Você está na página 1de 18

Matrizes do Pensamento em Psicologia -

Existencia - Humanista

Você sabia que seu material didático é interativo e multimídia? Isso significa que você pode interagir com o conteúdo de diversas formas, a
qualquer hora e lugar. Na versão impressa, porém, alguns conteúdos interativos
ficam desabilitados. Por essa razão, fique atento: sempre
que possível, opte pela versão digital. Bons estudos!

Humanismo

Saber preliminarmente
NÃO é uma teoria psicológica específica, abrange uma variedade de teorias e técnicas psicoterápicas, como a
Gestalt-terapia,
a Abordagem Centrada na Pessoa, a Logoterapia e a Daseinsanalyse.

NÃO é sinônimo de existencialismo, a sua origem como movimento nos Estados Unidos, pelo contrário,
pende para o essencialismo. O existencialismo
é uma absorção posterior de filosofias europeias que
remontam ao início do século 20 e se expandem após a Primeira Guerra Mundial.

NÃO é uma negação total dos conhecimentos do behaviorismo (1ª força) nem da psicanálise (2ª força), e sim
dos seus determinismos.

3ª força
Movimento surgido nos Estados Unidos no final da década de 1950 para congregar psicólogos e
pesquisadores com pensamento alternativo ao determinismo ambiental do behaviorismo
e ao determinismo
inconsciente da psicanálise.

Foco no indivíduo, na sua pessoa, e na sua situação-presente.

Ênfase na vontade consciente, na autodeterminação e na autotranscendência, isto é, na capacidade humana


de ultrapassar seus condicionamentos e
ressignificar sua existência a partir da sua atualidade.

Alta estima da liberdade humana correlacionada à responsabilidade pessoal.

Fenomenologia

Ideia fundamental
A intenção é a determinação essencial da consciência.

NÃO existe consciência pura, em-si, TODO fenômeno psíquico, ou seja, toda consciência, se refere a um conteúdo,
pende em direção a um objeto,
que não precisa necessariamente ter realidade imanente, factual.

PORTANTO, a apreensão da verdade da consciência, isto é, do seu desvelamento, não está nela mesma tampouco
no objeto, está na relação intecional, ou seja, ativa, da primeira com
o segundo.

Edmund Husserl (1859 – 1938)

Natural da Prossnitz, na antiga Morávia (atual República Tcheca), então pertencente ao Império Austro-Húngaro,
descendente de judeus, radicado na Alemanha, o “pai da fenomenologia” antes de estudou
primeiramente
matemática e depois migrou para a filosofia.

Para Husserl o ponto de partida do conhecimento é a experiência concreta, as coisas existentes, os fatos, e a sua
chave é o modo como os fenômenos se apresentam à consciência , como
esta apreende as suas essências, os
seus elementos subjetivos irredutíveis.

Consciência que não deve ser confundida com ato racional. Anterior à percepção consciente há o ato pré-reflexivo.
Este é substanciados por uma síntese passiva de elementos sensórios e afetivos que chegam à consciência sem
que o sujeito se dê conta e que constituem o pano de fundo do ato intencional.

Fonte:

Disponível em https://bit.ly/2uBY8GR.

Objetivo
Conhecer as essências puras

A ciência fenomenológica pretende captar e descrever as vivências puras, o elementar da experiência, "voltar às
próprias coisas". Nisto, obviamente, ela não difere das outras ciências.

O que a diferencia é o seu método.

Método
Epoché

O caminho para a intuição eidética é por em suspensão, colocar entre parênteses, as opiniões preconcebidas, os
pressupostos filosóficos e mesmo as teorias científicas que não sejam apodíticas, indubitáveis, para
que o
fenômeno seja apreendido na sua imediaticidade à consciência.

Só permanecem e são tidos como certos, os dados que subsistirem às recorrentes investidas da epoché. 

Passado, presente e futuro


Uma abordagem humanista, especialmente de natureza fenomenológica, considera a temporalidade como uma
experiência dinâmica e fluída de integração do passado com o futuro.

No presente vivenciamos de modo articulado e constituinte as retenções e projeções. De modo articulado porque
o presente é o tempo do existir, do fazer acontecer, e constituinte porque é o tempo
de ressignificar e atualizar o
ontem, potencializar o hoje e alargar as possibilidades do amanhã.

Existencialismo

Princípio elementar
A existência precede a essência

O ser humano como indíviduo, como pessoa, faz e refaz a sua essência na sua existência. Não há uma
predeterminação natural quando ao seu modo de ser, não há uma essência fixa a ser procurada, há
uma
existência a ser assumida e construída.

O existencialismo pode ser teísta, agnóstico ou ateísta. Seja como for, o foco é o indivíduo, o drama de sua
existência incerta, impermanente e finita em busca de um sentido pra vida.

