fator de primeiro pólo (em um sistema trifásico) 3.7.152
I

Isolamento externo 3.1.121


Isolamento auto-recuperante 3.1.123
Isolamento interno 3.1.122
Isolamento não auto-recuperante 3.1.124
M

Máxima corrente de crista presumida (de um circuito c.a.) 3.7.106


Mínima duração do fechamento 3.7.147
Mínima pressão funcional para interrupção e isolação 3.7.158
Mínima pressão funcional para operação 3.7.157
Mínima duração da disparo (de abertura) 3.7.146
Módulo 3.5.122
N
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Nível de isolamento 3.7.154


NSDD 3.1.126

Operação manual dependente 3.6.109


Operação não-manual dependente 3.6.110
Operação manual independente 3.6.112
Operação de fechamento 3.6.104
Operação de abertura 3.6.105
Operação efetuada corretamente 3.6.108
Operação de abertura efetuada corretamente 3.6.107
Operação por energia acumulada 3.6.111
Operação 3.6.101

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Posição aberta 3.6.114


Posição fechada 3.6.113
Parte de contato 3.5.106
Pólo 3.5.101
R

Reacendimento 3.7.149
Reignição 3.7.148
S

Sistema de neutro aterrado através de impedância 3.1.107


Sistema de neutro isolado 3.1.105
Sistema de neutro aterrado através de impedância ressonante, sistema de neutro 3.1.108
aterrado através de bobina supressora de arco
Seqüência de operação 3.6.103
Sobretensão (em um sistema) 3.1.114
Sistema de neutro solidamente aterrado 3.1.106
T

Tempo de fechamento-abertura 3.7.143


Tensão suportável de impulso 3.7.156
Tensão aplicada 3.7.123
Tempo de abertura 3.7.133
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Tempo de fechamento 3.7.136


Tempo morto (durante auto-religamento) 3.7.140
Tempo de estabelecimento 3.7.137
Tempo de estabelecimento-interrupção 3.7.144
Tempo de abertura-fechamento (durante auto-religamento) 3.7.139
Terminal 3.5.120
Tensão de restabelecimento transitória (TRT) 3.7.125
Tensão de restabelecimento à freqüência industrial 3.7.127
Tensão suportável à freqüência industrial 3.7.155
Tempo de pré-arco 3.7.138
Tempo de pré-inserção 3.7.145
Tensão de restabelecimento transitória presumida (de um circuito) 3.7.126
Temperatura do ar ambiente 3.1.110
Tempo de arco 3.7.134
Tempo de interrupção 3.7.135
Tempo de religamento 3.7.141

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Tensão de restabelecimento 3.7.124


Tempo de restabelecimento (durante religamento) 3.7.142
TRT 3.7.125
U

Unidade de estabelecimento 3.5.121


Unidade de interrupção 3.5.121
Unidade de ensaio 3.1.117
V

Valor de crista da corrente presumida 3.7.103


Valor de crista da tensão de arco 3.7.128
Valor de crista da corrente suportável 3.7.122
Valor nominal 3.7.101

4 Características nominais
As características de um disjuntor, incluindo seus dispositivos de operação e equipamentos auxiliares que devem
ser usados para determinar as características nominais, são as seguintes:

Características nominais comuns a todos os disjuntores

a) tensão nominal;

b) nível de isolamento nominal;

c) freqüência nominal;
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d) corrente nominal de regime contínuo;

e) corrente suportável nominal de curta duração;

f) valor de crista da corrente suportável nominal;

g) duração nominal do curto-circuito;

h) tensão nominal de alimentação dos dispositivos de abertura e fechamento e dos circuitos auxiliares;

i) freqüência nominal dos dispositivos de abertura e fechamento e dos circuitos auxiliares;

j) pressão nominal da fonte de gás comprimido e/ou da fonte hidráulica para operação, interrupção e isolamento,
como aplicável;

k) capacidade de interrupção nominal em curto-circuito;

l) tensão de restabelecimento transitória relativa à capacidade de interrupção nominal em curto-circuito;

m) capacidade de estabelecimento nominal em curto-circuito;

n) seqüência nominal de operação;

o) tempos nominais.

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Características nominais a serem dadas nos casos específicos indicados abaixo

p) características para faltas quilométricas relativas à capacidade de interrupção nominal em curto-circuito, para
disjuntores destinados a conexão direta a linhas de transmissão aéreas e para tensão nominal de 52 kV e
acima e para a capacidade de interrupção nominal em curto-circuito maior que 12,5 kA;

q) capacidade de interrupção nominal de linhas em vazio para disjuntores tripolares destinados a manobrar
linhas de transmissão aéreas (obrigatório para disjuntores de tensão nominal igual ou maior do que 72,5 kV);

r) capacidade de interrupção nominal de cabos em vazio para disjuntores tripolares destinados a manobrar
cabos (obrigatório para disjuntores de tensão nominal igual ou menor do que 52 kV).

Características nominais a serem dadas sob pedido

s) capacidade de estabelecimento e interrupção nominal em discordância de fases;

t) capacidade de interrupção nominal de banco único de capacitores;

u) capacidade de interrupção nominal de bancos de capacitores em contraposição;

v) capacidade de estabelecimento nominal de banco único de capacitores;

w) capacidade de estabelecimento nominal de bancos de capacitores em contraposição.

As características nominais do disjuntor são referidas à seqüência nominal de operações.

4.1 Tensão nominal (Ur)

É aplicável a subseção 4.1 da ABNT NBR IEC 60694.

4.2 Nível de isolamento nominal


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É aplicável a subseção 4.2 da ABNT NBR IEC 60694, com as seguintes adições:

Os valores normalizados para as tensões suportáveis nominais com o disjuntor aberto são dadas nas tabelas 1a,
1b, 2a e 2b da ABNT NBR IEC 60694.

Entretanto, para disjuntores destinados à operação de sincronismo, simultaneamente com uma sobretensão
transitória ou temporária substancial, o isolamento de um disjuntor normalizado pode ser insuficiente.
Em tais casos, sugere-se tanto o uso de um disjuntor normalizado de tensão nominal superior como o uso de um
disjuntor especial, aumentando a severidade do ensaio com o disjuntor aberto. Neste último caso a tensão
suportável nominal à freqüência industrial através da distância de isolamento, de acordo com as colunas (3) das
tabelas mencionadas acima, deve ser aplicada ao disjuntor aberto. A solicitação de sobretensão transitória é
levada em consideração pelo método de ensaio dado em 6.2.7.2. Para disjuntores com tensão nominal igual ou
superior a 300 kV, o valor padronizado da tensão suportável nominal à freqüência industrial e o valor da tensão
suportável nominal de impulso de manobra, com o disjuntor aberto, são dados respectivamente nas colunas (3) e
(6) das tabelas 2a e 2b da ABNT NBR IEC 60694.

Quando for especificado um fator de tensão de ensaio de 1,4 para ensaios monofásicos de corrente de manobra
capacitiva, o isolamento através dos terminais abertos do disjuntor pode ser insuficiente. Em tais casos, o valor da
tensão suportável nominal à freqüência industrial de curta duração com o disjuntor aberto deve ser aumentado
para 2,8 Ur 3.

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4.3 Freqüência nominal (fr)

A subseção 4.3 da ABNT NBR IEC 60694 é aplicável, com a seguinte adição:

Os valores normalizados para disjuntores de alta-tensão à freqüência nominal são 50 Hz e 60 Hz.

4.4 Corrente nominal de regime contínuo (Ir) e elevação de temperatura

É aplicável a subseção 4.4 da ABNT NBR IEC 60694.

Se o disjuntor for munido de um dispositivo ligado em série, tal como um disparador de sobrecorrente direto, a
corrente nominal do dispositivo é o valor eficaz da corrente que este dispositivo seja capaz de conduzir em regime
contínuo sem deterioração, à freqüência nominal, com uma elevação de temperatura que não exceda os valores
especificados na tabela 3 da ABNT NBR IEC 60694.

4.5 Corrente suportável nominal de curta duração (Ik)

É aplicável a subseção 4.5 da ABNT NBR IEC 60694, com a seguinte adição:

A corrente suportável nominal de curta duração é igual à capacidade de interrupção nominal em curto-circuito
(ver 4.101).

4.6 Valor de crista nominal da corrente suportável (Ip)

É aplicável a subseção 4.6 da ABNT NBR IEC 60694, com a seguinte adição:

O valor de crista nominal da corrente suportável é igual à capacidade de estabelecimento nominal em curto-circuito
(ver 4.103).

4.7 Duração nominal do curto-circuito (tk)

É aplicável a subseção 4.7 da ABNT NBR IEC 60694, com a seguinte adição:
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A duração nominal de um curto-circuito não necessita ser estabelecida para um disjuntor autodisparado contanto
que, quando conectado a um circuito cuja corrente de interrupção presumida seja igual à sua capacidade de
interrupção nominal em curto-circuito, o disjuntor seja capaz de conduzir a corrente resultante para o tempo de
interrupção requerido pelo disjuntor. Esse tempo de interrupção é aquele requerido pelo disjuntor com o
disparador de sobrecorrente ajustado para o máximo retardo de tempo, operando de acordo com a sua seqüência
nominal de operação.

NOTA Disparadores de sobrecorrente diretos incluem sistemas de disparo integrados.

4.8 Tensão nominal de alimentação de dispositivos de fechamento e abertura e de circuitos


auxiliares e de controle (Ua)

É aplicável a subseção 4.8 da ABNT NBR IEC 60694.

4.9 Freqüência nominal de alimentação de dispositivos de fechamento e abertura e circuitos


auxiliares

É aplicável a subseção 4.9 d ABNT NBR IEC 60694.

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4.10 Pressões nominais de alimentação de gás comprimido para isolação, operação e/ou
interrupção

É aplicável a subseção 4.10 da ABNT NBR IEC 60694.

4.101 Capacidade de interrupção nominal em curto-circuito (Isc)

A capacidade de interrupção nominal em curto-circuito é o valor mais elevado da corrente de curto-circuito que o
disjuntor é capaz de interromper, nas condições de uso e comportamento estabelecidas nesta Norma, num circuito
em que a tensão de restabelecimento à freqüência industrial corresponde à tensão nominal do disjuntor e a TRT é
igual ao valor nominal especificado em 4.102. Para disjuntores tripolares, a componente c.a. corresponde a um
curto-circuito trifásico. Quando aplicável, deve-se ter em conta as especificações de 4.105 referentes
a faltas quilométricas.

A capacidade de interrupção nominal em curto-circuito é caracterizada por dois valores:

 o valor eficaz de sua componente c.a.;

 a porcentagem da componente c.c.

NOTA Se a componente c.c. não exceder 20%, a corrente nominal de interrupção em curto-circuito é caracterizada
somente pelo valor eficaz da sua componente c.a.

As componentes c.a. e c.c. são determinadas na figura 8.

O disjuntor deve ser capaz de interromper, sob as condições mencionadas acima, qualquer corrente
de curto-circuito até sua capacidade de interrupção nominal em curto-circuito, contendo qualquer componente c.a.
até o valor nominal e qualquer porcentagem da componente c.c. até aquela especificada.

O que segue aplica-se a um disjuntor-padrão:

a) para as tensões inferiores ou iguais à tensão nominal, deve ser capaz de interromper sua corrente de
interrupção nominal em curto-circuito;
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b) para as tensões superiores à tensão nominal, nenhuma capacidade de interrupção é garantida, exceto
conforme 4.106.

4.101.1 Componente c.a. da corrente de interrupção nominal em curto-circuito

O valor normalizado da componente c.a. da corrente de interrupção nominal em curto-circuito deve ser escolhido
da série R10 da IEC 60059.

NOTA A série R10 compreende os números 1 – 1,25 – 1,6 – 2 – 2,5 – 3,15 – 4 – 5 – 6,3 – 8 e seus produtos por 10n.

4.101.2 Componente c.c. da corrente de interrupção nominal em curto-circuito

O valor da porcentagem da componente c.c. deve ser determinado como segue:

 para um disjuntor autodisparado, a porcentagem da componente c.c. deve corresponder a um intervalo de


tempo igual ao tempo mínimo Top de abertura do primeiro pólo. Neste caso, o tempo Tr na fórmula abaixo é
zero;

 para um disjuntor que pode ser aberto unicamente por meio de qualquer forma de energia auxiliar, a
porcentagem da componente c.c. deve corresponder a um intervalo de tempo igual ao tempo mínimo Top de
abertura do primeiro pólo do disjuntor mais meio ciclo da freqüência nominal (Tr).

O tempo mínimo de abertura mencionado acima é aquele especificado pelo fabricante.

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NOTA 1 O tempo mínimo de abertura é o menor tempo de abertura que o fabricante espera cobrir a população inteira de
disjuntores considerados, sob qualquer condição operativa quando as correntes assimétricas de abertura estão de acordo com
esta Norma (seqüência de ensaio T100a de falta terminal). É conveniente que esse tempo seja escolhido de tal forma que a
componente c.c., aplicada na seqüência de ensaio T100a, que é baseada nesse tempo de operação mínimo, entre outros, seja
tão elevada, que cada disjuntor fabricado durante o tempo de vida3) do produto será coberto por esse ensaio.

O valor percentual da componente (% c.c.) pode ser obtido da figura 9 e é baseado no intervalo de tempo (Top + Tr),
e na constante de tempo  usando a fórmula:
Top  Tr
%cc  100  e 

Os gráficos da componente c.c. versus tempo dados na figura 9 são baseados em:

a) uma constante de tempo normalizada de 45 ms;

b) a seguir são mostradas constantes de tempo de casos especiais, relacionadas com a tensão nominal do
disjuntor:

 120 ms para tensões nominais até e incluindo 52 kV;

 60 ms para tensões nominais de 72,5 kV até e incluindo 420 kV;

 75 ms para tensões nominais de 550 kV e acima.

A existência de constantes de tempo de casos especiais é o reconhecimento de que o valor normalizado pode ser
inadequado para alguns sistemas. Eles são aplicáveis como valores unificados para necessidades especiais
desses sistemas levando em consideração as características das diferentes faixas de tensões nominais,
por exemplo, topologias especiais, projetos de linhas etc.

NOTA 2 Em adição, algumas aplicações podem exigir valores ainda maiores, por exemplo, se um disjuntor está próximo a
um gerador. Nestas circunstâncias a componente c.c. e quaisquer requisitos de ensaios adicionais devem ser especificados.
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NOTA 3 Informações mais detalhadas sobre o uso da constante de tempo normalizada e das constantes de tempo de casos
especiais são dadas na nota explanatória em I.2.1.

4.102 Tensão de restabelecimento transitória associada à capacidade de interrupção nominal


em curto-circuito

Tensão de restabelecimento transitória (TRT) associada à capacidade de interrupção nominal em curto-circuito de


acordo com 4.101, é a tensão de referência que constitui o limite da tensão de restabelecimento transitória
presumida de circuitos, a qual o disjuntor deve ser capaz de suportar sob condições de falta.

4.102.1 Representação das ondas de TRT

A forma de onda das tensões de restabelecimento transitória varia segundo a configuração dos circuitos reais.

Em alguns casos, particularmente nos sistemas com uma tensão de 100 kV e acima, e para correntes
de curto-circuito relativamente elevadas em relação à corrente máxima de curto-circuito no ponto considerado,
a TRT compreende um período inicial durante o qual a taxa de crescimento é elevada e um período ulterior, no
qual a taxa é mais reduzida. Esta forma de onda é em geral suficientemente bem descrita por uma envoltória
constituída de três segmentos de reta, definidos por quatro parâmetros. Métodos para traçar as envoltórias de TRT
são dados no anexo E.

3)
Entende-se por tempo de vida do produto aquele em que o equipamento continua sendo comercializado.

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Em outros casos, particularmente nos sistemas com uma tensão inferior a 100 kV, ou em sistemas com uma
tensão maior que 100 kV em condições onde as correntes de curto-circuito são relativamente pequenas em
relação às máximas correntes de curto-circuito e alimentados por transformadores, a TRT aproxima-se de uma
oscilação amortecida de uma só freqüência. Esta forma de onda é suficientemente bem descrita por uma
envoltória constituída por dois segmentos de reta definidos por dois parâmetros. Métodos para traçar as
envoltórias de TRT são dados no anexo E.

Esta representação por meio de dois parâmetros é um caso particular da representação por meio de quatro
parâmetros.

A influência da capacitância local no lado da fonte de alimentação do disjuntor reduz a taxa de crescimento da
tensão durante alguns microssegundos iniciais da TRT. Isto é levado em conta pela introdução de um retardo de
tempo.

Em princípio, toda parte de onda da TRT pode influenciar a capacidade de interrupção de um disjuntor. Entretanto,
o início da TRT pode ser de importância para alguns tipos de disjuntores. Esta parte da TRT, designada como TRT
inicial (TRTI), é causada pela oscilação inicial de baixa amplitude devido a reflexões na primeira descontinuidade
significativa ao longo do barramento. Esta TRTI é determinada principalmente pelo arranjo do barramento e dos
equipamentos associados às linhas da subestação. A TRTI é um fenômeno físico muito semelhante à TRT para
falta quilométrica. A primeira crista da tensão é baixa, comparada com a falta quilométrica, mas o tempo até a
primeira crista é extremamente curto, ocorrendo dentro dos primeiros microssegundos após o zero de corrente.
Por isto, os fenômenos térmicos de interrupção podem ser influenciados.

Se o disjuntor tiver uma característica nominal para faltas quilométricas, os requisitos da TRTI, são considerados
atendidos se os ensaios de faltas quilométricas forem realizados utilizando-se uma linha com retardo desprezível
(ver 6.104.5.2 e 6.109.3), a menos que ambos os terminais não sejam idênticos do ponto de vista elétrico
(por exemplo, quando uma capacitância adicional é utilizada como mencionado na NOTA 4 de 6.109.3).
Nesse caso, podem ser utilizados como alternativa circuitos de ensaios que produzem um estresse de TRT
equivalente através do disjuntor.

Visto que a TRTI é proporcional à impedância de surto do barramento e à corrente, os requisitos de TRTI podem
ser desprezados para disjuntores com capacidade de interrupção nominal em curto-circuito inferior a 25 kA e para
disjuntores com uma tensão nominal inferior a 100 kV. Em adição, os requisitos de TRTI podem ser desprezados
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para disjuntores instalados em conjuntos de manobra blindados isolados a gás (GIS) devido à baixa impedância
de surto.

4.102.2 Representação da TRT

Os seguintes parâmetros são utilizados para a representação da TRT:

a) Representação por meio de quatro parâmetros (ver figura 10):

u1 = primeira tensão de referência, em quilovolts;

t1 = tempo para atingir u1, em microssegundos;

uc = segunda tensão de referência (valor de crista da TRT), em quilovolts;

t2 = tempo para atingir uc, em microssegundos;

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Os parâmetros da TRT são definidos a seguir como função da tensão nominal (Ur), do fator de primeiro pólo
(kpp) e do fator de amplitude (kaf):

2
u1  0,75  kppUr
3

t1 é obtido de u1 e do valor especificado da taxa de crescimento u1/t1 = TCTR;

t1 para discordância de fases = 2 x t1 (para falta terminal)

2
uc  kaf  kppUr , onde kaf é igual a:
3

 1,4 para faltas terminais e quilométricas

 1,25 para abertura em oposição de fases.

t2 = 4xt1 para falta terminal e falta quilométrica;

t2 para discordância de fases = entre t2 (para falta terminal) e 2 x t2 (para falta terminal).

b) Representação por meio de dois parâmetros (ver figura 11):

uc = tensão de referência (valor de crista da TRT), em quilovolts;

t3 = tempo para atingir a uc, em microssegundos.

Os parâmetros da TRT são definidos a seguir como função da tensão nominal (Ur), do fator de primeiro pólo
(kpp) e do fator de amplitude (kaf):

2
u c  k pp k af  U r , onde kaf é igual a:
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 1,4 para faltas terminais e quilométricas;

 1,25 para abertura em discordância de fases.

t3 obtido de uc e do valor especificado da taxa de crescimento uc/t3 = TCTR.

c) Linha de retardo da TRT (ver figuras 10 e 11):

td = tempo de retardo, em microssegundos;

u’ = tensão de referência, em quilovolts;

t’ = tempo para atingir u’, em microssegundos.

A linha de retardo parte de um ponto situado sobre o eixo dos tempos, correspondendo ao tempo de retardo
nominal, e se desenvolve paralelamente ao primeiro segmento de reta do traçado de referência da TRT
nominal e termina na tensão u’ (coordenada de tempo t’).

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Para tensões nominais inferiores a 52 kV:

td = 0,15 x t3, (exceto para 48,3 kV, onde td = 0,05 x t3);

u’ = uc/3 e

t’ é obtido de u’, uc/t3 (TCTR) e td de acordo com a figura 11, t’ = td + u’/TCTR.

Para as tensões nominais de 52 kV e 72,5 kV:

td = 0,05 x t3, para faltas terminais e quilométricas;

u’ = uc/3 e

t’ é obtido de u’, uc/t3 (TCTR) e td de acordo com a figura 11, t’ = td + u’/TCTR.

Para tensões nominais superiores a 72,5kV:

td = 2 s para faltas terminais;

td = 2 s para o lado fonte do circuito para faltas quilométricas;

td = 2 s a 0,1 x t1 para discordância de fases;

u’ = u1/2 e

t’ é obtido de u’, u1/t1 (TCTR) e td de acordo com a figura 10, t’ = td + u’/TCTR.

d) TRTI (ver figura 12):

ui = tensão de referência (TRTI pico), em quilovolts;


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ti = tempo para atingir ui, em microssegundos.

A taxa de elevação de TRTI é dependente da corrente de curto-circuito interrompida e sua amplitude depende
da distância até a primeira descontinuidade ao longo da barra. A TRTI é definida pela tensão ui e pelo tempo ti.
A forma de onda inerente deve seguir uma linha reta desenhada usando o ponto de 20% e o ponto de 80% do
pico da TRTI ui e a taxa de elevação da TRTI.

4.102.3 Valores normalizados da TRT associados à capacidade de interrupção nominal em curto-circuito

Os valores normalizados da TRT dos disjuntores tripolares, de tensões nominais inferiores a 100 kV, utilizam a
representação por dois parâmetros. Os valores correspondentes são indicados na tabela 1a.

Para as tensões nominais de 100 kV e superiores, utiliza-se a representação por quatro parâmetros. A tabela 1b
indica os valores para as tensões nominais de 100 kV até 170 kV no caso de sistemas com neutro solidamente
aterrado. A tabela 1c indica os valores para as tensões nominais de 100 kV até 170 kV no caso de sistemas com
neutro não solidamente aterrado. A tabela 1d indica os valores para as tensões nominais de 245 kV e acima.

As tabelas também indicam os valores da taxa de crescimento, tomados como uc/t3 e u1/t1, para, respectivamente,
as representações por dois e por quatro parâmetros que, juntamente com os valores de crista uc da TRT, podem
ser utilizadas para fins de especificação da TRT.

Os valores indicados nas tabelas são valores presumidos. Eles se aplicam aos disjuntores destinados aos
sistemas trifásicos de transmissão e de distribuição em geral, tendo freqüências industriais de 50 Hz ou 60 Hz e
compostos de transformadores, linhas aéreas e pequenos comprimentos de cabos.

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No caso de sistemas monofásicos ou quando os disjuntores são para uso numa instalação possuindo condições
mais severas, os valores podem ser diferentes, particularmente para os seguintes casos:

a) disjuntores adjacentes aos circuitos de geradores;

b) disjuntores diretamente conectados a transformadores sem capacitância adicional apreciável entre o disjuntor
e o transformador que provê aproximadamente 50% ou mais da corrente nominal de interrupção
em curto-circuito do disjuntor;

c) disjuntores em subestações com reatores série;

d) disjuntores usados em linhas com compensação série;

e) disjuntores em subestações com bancos de capacitores.

A tensão de restabelecimento transitória correspondente à capacidade de interrupção nominal em curto-circuito


quando da ocorrência de um falta terminal é utilizada para os ensaios com correntes de interrupção em
curto-circuito iguais ao valor nominal. Entretanto, para os ensaios efetuados com valores inferiores a 100% do
valor nominal da corrente de interrupção em curto-circuito, outros valores da TRT são especificados (ver 6.104.5).
Além disso, especificações complementares são aplicáveis aos disjuntores de tensão nominal igual ou superior
a 52 kV e de capacidade de interrupção nominal em curto-circuito superior a 12,5 kA que podem operar em
condições de falta quilométrica (ver 4.105).
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Tabela 1a — Valores normalizados de tensão de restabelecimento transitória a – Tensão nominal inferior


a 100 kV – Representação por dois parâmetros
Tipo da Tempo de b
Tensão Fator de Fator de Valor de pico Tempo Tensão Tempo TCTR
interrupção retardo
nominal primeiro pólo amplitude da TRT
Ur k pp k af uc t3 td u' t' ' uc / t 3
kV p.u. p.u. kV s s kV s kV/s

Falta terminal 1,5 1,4 6,2 41 6 2,1 20 0,15


3,6
Discordância de
2,5 1,25 9,2 77 12 3,1 38 0,12
fases
Falta terminal 1,5 1,4 8,2 51 8 2,7 24 0,16
c
4,76
Discordância de
2,5 1,25 12,1 101 15 4,0 48 0,12
fases
Falta terminal 1,5 1,4 12,3 51 8 4,1 25 0,24
7,2
Discordância de
2,5 1,25 18,4 102 15 6,1 49 0,18
fases
Falta terminal 1,5 1,4 14,1 59 9 4,7 29 0,24
c
8,25
Discordância de
2,5 1,25 21,0 117 18 7,0 57 0,18
fases
Falta terminal 1,5 1,4 20,6 61 9 6,9 29 0,34
12
Discordância de
2,5 1,25 30,6 118 18 10 56 0,26
fases
Falta terminal 1,5 1,4 25,7 76 11 8,6 36 0,34
c
15
Discordância de
2,5 1,25 38,3 147 22 13 72 0,26
fases
Falta terminal 1,5 1,4 30 71 11 10 35 0,42
17,5
Discordância de
2,5 1,25 45 145 22 15 70 0,31
fases
Falta terminal 1,5 1,4 41 87 13 14 43 0,47
24
Discordância de
2,5 1,25 61 174 26 20 83 0,35
fases
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Falta terminal 1,5 1,4 44 105 16 15 52 0,42


c
25,8
Discordância de
2,5 1,25 66 213 32 22 103 0,31
fases
Falta terminal 1,5 1,4 62 109 16 21 53 0,57
36
Discordância de
2,5 1,25 92 214 32 31 104 0,43
fases
Falta terminal 1,5 1,4 65 125 19 22 61 0,52
c
38
Discordância de
2,5 1,25 97 249 37 32 119 0,39
fases
Falta terminal 1,5 1,4 83 122 6 27 47 0,68
c
48,3
Discordância de
2,5 1,25 123 262 39 41 126 0,47
fases
Falta terminal 1,5 1,4 89 131 7 30 51 0,68
a
52 Falta quilométrica 1 1,4 59 131 7 20 51 0,45
Discordância de
2,5 1,25 133 266 40 44 128 0,50
fases
Falta terminal 1,5 1,4 124 165 8 41 63 0,75
a
72,5 Falta quilométrica 1 1,4 83 166 8 28 64 0,50
Discordância de
2,5 1,25 185 336 50 62 163 0,55
fases
a
No caso de faltas quilométricas: tensão de restabelecimento transitória e tempos do lado fonte.
b
TCTR = Taxa de crescimento da tensão de restabelecimento.
c
Usado na América do Norte.

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Tabela 1b — Valores normalizados de tensão de restabelecimento transitória a – Tensão nominal de 100 kV


a 170 kV, sistemas com neutro solidamente aterrado – Representação por quatro parâmetros
Fator de Primeira Valor de Tempo
Tensão Tipo da Fator de b
primeiro tensão de Tempo pico da Tempo de Tensão Tempo TCTR
nominal interrupção amplitude
pólo referência TRT retardo

Ur k pp kaf u1 t1 Uc t2 td u' t' U1/t1


s s s s kV/s
kV p.u. p.u. kV kV kV u'
kV
Falta terminal 1,3 1,40 80 40 149 160 2 40 22 2
Falta
1,0 1,40 61 31 114 124 2 31 17 2
100 quilométrica
Discordância
2 1,25 122 80 204 160-320 2-8 61 48 1,54
de fases
Falta terminal 1,3 1,40 98 49 183 196 2 49 26 2
Falta
1,0 1,40 75 38 141 152 2 38 21 2
123 quilométrica
Discordância
2 1,25 151 98 251 196-392 2-10 75 59 1,54
de fases
Falta terminal 1,3 1,40 115 58 215 23 2 58 31 2
Falta
1,0 1,40 89 44 166 176 2 44 24 2
145 quilométrica
Discordância
2 1,25 178 116 296 232-464 2-12 89 70 1,54
de fases
Falta terminal 1,3 1,40 136 68 253 272 2 68 36 2
Falta
1,0 1,40 104 52 194 208 2 52 28 2
170 quilométrica
Discordância
2 1,25 208 136 347 272-544 2-14 104 81 1,54
de fases
a
No caso de faltas quilométricas: tensão de restabelecimento transitória e tempos do lado fonte.
b
TCTR = Taxa de crescimento da tensão de restabelecimento.
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Tabela 1c — Valores normalizados de tensão de restabelecimento transitória a – Tensão nominal de 100 kV


a 170 kV, sistemas com neutro não solidamente aterrado – Representação por quatro parâmetros
Fator de Primeira Valor de
Tensão Tipo da Fator de Tempo de b
primeiro tensão de Tempo pico da Tempo Tensão Tempo TCTR
nominal interrupção amplitude retardo
pólo referência TRT
Ur k pp kaf U1 t1 Uc t2 td u' t' U1/t1
s s s kV s kV/s
kV p.u. p.u. kV kV
Falta terminal 1,5 1,40 92 46 171 184 2 46 25 2
Falta
100 1,0 1,40 61 31 114 124 2 31 17 2
quilométrica
Discordância
2,5 1,25 153 92 255 184-368 2-9 77 55 1,67
de fases
Falta terminal 1,5 1,40 113 56 211 224 2 56 30 2
Falta
123 1,0 1,40 75 38 141 152 2 38 21 2
quilométrica
Discordância
2,5 1,25 188 112 314 224-448 2-11 94 67 1,67
de fases
Falta terminal 1,5 1,40 133 67 249 268 2 67 35 2
Falta
145 1,0 1,40 89 44 166 176 2 44 24 2
quilométrica
Discordância
2,5 1,25 222 134 370 268-536 2-13 111 79 1,67
de fases
Falta terminal 1,5 1,40 156 78 291 312 2 78 41 2
Falta
170 1,0 1,40 104 52 194 208 2 52 28 2
quilométrica
Discordância
2,5 1,25 260 156 434 312-624 2-16 130 94 1,67
de fases
a
No caso de faltas quilométricas: tensão de restabelecimento transitória e tempos do lado fonte.
b
TCTR = Taxa de crescimento da tensão de restabelecimento.

De maneira a obter os valores da taxa de crescimento da tensão de restabelecimento (TCTR) e uc para o segundo
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e terceiro pólos, um multiplicador deve ser aplicado aos valores de TCTR e uc do primeiro pólo a interromper no
fator de primeiro pólo pertinente. Os valores destes multiplicadores são dados na tabela 2.

Os multiplicadores de TCTR estão relacionados a u1/t1; os tempos t1 e t2 são os mesmos para o primeiro,
segundo e último pólos a interromper.

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Tabela 1d — Valores normalizados de tensão de restabelecimento transitória a – Tensão nominal de 245 kV


e acima, sistemas com neutro solidamente aterrado – Representação por quatro parâmetros

Fator de Primeira Valor de Tempo


Tensão Tipo da Fator de b
primeiro tensão de Tempo pico da Tempo de Tensão Tempo TCTR
nominal interrupção amplitude
pólo referência TRT retardo

Ur k pp kaf U1 t1 Uc t2 td u' t' U1/t1


(kV) p.u. kV s kV s s kV s kV/s
p.u.
Falta terminal 1,3 1,4 195 98 364 392 2 98 51 2

Falta
245 1,0 1,4 150 75 280 300 2 75 40 2
quilométrica
Discordância
2 1,25 300 196 500 392-784 2-20 150 117 1,54
de fases

Falta terminal 1,3 1,4 239 119 446 476 2 119 62 2

Falta
300 1,0 1,4 184 92 343 368 2 92 48 2
quilométrica
Discordância
2 1,25 367 238 612 476-952 2-24 184 143 1,54
de fases

Falta terminal 1,3 1,4 288 144 538 576 2 144 74 2


Falta
362 1,0 1,4 222 111 414 444 2 111 57 2
quilométrica
Discordância
2 1,25 443 288 739 576-1152 2-29 222 173 1,54
de fases

Falta terminal 1,3 1,4 334 167 624 668 2 167 86 2

Falta
420 1,0 1,4 257 129 480 516 2 129 66 2
quilométrica
Discordância
2 1,25 514 334 857 668-1336 2-33 257 202 1,54
de fases

Falta terminal 1,3 1,4 438 219 817 876 2 219 111 2
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Falta
550 1,0 1,4 337 168 629 672 2 168 86 2
quilométrica
Discordância
2 1,25 674 438 1123 876-1752 2-44 337 263 1,54
de fases

Falta terminal 1,3 1,4 637 318 1189 1272 2 318 161 2

Falta
800 1,0 1,4 490 245 914 980 2 245 124 2
quilométrica
Discordância
2 1,25 980 636 1633 1272-2544 2-64 490 382 1,54
de fases
a
No caso de faltas quilométricas: tensão de restabelecimento transitória e tempos do lado fonte.
b
TCTR = Taxa de crescimento da tensão de restabelecimento.

Tabela 2 — Multiplicadores normalizados para valores de tensão de restabelecimento transitória


para o segundo e terceiro pólos a interromper, para tensões nominais superiores a 72,5 kV

Multiplicadores
Fator de primeiro pólo
2º pólo a interromper 3º pólo a interromper
k pp TCTR Uc TCTR Uc
Sistemas com neutro solidamente aterrado
1,3 0,95 0,98 0,70 0,77
Sistemas com neutro não solidamente aterrado
1,5 0,70 0,58 0,70 0,58

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Os multiplicadores da tabela 2 foram calculados sob as seguintes premissas:

 são consideradas apenas faltas trifásicas aterradas;

 a taxa de crescimento da tensão de restabelecimento (TCTR) a 100% da corrente de curto-circuito é


determinada principalmente por linhas aéreas e é calculada como o produto de di dt no instante zero de
corrente pela impedância de surto equivalente;

 a impedância de surto equivalente é calculada a partir das impedâncias de surto de seqüências zero (Z0) e
positiva (Z1) vistas dos terminais do disjuntor. Para a relação Z0/Z1 foi escolhido um valor aproximado de 2;

 o valor de pico da TRT (Uc) é proporcional ao valor instantâneo da tensão de restabelecimento à freqüência
industrial na interrupção.

Ver também figura 13 e figura 14.

NOTA 1 Para tensões nominais iguais ou inferiores a 72,5 kV, os valores estão sob consideração.

NOTA 2 Esta tabela é válida para seqüências de ensaios T10, T30, T60, T100s e T100a. Para a seqüência de
ensaios T100a o mesmo método de redução deve ser aplicado, como indicado na IEC 60427 para o primeiro pólo a
interromper. Os valores são uma aproximação para as seqüências de ensaios T10, T30 e T60 e estão sujeitos a considerações
posteriores.

NOTA 3 Os valores são arredondados, dependentes da relação Z0/Z1 do circuito de TRT, da constante de tempo do sistema
e das tensões nominais.

4.102.4 Valores normalizados da TRTI

Tabela 3 — Valores normalizados de tensão de restabelecimento


transitória inicial – Tensão nominal igual ou superior a 100 kV

Tensão Fator multiplicador para Tempo


nominal determinar ui em função do valor
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eficaz da corrente de interrupção


de curto-circuito I sc *
Ur fi ti
kV kV/kA s
50 Hz 60 Hz
100 0,046 0,056 0,4
123 0,046 0,056 0,4
145 0,046 0,056 0,4
170 0,058 0,070 0,5
245 0,069 0,084 0,6
300 0,081 0,098 0,7
362 0,092 0,112 0,8
420 0,092 0,112 0,8

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Tabela 3 (conclusão)

Tensão Fator multiplicador para Tempo


nominal determinar ui em função do valor
eficaz da corrente de interrupção
de curto-circuito I sc *
Ur fi ti
kV kV/kA s
550 0,116 0,139 1,0
800 0,159 0,191 1,1
NOTA Esses valores são aplicáveis tanto a faltas trifásicas como
monofásicas e estão baseados na hipótese de que o barramento, inclusive
os elementos a ele ligados (isoladores, transformadores de corrente e
potencial, seccionadores etc.), podem ser representados aproximadamente
pela impedância de surto Zi de cerca de 260 , no caso de tensão nominal
inferior a 800 kV e pela impedância de surto Zi de cerca de 325 ,
no caso de tensão nominal superior a 800 kV. A relação entre fi e ti é então:

fi  t1  Zi    2
onde
  2 π fr é a freqüência angular correspondente à freqüência nominal do
disjuntor
* Os picos iniciais reais são obtidos multiplicando-se os valores desta
coluna pelo valor eficaz da corrente de interrupção em curto-circuito.

4.103 Capacidade de estabelecimento nominal em curto-circuito

A capacidade de estabelecimento nominal em curto-circuito (ver figura 8) de um disjuntor com fechamento


simultâneo dos pólos é aquela que corresponde à tensão nominal e freqüência nominal. Os seguintes valores são
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aplicáveis:

 para freqüência nominal de 50 Hz e valor normalizado da constante de tempo de 45 ms (ver 4.101.2):


igual a 2,5 vezes o valor eficaz da componente c.a. da sua corrente de interrupção nominal em curto-circuito
(ver 4.101);

 para freqüência nominal de 60 Hz e valor normalizado da constante de tempo de 45 ms (ver 4.101.2):


igual a 2,6 vezes o valor eficaz da componente c.a. da sua corrente de interrupção nominal em curto-circuito
(ver 4.101);

 para todos os casos especiais de constantes de tempo (ver 4.101.2): igual a 2,7 vezes o valor eficaz da
componente c.a. da sua corrente de interrupção nominal em curto-circuito independentemente da freqüência
nominal do disjuntor (ver 4.101).

4.104 Seqüência nominal de operação

As características nominais do disjuntor são referidas à seqüência nominal de operação. Existem duas alternativas
de seqüências de operações nominais:

a) O- t - CO - t’ - CO

A menos que especificado de outra maneira:

t = 3 min, para disjuntores não previstos para religamento rápido;

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t = 0,3 s, para disjuntores previstos para religamento rápido (tempo morto);

t’ = 3 min.

NOTA Ao invés de t’ = 3 min, outros valores: t’ = 15 s e t’ = 1 min são também usados para disjuntores previstos para
religamento rápido.

b) CO - t’’ - CO

com:

t’’ = 15 s, para disjuntores não previstos para religamento rápido

onde:

O representa uma operação de abertura;

CO representa uma operação de fechamento seguida imediatamente (isto é, sem retardo intencional) de uma
operação de abertura;

t, t' e t" são os intervalos de tempo entre operações sucessivas;

t e t' devem ser sempre expressos em minutos ou em segundos e

t" deve ser expresso sempre em segundos.

Se o tempo morto for ajustável, os limites de ajuste devem ser especificados.

4.105 Características para faltas quilométricas

Disjuntores tripolares para linhas de transmissão aérea de tensão nominal igual ou superior a 52 kV e de
capacidade de interrupção nominal em curto-circuito superior a 12,5 kA devem ser especificados com requisitos de
faltas quilométricas. Estas características correspondem à interrupção de uma falta monofásica para terra, em um
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sistema de neutro diretamente aterrado, onde o fator de primeiro pólo é igual a 1,0.

