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Regulamentação da Profissão de Engenheiro no BRASIL

Em 1880, com o Decreto Imperial nº 3001, fixaram-se novos requisitos para


Engenheiros Civis, Geógrafos e Agrimensores.
Em 1890, o exercício da profissão de Agrimensor e a criação do grau de “Doutor
em Ciências” e “Distintivo” de Engenheiro, foram regulados por dois Decretos -
o de nº 9827 e o de nº 1073.
Em 1891, com a aprovação da nova Constituição, foi transferida aos Estados a
responsabilidade de criar as faculdades de ensino e, também, a incumbência de
controlar as profissões técnicas dentro dos seus territórios.
Em 1891, com a aprovação da nova Constituição, foi transferida aos Estados a
responsabilidade de criar as faculdades de ensino e, também, a incumbência de
controlar as profissões técnicas dentro dos seus territórios.
Em outubro de 1933, o Decreto nº 23.196 vem regulamentar a profissão
agronômica e em dezembro desse mesmo ano um novo Decreto, nº 23.569, vem
regulamentar, especificamente, três profissões: engenheiro, arquiteto e
agrimensor.
Com o avanço tecnológico, novos campos de atuação profissional fizeram-se
presentes e foi necessária nova regulamentação para o exercício do engenheiro,
arquiteto e agrônomo, através da Lei Federal nº 5.194/66 que regula e
estabelece normas complementares.
No Brasil, a Engenharia de Alimentos teve suas atribuições profissionais
reconhecidas primeiramente pela Resolução nº 208, de 9 de junho de 1972 do
Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA) e,
atualmente, neste conselho a profissão é regulamentada pelo artigo 19
da Resolução 218, de 29 de junho de 1973. Esta resolução invoca a lei 5.194/66,
que regula as profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-Agrônomo.
É certo que a Engenharia de Alimentos está fundamentada na base de
conhecimentos da química e, portanto, ao classificar os títulos profissionais que
integram o sistema na Resolução 473/2002, o CONFEA inseriu a Engenharia de
Alimentos na modalidade química do grupo da Engenharia.
Nesta mesma modalidade encontram-se também a Engenharia Química, a
Engenharia de Petróleo e Gás, a Engenharia Têxtil, a Engenharia de Plástico e
a Engenharia Bioquímica.
No entanto, muito embora tal modalidade esteja devidamente regulamentada
pelo Conselho de Engenharia, a União também concedeu ao Conselho Federal
de Química (CFQ), pela Lei 2.800/56, que cria os Conselhos Federal e Regionais
de Química e dispõe sobre o exercício profissional de químico, a competência
para fiscalizar o engenheiro químico e o engenheiro industrial modalidade
Química quando suas funções, como químico, assim o exigirem, conforme
disposto no artigo 22 desta lei.
Em 1974, com o intuito de especificar as atribuições de químico de acordo com
a lei ordinária, o CFQ edita a Resolução nº 36, a qual se encontra atualmente
em vigor. Em 1978, após recém-criada a Engenharia de Alimentos no país, o
CFQ publica a Resolução nº 46, onde em seu artigo 1º obriga os portadores de
diploma em Engenharia de Alimentos a se registrarem nos Conselhos Regionais
de Química como profissionais da química.
E, finalmente em 1981, com o objetivo de regulamentar a supracitada lei, a
presidência da República edita o Decreto nº 85.877, que ficou conhecido como
decreto dos químicos, o qual define as atividades de químico e divide as
atribuições em privativas e não privativas.
Até a presente data, a última Resolução regulamentadora das profissões de
Engenheiro e Tecnólogos de Alimentos foi publicada no dia 29 de outubro de
2014. É a Resolução Nº 257 do CFQ, a qual define detalhadamente as
atribuições destes profissionais.
Embora realmente seja estranho este “poder de escolha”, tal condição é
proporcionada pela própria escassez de objetividade da legislação atual, que
não veda o registro em quaisquer dos dois conselhos que lhes seja possível para
o exercício profissional desta atividade específica, o que pode ser explicado pelo
fato de que a atividade possa também ser explorada por outras profissões a
exemplo da farmácia e da agronomia, sendo esta última integrante do sistema
CONFEA/CREA.
No entanto, é comum se ver processos de autuação e aplicações de multas, aos
profissionais diplomados na Engenharia de Alimentos, por exercício ilegal da
profissão por parte de ambos os conselhos.
ADMINISTRATIVO. CONSELHO REGIONAL DE QUÍMICA. INDÚSTRIA
DE ALIMENTOS. ENGENHEIRA DE ALIMENTOS. ANALISTA DE QUALIDADE
EM EMPRESA ALIMENTÍCIA. REGISTRO. DESNECESSIDADE. A atividade
do engenheiro de alimentos, na especialidade de controle de qualidade, não se
encontra entre aquelas sujeitas a registro no conselho de química, conforme
decisões deste Regional. A autora se encontra registrada no Conselho Regional
de Engenharia e Agronomia, sendo vedado o duplo registro pela mesma
atividade.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. CONSELHO REGIONAL DE
QUÍMICA. ENGENHEIRO DE ALIMENTOS. INSCRIÇÃO E CONTRATAÇÃO
DE PROFISSIONAL DE QUÍMICA.INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS. 1. Inexiste
norma legal que preveja a obrigatoriedade da contratação
de engenheiro de alimentos ou técnico em alimentos ou que vincule,
necessariamente, a atividade desses profissionais ao Conselho Regional de
Química.