Diferenças

Essência
Existência

Aquilo que uma coisa é, o que diferencia um ente do É a historia humana do indivíduo concreto, seu modo
outro, a determinação do seu ser, a necessária de existir, suas escolhas, a autodeterminação do seu
atualização da sua potência para
o seu ser. 

desenvolvimento esperado.

Diferentemente da essência que corresponde


ao
Por exemplo, a essência de uma maçã é ser maça, plano ôntico, a existência correlaciona ao plano
não uva, de uma pedra é ser pedra, não rocha, de ontológico.

uma cadeira é servir de assento, de uma cama é servir


para
deitar, de uma semente é tornar seu fruto Por exemplo, quando falamos em sentimentos e
correspondente. 
emoções universais, em potencialidades inatas,
em
sinais e sintomas de uma psicopatologia, como a
Em relação ao ser humano, é essencial tudo aquilo depressão, a esquizofrenia e o transtorno de pânico,
que é comum à sobrevivência da sua espécie, estamos no plano ôntico. Já quando falamos do
universal a
um determinado fenômeno, ou seja, que sujeito que
vivencia tudo isso, de como ele lida e o
corresponde ao plano ôntico.
que faz e pode fazer disso, das respostas às suas
determinações, estamos no plano ontológico. 

Soren Kierkegaard (1813 – 1855)

Teólogo e filósofo, natural de Copenhage, na Dinamarca, Kierkegaard protesta contra a filosofia do alemão George
Hegel (1770 – 1831) que, segundo ele, reduziu o indivíduo a uma mera parte descartável de um sistema
dinâmico
e mutante que é a realidade.

O indivíduo concreto e singular é trazido para o centro da reflexão. Indivíduo que diferentemente dos animais é
superior a sua espécie, porquanto não governado por uma essência, isto
é, não está irremediavelmente sob o
domínio da necessidade.

A existência humana é uma possibilidade, são as escolhas do indivíduo. Entretanto, a possibilidade convive com a
ameaça do nada, da destruição, da aniquilação do ser, de onde surge a angústia,
a condição fundamental da
existência humana.

Fonte:

Disponível em https://cisn.co/3aJ7JMp.

Por outro lado, a angústia é também uma possibilidade de liberdade, de existência autêntica, quando,
impulsionado pela fé, o indivíduo reconhece de fato as ilusões e a finitude da existência e se aceita nas “mãos de
Deus”,
se entrega a sua graça.

Essa entrega ocorre quando o indivíduo com temor e tremor reconhece que diante de Deus nada está oculto, tudo
está posto à luz. Portanto, não há lugar para as aparências, todas as máscaras caem. Mas reconhece também
que
o amor de Deus o acolhe.

Quando essa entrega não ocorre, quando o indivíduo não se aceita nas “mãos de Deus”, ele está fadado, segundo
Kierkegaard ao desespero, a uma autodestruição impotente, a uma doença mortal.

Friedrich Nitzsche (1844 – 1900)

Filólogo e filósofo, natural de Röcken, um vilarejo do antigo Reino da Prússia, atualmente Lützen, na Alemanha, o
“filósofo do martelo” não existe um sentido intrínseco à existência, uma verdade eterna
e absoluta que dê conta
da realidade, e tampouco um fim para a história.

A vida é vontade cega e irracional. É trágica, mas pode também ser bela, não obstante todas as dores que ela
carrega, se a vontade de poder, ou seja, as forças instintivas que conquistas,
criam e proporcionam prazer,
prevalecerem sobre as forças domesticantes, que controlam o desejo.

Fonte:

Disponível em https://bit.ly/3aMRGx9.

Moral do senhor x Moral do escravo

A moral do senhor é a que afirma a força, a alegria e a saúde. Entendidas aqui como manifestações da vontade de

poder, das forças vitais.

A moral do escravo é a que nega a força, da alegria e da saúde. Daquele que esconde por trás da sua aparente

piedade, humildade e abnegação sua covardia e seu ressentimento com a vida.

Amor fati

É o amor de quem apesar de não tem nenhuma ilusão “na terra ou no céu”, mas aceita o mundo e o ama
vivendo com liberdade e coragem a sua vontade de potência. É a atitude de quem tem a moral do senhor,
uma moral
aristocrata.

Matrizes do Pensamento em Psicologia

Existencial-Humanista

Você sabia que seu material didático é interativo e multimídia? Isso significa que você pode interagir com o conteúdo de diversas formas, a
qualquer hora e lugar. Na versão impressa, porém, alguns conteúdos interativos
ficam desabilitados. Por essa razão, fique atento: sempre
que possível, opte pela versão digital. Bons estudos!

Karl Jaspers (1883 – 1969)

A grande contribuição para a psicopatologia do psiquiatra e filósofo alemão,


natural de Oldemburgo, foi centrar a abordagem no indivíduo, na totalidade
da sua pessoa. Num olhar fenomenológico compreender
a relação
consciência-mundo do sujeito que sofre.

