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ENG1708

Metrologia

2021.2 1
Objetivo

Capacitação do aluno
para atendimento as
demandas por
medição oriundas da
indústria
2
Ementa
1. Fundamentos da metrologia;
2. Sistema Internacional de Unidades (SI);
3. Estrutura metrológica;
4. Rastreabilidade da medição às unidades
do SI;
5. Fundamentos da incerteza de medição;
6. Apresentação de resultados de medição.
7. Calibração (operação e técnicas de
medição);
8. Conceitos de metrologia dimensional;
9. Tolerâncias, ajustes e desvios.
3
Bibliografia
 ALBERTAZZI, Armando – Fundamentos de metrologia científica e industrial/Armando Albertazzi,
André R. de Souza. – Barueri, SP: Manole, 2008.
 FROTA, Maurício Nogueira e OHAYON, Pierre. Padrões e unidades de medida: referências
metrológicas da França e do Brasil/INMETRO. – Rio de Janeiro: Qualitymark Ed., 1999, 120p.
 INMETRO. Guia para a expressão de incerteza de medição - ISO GUM 2008 - ISBN 978-85-86920-
13-4 - (2012; A4; 141 pág.).
 INMETRO. Quadro Geral de Unidades de Medida - 4ª ed. - 2007 - (A5; 39p.).
 INMETRO. Sistema Internacional de Unidades – SI, IISBN 978-85-86920-11-0 (2012; A4; 94 pág.).
 INMETRO. Vocabulário Internacional de Metrologia - Conceitos Fundamentais e Gerais e Termos
Associados - VIM 2012 (A4; 94p.).
 LIRA I. Evaluating the Measurement Uncertainty, Fundamentals and Practical
Guidance. Measurement Science &Technology, 2002.
 RUFFINO, ROSALVO TIAGO. Tolerâncias, ajustes, desvios e análise de dimensões. Editora Edgard
Blücher Ltda, São Paulo, 1985.
 TAYLOR HOBSON PRECISION. Concepts and definitions of roughness, 2008.
 https://www.google.com/search?q=metrologia+na+ind%C3%BAstria&tbm=isch&ved=2ahUKEwjS44jv
y9jnAhX6MLkGHcm1AuAQ2-
cCegQIABAA&oq=metrologia+na+ind%C3%BAstria&gs_l=img.3..0i24l4.63059.66066..66285...0.0..0.
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Metrologia

A metrologia é um
vocábulo de origem
grega, “metron”
significa medida e
“logo” significa ciência
5
Metrologia científica
e industrial

É uma ferramenta fundamental no crescimento e inovação


tecnológica, promovendo a competitividade e criando um
ambiente favorável ao desenvolvimento científico e industrial
em todo e qualquer país. 6
Metrologia legal

É parte da metrologia
relacionada às atividades
resultantes de exigências
obrigatórias, referentes às
medições, unidades de
medida, instrumentos e
métodos de medição, que
são desenvolvidas por
organismos competentes.
Tem como objetivo principal proteger o consumidor
tratando das unidades de medida, métodos e instrumentos
de medição, de acordo com as exigências técnicas e legais
obrigatórias. 7
A importância da
metrologia
Entendida como um dos pilares da qualidade se faz necessária
para a consolidação organizacional, contribuindo para:
 redução de custos;
 ganhos de produtividade;
 suporte para tecnologia e métodos de produção eficientes;
 base técnica para a inovação;
 competitividade;
 quantificação e avaliação de transações comerciais, sendo
transparentes e seguras;
 intercambiabilidade de sistemas e produtos;
 proteção para o consumidor e para o meio ambiente;
 saúde e segurança para a sociedade;
 ... 8
...A importância da
metrologia
Por ser uma disciplina horizontal – permeia por todas
as áreas do conhecimento, sua disseminação deve ser
de forma ampla para atingir toda a sociedade, sendo
aplicada a todas as nações e seus atores devem ser
especialistas em suas atuações.
Sua disseminação não é uma tarefa comum, são
necessárias ações permanentes para sua implantação
e implementação. Essa tarefa vem sendo difundida
desde 1875 com a criação do Bureau Internacional de
Pesos e Medidas (BIPM). 9
Hierárquica do
sistema metrológico

10

Fonte: VI SEMETRA
VIM - 1995

Padronização da
Linguagem Metrológica
Brasileira

Portaria Inmetro n° 029


de 1995 11
... VIM - 1995
Vocabulário Internacional de
Termos Fundamentais e Gerais da
Metrologia

Define a metrologia como “a ciência da


medição”, que abrange todos aspectos
teóricos e práticos que influenciam um
processo de medição, qualquer que seja
o nível de exatidão e em qualquer
campo da ciência ou tecnologia. 12
VIM - 2012
Portaria Inmetro n° 232, 08.05.2012

VOCABULÁRIO INTERNACIONAL DE
METROLOGIA: conceitos fundamentais e
gerais e termos associados

1ª edição Luso Brasileira | 2012

13
... VIM - 2012
2.2 (2.2)
metrologia
metrology
métrologie
Metrología

Ciência da medição e suas aplicações.

