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Abordagem Centrada na Pessoa

Introdução

Os atendimentos do CVV passaram por diferentes fases até chegar aos moldes da
Relação de Ajuda com base na Abordagem Centrada na Pessoa. Iniciado de modo
diretivo e com foco no problema e sua solução, o que durou semanas, passou para o
direcionar de algum modo acreditando-se ter a resposta para a dor que agoniza o
outro, a terceira fase com a permanência do foco na solução do problema, contudo
com o outro sendo capaz de solucionar se o ensinássemos a “pescar”.

No campo vivencial o grupo foi encontrando caminhos alternativos, e sinais de que


haveria algo mais que pudesse acolher e respeitar a dor do outro, e o ajudar a
encontrar sentido na vida, com a vida. E numa inquietação produtiva se fez presente e
permanente a contínua busca por respostas no anseio do melhor servir. Assim
destacamos alguns marcos nas andanças do tornar-se pessoa e tornar-se grupo, a
saber:
• 1962 - A Primeira Fase nos Atendimentos: “Eliminada a causa o efeito cessa”.
• 1962 - Segunda Fase nos Atendimentos: “Iluminar os caminhos”.
• 1965 - Terceira Fase nos Atendimentos: “Ensinar a pescar
• 1975 – A Quarta Fase nos Atendimento: “A Pessoa como Centro”

A evolução das fases dos atendimentos no CVV através da vivência e experimentação


prática encontrou sinergia em meados da década de 70 com a Abordagem Centrada na
Pessoa e seu percussor. Período de grandes mudanças no jeito de ser e funcionar do
CVV com o estabelecimento de metas, processos e estudos em prol de uma relação
com o outro cada vez mais humanitária, que encontrou ressonância nos estudos e
pesquisas de Carl Rogers.

Vale reconhecer a importante contribuição de Rogers, a humanidade, sua influencia e o


fomentar mudanças e transformações nas mais diversas áreas do conhecimento, da
psicologia a educação, da empresarial a social, e também ao CVV.

O CVV escolheu oferecer a partir de sua experiência vivencial o que mais teve
ressonância na interação com a pessoa em sofrimento e que busca o seu serviço, uma
Relação de Ajuda com base na ACP, por conseguinte, impossibilita o improviso e a
implantação de métodos "pessoais" como abordagens que orientem o contato da
pessoa que procurou o CVV em busca de auxílio.
Texto de Apoio – Estação Matriz Reveladora
Mitos e Verdades ACP

É, portanto, compromisso de todo voluntário do CVV, buscar ampliar sempre seus


conhecimentos sobre a ACP e habilitar-se na prática da relação de ajuda, nos moldes
preconizados por esta abordagem que preconiza sobre tudo um jeito de ser.

Algumas curiosidades neste marco histórico da instituição:


• Denominada de quarta fase dos atendimentos emerge “A Pessoa como Centro”,
em 1975 a diretividade passou a dar cada vez mais espaço para a não-
diretividade institucionalmente o CVV passou a aprofundar um novo jeito de ser
e funcionar que já se fazia latente no campo intuitivo e vivencial. Começaram a
surgir colocações não-diretivas tentando clarificar os sentimentos e as emoções.
Período em que também emergem os treinamentos de papeis com a percepção
de que se faz necessário o treinar sempre para melhor servir;
• Em 1979 o método não-diretivo deixa de ser método e passa a ser
compreendido e vivenciado enquanto comportamento o que gera maior
descontração e espontaneidade no voluntariado, e a percepção de uma
proposta de vida;
• Em 1982 os voluntários além das respostas de clarificação, começam a usar
outros tipos de respostas preconizadas na ACP, e a conversa torna-se mais
solta, descontraída e informal através dos princípios de respeito, aceitação,
compreensão e confiança, nos pilares da proposta de vida;
• Em 1983 inicia-se o processo de Reciclagem de Voluntários com base na
necessidade de rememorar e manter-se no caminho do aprimoramento
contínuo, ano em que se dá também a finalização dos estudos do livro Tornar-se
Pessoa – Carl Rogers, em que o tema Vida Plena passou a ser pauta com
entusiasmo nos encontros, aulas e CNs.
• Em 1984 o autoconhecimento em prol do aprimoramento íntimo começa a ser
reconhecido por parte do grupo enquanto essencial para com os atendimentos e
a qualidade do serviço prestado. O que se tornou um valor essencial para com a
sustentabilidade e qualidade do Serviço, e a congruência para com o Trabalho
dentro do conceito CVV Uma Proposta de Vida.
• Em 2005, lança-se a Apostila da ACP, que trouxe no viés do PSV – Programa de
Seleção de Voluntários, a importância para que desde os primeiros contato do
candidato – potencial voluntário, haja a oferta e experimento da Abordagem
Centrada na Pessoa e que o processo seja Centrado no Grupo, tendo os
facilitadores para com os candidatos a mesma postura esperada destes
enquanto voluntários no atendimento a pessoa que procura o serviço do CVV.

