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Capitulo 5 O Treino Cognitivo de Controle da Raiva (TCCR) © TCCR ¢@GRRRHE® nos conceitos comportamental-cog- nitivos © cnvolye, em primeiro lugar, desenvolver a habili- dae de st TTR ee STG RTD ail ou justa, procede-se 1 QED le como expres adequadamente, na proporgdo que consig(@#GPAREERD injustica ou 0 al, TTT TED sind: maior do que o origi- nal. Se a raiva for avaliada, pela propria pessoa, como injusia ao trcinamento para , ou mesmo indtil, procede. no agressive ou passive, que cla consiga de modo assertive, specilicamente, 0 'TCCR inelui: a) GRASSES (pensamentos avaliativos da situa- co sendo vivenciada), percebcr «QUOD — ionais que amtecedem & expresso da raiva 0 servir de sinal de que a pessoa esta para ter uma reagao raiva desmedida. forte}; b) apés a identificagdo desses asp: utilizar a técnica da reestruturagio cognitiva (bascada na ‘Terapia Cognitivo-Gompe onal emotiva de Albert Bilis), parada de pensamento (outra técnica com. ———r GEESE quando cla for avatiada como excessiva. ow inapropria ctos, 0 TCCR possibilita amental auc 2 0 Treino Cognitivo de Contralle da Raiva (TCCR) 40 profunda © rckaxamento para redugio da excita- bilidade fi a ge d) “ago responsivel”, ou scja, emissio de um comportamen- log’ da pela ago energética da raiva; to que resolva, ou reduza, a situagio geradora da raiva, per meio de um comportamento adequado ao evento pre- sente. Por “agdo responsivel” se entende o comportamen- to que diminua o conflite ¢ tre ga alguma satisfacdo para a pessoa; ©) GREER pelo controle da raiva quando isso tiver ocor- rido_¢, se nao ocorreu, plancjamento de como lidar com situagdes semelhantes de mado apropriado no futuro. Gartilha sobre a raiva. O TCCR ¢ um método(Q§Q0a- GBD © or iss6 envolve uma panticipagaio ativa do paciente, que reeehe uma apostila sobre como controlar a des para casa. Para cada scssao terapéulica ¢ dada a tarefa de casa ‘aiva © com a Gao das técnicas de cnfrentamento sugeridas, para levar de ler uma parte da apostila. Os participantes s40 orientados a guardar a cartilha ¢ a ler periodicamente para nao esquecer 0 sel contcido apés o término do tratamento. Sera discutido no capitulo seguinte como o TCGR é im- plementado. Seu uso pode ser feito cm grupo ow individual- mente; porém, toda a sua validagao cientifica, objcto de varias pesquisas, se da em grupo. io desse tratamento foram Alguns dos resultados ela valida publicados por Lipp, Pinho, Castelli revista Estudos de Psicologia, de Campinas. Os autores pesqui- saram a efie; untos ¢ Fujita (2009) na a do ‘CCR em pacientes com doenga arterial coronariana. A escolha dessa populagdo se deveu ao fato de que a docnga cardiovascular é a principal causa de morte O-Treina Cognitivo de Controle da Raiva ~ 0 paso a passo do tratamenta no mundo, sendo sozinha responsivel por 30% de todas as mortes (World Heatlh Organization, 2007). O fato de que os fatores de co mais conhe dos cxplicam apenas aproxima- damente dois tergos dos casos de doenga arterial coromariana (DAC) tem estimulado um interesse cada vex maior pela iden- tificagiio de uma possivel associagao entre fatores psicolégicos, hipertensiio © DAC. Estudes remetem a identificagiio da raiva como elemento presente na ontogénese da reagao do siress da hipertensao arterial. A literatura sugere que 0 siress pode scular. FB im- gerar raiva ¢ aumentos da reatividade cardiow: portante enfatizar o carater reciproco da diade sivess-raiva, em cata que © stress prévio pode levar a raiv: a, por outro lado, pode também se constituir em fonte poderosa de stress. Os resultados de estudos clinicos sao consistentes ao desereverem de rai- pacientes infartades como. experienciando altos niv va. Mittleman, Maclure, Sherwood et al., em 1995, esiudando 1,623 pacientes que haviam solrido infarto at tes, mostraram uma alla relagio entre episddios de raiva nas