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Legalidade
O princípio da legalidade está previsto na Constituição Federal no seu art. 37, caput,
como também nos arts. 5º, II e XXXV. Assim, ao dispor que ninguém será obrigado a
fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei, o constituinte impediu o
administrador de, salvo se permitido por lei, impor qualquer obrigação ou dever aos
administrados, como também limitou a atuação do administrador aos ditames da lei.
Há, porém, “exceções” previstas na Constituição:
- medidas provisórias (art. 62);
- estado de defesa (art. 136);
- estado de sítio (arts. 137 a 139).
- presidente decretar a extinção de funções e/ou cargos vagos (art. 84, VI, b));
- presidente decretar acerca da organização e funcionamento da administração federal,
quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos.
- atos administrativos válidos, eficazes e eficientes (presumidos legais).
Obs. Art. 54, da Lei nº. 9784/99. O direito da Administração de anular os atos
administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco
anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.
Impessoalidade
Princípio expresso no art. 37, caput, da Constituição agasalha 3 abordagens distintas:
- Significa a atuação impessoal, genérica, ligada à finalidade da atuação administrativa
que vise à satisfação do interesse coletivo, sem corresponder ao atendimento do
interesse individual (finalidade ADM);
- Significa a imputação da atuação do órgão ou entidade estatal, não o sendo quanto ao
agente público, pessoa física (Imputação do Estado);
- Significa a isonomia, porque obrigatório o tratamento igualitário de todos os
administrados (isonomia).
Reflexos:
a) obriga ao atendimento do interesse público, sendo impessoal, abstrato, genérico;
b) a atividade administrativa é imputada ao órgão ou à entidade, e não ao agente.
Obs. É vedação constitucional de que constem nomes, símbolos ou imagens
que caracterizem promoção pessoal de autoridades em publicidade de atos dos órgãos
públicos.
Moralidade
Conceito Jurídico indeterminado, corresponde à proibição de a atuação administrativa
distanciar-se da moral, dos princípios éticos, da boa-fé, da lealdade.
Obs. A nomeação de parente colateral, até o terceiro grau da autoridade nomeante, para
o exercício de cargo em comissão na Administração, é considerada ofensa à
Constituição Federal, salvo para assunção de cargos de natureza política e desde que o
nomeado tenha condições técnicas de exercer o múnus público a ele transferido.
Publicidade
Trata-se de levar o conhecimento do ato ou da atividade administrativa a terceiros, a fim
de facilitar o controle e conferir possibilidade de execução.
A publicidade pode ser interna (obrigatória sempre) ou externa (obrigatória para alguns
atos).
A publicidade é obrigatória como meio conferidor de eficácia da atividade
administrativa (nesse sentido, v. art. 61 da Lei n. 8.666/93).
O art. 5º, XXXIII, assegura o direito de que todos têm de receber informações dos
órgãos públicos, sejam de interesse pessoal, sejam de interesse coletivo e Geral.
Lei de Acesso à Informação - Lei n. 12.527/2011.
Transparência ativa: publicidade obrigatória, independentemente de provocação ou
requerimento.
São exceções ao princípio:
- questão de segurança nacional (do Estado);
- questão de segurança social;
- questão de direito íntimo;
- questão de sigilo de informação.
Obs. Ultrassecreta (restrição de até 25 anos);
Secreta (restrição de até 15 anos);
Reservada (restrição de até 5 anos).
Obs. A divulgação dos vencimentos brutos mensais dos servidores, como
medida de transparência administrativa, harmoniza-se com o princípio da publicidade,
vedada a divulgação de outros dados pessoais, como CPF, RG e endereço residencial.
Eficiência
Inserido a partir da EC. 19/98, pode-se defini-lo a partir de dois conceitos:
Melhor resultado possível
Padrões modernos de gestão ou administração, vencendo a ineficiência e garantindo
economicidade.
Especialidade
As entidades estatais não podem modificar os objetivos para os quais foram
constituídas, sempre atuarão vinculadas e adstritas aos seus fins legais e ao objeto
social.
Razoabilidade
Decisão amparada em escolha equilibrada e que melhor atenda ao interesse da
administração.
Proporcionalidade
O princípio obriga a permanente adequação entre os meios e os fins, banindo-se
medidas abusivas ou de qualquer modo com intensidade superior a estritamente
necessário.
Motivação
A indicação dos pressupostos de fato e dos pressupostos de direito, a compatibilidade
entre ambos e a correção da medida encetada compõem obrigatoriedades.