NOTA: A metrologia engloba todos os aspectos


teóricos e práticos da medição, qualquer que seja a
incerteza de medição e o campo de aplicação.
14
...VIM
O VIM surge no contexto da metrologia
mundial da segunda metade do século XX
como uma resposta e uma fuga à síndrome
de Babel:

busca a harmonização internacional das


terminologias e definições utilizadas nos
campos da metrologia e da
instrumentação.
15
...VIM
São desse período três importantes
documentos normativos cuja ampla aceitação
contribuiu sobremaneira para uma maior
harmonização dos procedimentos e da
expressão dos resultados no mundo da
medição:

1. VIM;
2. GUM (Guia para a Expressão da Incerteza de
Medição - 1993);
3. ISO Guia 25 (1978) que, revisado e ampliado,
resultou na norma ISO/IEC 17025 (2000) -
Requisitos Gerais para a Competência de
Laboratórios de Ensaio e Calibração. 16
...VIM
Entende-se que a adoção desses
documentos auxilia a evolução e a
dinâmica do processo de globalização
das sociedades tecnológicas e contribui
para uma maior integração dos
mercados, com uma consequente
redução geral de custos. No que se
refere ao interesse particular de cada
país, pode alavancar uma maior
participação no mercado mundial e nos
mercados regionais.
17
Metrologia na
Indústria

18
...Metrologia
na Indústria

19
...Metrologia
na Indústria

20
Fundamentos da
metrologia

Conclui-se que a metrologia


é uma ciência
multidisciplinar e de vital
importância para o
desenvolvimento das
atividades econômicas,
científicas e tecnológicas.
21
...Fundamentos
da metrologia
Entende-se que com o processo de
globalização da produção, a
metrologia assume destacada
importância à medida que as
medições estão presentes em
praticamente todos os processos de
tomada de decisão, abrangendo as
áreas industriais, comercial, saúde
e meio ambiente.
22
A importância
de medir
“O conhecimento amplo
e satisfatório sobre um
processo ou um
fenômeno somente
existirá quando for
possível medi-lo e
William Thomson expressá-lo por meio de
Lord Kelvin, 1883 números”. 23
A importância da
metrologia no Brasil
• A metrologia é a base física da qualidade e é
fundamental para a competitividade

• As operações metrológicas correspondem cerca


de 5% do PIB das nações desenvolvidas

• A indústria brasileira está em crescimento


sustentável, e demanda mais e melhor qualidade
dos serviços metrológicos

• A inserção brasileira no mercado internacional


exige uma forte base metrológica para auxiliar
as exportações e impedir as importações de
qualidade inferior 24
Medir no dia a dia
• Controle e medição de alimentos e produtos
industrializados e comercializados;
• Medição do valor da tarifa - taxímetro;
• Velocidade do automóvel;
• Volume do combustível;
• Medição do consumo de energia elétrica e das
ligações telefônicas;
• Temperatura ambiente;
• Equipamentos e instrumentos utilizados na
medição e controle da saúde do cidadão;
• ...
25
Um pouco da história
da metrologia

Surge a necessidade de medir devido


• Linguagem para entendimento comum;
• Necessidade de contar;
• Resultado, somente, com números já não era
suficiente;
• Unidades de medidas tendo como referência as
medidas do corpo;
• A importância da autoridade do Rei e do Faraó;
• Busca constante por referências estáveis;
26
...Um pouco da
história da metrologia
Como o homem fazia para medir comprimentos a 4 000 anos?
As unidades de medida tinham como base as partes do
corpo humano: i) polegada, ii) palmo, iii) pé, iv) jarda,
v) braça; e vi) passo.

27
...Um pouco da
história da metrologia
Seus correspondentes em milímetros (mm) são: a) 1 polegada = 25,4
mm; b) 1 pé = 304,8 mm; e c) 1 jarda = 914,4 mm
Sabemos que o Velho Testamento da Bíblia é um dos registros mais
antigos da história da humanidade. Em Gênesis tem-se o registro de
que o Criador mandou Noé construir uma arca com suas medidas em
côvados.

