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Podemos dividir as propriedades dos minerais em 4 tipos: propriedades físicas, propriedades

ópticas, propriedades morfológicas e químicas.

Então, falando primeiro sobre as propriedades físicas, temos 7 propriedades: Dureza, Traço,
Clivagem, Fratura, Tenacidade, Flexibilidade e Peso específico.

Dureza, como a maioria já sabe, é a resistência ao risco. A dureza é medida de forma relativa
pela escala empírica de Mohs, que varia de 1 a 10, sendo 10 o diamante, o mineral que possui
a maior dureza. Isso que dizer que nem um mineral é capaz de riscar o diamante, mas ele risca
todos.

A dureza depende da composição química do mineral: compostos de metais pesados como


prata, cobre, ouro e chumbo e sulfetos em geral são moles, mas sulfetos e óxidos de ferro, de
níquel e de cobalto são duros. Óxidos e silicatos, principalmente os que contêm alumínio são
duros.

A dureza depende também da estrutura cristalina do mineral. Por exemplo, o diamante e o


grafite são feitos de carbono, porém, por conta de suas diferentes estruturas, o diamante tem
dureza 10 e a grafita, de 1 a 2.

O traço é a propriedade que o mineral tem de deixar um risco de pó quando risca uma
superfície não polida branca, geralmente de porcelanato. Isso acontece quando o mineral tem
uma dureza menor que a da porcelana. Quando o mineral tem uma dureza maior, causam um
sulco na porcelana, e dizemos que tem traço incolor.

A clivagem é a propriedade que permite os minerais se partirem em vários planos, ou já


apresentarem esses planos, de acordo com suas direções de fraqueza. E existem 4 tipos de
clivagem: A proeminente, que é quando o mineral apresenta um plano muito evidente e quase
perfeito; A clivagem perfeita, que é quando o plano apresenta caráter de aspereza, como
acontece com os Feldspatos; A distinta, que é quando os ; e Indistinta quando a clivagem
é ausente, como a apatita;

Já a fratura é quando o mineral não se parte em planos, mas em uma superfície irregular.
Podemos dividir a fratura em 3 tipos: a conchoidal, quando se parte em concavidades um
pouco profundas, como o quartzo; a fratura plana ou igual, quando a superfície se aproxima de
um plano, mesmo com pequenas elevações e depressões; e temos a fratura irregular, que é
quando se parte em superfícies totalmente irregulares.

Bom, a tenacidade é a resistência ao choque de um martelo ou ao corte de uma lâmina de


aço. De acordo com a resistência oferecida, podemos classificar os minerais em 3 tipos:
quebradiços ou fiáveis, que é quando os minerais se reduzem a pó quando submetidos a
pressão, como a calcita; sécteis, que são os minerais que podem ser cortados por uma lâmina,
como a gipsita; e maleáveis quando são redutíveis a lâminas pelo martelo, como o ouro. Uma
curiosidade é que a tenacidade não tem necessariamente relação com a dureza, o diamante
,por exemplo, possui uma dureza muito alta, mas uma tenacidade relativamente baixa.

A flexibilidade é uma deformação no mineral, que pode ser de dois tipos: elástica, ou seja, a
deformação cessa quando o esforço é retirado, a mica é um exemplo; ou pode ser plástica, ou
seja, a deformação permanece após o esforço ser retirado, como acontece com o talco.
A última propriedade física que vou falar é o Peso específico, o peso específico é a razão entre
o peso do mineral e o peso de igual volume da água destilada a 4 graus Celsius. Por exemplo,
se o mineral possui peso específico 2, significa que um certo volume desse mineral pesa duas
vezes o que pesaria o mesmo volume de água. Essa propriedade depende de dois fatores: da
natureza dos átomos e da estrutura atômica. Quanto a natureza dos átomos, os elementos de
peso atômico elevado formam minerais de maior peso específico, como por exemplo a
cerusita(PbCO3), que tem um número atômico de 6,5. Quanto a estrutura atômica, quanto
maior a densidade de átomos por unidade de volume, maior o peso específico. A grafita, por
exemplo, é formada pelo mesmo elemento que o diamante, o carbono, porém, tem um peso
específico bem menor.

Essas foram as propriedades físicas dos minerais, agora vamos ver as propriedades ópticas:

A primeira delas é o brilho: é o aspecto da reflexão da luz na superfície de um mineral. Pode


ser de dois tipos: metálico e não metálico. Os minerais de brilho metálico têm um aspecto
brilhante, como se fosse o brilho que os metais polidos tem, e normalmente esses minerais
são escuros e opacos, como a calcopirita. Já os minerais de brilho não metálico são geralmente
claros, e quando em lâminas delgadas ficam transparente.

Outra propriedade óptica interessante é a cor, os minerais apresentam cores características e


peculiares. E outros podem apresentar uma cor que confunde com outros minerais, como a
Pirita (FeS2), que é conhecida como “o ouro dos tolos”, pois sua aparência é muito parecida
com o ouro. Além disso, a cor deve ser observada sempre em superfície ou em fratura recente,
pois a superfície exposta ao ar se transforma, formando películas de alteração. Por exemplo,
os minerais ferruginosos podem apresentar uma película amarelada de oxidação.

Falando agora sobre as propriedades morfológicas, pode-se dizer que a grande maioria dos
minerais são constituídos de substâncias cristalizadas, dessa forma, o estudo das propriedades
morfológicas, conhecido como Cristalografia, é de grande importância na Mineralogia. Esses
minerais possuem o hábito cristalino, que é a forma geométrica externa, exibida pelos cristais
dos minerais que reflete sua estrutura cristalina.

E quanto as propriedades químicas os minerais podem ser classificados de acordo com sua
composição em óxidos, silicatos, sulfatos, carbonatos, entre outros.

Alguns minerais, além de possuírem essas propriedades, possuem também propriedades


magnéticas e elétricas. A magnetite, por exemplo, é um mineral com características
ferromagnéticas, ou seja, pode ser atraído por imã.

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