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CLARENTIANO – CENTRO UNIVERSITÁRIO

CURSO DE PEDAGOGIA

JULIANA SILVERIO SANTOS

AUTISMO NA VIDA ESCOLAR

CUIABÁ-MT
2020
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JULIANA SILVEIRO SANTOS

AUTISMO NA VIDA ESCOLAR

Artigo apresentado como requisito para


conclusão no Curso em Pedagogia, do
Clarentiano – Centro Universitário.

Orientador: Me Alexandre José Cruz

Cuiabá-MT
2020
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RESUMO

Este trabalho tem como objetivo a concepção geral dos desafios de convivência
escolar de crianças com autismos em seu processo ensino aprendizagem nas
unidades escolares. É preciso saber que a criança autista enxerga o mundo de
forma diferente, e cabe a todos não deixá-lo fora do convívio social. Hoje temos uma
dificuldade quando tratamos do assunto da Educação Inclusiva. Há uma falta de
informação sobre o que deve ser feito ou não quando se tem em sala de aula alunos
portadores de necessidades especiais. Neste trabalho serão apontados conceitos,
características e tratamentos que devem ser dispensados a estes alunos.

Palavras-chave: Aprendizagem, convivência, autismo.


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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................4
2. OBJETIVOS..............................................................................................................5
2.1. OBJETIVO GERAL OU PRIMÁRIO......................................................................5
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS OU SECUNDÁRIOS...............................................5
3. JUSTIFICATIVA........................................................................................................6
4. METODOLOGIA.......................................................................................................7
5. A INCLUSÃO ESCOLAR..........................................................................................8
6. REFERÊNCIAS.......................................................................................................10
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1. INTRODUÇÃO
Um grande desafio para os profissionais da educação devido os alunos
autistas que são matriculados na escola, o docente não tem conhecimento das
estratégias como trabalhar com este discente no ambiente escolar, estando
despreparados para realização de atividades com estes discentes. Por isso,
encontramos professores desmotivados no ambiente escolar, devido não conhece
nenhuma ação pedagógica para trabalhar com alunos com necessidades especiais,
principalmente com o diagnóstico de autismo que envolve várias patologias, este
aluno não consegue interação com o colega, tem dificuldade de linguagem oral e
visual, não gosta de ser tocando, dificuldade no relacionamento com a turma.
Não que todos os estudantes com esse diagnóstico sejam necessariamente
assim. Mas quando o transtorno vem acompanhado dessas características, a
angústia do professor é quase inevitável. Diante disso percebe a necessidade de
rever o processo ensino aprendizagem que leve em conta um estudante que não
está em posição de curiosidade, mas que aprende de maneira específica e pouco
convencional.
Aponta-se os conceitos mais aceitos sobre o autismo hoje, as características
deste transtorno, bem como as diversas síndromes identificáveis geneticamente ou
que apresentam quadros diagnósticos característicos que também estão englobadas
no autismo e os possíveis rumos de trabalho enquanto escola e professores para a
inclusão escolar desta criança.
Muitos fatores podem influenciar na aprendizagem, um deles é o espaço
escolar, mais especificadamente, a sala de aula. Esse ambiente influencia em toda a
dinâmica de aprendizagem, pois, além da questão visual, de aparência da sala de
aula, há a questão de disponibilização de recursos didáticos.
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2. OBJETIVOS

2.1. OBJETIVO GERAL OU PRIMÁRIO


Desenvolver este tema tem como principal função identificar e estimular o
avanço do conhecimento, vendo a necessidade de buscar alternativas coerentes,
que realmente contemple os alunos com autismo.

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS OU SECUNDÁRIOS

 Conhecer o ambiente de aprendizagem dos alunos;


