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Projecto de Pontes – Ponte Ferroviária de Tabuleiro em Caixão

1. ÍNDICE GERAL
I. PREFÁCIO ...........................................................................................................13

1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................14

2. OBJECTIVOS .........................................................................................................15

2.1. GERAL .............................................................................................................15

2.2. ESPECÍFICOS ..................................................................................................15

3. LOCALIZAÇÃO, TOPOGRAFIA, RASANTE .....................................................16

3.1. LOCALIZAÇÃO DA RASANTE ....................................................................16

3.2. TOPOGRAFIA .................................................................................................17

3.3. RASANTE ........................................................................................................17

3.4. PERFIL TRANSVERSAL ...............................................................................17

3.5. GEOLOGIA ......................................................................................................18

3.6. DESCRIÇÃO DA SOLUÇÃO ADOPTADA ..................................................18

3.7. SUPERESTRUTURA ......................................................................................19

3.8. INCLINAÇÃO ..................................................................................................19

3.9. ACABAMENTOS ............................................................................................19

3.11. GUARDA-BALASTROS .............................................................................20

3.12. GUARDA-CORPOS .....................................................................................20

3.13. JUNTAS DE DILATAÇÃO .........................................................................20

3.14. SISTEMA DE DRENAGEM ........................................................................20

3.18. FUNDAÇÕES ...............................................................................................21

4. PROCESSOS DE CÁLCULO E REGULAMENTAÇÃO .....................................21

4.1. TABULEIRO ....................................................................................................22

4.3. FUNDAÇÕES ..................................................................................................22

4.4. ENCONTROS ..................................................................................................22

4.5. OUTROS ELEMENTOS ..................................................................................23

5.1.3. DEFINIÇÃO DO ANDAMENTO DO CABO EQUIVALENTE ................25

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5.2. PILARES ..........................................................................................................25

1.2. QUANTIFICAÇÃO DAS ACÇÕES ...................................................................30

1.2.1. ACÇÕES PERMANENTES.............................................................................30

1.2.2. ACÇÕES VARIÁVEIS.................................................................................31

1.2.2.1. COMBOIO-TIPO ......................................................................................31

1.2.2.2. COEFICIENTE DINÂMICO – ARTIGO 51O..............................................32

1.2.2.5. FORÇAS DE ARRANQUE E DE FRENAGEM – ARTIGO 54O........33

1.2.2.6. ACÇÕES EM PASSEIOS E GUARDAS –ARTIGO 55O ............................33

1.2.2.7. ACÇÃO DO VENTO –ARTIGO 56O ..........................................................34

1.2.4. SIMPLES VERIFICAÇÃO DA ALTURA DO TABULEIRO ....................59

Combinação de Acções ...............................................................................................60

1.3. DETERMINAÇÃO DO PRE-ESFORÇO ........................................................63

1.3.7. DETERMINAÇÃO DAS CARGAS EQUIVALENTES DEVIDAS AO PRÉ-


ESFORÇO ...................................................................................................................69

1.5. DETERMINAÇÃO DA ARMADURA DE PRE-ESFORÇO .........................98

1.6. ANÁLISE DA FASE DE SEVIÇO ..................................................................99

1.7. Perdas de pré-esforço ......................................................................................104

1.8. ANÁLISE DE SECÇÕES SUJEITAS A CARGAS CONCENTRADAS .........121

1.9. CÁLCULO DE ARMADURAS ORDINÁRIAS ...........................................123

1.10. DIMENSIONAMENTO DE DIAFRAGMA PARA OS APOIOS ............125

1.11. DETERMINAÇÃO DO MOMENTO TORSOR ........................................125

2. INFRA-ESTRUTURA ..........................................................................................153

2.1. APARELHOS DE APOIO .............................................................................153

2.1.1. COMPRESSÃO MÁXIMA ........................................................................154

2.4.3. DETERMINAÇÃO DA ESPESSURA DO MACIÇO DE


ENCABEÇAMENTO DE ESTACAS ..................................................................177

2.4.5. DIMENSIONAMENTO DAS ESTACAS ..............................................178

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2.4.7. VERIFICAÇÃO DAS DIMENSÕES DAS ESTACAS FACE AOS


ESFORÇOS ...............................................................................................................178

3. CONCLUSÕES .....................................................................................................203

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................204

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ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1: Localização da futura ponte ferroviária. ..........................................................16
Figura 2: Perfil transversal do rio Umbeluzi; ..................................................................17
Figura 3: Processo construtivos VS vão livre..................................................................23
Figura 4: Secção transversal ...........................................................................................29
Figura 5: Representação esquemática do comboio-tipo. .................................................31
Figura 6: Representação esquemática da forca de lacete. ...............................................33
Figura 7: Representação esquemática das acções em guardas e passeios. ......................33
Figura 8: Acções permanentes .........................................................................................36
Figura 9: Carga uniformemente distribuida nos passeios. ...............................................37
Figura 10: Carga concentrada nos dois passeios .............................................................38
Figura 11: Carga concentrada num só passeio. ...............................................................39
Figura 12: Acção do comboio-tipo. .................................................................................40
Figura 13: Sequência de cálculo. .....................................................................................41
Figura 14: Geometria da secção transversal. ...................................................................43
Figura 15: Cargas permanentes. ......................................................................................45
Figura 16: Cargas variáveis: comboio-tipo. ....................................................................48
Figura 17:Cargas variáveis: sobrecarga em passeios. .....................................................51
Figura 18: Carga variável: sobrecarga actuando num só passeio. ...................................54
Figura 19: Cargas permanentes para verificar a altura da ponte. ....................................59
Figura 20: Definição do andamento do cabo equivalente. ..............................................68
Figura 21: Cargas equivalentes uniformemente distribuídas de pré-esforço. .................69
Figura 22: Cargas equivalentes pontuais de pré-esforço. ................................................70
Figura 23: Sistema estático com acção da carga permanente na fase 1. .........................71
Figura 24: Diagrama de Momentos devido a acção da carga permanente na fase 1. ......71
Figura 25: Sistema estático com acção da cargas equivalentes de pré-esforço na fase 1.
.........................................................................................................................................71
Figura 26: Diagrama de Momentos devido a acção da cargas equivalentes de pré-esforço
na fase 1. ..........................................................................................................................71
Figura 27:Sistema estático com acção da carga permanente na fase 2 ...........................72
Figura 28: Diagrama de Momentos devido a acção da carga permanente na fase 2. ......72
Figura 29: Sistema estático com acção da carga permanente considerando que construiu-
se o tabuleiro de uma única vez até a fase 2. ...................................................................72

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Figura 30: Diagrama de Momentos devido a acção da carga permanente considerando


que construiu-se o tabuleiro de uma única vez até a fase 2. ............................................73
Figura 31:Sistema estático com acção da cargas equivalentes de pré-esforço na fase 2.
.........................................................................................................................................73
Figura 32: Diagrama de Momentos devido a acção da cargas equivalentes de pré-esforço
na fase 2. ..........................................................................................................................73
Figura 33:Sistema estático como cargas equivalentes considerando que construiu-se o
tabuleiro de uma única vez até a fase 2. ..........................................................................73
Figura 34: Diagrama de Momentos devida a acção das cargas equivalentes de pré-esforço
considerando que construiu-se o tabuleiro de uma única vez até a fase 2.......................74
Figura 35: Factor para determinação dos efeitos de fluência. ........................................74
Figura 36: Sistema estático com acção da carga permanente na fase 3. .........................79
Figura 37:Diagrama de Momentos devido a acção da carga permanente na fase 3. .......80
Figura 38: Sistema estático com acção da carga permanente considerando que construiu-
se o tabuleiro de uma única vez até a fase 3. ...................................................................80
Figura 39: Diagrama de Momentos devido a acção da carga permanente considerando
que construiu-se o tabuleiro de uma única vez até a fase 3. ............................................80
Figura 40: Sistema estático com acção da cargas equivalentes de pré-esforço na fase 3.
.........................................................................................................................................80
Figura 41: Diagrama de Momentos devido a acção da cargas equivalentes de pré-esforço
na fase 3. ..........................................................................................................................81
Figura 42: Sistema estático como cargas equivalentes considerando que construiu-se o
tabuleiro de uma única vez até a fase 3. ..........................................................................81
Figura 43: Diagrama de Momentos devida a acção das cargas equivalentes de pré-esforço
considerando que construiu-se o tabuleiro de uma única vez até a fase 3.......................81
Figura 44: Sistema estático com acção da carga permanente na fase 4. .........................84
Figura 45: Diagrama de Momentos devido a acção da carga permanente na fase 4. ......84
Figura 46: Sistema estático com acção da carga permanente considerando que construiu-
se o tabuleiro de uma única vez até a fase 4 ....................................................................84
Figura 47: Diagrama de Momentos devido a acção da carga permanente considerando
que construiu-se o tabuleiro de uma única vez até a fase 4. ............................................84
Figura 48: Sistema estático com acção da cargas equivalentes de pré-esforço na fase 4
.........................................................................................................................................85

