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Gurué
Novembro de 2020
Declaração de honra
Eu Luísa Luís Daniel, declaro em minha honra que o presente Trabalho de Fim de Curso
nunca foi apresentado na sua essência para a obtenção de qualquer grau e que ele constitui o
resultado da minha pesquisa pessoal, estando indicadas no texto e nas referências
bibliográficas as fontes utilizadas.
_________________________________
Dedicatória
Extensivamente vai aos meus pais que me deram origem ao planeta terra, que me deram a
noção de vida e dirigiram-me a escola onde aprendi a escrever e a ler o meu primeiro
Alfabeto.
Aos meus familiares em geral que dia a pós dia, deram o seu apoio incondicional, pelos
encorajamentos e forca para a continuidade dos estudos.
Aos meus docentes do curso de ensino de Geografia, a todos os colegas e amigos que em
momentos tristes e alegres deram o seu apoio em prosseguir com os estudos, pois seria a
lanterna para o sucesso da minha vida.
Agradecimentos
Em primeiro lugar agradeço a Deus pai Todo poderoso pela origem, Aos meus pais, em
especial, que são a minha fonte de inspiração, por estarem presentes em minha vida, e pelo
amor e coragem que sempre me deram. À Direcção da minha escola, na qualidade de meus
superiores hierárquicos, por ceder-me muita força coragem e vontade na aflição, no
desespero, e nos momentos que enfrentei obstáculos que pareciam impossíveis de resolver
mas graças a ele foi possível.
Ao meu supervisor dr. Abdala Tomé Muheia, pela confiança, orientação, e paciência que teve
na observação e correcção do trabalho até ao fim da elaboração do presente relatório.
Listas
Listas de abreviaturas
Lista de gráficos
Gráfico 4. Percepção da comunidade sobre o opoio da estrutura local na gestão das florestas
........................................................................................................................................................22
Resumo
A presente pesquisa foi realizada nos anos 2018-2020, no posto Administrativo de Socone,
localizado na província da Zambézia, distrito de Ile, com o objectivo de Analisar Impacto da
Participação das Comunidades Locais na Gestão das Florestas na Zambézia: Caso do Distrito
de Ile (2018 – 2020). Para o efeito foram inqueridas sessenta (60) pessoas que foram
conduzidas através de um inquérito. Durante a pesquisa procurou-se obter respostas sobre a
percepção dos produtores a respeito da participação das comunidades locais na gestão de
florestas. Após a organização dos dados, foram submetidos à organização dos dados e a
respectiva análise. Os resultados demonstraram que 59% dos produtores não conhecem e não
participam e ou não são envolvidos na gestão de recursos florestais. A respeito das principais
causas decorrentes do não envolvimento, cerca de 54% dos produtores afirmaram que as
florestas são geridas por pessoas e indivíduos provenientes de vários distritos. Consultados
sobre a produtividade das culturas de milho, 65% dos produtores afirmaram que o seu
rendimento não passa dos 500 kg/ha para da cultura.
Palavras-chave: Florestas, Gestão, envolvimento.
ÍNDICE PÁG.
Declaração de honra....................................................................................................................I
Dedicatória................................................................................................................................II
Agradecimentos........................................................................................................................III
Listas........................................................................................................................................IV
Listas de abreviaturas...........................................................................................................IV
Lista de gráficos.....................................................................................................................V
Resumo....................................................................................................................................VI
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO.................................................................................................1
1.1.1. Problema..............................................................................................................1
1.3. Objectivos....................................................................................................................3
1.3.1. Geral.....................................................................................................................3
1.3.2. Específicos...........................................................................................................3
1.4. Hipóteses.....................................................................................................................3
2.1. Participação das comunidades locais na gestão das florestas (conceitos, definições e
características)........................................................................................................................5
3.3.5. Entrevista............................................................................................................16
3.5.4. Amostragem.......................................................................................................17
3.5.5. Universo.............................................................................................................18
4.3. Proveniência das pessoas que gerem as florestas do Posto Administrativo de Socone
20
5.1. Conclusões.................................................................................................................26
5.2. Sugestões...................................................................................................................26
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................................27
Apêndices.................................................................................................................................28
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
A pesquisadora pretendeu perceber até que ponto a estrutura competente tem as questões
ambientais, concretamente participação das comunidades locais na gestão das florestas na
Zambézia.
