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2021-2022
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Índice
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Aulas Teóricas
Metodologia da Investigação
Ou seja, temos uma ideia e pensamos: “como poderei operacionalizá-la?” Devemos perceber qual a
melhor ferramenta / instrumento porque as conclusões que retiramos dependem muito dos métodos que
utilizamos, ou seja, devemos encontrar meios para traduzir numa ação concreta uma ideia/objetivo do
investigador.
Em Psicologia existe uma preocupação dos investigadores: “Como é que eu vou medir? Como
medir, por exemplo, distúrbios psicopatológicos/resiliência/autoestima/autoconceito?” Se não
houver instrumento na literatura para uma determinada medição, o investigador tem de
pensar... Metodologia faz o estudo dos meios para traduzir de forma concreta as ideias do
investigador, ou seja, para traduzir em ações mensuráveis as suas ideias.
O investigador inicia o seu percurso no mar da teoria, onde está a baía da literatura (motores
de busca de artigos científicos, por exemplo) e vive na cidade da esperança, pois imagina o que
é que vai encontrar/descobrir com o seu estudo e a sua contribuição para o avanço do
conhecimento científico. Para tal, é necessário enfrentar a selva da autoridade (muitas vezes
tem uma ideia, mas tem de a partilhar / contrastar com o orientador, tutor, etc.). Quando passa
esta selva da autoridade já caminha para a definição do problema (na metodologia da
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investigação uma ideia é considerada um “tesouro”, porque é inicialmente muito difícil encontrar
algo que seja novo, que não tenha sido já estudado). Deve ser criada uma especificidade que
distingue o processo de investigação dos demais e que, ao mesmo tempo, acrescente algo de
novo e relevante à ciência - estas questões de investigação muitas vezes não surgem aos
investigadores (falta de ideias).
Depois passa para o pináculo dos dogmatismos - remete para o cume da ilha. O dogmatismo
não aceita a discussão. A mina do acaso, o desfiladeiro, o cume, pilha de hipóteses naufragadas,
deserto sem fundos, planície e pântano
são símbolos que espelham a necessidade
de uma postura de humildade
(compreender as lacunas, saber que o que,
ao foi feito, algo pode ser acrescentado /
melhorado, que existem sempre
limitações).
De seguida vem a hipótese de
investigação. Esta é uma ideia, uma
possível resposta. Tem sempre subjacente
a preposição “se... então”, Ex: “se
investigar isto, então eu vou encontrar
aquilo”. Quando se tem uma previsão
sobre aquilo que os dados vão dar já se
está em posição de argumentar, analisar,
interpretar e, sobretudo, de criar todas as condições a nível metodológico para pôr em prática
as ideias do investigador. Para haver investigação, é preciso dinheiro. A entidade que financia
em Portugal é a FCT (Fundação para a Ciência e Tecnologia). Posteriormente realiza-se o desenho
da investigação, ver as etapas da investigação científica, técnicas a utilizar, recolhe-se os dados,
analisa-se e chega-se à mina da serendipidade. Às vezes verifica-se que os dados recolhidos
apontam no sentido oposto ao que a hipótese previa e entra-se em desespero. No entanto, é
importante perceber e interpretar os resultados da base de dados e analisar o que se tem. Pode-
se encontrar algo como uma correlação elevada e a tendência é para formar toda uma teoria
em relação àquele dado que foi encontrado por acaso. Cuidado!! NÃO se deve fazer isto: deve-
se voltar à literatura e ver qual é a sustentação teórica acerca do resultado encontrado e ver
muito bem os testes estatísticos que vão ser utilizados, daí a ligação entre estatística e
Metodologia. Estatística recorre a Metodologia para concretizar a melhor opção. Muito mais
do que olhar e ver se existem diferenças significativas deve-se olhar para a magnitude do efeito,
mais do que se a diferença é estatisticamente significante ou não.
Depois passa a Selva da Análise de Dados e as Hipóteses que são descartadas quando não
consegue validar a hipótese prévia, o que pode provocar confusão mental: “Para onde é que eu
vou??”. Até que atravessa para a produção científica e publica os resultados, atravessando o
deserto da incerteza, por não saber se os revisores estão de acordo com os resultados e
discussão que é proposta, e se estes farão a publicação. Depois regressa à Baía da Literatura
novamente. Este é um processo circular e em espiral.
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• O investigador move-se constantemente entre as águas da teoria e da experiência,
aceita o confronto com o real, não fica a contemplar-se narcisicamente no “espelho
das ideias feitas”.
o O objetivo de um investigador não consiste em confirmar a hipótese alternativa,
mas em enfraquecer a hipótese sob investigação (a hipótese nula).
• A investigação é um processo em espiral. Partimos da baía da literatura onde desagua
o rio das palavras, e é lá que voltamos se conseguirmos atravessar incólumes o “delta
dos editores”.
o O processo é um produto inacabado, está sempre em aberto: todas as soluções
são provisórias, não havendo lugar para a extinção de problemas (K. Popper).
o A resolução de um problema é, simultaneamente, a sua reformulação ou o
ponto de partida para o equacionar de um novo problema.