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Texto de Apoio – Estação Matriz Reveladora
Mitos e Verdades ACP

A visão Otimista do Ser Humano Ensejada pela ACP


• A utilização da ACP requer adequação da visão que temos do ser humano, pois
esta determina as atitudes que teremos em nossas relações com as outras
pessoas.
• A ACP preconiza que as camadas mais profundas do ser humano são
naturalmente construtivas e que, quando está livre de ameaças, o indivíduo
escolhe direções construtivas para seu crescimento e realização de seus
potenciais. A conquista dessa visão é fundamental para vivenciar a ACP.
• A Abordagem Centrada na Pessoa é, por conseguinte, um meio de libertação
das forças construtivas que, por diversos motivos, tornaram-se
momentaneamente indisponíveis ao indivíduo.
• O voluntário, em seu diálogo de ajuda, atua como um promotor do crescimento
da pessoa com quem conversa.

A Tendência Atualizante
O conceito de Tendência Atualizante (ou tendência ao desenvolvimento) é o mais
importante fundamento da ACP. Rogers percebeu que todas as formas de vida estão
animadas por um impulso natural para o crescimento, para o desenvolvimento e
realização de seus potenciais, visando sua conservação e enriquecimento, que chamou
de Tendência Atualizante (TA). Aspectos importantes a se destacar (TA):
• Autodeterminação / autonomia: todo indivíduo busca sua autonomia,
possuindo a capacidade de dirigir-se a si próprio. Dentro da ACP, se constitui
falta de respeito, julgar, influenciar ou ter qualquer atitude que vise determinar o
que o outro deve, ou não deve, fazer para dirigir sua vida.
• Auto-realização: fazendo uso de sua autodeterminação, o indivíduo busca
realizar-se no suprimento de suas necessidades, sempre visando promover sua
auto-estima.
• Conservação: a partir do impulso natural da Tendência Atualizante, todo
indivíduo busca promover sua conservação, a manutenção de sua existência,
fazendo uso de sua autodeterminação e auto-realização.
• Socialização: é anseio básico de todo indivíduo buscar a integração com
outros seres humanos; esta necessidade pode ser facilmente identificada no
desejo que todos possuem de participar de determinados grupos, seja na
constituição de uma família, na adesão a algum clube social, no engajamento
num trabalho voluntário ou grupo religioso ou simplesmente no convívio com os
amigos no bar da esquina.

A Tendência Atualizante é a expressão mais fundamental da vida, de tal sorte que se


ela desaparecer desapareceu a própria vida. Contudo, a Tendência Atualizante pode
se tornar indisponível, ou seja, pode deixar de atuar, circunstancialmente. Através de
atitudes facilitadoras do crescimento é possível criar condições favoráveis à reativação
da Tendência Atualizante.