Ainda mais, a autora da pesquisa pretendeu com base nos conhecimentos adquiridos ao longo
do tempo, dar o seu contributo com vista a garantir uma gestão eficiente e eficaz na
participação das comunidades locais na gestão das florestas, com vista a evitar a alteração das
propriedades físicas, químicas ou biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma
de matéria ou energia resultante das actividades humanas, pois elas são úteis as populações.
Com isso, a autora da pesquisa usou determinados métodos como observação directa, revisão
bibliográfica e questionário. O projecto está estruturado em introdução, tema,
problematização, delimitação do tema, objectivos, hipóteses, justificativa, marco teórico,
metodologia, cronograma de actividades e orçamento.
1.1.1. Problema
Segundo Gil (2008:33), Problema “é qualquer questão não resolvida e que é objecto de
discussão em qualquer domínio do conhecimento”.
Segundo Marconi & Lakatos (2003:220) diz que “a formulação do problema prende-se ao
tema proposto: ela esclarece a dificuldade específica com a qual se defronta e que se pretende
resolver por intermédio da pesquisa.’’
A desflorestação e degradação das florestas são das questões ambientais globais mais
relevantes da actualidade, principalmente com o crescente reconhecimento do papel destes
ecossistemas no ciclo de carbono e possível mitigação das mudanças climáticas
(FAO2015,WRI2014,UNEP 2014).
Têm sido realizados alguns esforços a nível internacional para reconhecer a importância das
florestas e promover a sua gestão sustentável. Estes esforços remontam à Conferência de
Estocolmo, realizada em 1972.
Esta reconheceu as florestas como o maior, mais complexo e mais durável de todos os
ecossistemas. Alertou ainda para o facto de grande parte da cobertura florestal já ter sido
derrubada.
Quais são os principais factores que conduzem à exploração insustentável das florestas na
área de estudo?
Silva e Menezes (2001:88) afirmam que “Neste item deverá ser indicado claramente o que
você deseja fazer, o que pretende alcançar. Os objectivos são as metas que se pretende
atingir com a elaboração da pesquisa.” Tal como, se diz nenhuma acção humana é realizada
sem que tenha objetivo, apoiado na visão dos autores em alusão, o presente trabalho também
possui objetivos que se pretendem alcançar que passaremos a identificar.
1.3. Objectivos
Silva e Menezes (2001:88) afirmam que “Neste item deverá ser indicado claramente o que
você deseja fazer, o que pretende alcançar. Os objectivos são as metas que se pretende
atingir com a elaboração da pesquisa.” Tal como, se diz nenhuma acção humana é realizada
sem que tenha objetivo, apoiado na visão dos autores em alusão, o presente trabalho também
possui objetivos que se pretendem alcançar que passaremos a identificar.
1.3.1. Geral
1.3.2. Específicos
1.4. Hipóteses
Para Richardson (1999), as hipóteses “podem ser definidas como possíveis tentativas,
previamente seleccionadas, do problema de pesquisa. Permitirão orientar a análise dos
dados no sentido de aceitar ou rejeitar soluções” (p.104). Nesta vertente, destacam-se as
seguintes hipóteses para o problema levantado:
De acordo com o Censo de 1997, o distrito tinha 224. 167 habitantes, daqui resultando uma
densidade populacional de 40,1 habitantes por km².
Registaram-se neste documento 86referências à floresta, com apenas15 acções que incluem o
seguinte:
Tais acções incluem a divulgação e implementação da Lei florestal contando com o apoio da
sociedade civil e a adopção de medidas que privilegiem o uso sustentável de recursos
florestais.