• As diversas fases do processo, ainda que ordenadas, não constituem um ciclo
imutável, pois existem desvios (descobertas casuais; ter que reescrever o trabalho;
procurar novos dados; reformular hipóteses; redefinir problemas). Existem
igualmente caminhos paralelos que não conduzem a lado nenhum.
• A ciência não é socialmente neutra: é necessário quem financie os projectos de
investigação e de publicação. A “Direção” da investigação é socialmente determinada.
• A ciência é conflitual: há que travar batalhas decisivas na “selva da autoridade”. Do
confronto dos paradigmas ao confronto de interesses simbólicos e materiais no seio
da própria comunidade científica.
o Na comunidade científica existe uma hierarquia de objetos de estudo, hierarquia
dos graus académicos e do prestígio da instituições mas, principalmente, a
dependência das estratégias destinadas a assegurar o financiamento dos
projetos de investigação tanto no interior da comunidade científica como na
sociedade política.
• A ciência é prazer, mas também é paciência. É imaginação, mas também é trabalho. E,
por último, é bom lembrar que a ciência deve subordinar-se à vida e não o inverso.
o A ciência não é uma atividade desinteressada nem socialmente neutra. Contudo,
a validação das hipóteses não dispensa o rigor, a paciência, a disponibilidade
quase ilimitada para o trabalho empírico e a capacidade de resistir às diversas
formas de policiamento epistemológico.
o É importante perceber que as relações entre a ciência e a sociedade não são
unidirecionais: se os interesses sociais dominantes geram pressões para que a
ciência os legitime, esta pode e deve contribuir para a superação de iniquidades
e para a criação de condições de bem-estar e desenvolvimento.
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Etapas do Processo de Investigação Científica
O investigador não pode aceitar como verdade absoluta toda a produção científica que está feita
e tudo o que está escrito. É importante pensar a investigação a nível de temporalidade e local
de onde provém. Em metodologia, um problema é um tesouro, pois é a partir dele que
conseguiremos formular hipóteses, que terão de ser testadas.
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c. A interpretação dos resultados é a ação mais complexa. Se não encontramos
diferenças estatisticamente significativas relativamente aos dois grupos, ou os
resultados surgem ao contrário ao que era expectável (hipótese) teremos de ter
a humildade de dizer que a hipótese não foi corroborada (não teve suporte
estatístico) e ver se a não corroboração dos resultados se deveu a um erro do
investigador, a falta de atenção dos participantes, se deveu a pouca clareza das
instruções que foram dadas, perceber que tipo de amostra e as suas
caraterísticas (quais as circunstâncias daquela amostra) e procurar encontrar
uma interpretação o mais sensata possível dos resultados que temos. Não
podemos inventar resultados, mas procurar uma interpretação fiável dos
mesmos.
5- Redação e publicação do relatório.
a. Já há revistas especializadas em publicar resultados não significativos. Editores
e revisores têm de emitir um parecer positivo para que qualquer artigo seja
publicado. Quando há algum problema no desenho do estudo, o artigo é
rejeitado.
b. Normalmente ninguém publica artigos sem resultado significativo, ou porque o
investigador coloca os artigos “na gaveta”, ou por serem rejeitados, mas a
ciência deveria ser neutra!
c. É muito bom que haja este tipo de publicação, porque é importante valorizar os
resultados negativos e dá-los a conhecer.
A investigação não é socialmente neutra. Ela é financiada, logo estão subjacentes um conjunto de fatores,
entre eles, o interesse político. Há muitas influências políticas e ideológicas no sentido de facilitar a
investigação que esteja em acordo com determinada visão). O que deveria determinar a prioridade dos
financiamentos da investigação era o impacto que tem no bem-estar das pessoas, mas tal não acontece.
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uma lei geral, porque as leis gerais são generalizações (não podemos instituir o
estatuto de lei porque a sociedade e o ser humano está em constante evolução).
• Aqui estabelecemos preferência entre teorias concorrentes. Tomamos a opção entre
teorias concorrentes (Ho e H1). Rejeitamos Ho e aceitamos H1.
• O modelo atual da ciência é o modelo Popperiano, a partir do qual deduzimos teorias
que serão válidas até que surja uma nova teoria que se mostre mais válida!
Leis gerais tendem a se cristalizar, Popper prefere estabelecer a preferência entre teorias concorrentes, o
que leva a outro problema (espiral).
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Efeito da severidade na iniciação na atração por um grupo
Variáveis:
• Tecnicamente, uma variável é um atributo que pode assumir diferentes valores entre
os membros de uma classe de sujeitos ou acontecimentos, mas que assume apenas um
valor para cada membro dessa classe num determinado momento (Aronson et al., 1990,
p.13)
• São coisas que nós medimos, controlamos ou manipulamos na investigação. Podem
diferir em múltiplos aspetos, mais precisamente no papel que lhes é dado na
investigação e no tipo de medidas que lhes podem ser aplicadas
• Numa hipótese normalmente está subjacente a relação entre as duas variáveis que são
características ou atributos que podem tomar diferentes valores e categorias.