NOTA Para os efeitos desta Norma, um ensaio monofásico na tensão fase-terra abrange todos os tipos de faltas
quilométricas.

Admite-se que o circuito correspondente à falta quilométrica é composto de um circuito de alimentação do lado
fonte do disjuntor e de uma linha curta do lado carga (ver figura 15), com as seguintes características:

a) características do circuito de alimentação:

 tensão igual à tensão fase-terra Ur  


3 correspondente à tensão nominal (Ur) do disjuntor;

 corrente de curto-circuito, em caso de falta terminal, igual à capacidade de interrupção nominal em


curto-circuito do disjuntor;

 tensão de restabelecimento transitória presumida, em caso de falta terminal, dada pelos valores
normalizados nas tabelas 1a,1b e 1c;

 características de TRTI para disjuntores de 100 kV e acima obtidas da tabela 3.

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b) características da linha:

 valores normalizados da TCTR baseados numa impedância de surto Z de 450  , o fator de crista K e do
retardo tdl são dados na tabela 4. Para a determinação do tempo de retardo e da taxa de crescimento da
tensão do lado linha, ver figura 16;

 o método para cálculo das tensões de restabelecimento transitórias a partir das características é dado
no anexo A.

Tabela 4 — Valores normalizados de características de linhas de transmissão


para faltas quilométricas
Número de Impedância Fator de TCTR
Tensão condutores Fator de Tempo de
de surto
nominal por fase crista retardo
50 Hz 60 Hz

Ur Z k s* t dL
kV  kV/s kA s
 170 1a4 450 1,6 0,200 0,240 0,2
 245 1a4 450 1,6 0,200 0,240 0,5
NOTA Os valores dados na tabela contemplam as faltas quilométricas tratadas nesta Norma. Para linhas de transmissão
muito curtas ( tL  5tdL ) nem todos os requisitos dados na tabela podem ser encontrados. Os procedimentos para abordagem
de linhas de transmissão muito curtas serão fornecidos no guia de aplicação desta Norma (atualmente preparada
pelo CIGRÉ WG 13-11).
* Para o fator (s) de TCTR , ver anexo A.

4.106 Capacidade de estabelecimento e interrupção nominal em discordância de fases

A capacidade de interrupção nominal em discordância de fases é a máxima corrente em discordância de fases


que o disjuntor deve ser capaz de interromper, nas condições de uso e comportamento especificadas nesta Norma,
num circuito com tensão de restabelecimento conforme especificado abaixo.
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A indicação da capacidade de estabelecimento e de interrupção nominal em discordância de fases não é


obrigatória. Se tal capacidade de interrupção for indicada, aplica-se o seguinte:

a) o valor da tensão de restabelecimento à freqüência industrial deve ser 2,0 3 vezes a tensão nominal para
sistemas de neutro diretamente aterrados, e até 2,5 3 vezes a tensão nominal para os outros sistemas;

b) a tensão de restabelecimento transitória deve estar de acordo com a:

 tabela 1a, para disjuntores com tensões nominais abaixo de 100 kV;

 tabela 1b, para disjuntores com tensões nominais de 100 kV até 170 kV, para sistemas com neutro
solidamente aterrado;

 tabela 1c, para disjuntores com tensões nominais de 100 kV até 170 kV, para sistemas com neutro não
solidamente aterrado;

 tabela 1d, para disjuntores com tensões nominais de 245 kV e acima.

c) o valor da capacidade de interrupção nominal em discordância de fases deve ser 25% da corrente de
interrupção nominal em curto-circuito e o valor da capacidade de estabelecimento em discordância de fases
deve ser o valor de crista da corrente de interrupção nominal em discordância de fases, salvo se especificado
de outra maneira.

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As condições normais de uso, no que diz respeito à capacidade de estabelecimento e interrupção nominal em
discordância de fases são as seguintes:

 manobras de abertura e fechamento efetuadas de acordo com as instruções dadas pelo fabricante,
no que diz respeito à manobra e ao correto emprego do disjuntor e de seus equipamentos auxiliares;

 condição de aterramento do sistema correspondente àquela para a qual o disjuntor foi ensaiado;

 ausência de falta em quaisquer dos lados do disjuntor.

4.107 Capacidade nominal de manobra de correntes capacitivas

A capacidade de manobra de correntes capacitivas pode compreender parte ou todos os requisitos de operação
de um disjuntor, tais como correntes de linha de transmissão em vazio, de cabo em vazio ou de banco de
capacitores em derivação.

A característica nominal de um disjuntor para manobra de corrente capacitiva deve incluir, onde aplicável:

 capacidade de interrupção nominal de linhas em vazio;

 capacidade de interrupção nominal de cabos em vazio;

 capacidade de interrupção nominal de banco único de capacitores;

 capacidade de interrupção nominal de banco de capacitores em contraposição;

 capacidade de estabelecimento nominal da corrente de energização transitória de banco único de


capacitores;

 capacidade de estabelecimento nominal da corrente de energização transitória de banco de capacitores em


contraposição.
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Os valores preferenciais de correntes nominais de manobra capacitiva são dados na tabela 5.

A tensão de restabelecimento relativa à manobra de corrente capacitiva depende de:

 aterramento do sistema;

 aterramento da carga capacitiva, por exemplo, cabos blindados, bancos de capacitores e linhas de transmissão;

 influência mútua de fases adjacentes de cargas capacitivas, por exemplo, cabos cinturados e linhas
aéreas abertas;

 influência mútua de circuitos adjacentes de linhas de transmissão aéreas na mesma faixa;

 presença de faltas monofásicas ou bifásicas para terra.

São definidas duas classes de disjuntores de acordo com seus desempenhos quanto ao reacendimento:

 classe C1: baixa probabilidade de reacendimento durante a interrupção de corrente capacitiva;

 classe C2: baixíssima probabilidade de reacendimento durante a interrupção de corrente capacitiva.

NOTA 1 A probabilidade está relacionada com o desempenho durante as séries de ensaios de tipo estabelecidas em 6.111.

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NOTA 2 Um disjuntor pode ser da classe C2 para um tipo de aplicação (por exemplo, em sistemas de neutro aterrado) e de
classe C1 para outro tipo de aplicação onde a solicitação da tensão de restabelecimento é mais severa (por exemplo, em
sistemas sem o neutro aterrado).

NOTA 3 Disjuntores com probabilidade de reacendimento diferentes daqueles de classe C1 ou classe C2 não estão
cobertos por esta Norma.

4.107.1 Capacidade de interrupção nominal de linhas em vazio

A capacidade de interrupção nominal de linhas em vazio é a corrente máxima de linhas em vazio que o disjuntor
deve ser capaz de interromper, sob sua tensão nominal e condições de uso e comportamento especificadas nesta
Norma. A especificação da capacidade de interrupção nominal de linhas em vazio é obrigatória para disjuntores de
tensões nominais iguais ou maiores que 72,5 kV.

4.107.2 Capacidade de interrupção nominal de cabos em vazio

A capacidade de interrupção nominal de cabos em vazio é a corrente máxima de cabos em vazio que o disjuntor
deve ser capaz de interromper, sob sua tensão nominal e condições de uso e comportamento especificadas nesta
Norma. A especificação da capacidade de interrupção nominal de cabos em vazio é obrigatória para disjuntores de
tensões nominais iguais ou inferiores a 52 kV.

4.107.3 Capacidade de interrupção nominal de banco único de capacitores

A capacidade de interrupção nominal de banco único de capacitores é a corrente de interrupção máxima de banco
único de capacitores que o disjuntor deve ser capaz de interromper, sob sua tensão nominal e condições de uso e
comportamento especificadas nesta Norma. Esta capacidade de interrupção refere-se à manobra de um banco de
capacitores em derivação, onde não haja capacitores em derivação ligados ao lado fonte do disjuntor.

Tabela 5 — Valores preferenciais de capacidade nominal de manobra de correntes capacitivas

Banco único
Linha Cabo de Bancos de capacitores em contraposição
capacitores
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Capacidade de
Capacidade Capacidade Capacidade
Capacidade de estabelecimento
de de de interrupção Freqüência da
Tensão interrupção nominal nominal da corrente
interrupção interrupção nominal de corrente de
de banco de de energização
nominal nominal de nominal de banco único energização
capacitores em transitória de banco
linhas em cabos em de transitória
contraposição de capacitores em
vazio vazio capacitores
contraposição

Ur Il Ic I bu I co I et f et
kV, eficaz A, eficaz A, eficaz A, eficaz A, eficaz A, pico Hz
3,6 10 10 400 400 20 4 250
4,76 10 10 400 400 20 4 250
7,2 10 10 400 400 20 4 250
8,25 10 10 400 400 20 4 250
12 10 25 400 400 20 4 250
15 10 25 400 400 20 4 250
17,5 10 31,5 400 400 20 4 250
24 10 31,5 400 400 20 4 250

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Tabela 5 (conclusão)
Banco único
Linha Cabo de Bancos de capacitores em contraposição
capacitores
Capacidade de
Capacidade Capacidade Capacidade
Capacidade de estabelecimento
de de de interrupção Freqüência da
Tensão interrupção nominal nominal da corrente
interrupção interrupção nominal de corrente de
de banco de de energização
nominal nominal de nominal de banco único energização
capacitores em transitória de banco
linhas em cabos em de transitória
contraposição de capacitores em
vazio vazio capacitores
contraposição

Ur Il Ic I bu I co I et f et
kV, eficaz A, eficaz A, eficaz A, eficaz A, eficaz A, pico Hz
25,8 10 31,5 400 400 20 4 250
36 10 50 400 400 20 4 250
38 10 50 400 400 20 4 250
48,3 10 80 400 400 20 4 250
52 10 80 400 400 20 4 250
72,5 10 125 400 400 20 4 250
100 20 125 400 400 20 4 250
123 31,5 140 400 400 20 4 250
145 50 160 400 400 20 4 250
170 63 160 400 400 20 4 250
245 125 250 400 400 20 4 250
300 200 315 400 400 20 4 250
362 315 355 400 400 20 4 250
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420 400 400 400 400 20 4 250


550 500 500 400 400 20 4 250
800 900
NOTA 1 Os valores dados nesta tabela são escolhidos para efeito de padronização.
NOTA 2 Para casos reais, as correntes de energização transitória podem ser calculadas com base no anexo H.
NOTA 3 Se forem realizados ensaios de manobra de bancos de capacitores em contraposição, não é necessário realizar os ensaios de
manobra de banco único de capacitores.
NOTA 4 O valor de crista da corrente de energização transitória e respectiva freqüência podem ser maiores ou menores que os valores
preferenciais estabelecidos na tabela 5, dependendo das condições de sistema, por exemplo, se são utilizados reatores limitadores de corrente.

4.107.4 Corrente de interrupção nominal de banco de capacitores em contraposição

A corrente de interrupção nominal de banco de capacitores em contraposição é a corrente de interrupção máxima


de banco de capacitores em contraposição que o disjuntor deve ser capaz de interromper, sob sua tensão nominal
e nas condições de uso e comportamento especificadas nesta Norma.

Esta corrente de interrupção refere-se à manobra de um banco de capacitores em derivação, onde haja um ou
mais bancos de capacitores em derivação ligados ao lado fonte do disjuntor, acarretando uma corrente de
energização transitória igual à corrente de estabelecimento transitória nominal de energização do banco de
capacitores em contraposição.

NOTA Condições similares podem ser aplicadas para manobra de cabos em subestações.

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4.107.5 Corrente de estabelecimento nominal de banco único de capacitores

Esta corrente de estabelecimento é o valor de crista da corrente de energização transitória de banco único de
capacitores que o disjuntor deve ser capaz de estabelecer sob tensão nominal e com uma freqüência da corrente
de energização transitória própria das condições de serviço.

NOTA Nenhum valor preferencial de corrente nominal de energização transitória e respectiva freqüência são
especificados para banco único de capacitores. Para aplicações usuais, a corrente nominal de energização
transitória para banco único de capacitores está situada na faixa de 5 kA a 10 kA. Esta pode ser determinada
aproximadamente pela fórmula (ANSI/IEEE, C37.012:1979, tabela 1):

i max crista  2k  icc  ipu


com

imax crista valor de crista da corrente de energização transitória;

icc corrente de curto-circuito no local do banco de capacitores, valor eficaz;

ipu corrente do banco único de capacitores, valor eficaz;

k = 1,15, fator de multiplicação para cobrir tolerâncias e possíveis sobretensões.

A freqüência da corrente de energização transitória está situada na faixa de 200 Hz a 1 000 Hz. Esta pode ser
determinada aproximadamente pela fórmula (ANSI/IEEE, C37.012:1979, tabela 1):

fet  fr icc ipu

com

fr freqüência nominal;
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fet freqüência da corrente de energização transitória.

Os requisitos de energização de um banco único de capacitores estão satisfeitos quando o produto do valor de
crista da corrente de energização transitória pela respectiva freqüência ( imax crista  fet ) é igual ou menor do que o
produto dos valores usados no ensaio pertinente.

4.107.6 Corrente de estabelecimento nominal de bancos de capacitores em contraposição

Esta corrente de estabelecimento é o valor de crista da corrente de energização transitória de banco de


capacitores em contraposição que o disjuntor deve ser capaz de estabelecer sob tensão nominal e com uma
freqüência da corrente de energização transitória própria das condições de serviço (ver tabela 5).

Os requisitos de energização de um banco de capacitores em contraposição estão satisfeitos quando o produto do


valor de crista da corrente de energização transitória pela respectiva freqüência ( imax crista  fet ) é igual ou menor do
que o produto dos valores usados no ensaio pertinente.

4.108 Interrupção de pequenas correntes indutivas

Não existem valores nominais definidos. Ver IEC 61233.

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4.109 Tempos nominais

Referir às figuras 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7.

Valores nominais podem ser definidos para os seguintes tempos:

 tempo de abertura (em vazio);

 tempo de interrupção;

 tempo de fechamento (em vazio);

 tempo de abertura-fechamento (em vazio);

 tempo de religamento (em vazio);

 tempo de fechamento-abertura (em vazio);

 tempo de pré-inserção (em vazio).

Os tempos nominais são baseados em:

 tensões nominais de alimentação de dispositivos de fechamento e abertura e circuitos auxiliares (ver 4.8);

 freqüência nominal de alimentação de dispositivos de fechamento e abertura e circuitos auxiliares (ver 4.9);

 pressões nominais de alimentação de gás comprimido para operação, para isolação e/ou interrupção, onde
aplicável (ver 4.10);

 pressão nominal de alimentação de sistema hidráulico para operação;

 uma temperatura do ar ambiente de 20°C  5°C.


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NOTA Usualmente não é prático definir um valor nominal para tempo de estabelecimento ou para tempo de
estabelecimento-interrupção devido à variação do tempo de pré-arco.

4.109.1 Tempo nominal de interrupção

O tempo de interrupção máximo determinado durante as séries de ensaios para falta terminal T30, T60 e T100s de
6.106.2, 6.106.3 e 6.106.4 com o disjuntor operado à tensão de alimentação auxiliar e freqüência e pressões de
alimentação pneumática ou hidráulica nos seus valores nominais e a uma temperatura do ar ambiente de 20°C  5°C
(ver 4.109) não deve exceder o tempo nominal de interrupção.

NOTA 1 De acordo com 6.102.3.1, as séries de ensaios básicas para curto-circuito, com exceção da T100a, devem ser
realizadas à tensão ou pressão dos dispositivos de operação mínima. A fim de verificar o tempo nominal de interrupção durante
estas séries de ensaios, o tempo máximo de interrupção registrado deve ser corrigido para considerar a tensão e a pressão de
alimentação menor, conforme segue:

t i  t1  t2  t3 

onde

ti é o tempo nominal de interrupção;

t1 é o tempo máximo de interrupção registrado durante as séries de ensaios T30, T60 e T100s;

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t2 é o tempo máximo de abertura registrado em vazio, com tensão e pressões auxiliares de alimentação
para operação e/ou interrupção como usado nas séries de ensaios T30, T60 e T100s;

t3 é o tempo nominal de abertura.

Se o tempo de interrupção determinado de acordo com este procedimento exceder o tempo nominal de
interrupção, a série de ensaio que forneceu o tempo mais longo de interrupção pode ser repetida com tensão,
freqüência e pressões auxiliares de alimentação para operação e/ou interrupção a seus valores nominais.

NOTA 2 Para ensaios monofásicos simulando uma operação trifásica, o tempo de interrupção registrado, corrigido de
acordo com o nota 1, pode exceder o tempo nominal de interrupção por 0,1 ciclo, porque nesses casos os zeros de corrente
ocorrem com menor freqüência que no caso trifásico.

NOTA 3 Recomenda-se que o tempo de interrupção durante uma operação de estabelecimento-interrupção da série de
ensaio T100s não exceda o tempo nominal de interrupção por mais do que 0,5 ciclo da freqüência industrial.

4.110 Número de operações mecânicas

Um disjuntor deve ser capaz de executar o seguinte número de operações, levando-se em conta o programa de
manutenção especificado pelo fabricante:

Disjuntor padrão (durabilidade mecânica normal)


2 000 ciclos de operação
classe M1
Disjuntor para requisitos especiais de serviço (durabilidade mecânica estendida)
10 000 ciclos de operação
classe M2

4.111 Classificação dos disjuntores quanto à durabilidade elétrica

Disjuntores com requisito de durabilidade elétrica, destinados a ciclos de religamento automático e de tensões
nominais até 52 kV, inclusive, são classificados como classe E2, conforme 3.4.113, e ensaiados conforme 6.112.2
e tabela 21.
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Disjuntores com requisito de durabilidade elétrica, porém não destinados a ciclos de religamento automático, por
exemplo, sistemas conectados a cabos e de tensões nominais até 52 kV, inclusive, são classificados como classe
E2, conforme 3.4.113, e ensaiados conforme 6.112.1.

Classe E2 significa durabilidade elétrica estendida.

Disjuntores sem requisito de durabilidade elétrica são classificados como classe E1, conforme 3.4.112,
denominada durabilidade elétrica básica.

5 Projeto e construção

5.1 Requisitos para líquidos em disjuntores

É aplicável 5.1 da ABNT NBR IEC 60694.

5.2 Requisitos para gases em disjuntores

É aplicável 5.2 da ABNT NBR IEC 60694.

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5.3 Aterramento de disjuntores

É aplicável 5.3 da ABNT NBR IEC 60694.

5.4 Equipamento auxiliar

É aplicável 5.4 da ABNT NBR IEC 60694, com as seguintes adições:

 quando utilizados disparadores de abertura e fechamento em derivação, medidas apropriadas devem ser
tomadas de forma a evitar danos disparadores quando ordens permanentes para abertura e fechamento são
aplicadas. Por exemplo, tais medidas podem ser a utilização de séries de contato de controle dispostas de forma
que, quando o disjuntor está fechado, o contato de controle do disparador de fechamento (contato “b” ou NF)
está aberto e o contato de controle do disparador de abertura (contato “a” ou NA) está fechado, e quando o
disjuntor está aberto, o contato de controle do disparador de abertura está aberto e o contato de controle do
disparador de fechamento está fechado;

NOTA 1 Outros sistemas que não usem contatos são possíveis e podem ser utilizados.

 para disparadores de fechamento em derivação, a abertura do contato de controle “b” deve ocorrer após a
duração mínima do pulso de fechamento (3.7.147) fornecida pelo disjuntor e antes do tempo de fechamento
nominal;

NOTA 2 Se a corrente do disparador de fechamento em derivação for interrompida pelo contato de controle, o comando de
fechamento deve garantidamente ser maior do que o tempo de fechamento nominal.

 para disparadores de abertura em derivação, a abertura do contato de controle “a” deve ocorrer após a
duração mínima do pulso de abertura (3.7.146) requerida pelo disjuntor e antes de 20 ms após a separação
dos contatos principais;

 para requisitos de operação de fechamento-abertura (CO) rápida, o contato de controle do disparador de


abertura em derivação (a) deve fechar após o fechamento dos contatos principais e até meio ciclo a partir do
fechamento dos contatos principais;
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 quando são utilizadas chaves auxiliares como indicadores de posição, estas devem indicar a posição final do
disjuntor em repouso, isto é, aberto ou fechado. A sinalização deve ser mantida;

 as conexões devem suportar as solicitações impostas pelo disjuntor, especialmente aquelas devidas a forças
mecânicas durante as operações;

 no caso de disjuntores de uso exterior, todos os equipamentos auxiliares, incluindo a fiação, devem ser
adequadamente protegidos contra chuva e umidade;

 quando são utilizados equipamentos especiais de controle, estes devem operar dentro de limites
especificados para as tensões de alimentação de circuitos auxiliares e de controle, meio de extinção e
operação, e devem ser capazes de manobrar as cargas que são estabelecidas pelo fabricante do disjuntor;

 equipamentos auxiliares especiais, tais como indicadores de líquido, indicadores de pressão, válvulas de
alívio, equipamento de enchimento e drenagem, aquecedores e contatos de intertravamento, devem também
operar dentro dos limites especificados para as tensões de alimentação dos circuitos auxiliares e de controle
e/ou dentro dos limites utilizados para os meios de extinção e operação do disjuntor;

 o consumo de energia de aquecedores na tensão nominal deve estar dentro da tolerância de  10% dos
valores determinados pelo fabricante;

 quando dispositivos de antibombeamento são parte do esquema de controle do disjuntor, eles devem atuar
em cada circuito de controle, se mais de um estiver instalado;

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 quando um esquema de controle de discrepância de pólos é parte do disjuntor, a posição dos pólos deve ser
supervisionada, aberto ou fechado. Dependendo da aplicação, o tempo de retardo deve ser ajustável entre
0,1 s e 3 s.

5.5 Fechamento dependente de fonte de energia externa

É aplicável 5.5 da ABNT NBR IEC 60694, com a seguinte adição:

 um disjuntor destinado a fechamento dependente de energia externa deve também ser capaz de abrir
imediatamente após a operação de fechamento com a sua corrente de estabelecimento nominal em
curto-circuito.

5.6 Fechamento por energia acumulada

É aplicável 5.6 da ABNT NBR IEC 60694, com a seguinte adição ao primeiro parágrafo.

Um disjuntor destinado a fechamento por energia acumulada deve também ser capaz de abrir imediatamente após
a operação de fechamento com a sua corrente de estabelecimento nominal em curto-circuito.

5.7 Operação manual independente

Não é aplicável 5.7 da ABNT NBR IEC 60694 para disjuntores.

5.8 Funcionamento dos disparadores

É aplicável 5.8 da ABNT NBR IEC 60694,com as seguintes adições:

5.8.101 Disparador de sobrecorrente

5.8.101.1 Corrente de operação


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Um disparador de sobrecorrente deve trazer a indicação de sua corrente nominal e a escala de ajuste de sua
corrente de operação.

Para cada ajuste, o disparador de sobrecorrente deve operar em correntes superiores a 110% do ajuste de
corrente e não deve operar em correntes inferiores a 90% desse ajuste de corrente.

5.8.101.2 Tempo de operação

Para um disparador de sobrecorrente de tempo inverso, o tempo de operação deve ser medido a partir do instante
no qual a sobrecorrente é estabelecida até o instante no qual o disparador aciona o mecanismo de abertura do
disjuntor.

O fabricante deve fornecer as tabelas ou as curvas, cada uma com as tolerâncias aplicáveis, indicando o tempo de
operação em função da corrente entre duas e seis vezes a corrente de operação. Estas tabelas ou curvas devem
ser fornecidas para os valores de ajuste extremos da corrente de operação e da temporização.

5.8.101.3 Corrente de retorno à posição inicial

Se a corrente no circuito principal cair abaixo de um certo valor antes que o intervalo de tempo correspondente à
temporização do disparador de sobrecorrente tenha expirado, o disparador não deve completar a sua operação e
deve retornar à sua posição inicial.

As informações pertinentes devem ser dadas pelo fabricante.

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5.8.102 Disparadores múltiplos

Se o disjuntor for equipado com mais de um disparador para a mesma função, um defeito em um deles não deve
influenciar no funcionamento dos outros. Disparadores usados para a mesma função devem estar fisicamente
separados, isto é, magneticamente desacoplados.

É recomendável que seja prevista a instalação de um disparador adicional em derivação de fechamento e um


outro de abertura para disjuntores com tensão igual ou superior a 72,5 kV.

5.8.103 Limites operativos de disparadores

Para disparadores de abertura em derivação, a duração mínima de abertura, e para disparadores de fechamento
em derivação, a duração mínima de comando na tensão de alimentação nominal, não devem ser menores
do que 2 ms.

A tensão de alimentação mínima para operação de disparadores em derivação não deve ser menor do que 20%
da tensão nominal de alimentação.

5.8.104 Consumo de energia de disparadores

Não é conveniente que o consumo de energia de disparadores em derivação, fechamento ou abertura, de um


disjuntor trifásico, exceda 1 200 VA. Para certos projetos de disjuntores, por exemplo, disjuntores de extra-alta-tensão,
podem ser solicitados valores maiores.

5.8.105 Relés integrados para disjuntores autodisparados

Quando um relé integrado é utilizado para disjuntores autodisparados, ele deve estar de acordo com a IEC 60255-3.
A grandeza de entrada para a energização é a corrente através dos contatos principais.

5.9 Dispositivos de intertravamento de baixa e alta pressão

A subseção 5.9 da ABNT NBR IEC 60694 deve ser substituída por:
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Todos os disjuntores que possuem armazenagem de energia em reservatórios de gás ou acumuladores


hidráulicos (ver 5.6.1 da ABNT NBR IEC 60694 e todos os disjuntores que usam gás comprimido para interrupção
(ver 5.103), exceto os que têm dispositivos de pressão selados, devem ser equipados com dispositivo de
intertravamento de baixa pressão, podendo ser também equipados com dispositivo de intertravamento de alta
pressão, ajustados para operar em ou dentro dos limites de pressão apropriados estabelecidos pelo fabricante.

5.10 Placa de identificação

É aplicável 5.10 da ABNT NBR IEC 60694, com as seguinte adições:

As placas de identificação de um disjuntor e seus dispositivos de operação devem ser marcados de acordo com a
tabela 6.

As bobinas dos dispositivos de operação devem ter uma marca de referência que permita que os dados completos
possam ser obtidos do fabricante.

Os disparadores devem conter os dados apropriados.

A placa de identificação deve ser visível na posição normal de serviço e instalação.

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Tabela 6 — Informações da placa de identificação

Condição:
Dispositivo
Marcação
Abreviação Unidade Disjuntor de
somente
operação
requisitada se

(1) (2) (3) (4) (5) (6)


Fabricante X X
Tipo e número de série X X
Tensão nominal Ur kV X
Tensão suportável nominal de impulso atmosférico Ui kV X
Tensão nominal
Tensão suportável nominal de impulso de manobra US kV y igual e acima
de 300 kV
Nominal não é
aplicável em
Freqüência nominal fr Hz y
ambos 50 Hz e
60 Hz
Corrente nominal de regime contínuo Ir A X
Duração nominal da corrente de curto-circuito tk s y Diferente de 1 s
Capacidade de interrupção nominal em curto-circuito Isc kA X
Componente contínua da capacidade de interrupção Maior que 20%
% y
nominal em curto-circuito
Diferente de 1,3
para tensões
Fator de primeiro pólo Kpp y
entre 100 kV e
170 kV
Capacidade de interrupção nominal em discordância
Id kA (X)
de fases
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Tensão nominal
Capacidade de interrupção nominal de linha em vazio Il A y igual ou maior
que 72,5 kV
Tensão igual ou
Capacidade de interrupção nominal de cabo em vazio Ic A y
menor que 52 kV
Capacidade de interrupção nominal de banco
Isb A (X)
único de capacitores
Capacidade de interrupção nominal de bancos de
Ibb A (X)
capacitores em contraposição
Designada
corrente de
Capacidade de estabelecimento nominal de banco estabelecimento
Isi kA y
único de capacitores nominal de
banco único de
capacitores
Capacidade de estabelecimento nominal de bancos
Ibi kA (X)
de capacitores em contraposição
Pressão nominal para operação Prm MPa (X)

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Tabela 6 (conclusão)
Condição:
Dispositivo
Abreviação Unidade Disjuntor de Marcação
operação somente
requisitada se
(1) (2) (3) (4) (5) (6)

Pressão nominal para interrupção Pre MPa (X)

Tensão nominal de alimentação dos


Uop V (X)
dispositivos de abertura e fechamento
Freqüência nominal de alimentação
Hz (X)
dos dispositivos de abertura e fechamento
Tensão nominal de alimentação dos circuitos
Ua V (X)
auxiliares
Freqüência nominal de alimentação dos circuitos
Hz (X)
auxiliares
Massa (incluindo óleo para disjuntores a óleo) m kg y y Maior que 300 kg

Massa do fluido para interrupção m kg y

Se diferente de
Classificação y
E1, C1 e M1.

Seqüência nominal de operações X


y
Ano de fabricação X
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Classe de temperatura y Diferente de


- 5°C interno
- 25°C externo

Norma relevante com data de emissão x x

X = a indicação desses valores é obrigatória; os vazios indicam valor zero.


(X) = indicação desses valores quando aplicável.
y = a marcação destes valores depende das condições da coluna (6).

NOTA As abreviações da coluna 2 podem ser usadas em vez dos termos da coluna 1. Quando são usados os termos da coluna 1,
não é necessário aparecer a palavra “nominal”.

5.11 Dispositivos de intertravamento

É aplicável 5.11 da ABNT NBR IEC 60694.

5.12 Indicador de posição

É aplicável 5.12 da ABNT NBR IEC 60694.

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5.13 Graus de proteção por invólucros

É aplicável 5.13 da ABNT NBR IEC 60694.

5.14 Distâncias de escoamento

É aplicável 5.14 da ABNT NBR IEC 60694.

5.15 Estanqueidade ao gás e ao vácuo

É aplicável 5.15 da ABNT NBR IEC 60694.

5.16 Estanqueidade ao líquido

É aplicável 5.16 da ABNT NBR IEC 60694.

5.17 Inflamabilidade

É aplicável 5.17 da ABNT NBR IEC 60694.

5.18 Compatibilidade eletromagnética

É aplicável 5.18 da ABNT NBR IEC 60694.

5.101 Requisitos para a simultaneidade dos pólos durante operações monopolares de


fechamento e abertura

Quando nenhuma exigência especial é estabelecida com relação à operação simultânea dos pólos, a diferença
máxima entre os instantes de toque dos contatos durante o fechamento não deve exceder um quarto do período
da freqüência nominal.
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Quando nenhuma exigência especial é estabelecida com relação à operação simultânea dos pólos, a diferença
máxima entre os instantes de separação dos contatos na abertura não deve exceder um sexto do período da
freqüência nominal. Se um pólo consistir em mais de uma unidade interruptora conectadas em série, a diferença
máxima entre os instantes de separação de contatos entre dessas unidades não deve exceder um oitavo do
período da freqüência nominal.

NOTA Para um disjuntor que possui pólos separados, o requisito é aplicável quando estes operam nas mesmas
condições; após uma operação de religamento monopolar, as condições de operação para os três mecanismos podem não ser
as mesmas.

5.102 Requisitos gerais para operação

Um disjuntor, incluindo seus dispositivos de manobra, deve ser capaz de completar sua seqüência nominal de
operação (ver 4.104) de acordo com as indicações aplicáveis de 5.5 a 5.9 e 5.103 para toda a faixa de
temperaturas ambientes na classe de temperatura como definida na seção 2 da ABNT NBR IEC 60694.

Este requisito não se aplica a dispositivos auxiliares de operação manual; quando fornecidos, estes devem ser
usados unicamente para manutenção e para operação de emergência num circuito desenergizado.

Disjuntores equipados com sistema de aquecimento devem ser projetados para permitir uma operação de abertura
na mínima temperatura ambiente, definida pela classe de temperatura, quando o sistema de aquecimento estiver
fora de operação por um tempo mínimo de 2 h.

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5.103 Limites de pressão de fluidos para operação

O fabricante deve indicar as pressões máxima e mínima do fluido para operação nas quais o disjuntor é capaz de
operar conforme suas características nominais e nas quais devem ser ajustados os dispositivos apropriados de
intertravamento para baixa e alta pressão (ver 5.9). O fabricante deve estabelecer a pressão mínima funcional de
operação e interrupção (ver 3.7.157 e 3.7.158).

O fabricante deve especificar limites de pressão nos quais o disjuntor é capaz de realizar as seguintes manobras:

a) interromper sua corrente de interrupção nominal em curto-circuito, isto é, realizar uma operação “O”;

b) estabelecer sua corrente nominal de estabelecimento em curto-circuito e, imediatamente após, interromper


sua corrente de interrupção nominal em curto-circuito, isto é, realizar um ciclo “CO”;

c) no caso de disjuntores previstos para religamento rápido, interromper sua corrente de interrupção nominal em
curto-circuito e, após um intervalo de tempo t da seqüência nominal de operações (ver 4.104), estabelecer
sua corrente de estabelecimento nominal em curto-circuito; imediatamente após, interromper sua corrente de
interrupção nominal em curto-circuito, isto é, realizar uma seqüência de operações “O - t - CO”.

Os disjuntores devem dispor de um armazenamento de energia com capacidade suficiente para desempenho
satisfatório das operações apropriadas para os valores correspondentes estabelecidos de pressão mínima.

5.104 Saídas de descarga

Saídas de descarga são dispositivos que permitem o alívio deliberado de pressão no disjuntor durante sua operação.

NOTA Isto é aplicável a disjuntores a óleo e a ar.

As saídas de descarga de disjuntores devem estar situadas de tal modo que uma descarga de óleo, gás ou ambos
não provoque descarga elétrica disruptiva e seja dirigida para fora de qualquer local onde possa haver presença
de pessoas. A necessária distância de segurança deve ser especificada pelo fabricante.

A construção deve ser tal que o gás não possa se acumular em qualquer ponto onde possa ocorrer ignição,
durante ou após a operação, devida a faíscas provenientes da operação normal do disjuntor ou dos seus
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equipamentos auxiliares.

6 Ensaios de tipo

É aplicável a seção 6 da ABNT NBR IEC 60694,com as seguintes adições:

Os ensaios de tipo para disjuntores estão listados na tabela 7.

As tolerâncias para os valores de ensaio de tipo são dadas no anexo B.

Os ensaios de tipo individuais devem ser, em princípio, feitos em um disjuntor novo sem uso. No caso de
disjuntores que usem SF6 para isolação, interrupção e/ou operação, a qualidade do gás deve estar de acordo com
o nível de aceitação da IEC 60480.

A responsabilidade do fabricante está limitada em declarar os valores nominais e não para aqueles valores obtidos
durante os ensaios de tipo.

A incerteza de cada medição pelo oscilógrafo ou equipamento equivalente (por exemplo, registrador de transitório),
incluindo equipamento associado, de valores que determinem características nominais (por exemplo, corrente de
curto- circuito, tensão aplicada e tensão de restabelecimento) deve estar compreendida entre  5% (igual para um
fator de segurança de 2,0).

NOTA Para o significado de fator de segurança, ver o guia ISO para a expressão da incerteza na medida (1995).

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Tabela 7 — Ensaios de tipo

Ensaios de tipo obrigatórios Seção


Dielétricos 6.2
Tensão de radiointerferência 6.3
Medição da resistência do circuito principal 6.4
Elevação de temperatura 6.5
Corrente de curta duração e respectivo valor de crista 6.6
Estanqueidade 6.8
CEM - Compatibilidade eletromagnética 6.9
Operação mecânica na temperatura ambiente 6.101.2.1 a 6.101.2.3
Estabelecimento e interrupção de correntes de curto-circuito 6.102 a 6.106
Chaveamento de corrente capacitiva: Ensaio de interrupção de linhas em vazio 6.111.5.1
(Ur  72,5 kV)
Chaveamento de corrente capacitiva: Ensaio de interrupção de cabos em vazio 6.111.5.2
(Ur  52 kV)
Ensaios de tipo obrigatórios onde aplicáveis Seção
Verificação do grau de proteção 6.7
Durabilidade mecânica prolongada em disjuntores para condições especiais de 6.101.2.4
serviço
Alta e baixa temperatura 6.101.3
Umidade 6.101.4
Carga estática terminal 6.101.6
Corrente crítica 6.107
Interrupção sob falta quilométrica * 6.109
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Estabelecimento e interrupção em discordância de fases * 6.110


Durabilidade elétrica (somente para disjuntores de tensão nominal  52 kV) 6.112
Operação sob condições severas de gelo *# 6.101.5
Falta à terra monofásica e bifásica *# 6.108
Manobra de corrente capacitiva:
- interrupção de linha em vazio * ( U r  52 kV) 6.111.5.1

- interrupção de cabos a vazio # ( U r  52 kV) 6.111.5.2

- manobra de banco único de capacitores *# 6.111.5.3


- manobra de bancos de capacitores em contraposição *# 6.111.5.3
Manobra de reatores em derivação e de motores *# IEC 61233 *
NOTA Todos os ensaios de tipo devem ser conduzidos usando-se o número de amostras especificadas em 6.1.1 da
ABNT NBR IEC 60694 e em 6.102.2. No caso de disjuntores com tensão nominal menor ou igual a 52 kV, o ensaio está
indicado por *; uma amostra adicional é permitida para este ensaio.
No caso de disjuntores com tensão nominal maior ou igual a 72,5 kV, o ensaio está indicado por #; uma amostra adicional é
permitida para este ensaio.

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6.1 Generalidades

6.1.1 Agrupamento de ensaios

É aplicável 6.1.1 da ABNT NBR IEC 60694.

6.1.2 Informações para identificação das amostras

É aplicável 6.1.2 da ABNT NBR IEC 60694.

6.1.3 Informações a serem incluídas nos relatórios de ensaios

É aplicável 6.1.3 da ABNT NBR IEC 60694,com a seguinte adição:

Detalhes adicionais relacionados aos registros e relatórios dos ensaios de tipo para desempenho em
estabelecimento, interrupção e corrente de curta duração são dados no anexo C.

6.2 Ensaios dielétricos

6.2.1 Condições do ar ambiente durante os ensaios

É aplicável 6.2.1 da ABNT NBR IEC 60694.

6.2.2 Procedimentos para ensaios sob chuva

É aplicável 6.2.2 da ABNT NBR IEC 60694, com a seguinte nota:

NOTA Para disjuntores em invólucro metálico aterrado (tanque morto), quando as buchas forem previamente ensaiadas
de acordo com a norma pertinente, os ensaios sob chuva podem ser omitidos.

6.2.3 Condição do disjuntor durante os ensaios dielétricos


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É aplicável 6.2.3 da ABNT NBR IEC 60694.

6.2.4 Critério de aprovação para o ensaio

É aplicável 6.2.4 da ABNT NBR IEC 60694,com a seguinte adição:

O disjuntor é considerado aprovado nos ensaios de impulso se as seguintes condições forem satisfeitas:

a) o número de descargas disruptivas não deve exceder duas descargas para cada série de 15 impulsos;

b) nenhuma discarga disruptiva deve ocorrer em isolação não auto-recuperante.

Isto é verificado por pelo menos cinco impulsos sem descarga disruptiva seguindo aquele, da série de 15 impulsos,
que causou a última descarga disruptiva. Se este impulso for um dos cinco últimos da série de 15 impulsos,
impulsos adicionais podem ser aplicados.

Se ocorrerem descargas disruptivas e por alguma razão nenhuma evidência puder ser observada durante o ensaio
de que as descargas disruptivas estiverem em isolação sólida depois da conclusão dos ensaios dielétricos, o
disjuntor deve ser desmontado e inspecionado. Se forem observadas perfurações da isolação sólida, o disjuntor é
considerado reprovado no ensaio.

NOTA 1 Para disjuntores em invólucro metálico (GIS) ensaiados com buchas que não fazem parte do disjuntor, não devem
ser consideradas as descargas disruptivas através destas buchas de ensaio.

