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Alberto Sebastião

O Processo Sumario
(Licenciatura em Direito)

Universidade Rovuma
Lichinga
2021
Alberto Sebastião

O Processo Sumario

(Licenciatura em Direito)

Trabalho de Pesquisa Científica, a ser


entregue no Departamento de Direito, para
efeitos de avaliação, na cadeira de Direito
Processual Civil leccionada pelo Dr. Billy
Julane

Universidade Rovuma

Lichinga

2021
Índice
Introdução....................................................................................................................................3
Objectivos....................................................................................................................................3
Metodologia.................................................................................................................................3
1. Processo Sumário.................................................................................................................5
2. Disposições reguladoras.......................................................................................................6
3. Campo de aplicação.............................................................................................................6
Fazes do Processo Sumario..........................................................................................................7
Fase dos articulados.....................................................................................................................7
Contestação..................................................................................................................................8
Resposta à contestação.................................................................................................................8
Prazo............................................................................................................................................9
Revelia.........................................................................................................................................9
Fase da Condensação.................................................................................................................10
Audiência preliminar..................................................................................................................10
Selecção da matéria de facto......................................................................................................11
Fase da Instrução, Discussão e julgamento................................................................................11
Indeferimento Liminar...............................................................................................................12
Recurso......................................................................................................................................12
Características do processo sumário...........................................................................................12
Conclusão...................................................................................................................................14
Bibliografia................................................................................................................................15
3

Introdução
O Presente trabalho de pesquisa científica tem como abordagem, a Processo Sumario. O
processo sumario, tem como a principal característica a celeridade das fazes, visto que
este tem é pelas disposições que lhes são próprias e pelas disposições gerais comuns
(artigo 463º do CPC), Porem as disposições do processo sumario não são bem
especificadas no nosso código, mas de acordo com este, em tudo quanto não estiver
prevenido numas e noutras, observar-se-á o que se acha estabelecido para o processo
ordinário. O processo sumario, carrega consigo todas as fazes do processo, ou seja,
articulados, saneamento e condensação do processo, instrução, discussão e juramento da
causa e sentença.

Objectivos
Objectivos gerais

 Abordar a cerca do Processo Sumario e as suas características.

Objectivos Específicos

 Definir o que é um processo Sumario;


 Mencionar as fases existentes no processo sumário conforme o plasmado no
dispositivo apropriado;
 Caracterizar e Distinguir o Processo Sumario do Processos Ordinário.

Metodologia
Método é o conjunto das actividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança
e economia, permite alcançar os objectivos, conhecimentos validos e verdadeiros, para
traçar o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliado as decisões do cientista.
Para a concretização deste projecto foi graças aos seguintes métodos. (Lakatos &
Marconi, 2003, p. 83)

Quanto ao método científico:

 Dedutivo: Sugere uma análise de problemas do geral para o particular, através


de uma cadeia de raciocínio decrescente. Neste método pesquisamos o tema no
todo, trazendo aqui pesquisas feitas sobre o tema, e teorias para realizar-se a
pesquisa.
4

Quanto ao procedimento técnico:

 Pesquisa Bibliográfica: Concebida a partir de materiais já publicados. A


pesquisa realizou-se, através de manuais, obras e artigos já publicados que
abordam sobre o problema em questão.


5

1. Processo Sumário
Processo sumario é aquele que diferentemente do ordinário, há um resumo das fazes
processuais fazendo com que seja flexível e rápido; Porém, este tipo de processo a
acção só é intentada em casos que o valor da causa, não exceda a alçada do tribunal
judicial de província e não se aplica nas acções sobre estado de pessoas e interesses
imateriais.1

Quando se diz que o valor da causa não pode exceder a alçada do tribunal judicial de
província, fala-se que este valor não pode exceder cinquenta vezes o salário nacional
(artigo 38º da lei 24/2007), o mesmo diploma também explica que o salário mínimo
referido é aquele que vigora para a função pública (artigo 118º ). Nas acções sobre o
estado de pessoas e interesses imateriais, estamos a falar primeiro daquelas
situações familiares, sociais ou políticas, enquanto o segundo estamos a abordar
mais para o campo abstracto, ou seja, situações morais, psicológicas e outras.