O côvado era uma


medida padrão utilizada
na região de Noé, e é
equivalente a três
palmos, ou seja, ~66
cm. 28
...Um pouco da
história da metrologia

As unidades antigas tinham


como base partes do corpo
do rei, seus súditos que
mediam deviam respeitar
essas medidas, por exemplo:

29
...Um pouco da
história da metrologia
Para medir
comprimentos os
egípcios utilizavam
o cúbito –distância
do cotovelo à
ponta do dedo
médio, como
medida padrão 30
...Um pouco da
história da metrologia

Com o objetivo de unificar a medida padrão os


egípcios criaram um único padrão de medida. Assim,
deixaram de utilizar o próprio corpo como padrão,
passaram a utilizar para medições lineares barras de
pedra, dando origem ao cúbito padrão. 31
...Um pouco da
história da metrologia

Com o passar do
tempo, as barras
passaram a ser
construídas de
madeira, para facilitar
o transporte. Como as
madeiras logo se
gastavam, foram
gravados
comprimentos
equivalentes a um
cúbito-padrão nas
paredes dos principais
templos.
32
...Um pouco da
história da metrologia
Os registros dos séculos XV e XVI são que as unidades mais
utilizadas na Inglaterra para a medição de comprimentos eram a
polegada, o pé, a jarda e a milha.
Já no século XVII, na França, houve um importante avanço, a
Toesa. A Toesa, que era então utilizada como unidade de
medida linear, foi padronizada em uma barra de ferro com dois
pinos nas extremidades e, em seguida, chumbada na parede
externa do Grand Chatelet, nas proximidades de Paris. Dessa
forma, assim como o cúbito padrão, cada interessado poderia
conferir seus próprios instrumentos.
Uma toesa ≈ 6,39436 pés ≈ 1 949 mm 33
...Um pouco da
história da metrologia
Diversos países a partir do século XIX adotaram o sistema métrico.
No Brasil, o sistema métrico foi implantado pela Lei Imperial nº 1157,
de 26.06.1862.
Com o objetivo de tornar universal o novo padrão foi, então,
estabelecido um prazo de dez anos para substituição dos antigos
padrões.
Com o advento técnico-científico foi possível perceber que o “metro
dos arquivos” continha alguns problemas em sua forma (por exemplo:
o paralelismo entre as suas faces tinha um erro muito além do
esperado), bem como o material utilizado em sua fabricação não
tinha a dureza suficiente para diminuir seu processo de desgaste e
sua deformação.
34
...Um pouco da
história da metrologia

O projeto original foi alterado para


 uma barra de seção transversal em
X, para ter maior estabilidade
 teve adição de 10 % de irídio, para
tornar seu material mais durável
 recebeu dois traços em seu plano
neutro, de forma a tornar a medida
mais perfeita 0,2144999999 ~ 0,22

35
...Um pouco da
história da metrologia

Atualmente, temperatura de referência para calibração é de 20 ºC. 36


...Um pouco da
história da metrologia

Hoje, o padrão do metro em vigor no Brasil é


recomendado pelo INMETRO, baseado na velocidade
da luz, de acordo com decisão no node 1983 da 17ª
Conferência Geral dos Pesos e Medidas (CGPM):
metro - comprimento do trajeto percorrido pela luz no
vácuo, durante o intervalo de tempo de 1/299 729 458
do segundo.

Obs.: É importante observar que todas essas definições


somente estabeleceram com maior exatidão o valor da
mesma unidade: o metro. 37
...Um pouco da
história da metrologia
Medidas inglesas
Na Inglaterra e em seus territórios utilizam um sistema de
medidas próprio, facilitando as transcrições comerciais
ou outras atividades de sua sociedade.
Porém, esse sistema inglês é totalmente diferente do
sistema métrico. Com isso, no ano de 1959 a jarda (yd)
foi definida em função do metro (0,91440 m). Suas
divisões (3 pés; cada pé com 12 polegadas) passaram,
então, a ter seus valores expressos no sistema métrico:
i) 1 yd (uma jarda) = 0,91440 m; ii) 1 ft (um pé) = 304,8
mm; e iii) 1 inch (uma polegada) = 25,4 mm.
38
...Um pouco da
história da metrologia

Padrão do metro no Brasil

Em 1826, na França, foram fabricadas 32


barras padrão. Sendo que a barra padrão
de nº 6 seria o “metro dos arquivos” e a
de nº 26 destinada ao Brasil.