dltimas horas ¢ 0 infarto do mincardio, = quatro dia san- Um estudo realizado por Lipp, Justo ¢ Mclo Gomes, em 2006, mostrou algo interessante, Os autores demonstraram que o stress & especialmente téxico quando a pessoa envolvida na interacde estressante possui especificamente dois estilos de fora ¢ raiva para dentro. Ambos podem ser prejudiciai (© arterial solte leraveis em momentos de interagdes cstressan- sao de raiva: rap expr pa as estilos , ja que a pres aumentos con tes quando cssas pessoas ou expressam a raiva de modo explo- sivo ou iniber excessivamente sua expressiio. Essas afirmagé si podem inicialmente parecer conflitantes (expressar é ruim ¢ inibir também); porém, estudos anteriores, como o de David- son, MacGregor, Stuhr, Dixon ¢ MacLean (2000), com 1.862 4 OTreino Cognitive de Controle da Raiva (TCCR) participantes adultos, servem de referencial para entender os Esses autores mostraram achados aparentemente conflitant que a expresso construtiva da raiva se relaciona com pressio da arterial basal mais baixa, indicando que a expressio adcqu da raiva parece ser a forma mais apropriada no que se refere ‘aq arterial. 4 manutengio fisiologica da pr Com base nos estudos citados, Lipp, Pinho, Castelli, San- tos ¢ Fujita (2009) levantaram a hipétese de que um trabalho psicolégioo junto a pessoas com docncas coronarianas ¢ hostis, com alto nivel de raiva para fora, explosiva, permeada por muita agressividade, e a pessoas com nivel elevado de raiva para dentro seria clicaz na redugdo da reatividade cardiovas- cular em momentos de stress, Além disso, propuseram-se averi- guar se o ‘Treino Gognitivo de Controle da Raiva seria elicaz na redu¢ado nao sé da raiva ¢ do stress, mas também na reduce da reatividade cardiovascular de pacientes diagnosticados com docnga arterial coronariana (DAC). Para tal, conduziram um experimento no laboratorio de stzss com 29 portadores de DAC! (20 mulheres ¢ 9 homen: na faixa etaria de $5 a 60 anos. Os instrumentos utilizados para avaliagao foram: o Inven- como Estado ¢ Trago (STAN), de Spielberger (1992), o Inventarig de Sintomas de Stress para Adultos, de Lipp (2000), 0 Manual do ‘TCCR ¢ uma cartilha que esto sendo apresentados no anexo deste livro. io de Raiv tario de Expre Para a coleta de dados fisiolégicas, foi utilizado um monitor de pressdo arterial, que mede a pressdo arterial ¢ a frequéncia cardiaca continuamente, de modo nao inv: vo, por meio de manguito que é colocado ao redor do dedo médio da mao nao . Ao lagem das medidas registradas, com médias de 10. em 10 dominante da pess conectado ao computador, forne- cea li segundos. Para gerar siresy nos participantes, foram utilizadas © Treino Cognitive de Controle da Raiva ~ 0 passo a passa do tratamento Cada fita inclui eenas que em pesquisas anteriores foram utiltzadas para criar duas fitas contendo: sete stress social nos participantes. As cenas se referiam a situagGes passiveis de ocorrer na vida real. Uma fita foi utilizada na ava- liagdo pré-tratamento © a outra, no pds-tratamento, a fim de verificar se, apés o ‘TCGR, os participantes haviam mudado seu modo de reagir a raiva gerada pelo sires das cenas ¢ sea pres os participantes passaram por avaliz ) arterial variava menos em fungao do tratamento. Todos ces c psicologicas, em dois momentos distintos: no inicio do cstudo ¢ apés o tra- tamento, ¢ uma subamostra passou por uma tere scis meses apés a finalizagao do 'TCCR, a titulo de fallac-up. Como expe nos partici ra avaliagaio ado, uma alta ineidéncia de raiva foi verificada antes, 0 que confirmou a sugestio de que a. raiva é um [ator presente na ontogénese da reago do stress ¢ da hiper- tensfo arterial. O TCCR foi clicaz na promogao de mudanga em varios aspectos, como indicado « seguir: renga nos indices de raiva trago, entre ervada foi Raiva trago: A di , foi significativa. A mudanga obs as duas avaliag interessante, uma