O processo sumário serve para julgar pessoas detidas em flagrante delito e que tenham
praticado um crime punível com pena de prisão inferior a 5 anos. Ou seja, as pessoas
têm de ter sido apanhadas no momento em que cometiam o crime ou logo a seguir a
terem cometido o crime.2

De acordo com este autor, contrariamente ao que ocorre com o processo ordinário, o
processo sumário é menos solene. Ou seja, o processo sumário não precisa seguir todos
os procedimentos exigidos em um processo normal, visto que o ministério público já
apresenta as provas concretas para que de imediato seja este agente do crime punido
pelo crime cometido.

O rito sumário é reservado aos delitos que tenham sanção máxima cominada inferior a 4
anos de pena privativa de liberdade. São, entretanto, excluídos desse rito os delitos para
os quais haja procedimento especial, bem como as infracções de menor potencial
ofensivo (crimes com pena máxima até 2 anos e contravenções penais), para as quais se
adopta o rito sumaríssimo.3

1
Timbane, Tomás. Lições de Processo Civil. p. 419
2
Visto em “https://www.e-konomista.pt/processo-sumario/”

3
Visto em “https://trilhante.com.br/trilha/tjsp/curso/procedimento-comum-juri-e-procedimento-
sumario/aula/procedimento-sumario-1”
6

O objectivo do processo sumário é tornar mais rápida, simples e eficaz a resolução de


casos de pequena e média criminalidade.4

2. Disposições reguladoras
O processo sumário é regulado pelas disposições que lhe são próprias e pelas
disposições gerais e comuns. Em tudo quanto não estiver prevenido numas e noutras,
observar-se-á o que se acha estabelecido para o processo sumario. 5 Em alguns casos
quando uma acção vai alem o do previsto para o processo sumário, as disposições
utilizadas para este tipo de caso são as disposições do processo ordinário comum.

Imagine que houve um assassinato e agente do crime foi encontrado no local e com
todas as provas, mas no decorrer do processo apercebem-se que precisam de mais
provas pois podem ter prendido um cúmplice e não o próprio assassino, logo envocar-
se-a a fase da instrução do processo, em condições normas não poderia se invocar pois
no principio tinham todas as possíveis provas para o julgar.

Timbane (2010), afirma que o código do processo cível, regula o processo declarativo
sumário em poucas disposições (artigos 783.º a 792.º). (p. 419)

3. Campo de aplicação
Cabe as acções que não corresponda o processo ordinário6, ou seja, acções que o valor
da acção, não exceda a alçado do tribunal de província; e se destinem ao cumprimento
de obrigações pecuniárias, à indemnização por dano e à entrega de coisas moves.7

O campo de aplicação deste tipo de processo é exactamente nas acções do processo de


conhecimento em que precisa-se declarar o direito duma determinada coisa (objecto), e
também naquelas acções executivas em que o direito já foi declarado mas uma parte da
instancia não quer ceder a coisa, dai recorresse aos tribunais para que este ceda
coercivamente, ai pode-se usar o processo sumario uma vez que existem provas
concretas e que não precisa apurar-se a verdade com investigações.

Castro afirma que:

Para a sua caracterização, tanto basta, pois, que à disposição


referida se apontem os desvios consignados na lei, com relação
4
Idem.
5
Castro, Anselmo de (1982). Direito Processual Civil Declaratório. P.377
6
Idem.
7
Idem.
7

ao processo ordinário, que se sintetizam na aceleração da


marcha do processo em ordem a uma mais rápida realização do
direito. (Castro, 1982, p. 377)

De acordo com o artigo 462º do CPC, o processo sumario é aplicado somente quando o
valor da causa na exceder a alçada do tribunal de Distrito. Ou seja, para o calculo do
valor da causa, utiliza-se a fórmula que a lei 24/2007, disponibiliza no seu artigo 38º, é
de vinte e cinco e dez vezes o salário mínimo.

4. Fazes do Processo Sumario


As fazes designam-se por os tramites legais que um determinado processo deve seguir,
não cumprindo uma das fazes corre risco do mesmo processo ser nulo.

Tal como o processo ordinário, o processo comporta as mesmas cinco fazes: articulados,
saneamento e condensação do processo, instrução, discussão e julgamento da causa e
sentença. Em todo caso, existem diferenças que resultam de esta forma processual ser
denominada pelo princípio de celeridade.8

O princípio da celeridade, revela-se na necessidade de organização do processo para que


chegue ao seu termo tão rapidamente quanto possível. Ele manifesta-se, por exemplo,
na fixação dos prazos para a prática de actos pelas partes ou pelo tribunal, na
possibilidade de adiamento dos actos, na possibilidade de suspensão da instância, nas
regras de continuidade das diligências ou de marcação dos actos adiados. Revela-se,
ainda, na qualificação como urgentes de alguns actos ou tipo de processos.