39
...Um pouco da
história da metrologia

Alguns marcos no Século XIX


1827 – Criação do Observatório Nacional;
1830 – Projeto de Lei para adoção do sistema
métrico no Brasil;
1875 – Convenção do metro e criação do BIPM,
com a participação do Brasil;
1887 – Criação do PTR (atual PTB), primeiro
Instituto Nacional de Metrologia (INM) do mundo;

40
...Um pouco da
história da metrologia

Alguns marcos no Século XX


1901 – Criação do NBS (atual NIST);
1933 – Criação do INT;
1938 – Criação da comissão de metrologia no
INT;
1961 – Criação do INPM;
1973 – Criação do sistema de metrologia
(SINMETRO);
1979 – Institucionalização do INMETRO;
1984 – Inauguração do Campus Xerém; 41
...Um pouco da
história da metrologia

Fonte: VI SEMETRA 42
Medir uma grandeza
física
Procedimento
experimental que
se compara com
outra grandeza de
mesma espécie
(unidade de
medida);
verificando
quantas vezes a
unidade está
contida na
grandeza que está
sendo medida. 43
Definições
• Grandeza - propriedade de um fenômeno de um
corpo ou de uma substância, que pode ser
expressa quantitativamente sob a forma de um
número e de uma referência.
• Mensurando - Grandeza que se pretende medir.;
• Unidade - Grandeza escalar real, definida e
adotada por convenção, com a qual qualquer outra
grandeza da mesma natureza pode ser comparada
para expressar, na forma dum número, a razão
entre as duas grandezas;
• Indicação - Valor fornecido por um instrumento de
medição ou por um sistema de medição; 44
VOCABULÁRIO
INTERNACIONAL DE
METROLOGIA – conceitos
fundamentais e gerais e
termos associados (VIM -
2012)

45

Fonte:
2 - Sistema Internacional
de Unidades (SI)

Fonte:
http://www.inmetro.gov.br/inovacao/pu
blicacoes.asp 46
Unidades de base
do SI
As grandezas de base utilizadas no SI são:
comprimento, massa, tempo, corrente elétrica,
temperatura termodinâmica, quantidade de substância
e intensidade
luminosa. As grandezas de base são, por convenção,
consideradas como independentes. As unidades de
base correspondentes do SI, escolhidas pela CGPM,
são:
• metro;
• Kilograma ou quilograma;
• segundo;
• ampere;
• kelvin;
• mol; e
47
• candela.
...Unidades de base
do SI

As definições oficiais de todas as unidades


de base do SI foram aprovadas pela
CGPM. As duas primeiras definições foram
aprovadas em 1889 e a mais recente em
1983. Estas definições são modificadas
periodicamente a fim de acompanhar a
evolução da ciência. 48
...Unidades de base
do SI
O metro, unidade de medir
comprimento. O metro é o comprimento
do trajeto percorrido pela luz no vácuo,
durante um intervalo de tempo
de 1/299 792 458 de segundo. (Unidade
de Base ratificada pela 17ª CGPM –
1983) A partir dele são definidos os
conceitos para área, volume, velocidade
etc. Símbolo: m 49
...Unidades de base
do SI
O quilograma ou kilograma (*),
unidade de medir massa, é
definido tomando-se o valor
numérico fixo da constante de Plank
h como sendo 6,626 070 15 x 10-34
quando expresso na unidade J s
(joule segundo), a qual é igual a kg
m2 s-1 quando o metro e o segundo
são definidos em termos de c
(constante da velocidade da luz) e
∆νCs (valor da frequência do césio).
(Unidade de Base ratificada pela 26ª
CGPM – 2018). Símbolo: kg 50
...Unidades de base
do SI

O segundo, unidade de medir tempo, é a duração


de 9 192 631 770 períodos da radiação correspondente à
transição entre os dois níveis hiperfinos do estado
fundamental do átomo de césio 133. (Unidade de Base
ratificada pela 13ª CGPM – 1967.). A partir dessa definição
foram obtidas outras unidades, como a velocidade, a
aceleração e, mesmo, o próprio metro. Símbolo: s 51
...Unidades de base
do SI
O ampere (*) é a unidade de medir corrente elétrica. É definido tomando-
se o valor numérico fixo da carga elementar e como sendo 1,602 176 634 x
10-19 quando expressa unidade C (coulomb, unidade de carga elétrica), a
qual é igual a A s, onde o segundo é definido em termos de ∆νCs (valor da
frequência do césio). (Unidade de Base ratificada pela 26ª CGPM – 2018).
Símbolo: A