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Figura 49: Diagrama de Momentos devido a acção da cargas equivalentes de pré-esforço


na fase 4. ..........................................................................................................................85
Figura 50: Sistema estático como cargas equivalentes considerando que construiu-se o
tabuleiro de uma única vez até a fase 4. ..........................................................................85
Figura 51: Diagrama de Momentos devida a acção das cargas equivalentes de pré-esforço
considerando que construiu-se o tabuleiro de uma única vez até a fase 4.......................85
Figura 52: Redistribuição dos esforços devida acção do pré-esforço até a fase 4...........87
Figura 53: Sistema estático com acção da carga permanente na fase 5. .........................88
Figura 54: Diagrama de Momentos devido a acção da carga permanente na fase 5. ......88
Figura 55: Sistema estático com acção da carga permanente considerando que construiu-
se o tabuleiro de uma única vez até a fase 5. ...................................................................89
Figura 56: Diagrama de Momentos devido a acção da carga permanente considerando
que construiu-se o tabuleiro de uma única vez até a fase 5. ............................................89
Figura 57; Sistema estático com acção da cargas equivalentes de pré-esforço na fase 5.
.........................................................................................................................................89
Figura 58: Diagrama de Momentos devido a acção da cargas equivalentes de pré-esforço
na fase 5. ..........................................................................................................................89
Figura 59: Sistema estático como cargas equivalentes considerando que construiu-se o
tabuleiro de uma única vez até a fase 5. ..........................................................................90
Figura 60: Diagrama de Momentos devida a acção das cargas equivalentes de pré-esforço
considerando que construiu-se o tabuleiro de uma única vez até a fase 5.......................90
Figura 61: Sistema estático com acção da carga permanente na fase 6. .........................93
Figura 62; Diagrama de Momentos devido a acção da carga permanente na fase 6. ......93
Figura 63: Sistema estático com acção da carga permanente considerando que construiu-
se o tabuleiro de uma única vez até a fase 6. ...................................................................94
Figura 64: Diagrama de Momentos devido a acção da carga permanente considerando
que construiu-se o tabuleiro de uma única vez até a fase 6. ............................................94
Figura 65: Sistema estático com acção da cargas equivalentes de pré-esforço na fase 6.
.........................................................................................................................................94
Figura 66: Diagrama de Momentos devido a acção da cargas equivalentes de pré-esforço
na fase 6. ..........................................................................................................................94
Figura 67: Sistema estático como cargas equivalentes considerando que construiu-se o
tabuleiro de uma única vez até a fase 5. ..........................................................................95

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Figura 68: Diagrama de Momentos devida a acção das cargas equivalentes de pré-esforço
considerando que construiu-se o tabuleiro de uma única vez até a fase 5.......................95
Figura 69: Sistema estático com cargas do balastro e outros elementos permanentes. .100
Figura 70: Sistema estático com carga permanente bruta. ............................................100
Figura 71: Sistema estatico com carga de pre-esforco considerando um cabo continuo.
.......................................................................................................................................101
Figura 72: Sistema estático com acção do comboio-tipo ..............................................102
Figura 73: Perímetro efectivo para avaliação da torção. ...............................................129
Figura 74: Diagrama dos esforços transversos devido às cargas permanentes. ............130
Figura 75: Reações de apoio..........................................................................................164
Figura 76: Coeficientes de forma. .................................................................................165
Figura 77: Sistema estático do pilar com actuação do vento. ........................................167
Figura 78: Sistema estático do pilar com actuação conjunta das acções do vento e da agua.
.......................................................................................................................................169
Figura 79: Concepção do encontro ................................................................................183
Figura 80:Quantificação das acçõe ...............................................................................184
Figura 81:Pré-dimensionamento....................................................................................184
Figura 82:Planta do encontro.........................................................................................185
Figura 83;Fase construtiva.............................................................................................186
Figura 84:Base do encontro ...........................................................................................187
Figura 85: Verificação de excentricidade ......................................................................189
Figura 86: Verificação da estabilidade de talude (Bishop)............................................190
Figura 87:Parede de coroamento ...................................................................................191
Figura 88: Figure 4:Resultado-esforços VS ponto de aplicação ...................................191
Figura 89: Esforços na parede testa ...............................................................................193
Figura 90:Esforços na Base da Fundação ......................................................................195
Figura 91: Estabilidade externa .....................................................................................200

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ÍNDICE DE TABELAS:
Tabela 1:Determinação de características geométricas ...................................................30
Tabela 2:Cargas permanentes ..........................................................................................34
Tabela 3:Cargas variáveis................................................................................................35
Tabela 4: Cargas pemanentes na secção transversal .......................................................35
Tabela 5: Cargas variáveis na secção transversal ............................................................36
Tabela 6:Quadro resumo dos esforços.............................................................................40
Tabela 7: Fórmulas de cálculo para carregamento simétrico ..........................................42
Tabela 8: Fórmulas de cálculo para carregamento assimétrico .......................................42
Tabela 9: Valores auxiliares calculados. .........................................................................44
Tabela 10: Resumo de esforços internos. ........................................................................53
Tabela 11: Resumo de esforços internos. ........................................................................58
Tabela 21: Faixa de valores de pré-esforço para verificar a descompressão nas fibras
inferiores. .........................................................................................................................64
Tabela 22: Faixa de valores de pré-esforço para verificar a descompressão nas fibras
superiores. ........................................................................................................................66
Tabela 12: Redistribuição dos esforços devida acção da carga permanente até a fase 2.
.........................................................................................................................................75
Tabela 13: Redistribuição dos esforços devida acção da equivalentes de pré-esforço até
a fase 2. ............................................................................................................................78
Tabela 14: Redistribuição dos esforços devida acção da carga permanente até a fase 3.
.........................................................................................................................................82
Tabela 15: Redistribuição dos esforços devida acção do pré-esforço até a fase 3. ........83
Tabela 16: Redistribuição dos esforços devida acção da carga permanente até a fase 4 86
Tabela 17: Redistribuição dos esforços devida acção da carga permanente até a fase 5.
.........................................................................................................................................90
Tabela 18: Redistribuição dos esforços devida acção do pré-esforço até a fase 5. .........92
Tabela 19: Redistribuição dos esforços devida acção da carga permanente até a fase 6.
.........................................................................................................................................95
Tabela 20: Redistribuição dos esforços devida acção do pré-esforço até a fase 6. .........97
Tabela 23: Pré-esforço na secção dos apoios. ...............................................................103
Tabela 24: Pré-esforço nos vãos. ...................................................................................103
Tabela 25: Cabos de reforço. .........................................................................................104
Tabela 26: Resumo das perdas instantâneas. .................................................................117

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Tabela 27: Resumo das perdas diferidas. ......................................................................120