4.1. Fase dos articulados


No processo sumário são admissíveis três articulados: a petição inicial, a contestação
(artigo 783.º) e a resposta à contestação (artigo 785.º e 786.º), sendo os primeiros e este
ultimo eventual.9

A petição inicial será o articulado que dará impulso ao inicio do processo, ou seja, o
articulado mais importantes que sem ele o processo não poderá existir; a contestação é o
articulado de contradiz ou aceita o que se disse no primeiro articulado, neste caso,
somente a instancia tida como réu é que poderá redigir uma contestação; A resposta à
contestação é um articulado eventual, mas para que o autor responda uma contestação
este deve respeitar o disposto no artigo 502º do Código do processo civil.
8
Timbane, Tomas (2010). Lições de Processo Civil. p. 419
9
Idem.
8

Haverá, porém lugar a resposta se o réu se defender por excepção ou deduzir


reconvençao e nas acções de declaração negativa.10

Castro diz que, a palavra excepção pode ser a excepção material como a dilatória,
embora impropriamente quanto a esta, quando de conhecimento oficioso.

Três são os pontos em que, na fase dos articulados, o processo sumário difere do
processo ordinário:11

 Não há Replica nem tréplica, podendo, em vez da primeira, ter lugar um


articulado de resposta do autor à contestação ou à reconvencao;
 São mais curtos os prazos para a apresentação dos articulados;
 Havendo revelia operante e sendo concludentes os factos alegados pelo autor, o
juiz pode proferir uma sentença abreviada.

4.2. Contestação
A falta de contestação importa a condenação imediata no pedido e não já apenas a
admissão dos factos, salvo se a citação for edital ou a acção respeitar a direitos
indispensáveis ou a pretensão ilícita.12Isto é Nos dizeres da lei quando a vontade das
partes for ineficaz para produzir efeitos jurídico que pela acção se pretende obter.
Situação que, como se observou já, é insusceptível de verificar-se no âmbito do
processo ordinário.

4.3. Provas13

O numero de testemunhas é apenas de 10 no total e de 3 para cada facto.

4.4. Resposta à contestação


A resposta à contestação serve para o autor responder às excepções deduzidas pelo réu
(artigo 785.º), para responder ao pedido reconvencional ou para o autor impugnar os
factos constitutivos que o réu tenha alegado e para alegar os factos impeditivos ou
extintivos do direito invocado pelo réu (artigo 786.º).14

10
Castro, Artur Anselmo de. Direito processual civil Declaratório. P.378
11
Freitas, José Lebre de (2000). Acção Declarativo Comum. P. 307
12
Castro, Artur Anselmo de. Direito processual civil Declaratório. P.378
13
Idem
14
Timbane, Tomas (2010). Lições de Processo Civil. p. 419
9

Pode, pois, concluir-se que nesta forma de processo o autor não pode alterar o pedido e
a causa de pedir, contrariamente ao que o corre no processo ordinário (artigo 502.º,
n.˚4), justamente porque o réu não terá oportunidade para responder a essa alteração.15

A designação de resposta limita a função do articulado: desempenhando a mesma


função primária, não pode já desempenhar a função secundária, que a réplica pode
realizar, de alteração ou ampliação do pedido ou da causa de pedir; o autor tem de
conter a sua alegação de facto nos limites da defesa (por impugnação e por excepção) e
a invocação do seu direito nos limites do pedido deduzido na petição inicial, sem
prejuízo de poder aproveitar o articulado para completar ou corrigir a causa de pedir
invocada na petição inicial ou para ampliar o pedido nela deduzido nos termos
permitidos.16

4.5. Prazo
O prazo geral para apresentar a contestação é de 10 dias e se o réu alegar qualquer
excepção (artigo 785.º), deduzir reconvenção ou trata-se de uma acção de simples
apreciação negativa (artigo 786.º), terá o autor o prazo de 5 dias no primeiro caso e 10
dias nos dois últimos casos para responder, terá o autor o prazo de 5 dias no primeiro
caso e 10 dias nos dois últimos casos para responder.17

4.6. Revelia
Não tendo o réu contestado, não se verificando nenhuma excepção ao efeito
cominatório da revelia e verificando-se os pressupostos processuais, o juiz, se entender
que da aplicação da lei aos factos provados por admissão resulta a procedência da
acção, pode liminar-se, na sentença a proferir, a aderir aos fundamentos invocados pelo
autor na petição inicial, estando dispensado da fundamentação, ainda que sumaria, da
decisão.18