vez que 0 trago de raiva ¢ considerado um aspecto mais estivel do que o estado de raiva, o que most ehedeia do TCCR. awa Reago de raiva: Na prime a testagem, 48,28% eslavam acima da média, ¢ na segunda esse percentual foi reduzido 3%. A diferenca é significativa. para 31, Expressao de raiva: A diferenga entre os dois momentos na expressiio de iva foi significativa, com 51,72% dos par- mciro momento em ticipantes expressando mais raiva no p! 76 0 Treing Cognitive de Contrale da Raiva (TCCR) comparagdo a 17.24% no segundo. Esse dade pode ser eom- preendido considerando-se que, se os participantes sentiam menos raiva (demonstrado pela reducdo no trago ¢ na reacio de raiv assem menos também. O era esperado que a expre TCOR possui duas areas de atuago, uma na qual a pessoa adquire uma percepgao do mundo ao scu recor menos amea- gacora ou conflitiva e, portant quénci in menor Fre= inda area de abrangéneia do TGCR se refere & expresso adequada da raiva, em situa , a raiva surge ¢ + quais cla é de: io da raiva ndo snvolvida, Ha de se entender que a expre significa coloci-la para fara de modo agressivo, mas, como a TOCR enfatizou, ¢ importante que a sa de A expres © conflito presente. modo a promover uma solucao pare F Raiva para dentro: Vcrificou-s ¢ uma diferenga significativa emtre o indice de pessoas que usavam o recurso de jogar a iva para dentro antes ¢ apés o tratamento da raiva. Antes, 62,07% dos participantes lidavam com a raiva colocando-a para dentro. Apos o T'GOR, esse percentual foi reduzide para 37,90%, Pode-se deduzir que, tendo aprendido a lidar melhor com scus sentimentos de raiva, 62% dos part ipantes no utilizavam: mais o recurso de colocar a raiva para dentro em. situagées estressantes Raiva para fora: A percentagem de pe: soas Na amostra que colocavam a raiva que sentiam para fora, de algum mado, avaliagocs. E odo raudeu-nas-dus sc dado era esperado, pois 0 TCOR enfatiza a necessidade de se colocar para fora — de modo construtive — a raiva que se sente, © nfo reprimicla simplesmente. 7 0 Treina Cognitive de Controle da Raiva ~ © passa a passo do tratamento- Raiva temperamento: Spielberger, autor da escala de raiva utilizada, postula que a variavel temperamento é a mais esti- vel das dimensties da raiva. Os dados da presente pesquisa dao suporte a essa afirmagdo, em que nio houve diferenga alguma nas avaliagdes antes ¢ apés, Nenhum dos entrevistados mucou nesse d subes- pecto. Interessante notar que esta foi a dni cala da raivs que nao sofreu qualquer alteragio, cm fungaio do TGER, mostrando que, cmbora a pessoa possa aprender a controlar ¢ lidar com a raiva, a tendéncia a senti-la, em algu- mas pessoas, & forte. Raiva estado: Na primcira avaliagao, 37,93% se encontravam com 6 sentimento de raiva presente. Na segunda avaliagao, a percentagem de pessoas com raiva, no exato momento da en- trevista, foi reduzida para 6,90%, o que representa uma dife- renga significativa (S = 6,23; GL = 1; p = 0,013) entre os dois momentos reveladora de maior tranquilidade pés-tratamento. Analisando apenas as dimer Ocs Nas quais ocorreram mu- dancas, chega-se 4 conelusio de que 0 mecanismo pelo qual 1 o TCCR funcionou foi primordialmente na redugao do surgi- mento da raiva, Em vez de simplesmente levar os participan- tes a cxercer controle sobre 0 scu comportamento raivoso, 0 TCOR, por lidar essencialmentc com as cognigées ¢ o moda de perceber 0 mundo, os cap: ta para avaliarem o mundo ao seu redar de modo menos provocador. A percepgao mais amena dos eventos da vida, acoplada & ideia do uso de agio respons vel na resolugao dos problemas do viver, ¢ dtil para redusir as ondas de raiva que muitas vezes comprometem 0 convivio na sociedade © prejudicam a saide, principalmente de pessoas com DAC 78 0 Treo Cognitivo de Controle da Rana (TCR) O TCCR foi também eficaz na redugdo do nivel de stress dos participantes, tendo havido mdlhora