Em relação à importância atribuída às florestas, pode afirmar-se que esta varia de documento
para documento, estando mais destacável na maior parte destes. As diferentes estratégias
analisadas apontam o ser humano como principal agente que ameaça este recurso. Nas
actividades de exploração e/ou uso das florestas, os documentos analisados referem a
ocorrência de atropelos à legislação do sector, o que denota certas fragilidades na fiscalização
a todos os níveis.
Em geral, a maneira como as políticas e os planos do governo nos seus diversos níveis
apontam a importância das florestas, nota seque estes documentos servem para estabelecer
objectivos e metas que se traduzirão em acções no terreno, ou seja, parece dominar a
esperança de que as metas definidas sejam implementadas da forma como são definidas.
Impacto ambientalé o resultado de qualquer actividade sobre o meio ambiente, esse impacto
pode ser positivo ou negativo. Sendo que, esse resultado sobre o meio ambiente pode ser
causado por uma acção natural ou resultante da acção do homem sobre o ambiente.
A Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) pode ser definida como estudos realizados para
identificar, predizer e interpretar, assim como para prevenir, as consequências ou efeitos
ambientais que determinadas acções, planos, programas ou projectos podem causar à saúde e
o bem-estar humano e ao seu entorno. A AIA configura-se com a elaboração do Estudo de
Impacto Ambiental e do Relatório de Impacto Ambiental (EIA-RIMA), estes amplamente
utilizados para finalidades de Licenciamento ambiental para empreendimentos (IBAMA,
1995).
Aspecto ambiental pode ser entendido como o mecanismo através do qual uma acção humana
causa um impacto ambiental. Assim sendo, podemos afirmar que a acção humana sobre um
recurso natural é que pode gerar um impacto ambiental a natureza (Sanchez,2008).
Segundo a ISO 14004 (2009) aspecto ambiental seria “um elemento das actividades,
produtos ou serviços de uma organização que pode interagir com o meio ambiente”,
enquanto o impacto seria representado como “qualquer modificação do meio ambiente,
adversa ou benéfica, que resulte, no todo ou em parte, dos aspectos ambientais da
organização”.
Com isso os aspectos ambientais seriam todos os pontos relativos ao trabalho da instituição
que pudessem de alguma forma ter qualquer tipo de interacção com ambiente, mesmo que
essa interacção não aconteça. Os impactos, por outro lado, seriam as mudanças causadas no
ambiente, provavelmente relacionadas aos aspectos previamente identificados. Isso mostra
uma forte relação de causa e efeito entre esses dois conceitos.
Oprocesso de aproveitamento das florestas, ao nível local e nacional, associa-se a uma série
de actividades que conduzem à desflorestação e degradação florestal, que se apelidam por
factores directos e factores indirectos (Kissinger et. al., 2012). As acções imediatas, que
causam impactos directos na floresta, os chamados impactes directos, incluem:
(i) O mercado;
(ii) Os preços acomodados;
(iii) A densidade populacional;
Para melhor compreender a situação actual das florestas nacionais é fundamental considerar a
evolução histórica do sector florestal no país. Este capítulo primeiramente procura identificar
os principais factores de mudanças que ocorreram no sector, considerando três períodos
históricos distintos:
Por exemplo, Sousa (1950), levantando os problemas que ocorriam nas florestas, no século
XX e em períodos antecedentes, referem o seguinte: “(...) o território de Moçambique, em
épocas muito remotas, antes que o homem branco tivesse chegado, era, sem dúvida, coberto
de vastos e frondosos arvoredos. A estepe ocupava então fraca percentagem de superfície, em
relação à floresta. As principais degradações, vindas já de tempos imemoriais, eram o fogo e
as derrubas para a preparação de terras de cultura, esta sem relativamente pequena escala,
dada a minguada população e o reduzido número de espécies cultivadas.