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NOTA 2 A determinação da localização de descargas disruptivas observadas deve ser feita pelo laboratório, usando meios
de detecção adequados, como, por exemplo, fotografias, gravação de vídeo cassete, inspeção interna etc.

6.2.5 Aplicação da tensão de ensaio e condições de ensaio

É aplicável 6.2.5 da ABNT NBR IEC 60694.

6.2.6 Ensaios de disjuntores de Ur < 245 kV

É aplicável 6.2.6 da ABNT NBR IEC 60694.

6.2.6.1 Ensaios de tensão a freqüência industrial

É aplicável 6.2.6.1 da ABNT NBR IEC 60694,acrescido da seguinte nota:

NOTA Para disjuntores em invólucro metálico aterrado (tanque morto), quando as buchas forem previamente ensaiadas
de acordo com a norma pertinente, os ensaios sob chuva podem ser omitidos.

6.2.6.2 Ensaios de tensão de impulso atmosférico

É aplicável 6.2.6.2 da ABNT NBR IEC 60694.

6.2.7 Ensaios de disjuntores de Ur > 245 kV

É aplicável 6.2.7 da ABNT NBR IEC 60694.

6.2.7.1 Ensaios de tensão à freqüência industrial

É aplicável 6.2.7.1 da ABNT NBR IEC 60694,com a seguinte adição:

O procedimento de ensaio do método alternativo é mais severo que o procedimento de ensaio do método
preferencial.
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6.2.7.2 Ensaios de tensão de impulso de manobra

É aplicável 6.2.7.2 da ABNT NBR IEC 60694,com a seguinte adição:

Em disjuntores para uso exterior devem-se efetuar os ensaios a seco utilizando-se somente tensão de polaridade
positiva. Com o disjuntor na posição fechada, deve ser aplicada a tensão suportável nominal de ensaio para terra
para cada condição de ensaio da tabela 9 da ABNT NBR IEC 60694.

Com o disjuntor na posição aberta deve ser aplicada a tensão suportável nominal de ensaio para terra para cada
condição de ensaio da tabela 9 da ABNT NBR IEC 60694.

Uma segunda série de ensaios com tensões de ensaio de acordo com a coluna 6 das tabelas 2a e 2b
da ABNT NBR IEC 60694 deve ser executada para disjuntores destinados a aplicações especiais conforme
estabelecido em 4.2. Para cada condição de ensaio da tabela 11 da ABNT NBR IEC 60694, um terminal deve ser
energizado com a tensão de impulso de manobra e o terminal oposto com tensão à freqüência industrial.

Mediante acordo entre fabricante e usuário, o ensaio na posição aberta pode ser executado evitando-se o uso da
fonte de tensão à freqüência industrial. Esta série de ensaio consiste na aplicação, sucessivamente a cada
terminal, de impulsos a um valor de tensão igual à soma da tensão de impulso de manobra e do valor de crista
estabelecido na coluna 6 das tabelas 2a e 2b da ABNT NBR IEC 60694,estando o terminal oposto aterrado.
O item b) de 6.2.5.2 da ABNT NBR IEC 60694 deve ser considerado. Em geral este procedimento de ensaio é
mais severo que aquele especificado.

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6.2.7.3 Ensaios de tensão de impulso atmosférico

É aplicável 6.2.7.3 da ABNT NBR IEC 60694,com a seguinte adição:

Com o disjuntor na posição fechada, deve ser aplicada a tensão suportável nominal de ensaio para terra para
cada condição de ensaio da tabela 9 da ABNT NBR IEC 60694.

Com o disjuntor na posição aberta, deve ser aplicada a tensão suportável nominal de ensaio entre contatos para
cada condição de ensaio da tabela 11 da ABNT NBR IEC 60694.

Mediante acordo entre fabricante e usuário, o ensaio com o disjuntor na posição aberta pode ser executado
evitando-se o uso da fonte de tensão à freqüência industrial. Esta série de ensaio consiste na aplicação a cada
terminal sucessivamente de 15 impulsos consecutivos a um valor de tensão igual à soma da tensão suportável
nominal de impulso atmosférico e do valor de crista estabelecido na coluna 8 das tabelas 2a e 2b da
ABNT NBR IEC 60694, estando o terminal oposto aterrado. Os itens a) e b) de 6.2.5.2 da ABNT NBR IEC 60694
devem ser considerados. Em geral este procedimento de ensaio é mais severo que aquele especificado.

6.2.8 Ensaio de poluição artificial

É aplicável 6.2.8 da ABNT NBR IEC 60694.

6.2.9 Ensaio de descargas parciais

É aplicável 6.2.9 da ABNT NBR IEC 60694, com a seguinte adição:

Não é exigida a execução de ensaio de descargas parciais no disjuntor completo. Contudo, no caso de disjuntores
com componentes para os quais existam Normas Brasileiras pertinentes, incluindo medição de descargas parciais
(por exemplo, buchas, ver IEC 60137), o fabricante deve apresentar evidências de que tais componentes tenham
sido aprovados nos ensaios de descargas parciais de acordo com a Norma Brasileira pertinente.

6.2.10 Ensaio nos circuitos auxiliares e de controle


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É aplicável 6.2.10 da ABNT NBR IEC 60694.

6.2.11 Ensaio de tensão como verificação de condição

É aplicável 6.2.11 da ABNT NBR IEC 60694, com a seguinte adição:

Quando um ensaio de tensão é realizado como verificação de condição após ensaios de estabelecimento,
interrupção, manobra (ver 6.102.9), ensaios mecânicos ou ambientais (ver 6.101.1.4), as seguintes condições são
aplicáveis:

Para disjuntores com caminho de corrente assimétrico, as conexões devem ser revertidas. Os ensaios completos
devem ser conduzidos para cada arranjo de conexão.

 Para disjuntores com Un  72,5 kV

Deve ser realizado um ensaio de tensão à freqüência industrial por 1 min. A tensão de ensaio deve ser 80%
do valor da coluna 2 da tabela 1a da ABNT NBR IEC 60694.

 Para disjuntores com 72,5 kV < Un  245 kV

Um ensaio de tensão de impulso deve ser realizado. O valor de crista da tensão de impulso deve ser 60% do
maior valor da coluna 4 da tabela 1a da ABNT NBR IEC 60694.

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 Para disjuntores com 300 kV  Un  420 kV

Um ensaio de tensão de impulso deve ser realizado. O valor de crista da tensão de impulso deve ser 80% da
tensão suportável nominal de impulso de manobra dada na tabela 2a da ABNT NBR IEC 60694.
A tensão suportável nominal de impulso de manobra pode ser retirada tanto da coluna 4 quanto da coluna 6
desta tabela. O valor de referência para a condição de verificação deve ser obtido da mesma coluna.

 Para disjuntores com 550 kV  Un  800 kV

Um ensaio de tensão de impulso deve ser realizado. O valor de crista da tensão de impulso deve ser 90% da
tensão suportável nominal de impulso de manobra dada na tabela 2a da ABNT NBR IEC 60694.
A tensão suportável nominal de impulso de manobra pode ser retirada tanto da coluna 4 quanto da coluna 6
desta tabela. O valor de referência para a condição de verificação deve ser obtido da mesma coluna.

Quando um ensaio de tensão de impulso é realizado, devem ser aplicados cinco impulsos de cada polaridade.
O disjuntor deve ser considerado aprovado no ensaio se não ocorrer nenhuma descarga disruptiva.

Para o ensaio de tensão de impulso, o equipamento de ensaio sintético do laboratório de potência pode ser usado.
A forma de onda da tensão de impulso deve ser tanto um impulso de manobra padronizado ou uma forma de onda
de acordo com a TRT especificada para falta terminal T10. No caso de ensaio com a forma de onda de acordo
com T10, são permitidas tolerâncias no tempo t3 de - 10% e + 200%.

NOTA 1 Ensaios comparativos têm mostrado que quase não há diferenças no comportamento dos disjuntores, em ambas
as condições de novo e usado, quando o ensaio é realizado com impulsos de manobra padronizados ou com impulsos de TRT
com forma de onda de acordo com a falta terminal T10, respectivamente.

NOTA 2 Se o ensaio for realizado usando impulsos de TRT com forma de onda conforme ensaio T10, a equivalência dos
ensaios com impulsos de manobra padronizados é mantida se as seguintes regras forem aplicadas:

 o amortecimento da TRT deve ser tal que a segunda crista da oscilação da TRT não seja maior que 80% do
valor da primeira crista;

 aproximadamente 2,5 ms após, o valor de crista da TRT real deve estar na faixa de 50% do valor de crista.
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6.3 Ensaios de tensão de radiointerferência (r.i.v.)

É aplicável 6.3 da ABNT NBR IEC 60694, com a seguinte adição:

Os ensaios podem ser executados em um pólo do disjuntor nas posições fechada e aberta. Durante os ensaios, o
disjuntor deve estar equipado com todos os acessórios, tais como capacitores de equalização, anéis anticorona,
conectores de alta-tensão etc., que possam influenciar no desempenho a tensão de radiointerferência.

6.4 Medição de resistência ôhmica do circuito principal

É aplicável 6.4 da ABNT NBR IEC 60694.

6.5 Ensaios de elevação de temperatura

6.5.1 Condições do disjuntor a ser ensaiado

É aplicável 6.5.1 da ABNT NBR IEC 60694.

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6.5.2 Arranjo do equipamento

É aplicável 6.5.2 da ABNT NBR IEC 60694, com as seguintes adições:

No caso de um disjuntor não equipado com acessórios ligados em série, o ensaio deve ser efetuado com a
corrente nominal do disjuntor.

No caso de um disjuntor equipado com acessórios ligados em série possuindo uma faixa de correntes nominais,
devem ser realizados os seguintes ensaios:

a) um ensaio no disjuntor, equipado com acessórios cuja corrente nominal é igual à do disjuntor, efetuado com a
corrente nominal do disjuntor;

b) uma série de ensaios no disjuntor equipado com os acessórios previstos, efetuados com a corrente nominal
de cada acessório.

NOTA Se os acessórios puderem ser separados do disjuntor e se for evidente que as respectivas elevações de
temperatura não exercem influência mútua apreciável, o ensaio b) pode ser substituído por uma série de ensaios nos
acessórios isoladamente.

6.5.3 Medição da temperatura e da elevação de temperatura

É aplicável 6.5.3 da ABNT NBR IEC 60694.

6.5.4 Temperatura do ar ambiente

É aplicável 6.5.4 da ABNT NBR IEC 60694.

6.5.5 Ensaio de elevação de temperatura dos equipamentos auxiliares

É aplicável 6.5.5 da ABNT NBR IEC 60694.


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6.5.6 Interpretação dos ensaios de elevação de temperatura

É aplicável 6.5.6 da ABNT NBR IEC 60694.

6.6 Ensaios de corrente suportável de curta duração e de valor de crista da corrente suportável

É aplicável 6.6 da ABNT NBR IEC 60694.

6.6.1 Disposição do disjuntor e do circuito de ensaio

É aplicável 6.6.1 da ABNT NBR IEC 60694,com a seguinte adição:

Caso o disjuntor seja equipado com disparadores de sobrecorrente diretos, estes devem estar equipados para o
ensaio com a bobina de mínima corrente ajustada para operar à corrente máxima e com o retardo máximo; a
bobina deve ser ligada ao lado fonte do circuito de ensaio. Caso o disjuntor possa ser utilizado sem os
disparadores de sobrecorrente diretos, ele deve ser ensaiado também sem os disparadores.

Para outros disjuntores com disparadores de abertura próprios, o disparador de sobrecorrente deve ser montado
para o ensaio com ajustes para atuarem na máxima corrente e com o retardo máximo. Se o disjuntor puder ser
usado sem o disparador, este deve ser também ensaiado para esta condição.

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6.6.2 Corrente e duração do ensaio

É aplicável 6.6.2 da ABNT NBR IEC 60694, com a seguinte adição:

Para disjuntores equipados com disparadores de sobrecorrente diretos, deve ser efetuada a seqüência nominal de
operações, limitada somente a operações de abertura. A média dos valores eficazes das componentes alternadas
da corrente de interrupção, em todas as fases e operações, deve ser considerada como sendo o valor eficaz da
corrente suportável de curta duração, podendo no entanto ser utilizados os valores da corrente presumida, quando
o ensaio é efetuado na tensão nominal.

6.6.3 Comportamento do disjuntor durante o ensaio

É aplicável 6.6.3 da ABNT NBR IEC 60694.

6.6.4 Condições do disjuntor após os ensaios

É aplicável 6.6.4 da ABNT NBR IEC 60694, com a seguinte adição:

Após os ensaios, o estado dos disjuntores equipados com disparadores de sobrecorrente diretos deve
satisfazer 6.102.9 e deve ser demonstrado que os disparadores de sobrecorrente ainda estão em condições de
operar corretamente. Um ensaio inicial de injeção a 110% da mínima corrente de abertura, como declarado pelo
fabricante, é uma demonstração satisfatória.

6.7 Verificação do grau de proteção

6.7.1 Verificação do código IP

É aplicável 6.7.1 da ABNT NBR IEC 60694 a todas as partes do disjuntor acessíveis em condições normais de
serviço.

6.7.2 Ensaio de impacto mecânico


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É aplicável 6.7.2 da ABNT NBR IEC 60694.

6.8 Ensaio de estanqueidade

É aplicável 6.8 da ABNT NBR IEC 60694.

6.9 Ensaios de compatibilidade eletromagnética

É aplicável 6.9 da ABNT NBR IEC 60694.

6.101 Ensaios mecânicos e ambientais

6.101.1 Providências diversas para os ensaios mecânicos e ambientais

6.101.1.1 Características mecânicas de referência

Antes de iniciar o ensaio de tipo, as características mecânicas do disjuntor devem ser determinadas, por exemplo,
pelo registro sem carga da curva de percurso. Estas curvas apresentam as características mecânicas de
referência. O objetivo desta referência é para caracterizar o comportamento mecânico do disjuntor.
Registros similares são necessários antes de outros ensaios, incluindo ambientais, estabelecimento, interrupção e
chaveamento, nos ensaios de rotina e nos ensaios de comissionamento, se aplicável.

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As seguintes características devem ser registradas:

 características de percurso mecânico para as operações de abertura e fechamento;

 o sensor usado para o registro das características de percurso mecânico deve ser localizado
convenientemente, para que seja possível prover as características de percurso mecânico, direta ou
indiretamente. A localização deve ser registrada no relatório de ensaio. A curva de características de percurso
mecânico pode ser registrada contínua ou discretamente. No segundo caso, ao menos 20 valores discretos
devem ser dados para o curso completo;

 tempo de fechamento;

 tempo de abertura.

A referência das características de percurso mecânico deve ser produzida durante um ensaio sem carga feito com as
seqüências de operação O - t - CO ou CO para a seqüência nominal de operação O - t - CO - t’ - CO ou CO - t” - CO
respectivamente na tensão nominal de alimentação dos dispositivos de operação e dos circuitos auxiliares e de
controle, pressão nominal funcional para operação e, por conveniência do ensaio, na mínima pressão nominal
funcional para interrupção. O ensaio sem carga de referência pode ser obtido de algum ensaio sem carga
apropriado, sendo parte de um ensaio de tipo individual.

A referência das características de percurso mecânico deve ser usada para confirmar que as diferentes amostras
usadas durante os ensaios de tipo mecânicos, de estabelecimento, de interrupção e de manobra comportem-se
mecanicamente de maneira similar. Todas as amostras usadas nos ensaios de tipo mecânicos, de
estabelecimento, de interrupção e de manobra devem ter as características de percurso mecânico dentro das
seguintes envoltórias descritas. Quando uma comparação direta entre as envoltórias não pode ser feita devido à
variação de métodos de medição em diferentes laboratórios, o fabricante deve demonstrar que as envoltórias são
correspondentes.

A referência das características de percurso mecânico deve ser usada para a determinação das tolerâncias
admissíveis acima e abaixo desta curva de referência. A partir desta curva de referência, duas envoltórias devem
ser traçadas a partir do instante de separação dos contatos para abertura e toque dos contatos para fechamento
até o fim do percurso dos contatos. A distância destas duas envoltórias à curva original deve ser  5% do curso
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total como mostrado na figura 23b. No caso de disjuntores com curso total de 20 mm ou menor, a distância das
duas envoltórias em relação ao curso original deve ser  2 mm. É reconhecido que para alguns projetos de
disjuntores estes métodos não são apropriados. Em tais casos, o fabricante deve justificar o método e os limites
usados.

As séries de figuras 23a a 23d são a título ilustrativo e somente ilustram a operação de abertura. Elas são ideais e
não mostram as variações no contorno causado pelo atrito dos contatos ou do fim do movimento de
amortecimento. Em particular, é importante notar que os efeitos do amortecimento não são mostrados nestes
diagramas. A oscilação produzida no final do movimento é dependente da eficiência do amortecedor do sistema
de acionamento. A forma desta oscilação pode ser uma função deliberada de projeto ou ser causada por projeto,
fabricação, montagem ou ajuste ineficientes. Contudo, é importante que algumas variações no final da pancada,
que estejam fora da margem de tolerância dada pela envoltória, sejam completamente esclarecidas e
compreendidas antes de serem rejeitadas ou aceitas como equivalentes às curvas de referência como mostrado.
Em geral, todas as curvas recairiam dentro das envoltórias para aceitação.

As envoltórias podem ser movidas na direção vertical até uma das curvas cobrir a curva de referência.
Isto dá tolerâncias máximas sobre a curva de percurso dos contatos sem carga de – 0%, + 10% e – 10 %, + 0%,
respectivamente como mostrado nas figuras 23c e 23d. O deslocamento da envoltória pode ser usado somente para
completar o procedimento, a fim de chegar à máxima tolerância em relação à característica de referência de 10%.

O tempo de abertura e de fechamento registrado na referência de ensaio sem carga deve ser usado como
referência de tempo de abertura e de fechamento. As tolerâncias admissíveis destas referências de tempo
correspondem às tolerâncias dadas pelo fabricante, mas não deve exceder  10%, quando uma tensão nominal é
controlada.

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6.101.1.2 Ensaios em componentes

Quando é impraticável o ensaio do disjuntor completo, ensaios dos componentes podem ser aceitos como ensaios
de tipo. O fabricante deve determinar os componentes a serem submetidos a ensaios.

Os componentes são subconjuntos com funções próprias que podem operar independentemente do disjuntor
completo (por exemplo, pólo, câmara de extinção, mecanismo de operação)

Quando são realizados ensaios de componentes, o fabricante deve provar que, durante os ensaios, a solicitação
mecânica no componente não é menor que a solicitação mecânica aplicada ao mesmo componente quando o
disjuntor é ensaiado completo. Estes ensaios devem cobrir todos os diferentes tipos de componentes do disjuntor
completo, desde que aplicáveis a cada tipo de componente. As condições dos ensaios de tipo dos componentes
devem ser as mesmas aplicadas para o ensaio do disjuntor completo.

As partes do equipamento auxiliar e de comando, que são fabricadas de acordo com as normas específicas,
devem satisfazer estas normas. As funções próprias destas partes devem ser verificadas considerando-se,
também, a função de outras partes do disjuntor.

6.101.1.3 Características e ajustes a serem registrados antes e depois dos ensaios

Antes e depois dos ensaios, as seguintes características e ajustes de funcionamento devem ser registradas e
avaliadas:

a) tempo de fechamento;

b) tempo de abertura;

c) simultaneidade de operação entre mecanismos de um pólo;

d) simultaneidade de operação entre pólos (para ensaios multipolares);

e) tempo de recarga do mecanismo de operação;

f) consumo do circuito de comando;


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g) consumo dos dispositivos de disparo. Registro eventual da corrente dos disparadores;

h) duração do sinal de comando na abertura e no fechamento;

i) estanqueidade, se aplicável;

j) densidade ou pressão do fluido;

k) resistência do circuito principal;

l) diagrama percurso-tempo;

m) outras características importantes ou ajustes de funcionamento, conforme o especificado pelo fabricante.

As características de funcionamento anteriores devem ser registradas sob as seguintes condições:

 tensão de alimentação nominal e pressão de preenchimento nominais para operação;

 tensão de alimentação e pressão de preenchimento máximas para operação;

 tensão de alimentação máxima e pressão de funcionamento mínima para operação;

 tensão de alimentação e pressão de funcionamento mínimas para operação;

 tensão de alimentação mínima e pressão de preenchimento máxima para operação.

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6.101.1.4 Estado do disjuntor durante e após os ensaios

Durante e após os ensaios, o disjuntor deve ser capaz de funcionar normalmente, de suportar sua corrente
nominal, de estabelecer e interromper sua corrente nominal de curto-circuito e de suportar os valores de tensão
correspondentes aos níveis de isolamento nominais.

Em geral, estas condições são satisfeitas se

 durante os ensaios, o disjuntor só operar quando receber comando e não operar sem receber comando;

 após os ensaios, as características medidas de acordo com 6.101.1.3 estiverem dentro dos limites de
tolerância dados pelo fabricante;

 após os ensaios, todas as partes, incluindo os contatos, não apresentarem desgaste excessivo;

 após os ensaios, o revestimento metálico dos contatos permanecer na área de contato. Caso contrário, os
contatos devem ser considerados nus, e os requisitos de ensaios são satisfeitos somente se, durante o ensaio
de elevação de temperatura (ver 6.5), a elevação de temperatura dos contatos não exceder o valor permitido
para o caso de contatos nus;

 durante e após os ensaios, qualquer deformação das partes mecânicas não afetar o bom funcionamento do
disjuntor, nem impedir a montagem correta de qualquer peça sobressalente;

 após os ensaios, as propriedades isolantes do disjuntor na posição aberta forem essencialmente as mesmas
que antes dos ensaios. A inspeção visual do disjuntor após o ensaio é normalmente suficiente para a
verificação das partes isolantes. Para disjuntores com câmaras seladas, um ensaio de tensão de acordo
com 6.2.11 da ABNT NBR IEC 60694 pode ser necessário como condição de verificação.

6.101.1.5 Condição dos equipamentos auxiliares e de controle durante e após os ensaios

Durante e após os ensaios, os equipamentos auxiliares e de controle devem preencher os seguintes requisitos:

 durante os ensaios, convém tomar medidas para evitar aquecimento excessivo;


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 durante os ensaios, um conjunto de contatos auxiliares (de interrupção e estabelecimento) deve manobrar a
corrente dos circuitos a serem controlados (ver 5.4);

 durante e após os ensaios, os equipamentos auxiliares e de controle devem satisfazer suas funções;

 durante e após os ensaios, a capacidade dos circuitos auxiliares, das chaves auxiliares e dos equipamentos
de controle não deve diminuir; em caso de dúvida, devem ser efetuados os ensaios descritos em 6.2.10 da
ABNT NBR IEC 60694;

 durante e após os ensaios, a resistência de contato das chaves auxiliares não deve ser significativamente
aumentada. A elevação de temperatura não deve exceder os valores especificados quando conduzindo a
corrente nominal (ver tabela 3 da ABNT NBR IEC 60694.

6.101.2 Ensaio de funcionamento mecânico à temperatura do ar ambiente

6.101.2.1 Generalidades

O ensaio deve ser feito à temperatura do ar ambiente do local de ensaio. Convém registrar a temperatura do ar
ambiente no relatório de ensaio. Os equipamentos auxiliares, que são parte integrante dos dispositivos de
operação, devem ser incluídos.

Os ensaios de funcionamento mecânico consistem em 2 000 ciclos de operação.

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Para os disjuntores não equipados com disparadores de sobrecorrente, os ensaios devem ser feitos sem tensão e
sem corrente no circuito principal.

Para os disjuntores equipados com disparadores de sobrecorrente, cerca de 10% do total de ciclos de operação
devem ser realizados com o dispositivo de abertura alimentado pela corrente do circuito principal. A corrente deve
ser a mínima necessária para operar o disparador de sobrecorrente. Para estes ensaios, a corrente através dos
disparadores de sobrecorrente deve ser fornecida por uma fonte apropriada de baixa tensão.

Durante o ensaio, a lubrificação é permitida de acordo com as instruções do fabricante, mas nenhum ajuste
mecânico ou qualquer outra espécie de manutenção é permitido.

6.101.2.2 Condição do disjuntor antes do ensaio

O disjuntor destinado ao ensaio deve ser montado no seu próprio suporte e seu mecanismo de operação deve ser
operado da maneira especificada. O disjuntor deve ser ensaiado em função de seu tipo, da seguinte maneira:

Um disjuntor multipolar, acionado por um mecanismo de operação único e/ou com todos os pólos montados numa
estrutura comum, deve ser ensaiado como uma unidade completa.

Os ensaios devem ser realizados à pressão de preenchimento nominal para interrupção, de acordo
com 6.101.1.3, item j).

Um disjuntor multipolar, no qual cada pólo ou mesmo cada coluna é acionado por um mecanismo de operação em
separado, deve ser ensaiado preferencialmente como um disjuntor multipolar completo. Entretanto, por
conveniência ou por limitação das dimensões do local de ensaio, uma unidade monopolar do disjuntor pode ser
ensaiada, desde que seja equivalente ou não apresente condições mais favoráveis que o disjuntor multipolar
completo, no que diz respeito, por exemplo, a:

 referência de características de percurso mecânico;

 potência e robustez do mecanismo de abertura e fechamento;

 rigidez da estrutura.
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6.101.2.3 Descrição do ensaio para disjuntores da classe M1

O disjuntor deve ser ensaiado de acordo com a tabela 8.

Tabela 8 — Número de seqüências de operação

Tensão de Número de seqüências de operação


Seqüência de alimentação e Disjuntores previstos Disjuntores não previstos
operação pressão de para religamento para religamento
operação automático automático
C - ta - O - ta Mínima 500 500
Nominal 500 500
Máxima 500 500
O - t - CO - ta - C - ta Nominal 250 -
CO - ta Nominal - 250
O = abertura;
C = fechamento;
CO = uma operação de fechamento seguida imediatamente por uma de abertura (exemplo: sem nenhum
atraso intencional);
ta = intervalo de tempo entre duas operações necessário para recompor as condições iniciais e/ou evitar
aquecimento excessivo de partes do disjuntor (esse tempo pode ser diferente de acordo com o tipo de operação);
t = 0,3 s para disjuntores destinados a religamento rápido automático, se não especificado de forma diferente.

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6.101.2.4 Ensaios de durabilidade mecânica estendida em disjuntores de classe M2 para condições


especiais de serviço

Para condições especiais de serviço no caso de disjuntores freqüentemente operados, podem ser realizados
ensaios de durabilidade mecânica estendida, conforme segue.

Os ensaios devem ser feitos de acordo com 6.101.1, 6.101.2.1, 6.101.2.2 e 6.101.2.3, com a seguinte adição:

 os ensaios devem consistir em 10 000 seqüências de operação, compreendendo cinco vezes a série de
ensaio pertinente especificada na tabela 8;

 permite-se alguma manutenção, tal como lubrificação e ajuste mecânico de acordo com as instruções do
fabricante, entre as séries de ensaios especificadas. Não é permitida a troca de contatos;

 o programa de manutenção durante os ensaios deve ser previamente definido pelo fabricante e registrado no
relatório de ensaio.

6.101.2.5 Critérios de aceitação para ensaios de operação mecânica

Os critérios descritos abaixo são aplicados ao ensaio de operação mecânica em disjuntores classes M1 e M2.

a) Antes e após o programa de ensaios total, as seguintes operações devem ser efetuadas:

 cinco ciclos de operação de fechamento e abertura, na tensão nominal de alimentação dos dispositivos
de fechamento e abertura e dos circuitos auxiliares e de controle e/ou na pressão nominal de operação;

 cinco ciclos de operação de fechamento e abertura, na tensão mínima de alimentação dos dispositivos de
fechamento e abertura e dos circuitos auxiliares e de controle e/ou na pressão mínima de operação;

 cinco ciclos de operação de fechamento e abertura, na tensão máxima de alimentação dos dispositivos
de fechamento e abertura e dos circuitos auxiliares e de controle e/ou na pressão máxima de operação.

Durante estes ciclos de operação as características de operação (ver 6.101.1.3) devem ser registradas e
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avaliadas. Não é necessário constar no relatório todos os oscilogramas registrados. Entretanto, no mínimo um
oscilograma de cada conjunto de condições abordadas acima deve ser incluído no relatório de ensaio.

Adicionalmente, as seguintes verificações e medições devem ser executadas (ver 10.2.102):

 medições das pressões características e do consumo do fluido durante as operações, se aplicável;

 verificação da seqüência de operação nominal;

 verificações de certas operações específicas, se aplicável.

A variação entre os valores médios de cada parâmetro medido antes e após os ensaios de durabilidade
mecânica estendida deve estar dentro da tolerância fornecida pelo fabricante.

b) Após cada série de 2 000 seqüências de operação, as características a), b), c), d), e) e l) em 6.101.1.1 devem
ser registradas.

c) Após todo o programa de ensaio, a condição do disjuntor deve estar de acordo com 6.101.1.4.

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6.101.3 Ensaios em baixa e alta temperatura

6.101.3.1 Generalidades

Não é necessário efetuar sucessivamente os ensaios em baixa e alta temperatura, bem como é indiferente
a ordem de execução destes. Não é necessário realizar o ensaio a baixa temperatura nos disjuntores para interior
da classe – 5°C, bem como nos disjuntores para exterior da classe – 10°C.

Para disjuntores de invólucro único ou disjuntores de vários invólucros com um dispositivo de operação comum, os
ensaios devem ser tripolares. Para disjuntores de vários invólucros com pólos independentes, é permitido realizar
os ensaios em um pólo completo.

Havendo limitações do local de ensaio, podem ser ensaiados os disjuntores de vários invólucros usando-se uma
ou mais de uma das alternativas adiante descritas, desde que os disjuntores sejam submetidos a condições não
menos favoráveis que as condições normais para o operação mecânica (ver 6.101.2.2):

d) comprimento reduzido do isolamento fase-terra;

e) espaçamento reduzido entre pólos;

f) número reduzido de módulos.

Se forem necessárias fontes de aquecimento, elas devem ser utilizadas.

As alimentações de líquidos ou gás necessárias para a operação do disjuntor devem estar à temperatura do ar
ambiente, a menos que o projeto do disjuntor exija uma fonte de aquecimento a estas alimentações.

Durante os ensaios, não se permite qualquer manutenção, substituição de peças, lubrificação ou ajuste do
disjuntor.

NOTA Pode ser necessário efetuar os ensaios com uma duração mais longa que a especificada nos parágrafos seguintes,
a fim de se determinar as características de temperatura do material, envelhecimento etc.
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Como alternativa aos métodos desta Norma, um fabricante pode demonstrar conformidade
com os requisitos de desempenho através de experiência em campo, devidamente documentada, para uma
família de disjuntores conhecida. Esta demonstração deve incluir, pelo menos, uma instalação com
temperaturas do ar ambiente freqüentemente iguais ou superiores ao valor máximo especificado (40°C), bem
como uma instalação com a temperatura do ar ambiente mínima especificada conforme a classe do disjuntor
(ver seção 2 da ABNT NBR IEC 60694.

6.101.3.2 Medição da temperatura do ar ambiente

A temperatura do ar ambiente do local de ensaio deve ser medida a uma altura correspondente à metade da altura
do disjuntor e a uma distância de 1 m deste.

O máximo desvio de temperatura ao longo da altura do disjuntor não deve exceder 5 K.

6.101.3.3 Ensaio em baixa temperatura

O diagrama da seqüência de ensaios e a indicação dos pontos de aplicação para os ensaios especificados são
dados na figura 17a.

Se o ensaio a baixa temperatura for realizado imediatamente após o ensaio a alta temperatura, o primeiro pode
começar após a realização do item u) do segundo. Neste caso, os itens a) e b) a seguir são omitidos.

a) O disjuntor sob ensaio deve ser ajustado de acordo com as instruções do fabricante.

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b) As características e os ajustes do disjuntor devem ser registrados de acordo com 6.101.1.3 e a uma
temperatura do ar ambiente de 20°C ± 5°C (TA). Se aplicável, o ensaio de estanqueidade deve ser realizado
conforme 6.8.

c) Com o disjuntor na posição fechada, a temperatura do ar deve ser reduzida até a temperatura mínima do ar
ambiente (TL) de acordo com a classe do disjuntor, como indicado em 2.1.1, 2.1.2 e 2.2.3
da ABNT NBR IEC 60694. Após a estabilização da temperatura do ar ambiente no nível TL, o disjuntor deve
permanecer na posição fechada durante 24 h.

d) No período de 24 h, durante o qual o disjuntor está na posição fechada à temperatura TL, um ensaio de
estanqueidade deve ser realizado (se aplicável). É aceitável um aumento na taxa de vazamento, desde que
esta taxa retorne a seu valor inicial tão logo o disjuntor se estabilize termicamente na temperatura do ar
ambiente TA. O aumento temporário desta taxa não deve exceder o valor admissível da tabela 12
da ABNT NBR IEC 60694.

e) Depois de permanecer 24 h à temperatura TL, o disjuntor deve ser aberto e fechado à tensão de alimentação
e à pressão de operação nominais. Os tempos de abertura e fechamento devem ser registrados, a fim de se
determinarem as características de operação à baixa temperatura. Se possível, é conveniente registrar a
velocidade do contato.

f) O comportamento estático do disjuntor à baixa temperatura e o funcionamento de seus sistemas de alarme e


bloqueio são verificados, interrompendo-se as fontes de alimentação dos dispositivos de aquecimento,
incluindo também os elementos anticondensação, para uma duração tx. Durante este intervalo é aceitável
ocorrência de alarme, mas não de bloqueio. No fim do intervalo tx, deve ser dado um comando de abertura à
tensão e pressão de operação nominais. O disjuntor deve, então, abrir. O tempo de abertura deve ser
registrado (bem como a característica de percurso, se possível) para permitir o conhecimento da capacidade
de interrupção.

O fabricante deve estabelecer o valor de tx (não inferior a 2 h), até o qual o disjuntor opera sem energia auxiliar
para os dispositivos de aquecimento. Na ausência de um valor, este deve ser preferencialmente igual a 2 h.

g) O disjuntor deve ser deixado na posição aberta por 24 h.


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h) Num período de 24 h, durante o qual o disjuntor é mantido na posição aberta na temperatura TL, deve ser
realizado um ensaio de estanqueidade (se aplicável). É aceitável um aumento na taxa de vazamento, desde
que esta taxa retorne a seu valor inicial tão logo o disjuntor se estabilize termicamente na temperatura do ar
ambiente TA. O aumento temporário desta taxa não deve exceder o valor admissível da tabela 12
da ABNT NBR IEC 60694.

i) Ao final de 24 h, devem ser efetuadas 50 operações de abertura e 50 de fechamento nos valores nominais da
tensão de alimentação e da pressão de operação com o disjuntor à temperatura TL. Deve haver um intervalo
de pelo menos 3 min para cada ciclo ou seqüência. Os tempos da primeira operação de abertura e da
primeira de fechamento devem ser registrados, a fim de se determinarem as características de operação à
baixa temperatura. Se possível, é conveniente registrar a velocidade do contato. Depois da primeira operação
de fechamento (C) e da primeira operação de abertura (O), devem ser efetuados três ciclos CO (sem retardo
intencional). Devem ser feitas as operações adicionais com as seqüências de operação C - ta - O - ta
(ta é definido na tabela 8).

j) Após a realização das 50 operações de abertura e 50 operações de fechamento, a temperatura do ar deve ser
elevada até a temperatura do ar ambiente TA, a uma taxa de variação de aproximadamente 10 K/h.

Durante o período de variação de temperatura, o disjuntor deve ser submetido alternadamente às seqüências
de operação C - ta - O - ta - C e O - ta - C - ta - O nos valores nominais da tensão de alimentação e da pressão
de operação. É conveniente que a alternância das seqüências de operação seja feita a intervalos
de 30 min, a fim de que o disjuntor permaneça nas posições aberta e fechada durante períodos de 30 min
entre as seqüências de operação.

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k) Após a estabilização térmica do disjuntor, à temperatura do ar ambiente TA, procede-se a uma nova
verificação do disjuntor com relação a seus ajustes, suas características de funcionamento e sua
estanqueidade, tal como em a) e b) desta seção, com o fim de compará-los com as características iniciais.

O vazamento acumulado durante a seqüência completa do ensaio em baixa temperatura do item b) até o item j)
não deve ser tal que a pressão de bloqueio seja atingida (é permitido atingir a pressão de alarme).

6.101.3.4 Ensaio em alta temperatura

O diagrama da seqüência de ensaios e a indicação dos pontos de aplicação para os ensaios especificados são
dados na figura 17b.

Se o ensaio a alta temperatura for realizado imediatamente após o ensaio a baixa temperatura, o primeiro pode
começar após a realização do item j) do segundo. Neste caso, os itens k) e l) a seguir são omitidos.

l) O disjuntor sob ensaio deve ser ajustado de acordo com as instruções do fabricante.

m) As características e os ajustes do disjuntor devem ser registrados de acordo com 6.101.1.3 e a uma
temperatura do ar ambiente de 20ºC ± 5°C (TA). O ensaio de estanqueidade (se aplicável) deve ser realizado
de acordo com 6.8.

n) Com o disjuntor fechado, a temperatura do ar deve ser elevada até o valor apropriado da máxima temperatura
ambiente (TH) correspondente ao limite superior da temperatura do ar ambiente dado em 2.1.1, 2.1.2 e 2.2.3
da ABNT NBR IEC 60694. O disjuntor deve ser mantido na posição fechada por 24 h depois que a
temperatura do ar ambiente estabilizar em TH.

NOTA A influência da radiação solar não é considerada.

o) No período de 24 h durante o qual o disjuntor está na posição fechada à temperatura TH, deve ser efetuado
(se aplicável) um ensaio de estanqueidade. É aceitável um aumento na taxa de vazamento, desde que esta
taxa retorne a seu valor inicial tão logo o disjuntor se estabilize termicamente na temperatura do
ar ambiente TA. O aumento temporário desta taxa não deve exceder o valor admissível da tabela 12
da ABNT NBR IEC 60694.
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p) Depois de permanecer 24 h à temperatura TH, o disjuntor deve ser aberto e fechado à tensão de alimentação
e à pressão de operação nominais. Os tempos de abertura e fechamento devem ser registrados, a fim de se
determinarem as características de funcionamento a alta temperatura. Se possível, é conveniente registrar a
velocidade do contato.

q) O disjuntor deve ser aberto e assim permanecer por 24 h à temperatura TH.

r) No período de 24 h durante o qual o disjuntor está na posição aberta à temperatura TH, deve ser efetuado
(se aplicável) um ensaio de estanqueidade. É aceitável um aumento na taxa de vazamento, desde que esta
taxa retorne a seu valor inicial tão logo o disjuntor se estabilize termicamente na temperatura do
ar ambiente TA. O aumento temporário desta taxa não deve exceder o valor admissível da tabela 12
da ABNT NBR IEC 60694.

s) Ao final de 24 h, devem ser efetuadas 50 operações de abertura e 50 de fechamento nos valores nominais da
tensão de alimentação e da pressão de operação com o disjuntor à temperatura TH. Deve haver um intervalo
de pelo menos 3 min para cada ciclo ou seqüência. Os tempos da primeira operação de abertura e da
primeira de fechamento devem ser registrados, a fim de se determinarem as características de funcionamento
a alta temperatura. Se possível, é conveniente registrar a velocidade do contato.

Depois da primeira operação de fechamento (C) e da primeira operação de abertura (O), devem ser efetuados
três ciclos CO (sem retardo intencional). Devem ser feitas as operações adicionais com a seqüência de
operação C - ta - O - ta (ta é definido na tabela 8).

