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Argumento Válido se tiver propuiscoes verdadeiras e tiverem de acordo com conclusão sólido
Argumentos não dedutivos- são válidos quando improvaveis mas não impossiveis
Falácia da amostra não representativa- conclui de uma pequena parte uma grande
Falacia da derrapagem utiliza se uma permissa falsa para criar uma cadeia causal e refutar a tese
Determinismo radical é a teoria que nega a liberade humana da decisao e o livre arbitrio. Os acontecimentos estão
todos derteminados seja por motivos naturais de origem humana ou metafisica. O livre arbitrio é incompativel com
o mundo regido com leis. A liberdade é um ilusão.
Determinismo moderado – somos livres quando o queremos e escolhemos o ser e fazemos o que fazemos o que
queremos fazer e não somos forçados ou compelidos contra a nossa vontade
Acao livre é uma ação cuja causa são estados internos como o estado de espirito ou desejos
Não livre – é uma ação cuja causas são fatores externos que o agente não pode controlar
Kant
Metafisica
O valor moral da ação não reside, portanto, no efeito que dela se espera […]. Nada senão a
representação da lei em si mesma, que em verdade só no ser racional se realiza, enquanto é ela, e
não o esperado efeito, que determina a vontade, pode constituir o bem excelente a que chamamos
moral, o qual se encontra já presente na própria pessoa que age segundo esta lei, mas não se deve
esperar somente do efeito da ação.
Distinga, partindo do exemplo dado por Kant, agir por dever de agir em conformidade com o
dever.
– a ação em conformidade com o dever pode ser motivada por inclinações, como o interesse
próprio / o comerciante agiria em conformidade com o dever se, ao fixar um preço igual para
todos, fosse motivado pelo seu interesse em manter a clientela; – a ação realizada por dever
é exclusivamente motivada pelo dever / o comerciante agiria por dever se fosse motivado a
fixar um preço igual para todos apenas pelo dever de ser honesto; – a ação em conformidade
com o dever, apesar de não ser contrária ao dever, não tem valor moral; – a ação realizada
por dever é a única moralmente boa.
. Haverá alguma circunstância em que seja moralmente aceitável matar uma pessoa inocente,
sem o seu consentimento, para salvar a vida de outras cinco pessoas?
Kant diria que em nenhuma circunstância é moralmente aceitável matar uma pessoa
inocente, sem o seu consentimento, para salvar a vida de outras cinco pessoas.Kant
apresentaria o imperativo categórico para justificar a sua opção. De acordo com Kant, a
máxima de matar alguém para salvar um maior número de pessoas viola a fórmula da lei
universal, pois não podemos querer que tal máxima se torne uma lei universal (OU a fórmula
da humanidade do imperativo categórico estabelece o dever de nunca usar a humanidade,
seja na sua pessoa ou na pessoa de qualquer outro, apenas como meio, mas sempre como
um fim em si mesma; por essa razão, matar uma pessoa, sem o seu consentimento, seria
usar essa pessoa apenas como meio, não respeitando a sua dignidade de ser um fim em si
mesma em todas as circunstâncias);
Que outra coisa pode ser, pois, a liberdade da vontade senão autonomia, isto é, a propriedade
da vontade de ser lei para si mesma? […] Vontade livre e vontade submetida a leis morais são
uma e a mesma coisa.
Explique por que razão, segundo Kant, «vontade livre e vontade submetida a leis morais são
uma e a mesma coisa».
– uma vontade livre é uma vontade autónoma, e a autonomia consiste em não se deixar
determinar por algo exterior a si, como os costumes, as leis (dos Estados), as religiões ou as
inclinações naturais (instintos, emoções, desejos ou interesses pessoais); – a vontade de um
ser racional só é livre ou autónoma se o princípio que a determina for, ele próprio, racional,
ou seja, se esse princípio for a lei moral; – a liberdade da vontade consiste na submissão a
leis morais que nós próprios, enquanto seres racionais, estabelecemos
Ser caritativo quando se pode sê-lo é um dever, e há, além disso, muitas almas de disposição
tão compassiva que, mesmo sem nenhum outro motivo de vaidade ou interesse pessoal,
acham íntimo prazer em espalhar alegria à sua volta e se podem alegrar com o contentamento
dos outros, enquanto este é obra sua. Eu afirmo porém que, neste caso, uma ação deste tipo,
ainda que seja conforme ao dever, ainda que seja amável, não tem qualquer verdadeiro valor
moral […].