Longe de negar a necessidade da ciência na terapêutica psicopatológica,


Jaspers está ciente da sua insuficiência em compreender a totalidade humana
e da sua incapacidade para conhecer o ser, de proporcionar um sentido
para
a existência. 

A ciência lida com os fatos, estuda os objetos, os entes concretos, e suas


teorias são sempre incompletas e passíveis de retificações e superações. A
Fonte: Disponível em filosofia se ocupa de clarear a existência.

https://bit.ly/37yvUuX. Acesso em 21
fev. 2020.

Martim Heidegger (1889 – 1976)

Para o filósofo alemão, o ser humano, é um Dasein, um ser-aí, uma presença


que se diferencia dos outros entes por indagar sobre o seu ser, por interpelar
a respeito do sentido da existência, e por poder-ser, isto é, escolher o seu
projeto, o seu modo de ser.

Ser-com-os-outros

O Dasein está sempre jogado numa situação concreta em que ele vive com os
outros. A sua possibilidade de atuar, de se apropriar do mundo, um conjunto
de utensílios, e de desvelar o seu ser é interdependente da
liberdade do
outro.

Ser-para-a-morte
Fonte: Disponível em
https://bit.ly/2Gt2kLO. Acesso em 21
O Dasein também está para a morte. A consciência da nulidade final de todos
fev. 2020.

os projetos humanos é fundamental para uma existência autêntica. 

Daseinsanalyse
Modalidade terapêutica fundamentada na filosofia de Heidegger, na sua hermenêutica fenomenológica. 

A Daseinsanalyse nasce como uma formulação crítica às propostas terapêuticas naturalistas, deterministas,
pretensamente científicas, que pensam poder explicar o comportamento humano supostamente patológico
rastreando sua rede de
causalidade até identificar os determinantes patogênicos e intervir eficazmente mediante
o emprego da técnica. 

É uma formulação crítica à objetificação do ente humano, ao ofuscamento do seu ser.

Pioneiros
Dois psiquiatras suíços se destacam como pioneiros da Daseinsanalyse. Ambos encontraram na filosofia de
Heidegger uma alternativa ao cientificismo e ao tecnicismo dominante na psiquiatria, que reduzia o ser humano a
um objeto.
Encontraram um substrato para construírem uma terapêutica na qual o foco não é a doença, os seus
sinais e sintomas, mas o sujeito adoecido, que temporaliza sua existência sofrida.

Ludwig Binswanger (1881 – 1966)

Duas noções heideggerianas fundamentam a clínica de Binswanger, balizam


sua compreensão do ser enfermo:

Projeto

O projetar-se, o existir, acontece no tempo presente, num horizonte histórico,


com suas limitações, mas também com possibilidades de atuação e de
ressignificação do
seu passado e de uma nova disposição para o futuro. 
Fonte: Disponível em
https://bit.ly/3aJgq9v. Acesso em 21
Cuidado
fev. 2020.

O ser das coisas do mundo, isto é, dos utensílios instrumentalizados para o projeto humano, equivale ao cuidado
dado a elas. E isso se estende para os entes humanos. Podemos favorecer
nossa liberdade ou limitá-la a depender
do modo como cuidamos das pessoas.

Medard Boss (1903 – 1990)

Tonalidades afetivas

Boss trabalha com duas tonalidades afetivas, ou seja, situações emotivas


fundamentais, que condicionam e são condicionadas pela intencionalidade
do ser-aí.

Angústia

Constitui a abertura do Dasein para o seu existir limitado pelo poder ser mais
próprio e insuperável da existência humana: a morte. Não confundi-la com o
medo da morte ou como tonalidade afetiva da
depressão. Diante da angústia
o Dasein pode se perder no anonimato da cotidianidade ou projetar a sua
liberdade.

Fonte: Disponível em
https://bit.ly/38GUFp4. Acesso em 21 Tédio

fev. 2020.

Situação emotiva fundamental na qual o Dasein se encontra num estado de


esvaziamento do tempo, o mundo se torna indiferente, nada atrativo para nele atuar e se projetar, pelo menos
além da cotidianidade. Em suma,
trata-se de um distúrbio da abertura para o mundo.

Jan Hendrick Van den Berg (1914 – 2012)

Psiquiatra e psicólogo holandês, também adepto da fenomenologia


heideggeriana, a chave para a compreensão dos estados perturbadores da
consciência, como a neurose, considerada por ele um dos dois polos da
psicopatologia, sendo
o outro a esquizofrenia, não está no passado, está no
futuro.

Embora o passado forneça as condições para a neurose, ela se origina da


perspectiva do sujeito de que o futuro apresenta condições inacessíveis ou
dificilmente acessíveis para sua adaptação social. Decorre da falta
de um
sentido histórico.

Fonte: Disponível em
https://bit.ly/37yC5PE. Acesso em 21
fev. 2020.