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t) Após a realização das 50 operações de abertura e 50 operações de fechamento, a temperatura do ar deve ser
reduzida até a temperatura ambiente TA a uma taxa de variação de aproximadamente 10 K/h.
Durante o período de variação de temperatura, o disjuntor deve ser submetido alternadamente às seqüências
de operação C - ta - O - ta - C e O - ta - C - ta - O nos valores nominais da tensão de alimentação e da pressão
de operação. É conveniente que a alternância das seqüências de operação seja feita a intervalos de 30 min, a
fim de que o disjuntor permaneça nas posições aberta e fechada durante os períodos de 30 min entre as
seqüências de operação.

u) Após a estabilização térmica do disjuntor à temperatura do ar ambiente TA, procede-se a uma nova verificação
do disjuntor com relação a seus ajustes, suas características de funcionamento e sua estanqueidade,
tal como em k) e l) acima, com o objetivo de compará-los com as características iniciais.

O vazamento acumulado durante a seqüência completa do ensaio em alta temperatura descrita do item l) ao
item t) não deve ser suficiente para que a pressão de bloqueio seja atingida (permite-se atingir a pressão
de alarme).

6.101.4 Ensaio sob condições de umidade

6.101.4.1 Generalidades

O ensaio de sob condições de umidade não deve ser aplicado a equipamento que é projetado para ser
diretamente exposto à chuva, por exemplo, partes primárias dos disjuntores para uso externo. O ensaio deve ser
realizado em disjuntores ou componentes de disjuntores, onde ocorre condensação devido a mudanças rápidas de
temperatura nas superfícies isolantes que são continuamente submetidas a tensão. Isto é principalmente a
isolação dos cabos secundários dos disjuntores para uso interno. Também não é necessário onde meios efetivos
contra condensação são fornecidos, por exemplo cubículos de controle com sistema de aquecimento anticondensação.

Aplicando o procedimento de ensaio descrito em 6.101.4.2, a suportabilidade do objeto sob ensaio, sobretudo dos
componentes de disjuntor, a efeitos de umidade, que podem produzir condensação na superfície da amostra em
ensaio, é determinada de uma maneira acelerada.

6.101.4.2 Procedimento de ensaio


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Os componentes do disjuntor devem ser colocados numa câmara de ensaio contendo ar em circulação e na qual
as condições de temperatura e umidade sejam dadas pelo ciclo abaixo:

Durante aproximadamente metade do ciclo, as superfícies do objeto sob ensaio devem estar umedecidas e secas
na outra metade do ciclo. Para obter este resultado, o ciclo consiste em um período t4 com ar a baixa temperatura
(Tmin = 25°C  3°C) e um período t2 com ar a alta temperatura (Tmin = 40°C  2°C) no interior da câmara.
Ambos os períodos devem ser iguais em tempo. A geração de vapor deve ser mantida pela metade do ciclo em
que o ar a baixa temperatura é aplicado (ver a figura 18).

O início da geração de vapor coincide em princípio com o início do período de ar a baixa temperatura.
Contudo, para molhar a superfície vertical do material com alta constante de tempo térmica, pode ser necessário
iniciar a geração de vapor mais tarde dentro do período de ar a baixa temperatura.

A duração do ciclo de ensaio depende das características térmicas do material, e o ciclo deve ser suficientemente
longo para ambos em baixa e alta temperatura para molhar e secar todas as superfícies isolantes. A fim de obter
estas condições, vapor deve ser injetado diretamente dentro da câmara de ensaio ou água aquecida deve ser
pulverizada; a elevação da temperatura de 25°C a 40°C pode ser obtida com o fornecimento de calor vindo do
vapor ou da água pulverizada ou, se necessário, por aquecedores adicionais. Ciclos preliminares devem ser
conduzidos com o objeto sob ensaio dentro da câmara de ensaio para verificar estas condições.

NOTA Para componentes de baixa tensão de disjuntor de alta-tensão usualmente tendo constante de tempo menor
que 10 min, a duração do intervalo de tempo dado na figura 18 é: t1 = 10 min, t2 = 20 min, t3 = 10 min e t4 = 20 min.

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O vapor é obtido pela pulverização contínua ou periódica de 0,2 L a 0,4 L de água (com as características de
resistividade dadas acima) por hora e pelo volume em metros cúbicos da câmara de ensaio. Os diâmetros das
gotas devem ser menores que 10 m; tal vapor pode ser obtido por pulverizador mecânico. A direção dos bicos de
aspersão deve ser tal que as superfícies do objeto sob ensaio não sejam diretamente aspergidas. Nenhuma água
deve cair do teto no objeto sob ensaio. Durante a geração de vapor a câmara de vapor deve ser fechada e não é
permitida nenhuma circulação forçada de ar.

A água usada para criar a umidade deve ser tal que a água coletada na câmara de ensaio tenha uma resistividade
igual ou maior que 100 m e que não contenha sal (NaCl) ou qualquer elemento corrosivo.

A temperatura e a umidade relativa do ar na câmara de ensaio devem ser medidas na vizinhança do objeto sob
ensaio e devem ser registradas durante toda a duração do ensaio. Nenhum valor de umidade relativa é
especificado durante a queda da temperatura, contudo a umidade deve ser acima de 80% durante o período em
que a temperatura é mantida a 25°C. O ar deve ser circulado de forma a obter distribuição uniforme da umidade
na câmara de ensaio.

O número de ciclos deve ser 350.

Durante e após o ensaio, as características de funcionamento dos componentes do disjuntor não devem estar
afetadas e os circuitos auxiliares e de comando devem suportar uma tensão à freqüência industrial de 1 500 V
durante 1 min. É conveniente indicar no relatório de ensaio o estado do conjunto sob ensaio com respeito
à corrosão.

6.101.5 Ensaios para comprovar a operação sob condições severas de gelo

O ensaio sob condições severas de gelo é aplicável apenas para disjuntores para exterior que possuam partes
móveis externas e para os quais é especificada uma classe de 10 mm ou 20 mm de espessura de gelo.
O ensaio deve ser executado sob as condições descritas na ABNT NBR IEC 62271-102.

6.101.6 Guia para ensaio com esforços estáticos nos terminais

6.101.6.1 Generalidades
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Este ensaio tem a finalidade de demonstrar que o disjuntor opera corretamente quando submetido a esforços
devidos ao gelo, ao vento e aos condutores conectados.

Este ensaio é aplicável somente aos disjuntores para exterior de tensões nominais iguais ou superiores a 52 kV.

Caso o fabricante, através de cálculos, possa provar que o disjuntor pode suportar tais esforços, não é necessária
a realização desses ensaios.

A camada de gelo e a pressão do vento no disjuntor devem estar de acordo com 2.1.2 da ABNT NBR IEC 60694.

Alguns exemplos de esforços devidos a condutores flexíveis e tubulares (não incluídos os esforços de vento ou de
gelo ou dinâmicos sobre o próprio disjuntor) são dados na tabela 9, a título de guia.

Supõe-se que o esforço de tração devido aos condutores seja aplicado na extremidade do terminal do disjuntor.

Os esforços FshA, FshB e Fsv resultantes das ações simultâneas do vento, do gelo e da carga estática dos
condutores respectivamente (ver figura 19) são definidos como as cargas estáticas nominais nos terminais.

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6.101.6.2 Ensaios

Os ensaios devem ser feitos na temperatura ambiente da sala de ensaio.

É conveniente que os ensaios sejam realizados em pelo menos um pólo completo do disjuntor. Se o fabricante
puder provar que não há interação entre as diferentes colunas de um mesmo pólo, é suficiente ensaiar somente
uma coluna. Nos disjuntores que apresentam simetria em relação ao eixo vertical do centro do pólo, é suficiente
realizar o ensaio de esforço estático nominal em apenas um dos terminais do pólo. Para os disjuntores que não
são simétricos, cada um dos terminais deve ser ensaiado.

Os ensaios devem ser realizados separadamente, primeiramente com uma força horizontal, FshA, aplicada num
eixo longitudinal do terminal (direção A na figura 20), em seguida com uma força horizontal, FshB, aplicada em duas
direções sucessivamente a 90o do eixo longitudinal dos terminais (direções B1 e B2 na figura 20) e finalmente com
uma força vertical Fsv aplicada em duas direções sucessivamente (direções C1 e C2 na figura 20). Para evitar a
necessidade de aplicar uma força especial representando a força do vento atuando no centro de aplicação de
pressão do disjuntor, essa carga de vento pode ser aplicada ao terminal (ver figura 19) e reduzida em magnitude
na proporção do braço de alavanca mais longo (convém que o momento fletor na parte mais baixa do disjuntor
seja o mesmo).

Devem ser efetuados dois ciclos de operação para cada um dos cinco ensaios especificados de esforços nos
terminais.

Tabela 9 — Exemplos de forças estáticas horizontais e verticais para ensaio


de carga estática em terminal

Força estática horizontal Força estática vertical


Tensão nominal Corrente nominal
Fth (para cima e para baixo)

Ur Ir Longitudinal Transversal Ftv

FthA FthB
kV A N N N
52 – 72,5 800 – 1 250 500 400 500
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52 – 72,5 1 600 – 2 500 750 500 750


100 –170 1 250 – 2 000 1 000 750 750
100 – 170 2 500 – 4 000 1 250 750 1 000
245 – 362 1 600 – 4 000 1 250 1 000 1 250
420 – 800 2 000 – 4 000 1 750 1 250 1 500

6.102 Providências diversas para os ensaios de estabelecimento e interrupção

As subseções seguintes são aplicáveis a todos os ensaios de estabelecimento e interrupção, salvo se


especificado diferentemente na seção pertinente.

Onde aplicável, antes do início dos ensaios, o fabricante deve declarar os valores de

 condições mínimas para o mecanismo de operação que garantam a seqüência nominal de operação
(por exemplo: a mínima pressão de operação para o caso de mecanismos hidráulicos);

 condições mínimas para o dispositivo de interrupção que garantam a seqüência nominal de operação
(por exemplo: a mínima pressão de operação para interrupção no caso de um disjuntor a SF6).

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6.102.1 Generalidades

Os disjuntores devem ser capazes de estabelecer e interromper todas as correntes de curto-circuito simétricas e
assimétricas, até e inclusive as correspondentes às capacidades de interrupção nominal em curto-circuito; isto é
demonstrado, quando o disjuntor estabelece e interrompe correntes trifásicas simétricas e assimétricas
especificadas, entre 10% (ou para correntes menores, como especificado em 6.107.2, se 6.107.1 for aplicável) e
100% da capacidade de interrupção nominal em curto-circuito à tensão nominal.

Além disso, os disjuntores a serem utilizados em sistemas de neutro aterrado ou para operação unipolar devem
estabelecer e interromper correntes de curtos-circuitos monofásicos entre 10% (ou para correntes menores, como
especificado em 6.107.2, se 6.107.1 for aplicável) e 100% da capacidade de interrupção nominal em
curtos-circuitos à tensão fase-terra (Ur/√3).

Os disjuntores designados para chaveamento de alguma corrente capacitiva devem ser capazes de chavear
correntes capacitivas até inclusive a corrente capacitiva nominal no nível de tensão até inclusive o especificado
(ver 6.111.7). Isto é demonstrado quando os disjuntores chaveam a corrente capacitiva nominal na tensão
especificada de ensaio.

Os requisitos de estabelecimento e interrupção trifásicos devem ser verificados preferencialmente em circuitos


trifásicos.

Se os ensaios forem realizados em laboratório, a tensão aplicada, a corrente, a tensão de restabelecimento


transitória e a freqüência industrial podem ser obtidas de uma fonte de alimentação única (ensaios diretos), ou de
diferentes fontes de alimentação onde toda corrente, ou uma maior parte dela, é obtida de uma fonte, e a tensão
de restabelecimento transitória é obtida totalmente ou em parte de uma ou mais fontes separadas
(ensaios sintéticos).

Se, devido a limitações do laboratório, o desempenho do disjuntor quanto a curto-circuito não puder ser provado
como descrito anteriormente, diversos métodos empregando ensaio direto ou sintético podem ser usados de forma
isolada ou em combinação, dependendo do tipo do disjuntor:

a) ensaio monofásico (ver 6.102.4.1);


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b) ensaio em câmaras separadas (ver 6.102.4.2);

c) ensaio em diferentes etapas (ver 6.102.4.3).

6.102.2 Quantidade de objetos sob ensaio

É aplicável 6.1.1 da ABNT NBR IEC 60694, com a seguinte adição:

Como prática recomendada para execução dos ensaios de curto-circuito de estabelecimento, interrupção e
manobra (incluindo ensaios de falta terminal, falta quilométrica, discordância de fases e manobra de corrente
capacitiva, onde aplicável), um único objeto de ensaio deve ser usado. Onde requerido, a manutenção pode ser
realizada como permitida, entre cada seqüência individual de ensaios no caso de ensaio de curto-circuito, e entre
cada série de ensaio no caso de outros ensaios que não este último. O fabricante deve fornecer uma declaração
ao laboratório de ensaio daquelas partes que podem ser recondicionadas durante os ensaios.

Se, entretanto, for reconhecido que no caso de várias seqüências de ensaio sendo conduzidas na mesma estação
de ensaios durante uma mesma ocupação do laboratório, as condições do parágrafo anterior podem acarretar
restrições econômicas. Nessas circunstâncias, é permitido usar até dois objetos de ensaio para a execução de
todos os ensaios acima mencionados. Nesse caso, uma completa identificação dos dois objetos de ensaio deve
ser realizada de acordo com 6.1.2 da ABNT NBR IEC 60694 ; em adição, a característica de percurso mecânico dos
dois objetos deve estar dentro das tolerâncias dadas em 6.101.1.1.

Como uma concessão suplementar limitada a disjuntores com mecanismos de operação independentes para cada
pólo, ensaiados de forma monofásica por completo, unidades de interrupção suplementares até dois pólos podem
ser usadas além dos dois objetos de ensaio.

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Se os ensaios forem realizados em uma ou mais unidades de um pólo, o número total de unidades envolvidas no
ensaio individual, levando-se em conta as prescrições de 6.102.4.2.3, é considerado um objeto de ensaio.
Neste caso, dois objetos de ensaio com seus mecanismos de operação associados e até dois objetos de ensaio
adicionais (unidades de interrupção apropriadas) podem ser usados.

Na figura 21 o número permitido de objetos de ensaio para ensaios de estabelecimento, interrupção e manobra é
ilustrado, e na figura 22 a definição de um objeto de ensaio de acordo com 3.2.2 da ABNT NBR IEC 60694
é ilustrada.

Esta concessão suplementar é permitida, contanto que uma inspeção do equipamento após os ensaios mostre
que não há danos indevidos em nenhuma parte não recondicionável que poderia reduzir a capacidade do disjuntor
em suportar uma série completa de ensaios de tipo, sem a troca dessas partes não recondicionáveis. Se este não
for o caso, os ensaios devem ser repetidos usando o mesmo objeto com apenas a substituição das partes
recondicionáveis, conforme declarado pelo fabricante.

Quando ensaios adicionais não obrigatórios são realizados, o uso de amostras adicionais, excedendo o número
especificado acima, é permitido (ver tabela 7).

6.102.3 Disposição do disjuntor para ensaios

6.102.3.1 Generalidades

O disjuntor sob ensaio deve ser montado completo no seu próprio suporte ou num equivalente.
Um disjuntor fornecido para instalação em cubículos ou invólucros blindados deve se montado na sua própria
estrutura-suporte com todos os seus acessórios, mecanismos de operação, saídas de ventilação e conexões
principais e barramentos.

O mecanismo de operação deve operar como o especificado e, em particular, se for de operação elétrica ou a
mola, solenóide de fechamento ou disparador em derivação de fechamento e abertura, deve ser alimentado à
respectiva tensão mínima que garanta uma operação com sucesso (85% da tensão nominal para solenóide de
fechamento ou disparador em derivação de fechamento, 85% da tensão nominal em ca ou 70% em cc. para
disparador de abertura). Para facilitar o controle consistente da operação de abertura e fechamento, o disparador
em derivação deve ser alimentado à máxima tensão de operação para os ensaios T100a, manobra de corrente
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capacitiva e o monofásico especificado em 6.108. Mecanismos de operação pneumática ou hidráulica devem


operar à mínima pressão de operação como especificado em 3.7.157, no início da seqüência nominal de operação
e como em 4.104, salvo se especificado de outra maneira. Nos casos onde a seqüência de ensaios ou as
limitações do laboratório permitirem seqüências consistindo em operações O, CO e O-t-CO separadas, aplica-se o
procedimento a seguir:

a) antes dos ensaios de estabelecimento, interrupção e manobra e começando com pressão mínima de
operação conforme 3.7.157, todos os valores de pressão durante a seqüência nominal de operação
realizadas em vazio devem ser registrados;

b) os valores registrados devem ser comparados com os valores mínimos declarados pelo fabricante que
garantam o sucesso de operações O, CO e O - t -CO separadas;

c) os ensaios devem ser realizados à pressão de operação ajustada para valores mínimos resultantes de a) e b)
acima, a que for menor, para a operação correspondente nas seqüências de ensaio; os valores de pressão
devem ser registrados no relatório de ensaio.

Dispositivos de intertravamento associados com intertravamento de pressão devem estar inoperantes durante os
ensaios, se eles interferirem com o objetivo do ensaio.

Deve ser mostrado que o disjuntor operará satisfatoriamente sob as condições acima em vazio como especificado
em 6.102.6. A pressão do gás comprimido para interrupção, se aplicável, deve ser ajustada a seu menor valor de
operação de acordo com 3.7.157.

O disjuntor deve ser ensaiado de acordo com o seu tipo, como especificado em 6.102.3.2 e 6.102.3.3.

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6.102.3.2 Disjuntor de invólucro comum

Um disjuntor tripolar, que tenha todos os seus contatos de arco instalados num invólucro comum, deve ser
ensaiado completo num circuito trifásico, considerando a IEC 61633.

As razões disto são as seguintes:

 possibilidade de descarga entre pólos ou para terra devido à influência dos gases de exaustão;

 possibilidade de haver diferenças no estado do meio de extinção (pressões, temperaturas, níveis


de poluição etc.);

 maiores interações entre fases devido a esforços eletrodinâmicos, no caso de faltas trifásicas;

 possibilidade de haver diferentes solicitações no mecanismo de operação.

6.102.3.3 Disjuntor de pólos separados

Um disjuntor tripolar constituído de três pólos separados e independentes pode ser ensaiado monofasicamente
conforme 6.102.4.1. O fabricante deve fornecer evidência de ensaio que mostre conformidade com 5.101.

Um disjuntor tripolar cujos pólos não são completamente independentes deve ser ensaiado de preferência como
um disjuntor tripolar completo. Porém, devido a limitações dos laboratórios disponíveis, pode ser feito o ensaio em
um único pólo, contanto que, no que diz respeito às condições mecânicas e elétricas aplicadas durante os ensaios,
sejam equivalentes ao disjuntor tripolar completo ou não, em uma condição mais favorável que esta do disjuntor
tripolar, sobre a faixa de ensaios com relação a

 característica de percurso mecânico na operação de estabelecimento (para método de avaliação


ver 6.102.4.1);

 característica de percurso mecânico na operação de interrupção (para método de avaliação ver 6.102.4.1);

 disponibilidade de meio de extinção do arco;


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 características eletromecânicas dos dispositivos de fechamento e abertura;

 rigidez da estrutura suporte.

6.102.3.4 Disjuntores providos de disparadores diretos de sobrecorrente

Para disjuntores providos de disparadores diretos de sobrecorrente, de acordo com os requisitos de 6.103.4, os
disjuntores providos de disparadores diretos de sobrecorrente devem estar inoperantes durante os ensaios de
estabelecimento, interrupção, chaveamento e disparo de sobrecorrente, ou os transformadores de corrente devem
ser conectados no lado do circuito de ensaio.

6.102.4 Considerações gerais sobre os métodos de ensaios

6.102.4.1 Ensaios monofásicos de um pólo de um disjuntor tripolar

De acordo com este método, um pólo de um disjuntor tripolar é ensaiado monofasicamente, aplicando-se a ele a
mesma corrente e substancialmente a mesma tensão à freqüência industrial que seriam aplicadas ao pólo
correspondente à solicitação mais severa durante o estabelecimento e a interrupção trifásicos pelo disjuntor
tripolar completo sob as condições correspondentes.

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Nos casos onde o projeto do disjuntor permite o ensaio monofásico para simular condições trifásicas e o disjuntor
é equipado com um único mecanismo de operação para todos os pólos, uma montagem tripolar completa deve ser
fornecida para os ensaios.

Para ensaios de curto-circuito com o objetivo de estabelecer se o disjuntor permite ensaios monofásicos para
simular condições trifásicas, devem ser feitos ensaios de verificação, consistindo em uma operação de
estabelecimento simétrica e assimétrica e uma operação de interrupção. Além disso, deve ser verificado que as
características de operação do disjuntor a ser ensaiado monofasicamente correspondem às de 6.101.1.1.

O ensaio de verificação para interrupção consiste na execução de um ensaio de interrupção de um curto-circuito


trifásico a um mesmo nível de corrente de T100s, sem TRT para qualquer tensão de ensaio conveniente, com o
mais longo tempo de arco esperado no último pólo a interromper.

O ensaio de verificação para estabelecimento consiste em duas operações de estabelecimento trifásicas sob as
mesmas condições, conforme 6.104.2. Numa primeira operação de estabelecimento devem ser alcançados, em
um pólo, a corrente simétrica plena esperada e o máximo tempo de pré-arco. Na outra operação de
estabelecimento deve-se alcançar, em um pólo, a máxima corrente assimétrica; neste caso, a operação de
estabelecimento pode ser realizada com uma redução de tensão conveniente.

Durante estes ensaios de verificação de estabelecimento e interrupção, o curso do contato é registrado.


Ele deve ser usado como uma referência para o procedimento seguinte. (ver figura 23-a). O sensor utilizado para
o registro do percurso dos contatos deve ser montado num local apropriado, permitindo obter, da melhor forma
possível, o curso dos contatos, seja diretamente, seja indiretamente.

A partir deste percurso de referência, duas envoltórias devem ser traçadas do instante da separação dos contatos
até o fim de seu curso. O afastamento das duas envoltórias em relação ao curso de referência deve estar situado
dentro da tolerância de  5% do curso total avaliado no ensaio de verificação trifásico (ver figura 23-b).

Durante um ensaio monofásico nas mesmas condições (ensaio T100s com o mais longo tempo de arco e com o
mais longo tempo de pré-arco), o percurso do contato deve ser registrado. Se o percurso do contato no ensaio
monofásico estiver dentro das envoltórias da característica mecânica do instante da separação dos contatos até o
fim do curso para a operação de abertura e do instante do toque até o fim do curso para a operação de
fechamento do ensaio trifásico, os ensaios monofásicos para representação de condições trifásicas são válidos.
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As envoltórias podem ser movidas verticalmente até que uma delas cubra a curva de referência. Isto dá máximas
tolerâncias sobre a curva de referência de percurso de contato de - 0%, + 10% e + 0%, - 10% respectivamente
(ver figuras 23-c e 23d). O deslocamento da envoltória pode ocorrer apenas uma única vez para o procedimento
completo, de forma a obter o máximo desvio total em relação à curva de referência de 10%.

NOTA Para conseguir curvas características de percurso corretas dos pólos individuais, dependendo do projeto
(operação monofásica ou trifásica) pode ser necessária a realização de ajustes, por exemplo pelo uso de funções de transferência.

Atenção especial deve ser dada à emissão de produtos do arco. Se for considerado que tais emissões podem
provavelmente prejudicar a distância de isolação a pólos adjacentes, então isso deve ser verificado com o uso de
telas metálicas aterradas (ver 6.102.8).

6.102.4.2 Ensaio em câmaras separadas

Certos disjuntores são construídos pela montagem de unidades de estabelecimento ou interrupção idênticas em
série, sendo a distribuição da tensão entre as unidades de cada pólo equalizada através do uso de impedâncias
paralelas.

Este tipo de projeto permite que o desempenho na interrupção ou estabelecimento de um disjuntor seja verificado
pela execução de ensaios em uma ou mais unidades.

Os requisitos de 6.101.1.1, 6.102.3 e 6.102.4.1 também se aplicam para ensaio de unidade. Desde que pelo
menos uma montagem completa de pólo tenha que estar disponível para os ensaios de verificação em uma ou
mais unidades, os resultados do ensaio referem-se apenas a este projeto específico de pólo.

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As seguintes situações podem ser identificadas

a) O pólo do disjuntor consiste em unidades (ou conjuntos de unidades) que são operadas separadamente e que
não possuem conexões mútuas para o meio de extinção do arco.

Neste caso, o ensaio em câmaras separadas é aceitável. Entretanto, a influência mútua através de forças
eletrodinâmicas da corrente sobre as câmaras e do arco nas unidades deve ser levada em conta (ver figura 24).
Isto pode ser feito pela substituição da segunda unidade interruptora por um condutor com forma equivalente.

b) O pólo do disjuntor consiste em unidades (ou conjuntos de unidades) que são operadas separadamente e que
possuem uma conexão mútua para o meio de extinção do arco.

Neste caso, o ensaio de unidades é aceitável somente se durante o ensaio o arco estiver estabelecido nas
unidades não submetidas ao ensaio (por exemplo, usadas como disjuntor auxiliar em ensaios sintéticos).

c) O pólo do disjuntor consiste em unidades (ou conjuntos de unidades) que não são operadas separadamente.

Neste caso, o ensaio de unidades é aceitável somente se as características de percurso mecânico para o
ensaio monofásico e para ensaio de pólo completo forem as mesmas. O procedimento, conforme descrito
em 6.102.4.1 para ensaio monofásico em disjuntor tripolar, deve ser aplicado. Além disso, a influência de
forças eletrodinâmicas (ver também item a) acima) deve ser contemplada.

Entretanto, se durante o ensaio o arco estiver estabelecido nas unidades não submetidas ao ensaio
(por exemplo, usadas como disjuntor auxiliar em ensaios sintéticos), os requisitos relativos às características
de percurso mecânico são considerados cobertos. Neste caso, o requisito para disjuntores que possuem
conexões mútuas para o meio de extinção entre unidades (ver também item b) acima) está coberto ao mesmo
tempo.

d) Para correntes de ensaio iguais ou menores que 60% da corrente nominal de curto-circuito, o ensaio de
unidade é admissível se o volume do meio de extinção do arco da unidade sob ensaio for proporcional à parte
aplicável de um conjunto de unidades possuindo um mesmo meio de extinção.

As características de percurso mecânico para o ensaio de unidade e para ensaio de pólo completo devem ser
as mesmas. O procedimento de 6.102.4.1 para ensaio monofásico de um disjuntor tripolar deve ser aplicado.
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Quando se realizam ensaios de unidade é necessário que as unidades sejam idênticas e que seja conhecida a
distribuição estática de tensão para o ensaio considerado (por exemplo, faltas terminais, faltas quilométricas,
discordância de fases etc.).

6.102.4.2.1 Natureza idêntica das unidades

As unidades do disjuntor devem ser idênticas na sua forma, nas suas dimensões e nas suas condições operativas;
somente os dispositivos destinados a controlar a distribuição de tensão entre as unidades podem ser diferentes.
Particularmente, devem ser satisfeitas as seguintes condições:

a) Operação dos contatos

A abertura dos contatos de um pólo, nos ensaios de interrupção, ou o fechamento dos contatos de um pólo,
nos ensaios de estabelecimento, devem ser tais que o intervalo de tempo entre a abertura ou o fechamento
dos contatos da primeira unidade a operar e dos contatos da última unidade a operar não seja superior a um
oitavo de ciclo da freqüência nominal. Deve-se utilizar as pressões e tensões nominais para determinar este
intervalo de tempo.

b) Alimentação do meio de extinção do arco

Para um disjuntor que utilize um meio de extinção de arco de origem externa, a alimentação de cada unidade
deve ser, para efeitos práticos, independente das outras unidades, e o arranjo do suprimento deste meio
extintor deve ser tal que assegure que sejam alimentados essencialmente ao mesmo tempo e de maneira
idêntica.

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6.102.4.2.2 Distribuição de tensão

A tensão de ensaio é determinada analisando-se a distribuição de tensão entre as unidades do pólo.

A distribuição de tensão entre as unidades de um pólo, afetado pela influência da terra, deve ser determinada para
condições de ensaio relevantes específicas para os ensaios monopolares:

 para condições de falta terminal ver itens c) e d) de 6.103.3 e figuras 27-a, 27-b, 28-a e 28-b;

NOTA 1 Os circuitos de ensaio apresentados nas figuras 27b e 28b não se aplicam a disjuntores onde a isolação
entre fases e/ou entre fase-terra é crítica (por exemplo, GIS e tanque morto). Métodos de ensaio apropriados são mostrados
na IEC 61633.

 para condições de falta quilométrica, ver 6.109.3;

 para condições de discordância de fases, ver 6.110.1 e figuras 51, 52 e 53;

 para condições de manobra de corrente capacitiva, ver 6.111.3, 6.111.4 e 6.111.5.

Quando as unidades não estão dispostas simetricamente, a distribuição da tensão deve ser também determinada
invertendo-se as ligações.

A distribuição da tensão é determinada tanto por medição quanto por cálculo. Os valores utilizados nos cálculos
devem ser garantidos pelas medições das capacitâncias parasitas do disjuntor. Tanto os cálculos quanto as
medições que verificam as hipóteses utilizadas nos cálculos são de responsabilidade do fabricante.

Se o disjuntor for provido de resistores em paralelo, a distribuição de tensão deve ser calculada ou medida
estaticamente, à freqüência equivalente da TRT.

NOTA 2 Admite-se que a freqüência equivalente seja igual a 1/(2t1) no caso da representação da TRT por quatro
parâmetros ou igual a 1/(2t3), no caso de dois parâmetros (ver figuras 39 e 40).

Para ensaio em unidades separadas na condição de falta quilométrica, a distribuição da tensão deve ser calculada
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ou medida estaticamente, tomando-se por base uma tensão do lado da linha à freqüência fundamental de
oscilação dessa linha, e uma tensão do lado da alimentação à freqüência equivalente da TRT para faltas terminais.
O ponto comum às duas tensões tem o potencial da terra.

Se a distribuição da tensão for obtida unicamente por intermédio de capacitores, ela pode ser calculada ou medida
na freqüência industrial.

Devem ser levadas em conta as tolerâncias de fabricação dos resistores e capacitores. Essas tolerâncias devem
ser indicadas pelo fabricante.

NOTA 3 Deve ser levado em consideração que a distribuição de tensão é mais favorável durante os ensaios de interrupção
em discordância de fases e de corrente capacitiva do que durante os ensaios de faltas terminais ou quilométricas. Isto se aplica
também nos casos em que, excepcionalmente, os ensaios devem ser efetuados sob condições de faltas isoladas em sistemas
de neutro aterrado.

NOTA 4 A influência da poluição não é normalmente considerada na determinação da distribuição de tensão.


Porém, em alguns casos, a poluição pode afetar esta distribuição.

6.102.4.2.3 Requisitos para ensaios de câmara separada

Quando é ensaiada uma câmara separada, a tensão de ensaio deve ser a tensão da câmara mais solicitada no
pólo completo do disjuntor, determinada conforme 6.102.4.2.2. Para as condições de falta quilométrica, a unidade
de referência é a que é mais solicitada no instante especificado para a primeira crista da tensão transitória do lado
da linha.

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Quando é ensaiado um grupo de câmaras, a tensão que aparece nos terminais da câmara mais solicitada do
grupo deve ser igual à tensão da unidade mais solicitada do pólo, ambas determinadas conforme 6.102.4.2.2.

Nos ensaios de câmara separada, o isolamento para a terra não é submetido a uma solicitação correspondente à
plena tensão que aparece durante um ensaio de interrupção efetuado no disjuntor completo. Para certos tipos de
disjuntores, tais como disjuntores em invólucros metálicos, é necessário provar que o isolamento para a terra é
capaz de suportar esta plena tensão após a interrupção da corrente de curto-circuito nominal, com o máximo tempo
de arco em todas as unidades. Deve ser levada em consideração também a influência dos gases de exaustão.

Deve ser considerada a IEC 61633.

6.102.4.3 Ensaios em diferentes etapas

Se todos os requisitos de TRT para uma dada série de ensaio não puderem ser encontrados simultaneamente, é
utilizado o método de ensaio em duas etapas sucessivas, conforme figura 43.

Na primeira etapa do ensaio, a parte inicial da TRT não deve atravessar o segmento de reta definindo o retardo e
deve satisfazer a linha de referência especificada até o ponto definido pela tensão u1 e o tempo t1.

Na segunda etapa do ensaio, o ponto definido pela tensão Ur e o tempo t2 deve ser atingido.

O número de ensaios para cada parte deve ser o mesmo conforme requerido para a série de ensaio de curto-
circuito e o tempo de arco para cada parte deve satisfazer os requisitos de 6.102.10. Os tempos de arco dos
ensaios separados que constituem partes de um ensaio em diferentes etapas devem ser os mesmos, com uma
margem de  1 ms. Além disso, se o mínimo tempo de arco em uma das diferentes partes diferir daquele que
estabeleceu na outra parte por mais que 1 ms, então o máximo tempo de arco associado com o mais longo dos
dois mínimos tempos de arco devem ser usados para ambas as partes.

Entre a primeira parte e a segunda parte do ensaio, o disjuntor pode ser recondicionado de acordo com 6.102.9.5.

Em raros casos, pode ser necessária a realização do ensaio em mais de duas partes. Em tais casos os princípios
estabelecidos acima devem ser aplicados.
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6.102.5 Ensaios sintéticos

Métodos de ensaios sintéticos podem ser aplicados para ensaios de estabelecimento, interrupção e manobra
como especificado em 6.106 a 6.111. Os métodos e técnicas de ensaios sintéticos estão descritos na IEC 60427.

6.102.6 Operações sem carga antes dos ensaios

Antes de iniciar os ensaios de estabelecimento e interrupção, devem ser efetuadas operações sem carga
(O, CO e O - t - CO), durante as quais detalhes das características de operação do disjuntor, tais como tempos de
fechamento e abertura, devem ser registrados.

Adicionalmente, deve ser demonstrado que o comportamento mecânico do disjuntor, ou da amostra sob ensaio,
está de acordo com as características mecânicas de percursos estabelecidas em 6.101.1.1. Para este ensaio
aplicam-se as condições operativas estabelecidas em 6.101.1.1. Após uma troca de contatos ou qualquer
manutenção, estas características mecânicas de percurso devem ser confirmadas através da repetição daqueles
ensaios sem carga.

No caso de um disjuntor equipado com um disparador de corrente de estabelecimento, deve ser mostrado que
este não atua durante os ensaios sem carga.

A pressão do fluido para interrupção deve ser fixada ao seu valor mínimo funcional de acordo com 3.7.158.

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No caso de disjuntores operados por solenóide ou por mola, devem ser realizadas operações com o solenóide de
fechamento ou o disparador de fechamento em derivação energizados a 100% e 85% da tensão nominal de
alimentação do dispositivo de fechamento e com o disparador de abertura em derivação energizado a 100%
e 85% no caso de c.a. e 100% e 70% no caso de c.c. da tensão nominal de alimentação.

No caso de dispositivos com comando hidráulico ou pneumático, as operações devem ser realizadas nas
seguintes condições:

a) pressão do fluido para operação fixada no seu valor mínimo funcional como em 3.7.157, com os disparadores
de abertura em derivação energizados a 85% no caso de c.a., a 70% no caso de c.c. e com os disparadores
de fechamento em derivação energizados a 85% da tensão nominal de alimentação.

b) pressão do fluido para operação fixada no seu valor nominal como em 4.10, com os disparadores em
derivação energizados à tensão nominal de alimentação

6.102.7 Mecanismos alternativos de operação

Se o disjuntor for destinado a ser utilizado com mecanismos alternativos de operação, uma série separada de
seqüências de ensaio em curto-circuito deve ser efetuada para cada tipo de mecanismo, salvo quando ficar
comprovado que as substituições de mecanismos não afetam o comportamento da parte comum a estes,
particularmente no que se refere às características de abertura e fechamento do disjuntor.

Se isto puder ser demonstrado satisfatoriamente, somente uma série completa de seqüências de ensaio em curto-
circuito do disjuntor é requerida com um dos mecanismos alternativos, porém em cada um dos mecanismos
alternativos deve ser repetida toda a seqüência de ensaio em curto-circuito para falta terminal T100s.

A evidência da equivalência de um mecanismo alternativo de operação deve ser demonstrada pelos seguintes
ensaios de verificação:

a) Em cada um dos disjuntores (com um mecanismo de operação original e com um alternativo) deve ser
realizado um ciclo de operação de fechamento e abertura sem carga. Para cada um dos ensaios deve ser
registrado o percurso dos contatos. O percurso total dos contatos durante o ensaio com o mecanismo original
deve ser usado como referência (ver figura 23a). As curvas obtidas durante as operações de abertura e
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fechamento do disjuntor com mecanismo alternativo de operação devem estar contidas entre as duas
envoltórias como descritas em 6.101.1.1, do instante do contato de separação ou toque dos contatos,
respectivamente, até o final do curso do contato.

b) Em cada um dos disjuntores deve ser executada uma operação de interrupção de acordo com a série T100s,
sem TRT para qualquer tensão de ensaio conveniente e com o mais longo tempo de arco. O ensaio deve ser
avaliado de acordo com o método descrito no item a) acima.

NOTA É suficiente executar o ensaio de verificação do item b) com uma única freqüência (50 Hz ou 60 Hz).

6.102.8 Comportamento do disjuntor durante os ensaios

Durante os ensaios de estabelecimento e de interrupção, o disjuntor não deve

 apresentar sinais de desgaste;

 apresentar interação prejudicial entre os pólos;

 apresentar interação prejudicial entre equipamentos adjacentes do laboratórios de ensaio;

 apresentar comportamento que possa causar risco ao operador.

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Para disjuntores que são projetados para ter descargas do meio de interferência para atmosfera durante os
ensaios de estabelecimento e interrupção, os requisitos acima são considerados atendidos, desde que

 para disjuntores a óleo, não haja emissão de chamas para o exterior e os gases produzidos, juntamente com
o óleo impelido por estes, devem ser canalizados e dirigidos para fora do disjuntor, evitando-se qualquer parte
energizada ou locais onde possa haver pessoas;

 para outros tipos de disjuntores, tais como sopro de ar ou disjuntores a ar, haja emissão de chamas, gases
e/ou partículas metálicas. Se tais emissões forem apreciáveis, pode ser requerido que os ensaios sejam feitos
com anteparos de proteção na vizinhança das partes vivas e separados deles por uma distância segura que o
fabricante deve especificar. O anteparo deve ser isolado da terra, mas conectado a esse local por um
dispositivo conveniente para indicar qualquer fuga de corrente para a terra. Não deve ocorrer indicação de
corrente de fuga significante para a estrutura do disjuntor aterrado, ou anteparo quando montado,
durante os ensaios.

NOTA 1 Se nenhum outro dispositivo estiver disponível, as partes aterradas etc. devem ser conectadas à terra através de
um fusível composto de um fio de cobre de 0,1 mm de diâmetro e com 5 cm de comprimento. É considerado que nenhuma
fuga significante tenha ocorrido se este fusível estiver intacto após o ensaio.

Se ocorrerem falhas não persistentes ou devido a erro de projeto, mas particularmente devido a erros de
montagem ou manutenção, estas falhas podem ser corrigidas e a seqüência de ensaio pode ser repetida. Nestes
casos, o relatório de ensaio deve registrar os ensaios inválidos.

Podem ocorrer descargas disruptivas não sustentadas (DDNS, somente para disjuntores a vácuo, ver 3.1.126)
durante o período de tensão de restabelecimento seguinte à operação de interrupção. As descargas durante o
período de TRT não são consideradas DDNS. Descargas são consideradas DDNS se ocorrerem após um quarto
do ciclo da freqüência industrial após a interrupção da corrente nos últimos dois pólos a abrir. Descargas ocorridas
antes desse tempo são consideradas partes integrantes do processo de extinção do arco.