Tabela 28:Resumo de armaduras a dispor no banzo superior e consola ................124
Tabela 29: Resumo de armaduras a dispor na alma ......................................................124
Tabela 30:Resumo de armadura a dispor no banzo inferior ..........................................125
Tabela 31: Esforços transversos devido às cargas permanentes....................................131
Tabela 32: esforços transversos devido ao comboio tipo. .............................................131
Tabela 33: Combinação dos esforços transversos .........................................................132
Tabela 34: Esforços transversos devido ao pré-esforço. ...............................................135
Tabela 35: Esforços transversos hiperestáticos na secções críticas. ..............................138
Tabela 36: Esforços transversos finais. .........................................................................139
Tabela 37: Resumo de armaduras ..................................................................................150
Tabela 38: Alturas dos pilares da ponte.........................................................................163
Tabela 39: Características geométricas da secção do pilar............................................163
Tabela 40: Dados necessários para cálculo de armaduras. ............................................174
Tabela 41:Forcas VS ponto de aplicação ......................................................................186
Tabela 42: Comparação entre esforços actuantes e resistentes. ....................................187
Tabela 43: Forças VS pontos de aplicação. ...................................................................188
Tabela 44: Dimensionamento do limite da frente do pilar - resultados.........................188
Tabela 45: Forças atuantes no centro da base da sapata ................................................188
Tabela 46: Cargas de serviço atuantes no centro da base da sapata ..............................189
Tabela 47:Dimensionamento da parede de coroamento-esforços. ................................192
Tabela 48: Forças VS pontos de aplicação. ...................................................................193
Tabela 49:Comparação dos esforços atuantes e resistente ............................................194
Tabela 50: Forcas VS pontos de aplicação ....................................................................196
Tabela 51: Comparação dos esforços actuantes e resistentes. .......................................196
Tabela 52: Comparação dos esforços actuantes e resistentes. .......................................197
Tabela 53: Tensões na base da fundacao .......................................................................198
Tabela 54: Forças atuantes no centro da base da sapata ................................................198
Tabela 55: Cargas de serviço atuantes no centro da base da sapata ..............................199
Tabela 56: Verificação de excentricidade .....................................................................199
Tabela 57: Verificação da cap. de carga da sapata ........................................................199
Tabela 58:Verificação da estabilidade global do talude (Bishop) .................................200
Tabela 59: Forças actuantes VS resistentes. ..................................................................201
Tabela 60: Verificação da estabilidade ao tombamento ................................................201

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Tabela 61: Verificação da estabilidade ao tombamento ................................................202


Tabela 62: Verificação de deslizamento ........................................................................202

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ÍNDICE DE GRÁFICOS
Gráfico 1: Diagrama de esforços tranversos....................................................................37
Gráfico 2: Diagrama de mpomentos flectores ................................................................37
Gráfico 3: Diagrama de esforços transversos. .................................................................38
Gráfico 4: Diagrama de momentos flectores ...................................................................38
Gráfico 5: Diagrama de esforços transversos. .................................................................38
Gráfico 6: Diagrama de momentos flectores. ..................................................................39
Gráfico 7: Diagrama de esforços transverso ..................................................................39
Gráfico 8: Diagrama de momentos flectores. ..................................................................39
Gráfico 9: Diagrama de momentos flectores. ..................................................................40
Gráfico 10: Diagrama de esforços transversos. ...............................................................46
Gráfico 11: Diagrama de momentos flectores. ................................................................46
Gráfico 12: Diagrama de esforços transversos. ...............................................................48
Gráfico 13: Diagrama de momentos flectores. ................................................................49
Gráfico 14: Diagrama de esforços transversos. ...............................................................51
Gráfico 15: Diagrama de momentos flectores. ................................................................51
Gráfico 16: Diagrama de esforços transversos. ...............................................................54
Gráfico 17: Diagrama de momentos flectores. ................................................................54
Gráfico 18: Diagrama de momentos flectores. ................................................................59
Gráfico 19:Redistribuição dos esforços devida acção da carga permanente até a fase 2.
.........................................................................................................................................77
Gráfico 20:Redistribuição dos esforços devida acção do pré-esforço até a fase 2. .........79
Gráfico 21: Redistribuição dos esforços devida acção da carga permanente até a fase 3.
.........................................................................................................................................82
Gráfico 22: Redistribuição dos esforços devida acção da carga permanente até a fase 3.
.........................................................................................................................................83
Gráfico 23: Redistribuição dos esforços devida acção da carga permanente até a fase 4.
.........................................................................................................................................87
Gráfico 24: – Redistribuição dos esforços devida acção da carga permanente até a fase
.........................................................................................................................................88
Gráfico 25: Redistribuição dos esforços devida acção da carga permanente até a fase 5.
.........................................................................................................................................91
Gráfico 26: Redistribuição dos esforços devida acção da carga permanente até a fase 5.
.........................................................................................................................................93

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Projecto de Pontes – Ponte Ferroviária de Tabuleiro em Caixão

Gráfico 27: Redistribuição dos esforços devida acção da carga permanente até a fase 6
.........................................................................................................................................96
Gráfico 28: Redistribuição dos esforços devida acção da carga permanente até a fase 6.
.........................................................................................................................................98
Gráfico 29: Diagrama de Momentos finais devida acção do peso próprio. ...................99
Gráfico 30: Sistema estático com cargas do balastro e outros elementos permanentes.
.......................................................................................................................................100
Gráfico 31: Diagrama do esforco transverso devida a accao da carga permanente bruta
.......................................................................................................................................100
Gráfico 32: Diagrama de Momentos totais devida a accao o pre-esforco. ...................101
Gráfico 33: Diagrama de esforço transverso devida a acção do pre-esforco. ...............101
Gráfico 34: Envolvente de momentos devida a acção do comboio-tipo. ......................102
Gráfico 35: Envolvente de esforcos transversos devida a accao do comboio-tipo. ......102
Gráfico 36: Parábola 1 (0<x<40m)................................................................................105
Gráfico 37: Parábola 2 (40<x<66,9m)...........................................................................106
Gráfico 38:Parábola 3 (66,9<x<105m)..........................................................................107
Gráfico 39:Parábola 4 (105<x<135m)...........................................................................108
Gráfico 40: Parábola 5 (135<x<175m)..........................................................................109
Gráfico 41: Parábola 6 (175<x<205m)..........................................................................110
Gráfico 42: Parábola 7(205<x<240m)...........................................................................111
Gráfico 43: Parábola 8 (240<x<275m)..........................................................................112
Gráfico 44: Parábola 9 (275<x<310m)..........................................................................113
Gráfico 45: Parábola 10 (310<x<340m)........................................................................114
Gráfico 46: Parábola 11 (340<x<375m)........................................................................115
Gráfico 47: Diagrama dos esforços transversos devido ao comboio tipo. ....................131
Gráfico 48: Andamento do cabo equivalente. ...............................................................133
Gráfico 49: Diagrama de esforços transversos devido ao pré-esforço unitário. ............135
Gráfico 50: Diagrama de esforços transversos. .............................................................167
Gráfico 51: Diagrama de momentos flectores. ..............................................................168
Gráfico 52: Diagrama de esforços transversos. .............................................................171
Gráfico 53: Diagrama de momentos flectores. ..............................................................171

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Projecto de Pontes – Ponte Ferroviária de Tabuleiro em Caixão

I. PREFÁCIO

No âmbito da disciplina de Pontes que por sua vez também é o Projecto do Curso, o
grupo foi colocado o desafio de elaborar um projecto de uma ponte localizada na bacia
do Umbeluzi (rio Umbeluzi) em Boane.

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Projecto de Pontes – Ponte Ferroviária de Tabuleiro em Caixão

1. INTRODUÇÃO
A presente memória é referente ao projecto executivo da ponte ferroviária sobre o rio
Umbeluzi, localizada localizada ao 𝐾𝑚 37 + 700 da Linha de Goba, em Moçambique.
A linha ferroviária de Goba, efectua a ligação entre o porto de Maputo e a Suazilândia,
representando elevada importância para países interinos sem ligação a portos
internacionais.