52
...Unidades de base
do SI

O kelvin (*), unidade de medir


temperatura termodinâmica, é
definido tomando-se o valor numérico
fixo da constante de Bolstzmann k
como sendo 1,380 649 x 10-23
quando expresso na unidade J K-1, a
qual é igual a kg m2 s-2 K-1 onde o
kilograma, o metro e o segundo são
definidos em termos de h (constante
de Plank), c (constante da velocidade
da luz) e ∆νCs (valor da frequência do
césio). (Unidade de Base ratificada
pela 26ª CGPM – 2018). Símbolo: K 53
...Unidades de base
do SI
O mol (*) é a unidade de medir
quantidade de matéria. Um mol
contém exatamente 6,022 140 76 x 1023
entidades elementares. Este número é o
valor numérico fixo da constante de
Avogadro, NA, quando expresso na
unidade mol-1, chamada de número de
Avogadro. (Unidade de Base ratificada
pela 26ª CGPM – 2018). Símbolo: mol
A grandeza “quantidade de matéria” de
um sistema é a medida de um número
especificado de entidades elementares,
que pode ser um átomo, uma molécula,
um íon, um elétron ou qualquer outra
partícula ou grupo especificado de 54
partículas.
...Unidades de base
do SI

A candela é a unidade para medir intensidade luminosa. É


a Intensidade luminosa, numa direção dada, de uma fonte que
emite uma radiação monocromática de frequência 540 x 1012
hertz e cuja intensidade energética naquela direção é 1/683
watt por esterradiano. (Unidade de Base ratificada pela 16ª
CGPM – 1979). Símbolo: cd 55
Símbolos das sete
unidades de base do SI

Grandeza de base Unidade de base do SI

Símbolo Nome Símbolo


Nome

comprimento l, x, r etc. metro m

massa m quilograma kg

tempo, duração t segundo s

corrente elétrica I, i ampere A

temperatura termodinâmica T kelvin K

quantidade de substância n mol mol

intensidade luminosa Iv candela cd


56
Fonte: http://www.inmetro.gov.br/inovacao/publicacoes.asp
Unidades SI derivadas
coerentes possuidoras de
nomes e símbolos
especiais
Expressão
Expressão em
utilizando
Nome Símbolo unidades de
Grandeza derivada outras unidades
base do SI
do SI

ângulo plano radiano rad l m/m


ângulo sólido esferorradiano sr l m2/m2
frequência hertz Hz --- s-1
força newton N --- mkgs-2
pressão pascal Pa N/m2 m-1kgs-2

energia, trabalho,
joule J Nm m2kgs-2
quantidade de calor

potência, fluxo radiante watt W J/s m2kgs-3


... ... ... ... ...
57
Fonte: http://www.inmetro.gov.br/inovacao/publicacoes.asp
Prefixos do SI

Nome do Nome do
Fator Símbolo Fator Símbolo
Prefixo Prefixo

101 deca da 10-1 deci d


102 Hecto h 10-2 centi c
103 quilo k 10-3 mili m
106 mega M 10-6 micro µ
109 giga G 10-9 nano n
1012 tera T 10-12 pico p
1015 peta P 10-15 femto f
1018 exa E 10-18 atto a
1021 zetta Z 10-21 zepto z
1024 yotta Y 10-24 yocto y

58
Fonte: http://www.inmetro.gov.br/inovacao/publicacoes.asp
Múltiplos e submúltiplos
do metro
Denominação Símbolo Fator de multiplicação da unidade
exametro Em 1018 = 1 000 000 000 000 000 000 m
peptametro Pm 1015 = 1 000 000 000 000 000 m
terametro Tm 1012 = 1 000 000 000 000 m
gigametro Gm 109 = 1 000 000 000 m
megametro Mm 106 = 1 000 000 m
quilômetro km 103 = 1 000 m
hectômetro hm 102 = 100 m
decâmetro dam 101 = 10 m
metro m 1 =1m
decímetro dm 10-1 = 0,1 m
centímetro cm 10-2 = 0,01 m
milímetro mm 10-3 = 0,001 m
micrometro µm 10-6 = 0,000 001 m
nanometro nm 10-9 = 0,000 000 001 m
picometro pm 10-12 = 0,000 000 000 001 m
fentometro fm 10-15 = 0,000 000 000 000 001 m 59
attometro am 10-18 = 0,000 000 000 000 000 001 m
Equivalência do metro
em outras unidades

Unidades m
1 polegada (1") 0,0254
1 pé (1') 0,304799
1 jarda (1 yd) 0,914399
1 légua 6600
1 milha terrestre 1609,3
1 milha marítima 1852
1 braça 2,2
1 corrente 20,1168
1 vara 2,96 60
Regras para grafia de nomes e
símbolos das unidades e
expressão dos valores das
grandezas