Durante os ensaios de chaveamento de corrente capacitiva num circuito de ensaio trifásico com neutro isolado,
uma descarga que ocorrer após um quarto de um ciclo e até meio ciclo da freqüência industrial após a interrupção
da corrente será tratada como um reacendimento e não será considerada uma DDNS.

NOTA 2 Uma nota explicativa é dada em I.3.


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Se ocorrer uma DDNS

 são permitidas no máximo três ocorrências de DDNS durante uma série completa de ensaio de tipo
de curto-circuito, incluindo quaisquer ciclos de ensaios repetidos ou reiniciado;

 no caso de ensaios de chaveamento de corrente capacitiva, um número máximo de DDNS correspondente a


um nono do número de operações de interrupção é permitido durante a série de ensaios individuais,
por exemplo ensaios de chaveamento de linha em vazio;

 em qualquer caso, quando existem múltiplas ocorrências de fenômenos durante um ensaio, elas devem ser
registradas individualmente;

 não é permitida a retomada do disparo da corrente à freqüência industrial pela DDNS mesmo que isto possa
resultar somente numa única alternância da corrente;

 o relatório de ensaio deve fazer referência às DDNS e aos ciclos de ensaios em que os disparos ocorrerem.

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6.102.9 Condição do disjuntor após os ensaios

6.102.9.1 Generalidades

O disjuntor pode ser inspecionado após cada seqüência de ensaio. Suas partes mecânicas e seus isoladores
devem estar praticamente no estado anterior ao da seqüência de ensaio. A inspeção visual é usualmente
suficiente para a verificação das propriedades de isolamento. Em caso de dúvida, a condição de ensaio de
verificação, conforme 6.2.11 é suficiente para comprovar propriedades de isolamento.

Para disjuntores com unidades de interrupção seladas, o ensaio de verificação é obrigatório, exceto como
especificado em 6.102.9.4.

6.102.9.2 Condição após uma seqüência de ensaio em curto-circuito

Após cada seqüência de ensaio em curto-circuito, o disjuntor deve ser capaz de estabelecer e de interromper sua
corrente nominal sob tensão nominal, embora seja admitido que seu desempenho no estabelecimento e na
interrupção em curto-circuito possa ser afetado. Após a seqüência de ensaio L90, deve ser realizada uma condição
de ensaio de verificação conforme 6.2.11. Se a seqüência de ensaio L90 não for executada, os ensaios devem ser
executados após a seqüência de ensaio T100s.

Os contatos principais devem estar em estado tal, particularmente no que se refere ao desgaste, superfície de
contato, pressão e liberdade de movimento, que possam suportar a corrente nominal sem que sua elevação de
temperatura ultrapasse em mais de 10 K os limites especificados para estes contatos na tabela 3
da ABNT NBR IEC 60694.

NOTA A experiência mostra que um aumento da queda de tensão nos terminais do disjuntor não pode ser considerado
por si só como uma prova certa de acréscimo de elevação de temperatura.

Os contatos podem ser considerados “prateados” somente se uma camada de prata subsistir nos pontos de
contato após qualquer uma das seqüências de ensaio de curto-circuito; caso contrário, os contatos devem ser
considerados não “prateados” (ver 4.4.3, nota 6 da ABNT NBR IEC 60694).

A fim de verificar a operação do disjuntor após o ensaio, operações sem carga devem ser feitas, se contatos forem
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trocados ou outra manutenção for realizada depois da série de ensaios de curto-circuito. Estes devem ser
comparados com operações correspondentes feitas de acordo com 6.102.6 e não devem mostrar significantes
alterações.

6.102.9.3 Condição após uma série de ensaio em curto-circuito

Para verificar o funcionamento do disjuntor depois do ensaio, operações de fechamento e abertura em vazio
devem ser feitas em complemento a uma série completa de ensaios de curto-circuito. Estes ensaios devem ser
comparados com os ensaios correspondentes efetuados conforme 6.102.6 e não devem mostrar diferenças
significativas. Os requisitos de 6.101.1.1 devem ser satisfeitos. O disjuntor deve fechar e trancar satisfatoriamente.

É reconhecido que a capacidade de condução, interrupção e estabelecimento da corrente de curto-circuito nominal


será afetada, mas a degradação dos componentes do caminho de condução da corrente não devem reduzir a
integridade do isolamento ou dos componentes mecanicamente acionados do disjuntor. Com relação aos contatos
principais, aplicam-se os requisitos pertinentes de 6.102.9.2.

Não se pode estabelecer critério para o nível aceitável de deterioração do fluido isolante (gás, óleo, ar etc.),
posto que sua durabilidade requerida está vinculada ao critério de projeto de cada tipo individual de disjuntor.

6.102.9.4 Condição após uma série de ensaio de manobra de corrente capacitiva

Após a série de ensaios de manobra de linhas em vazio, cabos em vazio e banco de capacitores, especificados
em 6.111.9, serem efetuados e antes do recondicionamento, o disjuntor deve ser capaz de funcionar de modo
satisfatório para qualquer corrente de estabelecimento e interrupção inferiores ou até iguais às suas capacidades
de estabelecimento e de interrupção nominais em curto-circuito à tensão nominal.

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Além disso, o disjuntor deve ser capaz de conduzir sua corrente nominal sem que a elevação de temperatura
ultrapasse o limite de elevação de temperatura permitido na tabela 3 da ABNT NBR IEC 60694.
Em caso de disjuntores classe C2, a elevação de temperatura não deve exceder os valores estabelecidos na
tabela 3 do ABNT NBR IEC 60694 em mais de 10 K.

Não é permitido que os materiais isolantes internos apresentem sinais evidentes de perfuração, marcas
permanentes de descarga de contorno ou escoamento; admite-se, todavia, desgaste moderado das partes dos
dispositivos de extinção de arco expostos à ação deste.

A degradação dos componentes na passagem da corrente não deve reduzir a integridade do circuito normal de
corrente.

Se durante os ensaios de manobra de corrente capacitiva ocorrer um reacendimento, deve ser realizado um
ensaio de verificação da condição dielétrica de acordo com 6.2.11 antes da inspeção visual, contanto que a crista
da tensão de restabelecimento durante ensaios de manobra de corrente capacitiva seja menor que a crista da
tensão do ensaio de verificação da condição dielétrica especificada. A inspeção visual subseqüente deve
demonstrar que o reacendimento ocorreu somente entre os contatos de arco. Não é permitido que os materiais
isolantes internos apresentem sinais evidentes de perfuração, marcas permanentes de descarga de contorno ou
escoamento. É permitido desgaste dos componente dos dispositivos de controle de arco expostos ao arco, desde
que isto não afete a capacidade de interrupção. Além disso, a inspeção do isolamento entre os contatos principais,
se diferentes dos contatos de arco, não deve mostrar nenhum sinal de reacendimento.

Se não ocorrer reacendimento durante os ensaios de manobra de corrente capacitiva, a inspeção visual é
suficiente. O ensaio para verificar as condições dielétricas de acordo com 6.2.11 não deve ser realizado.
Quando forem desenvolvidos ensaios adicionais no mesmo pólo, deve-se executar o ensaio de verificação das
condições dielétricas após o ensaio de manobra de corrente capacitiva. Se não ocorrer reacendimento durante o
ensaio de manobra de corrente capacitiva, não é necessário executar este ensaio de verificação das condições
dielétricas e o ensaio de verificação das condições pode ser executado após os ensaios adicionais.

NOTA Se o disjuntor falhar durante os ensaios adicionais, este procedimento pode invalidar os ensaios de manobra de
corrente capacitiva.

Para disjuntores com unidades de interrupção seladas, o ensaio de verificação das condições dielétricas deve ser
executado de acordo com 6.2.11, ocorrendo ou não um reacendimento durante o ensaio, desde que o valor de
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crista da tensão de restabelecimento de ensaio durante o ensaio de manobra de corrente capacitiva seja menor
que o valor de pico da tensão do ensaio de verificação das condições dielétricas especificadas.

6.102.9.5 Recondicionamento após uma série de ensaios de curto-circuito e de outros ensaios

Pode ser necessário conduzir um trabalho de manutenção no disjuntor após a execução de um ciclo de ensaio de
curto-circuito ou outras séries de ensaios, com o objetivo de restaurar-lhe as condições originais especificadas
pelo fabricante. Por exemplo, pode ser necessário:

a) reparar ou substituir os contatos de arco, assim como toda peça intercambiável indicada pelo fabricante;

b) filtrar ou substituir o óleo ou qualquer meio de extinção e completar com a quantidade necessária para
restabelecer seu nível normal e/ou sua densidade;

c) limpar a isolação interna para remover os depósitos provenientes da decomposição do meio de extinção.

O disjuntor de classe E2 não pode ser recondicionado durante uma seqüência de ensaio em curto-circuito básico,
dado em 6.106.

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6.102.10 Demonstração dos tempos de arco

Na execução da seqüência de três operações de interrupção válidas, é preferível que a última resulte no tempo de
arco médio. Os procedimentos descritos nesta seção são importantes para o ajuste dos tempos de arco
presumidos. O tempo de arco real pode variar em relação aos presumidos. Os ensaios serão válidos se os tempos
de arco reais estiverem contidos nas tolerâncias dadas no anexo B.

Para disjuntores com a seqüência de operação nominal CO- t” - CO, uma operação CO deve demonstrar o tempo
de arco mínimo e a outra, o tempo de arco máximo.

Os ensaios de falta terminais T100a de 6.102.10.1.2, 6.102.10.2.1.2 e 6.102.10.2.2.2 consistem em três operações
válidas, independentemente da seqüência nominal de operações. Após o número de operações previstas,
conforme a seqüência nominal de operações, o disjuntor pode ser recondicionado de acordo com 6.102.9.5.

NOTA Os tempos de arcos especificados são adequados para cobrir os efeitos da não simultaneidade não intencional dos
pólos do disjuntor.

6.102.10.1 Ensaios trifásicos

Os procedimentos dados abaixo são para ensaios diretos. Quando são executados ensaios sintéticos,
é necessário estabelecer um tempo mínimo de arco para o primeiro pólo a abrir antes de iniciar a seqüência.
O método para estabelecer este tempo mínimo de arco é dado em 6.102.10.2.

6.102.10.1.1 Seqüências de ensaios T10, T30, T60, T100s, T100s(b), OP1 e OP2

Para estes ensaios o ajuste do impulso de disparo deve ser adiantado de aproximadamente 40 graus elétricos (40°)
entre cada operação de abertura. Para o ensaio T100s(b), ver nota em 6.106.

Uma representação gráfica para as três operações de abertura válidas para o fator de primeiro pólo a abrir 1,5 é
apresentada na figura 29 e para o fator de primeiro pólo a abrir 1,3 na figura 30.

6.102.10.1.2 Seqüência de ensaio T100a


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Considerando que a severidade dos ensaios desta seqüência pode variar muito em função do instante da
separação dos contatos, foi desenvolvido um procedimento que permite submeter o disjuntor sob ensaio a
solicitações realistas. O objetivo é alcançar uma série de três ensaios válidos. O instante do estabelecimento do
curto-circuito muda de 60° elétricos entre cada ensaio, a fim de transferir sucessivamente sobre cada pólo a
componente contínua no momento da separação dos contatos.

Além disso, durante a série de ensaios, procura-se simular pelo menos uma vez a condição do primeiro pólo que
abre, submetido à componente contínua especificada, a fim de atender aos requisitos de TRT. Este ensaio é
válido se a corrente for interrompida neste pólo, após a ocorrência de um arco durante uma grande alternância
completa ou durante a maior parte possível dela. Considerando que alguns disjuntores não interrompem o arco
após uma grande alternância, o ensaio é ainda válido se o arco permanecer durante a pequena alternância
seguinte. Entretanto, se o disjuntor interrompe o arco no pólo submetido à componente contínua especificada,
após a ocorrência de parte de uma grande alternância ou após a ocorrência de uma pequena alternância, sem que
o arco apareça durante a grande alternância precedente, ou durante a maior parte possível desta, o ensaio deve
ser considerado inválido.

Segue o procedimento do ensaio.

Para a primeira operação válida, o início do curto-circuito e o ajuste do controle do impulso de disparo devem ser
tais, que

 a componente c.c. requerida na separação dos contatos é obtida em uma fase;

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 a extinção do arco ocorre na fase com a componente c.c. requerida após uma grande alternância
(ou a maior parte possível desta), no caso do primeiro pólo a abrir ou após a ocorrência de uma grande
alternância estendida (ou a maior parte possível desta), no caso de uma das últimas fases a abrir.

Para a segunda operação válida, o início do curto-circuito deve ser adiantado de 60° e o ajuste do controle do
disparo de abertura deve ser como a seguir:

 se a primeira operação for válida porque a extinção do arco ocorreu na fase com a componente c.c. requerida
depois de uma grande alternância, o ajuste do controle de disparo deve ser adiantado de aproximadamente
130° elétricos em relação à primeira operação válida;

 se a primeira operação for válida porque ocorreu a extinção do arco na fase com a componente contínua
requerida depois de uma grande alternância estendida, então o ajuste do controle de disparo deve ser
adiantado de aproximadamente 25° elétricos em relação à primeira operação válida.

Para a terceira operação, pode ser repetido o procedimento da segunda operação, isto é, o início do curto-circuito
deve ser adiantado de 60° elétricos em relação à segunda operação e o ajuste do disparo de abertura deve ser
como a seguir:

 se a segunda operação for válida porque a extinção do arco ocorreu na fase com a componente contínua
requerida após uma grande alternância, o ajuste de disparo deve adiantado de aproximadamente 130°
elétricos em relação à segunda operação;

 se a segunda operação for válida porque ocorreu a extinção do arco na fase com a componente contínua
requerida após uma grande alternância estendida, o ajuste do disparo deve ser adiantado de
aproximadamente 25° elétricos em relação à segunda operação.

Uma representação gráfica das três operações de abertura válidas para o fator de primeiro pólo a abrir 1,5
é apresentada na figura 31 e para o fator de primeiro pólo a abrir 1,3 na figura 32.

Se as características do disjuntor não forem constantes, pode ser necessário usar outro procedimento para
conseguir três operações válidas descritas acima. Se não for possível alcançar os requisitos acima devido às
características do disjuntor, o número de operações deve ser estendido para provar que, neste caso em particular,
as condições de ensaio mais severas foram alcançadas. Não devem ser realizados mais do que seis operações
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de abertura do disjuntor para se alcançar os requisitos acima. As peças intercambiáveis do disjuntor podem ser
substituídas antes de se prosseguir os ensaios.

6.102.10.2 Ensaios monofásicos em substituição às condições trifásicas

Os procedimentos abaixo derivam parcialmente dos métodos de ensaio sintéticos. Quando são executados
ensaios diretos, o procedimento para se estabelecer o tempo mínimo de arco pode resultar em um ensaio válido
com o tempo máximo de arco ou com um tempo de arco excedente ao tempo máximo de arco.

O objetivo dos ensaios monofásicos seguintes é satisfazer as condições de primeiro e último pólos a abrir para
cada seqüência de ensaio num circuito de ensaio.

Os procedimentos seguintes são aplicáveis se todas as operações das seqüências nominais completas
satisfizerem os requisitos de 5.101. Caso contrário, deve-se ter cuidado ao utilizar as tabelas 10, 11 e 12.

6.102.10.2.1 Outros sistemas não solidamente aterrados

6.102.10.2.1.1 Seqüências de ensaio T10, T30, T60, T100s, T100s(b), OP1 e OP2

A primeira operação de interrupção válida deve demonstrar a extinção com uma duração de arco tão pequena
quanto possível. O tempo de arco resultante é conhecido como o tempo de arco mínimo (t arc min). Este é obtido
quando qualquer retardo extra na separação do contato em relação à forma de onda da corrente resulta numa
interrupção no próximo zero de corrente. Este tempo de arco mínimo é encontrado pela mudança do impulso de
disparo em degraus de aproximadamente 18° (d).

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A segunda operação de interrupção válida deve demonstrar a extinção com o tempo de arco máximo. O tempo de
arco máximo requerido é conhecido como t arc max e é determinado por:

150  dα
t arc max  t arc min  T
360

onde

t arc min é o tempo de arco mínimo obtido da primeira operação válida;

dα = 18°;

T é um período da freqüência industrial.

Isto é normalmente alcançado pelo ajuste do impulso de disparo de pelo menos (150º – d) adiantado em relação
à primeira operação de interrupção válida.

A terceira operação de interrupção válida deve demonstrar extinção com um tempo de arco que é
aproximadamente igual ao valor médio daqueles da primeira e da segunda operações de interrupção válidas.
Este tempo de arco é conhecido como o tempo de arco médio (t arc med) e é determinado por:

tarc med = (tarc max + tarc min)/2

O impulso de disparo para a terceira operação de interrupção válida deve ser atrasado de aproximadamente 75°
( 18°) daquele da segunda operação de interrupção válida.

A figura 33 mostra a representação gráfica das três operações de interrupção válidas.

6.102.10.2.1.2 Seqüência de ensaio T100a

a) Tempos de arco
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A primeira operação de interrupção válida deve demonstrar extinção no fim da menor alternância com uma
duração do arco tão pequena quanto possível. A duração do arco resultante é conhecida como o tempo de
arco mínimo (t arc min). Este é obtido quando qualquer retardo extra na separação do contato em relação à
forma de onda da corrente resulta numa interrupção no próximo zero de corrente que ocorrerá no fim de uma
maior alternância. Este tempo de arco mínimo é encontrado pela mudança do ajuste do impulso de disparo
em degraus de aproximadamente 18º (d).

A segunda operação de interrupção válida deve demonstrar a extinção com o tempo de arco máximo.
O tempo de arco máximo é conhecido como t arc max e é determinado por:

t arc max  t arc min  Δt1  T


30  d 
360

onde o intervalo de tempo t1 é a duração da maior alternância dada nas tabelas 10 e 11.

O intervalo de tempo t1 é uma função da constante do tempo do circuito (), da freqüência nominal do
sistema e do tempo de abertura do disjuntor. O intervalo de tempo t1 deve ser igual ou maior do que a
duração da maior alternância subseqüente (sobre a onda apropriada da corrente assimétrica) que ocorrerá
após um tempo igual à soma do tempo de operação do relé de proteção e do tempo de abertura do disjuntor.

A interrupção deve ocorrer após uma maior alternância ou após a menor alternância subseqüente, se o
disjuntor falhar na interrupção durante essa maior alternância. Isto é alcançado pelo ajuste do impulso de
disparo para depois daquele da primeira operação de interrupção válida.

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As tabelas 10 e 11 consideram o tempo do relé de meio ciclo da freqüência nominal (10 ms para 50 Hz e 8,3
ms para 60 Hz). Se o disjuntor falhar na interrupção após a maior alternância requerida e interromper depois
da alternância menor subseqüente, o tempo de arco máximo requerido é estendido pela duração da
alternância menor subseqüente t2 dado nas tabelas 10 e 11.

A terceira operação de interrupção válida deve demonstrar extinção com um tempo de arco que é
aproximadamente igual ao valor médio daqueles da primeira e da segunda operação de interrupção válida.
Este tempo de arco é conhecido como o tempo de arco médio t arc med e é determinado por

tarc med = (tarc max + tarc min)/2

Esta interrupção deve também ocorrer depois da maior alternância ou depois da menor alternância
subseqüente, se o disjuntor falhar a interrupção durante essa maior alternância.

O impulso de disparo para a terceira operação de interrupção válida deve ser atrasado daquele da segunda
operação de interrupção válida para alcançar este tempo de arco.

A figura 34 mostra a representação gráfica das três operações de interrupções válidas.

b) Corrente de curto-circuito durante o intervalo de arco

Se a constante de tempo do circuito de ensaio for diferente da constante de tempo especificada, as operações
de interrupção são válidas se as seguintes condições forem encontradas:

 o valor de crista da corrente de curto-circuito durante a última alternância, anterior à interrupção, está
entre 90% e 110% do valor requerido;

 a duração da alternância da corrente de curto-circuito, antes da interrupção, deve estar entre 90%
e 110% do valor requerido.

As tabelas 10 e 11 apresentam os valores de crista da corrente de curto-circuito requeridos e durações das


alternâncias que devem ser alcançadas pela última alternância antes da interrupção.
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Tabela 10 — Valor de crista e duração da corrente de alternância durante o período


de arco para operação em 50 Hz em relação à seqüência de curto-circuito T100a
Tempo de  = 45 ms  = 60 ms  = 75 ms  = 120 ms
abertura
Î t1 Î t1 Î t1 Î t1
ms p.u. ms p.u. ms p.u. ms p.u. ms
0 - 12,5 1,51 13,5 1,61 14,0 1,67 15,0 1,78 15,5
Alternância
12,5 - 33,0 1,33 12,5 1,44 13,0 1,51 13,5 1,66 14,5
maior
33,0 - 53,5 1,21 11,5 1,31 12,0 1,39 12,5 1,56 14,0
Î t2 Î t2 Î t2 Î t2
p.u. ms p.u. ms p.u. ms p.u. ms
0 - 12,5 0,36 5,5 0,28 5,0 0,23 4,5 0,16 3,5
Alternância
12,5 - 33,0 0,59 7,0 0,49 7,0 0,41 6,0 0,28 5,0
menor
33,0 - 53,5 0,74 8,5 0,63 8,0 0,55 6,5 0,40 6,0
Î valor de crista da corrente em p.u. em relação ao valor de crista da corrente de curto-circuito.
t1 duração da maior alternância (arredondado para 0,5 ms).
t2 duração da menor alternância (arredondado para 0,5 ms).
 constante de tempo do circuito do sistema.

Todos os valores na tabela 10 foram calculados com um tempo de relé de proteção de 10 ms.

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Tabela 11 — Valor de crista e duração da alternância da corrente durante o período


de arco para operação em 60 Hz em relação à seqüência de ensaio de curto-circuito T100a

Tempo de  = 45 ms  = 60 ms  = 75 ms  = 120 ms
abertura
Î t1 Î t1 Î t1 Î t1
ms
p.u. ms p.u. ms p.u. ms p.u. ms
0 - 10,0 1,57 11,0 1,66 12,0 1,72 12,5 1,81 13,5
Alternância
10,0 - 27,5 1,39 10,0 1,50 11,0 1,57 11,5 1,70 12,5
maior
27,5 - 44,5 1,27 9,5 1,38 10,5 1,46 11,0 1,61 12,0
Î t2 Î t2 Î t2 Î t2
p.u. ms p.u. ms p.u. ms p.u. ms
0 - 10,0 0,31 5,0 0,24 4,0 0,20 3,5 0,13 2,5
Alternância
10,0 - 27,5 0,52 6,0 0,42 5,0 0,36 4,5 0,24 3,5
menor
27,5 - 44,5 0,67 6,5 0,57 6,0 0,49 6,0 0,34 4,5
Î valor de crista da corrente em p.u. em relação ao valor de crista da corrente de curto-circuito.
t1 duração da maior alternância (arredondado para 0,5 ms).
t2 duração da menor alternância (arredondado para 0,5 ms).

 constante de tempo do circuito do sistema.

Todos os valores na tabela 11 foram calculados com um tempo de relé de proteção de 8,3 ms.

NOTA A constante de tempo do circuito do sistema de 45 ms é a constante de tempo padrão; e  = 60 ms, 75 ms


e 120 ms são casos especiais de constante de tempo de acordo com 4.101.2.

6.102.10.2.2 Sistemas com neutro solidamente aterrado incluindo ensaios para faltas quilométricas

6.102.10.2.2.1 Seqüências de ensaio T10, T30, T60, T100s e T100s(b), OP1 e L90, L75 e L60
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O procedimento para obter três operações de interrupção válidas é o mesmo que o descrito para sistema de
neutro isolado, com as seguintes modificações:

O tempo de arco máximo requerido deve ser:

180º d
t arcmax  t arcmin  T
360º

Isso é normalmente obtido pelo disparo de abertura antecipado em pelo menos (180º - d) da primeira operação
de interrupção válida.

A terceira operação de interrupção válida deve demonstrar interrupção com um tempo de arco que é
aproximadamente igual ao valor médio daqueles da primeira e da segunda operações de interrupção válida. Este
tempo de arco é determinado por:

tarc med = (tarc max + tarc min)/2

A terceira operação de interrupção válida é obtida tendo o disparo da abertura, aproximadamente, 90° elétricos ( 18°)
mais atrasado do que aquela da segunda operação de interrupção válida.

A figura 35 mostra a representação gráfica das três operações de interrupção válidas.

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6.102.10.2.2.2 Seqüência de ensaio T100a

O procedimento para obter três operações de interrupção válidas é o mesmo descrito para sistema de neutro
isolado, com as seguintes modificações:

O tempo de arco máximo requerido deve ser

d
t arcmax  t arcmin  t1  T 
360 º

onde t1 é fornecido nas tabelas 10 e 11.

A figura 36 mostra a representação gráfica das três operações de interrupção válidas.

6.102.10.2.3 Procedimento modificado nos casos onde houve falha de interrupção do disjuntor durante
um ensaio com o tempo de arco médio

6.102.10.2.3.1 Ensaios de interrupção com corrente simétrica

Se o disjuntor não interromper no zero de corrente esperado durante um ensaio de interrupção com corrente
simétrica com um tempo de arco médio, então é necessário executar um ou dois ensaios adicionais.

a) Ensaios diretos

Dois casos devem ser considerados:

 Para kpp = 1,3 (sistemas com neutro solidamente aterrado)

Se o disjuntor não interromper com o tempo de arco médio presumido, mas no zero de corrente
subseqüente, o tempo de arco obtido do ensaio é chamado de “tempo de arco máximo último” t arc ult max.
Este ensaio será válido se o disjuntor for capaz de interromper durante um ensaio adicional com um
“tempo de arco mínimo novo” t arc novo min, o qual deve ser atrasado de aproximadamente 18° em relação
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ao tempo de arco médio presumido. Neste caso, somente este ensaio adicional é suficiente com o ajuste
do pulso de disparo avançado de 18°.

 Para kpp = 1,5 (sistemas com neutro não aterrado)

Caso o disjuntor não tenha interrompido com o tempo de arco médio presumido nem no zero de corrente
subseqüente, são necessários dois ensaios adicionais:

i) um com o “tempo de arco mínimo novo” t arc nov min, que deve ser 18° mais longo que o tempo de arco
médio presumido.

ii) um outro com o “tempo de arco máximo novo”, que deve ser 150° mais longo que o “tempo de arco
mínimo novo”. Neste ensaio pode ser necessário um circuito de reignição forçada precedente ao
cruzamento do zero de corrente.

b) Ensaios sintéticos

O primeiro ensaio adicional válido deve demonstrar a interrupção no “tempo de arco mínimo novo" t arc nov min.
Este é encontrado quando, durante o ensaio, qualquer adiantamento extra na separação do contato, em
relação à onda de corrente para o ensaio do tempo de arco médio, resulta na interrupção com sucesso.
O “tempo de arco mínimo novo" é encontrado pela mudança do ajuste de disparo com passos de
aproximadamente 18° (d).

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A segunda operação de interrupção válida deve demonstrar a extinção com “tempo de arco máximo último" t
arc ult max , o qual é:

150  d
t arcultmax  t arcnovmin  T se kpp = 1,5
360

180  d
t arcultmax  t arcnovmin  T se kpp = 1,3 ou 1,0
360

onde

t arc nov min é o “tempo de arco mínimo novo";

t arc ult max é o “tempo de arco máximo último";

d = 18°.

Se o disjuntor falhar durante o segundo ensaio adicional, é permitido fazer manutenção no disjuntor de acordo
com 6.102.9.5 e repetir a seqüência de ensaio partindo com um tempo de arco mínimo, o qual é maior que o
tempo de arco médio da falha.

6.102.10.2.3.2 Ensaios de interrupção com corrente assimétrica

Se o disjuntor não interromper no zero de corrente esperado após a alternância maior, durante o ensaio de
interrupção com corrente assimétrica (seqüência de ensaio T100a) com um tempo de arco médio, então ele deve
interromper após a alternância menor subseqüente.

6.102.10.2.4 Ensaios combinando as condições para sistemas de neutro isolado e aterrado

Ambas as condições, sistema de neutro isolado (6.102.10.2.1) e aterrado (6.102.10.2.2), podem ser combinadas
em uma série de ensaios. As tensões transitórias e a freqüência industrial a serem usadas devem ser aquelas
aplicáveis para sistema de neutro isolado e os tempos de arco devem ser aqueles aplicáveis a um sistema de
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neutro aterrado.

6.102.10.2.5 Decomposição de seqüências de ensaios em séries de ensaios considerando a TRT


associada para cada pólo a interromper

É reconhecido que ensaios monofásicos em substituição a condições trifásicas são mais severos que ensaios
trifásicos, porque o tempo de arco do último pólo a interromper é usado junto com a TRT do primeiro pólo a
interromper. Como uma alternativa, o fabricante pode escolher decompor cada seqüência de ensaio em duas ou
três séries de ensaios separadas, cada uma demonstrando o sucesso da interrupção com os tempos de arco
mínimo, máximo e médio para cada pólo a interromper com as TRT associadas. Os multiplicadores padrão para
os valores de TRT do segundo e terceiro pólos a interromper para tensões nominais superiores a 72,5 kV são
dados na tabela 2.

É permitido o recondicionamento do disjuntor depois de cada série de ensaios e devem ser cumpridos os
requisitos de 6.102.9.5.

Assumindo que a simultaneidade de pólos durante todas as seqüências de operação nominais está dentro das
tolerâncias de 5.101, para ensaios com corrente simétrica a janela de interrupção para cada fase está dentro da
faixa estabelecida na tabela 12, se o instante de interrupção para o primeiro pólo a interromper com o tempo de
arco mínimo for tomado como referência. Uma representação gráfica da janela de interrupção e de fator de tensão kp
que determina a TRT do pólo individual é dada na figura 37 para sistemas com o fator de primeiro pólo a
interromper de 1,3 e a figura 38 para sistemas com o fator de primeiro pólo a interromper de 1,5.

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Tabela 12 — Janela de Interrupção para ensaios com corrente simétrica


Fator de primeiro pólo a Primeiro pólo a Segundo pólo a Terceiro pólo a
interromper interromper interromper interromper
° ° °
1,5 0 - 42 90 - 132 90 - 132
1,3 0 - 42 77 - 119 120 - 162

6.103 Circuitos para ensaios de estabelecimento e interrupção em curto-circuito

6.103.1 Fator de potência

O fator de potência em cada fase deve ser determinado em conformidade com um dos métodos descritos
no anexo D.

O fator de potência de um circuito trifásico deve ser o valor médio dos fatores de potência em cada fase.

Durante os ensaios, este valor médio não deve exceder 0,15.

O fator de potência de quaisquer das fases não deve variar em mais de 25% do valor médio.

6.103.2 Freqüência

Os disjuntores devem ser ensaiados à freqüência nominal com uma tolerância de  8%.

Entretanto, para conveniência da realização dos ensaios, algum desvio em relação à tolerância acima é permitido;
por exemplo, quando disjuntores de freqüência nominal igual a 50 Hz são ensaiados na freqüência em 60 Hz e
vice-versa, convém que uma interpretação criteriosa dos resultados seja efetuada, levando-se em conta todos os
fatores relevantes, tais como o tipo do disjuntor e o ensaio de tipo efetuado.

6.103.3 Aterramento do circuito de ensaio

As conexões à terra do circuito de ensaio de estabelecimento e interrupção em curto-circuito devem estar em


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conformidade com os requisitos a seguir e, em todos os casos, devem estar indicadas no diagrama do circuito de
ensaio incluso no relatório de ensaio (ver item g) de C.2.4).

a) Para ensaios trifásicos de um disjuntor tripolar, e fator de primeiro pólo igual a 1,5:

O disjuntor (com a estrutura aterrada como nas condições de serviço) deve ser conectado a um circuito de
ensaio com o ponto neutro da fonte isolado e o ponto de curto-circuito aterrado como mostrado na figura 25a,
ou vice-versa como na figura 25b, caso o ensaio possa ser feito apenas da última maneira.

Estes circuitos de ensaio resultam um fator de primeiro pólo de 1,5.

De acordo com a figura 25a, o neutro da fonte de alimentação pode ser aterrado através de um resistor com
valor de resistência ôhmica tão alto quanto possível, expressa em ohm, nunca menor que U/10, onde U é o
valor numérico em volts da tensão entre fases do circuito de ensaio.

Quando um circuito de ensaio em conformidade com a figura 25 b é utilizado, é sabido que em caso de uma
falta à terra em um terminal do disjuntor, a corrente à terra resultante poderia ser perigosa.
Conseqüentemente, é permitido conectar o neutro da fonte à terra através de uma impedância apropriada.

b) Para ensaios trifásicos de disjuntores tripolares e fator de primeiro pólo igual a 1,3:

O disjuntor (com a sua estrutura aterrada como nas condições de serviço) deve ser conectado a um circuito
de ensaio com o ponto neutro da fonte conectado à terra através de uma impedância apropriada e o ponto de
curto-circuito aterrado como mostrado na figura 26a, ou vice-versa, como mostrado na figura 26b, caso o
ensaio possa ser realizado apenas da última maneira.

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A impedância na conexão do neutro deve ser apropriadamente selecionada para o fator de primeiro pólo
de 1,3. Assumindo Z0 = 3,25 Z1, o valor apropriado da impedância na conexão do neutro é 0,75 vez a
impedância de fase.

NOTA 1 Para disjuntores a serem aplicados em sistemas onde o fator de primeiro pólo é menor que 1,3, pode ser
necessário reduzir o valor da impedância entre o ponto de neutro e a terra para satisfazer as condições de interrupção de
correntes para o segundo e o terceiro pólos. Deve-se estar atento aos parâmetros de TRT para todos os três pólos.

NOTA 2 O circuito de ensaio na figura 26b não é aplicável para disjuntores onde a isolação entre as fases e/ou para a terra
é crítica (por exemplo, GIS ou disjuntor de tanque morto). Métodos de ensaios apropriados para estes disjuntores são
apresentados na IEC 61633.

c) Para ensaios monofásicos em pólo único de disjuntores tripolares com fator de primeiro pólo igual a 1,5:

O circuito de ensaio e a estrutura do disjuntor devem ser conectados como na figura 27a, de modo que as
condições de tensão entre partes vivas e a estrutura após a extinção do arco sejam aquelas que existiriam no
fator de primeiro pólo de um disjuntor tripolar quando ensaiado com o circuito de ensaio mostrado
na figura 25a.

O circuito de ensaio preferencial é o mostrado na figura 27a. Onde houver limitações nos equipamentos de
ensaio, pode ser utilizado o circuito mostrado na figura 27b.

NOTA 3 O circuito de ensaio na figura 27b não é aplicável para disjuntores onde a isolação entre as fases e/ou para a terra
é crítica (por exemplo, GIS ou disjuntor de tanque morto). Métodos de ensaios apropriados para estes disjuntores são
apresentados na IEC 61633.

d) Para ensaios monofásicos em pólo único de disjuntores tripolares com fator de primeiro pólo igual a 1,3:

O circuito de ensaio e a estrutura do disjuntor devem ser conectados como na figura 28a, de modo que as
condições de tensão entre partes vivas e a estrutura após a extinção do arco sejam aproximadamente
aquelas que existiriam no fator de primeiro pólo de um disjuntor tripolar quando ensaiado com o circuito de
ensaio mostrado na figura 26a.

O circuito de ensaio preferencial é o mostrado na figura 28a. Onde houver limitações nos equipamentos de
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ensaio, pode ser utilizado o circuito mostrado na figura 28b.

NOTA 4 O circuito de ensaio na figura 28b não é aplicável para disjuntores onde a isolação entre as fases e/ou para a terra
é crítica (por exemplo, GIS ou disjuntor de tanque morto). Métodos de ensaios apropriados para estes disjuntores são
apresentados na IEC 61633.

e) Para ensaios monofásicos em disjuntores monopolares:

O circuito de ensaio e a estrutura do disjuntor devem ser conectados de modo que as condições de tensão
entre partes vivas e aterradas dentro do disjuntor após a extinção do arco reproduzam as condições de
serviço. As conexões utilizadas devem ser indicadas no relatório de ensaio.

6.103.4 Conexão do circuito de ensaio ao disjuntor

Quando a disposição física de um lado do disjuntor diferir daquela do lado oposto, o lado energizado do circuito de
ensaio deve ser conectado ao lado do disjuntor que apresentar condições mais severas no que se refere à tensão
para terra, exceto se o disjuntor for especialmente projetado para alimentação por um só lado.

Quando não puder ser demonstrado satisfatoriamente qual conexão proporciona as mais severas condições, as
seqüências de ensaios T10 e T30 (6.106.1 e 6.106.2) devem ser realizadas com conexões opostas, e da mesma
maneira procede-se para as seqüências de ensaios T100s e T100a. Se a seqüência de ensaio T100a for omitida,
a seqüência T100s deve ser realizada em cada uma das duas conexões.

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6.104 Grandezas para os ensaios de curto-circuito

6.104.1 Tensão aplicada antes dos ensaios de estabelecimento em curto-circuito

Para os ensaios de estabelecimento em curto-circuito de 6.106.4, a tensão aplicada deve ser a seguinte:

a) Para ensaios trifásicos em disjuntores tripolares, o valor médio da tensão fase-fase aplicada não deve ser
menor do que a tensão nominal Ur e não deve exceder esse valor por mais do que 10% sem o consentimento
do fabricante.

As diferenças entre o valor médio e as tensões aplicadas de cada pólo não devem exceder 5%.

b) Para ensaios monofásicos em disjuntores tripolares, a tensão aplicada não deve ser menor do que a tensão
fase-terra U r 3 e não deve exceder esse valor por mais do que 10% sem o consentimento do fabricante.

NOTA Com o consentimento do fabricante, por conveniência de ensaio, é permitido aplicar uma tensão igual ao produto
entre a tensão fase-terra e o fator de primeiro pólo (1,3 ou 1,5) do disjuntor.

Onde o disjuntor puder ser montado para uma operação de religamento monopolar e a máxima diferença de
tempo entre o toque dos contatos numa subseqüente operação de fechamento tripolar exceder um quarto de
ciclo da freqüência nominal (comparar com a nota de 5.101), a tensão aplicada deve ser o produto entre a
tensão fase-terra e o fator de primeiro pólo (1,3 ou 1,5) do disjuntor.

c) Para um disjuntor monopolar, a tensão aplicada não deve ser menor do que a tensão nominal e não deve
exceder esse valor por mais do que 10% sem o consentimento do fabricante.

Quando da execução de ensaios sintéticos, a IEC 60427 é aplicável; ver também 6.106.4.1a), 6.106.4.2 a)
e 6.106.4.3.

6.104.2 Corrente de estabelecimento em curto-circuito

6.104.2.1 Geral
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A capacidade de o disjuntor fechar a corrente de estabelecimento nominal em curto-circuito é comprovada no


ensaio T100s (ver 6.106.4).

O disjuntor deve ser capaz de estabelecer a corrente com ocorrência do pré-acendimento do arco em algum ponto
da onda da tensão. Dois casos extremos são especificados a seguir (ver figura 1):

 estabelecimento na crista da onda de tensão, conduzindo uma corrente de curto-circuito simétrica e o mais
longo arco de pré-acendimento;

 estabelecimento no zero da onda de tensão, sem pré-acendimento, conduzindo uma corrente de curto-circuito
assimétrica plena.

O procedimento de ensaio descrito abaixo serve para demonstrar a capacidade do disjuntor em atender aos dois
requisitos seguintes.

 o disjuntor pode fechar contra uma corrente simétrica como resultado do início do pré-arco na crista da tensão
aplicada. Essa corrente deve ser a componente simétrica da corrente de interrupção nominal em curto-circuito
(ver 4.101).

 o disjuntor pode fechar contra uma corrente de curto-circuito assimétrica plena. Esta corrente deve ser a
corrente de estabelecimento nominal em curto-circuito (ver 4.103).