Os efeitos da revelia estão plasmados no artigo 484º do Código do Processo civil onde
se o réu tiver sido citado devidamente conforme o descrito nos artigos 228º a 263º do
mesmo diploma, este não contestar, os factos arrolados no articulado normal (Petição
inicial), são considerados verdadeiros; e é dado aos advogados para examinarem o

15
Timbane, Tomas. Lições do Processo Civil. p. 420
16
Freitas, José Lebre de (2000). Acção Declarativo Comum. P. 308
17
Idem.
18
Freitas, José Lebre de (2000). Acção Declarativo Comum. P. 309
10

processo com o prazo de oito dias conforme o número 2 do artigo 484º do Código de
Processo civil.

4.7. Fase da Condensação


Nesta fase são seleccionados somente os pontos mais importantes do processo; É a fase
em que é conduzido o processo, delimitando o que se vai discutir no julgamento.

Dois são os pontos em que, na fase da condensação, o processo sumário difere do


processo ordinário:

 A audiência preliminar tem nele carácter excepcional;


 A selecção da matéria de facto pode ser nele dispensada.

4.8. Audiência preliminar


Tem lugar somente quando a complexidade da causa seja, superior à normal ou haja
necessidade de actuar o princípio contraditório.19

O princípio contraditório, é tradicionalmente entendido como de defesa perante uma


pretensão de outrem, tem hoje uma noção mais ampla, como garantia de participação
real das partes no desenvolvimento da lide, através da possibilidade de, em igualdade,
influenciarem os seus elementos (factos, provas, etc.) da lide.20

Este princípio dá oportunidade ao réu para que o mesmo contradiga as alegações do


autor, sem este princípio estaríamos a violar um dos princípios constitucionais, que é o
Principio da universalidade e igualdade (artigo 35º da Constituição da Republica de
Moçambique).

Primeira situação verifica-se quando a selecção da matéria de facto possa suscitar


duvidas e quando tenham sido levantadas nos articulados questões de direito
necessitadas de clarificação.

A segunda situação verifica-se quando o juiz deva, no despacho saneador, conhecer de


mérito ou duma excepção dilatória levantada pelas partes, sem que a sua apreciação se
revista de manifesta simplicidade, e quando o juiz se proponha decidir a causa com base
em questão, de facto ou de direito, de conhecimento oficioso e não discutida entre as
partes nos articulados.

19
Freitas, José Lebre de (2000). Acção Declarativo Comum. P. 310
20
Alves, João , G., António & Santos, J. (2007). Direito Civil e Processual Civil (Tomo II). P.121
11

Terceiro, deve ser elaborada base instrutória e tal tarefa assuma complexidade que o
justifique.21

4.9. Selecção da matéria de facto


Haja ou não audiência preliminar, se a selecção da matéria de facto controvertida se
revestir de simplicidade, permite ao juiz dispensar a selecção da matéria de facto.22

4.10. Fase da Instrução, Discussão e julgamento


O artigo 791.º, n˚ 1 impõem que a instrução, discussão e julgamento da causa nos
processos sumários se façam perante o tribunal singular, salvo quando as partes ou o
ministério público o requeiram que se faça perante o tribunal colegial.23

São as seguintes as especialidades do processo sumário:24

 Quando a audiência tenha lugar perante o tribunal colectivo, a ele preside


sempre o juiz do processo;
 Os debates sobre a matéria de facto não podem exceder 1 hora por cada
advogado, não havendo direito a réplica;
 A decisão da matéria de facto constará de despacho proferido logo após a
produção da prova;
 As alegações de direito são orais e não poderão exceder 1 hora por cada
advogado;
 A sentença de mérito é dotada, em regra, de imediata exequibilidade.