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Mitos e Verdades ACP

A Percepção da Realidade Objetiva


• A chamada realidade objetiva não é a mesma para todos. Cada indivíduo
concebe a realidade a partir de uma tradução subjetiva que faz dela, de tal sorte
que ela assume significados particulares para cada um. É como se a realidade
(os acontecimentos, as pessoas, os objetos etc.) se projetasse para o mundo
interior de cada pessoa (o campo perceptual) através de filtros, que produzissem
determinados matizes, determinadas nuanças, que a tornassem absolutamente
pessoal.
• A percepção estabelece o comportamento. Em outras palavras, reagimos não à
realidade objetiva, mas à tradução que dela fazemos.

A Percepção de Si - O Auto-conceito
• Dentro do campo perceptual há uma parcela reservada à percepção de si
mesmo. É a auto-imagem ou auto-conceito. Assim como percebe e atribui
valores à realidade que o cerca, o indivíduo percebe a si mesmo e atribui da
mesma forma, significados a si.
• Algumas vezes, contudo, incorporamos valores de outrem ao nosso auto-
conceito, sem nos darmos conta disso. É o fenômeno da introjeção, que vai
gerar uma obstrução na comunicação do indivíduo com ele mesmo.
• A maior necessidade psicológica da criança é a de ser aceita e amada, em
especial pelas pessoas chamadas significativas, as mais importantes para ela,
normalmente os pais. Como esse amor nem sempre é incondicional, a criança
começa a identificar o que deve fazer, ou melhor, como "deve ser" para recebê-
lo. Nesse processo, podem ser incorporados ao auto-conceito da criança valores
que na verdade expressam o desejo de seus pais.

A Distorção e a Negação da Experiência – Os Mecanismos de Defesa


O conceito de experiência pode ser definido como tudo aquilo que pode ser
representado na consciência, ou seja, tudo que pode ser vivenciado. Há, neste sentido,
uma ampla gama de possibilidades: sentimentos, lembranças, sonhos, desejos, ideais,
pensamentos e sensações (fome, frio, impulsos sexuais, o que vemos, ouvimos etc.).

Temos a tendência para vivenciar livremente as experiências que vêm reforçar a nossa
auto-imagem, nosso auto-conceito. Toda experiência que não se encaixar na
configuração do auto-conceito existente se tornará ameaçadora, podendo ser distorcida
ou negada à consciência, visando à manutenção da estrutura estabelecida.

A ameaça está na revelação da realidade (a existência de determinada experiência) de


que não somos exatamente o que acreditamos que somos o que significa uma ameaça
à nossa própria identidade. Para manutenção das estruturas já existentes entram em
ação os mecanismos de defesa. Note-se que tudo ocorre sem que a pessoa tenha
plena consciência do que está ocorrendo, ou seja, não é por desejo do indivíduo que
certa experiência é negada ou distorcida. “O indivíduo, aparentemente, é capaz de
discriminar entre estímulos ameaçadores e não-ameaçadores e de reagir de acordo
com isso, mesmo que não seja capaz de reconhecer conscientemente os estímulos a
que está reagindo”.

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Mitos e Verdades ACP

Quando ocorre o fenômeno da negação ou distorção de experiências, surgem


determinados sintomas característicos: angústia, ansiedade, sensação de insegurança,
uma tensão interior de causa aparentemente desconhecida, podendo haver falta de
controle sobre o próprio comportamento. Apesar de não ter consciência da negação ou
distorção de determinada experiência, o indivíduo sente algo, como um indício de que
qualquer coisa "anormal", diferente está acontecendo consigo. Podem surgir também
afecções somáticas (distúrbios físicos).

A desarmonia que se estabelece entre o auto-conceito e a experiência é denominada


incongruência. A congruência, ao contrário, significa o acordo, a correspondência, a
harmonia entre o auto-conceito, a experiência e a vivência.