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Um disjuntor deve ser capaz de operar em tensões abaixo de sua tensão nominal (ver item a) de 4.101) na
qual o disjuntor realmente estabelece uma corrente assimétrica plena. O limite inferior de tensão, se existir,
deve ser estabelecido pelo fabricante.

NOTA 1 A corrente de curto-circuito é considerada simétrica, se o fluxo de corrente iniciar dentro de  15° do valor da crista
da tensão aplicada.

NOTA 2 Para disjuntores tendo um tempo de pré-arco que exceda 10 ms, podem ser necessárias mais do que duas
operações de estabelecimento para se obter a condição mais crítica.

NOTA 3 Devido à não simultaneidade não intencional dos pólos, os instantes do toque dos contatos durante o fechamento
podem diferir de tal forma a provocar uma corrente de estabelecimento com um valor de crista ainda mais alto em um pólo (ver
também 5.101). Particularmente, isso ocorre quando a corrente em um dos pólos começa fluir cerca de um quarto de ciclo
atrasada em relação aos outros dois pólos, desde que não haja pré-arco. A falha do disjuntor ocorrida durante tal evento é
considerada falha para a seqüência de ensaio.

6.104.2.2 Procedimento de ensaio

6.104.2.2.1 Ensaios trifásicos

Para ensaios trifásicos em um disjuntor tripolar, é assumido que os requisitos descritos nos itens a) e b) acima são
adequadamente demonstrados durante a seqüência de ensaio T100s.

O controle do tempo deve ser tal que a corrente nominal de estabelecimento em curto-circuito seja obtida em pelo
menos uma das duas operações fechamento-abertura (CO) na seqüência de ensaio T100s.

Quando um disjuntor apresenta pré-arco de tal extensão que o valor da corrente nominal de estabelecimento em
curto-circuito não é atingido durante a primeira operação CO da seqüência de ensaio T100s e, mesmo após um
ajuste de tempo, a da corrente nominal de estabelecimento em curto-circuito não é atingida durante a segunda
operação CO, uma terceira operação CO deve ser efetuada em tensão reduzida. Antes dessa operação o disjuntor
pode ser recondicionado.

6.104.2.2.2 Ensaios monofásicos


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Para ensaios monofásicos, as seqüências de ensaio T100s ou T100s(a) devem ser feitas tal forma que o requisito
descrito no item a) de 6.104.2.1 seja obtido em uma operação de fechamento e o do item b) de 6.104.2.1 na outra
operação de fechamento. A seqüência destas operações não é especificada. Se durante a seqüência de ensaio
T100s ou T100s(a) (ver nota em 6.106) um dos requisitos descritos nos itens a) e b) não for adequadamente
demonstrado, uma operação adicional CO é necessária. Antes desta operação o disjuntor pode ser
recondicionado.

A operação CO adicional deve, dependendo dos resultados obtidos durante a seqüência de ensaio normal T100s
ou T100s(a), demonstrar

 requisitos do item a) ou b) de 6.104.2.1, ou

 evidência de que as correntes de estabelecimento em curto-circuito atingidas são representativas das


condições encontradas em serviço devido às características de pré-arco do disjuntor.

Se, durante a seqüência de ensaio T100s ou T100s(a), a corrente nominal de estabelecimento em curto-circuito
não for atingida devido às características do disjuntor, o ensaio adicional CO pode ser feito com uma tensão
aplicada menor.

Se, durante a seqüência de ensaio T100s ou T100s(a), nenhuma corrente simétrica for atingida, como requerido no
item a), o ensaio adicional CO deve ser feito com uma tensão aplicada dentro da margem determinada em 6.104.1.

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6.104.3 Corrente de interrupção em curto-circuito

A corrente interrompida em curto-circuito por um disjuntor deve ser medida no instante de separação dos contatos,
conforme as indicações da figura 8, e deve ser expressa em termos dos dois valores como especificados abaixo:

 a média dos valores eficazes das componentes da corrente alternadas em todas as fases;

 o valor percentual da máxima componente da corrente contínua da corrente obtida em qualquer fase.

O valor eficaz da componente alternada em qualquer fase não deve variar mais do que 10% da média.

Embora a corrente de interrupção em curto-circuito seja medida no instante correspondente à separação dos
contatos, o desempenho do disjuntor na interrupção é determinado entre outros fatores pela corrente que é
finalmente interrompida na ultima alternância do arco. O decremento da componente alternada da corrente de
curto-circuito é, por conseqüência, muito importante, particularmente em ensaios de disjuntores cujos arcos
permanecem por várias alternâncias de corrente. Para evitar o alívio da seqüência, o decremento da componente
alternada da corrente de curto-circuito deve preferencialmente ser tal que no instante correspondente à extinção
final do arco principal no ultimo pólo a interromper a componente alternada da corrente presumida não seja inferior
a 90% do valor apropriado para a seqüência de ensaio. Isto deve ser comprovado por um registro da corrente
presumida antes do início dos ensaios.

Se as características do disjuntor forem tais que reduzam o valor da corrente de curto-circuito abaixo do valor da
corrente presumida de interrupção, ou se o oscilograma for tal que a envoltória da onda de corrente não possa ser
traçada satisfatoriamente, a média do valor da corrente presumida de interrupção em todas as fases deve ser
usada como corrente de interrupção de curto circuito e deve ser medida de um oscilograma da corrente presumida
no instante correspondente à separação dos contatos.

O instante da separação dos contatos pode ser determinado segundo a experiência do laboratório e o tipo de
equipamento sob ensaio, por vários métodos, por exemplo, pelo registro do curso dos contatos durante o ensaio,
pelo registro da tensão de arco ou por um ensaio em vazio sobre o disjuntor.

6.104.4 Componente contínua da corrente de interrupção em curto-circuito


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Para os disjuntores cujo tempo de abertura é tal que a componente contínua não pode ser controlada, por
exemplo, os disjuntores equipados com disparadores diretos de sobrecorrente e preparados para o ensaio como
indicado em 6.102.3, a componente contínua pode ser superior àquela especificada para as seqüências de ensaio
de T10, T30, T60 e T100s de 6.106.

Os disjuntores devem ser considerados como tendo satisfeito a seqüência de ensaio T100a, mesmo se a
porcentagem da componente contínua durante uma operação de abertura for inferior ao valor especificado, desde
que a média das porcentagens das componentes contínuas durante as operações de abertura da seqüência de
ensaio exceda a porcentagem especificada da componente contínua. Em qualquer uma das seqüência de ensaio,
a componente contínua não deve ser menor que 90% em relação ao valor especificado.

Se o oscilograma de qualquer operação de interrupção for tal que a onda de corrente envolvida não possa ser
traçada satisfatoriamente, então, considerando-se que os instantes de início do curto-circuito são compatíveis, a
porcentagem da componente contínua presumida deve ser considerada a porcentagem da componente contínua.
Na separação do contato durante o ensaio, a porcentagem da componente contínua deve ser medida do
oscilograma de corrente presumida no instante correspondente à separação dos contatos.

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6.104.5 Tensão de restabelecimento transitória (TRT) para ensaios de interrupção de curto-circuito

6.104.5.1 Geral

A TRT presumida do circuito de ensaio deve ser determinada por um método que produza e registre a onda da
TRT sem causar distorção significativa nela. Deve ser medida nos terminais aos quais o disjuntor será conectado
juntamente com todos os dispositivos de medição necessários incluídos, tais como divisores de tensão etc.
Métodos adequados são descritos no anexo F (ver também 6.104.6). Nos casos onde uma medição não é
possível, por exemplo, em alguns circuitos de ensaios sintéticos, é permitido o cálculo da TRT presumida.
Um guia é dado no anexo F.

Para circuitos trifásicos, a TRT presumida refere-se ao primeiro pólo a interromper, isto é, a tensão através de um
pólo aberto com os outros dois fechados, de acordo com o circuito de ensaio apropriado disposto como
especificado em 6.103.3.

A TRT presumida para o ensaio é representada pela curva envoltória, como mostrado no anexo E e pela sua parte
inicial.

A TRT especificada para o ensaio é representada por uma linha de referência, uma linha de retardo e uma
envoltória da tensão de restabelecimento transitória inicial (TRTI) da mesma forma que a TRT relacionada à
corrente nominal de interrupção de curto-circuito de acordo com 4.102.2 e figuras 10, 11 e 12.

Os parâmetros da TRT são definidos, como segue, como uma função da tensão nominal (Ur), do fator de primeiro
pólo a interromper (kpp) e do fator de amplitude (kaf). Os valores reais de kpp e kaf estão estabelecidos nas tabelas
1a, 1b, 1c, 1d, 13, 14a e 14b. O fator de primeiro pólo a interromper kpp é 1,3 conforme indicado na tabela 14a
para todos os disjuntores de tensão nominal igual ou superior a 100 kV, onde os sistemas são normalmente
aterrados solidamente. Para sistemas não solidamente aterrados ou aterrados por impedância, de 100 kV a 170 kV,
kpp = 1,5 indicado na tabela 14b.

a) Para tensão nominal abaixo de 100 kV

A representação por dois parâmetros da TRT presumida é usada para todas as seqüências de ensaio.
Para tensões nominais até 72,5 kV, inclusive, os valores normalizados especificados são dados na tabela 13.
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2
 Valor de crista da TRT uc  kpp  k af  Ur
3

onde kaf (fator de amplitude) é igual a 1,4 para a seqüência de ensaio T100 e lado fonte para falta
quilométrica, 1,5 para as seqüências de ensaio T60, T30 e T10 e 1,25 para discordância de fases.

 O tempo t3 é calculado de uc e do valor especificado da taxa de crescimento uc/t3.

 O tempo de retardo td para a seqüência de ensaio T100 é 0,15t3 para tensões nominais inferiores a 48,3 kV,
e 0,05t3 para tensões nominais 48,3 kV, 52kV e 72,5 kV e lado fonte para falta quilométrica.
O tempo de retardo td é 0,15t3 para as seqüências de ensaio T60, T30, T10 e para interrupção em
discordância de fases.

 Tensão u’ = uc /t3.

 O tempo t’ é calculado de u’, uc /t3 e td de acordo com a figura 11.

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b) Para tensões nominais de 100 kV a 800 kV

A representação por quatro parâmetros da TRT presumida é usada para as seqüências de ensaio T100 e T60,
para o circuito lado fonte da quilométrica, para as seqüências de ensaio L90 e L75 e para as seqüências de
ensaio em discordância de fases OP1 e OP2 e por dois parâmetros para as seqüências de ensaio T30 e T10.

2
 Primeira tensão de referência u1  0,75  kpp  Ur
3

 Tempo t1 é calculado de u1 e do valor especificado da taxa de crescimento u1/t1.

2
 Valor de crista da TRT uc  kpp  k af  Ur
3

onde kaf (fator de amplitude) é igual a 1,4 para a seqüência de ensaio T100 e para o lado fonte para faltas
quilométricas, 1,5 para a seqüência de ensaio T60, 1,54 para a seqüência de ensaio T30, 0,9 x 1,7 para
a seqüência de ensaio T10 e 1,25 para abertura em discordância de fases.

 O tempo t2 é 4t1 para a seqüência de ensaio T100 e para o lado fonte para faltas quilométricas e entre t2
(para T100) e 2t2 (para T100) para abertura em discordância de fases. O tempo t2 é igual para 6t1
para T60.

 Para as seqüências de ensaio T30 e T10, o tempo t3 é calculado a partir de uc e do valor especificado da
taxa de crescimento uc/t3

 Tempo de retardo td é 2 µs ou 0,28t1 para a seqüência de ensaio T100 entre 2 µs ou 0,3t1 para a
seqüência de ensaio T60, entre 2 µs e 0,1t1 para seqüência de ensaio OP1 e OP2. O tempo de retardo é
0,15t3 para as seqüências de ensaio T30 eT10. Para o lado fonte para faltas quilométricas, o tempo de
retardo é igual a 2µs. O valor pertinente de td para ser usado nos ensaios é dado em 6.104.5.2 a
6.104.5.5.

 Tensão u’ é igual u1/2 para as seqüências de ensaio T100 e T60 e para o lado fonte para faltas
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quilométricas e abertura em discordância de fases, e uc/t3 para as seqüências de ensaio T30 e T10.

 O tempo t’ é calculado de u’, u1/t1 e td para as seqüências de ensaio T100, T60 e para o lado fonte para
faltas quilométricas e abertura em discordância de fases, de acordo com a figura 10; e de u’, uc/t3 e td
para as seqüências de ensaio T30 e T10, de acordo com a figura 11.

A forma de onda da TRT presumida do circuito de ensaio deve concordar com os dois requisitos a seguir:

 Requisito a)

Sua curva envoltória não deve, em nenhum instante, estar abaixo da linha de referência especificada.

NOTA 1 Deve-se ressaltar, que o consentimento do fabricante é necessário para se fixar a extensão em que, a envoltória
pode ultrapassar a linha de referência especificada (ver 6.104); este aspecto é de particular importância quando se utilizam
envoltórias a dois parâmetros, no caso de terem sido especificadas linhas de referência a quatro parâmetros, e quando se
utilizam envoltórias a quatro parâmetros, no caso de terem sido especificadas linhas de referência a dois parâmetros.

NOTA 2 Por conveniência do ensaio, é permitido executar as seqüências de ensaio T100 e T60 para tensões nominais
iguais ou superiores a 100 kV, com TRT presumida determinada a dois parâmetros, desde que a taxa de crescimento da
tensão de restabelecimento corresponda ao valor normalizado u1/t1, assim como o valor de crista da tensão ao valor
normalizado uc. Este procedimento requer o consentimento do fabricante.

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 Requisito b)

Sua porção inicial deve satisfazer os requisitos da TRTI especificada. A TRTI deve ser tratada como uma falta
quilométrica. Conseqüentemente, é necessário medir o circuito da TRTI independentemente do lado fonte de uma
maneira inerente. A TRTI é definida pelo valor de crista u1 e pela coordenada de tempo t1 (figura 12b). A forma de
onda inerente deve seguir tanto quanto possível uma linha de referência reta traçada do início da TRTI ao ponto
definido por u1 e t1. A forma de onda inerente da TRTI deve seguir esta linha de referência de 20% a 80% do valor
de crista especificado para TRTI. Desvios da linha de referência são permitidos para uma amplitude da TRTI
abaixo de 20% e acima de 80% do valor de crista da TRTI especificada. Esta não deve ser significativamente mais
alta que a linha de referência anteriormente mencionada. No caso de o valor de 80% não poder ser atingido sem
aumento significativo da taxa de crescimento da TRTI, é preferível aumentar o valor de crista ui acima do valor
especificado para alcançar o ponto de 80%. A taxa de crescimento da TRTI não deve ser aumentada, porque está
ligada à mudança da impedância e assim alteraria substancialmente a severidade do ensaio.

É necessário para as seqüências de ensaios T100a, T100s e L90, ensaiar sob condições de TRTI. Se o disjuntor
possuir uma característica nominal para falta quilométrica, os requisitos de TRTI são considerados atendidos se os
ensaios de falta quilométrica forem efetuados com uma linha com tempo de retardo desprezível (ver 6.104.5.2).

Visto que a TRTI é proporcional à impedância de surto do barramento e à corrente, os requisitos da TRTI podem
ser desprezados para disjuntores instalados em subestações blindadas (GIS) por causa da baixa impedância de
surto, assim como todos os disjuntores com capacidade de interrupção abaixo de 25 kA. O mesmo se aplica para
disjuntores com tensão nominais abaixo de 100 kV, porque as dimensões do barramento são pequenas.

6.104.5.2 Seqüências de ensaio T100s e T100a

Para tensões nominais iguais ou inferiores a 72,5 kV, os valores normalizados especificados são dados
na tabela 13.

Para tensões nominais iguais e superiores de 100 kV, os valores normalizados especificados são dados
na tabela 14a e 14b.

As linhas de referência específicas, de retardo e de TRTI, são dadas pelos valores normalizados nas tabelas 1a,
1b, 1c, 1d, 2 e 3.
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Com referência à TRTI, se for efetuado um ensaio com uma TRT seguindo a linha de referência solicitada
especificada em b) de 6.104.5.1 e mostrada na figura 12b, é admitido que o efeito sobre o disjuntor seja
semelhante ao de uma TRTI definida em b) de 6.104.5.1 e na figura 12b.

Devido às limitações dos laboratórios de ensaios, pode não ser possível atender completamente à exigência do
item b) de 6.104.5.1 com respeito ao tempo de retardo td, conforme especificado nas tabelas 1a, 1b, 1c ou 1d.
Quando forem executados também ensaios de falta quilométrica, qualquer deficiência da TRT do circuito de
alimentação deve ser compensada por um aumento da excursão da primeira crista da tensão do lado linha
(ver 6.109.3). O tempo de retardo do circuito de alimentação deve ser o menor possível, porém em qualquer caso
não deve exceder os valores dados entre parênteses nas tabelas 13, 14a ou 14b.

Quando também forem executados ensaios de falta quilométrica (SLF), pode ser conveniente combinar os
requisitos da TRTI e SLF no circuito do lado linha. Quando a TRTI é combinada com a tensão transitória de uma
falta quilométrica tendo-se um tempo de retardo tdL conforme especificado na tabela 4, para considerações
práticas a solicitação total é igual à de uma falta quilométrica com tempo de retardo insignificante. Portanto, os
requisitos da TRTI para as seqüências de ensaio T100s e T100a são considerados atendidos quando as
seqüências de ensaio de falta quilométrica são realizadas utilizando uma falta quilométrica com insignificante
tempo de retardo tdL (ver 6.109.3), a menos que ambos os terminais não sejam idênticos do ponto de vista elétrico
(por exemplo, onde uma capacitância adicional é usada, como mencionado na nota 4 do 6.109.3).

6.104.5.3 Seqüência de ensaio T60

Para tensões nominais iguais ou inferiores a 72,5 kV, os valores normalizados especificados são mostrados
na tabela 13.

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Para tensões nominais iguais ou superiores a 100 kV, os valores normalizados especificados são mostrados
nas tabelas 14a e 14b.

6.104.5.4 Seqüência de ensaio T30

Para tensões nominais iguais ou inferiores a 72,5 kV, os valores normalizados especificados são mostrados na
tabela 13. Nos laboratórios de ensaio pode ser difícil obter pequenos valores de t3. O menor tempo que for obtido
deve preferencialmente ser utilizado, mas não ser inferior aos valores especificados na tabela 13. Estes valores
devem ser indicados no relatório de ensaio.

Para tensões nominais iguais ou superiores a 100 kV, os valores normalizados especificados são mostrados nas
tabelas 14a e 14b.

NOTA A contribuição dos transformadores para a corrente de curto-circuito é relativamente maior em valores menores de
corrente de curto-circuito como nas condições de T30 e T10. Entretanto, a maioria dos sistemas possui neutro solidamente
aterrado para tensões nominais iguais ou superiores a 100 kV. Com sistemas e neutros de transformadores solidamente
aterrados, o fator de primeiro pólo a interromper de 1,3 é aplicável a todas as seqüências de ensaio. Em alguns sistemas com
tensões nominais de 100 kV a 170 kV, inclusive, transformadores sem neutro aterrado estão em serviço, mesmo que o resto do
sistema seja de neutro solidamente aterrado. Tais sistemas são considerados casos especiais e estão contemplados nas
tabelas 1c e 14b, onde as TRT especificadas para todas as seqüências de ensaio são baseadas no fator de primeiro pólo a
interromper de 1,5. Para tensões nominais superiores a 170 kV, todos os sistemas e seus transformadores são considerados
como sendo de neutro solidamente aterrado.

6.104.5.5 Seqüência de ensaio T10

Para tensões nominais iguais ou inferiores a 72,5 kV, os valores normalizados especificados são mostrados na
tabela 13. Para tensões nominais iguais ou superiores a 100 kV, os valores normalizados especificados são
mostrados nas tabelas 14a e 14b. O tempo t3 é função da freqüência natural de transformadores.

Nos laboratórios de ensaio pode ser difícil obter pequenos valores de t3. O menor tempo que for obtido deve
preferencialmente ser utilizado, mas não ser inferior aos valores especificados da tabela 13. Estes valores devem
ser indicados no relatório de ensaio.
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6.104.5.6 Seqüências de ensaio OP1 e OP2

Para tensões nominais iguais ou inferiores a 72,5 kV, os valores normalizados especificados são mostrados
na tabela 1a.

Para tensões nominais iguais ou superiores a 100 kV, os valores normalizados especificados são mostrados nas
tabelas 14a e 14b. Dois valores de tempo, td e t’, são dados. Eles indicam os limites inferior e superior a serem
usados para ensaio.

6.104.6 Medição da TRT durante o ensaio

Durante um ensaio de curto-circuito, as características do disjuntor, tais como a tensão de arco, condutividade
pós-arco e a presença eventual de resistores de chaveamento (se existir) afetarão a TRT. Em conseqüência, a
TRT de ensaio diferirá da onda da TRT presumida do circuito de ensaio, no qual os requisitos de desempenho são
baseados, para um grau de dependência das características do disjuntor.

A menos que a influência própria do disjuntor não seja significante e que a corrente interrompida não contenha
componente contínua significativa, os registros efetuados durante os ensaios não devem ser usados para avaliar as
características da TRT presumida do circuito, e isto deve ser feito por outros meios, conforme descrito no anexo F.

A TRT durante o ensaio deve ser registrada.

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Tabela 13 — Valores normalizados da tensão de restabelecimento transitória presumida –


Tensões nominais abaixo de 100 kV – Representação por dois parâmetros
Seqüência Fator de Valor de Tempo de
Tensão Fator de Tempo Taxa de
de primeiro crista Tempo retardo Tensão
nominal amplitude (ver nota) crescimento
ensaios pólo da TRT (ver nota)
Ur kpp Kaf Uc t3 td u’ t’ Uc/t3
kV p.u. p.u. kV µs µs kV µs kV/µs
T100 1,5 1,4 6,2 41 6 2,1 20 0,15
T60 1,5 1,5 6,6 17 3 2,2 9 0,39
3,6
T30 1,5 1,5 6,6 9 1 2,2 4 0,77
T10 1,5 1,5 6,6 9 1 2,2 4 0,77
T100 1,5 1,4 8,2 51 8 2,7 24 0,16
T60 1,5 1,5 8,7 31 5 2,9 15 0,28
4,76*
T30 1,5 1,5 8,7 20 3 2,9 10 0,44
T10 1,5 1,5 8,7 20 3 2,9 10 0,44
T100 1,5 1,4 12,3 51 8 4,1 25 0,24
T60 1,5 1,5 13 22 3 4,4 11 0,60
7,2
T30 1,5 1,5 13 11 2 4,4 6 1,20
T10 1,5 1,5 13 11 2 4,4 6 1,20
T100 1,5 1,4 14,1 59 9 4,7 29 0,24
T60 1,5 1,5 15,1 35 5 5,0 17 0,.43
8,25*
T30 1,5 1,5 15,1 24 4 5,0 12 0,63
T10 1,5 1,5 15,1 24 4 5,0 12 0,63
T100 1,5 1,4 20,6 61 9 6,9 29 0,34
T60 1,5 1,5 22 26 4 7,3 13 0,85
12
T30 1,5 1,5 22 13 2 7,3 6 1,70
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T10 1,5 1,5 22 13 2 7,3 6 1,70


T100 1,5 1,4 25,7 76 11 8,6 36 0,34
T60 1,5 1,5 27,6 46 7 9,2 22 0,60
15*
T30 1,5 1,5 27,6 30 5 9,2 15 0,92
T10 1,5 1,5 27,6 30 5 9,2 15 0,92
T100 1,5 1,4 30 71 11 10 35 0,42
T60 1,5 1,5 32 31 5 11 16 1,04
17,5
T30 1,5 1,5 32 15 2 11 7 2,14
T10 1,5 1,5 32 15 2 11 7 2,14
T100 1,5 1,4 41 87 13 14 43 0,47
T60 1,5 1,5 44 38 6 15 18 1,16
24
T30 1,5 1,5 44 19 3 15 9 2,32
T10 1,5 1,5 44 19 3 15 9 2,32
T100 1,5 1,4 44 105 16 15 52 0,42
T60 1,5 1,5 47 63 9 16 30 0,75
25,8*
T30 1,5 1,5 47 42 6 16 20 1,12
T10 1,5 1,5 47 42 6 16 20 1,12

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Tabela 13 (conclusão)

Fator de Valor de Tempo de


Tensão Seqüência Fator de Tempo Taxa de
primeiro crista Tempo retardo Tensão
nominal de ensaios amplitude (ver nota) crescimento
pólo da TRT (ver nota)
Ur kpp Kaf Uc t3 td u’ t’ Uc/t3
kV p.u. p.u. kV µs µs kV µs kV/µs
T100 1,5 1,4 62 109 16 21 53 0,57
T60 1,5 1,5 66 46 7 22 23 1,44
36
T30 1,5 1,5 66 23 3 22 10 2,88
T10 1,5 1,5 66 23 3 22 10 2,88
T100 1,5 1,4 65 125 19 22 61 0,52
T60 1,5 1,5 70 75 11 23 36 0,93
38*
T30 1,5 1,5 70 50 8 23 24 1,40
T10 1,5 1,5 70 50 8 23 24 1,40
T100 1,5 1,4 83 122 6 (18) 27 47 (59) 0,68
T60 1,5 1,5 89 73 17 30 36 1,22
48,3
T30 1,5 1,5 89 48 7 30 23 1,85
T10 1,5 1,5 89 48 7 30 23 1,85
T100 1,5 1,4 89 131 7 (20) 30 51 (64) 0,68
52 T60 1,5 1,5 96 57 9 32 28 1,68
T30 1,5 1,5 96 28 4 32 13 3,41
T10 1,5 1,5 96 28 4 32 13 3,41
T100 1,5 1,4 124 165 8 (25) 41 63 (80) 0,75
T60 1,5 1,5 133 72 11 44 35 1,85
72,5
T30 1,5 1,5 133 36 5 44 17 3,70
T10 1,5 1,5 133 36 5 44 17 3,70
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NOTA Onde forem dados dois valores de tempo td e t’, separados por parênteses (T100), o que estiver dentro dos parênteses poderá ser
usado se o ensaio de falta quilométrica também for efetuado. Caso contrário, utilizar o valor que estiver antes dos parênteses.
* Usado na América do Norte.

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Tabela 14a — Valores normalizados da tensão de restabelecimento transitória presumida –


Tensões nominais de 100 kV a 800 kV em sistemas com neutro solidamente aterrado –
Representação por quatro parâmetros (T100, T60, OP1 e OP2) ou dois parâmetros (T30 e T10)

Valor Taxa de
Fator de Primeira Tempo
Tensão Seqüência Fator de de cresci-
primeiro tensão de Tempo Tempo de Tensão Tempo
nominal de ensaio amplitude cristada mento
pólo referência retardo
TRT u1/t1
Ur kpp kaf u1 t1 uc t2 ou t3 td u’ t’ uc/t3
kV p.u. p.u. kV s kV s s kV s kV/s
T100 1,3 1,40 80 40 149 160 2 (11) 40 22-31 2
T60 1,3 1,50 80 27 159 162 2-8 40 15-21 3
100 T30 1,3 1,54 - - 163 33 5 54 16 5
T10 1,3 0,9x1,70 - - 162 23 3 54 11 7
OP1-OP2 2 1,25 122 80 204 160-320 2-8 61 42-48 1,54
T100 1,3 1,40 98 49 183 196 2-(14) 49 26-38 2
T60 1,3 1,50 98 33 196 198 2-10 49 18-26 3
123 T30 1,3 1,54 - - 201 40 6 67 19 5
T10 1,3 0,9x1,70 - - 200 29 4 67 14 7
OP1-OP2 2 1,25 151 98 251 196-392 2-10 75 51-59 1,54
T100 1,3 1,40 115 58 215 232 2-(16) 58 31-45 2
T60 1,3 1,50 115 38 231 228 2-12 58 21-31 3
145 T30 1,3 1,54 - - 237 47 7 79 23 5
T10 1,3 0,9x1,7 - - 235 34 5 78 16 7
OP1-OP2 2 1,25 178 116 296 232-464 2-12 89 60-70
T100 1,3 1,40 135 68 253 272 2-(19) 68 36-53 2
T60 1,3 1,50 135 45 271 270 2-14 68 25-36 3
170 T30 1,3 1,54 - - 278 56 8 93 27 5
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T10 1,3 0,9x1,70 - - 276 39 6 92 19 7


OP1-OP2 2 1,25 208 136 347 272-544 2-14 104 70-82 1,54
T100 1,3 1,40 195 98 364 392 2-(27) 98 51-76 2
T60 1,3 1,50 195 65 390 390 2-20 98 35-52 3
245 T30 1,3 1,54 - - 400 80 12 133 39 5
T10 1,3 0,9x1,70 - - 398 57 9 133 27 7
OP1-OP2 2 1,25 300 196 500 392-784 2-20 150 99-117 1,54
T100 1,3 1,40 239 119 446 476 2-(33) 119 62-93 2
T60 1,3 1,50 239 80 478 480 2-24 119 42-64 3
300 T30 1,3 1,54 - - 490 98 15 163 47 5
T10 1,3 0,9x1,70 - - 487 70 10 162 34 7
OP1-OP2 2 1,25 367 238 612 476-952 2-24 184 121-143 1,54
T100 1,3 1,40 288 144 538 576 2-(40) 144 74-112 2
T60 1,3 1,50 288 96 576 576 2-29 144 50-77 3
362 T30 1,3 1,54 - - 592 118 18 197 57 5
T10 1,3 0,9x1,70 - - 588 84 13 196 41 7
OP1-OP2 2 1,25 443 288 739 576-1152 2-29 222 146-173 1,54

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Tabela 14a (conclusão)

Valor Taxa de
Fator de Primeira Tempo
Tensão Seqüência Fator de de cresci-
primeiro tensão de Tempo Tempo de Tensão Tempo
nominal de ensaio amplitude cristada mento
pólo referência retardo
TRT u1/t1
Ur kpp kaf u1 t1 uc t2 ou t3 td u’ t’ uc/t3
kV p.u. p.u. kV s kV s s kV s kV/s
T100 1,3 1,40 334 167 624 668 2-(47) 167 86-130 2
T60 1,3 1,50 334 111 669 666 2-33 167 58-89 3
420 T30 1,3 1,54 - - 687 137 21 229 66 5
T10 1,3 0,9x1,70 - - 682 97 15 227 47 7
OP1-OP2 2 1,25 514 334 857 668-1336 2-33 257 169-200 1,54
T100 1,3 1,40 438 219 817 876 2-(61) 219 111-171 2
T60 1,3 1,50 438 146 876 876 2-44 219 75-117 3
550 T30 1,3 1,54 - - 899 180 27 300 87 5
T10 1,3 0,9x1,70 - - 893 128 19 298 62 7
OP1-OP2 2 1,25 674 438 1123 876-1752 2-44 337 221-263 1,54
T100 1,3 1,40 637 318 1189 1272 2-(89) 318 161-248 2
T60 1,3 1,50 637 212 1274 1272 2-64 318 108-170 3
800 T30 1,3 1,54 - - 1308 262 39 436 126 5
T10 1,3 0,9x1,70 - - 1299 186 28 433 90 7
OP1-OP2 2 1,25 980 636 1633 1272-2544 2-64 490 320-382 1,54
NOTA Quando são dados dois valores de tempo td e t’ para seqüência de ensaio de falta terminal (T100), separados por parênteses, o
valor entre parênteses pode ser utilizado se forem também realizados ensaios de falta quilométrica. Se não for o caso, é aplicável o valor
que precede os parênteses.
Quando são dados dois valores de tempo td e t’ para seqüências de ensaios de falta terminal (T60) e em discordância de fases OP1 e OP2,
estes indicam os limites inferiores e superiores a utilizar no ensaio. É conveniente que os valores de retardo td e do tempo t’durante o ensaio
não sejam menores que seus respectivos limites inferiores nem maiores que seus respectivos limites superiores.
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Tabela 14b — Valores normalizados da tensão de restabelecimento transitória presumida –


Tensões nominais de 100 kV a 170 kV em sistemas com neutro não solidamente aterrado –
Representação por quatro parâmetros (T100, T60, OP1 e OP2) ou dois parâmetros (T30 e T10)

Fator de Primeira Valor de Tempo Taxa de


Tensão Seqüência Fator de
primeiro tensão de Tempo crista da Tempo de Tensão Tempo cresci-
nominal de ensaio amplitude
pólo referência TRT retardo mento
u1/t1
Ur kpp kaf u1 t1 uc t2 ou t3 td u’ t’
uc/t3
kV p.u. p.u. kV s kV s s kV s kV/s
T100 1,5 1,40 92 46 171 184 2-(13) 46 25-36 2
T60 1,5 1,50 92 31 184 186 2-9 46 17-24 3
T30 1,5 1,54 - - 189 38 6 63 18 5
100
T10 1,5 0,9x1,70 - - 187 27 4 62 13 7
184-
OP1-OP2 2,5 1,25 153 92 255 2-9 77 48-55 1,67
368
T100 1,5 1,40 113 56 211 224 2-(16) 56 30-44 2
T60 1,5 1,50 113 33 226 226 2 -11 56 21-30 3
T30 1,5 1,54 - - 232 46 7 77 22 5
123
T10 1,5 0,9x1,70 - - 230 33 5 77 16 7
224-
OP1-OP2 2,5 1,25 188 112 314 2-11 94 58-67 1,67
448
T100 1,5 1,40 133 67 249 268 2-(19) 67 35-52 2
T60 1,5 1,50 133 44 266 264 2-13 67 24-36 3
T30 1,5 1,54 - - 273 55 8 91 26 5
145
T10 1,5 0,9x1,7 - - 272 39 6 91 19 7
268-
OP1-OP2 2,5 1,25 222 134 370 2-13 111 68-79 1,67
536
T100 1,5 1,40 156 78 291 312 2-(22) 78 41-61 2
T60 1,5 1,50 156 52 312 312 2-16 78 28-42 3
T30 1,5 1,54 - - 321 64 10 107 31 5
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170
T10 1,5 0,9x1,70 - - 319 46 7 106 22 7
312-
OP1-OP2 2,5 1,25 260 156 434 2-16 130 80-94 1,67
624
NOTA Quando são dados dois valores de tempo td e t’ para seqüência de ensaio de falta terminal (T100), separados por parênteses, o
valor entre parênteses pode ser utilizado se forem também realizados ensaios de falta quilométrica. Se não for o caso, é aplicável o valor
que precede os parênteses.
Quando são dados dois valores de tempo td e t’ para seqüências de ensaios de falta terminal (T60) e em discordância de fases OP1 e OP2,
estes indicam os limites inferiores e superiores a utilizar no ensaio. É conveniente que os valores de retardo td e do tempo t’ durante o
ensaio não sejam menores que seus respectivos limites inferiores nem maiores que seus respectivos limites superiores.

6.104.7 Tensão de restabelecimento à freqüência industrial

A tensão de restabelecimento à freqüência industrial do circuito de ensaio pode ser indicada como uma
porcentagem da tensão de restabelecimento de freqüência industrial especificada abaixo. Ela não deve ser menor
que 95% do valor especificado e deve ser mantida por pelo menos 0,3 s.

Com relação aos circuitos de ensaios sintéticos, detalhes e tolerâncias são dados na IEC 60427.

Para a seqüência básica de ensaios de curto-circuito de 6.106, a tensão de restabelecimento à freqüência


industrial deve ser como segue, sujeita ao mínimo de 95%, conforme especificado acima:

a) Para ensaios trifásicos em um disjuntor tripolar, o valor médio das tensões de restabelecimento à freqüência
industrial deve ser igual à tensão nominal Ur do disjuntor dividida por 3.

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A tensão de restabelecimento à freqüência industrial de qualquer pólo não deve desviar mais que 20% do
valor médio no final do tempo em que ela for mantida.

Para um sistema de neutro aterrado, deve ser provado que o aumento insuficiente da rigidez dielétrica em um
pólo não produzirá um arco prolongado e assim uma falha. O ensaio monofásico (6.108) deve ser aplicado
como uma demonstração.

b) Para ensaios monofásicos em um disjuntor tripolar, a tensão de restabelecimento à freqüência industrial deve
ser igual ao produto do valor fase-terra U r 3 e o fator de primeiro pólo (1,3 ou 1,5); a tensão de
restabelecimento à freqüência industrial pode ser reduzida para Ur 3 após um intervalo de um ciclo de
freqüência nominal.

c) Para um disjuntor monopolar, a tensão de restabelecimento à freqüência industrial deve ser igual à tensão
nominal Ur do disjuntor.

A tensão de restabelecimento à freqüência industrial deve ser medida entre os terminais de um pólo em cada fase
do circuito de ensaio. Seu valor eficaz deve ser determinado no oscilograma dentro do intervalo de tempo de meio
ciclo a um ciclo na freqüência de ensaio após a extinção do arco, como indicado na figura 44. A distância vertical
(V1, V2 e V3 respectivamente) entre o pico da segunda meia onda e a linha reta traçada entre os respectivos picos
das meias ondas precedente e sucessiva deve ser medida e isso, quando dividido por 2 2 e multiplicado pelo
fator de calibração apropriado, dá o valor eficaz da tensão de restabelecimento à freqüência industrial registrada.

6.105 Procedimento de ensaio de curto-circuito

6.105.1 Intervalo de tempo entre os ensaios

Os ensaios básicos de curto-circuito e, se aplicáveis, os ensaios de falta quilométrica, consistem nas séries de
seqüências de ensaios especificadas em 6.106 e 6.109.

Os intervalos de tempo entre operações individuais de uma seqüência de ensaios devem ser os intervalos de
tempo da seqüência nominal de operações do disjuntor, que é dada em 4.104, sujeitos a:
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Devido a limitações do laboratório de ensaio, pode não ser possível obter os intervalos de tempo de 15 s, 1 min ou
3 min da seqüência de operação nominal. Nestes casos o intervalo de tempo pode ser estendido até 10 min sem
que o ensaio seja desqualificado; intervalos de tempo, mesmo maiores que 10 min, devem ser registrados.
Intervalos de tempo prolongados não devem decorrer de falha na operação do disjuntor O intervalo de tempo real
entre as operações deve ser indicado no relatório de ensaio. Se superior a 10 min, a razão de tal retardo deve ser
registrada no relatório de ensaio.

Para disjuntores com uma seqüência de operação nominal O - t - CO - t’ - CO para diferentes intervalos de tempo
nominais t’, o ensaio pode ser executado com o intervalo de tempo t’ mais curto. Este ensaio é considerado como
cobrindo todas as seqüências de operações nominais com intervalos de tempo t’ mais longos. Isto torna possível
combinar os ensaios para as seqüências nominais de operação conforme 4.104 a) e b). O intervalo de tempo real
deve ser registrado.

6.105.2 Aplicação de energia auxiliar ao disparador de abertura – Ensaios de interrupção

A energia auxiliar deve ser aplicada ao disparador de abertura após o início do curto-circuito, mas quando devido a
limitações do laboratório de ensaio isto for impraticável, a energia pode ser aplicada antes do início do
curto-circuito (com a limitação de que os contatos não devem iniciar seu movimento antes do início do curto-circuito).

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6.105.3 Aplicação de energia auxiliar ao disparador de abertura – Ensaios de estabelecimento e


interrupção

Em um ensaio de estabelecimento e interrupção a energia não pode ser aplicada ao disparador de abertura antes
que o disjuntor tenha atingido a posição fechada. Nos ciclos de operações de fechamento-abertura da seqüência
de ensaios T100s (ver 6.106.4), a energia não pode ser aplicada até que meio ciclo tenha decorrido após o
instante do estabelecimento do contato. É permitido retardar a abertura do disjuntor de forma que a componente
de corrente contínua permissível não seja excedida.

6.105.4 Travamento sob curto-circuito

Um disjuntor está travado quando os contatos principais atingirem no fechamento uma posição estacionária
totalmente engatada e esta posição é mantida até que seja intencionalmente liberada, tanto mecânica quanto
eletricamente. A menos que o disjuntor seja equipado com um disparador para corrente de estabelecimento, ou
um dispositivo equivalente, deve ser provado que ele trava satisfatoriamente sem movimentação indevida quando
há um decréscimo desprezível da componente de corrente alternada durante o período de fechamento.