Por que razão Kant afirma que o tipo de ação descrito no texto anterior não tem valor
moral?
Uma pessoa, por uma série de desgraças, chegou ao desespero [...]. A sua máxima […] é a
seguinte: Por amor de mim mesmo, admito como princípio que, se a vida, prolongando-se, me
ameaça mais com desgraças do que me promete alegrias, devo encurtá-la. [...] Vê-se então [...]
que uma natureza cuja lei fosse destruir a vida em virtude do mesmo sentimento cujo objetivo
é suscitar a sua conservação se contradiria a si mesma.
‒ de acordo com o imperativo categórico, para uma ação ser moralmente boa, o agente tem
de poder querer que a máxima que a determina seja uma lei universal (da natureza); ‒ se a
máxima que determina o agente, no caso considerado, fosse uma lei universal (da natureza),
haveria uma contradição na natureza, pois evitar o que é desagradável e nos ameaça
determinaria, simultaneamente, pôr fim à vida/«destruir a vida» e conservá-la; ‒ assim, a
máxima que determina o suicídio não poderia ser uma lei universal (da natureza)
A Maria sempre gostou muito de crianças e chegou a pensar em trabalhar como voluntária
numa associação de apoio a crianças doentes, mas acabou por concluir que seria muito difícil
conciliar esse trabalho com os estudos. Entretanto, ela soube que o voluntariado era muito
valorizado nas entrevistas de emprego. Por essa razão, decidiu contactar uma conhecida
associação de apoio a crianças doentes e conseguiu ser admitida, passando a conciliar o
trabalho de voluntariado com os estudos. Pela sua dedicação e pela sua simpatia, a Maria
destacou-se desde o primeiro momento como uma das voluntárias favoritas das crianças e das
famílias
O apoio dado pela Maria às crianças doentes e às suas famílias tem valor moral?
– consideramos geralmente que os motivos são relevantes para o valor moral das ações, mas
também consideramos geralmente que as consequências das ações são relevantes para o
seu valor moral; – daí decorre o problema de saber o que determina o valor moral das ações
No caso de o examinando considerar que a ação descrita tem valor moral: − a ação da Maria,
além do benefício claro e imediato que proporciona às crianças e às suas famílias, ainda
poderá beneficiar futuramente a própria Maria; − a ação da Maria contribui para aumentar
significativamente o saldo de felicidade / a ação da Maria está de acordo com o princípio da
utilidade; − o facto de a sua ação ser determinada pelo seu gosto por crianças e pelo seu
desejo de valorizar o seu currículo não retira valor moral à ação, pois os motivos apenas são
relevantes para determinar o valor/ carácter do agente (além disso, os motivos da Maria – o
amor às crianças e o desejo de valorizar o currículo – são bons).
O José é um bom aluno, mas sente-se inseguro quando tem de utilizar fórmulas memorizadas.
Ao ser informado de que o enunciado do teste final de Física não iria incluir uma lista com as
fórmulas, decidiu levar uma pequena cábula com as fórmulas mais complexas, para o caso de
se esquecer de alguma. Ainda assim, o José acabou por não usar a cábula, errando algumas
fórmulas, pois teve receio de ser apanhado a copiar
Será que, de acordo com Kant, a decisão do José tem valor moral
Não - ‒ ao levar a cábula para o teste final de Física, o José violou o dever de não levar
cábulas para testes (OU o dever de não tentar obter vantagens indevidas) OU o José agiu
contra o dever; ‒ é certo que o José acabou por não usar a cábula que levou para o teste;
contudo, não foi o dever (de não usar cábulas nos testes OU de não tentar obter vantagens
indevidas) que o motivou, mas o receio de ser apanhado a copiar OU contudo, tendo sido
motivado pelo receio (uma inclinação resultante do amor de si), o José agiu em
conformidade com o dever, e não por dever.