A Relação de Ajuda da Abordagem Centrada na Pessoa


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No CVV a relação de ajuda assume características próprias com base na Abordagem
Centrada na Pessoa. O voluntário precisa conhecer a ACP e ser capaz de colocá-la em
prática. O PSV – Programa de Seleção de Voluntários oferece uma capacitação
mínima e introdução aos conceitos da ACP e do CVV Uma Proposta de Vida. Compete
a cada voluntário dar continuidade ao seu aprimoramento e treinamento, para que
possa se desenvolver cada vez mais e tornar os conceitos e premissas da relação de
ajuda preconizada pelo CVV com base na ACP, algo natural em seu jeito de ser.

O CVV oferece inúmeras oportunidades, momentos de estudos, cursos, oficinas,


seminários, encontros, reuniões e treinamentos para que o voluntário possa conhecer e
compreender os conceitos da ACP e da Proposta de Vida, cujo objetivo maior é
contribuir com seu desenvolvimento e aprimoramento contínuo, e tornar natural
conseguir ir além, ser capaz de colocar em prática a relação de ajuda com base na
ACP na promoção do encontro de pessoa para pessoa, e ao mesmo tempo
gradualmente galgar no processo de crescimento e de desenvolvimento da
personalidade que ela exige.

Em quase todo tipo de relação de ajuda, o objetivo é a solução de um problema. Na


relação de ajuda com base na ACP, passa para o primeiro plano a pessoa em toda sua
totalidade (sentimentos, pensamentos, sensações, intuições, o que é dito, o que é
esquecido, e como a pessoa vivencia o problema), logo o problema em si não está em
primeiro plano, nossa atenção ao invés de focalizar no problema da pessoa, foca na
própria pessoa, ou mais especificamente, no seu desenvolvimento, no seu
amadurecimento, no seu crescimento, com a intencionalidade de contribuir com a
fluidez do seu funcionamento interior, e a abertura emocional para lançar mão de seus
recursos interiores, que estão momentaneamente indisponíveis, para resolver aquele
problema e outros de sua vida.

Pode-se afirmar, então, que o objetivo fundamental de toda relação de ajuda da ACP é
criar condições para que o outro liberte seu desenvolvimento, pela reativação da sua
Tendência Atualizante.

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A Reativação da Tendência Atualizante


As Condições Facilitadoras do Crescimento
Vivenciando experiências ameaçadoras em seu mundo íntimo, o indivíduo terá
emperrado o impulso natural para a plenitude – a Tendência Atualizante.

Rogers e colaboradores concluíram que existem três condições, que são na realidade
atitudes que devem ser adotadas durante a relação de ajuda, que facilitam o
desenvolvimento do outro:
• A compreensão empática;
• A consideração positiva incondicional;
• Congruência.

A Compreensão Empática
A compreensão empática exige o abandono de nossas referências interiores e um
mergulho no mundo particular da outra pessoa. É como se, durante a relação de ajuda,
eu abandonasse o meu quadro de referência interior e passasse a viver, a sentir e
atribuir significados aos acontecimentos, às pessoas e a mim mesmo a partir do quadro
de referência interior do outro. Isso, de certa forma, me torna o outro, mas eu jamais
me esqueço de que eu sou eu e o outro é o outro. De outra forma pode haver contágio
emocional, quando eu e o outro nos confundimos e eu passo a viver realmente suas
emoções (se está triste, fico triste; se está inseguro, sinto-me inseguro etc.).

A Consideração Positiva Incondicional

A consideração positiva incondicional é, possivelmente, a mais importante das três


atitudes facilitadoras do crescimento, indo ao encontro da necessidade fundamental de
todo ser humano de ser aceito e amado. Através da consideração positiva incondicional
o voluntário pode proporcionar à pessoa com quem dialoga a aceitação que ela
necessita para entrar em contato mais aberto consigo própria, criando condições
favoráveis a mudanças. Essas mudanças podem ser entendidas como as alterações de
percepções, de perspectivas, citadas anteriormente.