2. Mesmo que venham a ser executadas, na indústria em questão, atividades


correlatas à química, como a obtenção de produtos industriais por meio de
operações químicas dirigidas, e mesmo possuindo laboratório de análises
químicas, não decorre daí a exigência de que ela se registre no CRQ ou
mantenha profissional da área de química ou
mesmo engenheiro de alimentos ou técnico em alimentos como responsável
técnico porquanto sua atividade básica não é a química e as atividades lá
desempenhadas não sã
não são exclusivas ou privativas daqueles profissionais, existindo, ademais, dois
profissionais da área química na empresa. 3. Não padece de contradições,
obscuridades ou omissões o acórdão vergastado, motivo pelo qual não merecem
provimento os presentes embargos de declaração.
Qualificação Profissional
O exercício das atividades inerentes a profissão, é assegurado legislação
vigente, todos os direitos pertinentes a ela juridicamente. Quem exercer
ilegalmente, é passível de sanções penais e civis, estabelecidas por lei. É bom
lembrar, que os direitos assegurados, tem deveres e obrigações de ordem
LEGAL e ÉTICA
Responsabilidades Para cumprimento das responsabilidades profissionais, é
imprescindível a habilitação legal, que cabe ao Estado, o bom desempenho do
exercício profissional, controlando e fiscalizando o exercício da atividade
profissional. Órgãos competentes, criados por lei, com todos os dispositivos
característicos de uma Pessoa Jurídica, englobando ativo, passivo, patrimônio e
recursos próprios; no caso específico, os Conselhos de Fiscalização das
diversas profissões.
Atribuição Profissional: Por se tratar de atividades que envolvem questões de
segurança pública, as profissões de Engenharia, Engenharia Operacional,
Tecnólogos e Técnicos, são regulamentadas pelos governos, no que se refere
as atribuições profissionais e nos termos de responsabilidade técnica e civil das
suas obras.
A Lei 5.194 A lei que regulamenta a profissão dos engenheiros, arquitetos e
agrônomos é a Lei Nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, e mais as Resoluções
do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia. Atualmente a
Arquitetura não faz parte da grade profissional de atuação do CONFEA.
Aspectos Legais: Assim como a lei estabelece privilégios ao graduado, cabendo
tão-somente a ele o exercício da profissão, em contrapartida são exigidos alguns
requisitos básicos para a sua prática, através de uma regulamentação
profissional. Não basta ter obtido o diploma para atuar na profissão. Há
dispositivos legais que devem, antes, ser atendidos para a habilitação legal. E
para obtê-la, a você cabe a incumbência de providenciá-los.
Finalmente! Terminou a Graduação... Após a finalização da graduação, com a
titulação acadêmica obtida, você deverá ser habilitado legalmente. Para isso é
necessário o registro nos organismos credenciados para a fiscalização e controle
de trabalho. Uma vez devidamente registrado, estará apto, ou seja, habilitado e
qualificado, para o exercício da profissão. O órgão responsável pela fiscalização
do exercício da profissão de Engenheiro é o CREA
O que é o CREA? Conselho Regional de Engenharia e Agronomia, é uma
autarquia federal de fiscalização do exercício das profissões de Engenheiros,
Agrônomos, Geólogos, Geógrafos, Meteorologistas, Tecnólogos e Técnicos de
Segundo Grau das modalidades mencionadas, dotada de personalidade jurídica
de direito público, e jurisdição em todo o Estado defendendo a sociedade no que
diz respeito à qualidade, ética e, principalmente, coibindo a prática do exercício
ilegal dessas profissões.
O CREA exerce o papel institucional de primeira e segunda instância, orienta e
fiscaliza o exercício profissional, verificando e valorizando o exercício legal e
ético das profissões do Sistema Confea/Crea. O CREA tem abrangências
regionais, cada estado da federação tem seus estatutos específicos.
Estrutura Básica Estrutura Básica: responsável pela criação de condições para
o desempenho integrado e sistemático das finalidades do Conselho Regional. É
composta por órgãos de caráter decisório ou executivo, compreendendo:
Plenário, Câmaras Especializadas Presidência Diretoria e Inspetorias
Estrutura de suporte: responsável pelo apoio aos órgãos da Estrutura Básica nos
limites de sua competência específica, sendo composta por órgãos de caráter
permanente, especial ou temporário compreendendo: Comissões Permanentes,
Comissões Especiais, Grupos de Trabalho, Órgãos Consultivos.
Estrutura auxiliar: responsável pelos serviços administrativos, financeiros,
jurídicos e técnicos, tem por finalidade prover apoio para o funcionamento da
Estrutura Básica e da Estrutura de Suporte, para a fiscalização do exercício
profissional e para a gestão do Conselho Regional. A Estrutura Auxiliar é
coordenada, orientada e supervisionada pelas Secretarias e pelo Gabinete da
Presidência, e seus serviços são executados pelas Superintendências,
responsáveis pela gestão das respectivas áreas de
atuação

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