• A variável dependente (VD) é definida como aquela que o pesquisador tem interesse
em compreender, explicar ou prever e que sofre o efeito esperado da variável
independente. Corresponde ao fenómeno que se pretende explicar ou descobrir no
estudo e que é determinado pela variável independente.
• A variável independente (VI) é designada como aquela que, segunda a crença, causa
influencia ou influencia a variável dependente. Numa pesquisa experimental, a
variável independente é manipulada pelo investigador com a finalidade de estudar os
seus efeitos na variável dependente.
Variáveis de controlo:
• Variáveis que eu meço para conseguir apurar a sua influência na variável dependente e
circunscrever essa influência.
• É importante conhecer estas variáveis para determinar a influência na variável
dependente, para perceber também a influência da VI na VD.
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“O ponto de partida da investigação nunca é a observação ingénua do real.…”. Esta
observação não permite avançar no conhecimento científico. O ponto de partida da investigação
deve ser a problematização, a capacidade de colocar uma questão de afirmação testada sob
condições de controlo. Foi o que foi feito nesta investigação abaixo.
A hipótese de investigação é: quanto maior for a severidade de iniciação nos rituais maior será
a atração ao grupo!
Cover Story
• Encenação da investigação, para que esta seja mais credível e plausível aos
participantes.
• Tem de estabelecer condições para o investigador poder injetar/manipular as VIs
(supostas CAUSAS da investigação; aquilo que causa modificações na VD) mas também
medir as VDs.
• Tem de permitir controlar 2 coisas: fatores classificatórios e pseudofatores.
Fatores classificatórios:
• Atributos individuais do participante
• Variáveis organísmicas do participante (caso não seja uma pessoa, questões de
organização e estrutura)
• Fatores de personalidade
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• Fatores sociodemográficos – idade, etnia, sexo, profissão, entre outros; dos sujeitos
(unidades experimentais).
Uma das formas de controlar os fatores classificatórios é fazer uma distribuição dos
participantes da investigação pelas diferentes condições experimentais.
• Cada condição experimental corresponde a um nível da variável independente (que é a
variável que vamos manipular para saber se as diferenças de cada condição
experimental se vão reverter em diferenças).
Os fatores classificatórios diferem consoante o tipo de investigação. Quando fazemos investigações sobre eficácia
de determinados programas educativos, nomeadamente no ensino da leitura, no ensino da matemática, entre outros,
há uma variável que devemos controlar, e essa variável é a inteligência, por exemplo.
Segundo os autores, havia um fator classificatório que poderia influenciar a atração do grupo:
a motivação. era importante controlá-lo e isso fez-se distribuindo os sujeitos aleatoriamente
pelas condições experimentais.
• Como o tema era Psicologia do Sexo, poderia haver um conjunto de pessoas mais
motivadas que outras para o interesse na área e isso depende da história de vida de cada
um e das suas vivências.
• Por isso mesmo os autores fizeram o controlo desse fator classificatório (motivação),
realizando distribuição aleatória dos sujeitos pelas condições experimentais. Os sujeitos
foram assim destinados aleatoriamente a cada uma das 3 condições experimentais.
Houve uma Homogeneização os grupos ao nível dos fatores classificatórios.
Sempre que há aleatorização dos sujeitos, está reunida uma condição fundamental para a
investigação ser experimental (a outra condição é haver manipulação das Vis).
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Níveis da Variável Independente (VI):
Nível 1: Aos participantes que estavam no grupo de controlo não foi requerida qualquer
leitura antes da exposição em grupo.
Nível2: os outros participantes sim, nomeadamente um teste de embaraço. Estabeleceu-se nesta
Cover Story a condição para introduzir alguma severidade de iniciação. O investigador dá uma lista à estudante onde
constam 5 palavras relacionadas com sexo, mas não consideradas obscenas. A tarefa era fazer essa leitura. O objetivo
era criar alguma condição de embaraço para estudar a hipótese e a relação entre a severidade de iniciação e a atração
ao grupo.
Nível 3: Para iniciação SEVERA, as participantes teriam de ler em voz alta 12 palavras obscenas,
e 2 descrições explícitas de exposições sexuais retiradas de livros.
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Teoria da Dissonância Cognitiva: Neste exemplo, quando o participante passa por uma situação
embaraçosa para pertencer a um grupo, e a avaliação que faz do grupo é positivo não gera
dissonância cognitiva. Mas quando o participante passa por tarefas difíceis para aceder a um
grupo, tendo grandes expetativas, mas depois o grupo é uma desilusão, existe dissonância
cognitiva. Os investigadores tinham de conseguir uma situação de maximização da dissonância
cognitiva e para isso fizeram o que aparece em T9 - gravação enfadonha! Ou seja, o que
interessa perceber é se, mesmo em dissonância cognitiva, os participantes no nível 2 e 3 (em
severidade de iniciação), se sentiam mais atraídos pelo grupo ou não!
Grupo tem maior pontuação em iniciação severa para resolver a dissonância cognitiva! O ser humano precisa de
equilíbrio. Sem nos apercebermos passamos a gostar mais do grupo. Explica conexão a determinadas seitas, com fases
de integração agressivas, tudo isto é explicado pela teoria da dissonância cognitiva.