cm como. reagiam as situag es de siress interpessoal. A reducdo no nivel de stress emocional ve icada apés 0 tratamento para a raiva indica a relagdo entre raiva ¢ stress, mostrando que a raiva pode ser considerada como fator precipitante do stress emocional, nites portadores de DAC. Interes: hotar que a avaliagdo de follow-up realizada scis meses apé término do estudo revelou a manuten¢ao dos ganhos em ter pelo menos entre paci mos de redugio de stréss, raiva ¢ de reatividade cardiovascular durante momentos de stress interpes dade indica que o do tempo. Em sintese, os dados indicaram que o ‘T' ‘oal no laboratério. Esse CER continua a ter cfcito com a passar OR foi cficax s psicolégicos estuda tO stress © varias dimensoes da raiva de uma na mudanga de quase todos os aspecta dos, pois redu: amostra de pas emocionais, ntes cardiopatas comprometidos em aspectos Os dados do estudo de Lipp et af. (2009) permitem coneluir que o TCER apresenta um modelo teéricoepraticn para o tratamento de pessoas que tipicamente respondem ao mundo com raiva ¢ que pouco controle tém sobre suas emocé Capitulo 6 A Utilizagao do TCCR Entrevistas iniciais Ao contrario dos Estados Unidos, onde existem tratamen- ee especifica de raiva, tos ja estabelecidos para a raiva especificamente, dificilm o Brasil o paciente ver com & quék LA ox juizes frequentemente cncaminham pessoas que tiveram demonstragiio de descontrole da raiva para esse tipo de trata- mento. Aqui, a queixa de raiv: 1, da vitima, da mulher, do filho, do empregado ou de amigos. O paciente, ele proprio, cm geral, néo menciona a raiva como queixa prin- ven, em ger cipal. Isso & compreensivel, porque a sociedade ensina desde cedo que é feio e deselegante sentir raiva. Assim, quem sofre desse problema adquire a tendéncia @ nfo reconhecé-la, ten- tando inibi-la ou controkicla, jogando-a muitas vezes para den= isa tre, Muitas pessoas, que tém altos niveis de raiva, tém a nogia de que estdo sendo asscrtivas ¢ que conseguem controlar seus scntimentos. Na maioria das vezes, acham-se corretas em vem com a vestimenta de muitos outros tipos de problemas. s Na pratica, as queixas revelam um sematorio de problemas emocionais © comportamentais, com varias comorbidades, que dificuliam o diagnéstico preciso. Nao é fora do comum encon- trarmos pacientes bipolares com altos indices de raiva trago ¢ lemperamento, raiva € transtornos de personalidade ¢ entr :xiste também indicagao de correlagdo entre raiva eo Padrao Tipo A de personalidade. Sendo assim, 0 terapeuta precisa, nas 80 A Utilizagae do TCCR nirevistas iniciais, ter a habilidade de identificar os sinais de raiva em quem o procura ¢ as comorbidades presente: Como o Padrao ‘Vipo A de Cor nportamento nao € tio conhecido como os transtornos de personalicade, tornam-se necessarias algumas explicagdes sobre como identified-lo. Esse pacrio de comporiamento foi definide pelos pesquisadores que primeiro © identificaram, dois cardiologistas, Dr. Resen- me Dr. Friedman, da California, como sendo um conjunto de agdes © emogdes que inclui ambigao, agressividade, com- potitividade © impaciéncia, tensio muscular, estado de alerta, fala rapida c enfitica ¢ um ritmo de atividade acclerado, Alem disso, fazem parte des o irritabilida- de, hostilidade ¢ facilidade em sentir-se irado. A pessoa que possi esse estilo de comportamento cst sempre cnvolvida ¢ estilo de comportame: em lutar para aleangar metas, dedicando-se excessivamente ao trabalho, esforgundo-sc para se superar sempre em suas tarefas, ocupando todo © scu dia com alguma atividade ¢ cxperimentando sentimentos culpa quando esta parada. Pesquisas longitudinais mostram uma correlacio inequivoca entre se ter esse padrao de comportamento c doengas cardio- vasculares, além de tilceras (Malagris, 2000) ¢ retocalite-ulee- rativa inespecifica (Brasio, 2004), Come foram identificados trés componentes principais desse padrao (pressa, hostilidade © polifas u€s apresentam perigo para a a), os pesquisadores tém tentado perecber se todos wide Ou se somente um desses componentes ¢ tOxico. Pesquisas indicam que o componente mais preditivo de cardiopatias € a raiva/hostilidade, conforme indicado por Rebollo ¢ Boomsma (2006). Algumas das principais caracteristicas do Padrao Tipo A de Comportamento sao citadas no Quadro 2. 