É curioso confrontar valores da vida cotidiana com os da ACP. Nesse caso específico,
por exemplo, a maioria das pessoas crê que qualquer mudança deva ocorrer por meio
de argumentações e mesmo por pressão psicológica. Contudo a experiência prática
revela que quanto mais se pressiona alguém para que mude, mais a pessoa "finca o
pé" para não se movimentar. Todos reagimos a mudanças forçadas. Se alguém nos
empurra, jogamos o corpo na direção do empurrão, mas em sentido contrário, visando
à manutenção do nosso equilíbrio. Do ponto de vista psicológico, o processo é análogo.
Se desejarmos ajudar alguém a mover-se psicologicamente, é preciso não pressioná-
lo: "... para ajudar a transformação de alguém, o melhor é não pressioná-lo na
direção da mudança, nem mesmo ensinar-lhe o caminho a seguir ou guiá-lo pela
inteligência, e, sim, o melhor é aceitar, dando valor aos seus receios, às suas
angústias, às suas resistências, a tudo que o impede de mudar".

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Dentro da perspectiva da consideração positiva incondicional o voluntário deve


manifestar em relação a outra pessoa, além da aceitação, calor humano, respeito e
acolhimento.

Congruência

Durante o plantão enquanto o voluntário interage com uma pessoa, vão surgindo em
seu organismo (seu ser) diversas experiências. Ele pode, por exemplo, estar com sede,
ter vontade de ir ao banheiro, sentir-se cansado ou preocupado com a hora; e pode,
também, vivenciar experiências basicamente decorrentes da relação que está em
curso, com a pessoa que o contatou. Interesse, indiferença, ansiedade, medo, desejo,
compaixão, insegurança, ternura, rejeição, recordações, tristeza etc., podem surgir no
íntimo do voluntário, sem que ele tenha qualquer controle sobre o surgimento dessas
experiências. É fundamental, entretanto, que ele esteja atento e aberto a elas,
vivenciando-as o mais livremente possível, para ser capaz de lidar com elas. Em outras
palavras, é fundamental que o voluntário seja, tanto quanto possível, congruente.

Na transcendência o convite ao aprimoramento contínuo, também preconiza buscar


aproximar cada vez mais a prática vivencial durante os plantões e para além do
ambiente do plantão, para que haja harmonia entre o auto-conceito, a experiência e a
vivência, o reconhecer o que se passa dentro de si, o sentir, pensar e agir, em
sincronia com o intuir e a sensação, estar autenticamente de acordo com a sua forma
de comunicação e interação com as pessoas, grupos, sociedade e vida.

Os Efeitos das Atitudes Facilitadoras do Crescimento

Preconiza-se, na ACP, a existência de uma quarta condição do crescimento: a


percepção por parte da outra pessoa, das três atitudes facilitadoras do crescimento,
efetivadas pelo voluntário (Compreensão Empática, Consideração Positiva
Incondicional e Congruência). Se o outro perceber, num grau mínimo, essas atitudes,
ao sentir-se empaticamente compreendido, aceito incondicionalmente e constatar a
congruência (verdade, sinceridade, autenticidade) do voluntário, tenderá a ter uma
atitude recíproca à percebida, em relação a si mesmo. Tenderá, então, como resultado
das intervenções empáticas do voluntário, compreender melhor a si mesmo.

Na prática o voluntário ao permanecer sintonizado com os princípios renovadores e


estimulantes da ACP durante a relação de ajuda, ao aprender cada vez mais a
vivenciar o encontro de pessoa para pessoa, passa a crescer genuinamente com o
outro. Aprende à ao invés de desejar que a outra pessoa pare de chorar; deixe de estar
desesperada; não pense mais em suicídio; a respeitar e confiar nos impulsos naturais
do indivíduo, que são a mais pura e irresistível expressão da vida e a oferecer às
condições básica (compreensão empática, consideração positiva incondicional e
congruência) para que se efetive o desbloqueio da tendência atualizante da pessoa,
ciente de que aceitar a oferta e vivenciar a oportunidade de mudança dependerá da
receptividade, percepção e disposição da própria pessoa que procura ajuda.

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