1. Introdução..................................................................................................................1
5. Interposição e efeitos................................................................................................5
6. Efeitos........................................................................................................................5
7. Momento de subida...................................................................................................5
8. Recurso de agravo....................................................................................................6
9. Conclusão..................................................................................................................7
10. Bibliografia...............................................................................................................8
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1. Introdução
O recurso de apelação e de agravo são considerados como recursos ordinários,
entre outros como o recurso de revista e o recurso para o tribunal pleno. No agravo
ainda se distingue o agravo em primeira instância e o agravo em segunda instância.
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2. Aplicação do recurso de apelação vs recurso de agravo e questão do
conhecimento do mérito da causa.
Para se diferenciar o campo de aplicação destes tipos de recursos (recursos
ordinários) há que dividi-los em três categorias:
Tribunais de Comarca;
Tribunais de Relação;
Uma causa pode iniciar-se em primeira instância, em qualquer destes três tribunais,
consoante a causa de que se trate.
1 - Os campos de aplicação dos vários recursos podem delimitar-se entre si por dois
critérios: pelo objecto do recurso, ou pelo fundamento com que se recorre;
3 - Esta matéria dos recursos está bastante confusamente regulada na lei, que além
de nas suas disposições gerais oferece lugar a perplexidade (art.691° CPC), ainda
contém diversos pontos em que manda aplicar um outro recurso de forma por vezes
discutível (art.922° CPC).
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3. Apelação e agravo em primeira instância.
Proferida uma decisão em primeira instância, dela pode caber (os recursos
ordinários) um de dois recursos: apelação ou agravo em primeira instância. " De
todas as decisões pode apelar-se", diz o art. 691°CPC.
A apelação delimita-se exclusivamente pelo seu objeto. Assim sendo, qualquer que
seja o fundamento por que se recorrer, se se recorre de decisão final de mérito,
recorre-se de apelação.
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5. Interposição e efeitos
É interposto por via de um requerimento dirigido ao tribunal que proferiu a decisão
recorrida, no qual deve se especificar a espécie de recurso. É entregue na secretaria
do tribunal recorrido porque a admissão ou não do recurso ainda é da competência
do Juiz a quo. A competência para julgamento do recurso é do Tribunal Supremo.
Leis n°. 18/88 e 2020/88. Impõe-se referir que quando for instituído o Tribunal de
Relação a competência para o julgamento da apelação deverá passar para aquele
tribunal. O requerimento deve dar entrada no prazo de 8(oito) dias, sendo que a
entrada do mesmo fixa a data da interposição do recurso (art.685° e 687° CPC).
6. Efeitos
No processo declarativo ordinário, o recurso de apelação produz em regra efeito
suspensivo, enquanto estiver pendente o recurso da decisão impugnada, não é
susceptível de execução.
7. Momento de subida
A apelação sobe nos próprios autos e imediatamente. Sobe imediatamente porque
julgada a questão, nada mais sucederá em termos de resolução do litígio (há um
esgotamento do poder jurisdicional). Sobe nos próprios autos porque após o
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julgamento da causa não subsistem razões quaisquer objectivas que impeçam a
remessa de todo o processo. No regime do momento de apresentação das
alegações, neste, as partes podem sempre optar por apresentar as alegações em
primeira ou em segunda instância. Querendo alegar em primeira instância, a parte
que tiver interesse dispõe de até 2 (dois) dias contando da efectivação do depósito
das custas devidas ao exame para alegações (art.698°CPC). No exame das
questões, quando tenha sido admitido como apelação e a conferência entender que
é agravo, o respectivo acórdão é notificada às partes que ainda não tenham alegado
para apresentarem as respectivas alegações no prazo de 8 (oito) dias (art.
702°CPC).
8. Recurso de agravo
O recurso de agravo cabe de decisões recorríveis que incidem sobre os
pressupostos processuais e trâmites do processo. Destina-se a corrigir erros de
procedimento que sejam susceptíveis de influenciar o julgamento do litígio. Socorre-
se pelo critério de exclusão de partes, e sempre que estivermos perante uma
situação que não trata de uma decisão final ou despacho saneador que incide sobre
o mérito da causa, o recurso próprio é o agravo. Quer se trate de decisões iniciais
(proferidas na fase introdutória do processo), interlocutórias (proferidas no decurso
do processo e não conduzem aa extinção da instância), ou finais (põe efectivamente
fim ao processo) desde que não conheçam o mérito da causa serão impugnáveis
por via do agravo.
O agravo é tido como recurso ordinário atípico por poder dispensar na sua
tramitação alguma das fazes processuais de tramitação, nomeadamente a
expedição, por poder ser resolvido pelo tribunal que profere a decisão, podendo este
reparar o agravo. No recurso de agravo, as partes terão necessariamente de
apresentar as alegações em primeira instância dado o facto de o juiz ter de cumprir
com o disposto no art. 744° CPC, sustentar o despacho ou reparar o agravo. O
tribunal competente é o Tribunal Supremo ou de Relação. Na interposição o agravo
tem o efeito meramente devolutivo. Na expedição o efeito é suspensivo. O prazo do
deste recurso em regra é de 3 dias art. 743°, a excepção consta no art. 746° ou na
altura em que o agravo subir. O agravo com subida imediata o prazo é de 8 dias. O
agravo com subida diferida, o legislador determina que a subida fica condicionada a
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existência de um recurso dominante ou interesse do agravante, respectivamente e
não havendo, a organização definitiva do saneador ou depois do trânsito em julgado
da decisão (art.735°CPC).
9. Conclusão
Em guisa de conclusão, vamos interpretar a ideia de conhecimento de mérito da
causa e encontrar-mos duas interpretações diferentes: Uma puramente volutiva,
sustentada pelo professor Palma Carlos: conhecer de mérito é decidir de mérito;
outra a Intelectual volutiva, que informa algumas soluções do professor Alberto dos
Reis: Conhecer de mérito é decidir de mérito só quando o conteúdo da decisão é
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acertado pelo dissidente por exame, não quando o conteúdo da decisão de mérito
seja vinculativamente imposto por normas processuais.
Na verdade, a decisão sobre o mérito da causa que esta sentença implica, não é
propriamente o mérito da causa, segundo o professor Alberto dos Reis, dado que é
tomada cingindo-se a vontade livre, e desde que valida as partes.
10. Bibliografia
Mendes, João Castro. Direito processual civil, 3.º Volume revisto e actualizado,
Lisboa, Edição AAFDL, 1989.