Se o principal factor classificatório era a motivação, os pseudofactores são todos os aspetos físicos da situação,
psicossociais e coordenadas temporais da investigação (a questão do tempo é fundamental e tenho de controlar,
não faço uma aplicação às 10.00 e outra às 22.00 porque a atenção muda consoante a hora, por exemplo, e assim
tempos de criar condições constantes para não existir enviesamento dos dados por consequência da existência de
variáveis externas).
Sempre que há uma cover story há a necessidade de fazer uma entrevista pós-experimental ou
“debriefing”.
• Esta entrevista é o momento final da investigação.
• Acontece sempre que há o deceiving. Sempre que há o logro dos participantes.
• Quando na cover story é contada uma mentira aos sujeitos (todo o processo que ocorre
sem o conhecimento dos participantes, desde a injeção das VI’s à sua manipulação),
então tem de haver na entrevista pós-experimental (o momento em que se revela aos
participantes os objetivos verdadeiros da investigação e se percebe se estes (neste
exemplo) se aperceberam que a discussão era uma gravação).
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o Variável Independente operacionalizada em 3 níveis: grau de severidade severo
(ler 12 palavras obscenas e 2 descrições explícitas de atividade sexual), médio
(ler 5 palavras relacionadas com sexo mas não obscenas) e de controlo.
o A variável dependente é também operacionalizada através das rating scales, em
que por intermédio de 9 rating scales as participantes iam avaliar a discussão e
através de 8 rating scales (interessante/desinteressante; feio/bonito) avaliavam
também os participantes. Havia também 3 questões orais. Tudo isto são formas
que o investigador tem de medir nos participantes em que medida eles
gostaram mais ou menos da discussão dos participantes.
• O tema da discussão era extremamente aborrecido, e os participantes igualmente o
eram. Isto foi propositado, para maximizar a dissonância, uma vez que os candidatos
criaram expectativas em relação a um grupo e passaram por uma experiência
desagradável, sendo que não valeu a pena (a dissonância é maior quando as
participantes passam por uma iniciação mais severa).
No caso desta VI, tem 3 níveis. O número mínimo de níveis que uma VI pode assumir é de dois
níveis. (NOTA extra da professora: “Qual é o número mínimo de níveis que a VI pode assumir? R: 2 níveis. Com
apenas 1 nível são seria uma variável, seria uma constante)
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O grande factor responsável pela variabilidade na VD deveria ser, portanto, o Fator
experimental (VI). No entanto existem outros fatores que também influenciam os resultados na
VD:
• Os fatores classificatórios (VI’s passivas – pois o investigador não as pode manipular
(por razões éticas ou biológicas: não podemos manipular o sexo, a idade, etc)).No
entanto podem ser medidas e tidas em conta. Cada investigação tem fatores classificatórios que
podem ser potenciais influenciadores da VD. Neste caso, o principal fator manipulatório era a motivação e
o género não influenciou porque as participantes eram todas raparigas (que foi feito já propositadamente
para fazer o controlo desta variável).
• Pseudofactores (variáveis situacionais). Para manter constantes os resultados, todos os
restantes elementos são iguais para todos os sujeitos. Isto foi possível dando uma
discussão gravada aos participantes.
Sempre que o investigador não manipula VI’s (quem manipulou foi a natureza e condições de
vida dos sujeitos) e não controla (limita-se a recolher informação), mas toda a investigação
funciona como se o investigador manipulasse, esta investigação é de tipo não experimental, mas
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eu trabalho com VI’s passivas. Então esta investigação tem um nome muito específico:
Investigação não experimental do tipo ex-post-facto design.
• Depois dos factos acontecerem que o investigador vai trabalhar as VI passivas, mas no
fundo trata-as como se fossem verdadeiras VI’s, simplesmente não as manipula,
aproveita os resultados do ambiente.
Sempre que eu manipulo e controlo (experimental), manipulo e não controlo (QE), não controlo
e não manipulo (NE). Nesta última há um tipo de investigações denominadas ex-post-facto,
investigações que lidam com VIS passivas (variáveis independentes que por razões biológicas ou
éticas, ou até económicas, investigador não pode manipular, não está é condições de o fazer e,
assim, serve-se de quem já manipulou as condições dos sujeitos, neste caso a natureza.
Exercícios
Ver cronograma acima (outras aulas). Para tornar a investigação mais realista, os investigadores
inventaram uma coverstory! Medir as VI’s sem que os sujeitos desconfiem dos objetivos da
investigação. Tem de ser feito quando é necessário, quando sabemos que os sujeitos alteram o
comportamento se souberem os objetivos da investigação.
Resultados da Investigação:
• Temos aqui as 3 condições experimentais. Temos o M e o DP para avaliação da discussão
(as 9 perguntas) e para a avaliação dos participantes (as 8 perguntas).
• Aumentos na iniciação severa, níveis da atração foi mais elevado.