A capacidade de o disjuntor travar sob corrente de estabelecimento pode ser provada na seqüência de
ensaios T100s (ver 6.106.4) ou no ensaio de verificação para estabelecimento (ver 6.102.4.1). Durante este ensaio
aplica-se o seguinte:

 para ensaios trifásicos em um disjuntor tripolar, o ângulo de fechamento deve ser escolhido de forma a
solicitar o pólo mais remoto do mecanismo de acionamento com o valor de pico da corrente de
estabelecimento;

 para ensaios monofásicos em um disjuntor tripolar, o pólo mais remoto do mecanismo de acionamento deve
ser ensaiado em série com os outros dois pólos conectados em paralelo.

NOTA Se um ensaio monofásico for realizado, cuidado deve ser tomado para solicitar o pólo mais remoto do mecanismo
de acionamento do mesmo modo que durante um ensaio trifásico em relação à tensão aplicada através do pólo, instante de
pré-acendimento e corrente através do pólo.

Se as características do laboratório de ensaio forem tais que seja impossível realizar a seqüência de ensaios
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T100s dentro dos limites especificados da tensão aplicada indicada em 6.104.1, o ensaio deve ser repetido com
tensão reduzida usando um circuito de ensaio que forneça a corrente de estabelecimento de curto-circuito nominal,
com decréscimo desprezível da componente de corrente alternada.

Podem ser utilizados vários métodos para provar se um disjuntor fechou e travou, por exemplo:

 pelo registro adequado dos contatos auxiliares ou do percurso do contatos;

 pela verificação visual da posição de travamento após a execução do ensaio de estabelecimento;

 pelo registro da ação do dispositivo para detectar o travamento (por exemplo, um microinterruptor
adequadamente fixado ao mecanismo).

O método empregado para provar o travamento satisfatório deve ser registrado no relatório de ensaio.

6.105.5 Ensaios invalidados

Nos casos de um ensaio invalidado, pode ser necessário realizar um maior número de ensaios de curto-circuito do
que os descritos nesta Norma. Um ensaio invalidado é aquele onde um ou mais parâmetros de ensaio exigidos
pela norma não são satisfeitos. Isto inclui, por exemplo, corrente, tensão e fatores de tempo, bem como requisitos
de ponto na onda (se especificado) e características adicionais em ensaio sintético, tais como a operação correta
do disjuntor auxiliar e o tempo de injeção correto.

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O desvio da Norma pode acarretar o ensaio mais ou menos severo. Quatro casos diferentes são considerados na
tabela 15.

A parte invalidada da seqüência de ensaio pode ser repetida, porém sem a realização do recondicionamento do
disjuntor ensaiado. Entretanto, em caso de falha durante este ensaio adicional ou a critério do fabricante, o
disjuntor pode ser recondicionado e a seqüência de ensaio completa deve ser repetida. Nestes casos o relatório
de ensaio deve fazer referência aos ensaios inválidos.

NOTA Para o ciclo de religamento rápido, a manobra O - t - CO é também considerada uma parte da seqüência, e a
manobra CO seguinte é considerada como a outra parte.

Um disjuntor da classe E2 pode ser recondicionado, mas neste caso a série de ensaio inteira deve ser repetida.

Se algum registro de uma operação individual não puder ser produzido por razões técnicas, esta operação
individual não será considerada inválida, desde que possa ser provado de outra maneira que o disjuntor não
falhou e que os valores dos requisitos de ensaio foram atendidos.

Tabela 15 — Ensaios invalidados

Condições de ensaio em Disjuntor


relação às normas Passa Falha
Mais severo Ensaio válido, resultado aceito Ensaio a ser repetido com
parâmetros corretos
A modificação do projeto do disjuntor
não é necessária
Menos severo Ensaio a ser repetido com Falha do disjuntor no ensaio.
parâmetros corretos A modificação do projeto do disjuntor
é necessária, visando a melhoria das
capacidades de estabelecimento,
interrupção ou manobra
A modificação do projeto do Os ensaios devem ser reiniciados
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disjuntor não é necessária com disjuntor modificado

6.106 Seqüências básicas de ensaio em curto-circuito

As seqüências básicas de ensaio em curto-circuito devem consistir nas seqüências de ensaio T10, T30, T60,
T100s e T100a, especificadas a seguir.

As correntes interrompidas não devem desviar-se em mais de 20% dos valores especificados, para as seqüências
de ensaio T10 e T30 e em não mais de 10%, para a seqüência de ensaio T60.

O valor de crista da corrente de curto-circuito durante os ensaios de interrupção de corrente das seqüências de
ensaio T100s, T100s(b) e T100a não deve ultrapassar 110% da corrente de estabelecimento nominal em curto-
circuito do disjuntor.

NOTA Nos casos expostos em 6.106.4, pode ser necessário separar os ensaios de estabelecimento e interrupção para a
seqüência T100s. Assim, a parte que consiste nas operações de estabelecimento é designada T100s(a) e a parte que consiste
nas operações de interrupção, T100s(b).

Para as seqüências de ensaio T10, T30 e T60, é permitido omitir a operação de estabelecimento antes de
qualquer operação de interrupção por conveniência do ensaio. Os intervalos de tempo entre as operações
individuais de interrupção devem ser os intervalos de tempo da seqüência de operação nominal do disjuntor
(ver 6.105.1).

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6.106.1 Seqüência de ensaio T10

Esta seqüência de ensaio se compõe da seqüência nominal de operação a 10% da corrente de interrupção
nominal em curto-circuito, com uma componente contínua inferior a 20% e tensões de restabelecimento transitória
e à freqüência industrial como especificadas em 6.104.5.5 e 6.104.7 (ver também tabelas 13, 14a e 14b).

6.106.2 Seqüência de ensaio T30

Esta seqüência de ensaio se compõe da seqüência nominal de operação a 30% da corrente de interrupção
nominal em curto-circuito, com uma componente contínua inferior a 20% e tensões de restabelecimento transitório
e à freqüência industrial como especificadas em 6.104.5.4 e 6.104.7 (ver também tabelas 13, 14a e 14b).

6.106.3 Seqüência de ensaio T60

Esta seqüência de ensaio se compõe da seqüência nominal de operação a 60% da corrente de interrupção
nominal em curto-circuito, com uma componente contínua inferior a 20% e tensões de restabelecimento transitório
e à freqüência industrial como especificadas em 6.104.5.3 e 6.104.7 (ver também tabelas 13, 14a e 14b).

6.106.4 Seqüência de ensaio T100s

Esta seqüência de ensaio se compõe da seqüência nominal de operação a 100% da corrente de interrupção
nominal em curto-circuito, levando-se em conta 6.104.3, e com tensões de restabelecimento transitório e à
freqüência industrial como especificadas em 6.104.7 (ver também tabelas 13, 14a e 14b) e 100% da corrente de
estabelecimento nominal em curto-circuito, levando-se em conta 6.104.2, e uma tensão aplicada como
especificada em 6.104.1.

Para esta seqüência de ensaio, a porcentagem da componente contínua não deve ultrapassar 20% da
componente alternada.

Ao serem efetuados ensaios monofásicos sobre um pólo de um disjuntor tripolar ou quando as características do
laboratório de ensaios são tais que é impossível realizar a seqüência de ensaio T100s dentro dos limites
especificados de tensão aplicada em 6.104.1, corrente de estabelecimento em 6.104.2, corrente de interrupção em
6.104.3 e tensões de restabelecimento transitória e à freqüência industrial em 6.104.5.2 e 6.104.7, levando
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também em conta 6.105.3 e 6.105.4, os ensaios de estabelecimento e de interrupção na seqüência T100s podem
ser realizados separadamente, conforme segue:

6.106.4.1 Constante de tempo da componente contínua do circuito de ensaio igual ao valor especificado

Onde a constante de tempo da componente contínua do circuito de ensaio é igual ao valor especificado como
definido em 4.101.2, a alternativa para realizar a seqüência do ensaio T100s como descrito acima, é:

a) ensaios de estabelecimento, seqüência do ensaio T100s(a)

A seqüência C - t’ - C ou C - t” - C deve ser realizada para seqüência de operação nominal O - t - CO - t’ - CO


ou CO - t” - CO respectivamente, com a primeira operação de fechamento contra uma corrente simétrica igual
ao valor da corrente de interrupção nominal em curto-circuito e a segunda operação de fechamento contra a
corrente de estabelecimento nominal em curto-circuito de acordo com 6.104.2. A primeira operação de
fechamento deve ser realizada com a tensão aplicada especificada em 6.104.1;

b) ensaios de interrupção, seqüência do ensaio T100s(b)

Estas operações de fechamento detalhadas em a) devem ser seguidas por O - t - CO - t’- CO ou CO - t” - CO


para a seqüência de operação nominal O - t - CO - t’ - CO ou CO - t” - CO respectivamente, para 100% do
valor da corrente de interrupção nominal em curto-circuito, à tensão aplicada especificada em 6.104.1 e com
tensões de restabelecimento transitório e à freqüência industrial como especificado em 6.104.5.2 e 6.104.7.

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Durante esta seqüência de ensaio aplicam-se o seguinte:

 não é permitida manutenção entre a) e b);

 a segunda operação de fechamento de a) pode ser omitida, desde que durante b) uma das operações de
fechamento seja tal que a corrente de estabelecimento nominal em curto-circuito seja estabelecida;

 para ensaio sintético, aplica-se a IEC 60427.

6.106.4.2 A constante de tempo da componente contínua do circuito de ensaio é inferior ao valor


especificado

Quando a constante de tempo da componente contínua do circuito de ensaio for inferior ao valor especificado,
como definido em 4.101.2, a alternativa para realizar a seqüência de ensaio T100s como descrito acima, é:

a) ensaios de estabelecimento, seqüência do ensaio T100s(a)

Deve ser realizada uma operação simples de fechamento contra a corrente de estabelecimento nominal em
curto-circuito de acordo com 6.104.2. Esta operação de fechamento pode ser realizada à tensão reduzida com
as limitações estabelecidas em 6.104.2;

b) ensaios de interrupção, seqüência do ensaio T100s(b)

Esta operação de fechamento deve ser seguida pela seqüência O - t - CO - t’ - CO ou CO - t” - CO para a


seqüência nominal de operação O - t - CO - t’ - CO ou CO - t”- CO respectivamente, a 100% da corrente
nominal de interrupção em curto-circuito, à tensão aplicada especificada em 6.104.1 e com tensões
transitórias de restabelecimento e à freqüência industrial conforme especificado em 6.104.5.2 e 6.104.7.
Nesta segunda parte, uma das operações de fechamento deve ser tal que feche contra uma corrente
simétrica igual à corrente nominal de interrupção em curto-circuito.

NOTA Devido à menor constante de tempo da componente contínua do circuito de ensaio com relação ao valor
especificado, usado para a corrente nominal de interrupção em curto-circuito, o valor simétrico da corrente em a) necessitará
ser maior que o valor nominal. Em b), pela mesma razão, o pico da corrente, já demonstrado em a), será menor que a corrente
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nominal de estabelecimento em curto-circuito.

Durante esta seqüência de ensaio é aplicável o seguinte:

 nenhuma manutenção é permitida entre a) e b);

 para ensaio sintético, aplica-se a IEC 60427.

6.106.4.3 Constante de tempo da componente contínua do circuito de ensaio maior que o valor
especificado

Quando a constante de tempo da componente contínua do circuito de ensaio for maior que o valor especificado,
como definido em 4.101.2, a alternativa para realizar a seqüência de ensaio T100s como descrito acima, é:

a) A seqüência O - t - CO - t’ - CO ou CO - t” - CO deve ser realizada para a seqüência nominal de


operação O - t - CO - t’ - CO ou CO - t” - CO respectivamente, a 100% da corrente nominal de interrupção em
curto-circuito, à tensão aplicada especificada em 6.104.1 e com uma tensão de restabelecimento transitória e
a freqüência industrial nominal como especificado em 6.104.5.2 e 6.104.7. Durante esta seqüência, uma das
operações de fechamento deve ser tal que disjuntor fechará contra a corrente simétrica igual à corrente
nominal de interrupção em curto-circuito, e a outra contra a corrente plena assimétrica. Devido à grande
constante de tempo da componente contínua do circuito de ensaio com relação ao valor especificado em
4.101.2, o pico da corrente durante o fechamento assimétrico será maior que a corrente nominal de
estabelecimento em curto-circuito. Contudo, a operação de fechamento deve ser controlada pelo uso do
controle do ponto sobre a onda para obter a corrente nominal de estabelecimento em curto-circuito necessária.
A realização do procedimento a) é, entretanto, sujeita ao consentimento do fabricante;

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NOTA 1 Devido ao maior pico da corrente durante o fechamento assimétrico, não é exigida uma operação separada de
fechamento contra a corrente nominal de estabelecimento em curto-circuito como estabelecido em 6.104.2.

b) Alternativamente, a seqüência a) acima pode ser realizada com a primeira operação de fechamento contra
uma corrente simétrica igual à corrente nominal de interrupção em curto-circuito e a segunda operação de
fechamento em vazio, por exemplo O - t - CO - t’ - O ou CO - t” - O para a seqüência de operação nominal
O - t - CO - t’ - CO ou CO - t” - CO respectivamente, a 100% da corrente nominal de interrupção
em curto-circuito, com uma tensão aplicada especificada em 6.104.1 e com uma tensão de restabelecimento
transitória e a freqüência industrial como especificado em 6.104.5.2 e 6.104.7.

Neste caso a evidência da habilidade do disjuntor em realizar a seqüência nominal será demonstrada pela
repetição do ensaio da seqüência a), com os requisitos pertinentes, e com uma corrente simétrica menor que
a corrente nominal de interrupção em curto-circuito de tal maneira que corrente nominal de estabelecimento
em curto-circuito seja obtida em uma das operações de fechamento. Durante a repetição desta seqüência, a
operação de fechamento deve ser realizada à tensão reduzida com as limitações estabelecidas em 6.104.2.

NOTA 2 Desde que a habilidade do disjuntor em fechar contra uma corrente de estabelecimento em curto-circuito tenha
sido provada durante a repetição da seqüência, não é exigida uma operação separada de fechamento contra a corrente
nominal de estabelecimento segundo 6.104.2.

Durante esta seqüência de ensaio, é aplicável:

 onde a seqüência b) for adotada, é permitida manutenção antes da repetição da seqüência nominal de
operação;

 para ensaio sintético, aplica-se a IEC 60427.

6.106.4.4 Constante de tempo da componente alternada do circuito de ensaio pequena

Quando a constante de tempo da componente alternada do circuito de ensaio for pequena, pode não ser possível
realizar o ensaio de seqüência nominal de operação sem causar estresse excessivo ao disjuntor. Nesses casos é
permitido separar os ensaios de estabelecimento e interrupção na seqüência do ensaio T100s conforme segue:
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a) Ensaios de estabelecimento, seqüência do ensaio T100s(a)

C - t’ - C, no caso da seqüência nominal de operação O - t - CO - t’ - CO,

C - t” - C, no caso da seqüência nominal de operação CO - t” - CO

com a corrente de estabelecimento especificada em 6.104.2 e com a tensão aplicada especificada em 6.104.1.
Para o intervalo de tempo entre os ensaios separados, é aplicável 6.105.1.

b) Ensaios de interrupção, seqüência do ensaio T100s(b)

O procedimento de ensaio depende da seqüência nominal de operação.

 No caso da seqüência nominal de operação O - t - CO - t’ – CO, as operações de fechamento da


seqüência do ensaio T100s(a) devem ser seguidas pela seqüência de ensaio O - t - CO - t’ - CO a 100%
da corrente nominal de interrupção em curto-circuito como especificado em 6.104.3 e com tensões de
restabelecimento transitória e à freqüência industrial como especificado em 6.104.5.2 e 6.104.7.
Para o intervalo de tempo entre os ensaios separados, é aplicável 6.105.1.

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A seqüência de operação O - t - CO (parte inicial da seqüência nominal de operação O - t - CO - t’ - CO) pode


ser demonstrada por dois ensaios. Neste caso aplica-se o seguinte:

No primeiro ensaio, a primeira operação de abertura deve ser realizada a 100% da corrente nominal de
interrupção em curto-circuito como especificado em 6.104.3. e com tensões de restabelecimento transitória e
à freqüência industrial como especificado em 6.104.5.2 e 6.104.7. As operações de fechamento e abertura
subseqüentes devem ser realizadas com corrente de estabelecimento e tensão aplicada ou corrente de
interrupção e tensões de restabelecimento transitória e à freqüência industrial, respectivamente, tão próximo
quanto possível aos valores especificados para a seqüência de ensaios T100s.

No segundo ensaio, um ciclo adicional de operação CO deve ser realizado com a operação de abertura
a 100% da corrente nominal de interrupção em curto-circuito como especificado em 6.104.3 e com tensões de
restabelecimento transitória e à freqüência industrial como especificado em 6.104.5.2 e 6.104.7. Este ciclo de
operação CO deve ser precedido por uma operação de abertura sem carga para completar a seqüência de
operação O - t - CO.

 No caso da seqüência nominal de operação CO - t” – CO, as operações de fechamento da seqüência


T100s(a) devem ser seguidas pela seqüência de ensaio CO - t” - CO a 100% da corrente nominal de
interrupção em curto-circuito como especificado em 6.104.3 e com tensões de restabelecimento
transitória e à freqüência industrial, como especificado em 6.104.5.2 e 6.104.7. Para o intervalo de tempo
entre os ensaios separados, é aplicável 6.105.1.

 Quando uma operação de fechamento na seqüência de ensaio T100s(b) preenche os requisitos dados
em a) acima, a respectiva operação de fechamento na seqüência de ensaio T100s(a) pode ser omitida.
Para não estressar excessivamente o disjuntor, pode ser necessária a aplicação de fechamento
controlado na seqüência de ensaio T100s(b). Para a operação de fechamento, os requisitos
especificados em 6.104.1 e 6.104.2 podem não ser preenchidos.

Não é permitida manutenção entre as seqüências de ensaio T100s(a) e T100s(b). Quando este procedimento de
ensaio resultar em estresses reais que excedam os limites especificados na tabela B.1, é necessário o
consentimento do fabricante.

6.106.5 Seqüência de ensaio T100a


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A seqüência de ensaio T100a deve ser aplicada somente em disjuntores que possuam um intervalo de tempo
igual ao tempo mínimo de abertura Top do disjuntor, como estabelecido pelo fabricante, mais meio ciclo da
freqüência nominal Tr, de tal forma que a componente contínua no instante de separação dos contatos seja
superior a 20% (ver 4.101.2).

A seqüência de ensaio T100a consiste em três operações de abertura nos intervalos de tempo t’, de acordo
com 6.105.1 a 100% da corrente nominal de interrupção em curto-circuito com uma percentagem da componente
contínua igual ao valor nominal apropriado, especificado em 4.101, e tensões de restabelecimento prospectiva
transitória e à freqüência industrial, como especificado em 6.104.5.2 e 6.104.7 (ver também 6.104.6).
(Para tabela de referências, ver 6.106.4).

Quando a constante de tempo c.c. do circuito de ensaio for diferente daquela especificada para o disjuntor,
convém que a T100a seja realizada de acordo com a IEC 62215.

6.107 Ensaios de corrente crítica

6.107.1 Aplicabilidade

Estes ensaios são ensaios de curto-circuito adicionais à seqüência de ensaios básica de curto-circuito cobertos
por 6.106 e são aplicáveis somente a disjuntores que possuem uma corrente crítica. Deve ser assumido que este
é o caso, quando o tempo de arco mínimo em qualquer das seqüências de ensaio T10, T30 ou T60 for meio ciclo
ou superior ao mínimo tempo de arco na seqüência de ensaio adjacente. Para ensaios trifásicos o tempo de arco
de todas três fases deve ser levado em consideração.

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6.107.2 Corrente de ensaio

Onde aplicável, o comportamento do disjuntor com relação à corrente crítica deve ser ensaiado em duas
seqüências de ensaio.

As correntes de ensaio para estas duas seqüências de ensaio devem ser iguais à média das correntes de
interrupção correspondentes à seqüência de ensaio na qual ocorreu o tempo de arco mais prolongado
(ver 6.107.1) e:

a) a corrente de interrupção correspondente à próxima corrente de interrupção superior para uma seqüênciade
ensaio; e

b) a corrente de interrupção correspondente à próxima corrente de interrupção inferior para outra seqüência de
ensaio.

No caso de um tempo de arco prolongado na seqüência de ensaio T10, o ensaio de corrente crítica deve ser
realizado com uma corrente de 20% da corrente nominal de interrupção em curto-circuito para uma seqüência de
ensaio e com uma corrente de 5% da corrente nominal de interrupção em curto-circuito para a outra.

6.107.3 Seqüência de ensaio de corrente crítica

A seqüência de ensaio de corrente crítica consiste na seqüência de operação nominal com a corrente de acordo
com 6.107.2 com uma componente c.c. inferior a 20%. As tensões de restabelecimento transitória e à freqüência
industrial devem ser associadas à seqüência de ensaio básica de curto-circuito tendo a corrente de interrupção
imediatamente superior à corrente crítica.

A seqüência de ensaio de corrente crítica pode ser realizada em um disjuntor recondicionado.

6.108 Ensaios de falta à terra monofásico e bifásico

6.108.1 Aplicabilidade

Os disjuntores devem ser capazes de interromper correntes de curto-circuito monofásico que podem ocorrer em
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dois diferentes casos:

 no caso de faltas monofásicas em sistemas com neutro solidamente aterrado, ou

 no caso de faltas bifásicas à terra em sistemas com neutro não solidamente aterrado, isto e, faltas à terra em
duas diferentes fases, uma das quais ocorre em um lado do disjuntor e a outra no outro lado.

Dependendo da condição do aterramento do neutro do sistema no qual o disjuntor é destinado a ser usado, do
projeto do mecanismo de operação (monopolar ou tripolar) e da condição na qual o disjuntor foi ensaiado nos
ensaios monofásicos e trifásicos na seqüência de ensaio T100s, podem ser necessários ensaios adicionais de
interrupção monofásicos (ver figura 45).

Estes ensaios são destinados a demonstrar

 que o disjuntor é capaz de interromper a corrente de falta monofásica nos parâmetros pertinentes;

 que a operação não é adversamente afetada por forças desbalanceadas produzidas no caso de correntes de
falta monofásicas para disjuntores que possuem um mecanismo de operação comum aos três pólos e sendo
equipado com dispositivo de abertura comum.

O ensaio para falta monofásica deve ser realizado em um pólo da extremidade, enquanto que o ensaio de falta
bifásica para terra, em qualquer pólo.

NOTA Se dois ensaios monofásicos forem realizados em um disjuntor com um mecanismo de operação comum aos três
pólos, o ensaio pode ser realizado em dois pólos diferentes para evitar desgaste excessivo de um único pólo.

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6.108.2 Corrente de ensaio e tensão de restabelecimento

A corrente de interrupção e a tensão de restabelecimento para ensaios adicionais de interrupção monofásica são
mostradas na figura 45.

A componente contínua da corrente de interrupção não deve exceder 20% da componente alternada.
A tensão de restabelecimento transitória deve cumprir os requisitos dos itens a) e b) de 6.104.5.1.
Os valores-padrão são derivados de u1, t1 ,uc e t3 das tabelas 1a, 1b e 1c. Os valores a serem usados para
ensaios de falta à terra monofásica e bifásica são dados na tabela 16, com a indexação (sp).

Tabela 16 — Parâmetros de TRT para ensaios de faltas à terra monofásicas e bifásicas

Tensão nominal

Sistema de Ur < 100 kV Ur > 100 kV


neutro TRT- 2 parâmetros TRT- 4 parâmetros
uc, sp t3, sp u1, sp t1,sp uc, sp t2, sp

Solidamente 2 2
1,4  Ur 0,75Ur
aterrado 3 3
t 3  u c, sp u c t1  u1, sp u1 1,87  u1, sp 4t1, sp
Não
solidamente 1,4  U r 2 0,75 U r 2
aterrado

Os outros parâmetros estão relacionados a u1,sp, uc,sp, t1,sp e t3,sp, como definido em 6.104.5.1, para a seqüência de
ensaio T100. Quando necessário, pode-se tirar proveito das condições de 6.104.5.2 a respeito das limitações do
laboratório de ensaios.

6.108.3 Seqüência de ensaio

A seqüência de ensaio deve consistir em uma única operação de interrupção. A corrente deve ser aplicada no pólo
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da extremidade que resulta em máximo esforço no mecanismo de acoplamento entre pólos.

O tempo de arco durante a operação de interrupção monopolar não deve ser menor do que o seguinte valor ta:

t a  t a100s  0,7  T / 2

Onde

ta100s - é o mínimo dos tempos de arco do primeiro pólo a interromper durante três operações de interrupção
da seqüência de ensaio T100s, se a falta terminal da seqüência de ensaio for trifásica;

- é o tempo mínimo de arco da falta terminal da seqüência de ensaio T100s, se a falta terminal da
seqüência de ensaio T100s for monofásica.

T é a duração de um período da freqüência industrial

Para reduzir a quantidade de ensaios, é permitido substituir dois ensaios por um, desde que as condições dos
ensaios sejam obtidas simultaneamente. Isto é permitido somente com o consentimento do fabricante.

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6.109 Ensaios de faltas quilométricas

6.109.1 Aplicabilidade

Ensaios de falta quilométrica são ensaios de curto-circuito complementares aos ensaios básicos de curto-circuito
cobertos por 6.106. Estes ensaios devem ser realizados para determinar a habilidade de um disjuntor interromper
correntes de curto-circuito sob condições de faltas quilométricas caracterizadas por uma tensão de
restabelecimento transitória como uma combinação dos componentes do lado da fonte e do lado da linha.

Ensaios de falta quilométrica são aplicáveis somente para disjuntores tripolares projetados para conexão direta
com linhas de transmissão, com tensões nominais iguais ou acima de 52 kV e correntes de interrupção nominal de
curto-circuito superiores a 12,5 kA.

6.109.2 Corrente de ensaio

A corrente de ensaio deve levar em conta as impedâncias do lado da fonte e do lado da linha. A impedância do
lado da fonte deve ser correspondente a aproximadamente 100% da corrente nominal de interrupção
de curto-circuito Isc e o valor fase-terra da tensão nominal Ur. Valores padronizados da impedância do lado da linha
são especificados correspondentemente à redução da componente alternada da corrente nominal de interrupção
de curto-circuito a 90% (L90) e 75% (L75), respectivamente.

No ensaio, o comprimento da linha representado no lado da linha de um disjuntor pode diferir do comprimento da
linha correspondente às correntes iguais a 90% e 75% das correntes nominais de interrupção de curto-circuito.
São permitidas tolerâncias nestes comprimentos padronizados de – 20% e + 0% para ensaios a 90% da corrente
nominal de interrupção de curto-circuito e de ± 20% para ensaios a 75% da corrente nominal de interrupção de
curto-circuito.

Estas tolerâncias apresentadas para os comprimentos de linha fornecem os seguintes desvios das correntes de
curto-circuito:

 L90 no desvio de 0%: IL = 90% de Isc

 L90 no desvio de -20%: IL = 92% de Isc


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 L75 no desvio de +20%: IL = 71% de Isc

 L75 no desvio de -20%: IL = 79% de Isc

Para o caso estabelecido em 6.109.4, item c) é necessário um outro ensaio (L60) a 60% da corrente nominal de
interrupção de curto-circuito. A tolerância no comprimento de linha padronizado é ± 20%. Isto resulta nos
seguintes desvios da corrente de curto-circuito:

 L60 no desvio de + 20%: IL = 55% de Isc

 L60 no desvio de – 20%: IL = 65% de Isc

Para mais informações, ver o anexo J.

6.109.3 Circuito de ensaio

O circuito de ensaio deve ser monofásico e consiste em um circuito de alimentação e um circuito de linha
(ver figuras 46, 47 e 48). Os requisitos básicos são dados em 4.105.

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Em relação aos tempos de retardo no lado da fonte e no lado da linha e a TRTI (ver 4.102.1), dois requisitos
principais são especificados e devem ser distinguidos:

a) lado da fonte: com tempo de retardo (td) e sem TRTI;

lado da linha: com tempo de retardo (tdL);

b1) lado da fonte: com tempo de retardo (td) e com TRTI;

lado da linha: com tempo de retardo (tdL);

b2) lado da fonte: com tempo de retardo (td) e sem TRTI;

lado da linha: com tempo de retardo (tdL) insignificante.

A representação da TRTI no lado da fonte pode ser desprezada se uma oscilação no lado da linha sem um tempo
de retardo for usada (ver 6.104.5.2). Um tempo de retardo do lado da linha não maior que 100 ns é considerado
um tempo de retardo insignificante.

NOTA 1 Se não existir TRTI no lado da fonte e for usado um tempo de retardo insignificante no lado da linha, dentro dos
limites especificados ainda próximos a 100 ns, dependendo do valor nominal do disjuntor, a tensão através do disjuntor no
tempo t1 pode ser menor até certo ponto do que no caso do lado da fonte com TRTI e o lado linha com tempo de retardo.

Seguindo a classificação acima, três tipos de circuitos de ensaios, caracterizados por seus tempos de retardo, são
aplicáveis a ensaios:

 circuito SLF a) lado da fonte com tempo de retardo (td) e lado da linha com tempo de retardo (tdL) (ver A.4.1);
circuito mostrado na figura 46.

 circuito SLF d1) lado da fonte com TRTI e lado da linha com tempo de retardo (tdL) (ver A.4.2); circuito
mostrado na figura 47.

 circuito SLF d2) lado da fonte com tempo de retardo (td) e lado da linha com tempo de retardo (tdL)
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insignificante (ver A.4.3); circuito mostrado na figura 48.

O circuito a) deve ser usado somente nos casos em que os requisitos de TRTI não se aplicam. O circuito b2) pode
ser usado como substituto para o circuito b1) quando ambos os terminais forem idênticos do ponto de vista elétrico
(por exemplo, onde uma capacitância adicional é usada como mencionado na nota 4 de 6.109.3).

Para a escolha do circuito de ensaio a ser usado, ver o diagrama da figura 49.

Outras características do lado da fonte e do lado da carga do circuito de ensaio devem ser de acordo com as
explicações e cálculos descritos no anexo A.

Se os requisitos da TRT do lado da fonte não puderem ser satisfeitos devido a limitações do laboratório, esta
deficiência do tempo de retardo do lado da fonte pode ser compensada por um acréscimo da excursão da curva da
tensão do lado da linha. O aumento do valor uL,mod* é calculado como segue (ver também a figura 16 e a figura 50):

td  t'd  tL uL, mod * = uL* + Lf  TCTR  (t'd – td)

td < tL  t'd uL, mod* = uL* + Lf  TCTR  (tL – td)

onde

TCTR é a taxa de crescimento da tensão de restabelecimento especificada do lado da fonte (kV/s);

Lf é o fator de corrente SLF da falta quilométrica IL / Isc (0,9 ou 0,75 ou 0,6);

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td é o tempo de retardo especificado do lado da fonte (s);

t’d é o tempo de retardo obtido no lado da fonte (s);

tL é o tempo para a tensão de crista uL* da tensão transitória do lado da linha (s);

uL* é a tensão de crista especificada do lado da linha (kV);

uL,mod* é a tensão de crista ajustada do lado da linha (kV).

Se os ensaios forem executados em um disjuntor com um terminal aterrado, como pode ser o caso durante
ensaios sintéticos, medições ou cálculos de fatores de distribuição da tensão da linha e oscilações do lado da
fonte devem ser executados. A unidade mais solicitada pelas oscilações do lado da linha é a menos solicitada
pelas oscilações do lado da fonte. É reconhecido que a solicitação mais significativa é aquela devido à linha.
Os fatores de distribuição de tensão devem ser os seguintes:

 ensaio em uma unidade: fatores calculados ou medidos na unidade do lado da linha;

 ensaio em grupo de unidades (mais de uma unidade): fatores calculados ou medidos no grupo de unidades
mais próximo do lado da linha. Deve ser prestada atenção de modo que os fatores a serem aplicados não
sobrecarreguem o disjuntor por causa da distribuição da tensão dentro do grupo de unidades.
Uma nova medição ou cálculo pode ser requerido para a parte a ser ensaiada.

A medição da TRT presumida deve ser realizada com a linha conectada ao circuito real para levar em conta todos
os efeitos devidos a divisores de tensão, capacitâncias parasitas e indutâncias do circuito de ensaio.

Uma capacitância adicional pode ser aplicada no lado da linha ou no lado da fonte em relação ao disjuntor ou em
paralelo com o disjuntor para ajustar os tempos de retardo correspondentes.

NOTA 2 O termo “real” é usado para distinguir do valor nominal (90%, 75% ou 60%); não está excluído o uso da corrente
de interrupção em curto-circuito presumida de acordo com 6.104.3.

NOTA 3 Se uma capacitância adicional for aplicada para ajustar o tempo de retardo da linha para valores normalizados
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dados na tabela 4, a taxa de crescimento da TRT do lado da linha alcançará seu valor normalizado (duL / dt = – s x IL) após o
amortecimento introduzido pelo efeito de retardo desta capacitância adicional.

NOTA 4 Quando a capacidade de interrupção do disjuntor não é suficiente para interromper uma falta quilométrica, uma
capacitância adicional no lado da linha do disjuntor ou em paralelo com as unidades de interrupção pode ser usada, ambas
durante o ensaio e em serviço. Desta maneira a solicitação no disjuntor é atenuada. O valor e a localização desta capacitância
adicional usada durante os ensaios devem ser declarados no relatório de ensaio.

Para uma capacitância adicional grande, a impedância de surto da linha e o tempo de retardo correspondente do
lado da linha podem parecer estar reduzidos, devido ao efeito desta capacitância adicional. Contudo, o valor
correto da impedância de surto própria da linha (ajustado melhor de acordo com o valor normalizado dado na
tabela 4) permanece inalterado. Como o período de amortecimento do efeito de retardo da capacitância adicional
pode ser mais longo que o tempo da primeira crista da TRT do lado da linha, uma taxa mais baixa de crescimento
da TRT pode ser mal interpretada como um decréscimo da impedância de surto da linha. Portanto, os valores do
tempo de retardo e a impedância de surto estimada para a linha conectada com a capacitância adicional não são
relevantes para o ensaio.

O relatório do ensaio deve mostrar a tensão de restabelecimento transitória especificada para os valores nominais
do disjuntor e para comparação à tensão de restabelecimento transitória presumida do circuito de ensaio utilizado.

6.109.4 Seqüência de ensaios

Os ensaios de faltas quilométricas devem ser ensaios monofásicos. A série de seqüências de ensaios é
especificada abaixo. Cada seqüência de ensaio consiste na seqüência de operação nominal. Por conveniência
dos ensaios as operações de fechamento podem ser realizadas como operações em vazio.

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O circuito de ensaio deve estar de acordo com 6.109.3.

Para estas seqüências de ensaios, a porcentagem da componente contínua no instante da separação dos
contatos deve ser inferior a 20% da componente alternada.

As seqüências de ensaios relacionadas com as correntes de ensaios, de acordo com 6.109.2, são:

a) seqüência de ensaio L90

à corrente para L90 dada em 6.109.2 e à tensão de restabelecimento transitória presumida apropriada;

b) seqüência de ensaio L75

à corrente para L75 dada em 6.109.2 e à tensão de restabelecimento transitória presumida apropriada;

c) seqüência de ensaio L60

à corrente para L60 dada em 6.109.2 e à tensão de restabelecimento transitória presumida apropriada.

Esta seqüência de ensaio é obrigatória somente se o tempo de arco mínimo obtido durante a seqüência
de ensaio L75 for um quarto de ciclo ou maior que o tempo de arco mínimo determinado durante a seqüência
de ensaio L90.

6.109.5 Ensaios de falta quilométrica com uma fonte de alimentação de potência limitada

Quando a potência de curto-circuito máxima disponível na instalação de ensaio não é suficiente para realizar os
ensaios de faltas quilométricas sobre um pólo completo do disjuntor, podem-se efetuar os ensaios em câmaras
separadas (ver 6.102.4.2).

Os ensaios de falta quilométrica podem também ser efetuados a uma tensão à freqüência industrial reduzida,
sendo atenuados os requisitos de 6.109.3. Estes requisitos devem ser atendidos tanto quanto possível e, para a
tensão de restabelecimento transitória, pelo menos até três vezes o tempo especificado para a primeira crista do
lado da linha. Este método é utilizado caso os ensaios fundamentais de curto-circuito indicados em 6.106 tenham
sido satisfatórios, admitindo-se que a suportabilidade dielétrica do disjuntor na vizinhança do valor de crista da
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tensão de restabelecimento transitória e independente das solicitações aplicadas imediatamente após a passagem
pelo zero da corrente. Este método de ensaio pode também ser utilizado em combinação com o ensaio em
câmaras separadas.

Se os ensaios de falta quilométrica forem efetuados a uma tensão à freqüência industrial reduzida e se em
qualquer seqüência de ensaio o tempo de arco máximo de acordo com 6.102.10.2.2.1 for mais que 2 ms além do
encontrado em uma seqüência de ensaio de T100s, deve ser realizada uma operação de abertura com o tempo
de arco máximo do ensaio de falta quilométrica, aplicando-se as condições de ensaio de falta terminal T100s.
Os parâmetros da TRT para esta operação adicional podem ser reduzidos para valores correspondentes ao fator
de primeiro pólo a interromper igual a 1,0, como usual para ensaio de falta quilométrica. O disjuntor é considerado
aprovado no ensaio de falta quilométrica somente se a corrente for interrompida com sucesso nesta operação de
abertura adicional.

6.110 Ensaios de estabelecimento e interrupção em discordância de fases

6.110.1 Circuito de ensaio

O fator de potência do circuito de ensaio não deve exceder 0,15.

Os ensaios são realizados usualmente em circuitos monofásicos. Assim, esta subseção trata apenas de
procedimento de ensaio monofásico.

NOTA Em vez de ensaios monofásicos, ensaios trifásicos são permitidos. Quando são realizados ensaios trifásicos, o
procedimento de ensaios deve ser objeto de acordo entre fabricante e usuário.

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O circuito de ensaio deve ser montado de forma que aproximadamente metade da tensão aplicada e da tensão de
restabelecimento transitória apareça de cada lado do disjuntor (ver figura 51).

Se não for possível montar este circuito no laboratório de ensaios, será permitido com o consentimento do
fabricante utilizar duas tensões idênticas defasadas de 120º em vez de 180º, contanto que a tensão total entre os
terminais do disjuntor seja como estabelecido em 6.110.2 (ver figura 52).

Ensaios com um terminal do disjuntor aterrado são permitidos com o consentimento do fabricante (ver figura 53).

6.110.2 Tensões de ensaio

A tensão aplicada e a tensão de restabelecimento à freqüência industrial devem ter um dos seguintes valores:

a) 2,0 3 vezes a tensão nominal para disjuntores destinados a operar em sistema com neutro aterrado;

b) 2,5 3 vezes a tensão nominal para disjuntores destinados a operar em sistemas diferentes daqueles com
neutro aterrado.

A tensão de restabelecimento transitória deve estar de acordo com 4.106.

6.110.3 Seqüências de ensaio

As seqüências de ensaio devem ser feitas conforme indicado na tabela 17.

Para a operação de abertura de cada seqüência de ensaio, a componente contínua da corrente de interrupção
deve ser menor que 20% da componente alternada.

Para a operação de fechamento do ciclo CO da seqüência de operação OP2:

 a tensão à freqüência industrial deve ser 2Ur/√3;

 o estabelecimento deve ocorrer dentro  15º do valor de crista da tensão aplicada.


