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Resenha 10

Perrow (1972), Thompson (1973), Chandler (1998) e


Woodward (1977)

Isabela Soares Vitor Torres

Em sua obra, Perrow aborda como o fato tecnológico influencia as organizações. Ele
analisa a matéria prima, de forma abrangente, que cada organização usa para su a
transformação em produtos ou serviços. Para o autor, a tecnologia participa todas as
etapas de uma organização, desde a aquisi o de material, capital, m o-de-obra,
distribui o , até a gest o dos neg cios. Ele não considera m quinas e equipamentos como
a tecnologia em si, elas s o apenas instrumentos-meios.
Ele apresenta duas dimens es para a tecnologia. A primeira refere-se ao grau em que
a mat ria-prima afeta de rotiniza o e a segunda a variabilidade dos est mulos
apresentados ao indiv duo, que induziria o mesmo em graus diferentes para analises que
exigiriam diversos graus de criatividade ou julgamento.
Na primeira Perrow usa da associa o entre organiza es com atividades rotineiras e
aus ncia desta. Estes dois est gios s o denominados de “rotina” e “n o-rotina,
respectivamente.
Já na segunda dimens o, a vari vel o grau de est mulos, ou oportunidades/
necessidades para a realiza o de pesquisas mentais. Os extremos foram denominados de
“craft” e de “engineering”. “Craft” significa, originalmente, a vis o de processos
elementares, mas onde h muitas oportunidades de aplicar a criatividade e realizar
julgamentos. J “engineering”, representa processos mais evolu dos, mas onde o trabalho
as oportunidades/necessidades de aplicar a criatividade e realizar julgamentos baixa.
No sistema “craft”, n o devem existir procedimentos gerais e nem grande quantidade
de requisitos excepcionais exigidos na produ o. O trabalhador precisa a todo momento
de criatividade e julgamento. Organiza es que se ocupem de projetos paisag sticos ou
instala es prediais, poderiam exemplificar este sistema.
Existem muitas exceções aos sistemas n o-rotineiro e não há etapas gerais que
exijam criatividade ou julgamento constantes. Organizações de P&D e clínicas de saúde
mental são bons exemplos. No entanto, problemas incomuns raramente ocorrem em um
sistema rotineiro. Existem muitas etapas, são específicas e praticamente todas seguem as
mesmas etapas. A tradicional linha de montagem, que segue a visão fordista, é uma boa
representação desse sistema. Existem muitas situações excepcionais em um sistema de
"engenharia" que exigem pouca criatividade e julgamento de soluções. Um exemplo desse
sistema é a área de reclamações de clientes.

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Como Woodward, Perrow aponta o impacto da tecnologia na definição de variáveis


estruturais em uma organização. Trata-se apenas da área de produção, mas sua localização
se aplica a todos os demais segmentos organizacionais. A posição apresentada pelo autor
representa um passo importante na análise do impacto da tecnologia na estrutura
organizacional, liderança e aspectos comportamentais.
A pesquisadora britânica Joan Woodward procurou usar sua pesquisa para identificar
o impacto da tecnologia na gestão de organizações no setor industrial.
Woodward constatou que algumas variáveis estruturais importantes estão diretamente
relacionadas à natureza da tecnologia na indústria em estudo. Após sua análise inicial, os
pesquisadores dividiram a organização em três grupos de acordo com o tipo de tecnologia
utilizada.
Primeiro Grupo: Tecnologia de Produ o Unit ria ou Sistemas de Pequenos Lotes
Segundo Grupo: Tecnologia de Produ o em Massa ou Sistema de Grandes Lotes
Terceiro Grupo: Tecnologia de Produ o de Processamento
Cada um dos grupos apresentou aspectos diferenciados quanto a manufatura de
produtos, sendo relevante o grau de automa o e padroniza o dos processos de
produ o. A Tecnologia de Produ o em Massa - TPM, est relacionada ao sistema
atrav s do qual os trabalhadores de montagem ou operadores de m quinas podem
desempenhar uma ou mais opera es no produto, vemos como um bom exemplo as
Montadoras de Autom veis. J na Tecnologia de Produ o de Processamento -TPP, o grau
de automa o ou de processo bastante elevado. As refinarias de petr leo ou as ind strias
de produtos qu micos representam de forma adequada este tipo de produ o.
Uma das constata es importantes de WOODWARD foi a de que o sucesso e
efic cia de uma organiza o correlacionava-se de forma significativa com a adequa o
entre a natureza da tecnologia empregada e a estrutura organizacional.
Em Thompson, é abordado o modelo de compartilhamento de conhecimento,
anteriormente descrito, supõe a existência de um processo que evidencia 4 elementos
básicos, análogos aos do processo de comunicação: a fonte do conhecimento, o
destinatário, o conhecimento a ser compartilhado, e o contexto em que o
compartilhamento de conhecimento ocorre. Esses elementos são descritos no item a
seguir.

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A comunicação possui quatro componentes básicos: fonte, receptor, mensagem e
veículo; não é um processo linear, mas circular; tem origem na fonte, passa pelo receptor
e retorna alterada à fonte

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