Jean-Paul Sartre (1905 – 1980)

Para o filósofo francês, natural de Paris, há duas categorias de entes:

Em-si

São as coisas existentes que não tem consciência de si, ou seja, os entes
naturais e artificiais, de essência pré-determinada. Em suma, o mundo que se
apresenta no que é necessário ou
contingente.

Para-si

O único ente para-si é o ser humano, pois só ele tem consciência de sua
existência. Consciência que não deve ser confundida com um objeto, uma
substância encapsulada.
Consciência é abertura para o mundo porque o ser-
Fonte: Disponível em para-si é também ser-para-o-outro.

https://bit.ly/2Rwb3mz. Acesso em 21
fev. 2020.
Liberdade

É o elemento constitutivo da consciência, da existência humana, é a liberdade. Não há determinismo, o ser


humano escolhe o que vai fazer daquilo que foi feito e é responsável pelo que faz. 

Má-fé

É a recusa, mediante racionalizações, em assumir a liberdade, a autoria da escolha. É querer tratar como inevitável
o que foi escolhido. Difere da mentira porque nesta há consciência do que é a verdade e uma intenção
de falseá-la
para o outro.

Merleau-Ponty (1908 – 1961)

Para este filósofo francês, a existência é ser-no-mundo, o fundo comum


constituído de modo dinâmico e inextrincável pelo fisiológico e pelo psíquico,
pelo qual a percepção atua
pelo poder de ação do corpo numa relação tensa
e criativa com o mundo. O espírito não utiliza a matéria, do qual não é
substancialmente distinto, mas se realiza por intermédio
dela no mundo,
num entrelaçar entre o físico, o psíquico e o social.

Diferentemente da reflexão, que é um voltar-se para si, o que requer um


desinvestimento no mundo, a percepção é um ato pré-reflexivo, que nasce
do engajamento no mundo.

Fonte: Disponível em
A liberdade é relativa, condicionada. Não há determinismo nem liberdade https://bit.ly/2uBY8GR. Acesso em 21
plena, porquanto somos seres históricos numa relação imbricada com o fev. 2020.

mundo. Há sim possibilidades de transformação com efeitos bilaterais.

Martin Buber (1868 – 1965)

Para o filósofo e teólogo judeu-austríaco, há duas atitudes humanas


fundamentais, duas palavras-princípio nas suas relações com o mundo:

Eu-Tu

Atitude imediata e dialógica. Uma relação de integração, de fusão de


horizontes, pré-reflexiva. O Eu é necessariamente uma pessoa, mas o Tu
pode ser
também um ente da natureza (o céu, as estrelas, o mar, um animal
etc.) um ente da arte (uma tela, uma música, um filme, uma peça de teatro
etc.) ou Deus.

Eu-Isso

Atitude mediata e objetivante. Uma postura objetivante. O Eu é egótico e o


Fonte: Disponível em Isso é um objeto a ser refletido, observado, manipulado,
instrumentalizado e
https://bit.ly/2RRm8O9. Acesso em 21 controlado.

fev. 2020.

Abraham Maslow (1908 – 1970)

Para o psicólogo estadunidense, filho de judeus russos, precursor da


psicologia humanista, o ser humano tem uma tendência inata para a
autoatualização. Ele carrega em si uma série
de potências para se tornarem
atos. Para que isso ocorra, porém, é necessário que uma série de
necessidades seja satisfeita.

As necessidades humanas se dispõe hierarquicamente, como numa pirâmide,


em sete níveis. Do mais baixo ao mais alto: fisiológicas,
segurança, sociais,
estima, cognitivas, estéticas e de autorrealização.

À medida que necessidades são satisfeitas, outras emergem. À medida que


necessidades deixam de ser satisfeitas elas voltam a preponderar na
motivação da
pessoa.

Fonte: Disponível em
https://bit.ly/2RuvNv2. Acesso em 21
fev. 2020.

Carl Rogers (1902 – 1987)

Para o psicólogo estadunidense, artífice da Abordagem Centrada na Pessoa


(ACP), o ser humano tem uma tendência natural para o crescimento, para a
atualização de suas
potencialidades.

Porém, o fluxo livre da tendência atualizante acaba sofrendo bloqueios


advindos da repressão e de sua não-aceitação do meio, que inibem a
espontaneidade da pessoa e a colocam num
estado de incongruência, ou
seja, de desintegração entre o seu eu e a experiência.

Para que a pessoa passe ou volte a funcionar num estado de congruência,


isto é, organísmico, natural, de acordo entre o seu eu e a experiência, é
preciso
que o terapeuta tenha a atitude de empatia, que se coloque no lugar
do cliente, seja sensível à sua condição, e tenha por ele aceitação
incondicional.

Fonte: Disponível em
https://bit.ly/30ZHxJd. Acesso em 21
fev. 2020.

Friederich Perls (1893 – 1970)

Psiquiatra e psicoterapeuta alemão de ascendência judia elaborou


juntamente com sua esposa a gestalt-terapia.