No caso de o examinando considerar que há deveres que admitem exceções: − seria errado
admitir à partida que em nenhuma circunstância se justificariam exceções a certos deveres;
− é possível conceber circunstâncias excecionais em que a violação de certos deveres teria
consequências valiosas para a maioria das pessoas afetadas; − a experiência tem confirmado
que, nas circunstâncias habituais, os deveres de não mentir ou de não romper contratos, por
exemplo, têm consequências valiosas para a maioria, mas isso não significa que o
cumprimento desses deveres seja independente das consequências da sua adoção nas
diferentes circunstâncias;
Temos a obrigação de ajudar alguém que seja pobre; mas, como o favor que fazemos implica
que o seu bem-estar depende da nossa generosidade, e isso humilha a pessoa, é nosso dever
comportarmo-nos como se a nossa ajuda fosse […] meramente o que lhe é devido […],
permitindo-lhe manter o seu respeito por si própria […], de modo a não diminuir o valor dessa
pessoa enquanto ser humano […]. I. Kant, A Metafísica do
No caso de o aluno defender que não há atos de caridade que possam ser moralmente
censuráveis: ‒ por geralmente aumentarem o bem-estar das pessoas pobres (ou diminuírem
a sua insatisfação), os atos de caridade promovem a felicidade geral e têm consequências
moralmente boas; ‒ ainda que a pessoa pobre possa sentir algum embaraço perante um ato
de caridade praticado por alguém que não o apresenta como um dever, as consequências do
ato são boas por aumentarem o bem-estar, independentemente da atitude ou das
motivações de quem o pratica
Será que uma ação só é moralmente boa se for motivada pelo dever?
− o bem-estar, ou felicidade, é o bem supremo (OU é o que mais importa); − o que torna uma
ação desejável/recomendável/útil é o seu impacto no bem-estar dos envolvidos; − por
conseguinte, independentemente dos motivos do agente, uma ação que aumenta o bem-
estar agregado dos envolvidos (OU o saldo de felicidade) é moralmente boa, e uma ação que
diminui o bem-estar agregado dos envolvidos (OU o saldo de felicidade) é moralmente má; −
o conhecimento dos motivos da ação permitiria avaliar o carácter do agente, mas nunca o
valor moral/a utilidade da ação.
OU − os motivos das pessoas são estados mentais, muitas vezes imperscrutáveis; − por
conseguinte, a tentativa de determinação do motivo de uma ação pode falhar; − em
contrapartida, os resultados de uma ação, pelo menos os mais imediatos, e as suas
repercussões no bem-estar dos outros são observáveis; − a observação dos resultados
permite reconhecer a ação como moralmente boa (quando tem repercussões positivas) ou
como moralmente má (quando tem repercussões negativas).
[Uma ação motivada apenas pela compaixão], por conforme ao dever que ela seja, não tem
contudo nenhum verdadeiro valor moral, pois à sua máxima falta o conteúdo moral que
manda que tais ações se pratiquem, não por inclinação, mas por dever.
Apresente um exemplo de uma ação motivada por uma inclinação e que não seja contrária
ao dever
a ação considerada foi motivada por um sentimento de medo; − ainda que não tenha sido
motivada pelo dever de cumprir o contrato (que é um imperativo da razão), a ação não é
contrária ao dever, pois esta é a ação que, em todo o caso, decorreria do dever de cumprir o
contrato
. Kant afirma que uma ação motivada apenas pela compaixão não tem nenhum verdadeiro
valor moral. Concorda com esta tese de Kant? Justifique
a moralidade de uma ação depende das suas consequências; − se uma ação beneficia os
envolvidos/aumenta o saldo de felicidade, ela é moralmente boa; − muitas ações realizadas
por compaixão produzem benefícios para os envolvidos/aumentam o saldo de felicidade.