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• De acordo com as médias, parece que os resultados apontam para a hipótese dos
investigadores (temos de ver os p.values). Nunca dizemos que os resultados confirmam
as hipóteses, mas que apontam para / corroboram as hipóteses /dão evidência ou
suporte estatístico às hipóteses. No entanto, na investigação experimental (e apenas
neste tipo de hipóteses) podemos dizer que sim, que confirmam as hipóteses.
• Grupo tem maior pontuação em iniciação severa para resolver a dissonância cognitiva!
O ser humano precisa de equilíbrio. Sem nos apercebermos passamos a gostar mais
do grupo. Explica conexão a determinadas ceitas, com fases de integração agressivas,
tudo isto é explicado pela teoria da dissonância cognitiva.
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Não temos de saber estas fórmulas de
cor. É só para dizer que o que o SPSS e
que, de certa forma, sentimos uma falta
de controlo, basicamente é aplicar esta
fórmula para obter estes resultados. É só
uma noção.
1- Verdadeiro
2- Falso (não dá para garantir que
são todos, através da informação
dos quadros). Temos de ter noção
que pode haver uma sobreposição
entre as respostas dos
participantes em iniciação severa
e as do controlo
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3- Verdadeira. Podemos ver tanto no gráfico como nas médias. No entanto é de recordar
que o gráfico e as médias, por si só, não são representativas, no cômputo geral, de
significância estatística. É sempre importante lançar o teste de comparação de médias t
de student para perceber os p.values.
4- Verdadeira. (ver no total, e vemos o N.S).
5- Falsa. A estatística que permite dizer se a informação é verdadeira ou falsa? É o desvio
padrão. Terei de ir ao quadro do desvio padrão e comparar os valores do desvio padrão
entre a discussão e a avaliação dos participantes. (vemos que 13.9 é > do que 10.9,
portanto isto significa que é maior na discussão).
Podemos perceber que na discussão existe uma variabilidade maior, pois o desvio Padrão é
maior. Existe uma maior variabilidade de resultados relativamente à média. Quanto maior é o
DP, mais dispersos estão os resultados. Quando menor, mais concentrados estão os resultados.
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Aulas Práticas
Aleatorização – Procedimentos
Listar as condições por uma ordem qualquer (A a Z) e usar a tabela para obter a sequência
aleatória dos números (1 a n) previamente atribuídos aos sujeitos.
Em primeiro, listar os sujeitos por uma ordem qualquer (alfabética, por exemplo), númeredos
de 1 a n (n=12)
Neste caso são apenas 3 condições, ou seja, basta apenas uma linha / coluna
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Em quarto, estabelecer um sistema de correspondência dígitos – condições.
Em quinto, decidir a utilização de colunas / linhas (por exemplo, optar pelas colunas).
Em sexto, decidir o “salto” a realizar quando chegar ao fim da coluna / linha e a distribuição
ainda não estiver concluída (por exemplo, optar por passar à coluna imediatamente à direita).
Em sétimo, selecionar ao acaso o ponto da TNA onde vai começar a distribuição com os olhos
fechados, apontar com a ponta de um lápis. Por exemplo:
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Ordenação Aleatória dos Sujeitos
• Listar os sujeitos por uma qualquer ordem (numerando-os de 1 a n) e usar a tabela para
obter a sequência aleatória das condições (A a Z)
• Distribuir aleatoriamente 12 sujeitos por 3 condições
Em primeiro, listar as condições / tratamentos por uma ordem qualquer (alfabética, por
exemplo).
Em segundo, listar os sujeitos por uma ordem qualquer (alfabética, por exemplo), numerados
de 1 a n (n=12).
Em quinto, decidir o “salto” a realizar quando chegar ao fim da coluna / ,linha e a distribuição
ainda não estiver concluída (opção: passar às duas colunas imediatamente à direita)
Em sexto, selecionar ao acaso o ponto da TNA onde vai começar a distribuição com os olhos
fechados, apontar com a ponta de um lápis
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Em sétimo, iniciar a distribuição, identificando a sequência aleatória de sujeitos (sistema de
correspondência definido no segundo ponto).
• Condição completa –> ignorar os dígitos correspondentes.
• Ignorar todos os números não atribuídos aos sujeitos
• Ignorar um número atribuído sempre que este se repita
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Exercício 1
Temos 18 sujeitos aos quais queremos atribuir 3 condições. Diferente de atribuir sujeitos a
condições. Como queremos atribuir 3 condições a 18 sujeitos, 3 é menos que 10 e então basta
uma coluna na TNA. Podemos ordenar os sujeitos por ordem alfabética, mas na verdade ordenar
ou não ordenar, o resultado vai ser o mesmo.
Se eu tenho 3 condições para atribuir a 18 sujeitos, vou classificar 1,2 e 3 para a condição A.
345 para a condição B, 789 condição C, o zero ignoro e passo automaticamente para o número
a seguir.
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Faço corresponder pela sequência com que saiu (não ordenada alfabeticamente na tabela neste
caso) A para João, C para Rui, B para Fátima… etc etc. Se eu tivesse ordenado por ordem
alfabética a sequência seria outra: A para Aida, C para António, B para Clara, B para Fátima, B
para Fausto, C para Hugo… etc etc etc . A agregação de condição ABC não se altera, ordenando
alfabeticamente os nomes ou não os ordenando.
