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Direito Penal III (Dos crimes contra a vida)

Por muito tempo, vigorou a divisão estabelecida pelo


Direito Romano (crimina publica e delicta privata).
Posteriormente surgiu o sistema de iniciarem as descrições
típicas com os crimes contra o Estado. Por influência canônica,
passaram a figurar nos códigos em primeiro lugar os crimes
contra Deus e a religião.

As classificações modernas com base na gravidade do


crime, tiveram origem a partir do séc. XVIII.

Merece ser destacado que o nosso código Penal é de 1940,


motivo suficiente para que seja estudada com olhos críticos,
visto que a sociedade, decorridos oitenta anos mudou
radicalmente.

Segundo os doutrinadores penalistas, o Código Penal deve


iniciar do bem jurídico mais importante para o menos
importante, tendo os crimes contra a pessoa, inaugurado a parte
especial. Vale destacar que essa colocação não implica o
estabelecimento de hierarquia entre as normas incriminadoras.

Pergunta: A vida é um direito absoluto??? A lei me


permite matar???
O direito à vida está consagrado no artigo 5º, caput, da
CF como direito fundamental do ser humano. (falaremos disso
com cuidado em aula)

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O Código Penal arrola quatro crimes contra a vida:

1) Homicídio

2) Participação no suicídio ou automutilação.

3) Infanticídio

4) aborto

Buscou assim, proteger integralmente o direito à vida do ser


humano desde a sua concepção, ou seja, previamente ao seu
nascimento.

(falaremos do início da vida intrauterina e da vida extrauterina).

Homicídio art.121, CP

Conceito: É a supressão da vida humana extrauterina praticada


por outra pessoa.

Cuida-se de um dos primeiros crimes conhecidos pela


humanidade, razão pela qual se sustenta que a história do
homicídio pode ser confundida com a própria história do direito
penal (GRECO, Rogério).

Quando ocorre a morte?

Após o advento da Lei 9.434/97 que dispôs sobre a remoção de


órgãos e tecidos e partes do corpo humano para fins de

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transplante e tratamento, adotou-se a morte encefálica como o
momento de cessação da vida. (art. 3º).

O homicídio simples, em regra, não é crime hediondo. Será assim


entendido, contudo, quando praticado em atividade típica de
grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente (Lei
8072/90, art.1, I, 1ª parte). Hipótese, entretanto, de difícil
configuração prática.

Características do homicídio em grupo de extermínio: Tia Dani


vai te contar na aula.

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