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A operação de fechamento deve produzir uma corrente simétrica com o mais longo tempo de pré-arco.
A corrente de estabelecimento deve ser igual à corrente nominal de estabelecimento em discordância de fases. A
componente contínua da corrente de interrupção não é especificada. Para tempos de arco, ver 6.102.10.2.1
e 6.102.10.2.2.

Se o tempo de pré-arco, quando do estabelecimento no valor de pico da tensão aplicada, não for
significativamente maior que um quarto de ciclo da freqüência industrial, devido a possíveis limitações dos
laboratórios de ensaios, é permitido substituir o ciclo CO da seqüência de operação OP2 pela seguinte seqüência:

 C à tensão plena e máxima corrente de estabelecimento disponível;

 CO com C em vazio;

 O - O.

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Tabela 17 — Seqüência de ensaio para demonstrar as características de discordância de fases

Corrente de interrupção em
porcentagem da corrente de
Seqüência de ensaio Operação ou ciclo de ensaio
interrupção nominal em
discordância de fases
OP1 O-O-O 30
OP2 CO - O - O 100
ou alternativamente
C* - C**O - O - O
C* = C a tensão plena
C** = C em vazio
NOTA 1 Nos disjuntores providos de resistores de fechamento, a capacidade térmica dos resistores de
fechamento pode ser ensaiada separadamente.
NOTA 2 A seqüência de ensaio OP1 pode ser omitida nos disjuntores cujas características do arco são tais
que ensaios de corrente crítica, de acordo com 6.107.1, para um nível de corrente menor que aquele
associado com falta terminal T10 não são especificados.

6.111 Ensaios de manobra de corrente capacitiva

6.111.1 Aplicabilidade

Os ensaios de manobra de corrente capacitiva são aplicados a todos os disjuntores aos quais uma ou mais das
seguintes características tenham sido especificadas:

 corrente nominal de interrupção de linha em vazio;


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 corrente nominal de interrupção de cabo em vazio;

 corrente nominal de interrupção de banco único de capacitores;

 corrente nominal de interrupção de banco de capacitores em contraposição;

 corrente transitória nominal de energização de banco único de capacitores;

 corrente transitória nominal de energização de banco de capacitores em contraposição.

Os valores preferenciais de correntes nominais de manobra capacitiva são dados na tabela 5.

NOTA 1 A determinação de sobretensões de manobra de corrente capacitiva não é coberta por esta Norma.

NOTA 2 Uma nota explicativa sobre manobra de corrente capacitiva é dada em I.4.

6.111.2 Geral

São permitidas as reignições durante os ensaios de manobra de corrente capacitiva. Duas classes de disjuntores
são definidas de acordo com seus desempenhos de reacendimento:

 classe C1: baixa probabilidade de reacendimento durante a interrupção de corrente capacitiva como
demonstrado por ensaios de tipo específicos (6.111.9.2).

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 classe C2: muito baixa a probabilidade de reacendimento durante o fechamento de corrente capacitiva como
demonstrado por ensaios de tipo específicos (6.111.9.1).

NOTA 1 A probabilidade é relacionada ao desempenho durante a série de ensaios de tipo.

NOTA 2 Os fenômenos ocorridos depois de um reacendimento ou de uma reignição não são representativos de condições
de serviço, uma vez que o circuito de ensaio não reproduz adequadamente a condição de tensão pós-evento.

Nos ensaios de laboratório, as linhas e cabos são parcial ou completamente substituídos por circuitos com
parâmetros concentrados, utilizando-se capacitores, reatores ou resistores.

A freqüência do circuito de ensaio deve ser a freqüência nominal com uma tolerância de  2%.

NOTA 3 Os ensaios a 60 Hz podem ser considerados para comprovar a característica de interrupção a 50 Hz.

NOTA 4 Os ensaios a 50 Hz servem também para comprovar as características de fechamento a 60 Hz, desde que a
tensão do disjuntor não seja menor durante os primeiros 8,3 ms do que aquela que apareceria num ensaio a 60 Hz com a
tensão especificada. Se ocorrer reacendimento depois de 8,3 ms, devido à tensão instantânea ser maior que no ensaio a 60 Hz
com a tensão especificada, a seqüência de ensaio deve ser repetida a 60 Hz.

NOTA 5 A especificação dos circuitos pode ser substituída por uma especificação da tensão de restabelecimento.

6.111.3 Características dos circuitos de alimentação

O circuito de ensaio deve satisfazer os seguintes requisitos:

a) as características do circuito de ensaio devem ser tais que a variação da tensão de freqüência industrial,
quando manobrada, seja menor que 2% para seqüência de ensaio 1 (LC1, CC1 e BC1) e menor que 5% para
seqüência de ensaio 2 (LC2, CC2 e BC2). Onde a variação da tensão é maior que os valores especificados, é
permissível alternativamente executar ensaios com tensão de restabelecimento (6.111.10) ou ensaios
sintéticos;

b) a impedância do circuito de alimentação não deve ser tão baixa que a corrente de curto-circuito exceda a
capacidade de interrupção de curto-circuito do disjuntor.
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Para os ensaios de manobra de corrente de linha em vazio, cabo em vazio ou banco único de capacitores, a
tensão de restabelecimento transitória presumida do circuito de alimentação não deve ser mais severa que a
tensão de restabelecimento transitória especificada para curto-circuito T100 em 6.104.5.2.

Para ensaios de corrente de interrupção de banco de capacitores em contraposição, a capacitância do circuito de


alimentação e a impedância entre os capacitores do lado da fonte e da carga devem ser ajustados, de modo a se
atingir a capacidade de estabelecimento da corrente de energização de banco de capacitores, quando se ensaia
com 100% da capacidade de interrupção de banco de capacitores em contraposição.

NOTA 1 Se um disjuntor for destinado a ser usado num sistema com comprimentos de cabo apreciáveis do lado da fonte, é
conveniente utilizar um circuito de alimentação com capacitâncias adicionais apropriadas.

NOTA 2 Para ensaios de corrente de manobra de banco de capacitores em contraposição onde são executados ensaios de
estabelecimento em separado, pode-se, para os ensaios de interrupção, escolher um circuito de alimentação com uma
capacitância mais baixa. Entretanto, é conveniente que não se escolha uma capacitância muito baixa, a fim de se evitar que a
TRT presumida do lado da fonte exceda aquela especificada para curto-circuito em 6.104.5.2.

6.111.4 Aterramento do circuito de alimentação

Para ensaios monofásicos em laboratório, qualquer terminal do circuito de alimentação pode ser aterrado.
Entretanto, quando é necessário assegurar uma distribuição correta de tensão entre câmaras do disjuntor, um
outro ponto do circuito de alimentação pode ser aterrado.

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Para ensaios trifásicos o aterramento deve ser conforme segue:

a) para ensaios de manobra de corrente de banco de capacitores, o neutro do circuito de alimentação deve ser
aterrado. Para banco de capacitores com neutro aterrado a impedância de seqüência zero deve ser menor
que três vezes a impedância de seqüência positiva. Para bancos de capacitores isolados, esta relação não é
relevante;

b) para ensaios de manobra de corrente de linha e cabos em vazio, o aterramento do circuito de alimentação
deve, em princípio, corresponder às condições de aterramento dos circuitos para os quais o disjuntor é
destinado:

 para ensaios trifásicos de um disjuntor previsto para uso em sistemas com neutro aterrado, o ponto de
neutro do circuito de alimentação deve ser aterrado e sua impedância de seqüência zero não deve ser
maior que três vezes sua impedância de seqüência positiva.

 para ensaios trifásicos de um disjuntor previsto para uso em sistemas com neutro isolado ou aterrados
com ressonância, o ponto de neutro do lado da fonte deve ser isolado.

NOTA Para conveniência de ensaio, um circuito alternativo de ensaio pode ser usado contanto que ensaio possa provar
que serão obtidos valores equivalentes da tensão de restabelecimento, por exemplo um circuito de ensaio com um sistema de
neutro aterrado e um banco de capacitores isolado podem ser substituídos, em muitos casos, por um circuito de ensaio com
um sistema de neutro isolado e um banco de capacitores aterrado.

Alem disso, deve-se preferencialmente dar atenção à influência de capacitores de controle da TRT nos valores de
tensão de restabelecimento especialmente para baixas correntes capacitivas. A tabela 20 fornece os valores da
tensão de restabelecimento requeridos.

6.111.5 Características do circuito capacitivo a ser manobrado

As características do circuito capacitivo, com todos os dispositivos de medição, inclusive os divisores de tensão,
devem ser tais que a queda de tensão através do disjuntor não exceda 10% ao fim de um intervalo de 300 ms
após a extinção definitiva do arco.
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Quando o circuito de ensaio não for capaz de suprir a tensão de restabelecimento por 300 ms, a suportabilidade
do disjuntor deve ser demonstrada de outra maneira. Esta demonstração pode ser feita através da realização de
um ensaio adicional sem corrente, aplicando a requerida tensão de restabelecimento por um ciclo da freqüência
industrial após a separação dos contatos. A tensão de restabelecimento requerida pode ser obtida pela aplicação
de, por exemplo, uma tensão contínua, em um terminal e uma tensão alternada ao outro terminal pelo tempo
requerido. O número de aplicações de tensão deve ser o mesmo de operações de abertura na seqüência de
ensaio 1 (LC1, CC1 e BC1), uniformente distribuído entre as duas polaridades. Quando os ensaios de manobra de
corrente capacitiva forem trifásicos, este ensaio dielétrico adicional deve ser efetuado em cada uma das três fases.

6.111.5.1 Ensaios de manobra de corrente de linhas em vazio

Há três possibilidades:

a) ensaios trifásicos, onde é permitido utilizar linhas em paralelo ou substituir parcial ou completamente a linha
trifásica real por bancos de capacitores concentrados. A capacitância de seqüência positiva resultante deve
ser aproximidamente duas vezes a capacitância de seqüência zero para tensões nominais iguais ou maiores
que 52 kV e três vezes a capacitância de seqüência zero para tensões nominais inferiores a 52 kV;

b) ensaios monofásicos num circuito trifásico de ensaio, com duas fases do circuito capacitivo ligadas
diretamente ao circuito trifásico de alimentação e uma fase ligada ao circuito de alimentação através do pólo
do disjuntor a ser ensaiado;

c) ensaios monofásicos de laboratório, onde é permitido substituir parcial ou completamente as linhas reais por
bancos de capacitores concentrados, e utilizar qualquer ligação em paralelo dos condutores das fases, com
corrente de retorno pela terra ou por um condutor.

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Quando se utilizam capacitores para simular linhas aéreas, um resistor não indutivo de valor não superior a 5% da
impedância capacitiva pode ser inserido em série com os capacitores. Valores mais altos podem influir
indevidamente na tensão de restabelecimento. Se com a inserção deste resistor, o valor de crista da corrente de
energização for ainda inaceitavelmente alto, pode ser usada uma impedância alternativa (por exemplo, LR) em vez
do resistor, desde que as condições de corrente e tensão no instante da interrupção, bem como a tensão de
restabelecimento, não difiram significativamente dos valores especificados.

É necessário tomar cuidado quando utilizar tais impedâncias alternativas, uma vez que esta impedância pode
gerar uma sobretensão após reignição que pode levar a reignições ou reacendimentos adicionais.

6.111.5.2 Ensaios de manobra de corrente de cabos em vazio

Podem ser usados capacitores para simular cabos blindados e armados. Para os ensaios trifásicos representando
cabos trifásicos com armação única, a capacitância de seqüência positiva deve ser aproximadamente duas vezes
a capacitância de seqüência zero.

Quando se utilizam capacitores para simular cabos, um resistor não indutivo de valor não superior a 5%
da impedância capacitiva pode ser inserido em série com os capacitores. Valores mais altos podem influir
indevidamente na tensão de restabelecimento. Se com a inserção deste resistor, o valor de crista da corrente de
energização for ainda inaceitavelmente alto, pode ser usada uma impedância alternativa (por exemplo, LR)
em vez do resistor, desde que as condições de corrente e tensão no instante da interrupção, bem como a tensão
de restabelecimento, não difiram significativamente dos valores especificados.

É necessário tomar cuidado quando utilizar tais impedâncias alternativas, uma vez que esta impedância pode
gerar uma sobretensão após reignição que pode levar a reignições ou reacendimentos adicionais.

NOTA Para os ensaios, uma linha aérea curta pode ser usada em série com um cabo, desde que a corrente da linha em
vazio não exceda 1% da corrente do cabo em vazio.

6.111.5.3 Ensaios de manobra de corrente de banco de capacitores

O neutro do banco deve ser isolado, exceto que para as tensões nominais iguais ou superiores a 52 kV, as
condições de aterramento do banco sob ensaio devem ser as mesmas que quando em serviço, no caso do
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disjuntor ser previsto para ser utilizado em sistemas de neutro aterrado.

6.111.6 Forma de onda da corrente

A forma de onda da corrente a ser interrompida deve ser tão próxima quanto possível da senoidal. Essa condição
é considerada satisfeita, se a relação do valor eficaz da corrente para o valor eficaz da componente fundamental
não ultrapassar 1,2.

A corrente a ser interrompida não deve passar por zero mais de uma vez por semiciclo da freqüência industrial.

6.111.7 Tensão de ensaio

Para ensaios trifásicos diretos e para ensaios monofásicos, com o circuito capacitivo a ser manobrado de acordo
com b) de 6.111.5.1, a tensão de ensaio medida entre fases no local do disjuntor, imediatamente antes de uma
manobra de abertura, não deve ser menor que a tensão nominal Ur do disjuntor.

Para ensaios monofásicos diretos de laboratórios, a tensão de ensaio medida no local do disjuntor, imediatamente
antes de uma manobra de abertura, não deve ser menor que o produto de U r 3 pelos seguintes fatores kc:

a) 1,0 para ensaios que correspondam a condições normais de serviço, em sistemas de neutro aterrado sem
influência mútua significativa entre fases adjacentes do circuito capacitivo, que é o caso típico de banco de
capacitores com neutro aterrado e cabos blindados;

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b) 1,2 para ensaios em cabos armados e para ensaios de manobra de corrente de linhas em vazio de acordo
com item c) de 6.111.5.1, correspondendo às condições normais de serviço nos sistemas de neutro aterrado,
para tensões nominais iguais ou maiores que 52 kV;

c) 1,4 para ensaios correspondentes à

 interrupção nas condições normais de serviço em sistemas outros que não os de neutro aterrado;

 interrupção de bancos de capacitores com neutro isolado.

Além disso, o fator 1,4 será aplicado para ensaios em cabos armados e para manobra de corrente de linhas
em vazio conforme o item c) de 6.111.5.1, correspondendo às condições normais de serviço em sistemas de
neutro aterrado para tensões nominais menores que 52 kV.

Onde for requerida a verificação da corrente capacitiva de manobra na presença de faltas monofásicas ou
bifásicas à terra, os seguintes fatores se aplicam (ver também 6.111.9.3 para as correntes de ensaio).

d) 1,4 para ensaios de interrupção de faltas monofásicas ou bifásicas para terra, em sistemas de neutro aterrado;

e) 1,7 para ensaios de interrupção de faltas monofásicas ou bifásicas para terra, em sistemas que não os de
neutro aterrado.

Para ensaios em câmaras separadas, o valor da tensão de ensaio deve corresponder à câmara mais solicitada do
pólo do disjuntor.

A tensão de ensaio à freqüência industrial e a tensão contínua remanescente da carga armazenada no circuito
capacitivo devem ser mantidas por um período de no mínimo 0,3 s após a interrupção.

NOTA 1 Os fatores de tensão em b) e c) acima são aplicáveis para configuração de linhas de circuitos monofásicos.
Os requisitos de ensaios de manobra para configuração de linhas aéreas de circuitos múltiplos podem ser maiores que estes
fatores.

NOTA 2 Quando a não simultaneidade de separação dos contatos entre os diferentes pólos do disjuntor é superior a um
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sexto de ciclo da freqüência nominal, é recomendado elevar o fator de tensão ou executar somente ensaios trifásicos.

6.111.8 Corrente de ensaio

Valores preferenciais de correntes capacitivas nominais são especificados na tabela 5.

6.111.9 Seqüências de ensaio

As seqüências de cada ensaio devem ser realizadas sobre uma amostra sem qualquer manutenção. As seguintes
abreviaturas se aplicam:

 corrente de linha em vazio, seqüência de ensaio 1 LC1

 corrente de linha em vazio, seqüência de ensaio 2 LC2

 corrente de cabo em vazio, seqüência de ensaio 1 CC1

 corrente de cabo em vazio, seqüência de ensaio 2 CC2

 corrente de banco de capacitores, seqüência de ensaio 1 BC1

 corrente de banco de capacitores, seqüência de ensaio 2 BC2

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6.111.9.1 Condições de ensaio para disjuntores classe C2

6.111.9.1.1 Seqüências de ensaio classe C2

Os ensaios de manobra de corrente capacitiva para disjuntores classe C2 devem ser realizados após efetuada a
seqüência de ensaio T60 como um ensaio de precondicionamento (a seqüência de ensaio T60 está relacionada
com a capacidade de interrupção nominal do disjuntor). O arranjo do ensaio deve ser tal que a condição do
disjuntor não sofra interferência entre os ensaios. No entanto, se isto não for possível e regras locais de
segurança exigirem despressurização para se ter acesso à célula deensaio, é permitido diminuir a pressão no
disjuntor contanto que o gás seja reutilizado para o recarregamento do disjuntor.

Como alternativa, o ensaio de pré condicionamento pode consistir do seguinte:

 a mesma corrente da seqüência de ensaio T60;

 baixa tensão e TRT não especificada;

 três operações de abertura;

 duração do arco: a mesma da seqüência de ensaio T60 ou os valores de tempo de arco esperados para a
seqüência T60, dados pelo fabricante;

 condições nominais ou bloqueio.

NOTA 1 Por razões práticas, para disjuntores com tensões nominais inferiores a 52 kV o fabricante pode optar por adicionar
outras seqüências de ensaios para o ensaio de pré condicionamento T60.

NOTA 2 Se vários ensaios de manobra de corrente capacitiva, como linha em vazio, cabo em vazio e ensaios de manobra
de corrente de banco de capacitores, forem realizados com o mesmo disjuntor sem recondicionamento, os ensaios
de pré condicionamento T60 devem ser realizados somente uma vez no início do ensaio de manobra de corrente capacitiva.

Os ensaios de manobra de corrente capacitiva devem consistir nas seqüências de ensaios especificadas na tabela 18.
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Tabela 18 — Seqüência de ensaio classe C2

Corrente de ensaio em
Tensão de Pressão para porcentagem da corrente de
Seqüência de Tipo de
operação dos operação e interrupção capacitiva nominal
ensaio operação
disparos interrupção
%
Mínima pressão
1: LC1, CC1 e BC1 Tensão máxima 10 a 40 O
de serviço
O e CO
2: LC2, CC2 e BC2 Tensão máxima Pressão nominal Não inferior a 100 ou
CO
NOTA 1 Os ensaios são realizados na tensão máxima de operação dos disparos de forma a facilitar o controle constante
na operação de abertura.
NOTA 2 Por conveniência de ensaio as operações CO podem ser realizadas na seqüência de ensaio 1 (LC1, CC1 e BC1)

Para disjuntores com fluidos selados, a mínima pressão de serviço é substituída pela pressão nominal de
interrupção menos a queda de pressão devido a vazamento durante a vida útil. Para disjuntores a vácuo, as
condições de pressão de interrupção não são aplicáveis.

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Para os ensaios de estabelecimento-interrupção, os contatos do disjuntor não devem ser separados até que as
correntes transitórias tenham cessado. Para isto, o tempo entre as operações de fechamento e abertura pode
necessitar de ajuste, mas deve permanecer o mais próximo possível do tempo CO definido em 3.7.143.

Nenhuma carga considerável deve permanecer nos circuitos capacitivos antes das operações de estabelecimento.

Para todas as operações de estabelecimento de banco de capacitores, o estabelecimento deve ocorrer dentro de
15° do valor de pico da tensão aplicada (em uma fase para ensaios trifásicos). Quando aplicável, a corrente de
estabelecimento deve ser no mínimo igual a corrente nominal de energização do banco de capacitores em
contraposição.

Quando devido a limitações do laboratório não for possível atender aos requisitos durante a operação CO, é
permitido realizar a seqüência de ensaio 2 (LC2, CC2 e BC2) como uma série de ensaios de estabelecimento em
separado seguidos por uma série de ensaios CO.

Os ensaios de estabelecimento em separado desta série de ensaio devem compreender:

 o mesmo número de operações;

 quando aplicável, a corrente de estabelecimento deve ser igual à corrente nominal de energização do banco
de capacitores em contraposição;

 a tensão de ensaio deve ser a mesma da seqüência de ensaio 2 (LC2, CC2 e BC2);

 o fechamento deve ocorrer dentro de 15° do valor de pico (na mesma fase para ensaios trifásicos).

Após as operações de estabelecimento em separado, as operações CO, seguindo o mesmo procedimento para os
ensaios de estabelecimento em separado descritos previamente, devem ser realizadas com condições de
fechamento em vazio.

NOTA 3 Quando manobrando correntes capacitivas, a operação de abertura em uma operação CO não é influenciada pelo
pré-arco da operação de fechamento precedente, mas pode ser impactada pelo comportamento do fluido de interrupção
causado pela operação de fechamento (por exemplo, diferenças locais de densidade, turbulência, movimento do fluido).
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Portanto, as operações de fechamento e abertura podem ser separadas como mencionado acima com relação à solicitação
elétrica, mas não com relação às condições de movimento do fluido de interrupção. Para operação de abertura é necessária
uma operação de fechamento previa em vazio por estas razões.

O fator de amortecimento presumido da corrente de energização durante a manobra em contraposição,


por exemplo a relação entre o segundo e o primeiro pico da mesma polaridade, deve ser maior ou igual a 0,75
para disjuntores com tensão nominal menor que 52 kV e maior ou igual a 0,85 para disjuntores com tensão
nominal igual ou maior que 52 kV.

Para operações de abertura, o mínimo tempo de arco é determinado pela mudança do ajuste da separação dos
contatos na abertura em intervalos de aproximadamente 6°. Utilizando este método podem ser necessários vários
ensaios para demonstrar o mínimo e o máximo tempos de arco.

NOTA 4 A fim obter tempos mais consistentes de abertura e de fechamento do disjuntor, mediante acordo com o fabricante,
tensões ainda mais altas do que o limite superior relevante de tolerância das tensões alimentação dos dispositivos de operação
podem ser aplicadas durante estes ensaios.

Se um máximo tempo de arco for obtido ao invés de um mínimo tempo de arco esperado, este é um ensaio válido
e é incluído na contagem total dos ensaios requisitados. Para tanto será necessário:

 avançar o ajuste do impulso de disparo do comando em 6° e repetir o ensaio. O novo ajuste será mantido
para outros ensaios de mínimo tempo de arco;

 efetuar uma operação de abertura a menos para manter a contagem total de ensaios.

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O número de operações para o mínimo tempo de arco é estabelecido em 6.111.9.1.2, 6.111.9.1.3, 6.111.9.1.4 e
6.111.9.1.5 e devem ser atingidos, a menos que o número total de operações exceda.

Uma reignição seguida de interrupção em um zero de corrente atrasado deve ser tratada como uma operação de
interrupção com tempo de arco longo.

A ordem preferencial para os ensaios de corrente de linha e cabo em vazio é a seguinte:

 falta terminal T60 (obrigatoriamente no início);

 manobra de corrente capacitiva, seqüência de ensaio 1 (LC1 ou CC1);

 manobra de corrente capacitiva, seqüência de ensaio 2 (LC2 ou CC2).

A ordem obrigatória para ensaios de manobra de corrente de banco de capacitores (único ou em contraposição) é
a seguinte:

 falta terminal T60;

 manobra de corrente capacitiva, seqüência de ensaio 2 (BC2);

 manobra de corrente capacitiva, seqüência de ensaio 1 (BC1).

Dentro de cada seqüência de ensaio, a ordem das operações descrita em 6.111.9.1.2 a 6.111.9.15 é sugerida mas
não é obrigatória.

Para disjuntores com um caminho de corrente não simétrico, as conexões terminais devem ser invertidas entre a
seqüência de ensaio 1 (LC1, CC1 e BC1) e a seqüência de ensaio 2 (LC2, CC2 e BC2).

Quando os ensaios de manobra de corrente capacitiva são realizados para uma certa característica nominal ou
tipo de aplicação (por exemplo, ensaio de manobra de linha em vazio) o ensaio pode ser válido também para uma
característica nominal diferente ou para um outro tipo de aplicação (por exemplo, ensaio de manobra de cabo em
vazio) sem ensaio adicional, se os valores especificados são cobertos por estes ensaios levando-se em conta as
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tolerâncias estabelecidas.

6.111.9.1.2 Ensaios trifásicos de manobra de linhas e cabos em vazio

Cada seqüência de ensaio deve compreender um total de 24 operações, como segue:

Seqüência de ensaio 1 (LC1 e CC1):

 4 O, distribuídos em uma polaridade (passo: 15°);

 6 O no tempo mínimo de arco nesta mesma polaridade;

 4 O, distribuídos na outra polaridade (passo: 15°);

 6 O no tempo mínimo de arco nesta outra polaridade;

 ensaios adicionais para atingir 24 O, distribuídos (passo: 15°).

Seqüência de ensaio 2 (LC2 e CC2):

 4 CO, distribuídos em uma polaridade (passo: 15o);

 6 CO no tempo mínimo de arco nesta mesma polaridade;

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 4 CO, distribuídos na outra polaridade (passo: 15°);

 6 CO no tempo mínimo de arco nesta outra polaridade;

 ensaios adicionais para atingir 24 O, distribuídos (passo: 15°).

Durante estes ensaios, todos os tempos mínimos de arco deverão ocorrer na mesma fase.

As operações C podem ser operações em vazio. Neste caso uma série separada de ensaios de estabelecimento
devem ser realizada de acordo com 6.111.9.1.1.

NOTA Se o tempo de abertura do disjuntor impossibilitar o controle preciso da separação dos contatos, pode ser ignorada
a exigência para o tempo mínimo de arco ser na mesma fase.

6.111.9.1.3 Ensaios monofásicos de manobra de linhas e cabos em vazio

Cada seqüência de ensaio deve compreender um total de 48 operações, como segue:

Seqüência de ensaio 1 (LC1 e CC1):

 12 O, distribuídos em uma polaridade (passo: 15°);

 6 O no tempo mínimo de arco nesta mesma polaridade;

 12 O, distribuídos na outra polaridade (passo: 15°);

 6 O no tempo mínimo de arco nesta outra polaridade;

 ensaios adicionais para atingir 48 O, distribuídos (passo: 15°).

Seqüência de ensaio 2 (LC2 e CC2):

 6 O e 6 CO, distribuídos em uma polaridade (passo: 30°);


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 3 O e 3 CO no tempo mínimo de arco nesta mesma polaridade;

 O e 6 CO, distribuídos na outra polaridade (passo: 30°);

 3 O e 3 CO no tempo mínimo de arco nesta outra polaridade;

 ensaios adicionais para atingir 24 O e 24 CO, distribuídos (passo: 30°).

As operações C podem ser operações em vazio. Neste caso uma série separada de ensaios de estabelecimento
deve ser realizada acordo com 6.111.9.1.1.

6.111.9.1.4 Ensaios trifásicos de manobra de correntes de banco de capacitores (único e em


contraposição)

A seqüência de ensaio 1 (BC1) deve compreender um total de 24 operações de abertura (O). A seqüência de
ensaio 2 (BC2) deve compreender um total de 80 operações fechamento-abertura (CO), como segue:

Seqüência de ensaio 1 (BC1):

 4 O, distribuídos em uma polaridade (passo: 15°);

 6 O no tempo mínimo de arco nesta mesma polaridade;

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 4 O, distribuídos na outra polaridade (passo: 15°);

 6 O no tempo mínimo de arco nesta outra polaridade;

 ensaios adicionais para atingir 24 O, distribuídos (passo: 15°).

Seqüência de ensaio 2 (BC2):

 4 CO, distribuídos em uma polaridade (passo: 15°);

 32 CO no tempo mínimo de arco nesta mesma polaridade;

 4 CO, distribuídos na outra polaridade (passo: 15°);

 32 CO no tempo mínimo de arco nesta outra polaridade;

 ensaios adicionais para atingir 80 CO, distribuídos (passo: 15°).

Durante estes ensaios, todos os tempos mínimos de arco deverão ocorrer na mesma fase.

As operações C podem ser realizadas a vazio. Neste caso uma série separada de ensaios de estabelecimento
deve ser realizada de acordo com 6.111.9.1.1.

NOTA Se o tempo de abertura do disjuntor impossibilitar o controle preciso da separação dos contatos, pode ser ignorada
a exigência para o tempo de arco mínimo ser na mesma fase.

6.111.9.1.5 Ensaios monofásicos de manobra de correntes de banco de capacitores (único e em


contraposição)

A seqüência de ensaio 1 (BC1) deve compreender um total de 48 operações de abertura (O). A seqüência de
ensaio 2 (BC2) deve compreender um total de 120 operações fechamento-abertura (CO), como segue:

Seqüência de ensaio 1 (BC1):


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 12 O, distribuídos em uma polaridade (passo: 15°);

 6 O no tempo mínimo de arco nesta mesma polaridade;

 12 O, distribuídos na outra polaridade (passo: 15°);

 6 O no tempo mínimo de arco nesta outra polaridade;

 ensaios adicionais para atingir 48 O, distribuídos (passo: 15°).

Seqüência de ensaio 2 (BC2):

 12 CO, distribuídos em uma polaridade (passo: 15°);

 42 CO no tempo mínimo de arco nesta mesma polaridade;

 12 CO, distribuídos na outra polaridade (passo: 15°);

 42 CO no tempo mínimo de arco nesta outra polaridade;

 ensaios adicionais para atingir 120 CO, distribuídos (passo: 15°).

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As operações de fechamento (C) podem ser operações em vazio. Neste caso uma série de ensaios de
estabelecimento separados deve ser realizada, de acordo com 6.111.9.1.1.

6.111.9.2 Condições de ensaios para disjuntores classe C1

6.111.9.2.1 Seqüências de ensaio classe C1

O ensaio de manobra de corrente capacitiva disjuntores classe C1 deve consistir das seqüências de ensaio como
especificado na tabela 19 sem precondicionamento (6.111.9.1.1).

Para os ensaios de estabelecimento/interrupção, os contatos do disjuntor não devem se separar até que as
correntes transitórias diminuam. Para atingir isso, o tempo entre as operações de fechamento e abertura pode
precisar ser ajustado, mas deve permanecer tão próximo quanto possível do tempo de fechamento-abertura como
definido em 3.7.143.

Nenhuma carga considerável deve permanecer nos circuitos capacitivos antes das operações de fechamento.

Para todas as operações de fechamento de banco de capacitores, o fechamento deve ocorrer dentro de mais ou
menos 15° do valor de pico da tensão aplicada (em uma fase para ensaios trifásicos). Quando aplicável, a
corrente de estabelecimento deve ser pelo menos igual à corrente de energização de banco de capacitores em
contraposição.

Quando, devido às limitações do laboratório de ensaio, não for possível atender aos requisitos durante as
operações CO, então é permitida a aplicação dos requisitos da seqüência de ensaio 2 (LC2, CC2 e BC2) como
uma série de ensaios separados de estabelecimento, seguidos por uma série de ensaios CO.

Tabela 19 — Seqüência de ensaio classe C1

Corrente de ensaio como


Tensão de Pressão para percentagem da corrente
Seqüência de nominal de manobra Tipo de
operação dos operação e
ensaio capacitiva operação
disparadores interrupção
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%
1: LC1, CC1 e BC1 Tensão máxima Pressão nominal 10 a 40 O

2: LC2, CC2 e BC2 Tensão máxima Pressão nominal* Não menos do que 100 CO
NOTA 1 Os ensaios são executados na tensão máxima de operação dos disparadores para facilitar o controle
consistente da operação de abertura.
NOTA 2 Por conveniência de ensaio, as operações CO podem ser executadas na seqüência de ensaio 1 (LC1, CC1
e BC1).
* Se aplicável, a pressão para operação e interrupção deve estar nas condições de pressão mínima funcional para pelo
menos três ciclos de operações CO, uma no tempo mínimo de arco e duas no tempo máximo de arco.

Os ensaios separados de estabelecimento dessa série de ensaio devem consistir em:

 o mesmo número de operações;

 quando aplicável, a corrente de estabelecimento deve ser igual a corrente de energização de banco de
capacitores em contraposição;

 a tensão de ensaio deve ser a mesma da seqüência de ensaio 2;

 o fechamento deve ocorrer dentro de 15º do valor de pico (numa mesma fase para ensaios trifásicos).

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Após as operações separadas de estabelecimento, as operações CO, seguindo o mesmo procedimento para os
ensaios separados de fechamento descritos anteriormente, devem ser executadas na condição de fechamento em
vazio.

NOTA 1 Quando em manobras de correntes capacitivas, a operação de abertura em uma operação CO não é influenciada
pelo pré-arco da operação de fechamento precedente, mas pode ser impactada pelo comportamento real do fluido para
interrupção causado pela operação de fechamento (por exemplo diferenças locais em densidade, turbulência, movimento do
fluido). Portanto, as operações de fechamento e abertura podem ser separadas, como mencionado anteriormente com relação
a estresse elétrico mas não com relação às condições de movimento do fluido para interrupção. Por essas razões é necessária
uma operação de fechamento em vazio antes da operação de abertura.

O fator de amortecimento presumido para a corrente de energização durante manobras em contraposição, isto é,
a razão entre o segundo pico e o primeiro pico de mesma polaridade, deve ser igual ou maior do que 0,75 para
disjuntores com tensão nominal menor do que 52 kV e igual ou maior do que 0,85 para disjuntores com uma
tensão nominal igual ou maior do que 52 kV.

Para operações de abertura, o tempo mínimo de arco é determinado pela mudança do ajuste da separação dos
contatos por períodos de aproximadamente 6°. O uso desse método em diversos ensaios pode ser necessário
para demonstrar o tempo mínimo de arco e o tempo máximo de arco.

NOTA 2 Com a concordância do fabricante podem ser aplicadas tensões mesmo maiores do que o limite superior de
tolerância das tensões de alimentação dos dispositivos de operação durante estes ensaios para se obter tempos de abertura e
fechamento do disjuntor mais consistentes.

Se um tempo máximo de arco for obtido ao invés um tempo mínimo de arco esperado, esse é um ensaio válido e
é incluído na contagem para o requisito total. Em tal evento será necessário:

 avançar em 6° o ajuste do controle do impulso de disparo e repetir o ensaio. O novo ajuste será mantido para
os outros ensaios no tempo mínimo de arco.

 fazer uma operação a menos de abertura para manter a contagem total dos ensaios.

O número de operações e ciclos de operação no tempo de arco mínimo como fixado em 6.111.9.2.2 deve ser
obtido mesmo se o número total de operações especificadas for excedido.
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Uma reignição seguida pela interrupção em um zero de corrente posterior deve ser tratada como uma operação de
abertura com um tempo de arco longo.

Dentro de cada seqüência de ensaio, a ordem das operações é sugerida como descrito em 6.111.9.2.2, mas não é
obrigatória.

Para disjuntores com caminho assimétrico de corrente, as conexões terminais devem ser invertidas entre a
seqüência de ensaio 1 (LC1, CC1 e BC1) e seqüência de ensaio 2 (LC2, CC2 e BC2).

Quando os ensaios de manobra de corrente capacitiva são realizados para uma certa característica nominal ou
tipo de aplicação (por exemplo ensaio de manobra de linha em vazio), o ensaio pode ser válido também para uma
característica nominal diferente ou para um outro tipo de aplicação (por exemplo, ensaio de manobra de cabo em
vazio) sem ensaio adicional, se os valores especificados forem cobertos por estes ensaios levando-se em conta as
tolerâncias estabelecidas.

6.111.9.2.2 Ensaios trifásicos e monofásicos de manobra de corrente capacitiva

A seqüência de ensaio 1 (LC1, CC1 e BC1) deve conter um total de ensaios de 24 O. A seqüência de ensaio 2
(LC2, CC2 e BC2) deve conter um total de ensaios de 24 O.

Seqüência de ensaio 1 (LC1, CC1 e BC1):

 6 O, distribuídos em uma polaridade (passo: 30°);

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 3 O no tempo mínimo de arco em uma polaridade;

 3 O no tempo mínimo de arco na outra polaridade;

 6 O no tempo máximo de arco na outra polaridade;

 ensaios adicionais para atingir 24 O, distribuídos (passo: 30°).

Seqüência de ensaio 2 (LC2, CC2 e BC2):

 6 O, distribuídos em uma polaridade (passo: 30°);

 3 O no tempo mínimo de arco em uma polaridade;

 3 O no tempo mínimo de arco na outra polaridade;

 6 O no tempo máximo de arco na outra polaridade;

 ensaios adicionais para atingir 24 O, distribuídos (passo: 30°).

As operações C podem ser operações em vazio. Neste caso uma série separada de ensaios de estabelecimento
deve ser realizada de acordo com 6.111.9.2.1.

A ordem preferida para os ensaios é a seguinte:

 manobra de corrente capacitiva, seqüência de ensaio 1 (LC1 ou CC1 ou BC1);

 manobra de corrente capacitiva, seqüência de ensaio 2 (LC2 ou CC2 ou BC2).

6.111.9.3 Condições de ensaio correspondentes à interrupção na presença de faltas para terra

a) Linhas e cabos
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Onde ensaios correspondentes a manobra de correntes de energização de linhas e cabos na presença de


faltas para terra são requeridos, deve se aplicar o seguinte:

Ensaios monofásicos em laboratório devem ser feitos com uma tensão de ensaio como dado em 6.111.7 e
uma corrente capacitiva igual a

 1,25 vez a corrente capacitiva de interrupção nominal em sistemas com neutro aterrado;

 1,7 vez a corrente capacitiva de interrupção nominal em sistemas outros que não com neutro aterrado.

Os procedimentos de ensaios são como dados em 6.111.9.1 e 6.111.9.2, exceto que o número total de ensaios
requeridos é dividido por dois para cada seqüência de ensaios relevante.

NOTA Se os ensaios correspondentes à interrupção na presença de faltas para terra forem realizados usando o número
de operações citados em 6.111.9.1 ou 6.111.9.2 respectivamente, estes ensaios cobrem os requisitos dados em 6.111.9.1
ou 6.111.9.2, não sendo necessária a sua repetição.

b) Banco único de capacitores

Não são necessários ensaios para bancos de capacitores em sistemas com neutro aterrado.

A manobra de bancos de capacitores com neutro aterrado em sistemas outros que não com neutro aterrado
pode resultar em esforços mais elevados. Como esta não é uma condição normal do sistema, os requisitos do
ensaio não são considerados nesta Norma.

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c) Bancos de capacitores em contraposição

Como esta não é uma condição normal do sistema, os requisitos do ensaio não são considerados nesta Norma.

6.111.10 Ensaios com TRT especificada

Como uma alternativa ao uso dos circuitos de ensaios definidos em 6.111.3, os ensaios de manobra podem ser
feitos em circuitos que preencham os seguintes requisitos para a tensão de restabelecimento presumida:

 com a envoltória da tensão de restabelecimento presumida de ensaio definida como

u’c  uc

t’2  t2

 adicionalmente, a parte inicial da tensão de restabelecimento presumida deve permanecer abaixo da linha
que vai da origem até o ponto definido por u1 e t1.

Valores especificados de u1, t1, uc e t2 são dados na tabela 20.

Tabela 20 — Valores especificados de u1, t1, uc e t2

Seqüências de Valores de tensão de Valores de tempo da figura 54


ensaios restabelecimento da figura 54 em
relação ao valor de pico da tensão
de ensaio
Uc u1
t1 t2
p.u. p.u.
1  1,98  0,02 x kaf *  t1 ou t3 em 8,7 ms para 50 Hz