Gestalt é uma palavra alemã sem tradução cujo significado aproximado é


“dar uma nova configuração”, o que supõe uma consciência ativa e criativa.

O ser humano para a gestalt-terapia é um todo indivisível, biológico, psíquico


e social, e dinâmico. Suas experiências acontecem no campo
organismo/ambiente.

Fonte: Disponível em
Campo que não deve ser entendido como uma soma de organismo mais
https://bit.ly/30Xmwi8. Acesso em 21
ambiente, e sim como uma interação entre forças com múltiplos potenciais
fev. 2020.

de transformação mútua.

Fronteiro de contato

É no campo organismo/ambiente que se estrutura o contato, na fronteira entre o eu – não-eu, o conhecido-


desconhecido, o familiar-estranho.

Ajustamento criativo

O contato demandará uma resposta de ajustamento e criação. O ajustamento está ligado à tendência do
organismo a se autorregular, a se reequilibrar no campo energético após o contato – que provoca um
desequilíbrio de forças.

Já criação está ligada à capacidade do organismo transformar o campo no sentido de poder atuar com mais
liberdade e espontaneidade.

Embora o processo seja denominado de ajustamento criativo, o ajustamento não implica necessariamente numa
criação.

Jacob Levy Moreno (1889 – 1974)

Psiquiatra romeno, de ascendência judia, que emigrou para Áustria e depois


para Estados, Moreno é o “pai do psicodrama”, teoria e método baseado no
teatro aplicado à terapia de grupo.

O objetivo do psicodrama é facilitar o contato da pessoa, através da atuação


dramática, com o seu corpo, a sua sensibilidade, e desobstruir o fluxo natural
de sua espontaneidade e
de sua criatividade.

A maior ou menor espontaneidade e criatividade da pessoa vai depender da


qualidade de sua matriz de identidade. Esta rede relacional é formada pela
família e acrescida por
outras referências que tecem o pano de fundo pelo
qual a pessoa percebe o mundo e a si mesma, e desempenha os papeis
atribuídos a ela e os que foram escolhidos por ela.
Fonte: Disponível em
https://bit.ly/38BeYnU. Acesso em 21
fev. 2020.

Viktor Frankl (1905 – 1997)

Para o psiquiatra judeu austríaco, sobrevivente de campo de concentração


nazista, criador da logoterapia, a essência da existência humana é a
responsabilidade, isto é , responder à vida.

O papel do logoterapeuta é ajudar a pessoa a enxergar por ela mesma o


mundo e escolher pelo que, perante o que ou quem ela é responsável.

A qualidade da opção dependerá da pessoa encontrar um sentido para


orientar a sua vida. Eis a causa da neurose, a incapacidade do ser humano
Fonte: Disponível em
encontrar um significado para o seu existir.

https://bit.ly/315WBVG. Acesso em 21
A busca de sentido, não a busca do prazer, é a principal força motivadora do fev. 2020.

ser humano. Sentido, porém, que não será encontrado dentro da própria pessoa. Será encontrado no mundo,
na
entrega a uma causa superior a ela ou a um ser supremo.

Matrizes do Pensamento em Psicologia –


Existencial-Humanista

Psicologia existencial

Você sabia que seu material didático é interativo e multimídia? Isso significa que você pode interagir com o conteúdo de diversas formas, a
qualquer hora e lugar. Na versão impressa, porém, alguns conteúdos interativos
ficam desabilitados. Por essa razão, fique atento: sempre
que possível, opte pela versão digital. Bons estudos!

Nesta webaula, estudaremos alguns conceitos fundamentais à psicologia, como consciência, saúde, doença,
angústia, solidão, medo, vazio, culpa, escolha, liberdade, responsabilidade, autenticidade e morte.

Consciência

A propriedade fundamental da consciência é a intencionalidade.

Compreenda melhor esse conceito com base nas definições a seguir:

A consciência não é pura, é consciência de algo ou alguém, em relação com o mundo, sempre em relação
com o mundo.

A consciência não é um receptáculo passivo, uma tela na qual se projetam impressões, ela é ativa, intencional
e doadora de sentido.

A consciência não é uma substância fixa, ela é um fluxo dinâmico e temporal. 

A consciência não é sinônimo de racionalidade, ela é uma unidade dinâmica que abrange fenômenos pré-
reflexivos (vivências de fundo) e reflexivos.

Temporalidade e espacialidade

Tempo e espaço existem como realidades físicas e existenciais, objetivas e subjetivas, que se entrelaçam de modo
dinâmico.

TEMPO OBJETIVO

Existe um tempo objetivo que se sucede em horas, dias e anos, demarcando presente e passado.

ESPAÇO OBJETIVO

Existe um espaço objetivo que se constitui como substrato material de atuação dos entes.