A discussão do aspecto jurídico da causa é sempre oral, não podendo os advogados usar
da palavra mais do que uma vez. No caso de adiamento, a discussão e julgamento da
causa devem efectuar-se num dos dez dias imediatos, não podendo haver um segundo
adiamento, salvo se não for possível constituir o tribunal ou se, alem de ocorrer algum
fundamento legal, houver acordo das partes (artigo 790.º).25

A matéria de facto e de direito são julgadas separadamente, como no processo


ordinário. O interrogatório é feito pelo juiz presidente, quando intervenha o colectivo
que o pode delegar nos advogados.26
21
Geraldes, António Santos Abrantes (1997). Temas da Reforma do Processo Civil. p.101
22
Idem.
23
Idem
24
Idem. P.12
25
Timbane, Tomas. Lições de Direito Civil. p. 422
26
Castro, Artur Anselmo de. Direito processual civil Declaratório. P.379
12

5. Indeferimento Liminar
A petição inicial só pode ser liminarmente indeferida em menos casos do que nos
processo ordinário (artigo 784), designadamente quando se reconheça que a petição é
inepta, quando seja manifesta a incompetência absoluta do tribunal, a falta de
personalidade ou de capacidade judiciaria do autor ou do réu ou a sua ilegitimidade ou
quando a acção for proposta fora do tempo, quando a caducidade seja de conhecimento
oficioso. Para além destes casos, a petição pode ser liminarmente indeferida quando ao
juiz se afigure que o autor pretende realizar um fim proibido por lei.27

6. Recurso
Segundo Castro (1982), a sentença é imediatamente exequível, pois a apelação tem
sempre efeito meramente devolutivo. (p. 379)

O agravo do despacho proferido sobre reclamações contra o questionário, sobre com o


primeiro recurso que, interposto posteriormente, suba imediatamente. Nos demais casos
apenas subirá com o que se interpuser da sentença final.28

7. Características do processo sumário


 É um procedimento mais célere, cujas causas são de mais fácil prova;
 São mais curtos os prazos para a apresentação dos articulados;
 O procedimento sumário poderá ser utilizado nas causas cuja o valor não exceda
sessenta vezes o salário mínimo (critério valor);
 A audiência preliminar tem nele carácter excepcional;
 A selecção da matéria de facto pode ser nele dispensada;
 Quando a audiência tenha lugar perante o tribunal colectivo, a ele preside
sempre o juiz do processo;
 As alegações de direito são orais e não poderão exceder 1 hora por cada
advogado;
 A sentença de mérito é dotada, em regra, de imediata exequibilidade;

8. Execuções Sumarias
De acordo com o Código do Processo Civil, estão sujeitas à forma sumaria as execuções
fundadas em actas de conciliação ou mediação, decisão judicial condenatória ou

27
Idem.
28
Castro, Artur Anselmo de. Direito processual civil Declaratório. P.379-380
13

arbitral, ainda que ilíquida, desde que a liquidação dependa de simples cálculo
aritmético.29

29
Artigo 465º do Código do Processo Civil.
14

Conclusão
Concluindo, o processo sumário é o mais célere de todos os processos existentes no
sistema processual que vigora no nosso ordenamento jurídico.

Este tem as mesmas fazes do processo ordinário mas, o que distingue estes dois é facto
do processo sumario as fazes serem muito resumidas, pode ser pelo facto de existirem
todas as provas ou o facto de o delito não precisar de investigação. O prazo para
contestar neste tipo de processo é no máximo de 10 dias; Há uma certa limitação nos
números de testemunhas, sendo no máximo de 10 testemunhas.

As alegações de Direito são orais, estes não podem exceder 1 hora para cada advogado;
e o Indeferimento liminar neste tipo de processo é sempre excepcional, ou seja, pode
não existir.
15

Bibliografia
Alves, João, G., António & Santos, J. (2007). Direito Civil e Processual Civil (Tomo
II). Editora INA – Instituto Nacional de Administração Palácio dos Marqueses de
Pombal: Portugal

Castro, Artur Anselmo de (1982). Direito processual civil Declaratório. Vol. III.
Portugal, Coimbra: Livraria Almedina

Timbane, Tomas (2010). Lições de Direito Civil. Escolar Editora. Moçambique:


Maputo

Freitas, José Lebre de (2000). Acção Declarativo Comum. Portugal: Coimbra Editora

Geraldes, António Santos Abrantes (1997). Temas da Reforma do Processo Civil. Vol.
II. Portugal, Coimbra: Livraria Almedina

Processo Sumario. Visto em: “https://www.e-konomista.pt/processo-sumario/”

Procedimento Sumario. Visto em:


“https://trilhante.com.br/trilha/tjsp/curso/procedimento-comum-juri-e-procedimento-
sumario/aula/procedimento-sumario-1”

Legislação:

Código de Processo Civil – Decreto. Lei n.˚ 44 129, de 28 de Dezembro de 1961

Lei n.˚ 24/2007 de 20 de Agosto

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