No exemplo acima, fizemos uma aleatorização sem ordenação alfabética dos sujeitos e com
alfabetização. Em qualquer um dos casos, não há uma única solução. A única coisa que se
mantém é haver 6 sujeitos pelas condições. A única coisa que não pode acontecer é um sujeito
estar em mais de uma condição.
Procedimentos de aleatorização
• Syntaxes: rotinas básicas de cálculo. Linhas de código de programação que utilizamos
para interagir com o SPSS.
o Mais comum
o Repetição de análises de forma rápida e fácil
o Obtenção de um registo das operações efetuadas
(Colocando no separador Paste cada vez que se efetua uma análise, obtém-se na sintaxe um
registo do trabalho efetuado.)
Existe, como vimos anteriormente (nas aulas teóricas), fatores que são hipoteticamente
responsáveis pela variabilidade experimental:
• Fatores experimentais (VI’s ativas)
• Fatores classificatórios (atributos individuais ou VI’s passivas)
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• Pseudoatores (variáveis situacionais)
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• Dentro de cada bloco, os sujeitos são aleatoriamente distribuídos pelas condições
experimentais
• Podem ser de dois tipos:
o Simples (número de unidades experimentais em cada bloco é igual ao número
de condições experimentais)
o Generalizado (número de unidades experimentais em cada bloco é múltiplo do
número de condições experimentais
Basicamente, os Blocos simples são aqueles em que o número de sujeitos equivale ao numero de condições
experimentais e os Blocos generalizados são aqueles em que o número de unidades experimentais em cada bloco é
múltiplo do número de condições experimentais – se eu tiver blocos criados com 3 condições e 6 sujeitos (dobro das
condições).
Por exemplo,
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• Desvantagens:
o Demand characteristics (instruções implícitas). Resolve-se com cover story (to
hide the truth)
§ Instruções implícitas: nunca dizer realmente o que estou a avaliar, apenas pedir para
responder às “seguintes questões”. E não dou qualquer pista que possa levar a fazer
suposições quanto ao que se pretende avaliar no que diz respeito ao sujeito participante.
o Trasfert ou carry-over effects (aprendizagens recorrentes da aplicação sistemática da
mesma tarefa ao sujeito)
o Practice effects (+/-): aprendizagens que decorrem
o Resolve-se com contrabalanceamento da ordem dos tratamentos.
Se tivermos de fazer a mesma tarefa repetida, nem que seja 2 ou 3 vezes no semestre, a 2ª vez que o fazemos vamos
invocar inconscientemente (ou conscientemente) situações vividas na primeira. Há casos limites que se vão recordar
com elevada precisão ou rigor muitos dos itens, outras situações em que se recordam pouco, mas o pouco que se
recordam é suficiente para influenciar a resposta na 2ª vez. Estas são as desvantagens. Resolvemos com o chamado
contrabalanceamento da ordem dos tratamentos.
• não iremos aprender este ano.
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O que é que idealmente
deveremos fazer no plano
de medidas repetidas?
Ter em consideração que
o plano apresenta
aquelas desvantagens. Se
estas forem
demasiadamente severas
como ameaça à validade
da investigação, então
vamos par aa
aleatorização completa
ou então vamos para a aleatorização por blocos.
Exercícios
Vamos aleatorizar por blocos e vamos começar por distribuir aleatoriamente os sujeitos
masculinos dentro do seu respetivo bloco. Tínhamos visto o seguinte: isolamos os sujeitos,
mantivemos o seu número de identificação, começamos a estabelecer 3 condições: 1,2,3 o
indivíduo vai para a condição A, 456 para a B, 789 para C, 0 saltamos, e depois à medida que
formos gastando deixamos de considerar os valores que já foram usados.
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Então vamos imaginar que começamos no número 2 que está na linha 17, coluna 11. Se virmos
a sequência dos números é a acima. Assim, o 2 é condição A, o 9 é C, o 3 é A, o 9 é C, o 9 é c, etc...
como gastamos a condição C logo ao início
(3 primeiros 9’s), o 9 seguinte, o 8888 saltamos, aparece-nos o 655 que é condição B (gastamos
aqui essa condição porque já está preenchida), e agora resta-nos a A. saltamos todos os números
até ao 1 e 1 (condição A preenchida).
Procedemos de igual modo para as mulheres... a tarefa é ir à tabela original, constituir o bloco
feminino.
Vamos constituir o respetivo bloco agora feminino. Podemos escolher a sequência de números
aleatórios que quisermos dentro da tabela.
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Questão 3 do enunciado: admita que a variável QI está correlacionada com a VD. Indique como
procederíamos à distribuição dos 18 sujeitos por 3 condições experimentais de modo a
neutralizar os potenciais efeitos do nível intelectual (é mais do MESMO).
• Distribuir os sujeitos de forma a anular a influência do QI é precisamente mais do
mesmo.
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A distribuição fica CCAABB. Tenho um sujeito masculino e um feminino por cada um dos blocos.