O fogo era o principal depredador (...).”No mesmo artigo, o autor refere ainda que “(...) a
floresta primitiva foi cedendo espaço à estepe e à floresta secundária. Com a chegada do
homem branco as áreas de cultura e a pastorícia foram crescendo; as explorações florestais
aumentaram em número e intensidade; a estepe substituiu a floresta secundária e, por fim,
começou a degradação do solo, que nas regiões montanhosas 205ou mais habitadas tem
progredido de forma alarmante.
Pode se afirmar, com base nas declarações de Sousa (1950), que apesar das acções antrópicas
sobre a floresta moçambicana datarem do período pré-colonial, os impactes nefastos sobre o
meio, resultantes da utilização da floresta, tornaram-se intensos com a colonização deste país.
A constatação anterior tem o seu fundamento na atitude perante os recursos naturais da
colónia, que naquele período era baseada na concepção dominante nos agentes da
colonização, pondo em causa o ambiente, sobretudo as florestas pois estes consideravam-nas
inesgotáveis.
Num outro artigo do autor anteriormente citado, datado de 1949lê-se o seguinte: “(...) desde
os primeiros dias da ocupação colonial, tanto a nossa como a das outras nações, a floresta
tropical foi considerada como uma riqueza inesgotável, que só esperava a vinda do homem
branco para ser explorada. Por outro lado, o indígena e o colono iam derrubando
constantemente a floresta para preparar as suas culturas. Tal riqueza, porém, não era
inesgotável, como depois se verificou.
Um dos aspectos mais graves provocados pela derruba excessiva do arvoredo foi a alteração
do meio ambiente, a qual abriu caminho a várias doenças das plantas cultivadas que, por esse
motivo, quase aniquilaram as culturas (...);
O abate das árvores para a obtenção de madeiras, a derruba feita pelos indígenas e europeus
para a preparação das suas culturas, o consumo de lenhas e travessas para os caminhos-de-
ferro, os trabalhos de combate à mosca tsé-tsé e acima de tudo o fogo, que todos os anos
Hoje, (...) só é possível encontrar-se porções de arvoredo espontâneo intacto nas regiões não
habitadas pelo homem ou nos cimos inacessíveis das montanhas. Tudo mais está alterado,
disperso, desfeito (...)”(Sousa 1949, pp.23).
Sobre as possíveis consequências dos problemas supra referidos, o mesmo autor relata que “
(...) Moçambique, cujos arvoredos têm sido tão cruelmente devastados nas últimas décadas,
encontra-se à beira da escassez de produtos florestais, em especial madeiras, que deverá
representar dentro de poucos anos um dos mais complicados dos seus problemas económicos.
Outros males, não menores, provocados pelo despovoamento florestal, tais como a erosão e a
alteração do clima, já se acentuam em muitos pontos da colónia (...); as gerações futuras, da
mesma forma que as anteriores, necessitarão de madeiras, decerto em maior quantidade
devido ao avanço das construções, de algumas indústrias, etc. À geração actual cabe, por isso,
o dever imperioso de plantar novos arvoredos para uso das gerações vindouras e não menos o
de salvar, por meio da reserva, da exploração metódica e do repovoamento, o remanescente
do já bem desfalcado património florestal de Moçambique (...)” (Sousa1949,pp.103).
Na sequência disso, Ferreira (1962) referindo-se à cobertura florestal, ressalta que o território
que é hoje Moçambique, fora outrora coberto de densas florestas e deplora as sistemáticas
destruições de que esta era alvo nos últimos séculos, por virtude dos cortes de madeira,
queimadas incontroladas e derrubas de árvores para instalação de campos agrícolas.
Por seu turno, Magalhães (1961), apresentando algumas considerações sobre o problema
florestal de Moçambique, teve em conta dois aspectos, a saber:
(ii) A riqueza florestal a criar para exploração futura, quer pela introdução de espécies
indígenas adaptáveis a tipos de povoamentos de maior rentabilidade, puros ou
mistos.
