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(1) Como se pode defender que não sabemos que estamos num Cérebro
numa Cuba?
(2) (2) Formula um argumento dedutivamente válido, com base no texto de
Putnam, para a conclusão de que “não sei que tenho mãos”.
Ceticismo sobre o mundo exterior
Tarefa
(1) Seja qual for o assunto, há sempre divergência irreconciliável de opiniões, mesmo
entre os entendidos nesse assunto.
(2) Se há divergência irreconciliáveis de opiniões, então nenhuma opinião ou crença
está suficientemente justificada.
(3) Logo, nenhum opinião ou crença está justificada.
Ceticismo radical ou pirrónico
(1) Frequentemente somos enganados pelos nossos sentidos. (Pois, muitas das coisas
que vemos, ouvimos, etc., são meras ilusões percetivas.)
(2) Se somos enganados pelos nossos sentidos, então as nossas crenças percetivas
não estão justificadas.
3) Logo, as nossas crenças percetivas não são justificadas.
Ceticismo radical ou pirrónico
“A Justificação de qualquer crença é inferida de outras crenças, mas não há uma regressão infinita na
justificação”.
Como será isso possível?
► Para o coerentismo qualquer crença deve ser baseada numa cadeia circular de inferências.
B
Objeções:
►Parece cometer a falácia da petição de princípio.
A C
Ceticismo radical ou pirrónico
Fundacionalismo:
Servem de
fundamento
Crenças Crenças Que tipo de crenças são básicas?
básicas não-básicas
Há dois tipos de fundacionalismo:
Racionalistas Empiristas
(como Descartes) (como Hume)
Aplicação do Método
♦Descartes não coloca em dúvida cada crença individualmente, mas sim
tipos de crença.
●Para colocar em dúvida as crenças “a posteriori”:
◘Argumento da ilusão dos sentidos.
◘Argumento do sonho.
(1) Os sentidos por vezes iludem-nos (p.e. dois círculos que são iguais podem parecer diferentes).
(2) Se 1 é verdade, então não podemos confiar inteiramente nos sentidos.
(3) Logo, não podemos confiar inteiramente nos sentidos.
Limites:
Descartes reconhece que ilusões de ótica não parecem pôr em causa que tenho mãos e um
corpo.
Fundacionalismo de Descartes
Argumento do sonho
Argumento para duvidar de qualquer perceção sensível.
(1) Por vezes tenho sonhos vívidos que são qualitativamente indistinguíveis das minhas
“melhores” perceções (em vigília).
(2) Se 1 é verdadeira, então não posso distinguir com certeza as minhas “melhores”
perceções dos sonhos vívidos.
(3) Logo, não posso distinguir com certeza as minhas “melhores” perceções dos sonhos
vívidos.
(4) Se 3 é verdadeira, então nem mesmo as minhas “melhores” perceções proporcionam
certeza.
(5) Logo, nem mesmo as minhas “melhores” perceções proporcionam certeza.
Será que nada pode ser certo para ser uma crença básica ou
fundamental?
►Descartes defende que NÃO. Mesmo um génio maligno não pode enganar-nos a respeito
de tudo.
Fundacionalismo de Descartes
Há algo que não se possa duvidar? DESCARTES, René (1641) “Meditações sobre a
Filosofia Primeira”
Aparência e realidade
https://www.youtube.com/watch?v=KMhigIfaKxU
Existe algo que posso saber com toda a certeza: “PENSO, LOGO EXISTE”.
Fundacionalismo de Descartes
O Cogito
Enquanto busca razões para pôr em causa aquilo em que acredita, Descartes está a pensar.
Ora, para pensar tem de existir. Assim, pela crença “eu penso, logo existo” – conhecida por
cogito –, Descartes atinge uma primeira certeza.
Encontramos finalmente uma crença básica ou fundacional: o “cogito”.
Critério da verdade
Critério da verdade:
◘Tudo aquilo que percebemos com clareza e distinção é verdade.
◘Uma “ideia clara e distinta” é quando se apresenta com tal evidência que
não podemos duvidar da sua verdade.
PROBLEMA: o que me garante que não me engano quando concebo algo muito clara e
distintamente? Por que razão podemos confiar na clareza e distinção das ideias?
Fundacionalismo de Descartes
Mas porquê?
◘Porque se Deus não existisse, nada impediria que um génio maligno me
fizesse conceber clara e distintamente coisas falsas.
