INTRODUÇÃO
A presente atividade buscará refletir de forma crítica acerca das posturas ativas
assumidas por um professor consciente de seu papel enquanto educador e de suas
responsabilidades para promover um ambiente propício ao aprendizado. Para que isso
ocorra, o professor deve “contornar” uma série de situações que marcam os espaços
escolares, sobretudo, ao que se refere a solução de conflitos. Será objeto de nossa
análise, a proposta de número 3, onde nos é apresentado o seguinte caso: “Durante a
exibição de um documentário um grupo de alunos(as) da turma insistiu em ironizar a
participação de um determinado grupo social de uma determinada região retratados
na exibição. Após o documentário o professor solicitou a turma que observasse as
questões propostas no roteiro elaborado previamente e determinou/conduziu a
realização de um debate exclusivamente voltado para as questões dispostas no
roteiro”.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
para Piaget, uma das principais competências que o professor deve incentivar é o
“aprender a aprender”, e tal método de ensino é dado em direção as individualidades
dos alunos. As experiências que os mesmos constituem são superiores as meras
intervenções ou exposições de conteúdos pelo professor. A construção do conhecimento
coletivo, baseado no diálogo entre alunos e professores e demais participantes do
processo escolar são vitais para a autonomia humana e para incentivar nossos educandos
a “sair da minoridade” nas palavras de Immanuel Kant, tornando-os seres pensantes e
autônomos, livres da tutela dos preconceitos advindos do senso comum. PIAGET
(1977, p. 62) reitera a importância do indivíduo como ser ativo na construção de seus
próprios conhecimentos:
Conquistar por si mesmo um certo saber, com a realização de
pesquisas livres, e por meio de um esforço espontâneo, levará a retê-
lo muito mais; isso possibilitará sobretudo a aquisição de um método
que lhe será útil por toda a vida e aumentará permanentemente a sua
curiosidade, sem o risco de estancá-la; quanto mais não seja, ao
invés de deixar que a memória prevaleça sobre o raciocínio, ou
subverter a inteligência a exercícios impostos de fora, aprenderá ele a
fazer por si mesmo funcionar a sua razão e construirá livremente suas
próprias noções.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conforme buscamos evidenciar, educar-se para ética requer uma postura ativa
do professor em criar e recriar os seus métodos de ensino e condições propícias ao
diálogo e a interação com seus alunos por meio do olhar específico e atento a suas
distintas realidades. Do mesmo modo, envolve uma postura ativa do aluno, enquanto
peça fundamental na construção de seus próprios conhecimentos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
A desconstrução de preconceitos e os desafios da educação ética
PIAGET, Jean. O nascimento da inteligência na criança. 4. Ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1982,
p.246.
PIAGET, J. Para onde vai a educação? Rio de Janeiro: José Olympio, 1977, p. 18-62.