Os problemas do sector florestal, que vinham sendo levantados durante o período colonial,
não cessaram com o fim do colonialismo. No ano de 1979, Samora Moisés Machel, o
primeiro presidente da República de Moçambique Independente, mostrando-se preocupado
com a utilização inadequada das florestas nacionais, expôs, num comício popular na
Província do Niassa, o seguinte: “(...) constatámos o abate indiscriminado de árvores (...); É
outra prática que destrói riquezas importantes do nosso País.
Devemos organizar e programar o abate de árvores, saber que árvores devemos abater,
quantas e para quê. Não podemos continuar a fazer lenha com jambirre, e a cozer pão com
madeiras preciosas. Além disso devemos plantar árvores, arborizar a nossa província,
devemos plantar árvores de fruto, e a grande variedade das que podem crescer e frutificar no
Niassa.
Devemos plantar também árvores de boa madeira eque defendem os solos (...)”.No entanto,
as acções destruidoras das florestas, no período em análise, tornaram-se incontroláveis pois,
logo após a Independência, o país foi assolado por uma guerra civil que durou 16 anos, de
1976-1992. Durante este conflito, o sector florestal foi o mais afectado e mereceu pouca
atenção das autoridades nacionais. A problemática ambiental e a gestão de recursos naturais
em geral começaram a merecer destaque no debate nacional após a guerra civil. Antes deste
período e por razões óbvias, a atenção esteve dirigida para a segurança física ede
sobrevivência da população.
Só após o Acordo Geral de Paz, que marcou o fim da guerra civil, em 1992, é que se
reconheceu visivelmente a importância de um controlo mais activo sobre o ambiente, com a
O autor acima citado vai mais longe afirmando que “metodologia de pesquisa é parte de
princípios reconhecidos como verdadeiros e indissociáveis e possibilita chegar a conclusões
de maneira puramente formal, isto e, em virtude unicamente de sua lógica”.
Na mesma linha de ideia, Barreto e Honrado (1988) explica que "A metodologia de pesquisa
é o conjunto detalhado e sequenciado de método e técnicas científicas a serem executados ao
longo da pesquisa de tal modo que se consiga atingir os objectivo inicialmente propostos e ao
mesmo tempo atender critérios de menos custo, maior rapidez, maior eficácia e maior
confiabilidade de informações" (as cited in Ivala, 2007, p.26).
De acordo Gil (1999) citado por Prodanov & De Freitas (2013) “Existem várias formas de
classificar as pesquisas. As formas clássicas de Classificação são: quanto a natureza, quanto
aos objectivos, quanto aos procedimentos técnicos utilizados e quanto a forma de abordagem
do problema (p.51)
Segundo Lakatos Marconi (2009) a pesquisa pode ser classificada quanto a natureza, aos
objectivos, quanto aos procedimentos técnicos e quanto a forma de abordagem do problema.
Do ponto de vista da forma de abordagem do problema pode ser classificada como Pesquisa
Qualitativa.
Com relação à classificação da pesquisa quanto aos fins, o trabalho possuirá características de
pesquisa descritiva, pois de acordo com Cervo e Bervian (2004) este tipo de pesquisa consiste
em analisar os fatos sem manipulá-los, procurando constatar com que frequência um
fenómeno ocorre, sua relação com o meio, suas características e natureza.
Justifica-se o uso do método para a autora, pois, permitir-lhe-á examinar a interacção com os
intervenientes e variáveis da pesquisa, no intuito de fornecer uma compreensão completa
possível, do fenómeno abordado na pesquisa, este processo decorreu por meio da descrição
espessa e detalhada da entidade em questão, as circunstâncias em que ela foi usada, as
características dos indivíduos envolvidos na pesquisa, a natureza da Comunidade e vila em
que esta inserida.