 Definir estratégias pedagogias que colaborem com os professores regentes e
favoreçam ao aluno com autismo sua interação no cotidiano escolar.
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3. JUSTIFICATIVA
Por mais que ainda exista o preconceito em que a criança autista deve viver
isolada do convívio social, deve-se estar claro que a inclusão dos mesmos só
ocorrerá de forma gradativa e de um processo de adaptação ao ambiente escolar,
portanto, transformações importantes, sobretudo na maneira como os educadores
veem esses alunos, entendem o próprio papel e concebem a relação com o saber e
o conhecimento.
O gênero humano, historicamente discrimina pessoas com deficiência, como
desiguais, insistindo expulsá-los do convívio, pois não os considera semelhantes,
em nome da normalidade padronizada que referencia a conduta da espécie. Na
verdade, por detrás desse preconceito clássico estão estipulados os requisitos
estatísticos para qualificação do normal- ou do anormal por exclusão – escondendo
uma das mais antigas mazelas da humanidade: o temor da limitação humana
(SALVADOR, 2015, p. 20).
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4. METODOLOGIA
Segundo GAUDERER (1987), as crianças com autismo, em geral,
apresentam dificuldade em aprender a utilizar corretamente as palavras, mas
quando participam de um programa intenso de aulas parecem ocorrer mudanças
positivas nas habilidades de linguagem, motoras, interação social e a aprendizagem.
O papel da escola é fazer o reconhecido no nível da educação, na elaboração de
estratégias para que estes alunos com autismo consigam desenvolver capacidades
para se integrar e interagir com as outras crianças ditas “normais”. Já a família tem
também um papel importante, pois é a responsável por dar atenção, os cuidados,
amor e deverá zelar por toda uma vida. É necessário dispensar algumas horas para
que as crianças possam se sentir queridas e mostrar o que aprenderam. O nível de
desenvolvimento da aprendizagem do autista geralmente é lento e gradativo,
portanto, caberá ao professor adequar o seu sistema de comunicação a cada aluno.
O professor tem a responsabilidade a dar atenção especial e sensibilização dos
alunos e dos envolvidos para saberem quem são e como se comportam esses
alunos autistas. Deve-se entender que ensino é o principal objetivo do trabalho com
crianças autistas. Ensinar coisas funcionais para a criança autista é a essência de
um trabalho adequado e a persistência é um grande aliado deste objetivo.
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5. A INCLUSÃO ESCOLAR
Para ajudar os autistas, é fundamental que a família e amigos os tratem
normalmente, tentando entendê-los em sua forma de ser e assim tentar ajudá-los,
propiciando tratamento em todas as áreas que precisem. O tratamento é
basicamente feito de reabilitação: psicologia, terapia ocupacional, fonoaudiologia,
escola, fisioterapia, musicoterapia e etc. "Muitas pessoas relutam em levar a criança
ao psiquiatra com medo de associação à loucura. Só com informações maciças
essa ideia errônea pode ser modificada", opina CAMARGOS. Os autistas possuem
todas as variações possíveis de inteligência, mas nem todos estão aptos à inclusão
escolar, que depende de uma série de condições da escola, de seus profissionais e
da capacidade da criança. Alguns são muito inteligentes e se dão bem
pedagogicamente em escolas regulares, apesar de não conseguirem se socializar,
pois não entendem o mundo humano e social. Outros necessitam de outras escolas,
e aqueles cuja inteligência é mais comprometida têm mais possibilidades em
escolas especiais. A manifestação dos comportamentos estereotipados por parte
das pessoas portadoras de autismo é um dos aspectos que assume maior relevo no
âmbito social, representando um entrave significativo para o estabelecimento de
relações entre as mesmas e seu ambiente. Torna-se provável, portanto, que a
exibição dos mesmos traga implicações qualitativas nas trocas interpessoais que
ocorrerão na escola porque, como lembra OMOTE (1996), "as diferenças,
especialmente as incomuns, inesperadas e bizarras, sempre atraíram a atenção das
pessoas, despertando por vezes, temor e desconfiança".
Até recentemente, somente os professores que possuíam um interesse pela
Educação Especial é que se dirigiam para a formação específica e depois,
obviamente, faziam escolhas profissionais ou não que envolviam a Educação
Especial. Infelizmente, a demanda da inclusão chega às escolas antes da
preparação do professor e a solução tem sido a capacitação do profissional em
serviço, através dos programas de formação continuada. Os principais documentos
que subsidiam a formulação de políticas públicas de Educação Especial, a
Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948), a Declaração de Salamanca
(1994), a Declaração de Guatemala (1991) e a Lei n. 9394 de Diretrizes e Bases da
Educação (1996), enfatizam a igualdade e o direito à educação para todo cidadão.
A escola deve conhecer as características da criança e prover as
acomodações físicas e curriculares necessárias; treinar os profissionais
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continuamente e busca de novas informações; buscar consultores para avaliar


precisamente as crianças; preparar programas para atender a diferentes perfis visto
que os autistas podem possuir diferentes estilos e potencialidades; ter professores
cientes que inclusive a avaliação da aprendizagem deve ser adaptada; educadores
conscientes que para o autismo, conhecimento e habilidades possuem definições
diferentes; analisar o ambiente e evitar situações que tenham impacto sobre os
alunos, alterar o ambiente se for possível; a escola deverá prover todo o suporte
físico e acadêmico para garantir a aprendizagem dos alunos incluídos; atividade
física regular é indispensável para o trabalho motor; a inclusão não pode ser feita
sem a presença de um facilitador e a tutoria deve ser individual; um tutor por aluno;
a inclusão não elimina os apoios terapêuticos; necessidade de desenvolver um
programa de educação paralelo à inclusão e nas classes inclusivas o aluno deve
participar das atividades que ele tenha chance de sucesso, especialmente das
atividades socializadoras, a escola deverá demonstrar sensibilidade às
necessidades do indivíduo e habilidade para planejar com a família o que deve ser
feito ou continuado em casa.
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6. REFERÊNCIAS

CAMARGOS, Oliveira. Rio de Janeiro. Autismo. Revista Paradoxo, p. 28.

GAUDERER, E. Christian, Autismo – Década de 80. Uma atualização para os que


atuam na área: do especialista aos pais, Ed. Almed, 2ª edição, 1987.

_______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN (Lei


nº9.394/96, de 20 de dezembro de 1996). Disponível em: Acesso em: março/2020.

_______. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial. Política


Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília:
MEC/SEESP, 2007.

______. Ministério da Educação. Programa de Implantação de Sala de


Recursos Multifuncionais. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/pnpd/194-
secretarias-112877938/secad-educacao-continuada-223369541/17430-
programaimplantacao-de-sala-de-recursos-multifuncionais-novo/. Acesso em:
março/2020.

OMOTE, S. Deficiência e Não deficiência: Recortes do Mesmo Tecido, in Revista


Brasileira de Educação Especial. SP, p. 19.

SALVADOR, N. Autistas. Os pequenos nadas. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2015.

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