TEMPO SUBJETIVO 

Existe um tempo subjetivo que percebe o tempo objetivo como mais curto ou mais longo, que o ser atua no
presente articulando o passado e o futuro como ampliadores ou limitadores do seu existir.

ESPAÇO SUBJETIVO 

Existe um espaço subjetivo que se constitui na apropriação que fazemos do espaço objetivo, na maneira
como transitamos nele.

Saúde e doença

Estar saudável e estar doente são modos de ser relacionados, respectivamente, à liberdade e à privação da
consciência-mundo.

“A essência fundamental do homem sadio caracteriza-se precisamente pelo seu poder de dispor, livremente, do conjunto de
possibilidades de relação que lhe foi dado manter com o que se lhe apresenta na abertura livre de seu mundo.
[...] A
essência de todos os sofrimentos humanos fundamenta-se no fato de que a pessoa perdeu a capacidade de se decidir
livremente acerca de suas possibilidades de comportamento normal.


— (BOSS, Medard. Angústia, culpa e libertação: ensaios de psicanálise existencial. 3. ed. São Paulo: Duas Cidades, 1981) 

Angústia

Se a essência não determina a existência, o ser humano escolhe o que faz e é responsável por isso. 

“A situação emotiva que pode manter aberta a constante e radical ameaça que incumbe sobre o si-mesmo – ameaça que
provém do mais próprio e isolado ser do ser-aí – é angústia. Nela o ser-aí se encontra diante do nada diante da
possível
impossibilidade da própria existência. A angústia se angustia por causa do poder-ser do ente assim constituído, e abre de
tal modo a sua possibilidade extrema. Como a antecipação isola totalmente o ser-aí e nesse
isolamento faz com que ele se
torne certo da totalidade do seu poder-ser.


— (HEIDEGGER, Martin. Ser e tempo. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 2011) 

Sartre (2012) destaca que, para os existencialistas, o homem é angústia. 

“O existencialista declara frequentemente que o homem é angústia. Tal afirmação significa o seguinte: o homem que se
engaja e que se dá conta de que não é apenas aquele que escolheu ser, mas também um legislador que escolhe
simultaneamente a si mesmo e a humanidade inteira – e não consegue escapar de sua total e profunda responsabilidade. É
fato que muitas pessoas não sentem ansiedade, porém nós estamos convictos de que essas pessoas mascaram
a
ansiedade perante si mesmas, evitam encará-la.


— (SARTRE, Jean-Paul. O existencialismo é um humanismo. 4. ed. Petrópolis: Vozes, 2012) 

Solidão

A solidão é um dos elementos constituintes do ser humano, sua condição original e final.

“A solidão é o fator essencial da psiquiatria. Se a solidão nunca existisse na existência humana, poder-se-ia admitir que os
distúrbios psiquiátricos seriam desconhecidos, com excessão de algumas doenças causadas por defeitos
anatômicos ou
fisiológicos do cérebro. [...] Alienação, isolamento e solidão, e tudo o mais que nesta triste sequência possa ser expresso
pela palavra distância [...] tudo isso não existe em si ou por si, mas se mostra
na realidade do ambiente; na realidade dos
objetos, na realidade das relações humanas e nas realidades do corpo e do tempo. Tudo está relacionado, nada surgiu em
primeiro lugar.


— (VAN DEN BERG, J. H. O paciente psiquiátrico. Campinas: Livro pleno, 2000) 

Medo

O medo como atitude existencial é o fechamento para uma existência autêntica, é um sucumbir à banalidade.

Segundo Heidegger (2011), “Temor é a angústia imprópria, entregue a decadência do ‘mundo’ e, como tal, angústia
nela mesma velada”.

Para Sartre (2007), 

“Em primeiro lugar, há de se dar razão a Kierkegaard: a angústia se distingue do medo porque medo é medo dos seres do
mundo, e angústia é angústia de mim mesmo. A angústia é vertigem na medida em que tenho medo, não de cair
no
precipício, mas de me jogar nele. Uma situação que provoca medo, pois ameaça modificar de mora a minha vida e meu ser,
provoca angústia na medida em que desconfio das minha reações adequadas a ela.


— (SARTRE, Jean-Paul. O ser e o nada. 15. ed. Petrópolis: Vozes, 2007) 

Vazio

Sentimento de ausência de sentido para a vida.

“O vácuo existencial se manifesta principalmente num estado de tédio. [...] Existem ainda diversas máscaras e disfarces sob
os quais transparece o vazio existencial. Às vezes a vontade de sentido frustrada é vicariamente compensada
por uma
vontade de poder, incluindo a sua mais primitiva forma, que é a vontade de dinheiro. Em outros casos, o lugar da vontade
de sentido frustrada é tomado pela vontade de prazer. É por isso que muitas vezes a frustração
existencial acaba em
compensação sexual. Podemos observar nestes casos que a libido sexual assume proporções descabidas no vácuo
existencial.