Antes de entrar em cada uma das técnicas que apresentar-se ao abaixo, é preciso mencionar
que há adequações procedimentos quanto ao tipo de dado, podendo ser
qualitativo/quantitativo ou documental/não - documental. Essas diferenças implicam
processos distintos em uma investigação científica.
Para a efectivação da presente pesquisa, o autor recorrera a quatro (4) procedimentos básicos
de recolha de dados, nomeadamente:
o Codificação: a autora usara esta operação para classificar os dados que se relacionam.
Com a codificação, os dados foram transformados em símbolos, podendo depois ser
tabelados e contados (atribuição de códigos, números e letras);
o Tabulação: Com este procedimento, a autora, fará a disposição dos dados em tabelas,
quadros e gráficos para facilitar a verificação das inter-relações entre eles.
No que tange as técnicas de recolha de dados, para a presente pesquisa, a autora privilegiará
as técnicas Não - Documentais nomeadamente:
3.3.5. Entrevista
Segundo Lakatos e Marconi (1995, p. 106), os métodos podem ser subdivididos em métodos
de abordagem e métodos de procedimentos.
Para a autora, o uso deste método, baseia-se na premissa de que se o conhecimento existente
torna-se insuficiente para explicar um fenómeno, surge o problema. Para expressar as
dificuldades do problema, são formuladas hipóteses.
3.5.4. Amostragem
Segundo Marconi & Lakatos (2002), Há duas grandes divisões no processo de amostragem: a
não - probabilista e a probabilista (p.223).
Labes (1998) afirma que “A amostra de uma pesquisa pode ser conceituada como
“subconjunto finito de uma população” (p.22).
3.5.5. Universo
A amostra, por seu lado, [pode também ser considerada como] o subconjunto do universo do
qual se estabelecem ou se estimam as características desse universo.” Canastra & Haanstra
& Vilanculos, 2015, p.19).
Este trabalho foi dividido em duas partes, nomeadamente: trabalho do escritório ou gabinete,
que consistiu no contacto directo com todos os intervenientes do processo para possível
fornecimento de informações sobre o impacto da mecanização agrícola, no contexto da
Lavoura, no distrito de Alto Molócue, posto Administrativo de Molócue Sede, na Localidade
de Novanana, bem como a consulta de certas obras literárias na biblioteca, consulta de
informações na internet do tema em destaque.
Markone e Lakatos, 2006, pag. 185, esse tipo de pesquisa é desenvolvido mediante o material
já elaborado principalmente livros e artigos científicos. O material consultado na pesquisa
bibliográfica envolve, jornais, relatórios, livros, pesquisa de monografias e dissertações que
abordam o assunto e teses. Este método foi útil na medida em que permitiu sustentar o marco
teórico.
O gráfico 2 abaixo, ilustra a Proveniência das pessoas que gerem as florestas do Posto
Administrativo de Socone.
100
100
60
80
60
40
20 0 0 0 0
0
Entrevistados
Percentagem de entrevistados
No gráfico 3 abaixo, podemos observar o nível de adequamento da gestão das florestas para a
comunidade de Socone.
100
100
90
80
70 60
60
Entrevistados
50
Percentagem de entrevistados
40
30
20
10 0 0 0 0
0
Adequada Não Adequada Indiferente
No gráfico abaixo, podemos observar a Percepção das comunidades sobre o apoio da estrutura
local na gestão das florestas.
Gráfico 4. Percepção da comunidade sobre o opoio da estrutura local na gestão das florestas
90 83.3
80
70
60
50
50
Entrevistados
40 Percentagem de entrevistados
30
20 16.7
10
10
0 0
0
Não envolvimento Há envolvimento Indiferente
60
60
50 40
36
40 24
30
20
10 0 0
Entrevistados
0 Percentagem de entrevistados
O desconhecimento do papel das comunidades locais, por parte da liderança, pode estar na
origem das causas do não envolvimento das comunidades locais na gestão das florestas e uma
participação mais eficaz.