A ponte antiga apresentava-se num estado avançado de degradação, em resultado de uma


insuficiente manutenção, ao longo dos anos, e de inúmeros embates de comboios, devido
a limitações de gabarit vertical e horizontal, impostos pela estrutura metálica.

A ponte será em betão armado e pré-esforçado, tabuleiro em caixão apoiada em pilares e


encontros, com uma altura de 9,60 𝑚 em relação ao ponto mais baixo do leito do rio. Para
vencer o vão de 375,00 𝑚 foi adoptado um sistema estático em viga contínua de seis
tramos, sendo que os centrais com 67,00 𝑚 de comprimento e extremos com 53,5 𝑚.

A ponte será de classe I, dimensionada para resistir as acções de tráfego ferroviário de


acordo regulamento RSA e comportará uma via estreita.

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 14


Projecto de Pontes – Ponte Ferroviária de Tabuleiro em Caixão

2. OBJECTIVOS
2.1.GERAL
 Dimensionamento de uma ponte ferroviaraia, com tabuleiro em caixao sobre o rio
Umbeluzi.

2.2.ESPECÍFICOS
 Delimitar a bacia do rio Umbeluzi
 Fazer o estudo de cheias do rio Umbeluzi
 Conceber o tipo de ponte a implantar no rio.
 Dimensionar a ponte

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3. LOCALIZAÇÃO, TOPOGRAFIA, RASANTE


3.1.LOCALIZAÇÃO DA RASANTE

A obra de arte desenvolve-se entre ao 𝐾𝑚 37 + 700 da Linha de Goba, em Moçambique,


tendo em planta um desenvolvimento recto ao longo de toda a sua extensão.

Figura 1: Localização da futura ponte ferroviária.

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3.2.TOPOGRAFIA

A topografia é relativamente acidentada, apresentado um grande leito de cheias na


margem direita como mostra a figura 2.

Figura 2: Perfil transversal do rio Umbeluzi;

Perfil Transversal do Rio Umbelúzi


25
23
21
19
17
15
13
11
9
7
5
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375

Zrio (m) Máx cheia 14 Fev 1918


Cheia máx normal (1956-1965) Rasante Ponte Ferroviária
Zrio (m) Máx cheia 14 Fev 1918
Cheia máx normal (1956-1965) Rasante Ponte Ferroviária

3.3. RASANTE

Para o traçado da rasante teve-se em conta a necessidade de minimização dos volumes de


terra a movimentar, que em conjunto com o facto de se estar sobre um rio não navegável
levou a adopção de uma folga de 2,00 m.

De modo a permitir a drenagem das águas pluviais foi adoptada uma inclinação
longitudinal de 0,5%. Está prevista uma junta de dilatação em material de borracha com
500 mm de espessura na extremidade móvel do tabuleiro, de modo a garantir o livre
movimento do mesmo.

3.4.PERFIL TRANSVERSAL
Para o pré-dimensionamento da secção transversal da ponte, foi tomado como base as
recomendações patentes na apresentação Aula de pontes – Tipo de Superestrutura (Pag.

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 17


Projecto de Pontes – Ponte Ferroviária de Tabuleiro em Caixão

11), e posteriormente foram realizadas verificações quanto a capacidade da mesma face


as solicitações, onde resultou nalgumas correções.

Transversalmente o tabuleiro possui uma plataforma com uma largura constante de


7,60m, comportando os seguintes elementos principais:

 Dois passeios com 1,60m de largura cada, feitos em lajetas de betão acoplado ao
caixão;
 Uma via estreita com 4,4m de largura, com o balastro em basalto e o sistema de
carris;
 Guarda-rodas, guarda balastros e vigas de bordadura em betão, guarda-corpos e
guarda de segurança metálicos

3.5.GEOLOGIA

Dos resultados obtidos do reconhecimento geológico e geotécnico do local de


implantação da obra, foi efectuado o zoneamento geotécnico a partir do Software
Quantum QGIS, considerando-se:

 Grupo: Solos basálticos vermelhos


 Domínio: Argilo castanho avermelhado escuro, profundidade variável
 Geologia do solo: Manto basáltico ao longo do soc
 Forma da terra: Planícies e encostas
 Topografia: Quase plano 0 – 2
 Textura: FAgAr – Ag
 Drenagem: Moderada
 Profundidade: 30 – 150
 Acidez: Forte a mode acido 4.8 - 6.5
 Material: Moderada a alta
 Sal na superfície: Não salgado

3.6.DESCRIÇÃO DA SOLUÇÃO ADOPTADA

Para a concepção da pontes há vários condicionantes que devem ser tomados em


consideração, desde o vão a vencer, o processo construtivo, etc. Para vencer o vão livre

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 18


Projecto de Pontes – Ponte Ferroviária de Tabuleiro em Caixão

de 375,00 m, foi adoptado o sistema estático em viga contínua constituída por quatro
tramos centrais iguais de 67 m e dois vãos extremos iguais com 53,4 m.

A opção por este esquema estático foi motivada pela dimensão do vão livre, pela
rentabilidade dos tabuleiro em caixão e por razões ambientais, não pretendendo criar um
“obstáculo a visão”.

Os pilares foram posicionados de modo a não reduzir a secção de vazão do escoamento


de caudais normais, evitando a subida do nível da água significativamente e uma possível
escavação nas proximidades dos pilares pela passagem de água junto deles durante todo
ano. Serão alinhados com os pilares da antiga ponte de modo a garantir o acima referido
e ter uma boa relação estética.

3.7.SUPERESTRUTURA
A superestrutura é em tabuleiro em caixão de betão armado e pré esforçado. A opção
por este tipo de laje deve-se a necessidade de ter vão de comprimentos
consideravelmente grandes (acima dos 50m) consequentemente a redução do número de
pilares e melhoria da resistência por aumento da altura útil.

A secção do tabuleiro apresenta transversalmente uma variação da altura na parte em


consola e dos banzos, buscando aumentar a rigidez nos nós do caixão que unem os
elementos do tabuleiro. As almas são de espessura constante ligeiramente inclinadas
(≅8°) em relação ao eixo vertical. O tabuleiro apoia-se longitudinalmente em encontros
e pilares.

3.8.INCLINAÇÃO

Foi prevista uma inclinação transversal do banzo superior de 2,5% que garante o
escoamento transversal das águas.

3.9.ACABAMENTOS

Serão usadas chapas de cofragem lisas que deixarão uma superfície que não precise de
tratamento especial, i.e., acabamentos.

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 19


Projecto de Pontes – Ponte Ferroviária de Tabuleiro em Caixão

3.10. PASSEIOS

Os passeios serão de betão leve, com uma largura de 1.60m e terão uma espessura variável
com o mínimo de 0.20m na extremidade.

3.11. GUARDA-BALASTROS

Para evitar a saída do material granular prevê-se a colocação de guarda-balastros de betão


pré-fabricados.

3.12. GUARDA-CORPOS

Para a protecção dos peões está prevista a colocação de guarda-corpos, constituídos por
elementos metálicos. Prevê-se que estes tenham comprimentos iguais e uma separação
aos 40 m, abrangendo a ponte em todo seu comprimento da ponte, e colocadas junto das
vigas de bordadura nos passeios. A altura destes é de 1.20m.

3.13. JUNTAS DE DILATAÇÃO

Para permitir os movimentos do tabuleiro devidos às variações de temperatura, efeitos de


retracção e de fluência do betão, prevê-se juntas de dilatação num dos encontros. As juntas
serão de borracha com 99 mm espessura.

3.14. SISTEMA DE DRENAGEM

Para permitir um bom escoamento das águas pluviais, para além das inclinações
transversais referida, serão instalados tubos de queda que estarão localizados junto aos
apoios (encontros e pilares) dum e do outro lado do tabuleiro, totalizando catorze tubos
de queda.