— (FRANKL, Viktor. Em busca de sentido. São Leopoldo: Sinodal, 1985) 

Culpa

A culpa pressupõe uma possibilidade de atuação e uma consciência de impropriedade e débito pelo ato. 

“Para Sartre (2007), “É diante do outro que sou culpado. Culpado, em primeiro lugar, quando, sob seu olhar, experimento
minha alienação e minha nudez como um decaimento que devo assumir”. Já para Boss (1981), “Quase todos os
que


procuram o psiquiatra estão intimamente corroídos, declaradamente ou veladamente, pela angústia e pela culpa.”

Morte

A morte é paradoxalmente uma certeza e uma possibilidade que pode qualificar a existência. 

“Em sua qualidade de poder-ser, o ser-aí não pode superar a possibilidade da morte. A morte é a possibilidade da pura e
simples impossibilidade do ser-aí. Assim, a morte se revela como a realidade mais própria, incondicionada
e insuperável.


— (HEIDEGGER, Martin. Ser e tempo. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 2011) 

Para Frankl (1985), 


Nunca me canso de dizer que os únicos aspectos realmente transitórios da vida são as potencialidades; porém no
momento em que são realizadas, elas se transformam em realidades; são resgatadas e entregues ao passado, no qual
ficam a salvo e resguardadas da transitoriedade. Isto porque no passado nada está irremediavelmente perdido, mas está
tudo irrevogavelmente guardado. Sendo assim, a transitoriedade da nossa existência de forma alguma lhe
tira o sentido.
No entanto ela constitui a nossa responsabilidade, porque tudo depende de nos conscientizarmos das possibilidades
essencialmente transitórias. O ser humano está constantemente fazendo uma opção diante da
massa de potencialidades
presentes; quais delas serão condenadas ao não-ser, e quais serão concretizadas? Qual opção se tornará realidade de uma
vez para sempre, imortal “pegada nas areias do tempo”? A todo e qualquer momento
a pessoa precisa decidir, para o bem
ou para o mal, qual será o monumento de sua existência.


— (FRANKL, Viktor. Em busca de sentido. São Leopoldo: Sinodal, 1985) 

Escolha, liberdade e responsabilidade

Se a essência não determina a existência, o ser humano escolhe o que faz e é responsável por isso. 

“Há um campo de liberdade e uma 'liberdade condicionada', porque tenho possibilidades próximas e distantes.

A escolha de vida que fazemos tem sempre lugar sobre a base de situações dadas e possibilidades abertas. [...]
Sou uma
estrutura psicológica e histórica. Recebi uma maneira de existir, um estilo de existência. Todas as minhas ações e meus
pensamentos estão em relação com essa estrutura. No entanto, sou livre, não apesar disto ou
aquém dessas motivações,
mas por meio delas, são elas que me fazem comunicar com minha vida, com o mundo e com minha liberdade.


— (MERLEAU-PONTY, Maurice. Fenomenologia da percepção. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999) 

Autenticidade e inautenticidade

O ser autêntico é quem se apropria da sua existência e a transcende para além da banalidade. E o ente que nega o
não-ser.

Segundo Heidegger (2011), “A inautenticidade caracteriza um modo de ser em que o ser-aí pode extraviar-se e, no
mais das vezes se extraviou – mas no qual não é obrigado a se extraviar necessária e constantemente”. 

Boss (1981), por sua vez, defende que “A coragem pode enfrentar a angústia. Onde não há angústia a ser
superada, não é preciso coragem. Mas onde reinam o amor, o estar-abrigado, e a confiança toda angústia pode
desaparecer." 

“Não procurem o sucesso. Quanto mais o procurarem e o transformarem num alvo, mais vocês vão errar. Porque o sucesso,
como a felicidade, não pode ser perseguido; ele deve acontecer, e só tem lugar como efeito colateral de uma
dedicação
pessoal a uma causa maior do que a pessoa, ou como subproduto da rendição pessoal a outro ser.


— (FRANKL, Viktor. Em busca de sentido. São Leopoldo: Sinodal, 1985) 

Esperamos que você tenha conseguido refletir sobre os conceitos trabalhados nesta webaula e que esteja
motivado a procurar outras referências sobre esses temas tão importantes à psicologia.

Matrizes do Pensamento em Psicologia –


Existencial-Humanista

Você sabia que seu material didático é interativo e multimídia? Isso significa que você pode interagir com o conteúdo de diversas formas, a
qualquer hora e lugar. Na versão impressa, porém, alguns conteúdos interativos
ficam desabilitados. Por essa razão, fique atento: sempre
que possível, opte pela versão digital. Bons estudos!

Nessa weba aula vamos analisar os seguintes alguns pontos da abordagem humanista-existenciais por parte do
profissional de psicologia:

Cliente, pessoa e vínculo terapêutico.

Objetivos das psicoterapias.

Método fenomenológico.

Testes, entrevistas e sondagens.

Avaliação psicológica.

Atendimento infantil.