◘Mas se Deus existe, sendo poderoso e benevolente, não vai induzir as suas
criaturas em erro quando pensam clara e distintamente.
Fundacionalismo de Descartes
Além do cogito
Como podemos saber que o mundo exterior existe?
(1) Se fossemos enganados sobre as nossas ideias claras e distintas, Deus seria
enganador.
(2) Mas Deus não é enganador.
(3) Logo, não somos enganados sobre as nossas ideias claras e distintas.
Dualismo de Descartes
Temos a certeza que a nossa mente existe. E com Deus podemos estar
certos que o nosso corpo existe realmente.
Mas qual é a relação entre a mente e o corpo?
Serão a mesma coisa?
Ou serão coisas distintas?
Descartes argumenta que são coisas diferentes:
(1) Justificar a proposição de que Deus existe a partir do seu critério de verdade.
(2) Justificar o seu critério de verdade a partir da proposição que Deus existe.
Será que a ideia de perfeição terá de ser causada por um ser perfeito?
►Podemos inventar nós mesmos a ideia (factícia) de perfeição, sem
que haja um ser perfeito que tenha causado essa ideia.
►Tal como podemos inventar a ideia de aluno ou professor perfeito,
mesmo que não exista um aluno ou professor perfeito a causar essa ideia.
Sumário
Empirismo de Hume
https://youtu.be/W2R5aClKoz0
Tarefa:
Empirismo de Hume
Princípio da cópia
Argumento para justificar o princípio da cópia:
(1) Se as ideias não são cópias de impressões, então é possível que um cego de
nascença tenha a ideia da cor azul, apesar de não ter qualquer impressão
que lhe corresponda.
(2) Um cego de nascença não pode ter a ideia da cor azul.
(3) Logo, as ideias são cópias de impressões.
O empirismo de David Hume
Conteúdo
mental:
Perceções
Impressões Ideias
Caraterizam-se pela sua São cópias das impressões:
intensidade e vivacidade menos vívidas e intensas
Penso em lobisomens X
Tenho medo X
Apetece-me comer X
Exercício
Ouço barulho X
Imagino sereias X
Ler e esquematizar documento
1 - Fundacionalismo Empirista - O Princípio da Cópia, alojado na plataforma
Moodle, disciplina de Filosofia
A bifurcação de Hume
Bifurcação de Hume
Hume reduz todo o conhecimento humano a dois tipos: relações de
ideias e questões de facto.
De acordo com Hume, todo o conhecimento acerca do mundo tem origem empírica.
Mas há um PROBLEMA: muitas vezes fazemos afirmações sobre o mundo que somos
incapazes de justificar se recorremos apenas à experiência.
►Por exemplo:
●O Sol vai nascer amanhã. [Previsão]
●Todos os corvos são negros. [Lei da natureza]
●Esta barra de metal dilatou por causa do calor. [Explicação causal]
►Todas estas afirmações referem “questões de facto”, mas vão muito mais além do que
a experiência nos pode dizer.
◙Dizer que o Sol vai nascer amanhã é afirmar algo que não foi observado.
◙Também não somos capazes de observar os corvos todos.
◙Os nossos sentidos não nos mostram que a barra dilatou por causa do calor.
►Hume conclui que o pressuposto de que a natureza é uniforme não pode ser
justificado.
Assim:
Todas as nossas inferências causais ou indutivas em gerais baseiam-se num
pressuposto injustificável.
Nunca temos qualquer justificação para acreditar nas conclusões dessas
inferências.
►Problema da Indução: desafio de mostrar, contra Hume, que as inferências
indutivas são racionalmente justificáveis.
Se Hume tiver razão, quer isso dizer que devemos abandonar o raciocínio
causal ou o raciocínio indutivo em geral?
O Hábito
Não!
Hume reconhece que não podemos deixar de fazer inferências causais e
indutivas.
Porquê?
(1) Razão pragmática: na nossa vida precisamos de raciocinar causalmente e
indutivamente.
(2) Razão psicológica: estamos “programados” para fazer inferências causais e
indutivas.
○Assim, apesar das inferências causais não serem racionalmente
justificáveis, são psicologicamente explicáveis.
○Elas resultam da lei psicológica do hábito ou costume.
○Com esse hábito, de observamos conjunções constantes, gera-se em nós
a expectativa da causalidade.
O que é a causalidade?