3.15. PILARES

Os pilares serão em betão armado pelo facto destes apresentarem boas características
técnicas e económicas. Adoptou-se pilares vazado com semicírculos nas extremidades,
na zona Central e Maciço tipo parede, maciços, com secção oval na zona da extremidade.

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Projecto de Pontes – Ponte Ferroviária de Tabuleiro em Caixão

3.16. ENCONTROS

Foram adoptados encontros aparentes, constituídos por muros testa (em consola) e muros
avenida encastrados no muro testa. Os mesmos foram dimensionados de forma a:

 Adequar-se as condições topográficas, geotécnicas e ao tipo de superestrutura;


 Acomodar os aparelhos de apoio da superestrutura e permitir o acesso para a sua
manutenção;
 Suportar as cargas transmitidas pela superestrutura, e impulsos de terras
transmitidos pelo solo adjacente.

Para a drenagem dos encontros prevê-se a colocação de geotéxteis, um filtro de areia e


um tubo de drenagem em PVC que descarrega a água do lado passivo do encontro.

3.17. APARELHOS DE APOIO

Os aparelhos de apoio serão elastoméricos, do tipo neoprene, constituídos por seis


camadas de borracha sintética, intercaladas com chapas de aço macio de espessura 4 mm.
Esta solução melhora a deformabilidade sem que se altere a mobilidade horizontal. Terão
uma espessura total de 99mm, e as dimensões em planta serão de 500mm x 500mm.

3.18. FUNDAÇÕES

Serão adoptadas fundações directas e indirectas, predominando as fundações directas


devido as características do solo. Adoptam-se fundações directas para os pilares e para
um dos encontros (margem oeste) e uma fundação indirecta para o encontro da margem
este.

4. PROCESSOS DE CÁLCULO E REGULAMENTAÇÃO

Na determinação dos esforços característicos nos vários elementos constituintes da ponte,


foram utilizados processos de cálculo manual, e em algum casos recorreu-se a programas
de cálculo automático.

Seguiu-se o preconizado em regulamentos em vigor no nosso pais: o RSA (Regulamento


de Segurança e Acções em Estruturas de Edifícios e Pontes) e o REBAP (Regulamento

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Projecto de Pontes – Ponte Ferroviária de Tabuleiro em Caixão

de Estruturas de Betão Armado e Pré-Esforçado). Foram também consideradas acções


para pontes ferroviais de classe I.

Foi considerada a obra na classe I e as acções correspondentes estipuladas pelo RSA para
pontes desta classe e para a zona territorial onde se localiza.

4.1.TABULEIRO

Em concordância com o RSA, foram considerados as seguintes solicitações sobre o


tabuleiro:

 Acções Permanentes: peso próprio;


 Acções Variáveis: cargas de tráfego, forças de frenagem e arranque, sobrecargas
em passeios, acções em guardas e acção do vento sobre veículos;

No que diz respeito aos estados limites, fixaram-se para o tabuleiro as seguintes condições
de verificação da segurança:

 Estados limites de utilização (fendilhacao e deformacao)


 Estados limites últimos de resistência.

4.2.PILARES

A segurança dos pilares foi verificada em relação aos estados últimos de resistência,
utilizando-se as mesmas combinações de acções consideradas no cálculo do tabuleiro.

4.3.FUNDAÇÕES

A segurança exterior das fundações do pilar foi verificada através da comparação entre
as tensões actuantes e as tensões admissíveis.

4.4.ENCONTROS

Em relação aos encontros, a sua segurança global foi verificada em relação aos estados
limites de equilíbrio, a segurança das peças de betão armado foi verificada em relação aos
estados limites últimos de resistência e a segurança das fundações foi verificada através
da comparação entre as tensões actuantes e as tensões admissíveis.

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Projecto de Pontes – Ponte Ferroviária de Tabuleiro em Caixão

4.5. OUTROS ELEMENTOS

A segurança para os restantes elementos estruturais foi verificada quer por estados limites
últimos de resistência (caso das peças de betão armado) quer por tensões admissíveis
(caso das tensões nos aparelhos de apoio).

5. PROCESSOS CONSTRUTIVO
5.1.TABULEIRO

Na figura, representa-se o domínio de aplicação, no que concerne ao comprimento do


vão, dos métodos construtivos anteriormente descritos.

Figura 3: Processo construtivos VS vão livre.

5.1.1. SOLUÇÃO ADOPTADA


A ponte a construir sobre o Rio Umbeluzi estudada será construída tramo a tramo com
recurso a um cimbre móvel inferior. A particularidade do processo construtivo desta
ponte, única até à data, é que o cimbre utilizado na sua construção é um cimbre que utiliza
pré-esforço orgânico.
No processo de construção tramo a tramo o tabuleiro é construído numa única direcção
com as juntas de betonagem na zona de momentos nulos ou seja, perto do 1/5 de vão.
O cimbre é posicionado no vão do tabuleiro a construir, apoiando-se nos dois pilares do
tramo a construir. O cimbre terá um comprimento que permita executar de uma vez 4/5

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 23


Projecto de Pontes – Ponte Ferroviária de Tabuleiro em Caixão

do vão mais 1/5 do vão seguinte, ficando, nesta fase, o 1/5 do vão seguinte a funcionar
como estrutura em consola.

A betonagem de cada tramo é realizada de forma contínua, a toda a largura do tabuleiro.


A betonagem do 1º troço inicia-se junto do pilar, betonando equilibradamente para cada
um dos lados até atingir um comprimento de L/5 de cada lado, prosseguindo-se em
seguida à betonagem até ao tabuleiro anteriormente construído.

O pré-esforço é aplicado assim que o betão atinja a resistência mecânica especificada no


projecto de execução de pré-esforço. O esticamento dos cabos é feito a partir da
extremidade do tabuleiro em consola. Depois de aplicado o pré-esforço procede-se então
à descofragem do tramo e, em seguida, o cimbre avança para o vão seguinte.

Adoptando o mesmo faseamento e a mesma progressão são construídos os tramos


seguintes até que o tabuleiro fique totalmente construído.
Resumindo, são seis as fases principais na construção de tabuleiros tramo a tramo, a saber:

 Esticamento dos cabos de pré-esforço


 Abertura das cofragens
 Avanço do cimbre
 Fecho das cofragens e respectiva correcção na sua altimetria e inclinação
transversal
 Transporte e colocação das armaduras passivas pré-moldadas e de pré-esforço
 Betonagem do tramo;

A cadência de trabalhos deve ser constante. A velocidade de execução que permite obter
um maior rendimento é de ciclos semanais. As tarefas devem ser realizadas da seguinte
forma:
 2ª Feira – Esticamento dos cabos
 3ª Feira – Avanço do cimbre
 4ª e 5ª Feira – Colocação da armadura
 6ª Feira – Betonagem
 Sábado e Domingo – Cura do Betão

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5.1.2. ESFORÇOS DESENVOLVIDOS NA FASE DE CONSTRUÇÃO


E importante notas que na fase de construção há esforços que serão gerados e devem ser
tomados em conta para que não ocorram imprevistos na mesma fase.
A análise dos esforços que serão gerados no tabuleiro durante a construção será feita fase
a fase de forma isolada, mas para o dimensionamento das armaduras, será considerada a
sobreposição dos efeitos, dado que na realidade os esforços não se vão fazer sentir na
estrutura de forma isolada.

5.1.3. DEFINIÇÃO DO ANDAMENTO DO CABO EQUIVALENTE


5.2.PILARES
O processo construtivo a usar para a execução dos pilares será o uso de cofragens
metálicas. A escolha deste processo prende-se ao facto de ser de fácil execução
comparativamente a outros e não introduzir esforços significativos para a estrutura em
construção. A cofragem irá apoiar-se na fundação.

Respeitar-se-á o comportamento hidrológico do rio, devendo o início das obras coincidir


com o período de estiagem. Para reduzir a quantidade de água serão feitas ensecadeiras
(com recurso a estacas pranchas) e bombagem de água, processo que será igualmente
empregue para a construção das fundações.