81 © Treina Cognitive de Controle da Raiva — 9 passo a passo do tratamento Quadro 2, Caracteristicas do Padrao Tipe A de Comportamenta * Um firme aperto de mao. + Um andar rapido « Ritmo rapide para comer * Voz alta e/ou vigorosa ‘© Respostas abreviadas nas conversas * Tendéncia a cortar 0 finais das palavras, tende uma falha na prontincia * Rapidez na conversa e aceleracdo da fala no final de uma longa frase * Fala explosiva, enfalizando certas palavras + Estd sempre interrompenda quando 0 outro fala, dando respostas rapi- das antes que 0 outro tenha campletado sua afirmagao '* Apressa a fala: do outro dizendo “sim, sim", “hum, hum”, "certo, certo”, ‘ou acenando cam a cabeca frequentemente * Reage veementemente quando ¢ impedido de realizar as coisas rapida- ‘mente, por exemplo, quando térn de dirigir ou comer devagar * Usa o puro cerrado ou aponta com o dedo para enfatizar sua verba- lizagao + Ehostil em situagoes que parecem leva-io a perder tempo * Usa frequentemente apenas uma palavra para responder a questées, come, por exemplo, "Sim!", “Nuncal”, "Definitivamente!", “Absolu- tamente!”. A ontogénese do Padrao Tipo A de Comportamento Parece existir uma tendéncia genética para sc ter algu- mas caracte 1s dese padrao de comportamento, Porém, deve-se considerar que, mesmo que se tenha a predisposigao para qualquer tipo de comportamento, sabe-se bem que certas condigées ambientais determinam se essa_predisposi ou nao ser ativada. Em ge se encontra na historia de vice das pessoas com esse padro de comportamenta é a a2 A Utilizagao do TCCR presenga de pais bastante motivadores, que possucm grandes ambigdes para seus filhos ¢ deles exigem um d nivel de exceléncia. Isso parece ocorrer principalmente, mas mpenho em nao exclu amente, com filhos anices ou primogénitos. Tal postura dos pais, que tém por objetivo primordial algo bené- fico, como motivar seus filhos, quando se torna © ageradit, ou quando os filhos tém uma predisposigiio genética para assimi- lar tais mensagens mais rapidamente, os leva a desenvolver a crenga irracional de que, REEEMEEEMD c amados, neces- sitam (cr 2 @REGAB clas pessoas importantes em sua vida, demonstranda sempre que sio capazes, ou scja QQ _dlevem ser alsolulamente competentes 6 tempo todo. ss. tanto, csforgam-se com muito vigor ¢ muitas veves ¢ geram na sua dedicagao ao sucesso, sem sequer perceberem que estan na idade adulta ainda respondendo aos anseios cos p: Como a hostilidade ¢ a raiva esto presentes em um grande GRD. ¢ aconselbivel que © terapeuta tente identificar, nas primeiras entrevistas, sc 6 paciente tem essas caracteristicas e, se for 0 caso, contemple no tratamento a pressa ¢ a hostilidade que acompanham esse padre. icagdo da preseng No que se refere A identi nao é expressa muito claramente pelo paciente, principalmente porque cle proprio nao sabe identifi atengao a sinais como: pensamentos suicidas, road rage (raiva da raiva que 1, ¢ importante prestar ne transite), quebrar objetos, batcr cm alguém ou ameagar fazé-lo, machucar-se por descuido ou por gar, pensamentos r mpulsividade, xin- rgatives sobre todos ao scu redor, criticar com frequéncia, usar sarcasmo, perfeccionismo, dificuldade de xeessiva, dificuldade em aceitar eri- cas e dificuldade de aceitar a opinitio dos outros sentir que vidade relaxar, competi 83 6 Treino Cognitive de Controle da Raiva - ¢ pass0 a passe do tratamento a vida é constantemente uma batalha. Sinais fisicos de raive podem ser: pescogo duro, dor