Moisés O povo
intercede murmura
pelo povo contra Deus
“Vem, pois, agora, rogo-te, amaldiçoa-me este povo, pois é mais Atraiu maldição sobre si e
poderoso do que eu; para ver se o poderei ferir e lançar fora da sobre Moabe:
terra, porque sei que a quem tu abençoares será abençoado, e a “Abençoarei os que te
quem tu amaldiçoares será amaldiçoado” (Nm 22:6). abençoarem e
amaldiçoarei os que te
amaldiçoarem” (Gn 12:3)
➢ Balaque chamou Balaão para amaldiçoar Israel, mas ele foi instruído por Deus a não ir e não
amaldiçoar o povo. Balaão falou quatro vezes: a) na primeira, disse que o pedido de Balaque para
amaldiçoar era contrário às bençãos de Deus; b) na segunda, afirmou que Deus fez Israel próspero; c)
na terceira, afirmou a vitória de Israel e d) na quarta, pronunciou profecias de julgamento contra os
povos circunvizinhos.
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A soberania de Deus na narrativa de Balaão
➢ Balaão não conseguiu amaldiçoar o povo de Israel, apesar de ter-lhe sido prometida uma
recompensa para isso. No entanto, Balaão aconselhou Balaque sobre um meio efetivo de destruir
Israel: por meio da prostituição física e espiritual:
“Eis que estas, por conselho de Balaão, fizeram prevaricar os filhos de Israel
contra o SENHOR, no caso de Peor, pelo que houve a praga entre a
congregação do SENHOR” (Nm 31:16)
➢ Balaão é mencionado duas vezes no Novo Testamento: Balaão foi movido pela sua ganância e
foi por isso condenado. Porém
“Ai deles! Porque prosseguiram “Tenho, todavia, contra ti algumas coisas,
também a sua doutrina é condenada:
pelo caminho de Caim, e, pois que tens aí os que sustentam a
utilizar de ciladas para levar o povo
movidos de ganância, se doutrina de Balaão, o qual ensinava a
de Deus à queda. Sua estratégia:
precipitaram no erro de Balaão, Balaque a armar ciladas diante dos filhos
comer coisas sacrificadas a ídolos e a
e pereceram na revolta de Corá” de Israel, para comerem coisas
prática da prostituição.
(Jd 1:11) sacrificadas aos ídolos e praticarem a
. É uma cilada que levou os membros
prostituição” (Ap 2: 14)
da Igreja de Pérgamo à queda e que
permanece ainda nas nossas igrejas.
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Da saída do Sinai até a fronteira de Canaã
Nuvem sobre o Envio dos Espias e Duas tribos e meia pedem
Moisés fere a Balaque e Balaão
Tabernáculo (Nm 9:15) sedição do povo para habitar ao leste do
rocha em Meribá (Nm 22-24)
(Nm 13-14) Jordão (Nm 32)
(Nm 20:2-13)
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Deuteronômio
➢ É o último livro do Pentateuco. Também escrito por Moisés. O seu nome em grego significa
“segunda lei”. Em hebraico, o seu nome é הדבָ ִרים
ְּ (hadvarim), que significa “as palavras”.
➢ Na verdade, o nome em grego decorre de uma incorreta tradução da orientação dada por Moisés e
que consta do próprio livro:
➢ Assim, não se trata de uma nova lei ou segunda lei, como o título dado ao livro sugere.
➢ Na verdade, o livro consiste em uma série de exortações dadas por Moisés ao povo de Deus
quando estavam nas planícies de Moabe, pouco tempo antes de cruzar o rio Jordão e adentrar a
terra de Canaã:
“São estas as palavras que Moisés falou a todo o Israel, dalém do
Jordão, no deserto, defronte do mar de Sufe, entre Parã, Tofel,
Labã, Hazerote e Di-Zaabe” (Dt 1:1)
1. Narrativa da história da travessia do povo de Israel pelo deserto, seguida de uma exortação à
obediência: Dt 1-4;
2. Exposição da lei, com inserções de exortações à obediência: Dt 5-26;
3. Bençãos e maldições como resultado da obediência e da desobediência, permeadas pela
exposição da graça manifestada no resultado de um arrependimento sincero: Dt 27-30;
4. Disposições finais: nomeação de Josué, cântico de Moisés, benção de Moisés e narrativa da
morte de Moisés: Dt 31-34;
➢ Percebe-se que o livro de Deuteronômio ao mesmo tempo que encerra o ministério de Moisés,
prepara o povo para a conquista e a vida em Canaã.
“Saberás, pois, que o SENHOR, teu Deus, é Deus, o Deus fiel, que guarda a aliança e a
misericórdia até mil gerações aos que amam e cumprem os seus mandamentos” (Dt 7:1-9).
➢ Qual, então, o papel da lei para o povo de Deus?
➢ A lei é a vontade de Deus para o seu povo. Porém, o fundamento da lei é a aliança firmada pelo
próprio Deus. Por meio da obediência de Cristo, é possível ao homem andar, confiado nos
méritos de Cristo, de acordo com a vontade de Deus (lei).
➢ Assim, a lei é um caminho de Deus proporcionado ao homem que já foi alvo da graça de Deus
(manifestada por meio da aliança) e não um caminho meritório, de conquista.
➢ O chamado de Josué é narrado no primeiro capítulo do livro. O próprio Deus repete a Josué o
que já havia dito anteriormente:
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Juízes
➢ O livro de Juízes narra o período após o estabelecimento do povo na região de Canaã até o
momento em que começa a se estabelecer a monarquia em Israel.
➢ Pode ser estruturado da seguinte maneira:
“Naqueles dias, não havia rei em Israel, cada qual fazia o que achava mais reto”
Jz 17:6; 18:1 e 21:25
Deus se ira
O juiz e sobrevém
morre a opressão
inimiga
Deus
levanta um O povo
juiz e dá clama
paz
Otniel – Sansão –
Eúde – libertação dos Débora e Baraque – Gideão – libertação Jefté – libertação dos libertação dos
libertação do rei moabitas (Jz 3:12-30) libertação dos dos midianitas amonitas filisteus (Jz 13-16)
da Mesopotâmia
cananeus (Jz 4) (Jz 6-8) (Jz 11)
(Jz 3:-11)
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Sansão: tipo de Cristo
❑ O que é uma tipologia?
➢ Pressuposto: continuidade entre os eventos narrados no AT e no NT (Heilsgechiste – história da salvação);
➢ Eventos são narrados na perspectiva promessa/tipo (AT) e antítipo (NT), ou seja, os eventos do AT são considerados como
“tipos/sombras” da realidade presente em Cristo Jesus;
➢ Tipologia não é alegoria: a tipologia pressupõe a continuidade histórica e teológica entre os dois testamentos. Quando é
verificada a tipologia, na verdade há identificação de uma correspondência histórica entre fatos ocorridos no AT e outros no
NT;
➢ Exemplos:
a) Adão, como tipo de Cristo (Rm 5:14);
b) Serpente de Bronze (Nm 21:4-9);
c) Davi, como tipo de Cristo (Ez 34);
➢ Em seguida, são narradas histórias que retratam o estado espiritual do povo de Israel e que ocorreram cronologicamente
durante o período dos juízes anteriormente descritos;