Depois teria de fazer para os outros dois blocos. No final teria todos os sujeitos acima todos
aleatorizados dentro dos respetivos blocos.
Questão 4: indique uma outra solução para o problema colocado na questão anterior.
Através de controlo estatístico. Usando por exemplo uma ANOVA para bloquear o efeito do
QI na suposta influência que ele pode vir a ter pela relação que apresenta com a VD.
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Planos com pré-teste / pós-teste e grupo de controlo
Neste tópico vamos perceber como podemos controlar as ameaças colocadas pelos fatores
classificatórios e pelos pseudofactores. Uma das estratégias consistirá necessariamente, como
vimos nas aulas anteriores, em fazer a aleatorização dos sujeitos pelas condições do tratamento.
Mas há outras estratégias:
• Avaliar os sujeitos antes e depois do tratamento;
• Avaliar os sujeitos apenas, e compará-los com um grupo de controlo com caraterísticas
equivalentes às dos sujeitos.
Quer no primeiro (estudo de caso simples) quer no segundo caso com pré-teste e pós teste,
quer no terceiro (comparação de grupos estáticos), temos manipulação da VI (tratamento) mas
fundamentalmente ausência de aleatorização. Não há distribuição aleatória dos sujeitos pelas
condições neste tipo de testes (sem controlo dos atributos pessoais, fatores classificatórios)
Quando vamos para os restantes 3 planos, o plano de pré-teste / pós-teste com grupo de
controlo (4), ou o Plano dos quatro grupos de Solomon (o mais complexo dos planos) (5), ou
eventualmente o plano 6, diferenciam-se do primeiro conjunto de planos no facto de todos eles
terem random R de aleatorização. Estes 3 planos, sempre que exequíveis, são preferidos
comparativamente aos primeiros 3 nos quais podemos distribuir aleatoriamente dentro das
condições os sujeitos como aprendemos nas aulas anteriores, mas previamente não há
aleatorização de sujeitos.
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Quais são as técnicas estatísticas mais apropriadas para a análise dos Planos 4, 5 e 6 (planos
experimentais)?
Para o plano 4, devemos fazer a diferença entre o pré-teste quer no grupo de controlo quer no
grupo de tratamento: questão fundamental que a maior parte da investigação não presta
atenção e que muitas vezes inviabiliza a publicação de muitos artigos. Ou seja, temos dois grupos
de sujeitos:
Se
encontrar diferenças entre o 2 e o 4 posso afirmar que essas diferenças se devem da presença
vs ausência do tratamento? Não. Apesar de ter aleatorizados os sujeitos, se eu não tiver a
garantia que os indivíduos não se diferenciam significativamente ao nível do pré-teste, que
garantias tenho eu que no pós-teste as eventuais diferenças que eu venha a encontrar são
imputáveis à manipulação ou à sua ausência? Podem ser imputáveis a outras caraterísticas que
não foram controladas previamente e que ainda assim estão a influenciar o diferencial de
respostas do pós-teste. Uma das estratégias passa por garantir a não existência de diferenças
significantes ao nível do pré teste, quer entre o grupo de tratamento e o grupo de controlo.
Aplicação de teste t de student, após garantir a equivalência dos grupos pré-teste.
Para o plano 5, tenho um primeiro grupo com tratamento de pré-teste e pós teste e um segundo
grupo de controlo que não tem tratamento. Tenho ainda um terceiro com tratamento e pós
teste (apenas) e um grupo de controlo sem tratamento e apenas com pós teste. A técnica
estatística apropriada seria idealmente uma ANOVA, mas estas são impossíveis de calcular
tendo em conta a complexidade da rede de diferenças que é possível estabelecer entre os 6
grupos em consideração. Se no primeiro eu posso controlar a não existência de diferenças
significantes a nível de pré-teste e uma das estratégias que aprendemos (nas aulas anteriores)
foi fazer o controlo estatístico a nível da análise da covariância, isso não será possível neste caso
tendo em conta a complexidade do plano 5, dado que não há condições para encaixar todas
estas possibilidades na análise de variância.
Para o plano 6, ou ANCOVA ou t de student (a técnica estatística ideal para controlar esta
situação).
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Qual dos seus planos acima referidos utilizou o investigador?
Se enunciado diz que o investigador aleatorizou, temos de encontrar o plano na 2ª metade da
tabela (planos experimentais). Distribuiu 15 pelo método A e 15 pelo método B. o investigador
avaliou a capacidade de leitura a partir do método A e do método B. O investigador fez
tratamento (método A para uns, método B para outros). Plano 6. Não há pré-teste nem para
quem faz o método A nem para quem faz o método B. Não há propriamente um grupo de
controlo, mas acabam os dois grupos de funcionar como controlo um do outro. Existe um
contraste, uma medida de uma só assentada, sem pré-teste.
Depois de introduzir os dados num ficheiro SPSS, responda à seguinte questão: podemos
afirmar que existem diferenças estatisticamente significativas entre os dois métodos
pedagógicos?