Símbolos das unidades


a. m → metro
b. s → segundo
c. Pa → pascal
d. Ω → ohm
e. L ou l → litro
f. nm → não nµm
g. escreve-se 75 cm de comprimento, e não 75 cm. de comprimento
l = 75 cm e não 75 cms
h. coulomb por quilograma, e não coulomb por kg
Fonte: Fundamentos de metrologia científica e industrial/Armando Albertazzi, André R. de Souza. – Barueri, SP:
Manole, 2008

61
...Regras para grafia de nomes
e símbolos das unidades e
expressão dos valores das
grandezas
Nomes das unidades
Nome Símbolo
hertz Hz
newton N
pascal Pa
joule J
watt W
 2,6 m/s → ou 2,6 metros por segundo
 ºC é “grau Celsius” (a unidade grau começa pela letra “g” minúscula
e o adjetivo “Celsius” começa pela letra “C” maiúscula, pois este é
um nome próprio)
Fonte: Fundamentos de metrologia científica e industrial/Armando Albertazzi, André R. de Souza. – Barueri, SP: Manole, 2008
62
...Regras e convenções
de estilo para expressar
os valores das
grandezas
Valor e valor numérico de uma grandeza; utilização do
cálculo formal
O valor da velocidade de uma partícula v = dx/dt pode ser
expresso pelas expressões v = 25m/s = 90 km/h, onde 25
é o valor numérico da velocidade expresso na unidade
metro por segundo e 90 é o valor numérico da velocidade
expresso na unidade quilometro por hora.

63
Fonte: Fundamentos de metrologia científica e industrial/Armando Albertazzi, André R. de Souza. – Barueri, SP:
Manole, 2008
...Regras e convenções
de estilo para expressar
os valores das
grandezas

Símbolos de grandezas e símbolos de unidades


Por exemplo, a diferença de potencial elétrico máxima é
expressa na forma: Umax = 1000 V, e não U = 1000 Vmax.
A fração mássica de cobre na amostra de silício é
expressa na forma: w(Cu) = 1,3 x 10-6 , e não 1,3 x 10-6
w/w.

Fonte: Fundamentos de metrologia científica e industrial/Armando Albertazzi, André R. de Souza. – Barueri, SP: Manole, 2008

64
...Regras e convenções
de estilo para expressar
os valores das
grandezas

Grafia do valor de uma grandeza


a. m = 12,3 g, onde m é utilizado como símbolo da
unidade da grandeza massa, porém ϕ = 30 º 22 ’ 8 ’’,
onde ϕ é utilizado como símbolo da grandeza ângulo
plano.
b. t = 30,2 ºC, e não t = 30,2ºC, nem t = 30,2º C
c. Uma resistência de 10 kΩ
d. um filme de 35 milimetros de comprimento
e. l = 10,234 m, e não l = 10 m 23,4 cm

65
...Regras e convenções
de estilo para
expressar os valores
das grandezas

Grafia de números e do separador


decimal
a. -0,234, e não -,234
b. 43 279,168 29, e não 43.279,168.29
c. 3279,1683 ou 3 279,168 3

66
...Regras e convenções
de estilo para expressar
os valores das
grandezas
Multiplicação ou divisão de símbolos de grandezas,
de valores de grandezas ou de números
a. F = ma, para uma força igual a massa multiplicada
pela aceleração (53 m/s) x 10,2 s ou (53 m/s)(10,2 s)
b. 25 x 60,5, mas não 25 . 60,5
c. (20 m)/(5 s) = 4 m/s
d. (a/b)/c e não a/b/c
Fonte: Fundamentos de metrologia científica e industrial/Armando Albertazzi, André R. de Souza. – Barueri, SP:
Manole, 2008
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Fonte: Fundamentos de metrologia científica e industrial/Armando Albertazzi, André R. de Souza. – Barueri, SP: Manole, 2008
Fonte: Fundamentos de metrologia científica e industrial/Armando Albertazzi, André R. de Souza. – Barueri, SP: Manole, 2008
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Fonte: Fundamentos de metrologia científica e industrial/Armando Albertazzi, André R. de Souza. – Barueri, SP: Manole, 2008
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Fonte: Fundamentos de metrologia científica e industrial/Armando Albertazzi, André R. de Souza. – Barueri, SP:
Manole, 2008
Fonte: Fundamentos de metrologia científica e industrial/Armando Albertazzi, André R. de Souza. – Barueri, SP: Manole, 2008
72
SINMETRO - Sistema Nacional de
3 – Estrutura Metrologia, Normalização e
metrológica Qualidade Industrial