Para testar essa hipótese, foi lançada uma questão a 60 pessoas como factores de pesquisa, do
Posto Administrativo de Socone, onde 56 pessoas correspondentes a 96% dos entrevistados,
responderam que ao nível de todo o Posto Administrativo de Socone, apenas 15 membros do
Posto administrativo é que participa nas actividades da gestão das florestas. Uma
considerável parte das famílias, a sua principal fonte de rendimento da maior parte das
famílias provém de actividades não agrícolas, tais como a venda de lenha, madeira, cana e
carvão.
O autor da pesquisa, guiado pelas respostas dos entrevistados e das observações que fez no
terreno, não há sombras de dúvida que o Posto Administrativo de Socone, não é envolvido na
gestão dos recursos florestais.
As políticas da empresa que gere as florestas, podem ser a causa principal da exclusão das
comunidades locais.
Nesta hipótese, foi lançada uma questão a 60 pessoas como factores de pesquisa, do Posto
Administrativo de Socone, onde 56 pessoas correspondentes a 96% dos entrevistados,
responderam que ao nível de todo o posto administrativo, não tem clareza das politicas e
regulamentos da empresa, dai que, a população limita se em concluir que, o comportamento e
o procedimento da empresa, tem a ver com as regras plasmadas na orgânica do projecto, em
função dos objectivos.
Ao passo que as restantes 4% dos inqueridos, disseram que Como consequência, a população
tem estado a se revoltar contra as acções e procedimento das actividades em vigor, na gestão
das florestas.
5.1. Conclusões
5.2. Sugestões
Com base nos resultados obtidos e as conclusões chegadas durante a pesquisa o autor sugere:
o Para que façam estudos repetitivos de envolvimento das comunidades, na gestão das
florestas no Posto Administrativo de Socone, bem como em diferentes locais do distrito
de Ile, para que se possa comprovar a legitimidade dos resultados do presente estudo e
obter uma amostra demonstrativa da realidade do distrito.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FAO. (2010). Fundo das Nações Unidas para Agricultura e Florestas: Global Forest
Resources Assessment 2010 (FRA 2010). Moçambique: FAO.
Gil, A. C. (2002). Como elaborar Projecto de pesquisa (4ª ed.). São Paulo: Editora Atlas.
Lakatos, E. M., & MarconiI, M. A. (1992). Técnicas de Pesquisa (5ª ed.). São Paulo: Editora
Atlas.
Richardson, R. J. (1999). Pesquisa Social. Métodos e Técnicas (3ª ed.). São Paulo: Editora
Atla.
Serra, C. M., Cuna, A., Amade, A., & Goia, F. (2014). O Impacto da Exploração Florestal
no Desenvolvimento das Comunidades Locais nas Áreas de Exploração dos Recursos
Faunísticos na Província de Nampula. Nampula: Observatório de Meio Rural.
Apêndices
Propósito da pesquisa: as informações que serão fornecidas pelo Governo do Distrito de Ile e
População são pertinentes para o conhecimento para maneio adequado dos campos agrícolas,
de forma a gestão sustentável.
Os resultados da pesquisa serão por mim usados para realização do trabalho de diploma e
pela instituição, bem como a população interessados na adopção de melhores técnicas pelo
governo para desenvolvimento de políticas na preservação dos solos.
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Com base na ideia expressa acima, achou-se necessário fazer-se um cronograma, indicando
as actividades e o tempo que vai ser usado para a realização dessa actividade, conforme se
pode ver no quadro a seguir:
# Meses (2020)
Actividades Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov.
1. Levantamento da
literatura
2. Elaboração do projecto
3. Aquisição do material
para a pesquisa
4. Colecta de dados
5. Análise, compilação e
interpretação de dados
6. Elaboração do relatório
final
7. Revisão do trabalho
8. Entrega do relatório
final