Psicossomática.

Psicopatologia.

Cliente, pessoa e vínculo terapêutico

Considerar o cliente como um ser em movimento, indivisível e histórico.

As abordagens humanistas, tanto as existencialistas como as essencialistas, são críticas da atitude


terapêutica de neutralidade, distanciamento e impessoalidade.

Aproximar-se do mundo do outro sem se perder nele.

Empatia, aceitação, diálogo, confronto e responsabilização.

Objetivos

São objetivos da terapia humanista e existencial:

Terapia humanista 

Terapia existencial 

Método fenomenológico

Suspender previamente as predeterminações teóricas e as categorias universais na abordagem do fenômeno


para que não seja comprometida a singularidade do sujeito-experiência.

Transcender as explicações causais e os psicologismos.

Descrever a vivência do outro, não explicá-la.

Captar a essência da experiência, do vivido, como o fenômeno se manifesta à consciência e como o sujeito o
Capta a essê c a da e pe ê c a, do do, co o o e ô e o se a esta à co sc ê c a e co o o suje to o
articula.

Testes, entrevistas e sondagens

Na utilização de testes, para quem julgar necessário sua utilização, deve observa os seguintes parâmetros:

Devem ser “meios” de compreensão do campo fenomenal e não instrumentos de


classificação e definição em categorias psíquicas.

 

Avaliação psicológica

O psicodiagnóstico fenomenológico-existencial não se funda numa lógica explicativa, mecânico causal, mas sim
compreensiva. Ou seja, o fenômeno não é visto como resultante de fatores causais que evoluíram dentro de
determinado curso
e que requerem uma determinada intervenção e um direcionamento apontado pelo
profissional para que o sintoma seja removido.

O fenômeno é visto de modo compreensivo, isto é, busca-se o sentido do modo de ser do sujeito, seus
motivos e moventes para agir de determinada maneira diante de determinada situação, e o profissional, com
ele, dialogicamente,
trabalha possibilidades de ser que façam sentido para o sujeito.

Atendimento infantil

Suspender todo "diagnóstico" feito pela mãe, pelo pai, pela professora e outros a respeito da criança.

Testes projetivos e expressivos, desenhos – espontâneos e estimulados – e sessões lúdicas são métodos
comuns também às abordagens humanista-existenciais.

O desenho, por exemplo, não é a projeção do mundo interno da criança no papel; é o prolongamento do seu
mundo total, tal como ele é percebido pela sua corporeidade.

Assim como no atendimento a adultos, o foco não é o sintoma, mas a totalidade, e o objetivo não é o
ajustamento a um determinado padrão, mas a ampliação da liberdade e da responsabilidade.

“Junto à criança, o profissional não assumirá no lugar dela o seu cuidado, ou seja, a responsabilidade pelo seu existir. E
assim, desprovido de um modo de pensar como naturalmente se pensa, o psicólogo pode questionar o que naturalmente
se toma como verdade pronta e acabada. Nisso consiste o seu ofício. E, ao assumir um posicionamento fenomenológico, o
clínico estará sempre presente e, ao mesmo tempo, deixando parecer à criança que ele está ausente. Desta
forma, permite
que a criança, entregue a si mesma, o mais demoradamente possível, possa ter uma experiência de permanecer consigo
mesma e, assim, desvele-se no seu caráter de ter de cuidar de si e poder-ser.


— Ana Maria Lopez Calvo de Feijoo

Psicossomática

Nem psicossomática nem somatopsíquica. Todo sofrimento é conjugadamente psíquico e somático,


comprometedor da abertura do ser.

Corpo e psique não são fenômenos separados, substâncias distintas que podemos isolar uma da outra para
um estudo particularizado; são dimensões de uma mesma estrutura ontológica.

A corporiedade transcende a epiderme, ultrapassa sua extensão material, envolve os seus direcionamentos
para e com o mundo, aproximando-se ou se distanciando dos entes, a ordenação da sua espacialidade.

Psicopatologia

“O existente com perturbação mental experimenta frequentemente um impasse em relação projetos e modos de ser: não
consegue realizá-los nem consegue abandoná-los. A psicopatologia surge quando o projeto se desvia da intenção, quando
a realidade da história (projeto histórico) se desvia ou afasta do projeto existencial. [...] A psicopatologia caracteriza-se
essencialmente por uma existência limitada, tematizada e bloqueada. Limitada e aprisionada, porque
afastada dos seus
valores e da sua possibilidade de auto-afirmação. O individuo não experimenta a sua existência como uma realidade. 

Tematizada pelo seu passado, na medida em que o individuo continua a viver em função
de uma identidade e
características que já não são as presentes. Bloqueada no seu desenvolvimento, porque não consegue projetar-se no
devir."


— José Carvalho Teixeira

Assim finalizamos a apresentação dos pontos principais da abordagem humanista-existenciais da psicologia.  

Você também pode gostar