nas costas, hipericnsao ¢ pro- blemas cstomacais c intestinais. Logicamente, qualquer pessoa timmentos descri- pode, cm certas ocasidcs, ter 0s sinlomas ¢ st Para, tos. r que existe com 0 psicéloge Thomas Harbin, quatro tipos de pessoas vosas, Como seguc, GUE: & pessoa que passa por humil gdes ¢ injusticas enormes ¢ nado toma nenhuma atitude, que sempre encontra desculpas para o comporlamento de quem a agride, seja ele o chefe, o conjuge, o filho ou 6 amigo. Engole o desafaro, a vergonha, a frustragdo ¢ a Taiva, ¢ tem dores de estémago cada vex maiores, tensio muscular quando é ofendi« da ¢ insoni: © episodio, mostram sua empa . Quando pessoas ao seu redor, que presenciaram , isso a faz se sentir pior ainda, pois sente-se mais humilhada do que nunca ¢ deseja que ninguém tivesse pre homem de verdade teria reagido, acha-se um covarde. Fica iciado o que ocorreu. Acha que um Iembrando do que ocorreu vari s vezes ¢ sente que “deve ter agido diferentemente, Mas, da présima vez, age do mesmo jeito, porque nao aprendeu a lidar com a raiva justa de modo construlivo. CREED! aquele que reclama de tudo © de todos. o tempo todo, Tudo sai errado cm sua vida ¢ ele nto le tomar a diregao dos eventos ¢ resolver os problemas! Ele reclama e cho- raminga sobre tudo ao seu redor, ¢ 0 chele que é injusio, ¢ o procedimento no wabalho que é falho, ¢ a namorada que a A Utilizagso do TCCR aurante é ruim, € o tempo que esta Icio, & 0 servigo no + que nao presta etc. O clima ao seu redar fica tenso ¢ pesado, as negative, as pessoas se deprimem ¢ se afastam. Em geral, pes soas assim esto tentando que as outras fagam as coisas que competiria a clas fazer, qucrem também que alguém reforce sua autoestima. Ele choramings para que os outros o ajudem & confortem. Sente-s > desampat do. Nao tenta enfrentar 0 que est4 errado em sua vida, a fim de consertar © problema, no tem m ativa em sua propria vida. Sua passividade o impede de assumir a lideranga de sua vida ¢ sua reclamagao constante serve para alimentar a sensacao de que a vida ¢ injusta pessoa divertida, que conta ptadas, que quer ser o centro das atencdes ¢ que nao permite que discordem dela, de modo algum, E 6 dono da verdade Nao respcita ox direitos do outros nem as opini rias s contra as suas. Contesta as ideias dos outros como uma mancira de imentos. No evilar que as Outras pessoas descubram seus se. dio se sente fundo, ele n fio intcligente quante quer aparecer. Controlar a conversa é uma mancira de nao deixar as outras pessoas falarem sobre assuntos que cle talves saiba menos ou que possam humilhio. A raiva esid por tras de seu compor- tamento dcbatedor, pois & aquele que utiliz © pior de todos os casos de pessoas raivos a violencia fisica quando perde o Xinga, humilha ¢ finalment controle agride, sem ou com pouca provecagio. A tendéncia dese tipo ¢ brigar ¢ agredir quando se sente frustrado. Quando se frustr com cilimes ow se sentc humilhade, tem vontade de bater tem dor, esta em alguém. Aprendeu que a violéncia o leva a ganhar as 85 © Treino-Cognitiva de Controle da Raiva ~ 0 passo-a passo do tratamento discérdias, amedronta os outre isso Ihe da uma sensagio de supcrioridade, mesmo que passageira. Para muitas pessoas assim, a tendéncia a agredir quando algo sai errado resulta em um vineulo automatico, cada vez mais forte, entre as emogdes desagradaveis e de ansiedade e a violéncia fisica. Por tras de toda essa violéncia existe uma tentativa absurda de escondcr o medo e uma necessidade muito profunda de ser cuidado, que amedronta a pessou em controle de tudo, porque nao aprendeu a Hdar com esse . Ess gera mais raiva ainda. que deseja parect sempre forte ¢ sentiments inabilidade de lidar com esses sentimentos . Além de considerar se cstamos lidando com um desses tipos de pessoas raivosas, é importante verificar, nas cntre- (Sis i TD, o>

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