73

Fonte: DIMCI/INMETRO
...SINMETRO
O Sinmetro é um sistema brasileiro, constituído por
entidades públicas e privadas, que exercem atividades
relacionadas com metrologia, normalização, qualidade
industrial e certificação da conformidade.
O Sinmetro foi instituído pela Lei 5966 de 11.12.1973
com uma infraestrutura de serviços tecnológicos capaz
de avaliar e certificar a qualidade de produtos,
processos e serviços por meio de organismos de
certificação, rede de laboratórios de ensaio e de
calibração, organismos de treinamento, organismos de
ensaios de proficiência e organismos de inspeção,
todos acreditados pelo Inmetro.
74
...SINMETRO

Apoiam esse sistema os organismos de normalização, os


laboratórios de metrologia científica e industrial e de
metrologia legal dos estados. Essa estrutura está
formada para atender às necessidades da indústria, do
comércio, do governo e do consumidor.
O Sinmetro está envolvido em muitas atividades
relacionadas ao Programa Brasileiro de Qualidade e
Produtividade - PBQP, programa voltado para a melhoria
da qualidade de produtos, processos e serviços na
indústria, comércio e administração federal.

75
Organismos do
SINMETRO
Dentre as organizações que compõem o Sinmetro, as seguintes
podem ser relacionadas como principais:
 Conmetro e seus Comitês Técnicos;
 Inmetro;
 Organismos de Certificação Acreditados, (Sistemas da Qualidade,
Sistemas de Gestão Ambiental, Produtos e Pessoal);
 Organismos de Inspeção Acreditados;
 Organismos de Treinamento Acreditados;
 Organismo Provedor de Ensaio de Proficiência Credenciado;
 Laboratórios Acreditados – Calibrações e Ensaios – RBC/RBLE;
 Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT;
 Institutos Estaduais de Pesos e Medidas – IPEM;
 Redes Metrológicas Estaduais;
76
Funções - SINMETRO
Metrologia Científica e Industrial - o Sinmetro é de grande
importância para a ciência e a economia do Brasil, tendo em vista que
é o Sistema responsável pelas grandezas metrológicas básicas.
Metrologia Legal - esta área se constitui num dos maiores sistemas
conhecidos de defesa do consumidor no Brasil. O Inmetro atua como
coordenador da Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade -
RBMLQ, constituída pelos IPEM dos estados brasileiros.
Normalização e Regulamentação Técnica - uma das atividades do
Sinmetro é a de elaborar normas para dar suporte à regulamentação
técnica, facilitar o comércio e fornecer a base para melhorar a
qualidade de processos, produtos e serviços. A área de normalização
no Sinmetro está sob a responsabilidade da Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT), que tem autoridade para acreditar
Organismos de Normalização Setoriais (ONS) para o desempenho
dessas tarefas. 77
...Funções -
SINMETRO

Acreditação - na área de avaliação de conformidade, o Sinmetro


oferece aos consumidores, fabricantes, governos e exportadores
uma infraestrutura tecnológica calcada em princípios
internacionais, considerada de grande confiabilidade. Para que
isto seja possível, todos os serviços nesta área são executados
por organizações acreditadas pelo Inmetro.
Certificação - são os organismos de certificação acreditados,
que conduzem a certificação da conformidade no Sinmetro, nas
áreas de produtos, sistemas da qualidade, pessoal e meio
ambiente.
Ensaios e Calibrações - os ensaios e calibrações executados
no Sinmetro, são de responsabilidade dos laboratórios públicos,
privados ou mistos, nacionais ou estrangeiros, da RBC e RBLE.78
CONMETRO - Conselho
Nacional de Metrologia,
Normalização e Qualidade
Industrial
Atribuições
O Conmetro é o órgão normativo do Sinmetro e é presidido pelo
Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
O conselho é constituído pelos seguintes membros:
I - Ministros de Estado
 do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior;
 do Meio Ambiente;
 do Trabalho e Emprego;
 da Saúde;
 da Ciência, Tecnologia e Inovação;
 das Relações Exteriores;
 da Justiça;
 da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento;
 da Defesa. 79
...CONMETRO
II - Presidente do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e
Tecnologia
III - Presidente das seguintes Instituições:
 Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT
 Confederação Nacional da Indústria – CNI
 Instituto de Defesa do Consumidor – IDEC
 Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e
Turismo - CNC
 O Conmetro atua por meio de seus comitês técnicos assessores,
que são abertos à sociedade, pela participação de entidades
representativas das áreas acadêmica, indústria, comércio e
outras atividades interessadas na questão da metrologia, da
normalização e da qualidade no Brasil.
 Os comitês técnicos assessores do Conmetro são o CBN, CBAC, 80
CBM, CCAB E CBTC.
INMETRO – Instituto
Nacional de Metrologia,
Qualidade e Tecnologia

É uma autarquia federal, vinculada à Secretaria


Especial de Produtividade, Emprego e
Competitividade, do Ministério da Economia. O
Instituto atua como Secretaria Executiva do
Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e
Qualidade Industrial (Conmetro), colegiado
interministerial, que é o órgão normativo do Sistema
Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade
Industrial (Sinmetro).