5.3.FUNDAÇÕES

Na fase inicial da execução da ponte, serão feitas escavações para o movimento de terras,
precedidas de remoção da terra vegetal, limpeza e o respectivo transporte para o
vazadouro. As escavações serão feitas até a profundidade das cotas do projecto em toda
superfície que se pretende construir.

5.4.ENCONTROS

Os encontros serão utilizados como elementos de suporte principais para execução da


superestrutura. Após a execução das fundações serão executadas os muros testa e avenida
(colocação das cofragens de chapas metálicas, armação e betonagem), estando estes
últimos encastrados nos primeiros.

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 25


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6. ACABAMENTOS

Esta fase consistirá, essencialmente, na colocação e montagem dos acessórios e elementos


indispensáveis para o suporte, utilização, funcionamento e durabilidade da ponte, entre
os quais: passeios, guarda-corpos, dispositivos de drenagem, juntas de dilatação, aterros,
remoção do equipamento e limpeza geral.

7. ETAPAS DA CONSTRUÇÃO

A construção da ponte deve seguir as etapas abaixo estabelecidas, devendo-se sempre


seguir a arte de bem construir. Todos os elementos de betão armado devem ser betonados
de uma só vez com a excepção da laje de tabuleiro e pilares que serão betonados em
partes.

Etapa 1: Execução da fundação dos pilares e encontros

 Abertura de caboucos;
 Introdução do betão de limpeza;
 Montagem das armaduras;
 Montagem da cofragem;
 Betonagem.

Etapa 2: Execução dos pilares

 Montagem da armadura;
 Colocação da cofragem;
 Betonagem.

Etapa 3: Montagem dos aparelhos de apoio

Para a montagem dos aparelhos de apoio no topo dos pilares será necessário que os
operadores se apoiem nas chapas metálicas dos caveletes sem por em risco a sua
integridade física. Para os encontros o acesso a mesa de apoio é mais fácil não sendo
necessários dispositivos ascensores.

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Projecto de Pontes – Ponte Ferroviária de Tabuleiro em Caixão

Etapa 4: Montagem dos cavaletes

 Colocação das pranchas de Madeira sobre o solo;


 Colocação e fixação dos cavaletes sobre as pranchas.

Etapa 5: Execução da laje do tabuleiro

 Montagem da cofragem;
 Montagem da armadura;
 Betonagem da laje.

Etapa 6: Acabamentos e montagem dos acessórios

8. MATERIAIS

Os materiais a serem usados na obra serão armazenados, protegidos contra os agentes


atmosféricos e humidade, livres de elementos que prejudiquem a resistência e aderência
necessária e terão a qualidade que garanta a boa qualidade final da obra.

8.1.SUPERESTRUTURA
 Betão da classe B40;
 Aço macio A400 NR;
 Armadura de pré-esforço 1860/1690.

8.2.INFRA-ESTRUTURA
 Betão da classe B35 para os encontros e suas fundações, e B30 para os pilares e
suas fundações;
 Aço macio A400 NR.

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Projecto de Pontes – Ponte Ferroviária de Tabuleiro em Caixão

Memória
de
Cálculo
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Projecto de Pontes – Ponte Ferroviária de Tabuleiro em Caixão

1. SUPERESTRUTURA
1.1.DEFINIÇÃO DA SECÇÃO TRANSVERSAL

Figura 4: Secção transversal

6,100

7,600
0,450 0,450

0,200
0,750 0,800 0,800 2,000 0,800 0,800 0,750

0,100
1
4 5 6 32

0,197
0,45
3,700

2,707
3,150

0,245
8
9

0,250
0,350 0,350
0,450 2,000 0,450
3,600

𝐴𝑐 = 6,454 𝑚2

𝐴𝑖𝑥𝑌𝑖 14,3824
𝑌𝑐 = = = 2,228 𝑚
𝐴𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 6,454

𝑋𝑐 = 0

𝐼𝑥 = 𝐼𝑥𝑖 + 𝐴𝑖 𝑥 (𝑌𝑖 − 𝑌𝑐 )2 = 11,7692958 𝑚4

𝐼𝑥 11,546
𝑊𝑥, 𝑖𝑛𝑓 = = = 5,18 𝑚3
𝑌𝑐 2,228
3,601
3,550
3,465
3,332

3,299

𝐼𝑥 11,546
𝑊𝑥, 𝑠𝑢𝑝 = = = 7,844 𝑚3
1,727

ℎ − 𝑌𝑐 3,7 − 2,228
0,330

0,125

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Projecto de Pontes – Ponte Ferroviária de Tabuleiro em Caixão

Tabela 1:Determinação de características geométricas

H Nr. Ai 2
B Aiyi Ixi totais Ai(yG-yi)
i de yi [m] Ixi [m4]
[m] [m] [m2] [m3] [m4] [m4]
figs.
6,1
1 0,3 1 1,8300 3,5500 6,4965 0,0137 0,0137 3,1961
0
0,7
2 0,2 2 0,3000 3,6000 1,0800 0,0005 0,0010 0,5643
5
0,7
3 0,1 2 0,0760 3,4650 0,2633 0,0012 0,0023 0,1162
5
4 0,8 0,2 2 0,1580 3,3300 0,5261 0,0028 0,0057 0,1917
0,4
5 0,2 2 0,1780 3,3000 0,5874 0,0003 0,0006 0,2049
5
6 0,8 0,2 2 0,1580 3,3300 0,5261 0,0028 0,0057 0,1917
0,4
7 3 2 2,7600 1,7250 4,7610 1,0125 2,0250 0,6995
5
0,3 0,24
8 2 0,0860 0,3300 0,0284 0,0004 0,0009 0,3100
5 5
9 3,6 0,2 1 0,9080 0,1250 0,1135 0,0024 0,0024 4,0174
Soma 6,4540 14,3824 1,0367 2,0549 9,4914

1.2.QUANTIFICAÇÃO DAS ACÇÕES

1.2.1. ACÇÕES PERMANENTES


 Peso do tabuleiro = 𝐴𝑐 × 𝛾𝑏𝑒𝑡ã𝑜
= 6,545𝑥25 = 163,625 𝑘𝑁/𝑚

 𝐵𝑎𝑙𝑎𝑠𝑡𝑟𝑜 (𝑏𝑎𝑠𝑎𝑙𝑡𝑜) = 𝐻 × 𝐿 × 𝛾𝑏𝑎𝑠𝑎𝑙𝑡𝑜


= 0,35 𝑥 4 𝑥 16,5 = 23,1 𝑘𝑁/𝑚

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Projecto de Pontes – Ponte Ferroviária de Tabuleiro em Caixão

𝐵 × 𝐻 × 𝐿 𝑥 𝛾𝑏𝑒𝑡ã𝑜
 𝑇𝑟𝑎𝑣𝑒𝑠𝑠𝑎𝑠 (𝑏𝑒𝑡ã𝑜) =
𝐿𝑖𝑛𝑓𝑙𝑢ê𝑛𝑐𝑖𝑎
0,19 × 0,2 × 1,75× 25 𝑘𝑁
= = 2,56
0,65 𝑚

 Carris de Comboio = 𝑛 𝑥 𝛾𝑐𝑎𝑟𝑟𝑖𝑙


= 2 𝑥 0,6 𝐾𝑁/𝑚 = 1,2 𝑘𝑁/𝑚

 Guarda Balastro = 𝑛 𝑥 𝐻 𝑥 𝐿 𝑥 𝛾𝑏𝑒𝑡𝑎𝑜


= 2 𝑥 0,2 𝑥 0,3 𝑥 25 = 3 𝑘𝑁/𝑚

 𝐺𝑢𝑎𝑟𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜𝑠 = 𝑛 𝑥 𝛾𝑔𝑎𝑢𝑟𝑑𝑎𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜𝑠


= 2 𝑥 1,2 = 2,4 𝑘𝑁/𝑚

 𝑉𝑖𝑔𝑎 𝑑𝑒 𝑏𝑜𝑟𝑑𝑎𝑑𝑢𝑟𝑎 = 𝑛 𝑥 𝐴𝑣𝑖𝑔𝑎 × 𝛾𝑏𝑒𝑡𝑎𝑜


= 2 𝑥 0,0925 × 25 = 4,625 𝑘𝑁/𝑚

 𝐺𝑢𝑎𝑟𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑟𝑎𝑛ç𝑎 = 𝑛 𝑥 𝛾𝑔𝑎𝑢𝑟𝑑𝑎𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜𝑠


= 2 𝑥 0,5 = 1 𝑘𝑁/𝑚

Nota: O tabuleiro é fechado (travessas assentes sobre o balastro).