Determinismo
É difícil não pensar que temos livre-arbítrio. Quando estamos a decidir o que fazer, a escolha
parece inteiramente nossa. A sensação interior de liberdade é tão poderosa que podemos ser
incapazes de abandonar a ideia de livre-arbítrio, por muito fortes que sejam as provas da sua
inexistência.
E, obviamente, existem bastantes provas de que não há livre-arbítrio. Quanto mais aprendemos
sobre as causas do comportamento humano, menos provável parece que escolhamos livremente
as nossas ações.
O homem, estando condenado a ser livre, carrega o peso do mundo inteiro nos seus ombros
[…]. Ele tem de assumir a situação em que se encontra com a consciência orgulhosa de ser o
seu autor, pois os piores obstáculos ou as piores ameaças que põem em perigo a sua pessoa
apenas adquirem sentido através do seu próprio projeto […]. É, portanto, insensato pensar
sequer em lamentar-se, uma vez que nada de exterior a si decidiu aquilo que ele sente, aquilo
que ele vive ou aquilo que ele é.
Será que essa sensação é uma razão forte para aceitarmos que o livre-arbítrio existe?
– a ciência dá-nos uma conceção determinista do universo (de acordo com a qual todos os
acontecimentos são determinados por acontecimentos anteriores e pelas leis da natureza);
ao mesmo tempo, frequentemente, sentimos que diferentes cursos de ação estão
disponíveis e dependem de uma escolha nossa (ou seja, sentimos que esses cursos de ação
não estão determinados) OU a conceção determinista do universo parece ser inconciliável
com a ideia de livre-arbítrio; mas a nossa experiência da escolha entre alternativas sugere-
nos que temos livre-arbítrio; – saber se temos livre-arbítrio é, então, um enigma/problema.
− por vezes, escolhemos cursos de ação e sabemos que outros cursos de ação, embora
(aparentemente) possíveis, não seriam razoáveis; por exemplo, embora seja
(aparentemente) possível sair da sala pela janela, na ausência de uma razão para o fazermos
(por exemplo, a porta da sala estar bloqueada, ou haver um incêndio no corredor) acabamos
por não o fazer e saímos pela porta; − em casos destes, pode argumentar-se que as nossas
escolhas resultam de acontecimentos/factos anteriores (e das leis da natureza), como, por
exemplo, a existência das regras sociais, que mandam sair pela porta, e a nossa necessidade
de estarmos socialmente integrados; − todavia, também nos encontramos frequentemente
perante cursos de ação genuinamente alternativos; por exemplo, se nos dão a escolher entre
bolo de cenoura e bolo de laranja, e não temos razões para preferir um ou outro, a escolha
parece ser inteiramente nossa, e não determinada; − a experiência direta da escolha genuína
(ou a sensação interior de liberdade inerente à experiência direta da escolha genuína)
mostra-nos que há cursos de ação que dependem da nossa vontade, e não (apenas) de
acontecimentos anteriores (e das leis da natureza), e nenhuma teoria consegue negar este
tipo de experiência.
− todas as ações são consequências das leis da natureza e de acontecimentos que remontam
ao passado distante; − nós não controlamos as leis da natureza nem os acontecimentos que
remontam ao passado distante; − como não conhecemos todos os fatores determinantes das
nossas ações, podemos pensar erradamente que tais fatores não existem e que as ações
foram livremente escolhidas por nós; − da experiência interior de fazermos escolhas não se
pode inferir que temos livre-arbítrio
. OU − todas as ações são causadas; − as causas das nossas ações são, por sua vez, efeitos de
causas anteriores; − como não conhecemos todas as causas das nossas ações, podemos
pensar erradamente que tais causas não existem e que as ações foram livremente escolhidas
por nós; − da experiência interior de fazermos escolhas não se pode inferir que temos livre-
arbítrio