81
...INMETRO
Objetivando integrar uma estrutura
sistêmica articulada, o Sinmetro, o
Conmetro e o Inmetro foram criados pela
Lei 5.966, de 11 de dezembro de 1973,
cabendo a este último substituir o então
Instituto Nacional de Pesos e Medidas
(INPM) e ampliar significativamente o
seu raio de atuação a serviço da
sociedade brasileira. 82
...INMETRO
No âmbito de sua ampla missão institucional, o
Inmetro objetiva fortalecer as empresas nacionais,
aumentando sua produtividade por meio da adoção
de mecanismos destinados à melhoria da qualidade e
da segurança de produtos e serviços.

Sua missão é: a medida certa para


promover confiança à sociedade e
competitividade ao setor produtivo.
83
...INMETRO
No Dentre as competências e atribuições do Inmetro
destacam-se:
 Executar as políticas nacionais de metrologia e da
qualidade;
 Verificar e fiscalizar a observância das normas
técnicas e legais, no que se refere às unidades de
medida, métodos de medição, medidas
materializadas, instrumentos de medição e produtos
pré-medidos;

84
...INMETRO
 Manter e conservar os padrões das unidades de
medida, assim como implantar e manter a cadeia de
rastreabilidade dos padrões das unidades de medida no
País, de forma a torná-las harmônicas internamente e
compatíveis no plano internacional, visando a sua
aceitação universal e a sua utilização com vistas à
qualidade de bens e serviços;
 Fortalecer a participação do País nas atividades
internacionais relacionadas com Metrologia e Avaliação
da Conformidade, promovendo o intercâmbio com
entidades e organismos estrangeiros e internacionais;
85
...INMETRO
 Prestar suporte técnico e administrativo ao Conselho
Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade
Industrial (Conmetro) e aos seus comitês assessores,
atuando como sua secretaria executiva;
 Estimular a utilização das técnicas de gestão da
qualidade nas empresas brasileiras;
 Planejar e executar as atividades de Acreditação de
Laboratórios de Calibração e de Ensaios, de
provedores de ensaios de proficiência, de
Organismos de Avaliação da Conformidade e de
outros necessários ao desenvolvimento da
infraestrutura de serviços tecnológicos no País; 86
...INMETRO
 Coordenar, no âmbito do Sistema Nacional de
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
(Sinmetro), a atividade de Avaliação da Conformidade,
voluntária e compulsória de produtos, serviços,
processos e pessoas;
 Planejar e executar as atividades de pesquisa, ensino,
desenvolvimento tecnológico em Metrologia e Avaliação
da Conformidade; e
 Desenvolver atividades de prestação de serviços e
transferência de tecnologia e cooperação técnica,
quando voltadas à inovação e à pesquisa científica e
tecnológica em Metrologia e Avaliação da
87

Conformidade.
88
Campus de laboratórios do
INMETRO - XERÉM

89
4 – Rastreabilidade da
medição às unidades do
SI

90

Fonte: VI SEMETRA
Bureau Internacional de
Pesos e Medidas (BIPM)
Foi criado pela Convenção do Metro, assinada em Paris,
em 20.05.1875 por 17 Estados -o Brasil foi um dos
dezessete estados signatários da Convenção do Metro,
por ocasião da última sessão da Conferência Diplomática
do Metro. Esta Convenção foi modificada em 1921.
Tem sua sede perto de Paris, nos domínios do Pavilhão
de Breteuil (43.520m2), Parque de Saint-Cloud, posto à
sua disposição pelo Governo francês; sua manutenção,
no que se refere às despesas, é assegurada pelos
Estados Membros da Convenção do Metro.
91
...BIPM
Tem por missão assegurar a unificação mundial das
medições, é encarregado de:
1. estabelecer os padrões fundamentais e as escalas
para a medição das principais grandezas físicas e de
conservar os protótipos internacionais;
2. efetuar a comparação de padrões nacionais e
internacionais;
3. assegurar a coordenação das técnicas de medição
correspondentes;
4. efetuar e coordenar as medições das constantes físicas
fundamentais relevantes para estas atividades. 92

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