1.2.2. ACÇÕES VARIÁVEIS


1.2.2.1. COMBOIO-TIPO

Do definido no Artigo 50, considerando via estreita, tem-se:

Figura 5: Representação esquemática do comboio-tipo.

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 31


Projecto de Pontes – Ponte Ferroviária de Tabuleiro em Caixão

Onde:
𝑄 = 180 𝑘𝑁
𝑞 = 50 𝑘𝑁/𝑚
Cujos valores reduzidos são obtidos através dos seguintes coeficientes:
𝜓0 = 0,8; 𝜓1 = 0,6; 𝜓2 = 0,4

1.2.2.2.COEFICIENTE DINÂMICO – ARTIGO 51O

2,16
𝜑 = 1+ ( − 0,27)
√𝑙 − 0,2

1,1 ≤ 𝜑 ≤ 2

Onde: 𝑙 = 𝐿𝑚é𝑑𝑖𝑜 × (1 + 0,1 × 𝑛)

𝑛
1 1
𝐿𝑚é𝑑𝑖𝑜 = ∑ 𝑙𝑖 = 𝑥 (53,5 + 67 + 67 + 67 + 67 + 53,5) = 62,5 𝑚
𝑛 6
𝑖=1

Portanto, 𝑙 = 62,5 × (1 + 0,1 × 6) = 100 𝑚

2,16
𝜑 = 1+ ( − 0,27) = 0,95
√100 − 0,2

Seja 𝜑𝑀 = 1,1.

Para o caso de esforço transverso, segundo o artigo 51.2°

2 2,16
𝜑 = 1 + 𝑥( − 0,27) = 0,97
3 √100 − 0,2

1,07 ≤ 𝜑 ≤ 1,67

Seja: 𝜑𝑉 = 1,07

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Projecto de Pontes – Ponte Ferroviária de Tabuleiro em Caixão

1.2.2.3.FORÇA CENTRÍFUGA

Não é aplicável a presente ponte, dado que a mesma tem um traçado retilíneo.

1.2.2.4.FORÇA DE LACETE – ARTIGO 53O

Figura 6: Representação esquemática da forca de lacete.

𝐹𝑙𝑎𝑐 = 60 𝑘𝑁 (Força normal ao eixo da via)

1.2.2.5. FORÇAS DE ARRANQUE E DE FRENAGEM – ARTIGO 54O

Estas forças actuam na direcção do eixo da via ao nível da cabeça do carril

𝐹𝑎 = 0,25 × 𝑆𝑐

𝐹𝑓 = 0,20 × 𝑆𝑐

1.2.2.6.ACÇÕES EM PASSEIOS E GUARDAS –ARTIGO 55O

Figura 7: Representação esquemática das acções em guardas e passeios.

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 33


Projecto de Pontes – Ponte Ferroviária de Tabuleiro em Caixão

1.2.2.7.ACÇÃO DO VENTO –ARTIGO 56O


𝑤 = 𝛿 𝑓 × 𝑤𝑘
Segundo o artigo 24, que a ponte será construída na zona A, e cuja rugosidade seja do
tipo I.

 Ponte carregada
h = 23,2 + 3,5 = 26,7 𝑚

𝑤𝑘(h) = 0,88 𝑘𝑁/𝑚2


𝛿𝑓 = 1,5 (Segundo o anexo I secção 3.8).

Daí resulta:
𝑤 = 1,5 × 0,88 = 1,32 𝑘𝑁/𝑚2

 Ponte descarregada
ℎ = 23,2 𝑚
𝑤𝑘(ℎ) = 1,46 𝑘𝑁/𝑚2
𝛿𝑓 = 1,2 (Segundo o anexo I secção 3.5 – Quadro I-XIII).

Daí resulta:

𝑤 = 1,2 × 1,46 = 1,5 𝑘𝑁/𝑚2

Cujos valores reduzidos são obtidos através dos seguintes coeficientes: 𝜓0


= 0,4; 𝜓1 = 0,2; 𝜓2 = 0

Tabela 2:Cargas permanentes

i Ação 𝑔𝑖 [𝑘𝑁/𝑚]
1 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑝𝑟ó𝑝𝑟𝑖𝑜 6,454 × 25 = 163,625
2 𝑏𝑎𝑙𝑎𝑠𝑡𝑟𝑜 0,35 x 4 x 16,5= 23,1
3 𝑡𝑟𝑎𝑣𝑒𝑠𝑠𝑎𝑠 2,56
4 𝑐𝑎𝑟𝑟𝑖𝑠 2 × 0,6 = 1,2
5 𝑔𝑢𝑎𝑟𝑑𝑎 − 𝑏𝑎𝑙𝑎𝑠𝑡𝑟𝑜 2 × 1,5 = 3
6 𝑔𝑢𝑎𝑟𝑑𝑎 − 𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜𝑠 2 × 1,2 = 2,4

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 34


Projecto de Pontes – Ponte Ferroviária de Tabuleiro em Caixão

7 𝑣𝑖𝑔𝑎 𝑑𝑒 𝑏𝑜𝑟𝑑𝑎𝑑𝑢𝑟𝑎 2 × 2,31 = 4,625


8 𝑔𝑢𝑎𝑟𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑟𝑎𝑛ç𝑎 2 × 0,5 = 1
g 201,51

Tabela 3:Cargas variáveis

i Ação 𝑞𝑖 [𝑘𝑁/𝑚] 𝑄𝑖 [𝑘𝑁]


1 C𝑜𝑚𝑏𝑜𝑖𝑜 (𝑆𝑐) 50 180
2 𝐹𝑎 0,25 × 𝑆𝑐
3 𝐹𝑓 0,20 × 𝑆𝑐
4 𝐹𝑝 6,4 -
5 𝐹𝑙𝑎𝑐 (normal ao eixo) - 60
6 𝐹𝑤 - 1,84

1.2.3. ANÁLISE TRANSVERSAL (FAIXA DE 1 M DE LAJE)

Tabela 4: Cargas pemanentes na secção transversal

i ação 𝑔𝑖 [𝑘𝑁/𝑚] 𝑔𝑖 [𝑘𝑁]


1 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑝𝑟ó𝑝𝑟𝑖𝑜 0,35 × 25 = 8.75 -
2 𝑏𝑎𝑙𝑎𝑠𝑡𝑟𝑜 0,35 × 16,5 = 5,775 -
3 𝑡𝑟𝑎𝑣𝑒𝑠𝑠𝑎𝑠 0.95 -
4 𝑐𝑎𝑟𝑟𝑖𝑠 - 0,6
5 𝑔𝑢𝑎𝑟𝑑𝑎 − 𝑏𝑎𝑙𝑎𝑠𝑡𝑟𝑜 - 0,75
6 𝑔𝑢𝑎𝑟𝑑𝑎 − 𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜𝑠 - 1,2
7 𝑣𝑖𝑔𝑎 𝑑𝑒 𝑏𝑜𝑟𝑑𝑎𝑑𝑢𝑟𝑎 - 2,31
8 𝑔𝑢𝑎𝑟𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑟𝑎𝑛ç𝑎 - 0,5

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 35


Projecto de Pontes – Ponte Ferroviária de Tabuleiro em Caixão

Tabela 5: Cargas variáveis na secção transversal

i Acção 𝑞𝑖 [𝑘𝑁/𝑚] 𝑄𝑖 [𝑘𝑁]


1 𝑐𝑜𝑚𝑏𝑜𝑖𝑜 (𝑆𝑐) 50 180
2 𝐹𝑝 2 10 (𝑎𝑐𝑡𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑒𝑚 1 2 𝑙𝑝
)

1.2.3.1.SISTEMA DO BANZO SUPERIOR


O sistema proposto pelo método de cálculo, segundo Schlaich e Scheef é de
encastramento nos apoios, porém para garantir este encastramento é necessário ainda um
estudo que do momento não nos achamos aptos a fazer. Como solução vamos considerar
dois caso extremos, um sistema com encastramentos nos apoios e o simplesmente
apoiado, que de nível de encastramento dos quais, adoptaremos os esforços máximo que
cada sistema fornecer para uma determina seção crítica ou em análise.