Primeiro, obter as médias dos dois grupos. Depois estabelecer uma lógica de teste de hipóteses,
tendo em conta quer iremos comparar duas médias entre si. Tendo em conta que a medida de
tendência central é a média, temos de garantir o pressuposto relativo à normalidade (que as
15 notas de leituras de cada um dos métodos têm distribuições adequadamente normais, Média
e Desvio Padrão populacionais iguais aos da amostra de referência). Para além disto ainda temos
de garantir que a dispersão ou variabilidade em torno das médias não é significativamente entre
o método A e o B, porque se isso acontecesse e fosse detetado, e percebêssemos uma diferença
entre as médias, ficaríamos na dúvida se essa diferença era consequência do método ou se era
imputável à dispersão de cada uma das médias em comparação. A partir do analyze do SPSS,
obter o Teste de Levene (homogeneidade da variância).
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Quanto à homogeneidade da variância
Significância de 0.042. se é bicaudal, para comparar a unicaudal de 0.05, terei de dividir por
dois = 0.021 é menos de 0.05, há evidência confirmatória para rejeitar Ho e Aceitar H1.
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Esta significância é apenas uma probabilidade de erro das diferenças serem devidas ao acaso,
ou das diferenças serem devidas à manipulação. Devo associar ao efeito estatístico a medida do
efeito. Podemos calcular várias. Habitualmente, proposta por Cohen, para a comparação de
duas médias, a medida de efeito mais usual de usar é o D de Cohen (calcula-se pela razão entre
as diferenças das médias em razão doa média dos desvios padrão associados a cada uma das
condições em comparação). O professor prefere, ainda assim, uma medida de desvio padrão
calculada com base no coeficiente de correlação. Porque dessa forma obtém-se o quoficiente
de determinação, que é a percentagem de variabilidade ocorrida na variável dependente que
é imputável à manipulação introduzida pela VI. E neste caso, temos um quoficiente de
correlação para a medida de efeito R produto momento de Pearson a valer .37 (13,69%). Medida
de efeito pequena para um efeito estatístico que é significante. É importante quantificar sempre
a magnitude das diferenças porque senão a informação é curta.
É possível calcular o coeficiente de correlação Produto momento de Pearson entre uma variável
categorial (independente) e uma variável intervalar ou de razão (variável dependente)? Sim,
desde que haja o mesmo número de sujeitos nas duas condições.
Suponha agora que um outro investigador, após distribuir aleatoriamente 30 sujeitos por duas
condições experimentais, obteve, antes da realização empírica dos tratamentos, os seguintes
valores num pré-teste de leitura:
Tratamento A: 9—7—8—5-6—9—7—5—8—8—4—6—7—9—8
Tratamento B: 5—6—9—10—6—7—5—4—8—9—6—7—8—7—6
Tratamento A: 14—14—11—9-10—13—14—9—8—12—10—11—12—15—13
Tratamento B: 5—6—9—10—6—7—5—4—8—9—6—7—8—7—6
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Outra investigação. Se há pouco o pré-teste era inexistente. Agora não é. O que é que este
investigador fez? Antes de aplicar o tratamento, fez uma aleatorização.
Plano 4.
Depois de introduzir os dados num ficheiro SPSS, responda à seguinte questão: podemos
afirmar que existem diferenças estatisticamente significativas entre os dois métodos
pedagógicos?
Pergunta tem rasteira. Não é só comparar as duas médias pré teste. No controlo dos fatores
classificatórios, nos planos com pré-teste, não há o cuidado de verificar se os sujeitos são
homogéneos ou não são homogéneos. Se a medida do pré-teste do método A e do método B
forem diferentes, ainda que eu venha a encontrar uma medida de pós-teste diferente que
favoreça o método B, ou favoreça o método A, posso garantir que essa diferença só resulta do
método? Não. Pode resultar também de diferenças à priori que os sujeitos levaram para o
plano e que o investigador não controlou. Aqui terei de controlar o pressuposto da normalidade
e da homogeneidade da variância no pré-teste, garantindo que os pressupostos são cumpridos
para calcular diferenças no pré-teste e se eu aceitar H0, então sim, qualquer diferença que eu
venha a encontrar só resulta disto (manipulação / acaso). Se puder rejeitar H0 e aceitar H1, ou
seja, se houver diferenças no pré-teste, as diferenças que eu venha a encontrar no pós teste
serão devidas ao tratamento / manipulação.
Importante: No pré-teste
Normalidade e Homogeneidade
das variâncias!
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Pré-teste:
Sem significância estatística (0.370) pois é unicaudal. Não rejeitar H0 e rejeitar H1.
Se agora repetir esta análise não no pré-teste mas no pós teste e encontrar diferenças, elas
resultam exclusivamente do tratamento (manipulação).
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única e exclusivamente da manipulação porque os sujeitos, à priori, quando iniciou a
investigação, não se diferenciaram.
indique dois procedimentos diferentes do adotado na alínea anterior, mas igualmente validos,
para responder à mesma questão.
Quais são os erros mais frequentes na análise estatística do presente plano experimental?
Testar as diferenças pré-teste / pós-teste em cada grupo resultante de manipulação (VI) sem ter
consideração a variabilidade no pré-teste em função das condições do tratamento (X).
D de Cohen
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