1.2.3.1.1. SIMPLESMENTE APOIADO

 Acções permanentes

Figura 8: Acções permanentes

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 36


Projecto de Pontes – Ponte Ferroviária de Tabuleiro em Caixão

Gráfico 1: Diagrama de esforços tranversos.

Gráfico 2: Diagrama de mpomentos flectores

 Acções variáveis
Acçoes em passeios
O regulamento preconiza no artigo 55, acções para passeios e guardas em pontes
ferroviárias que deve considerar-se uma sobrecarga uniformemente distribuída
ou uma carga concentrada conforme mais desfavorável, cujos valores
característicos são, respectivamente, 2𝑘𝑁/𝑚2 e 10 𝑘𝑁.

Figura 9: Carga uniformemente distribuida nos passeios.

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 37


Projecto de Pontes – Ponte Ferroviária de Tabuleiro em Caixão

Gráfico 3: Diagrama de esforços transversos.

Gráfico 4: Diagrama de momentos flectores

Figura 10: Carga concentrada nos dois passeios

Gráfico 5: Diagrama de esforços transversos.

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 38


Gráfico 6: Diagrama de momentos flectores.

Figura 11: Carga concentrada num só passeio.

Gráfico 7: Diagrama de esforços transverso

Gráfico 8: Diagrama de momentos flectores.

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 39


Figura 12: Acção do comboio-tipo.

Gráfico 9: Diagrama de momentos flectores.

Tabela 6:Quadro resumo dos esforços

MA, esq MA ,dir M1/2 vao RA RB


CARGAS -21.13 -21.13 9.66 52.37 52.37
PERMANENTES
CARGA -18 -18 -9 14.5 -4.5
CONCENTRADA
NUM SO
PASSEIO
CARGA -18 -18 -18 10 10
CONCENTRADA
NOS DOIS
PASSEIOS
COMBOIO-TIPO 0 0 135 90 90

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 40


1.2.3.1.2. SISTEMA: BI-ENCASTRADO
A análise dos esforços no pórtico é feita, segundo Schlaich e Scheef (1982), considerando que a laje superior
do caixão encontra-se rígidamente ligado as almas do caixão, a análise é feita para situações de carregamento
simétrico e carregamento assimétrico.

Figura 13: Sequência de cálculo.

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Tabela 7: Fórmulas de cálculo para carregamento simétrico

Tabela 8: Fórmulas de cálculo para carregamento assimétrico

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Considera-se um faixa de 1 m de largura d caixão e calcula-se os momentos de inércias.

Figura 14: Geometria da secção transversal.

0,450 0,450

0,200
0,750 0,800 0,800 2,000 0,800 0,800 0,750

0,088
0,244 2,700 0,184
3,700

0,250
0,350 0,350
0,450 2,000 0,450

E valores auxiliares

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 43


 Características geométricas
𝐴𝑐 = 6,454 𝑚2
𝑌𝑐 = 2,228 𝑚
𝑊𝑥, 𝑖𝑛𝑓 = 5,18 𝑚3
𝑊𝑥, 𝑠𝑢𝑝 = 7,844 𝑚3

Tabela 9: Valores auxiliares calculados.

[𝑚]
𝑏 7,60
𝑏𝑜 4,10
𝑏𝑘 1,75
𝑏𝑠 3,40
𝑏𝑢 3,20
𝑑 3,42
𝑡𝑜 0,36
𝑡𝑠 0,45
𝑡𝑢 0,27
𝜑 8𝑜

 Momentos de inércia

 Longitudinal  Transversal
𝑡3 0,363
Io = 120 = = 0,003888
12
𝑡𝑜 ×(𝑏𝑜 +2𝑏𝑘 )3 0,36×(4,1+2×1,75)3 𝑡3 0,453
Io = = = 13,17 Is = 12𝑠 = = 0,00759375
12 12 12
𝑡𝑠 ×𝑏𝑠3 0,45×3,43 𝑡3 0,273
Is = = = 1,47 Iu = 12𝑢 = = 0,00164025
12 12 12
3
𝑡𝑢 ×𝑏𝑢 0,27×3,23
Iu = = = 0,74
12 12

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 valores auxiliares

𝑡𝑜 ×𝑏𝑢 0,36×3,2
𝛼o = 𝑡 2 = 0,45×3,4×4,12 = 6,14446583
𝑠 ×𝑏𝑠 ×𝑏0

𝑡𝑢 ×𝑏 3 0,27×7,63
𝛼u = = = 0,56470588
𝑡𝑠 ×𝑏𝑠 0,45×3,4

𝐼 ×𝑏 1,47×4,1
𝑟o = 𝐼𝑆 ×𝑏𝑜2 = 0,74×4,12 = 2,35523897
𝑢 0

𝐼𝑆 ×𝑏𝑢 1,4739×4,1
𝑟u = = = 4,35729847
𝐼𝑜 ×𝑏𝑠 13,1692×3,4

𝑏 3,20
ß = 𝑏𝑢 = 4,10 = 0,7804878
𝑜

𝑏𝑜 +𝑏𝑢 2 4,1+3,2 2
g = √𝑑 2 + ( ) = √3,422 + ( ) = 5,00188964
2 2

 ESFORÇOS PARA CARREGAMENTO SIMÉTRICO

Figura 15: Cargas permanentes.

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Gráfico 10: Diagrama de esforços transversos.

Gráfico 11: Diagrama de momentos flectores.

𝑞𝐴 = 𝑞𝐵 = 52,37
𝑚𝐴 = 𝑚𝐵 =0,73
𝑞𝑅 = 𝑞𝐴 + 𝑞𝐵 =104,74
𝑚𝑅 = 𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 = 1,46

Caso 27. a)

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CONSOLA
𝑞𝑅 104,74
𝑛𝐴𝐸 = 𝑡0 𝑏𝑘2 𝑧𝑠 = × 0,36 × 1,752 × 1,472 = 7,36
2𝑙𝑥 2 × 11,546

BANZO SUPERIOR
𝑞𝑅 104,74
𝑛𝐴𝐵 = 𝑛𝐴𝐸 + 𝑡𝑎𝑛𝜑 = 7,36 + 𝑡𝑎𝑛8° = 14,72
2 2
𝑞 104,74
𝑛5 = 𝑛𝐴𝐵 − 8𝑙𝑅 𝑡0 𝑏02 𝑧𝑠 = 23,27 − 0,36 × 4,12 ×1,472 = 4,619
𝑥 8×11,546

ALMA
𝑞
𝑅 104,74
𝑛𝐴𝐷 = − 2𝑐𝑜𝑠𝜑 = − 2𝑐𝑜𝑠8° = −52,88

𝑞𝑅 𝑡𝑠 × 𝑏 × 𝑧𝑠2 𝑡𝑠 × 𝑧𝑠3
𝑛𝑠 = 𝑛𝐴𝐷 + ( + )
𝑙𝑥 2𝑐𝑜𝑠𝜑 3𝑐𝑜𝑠 2 𝜑
104,74 0,45 × 7,6 × 1,4722 0,45 × 1,4723
= −53,23 + ( + ) = −14,51
11,546 2𝑐𝑜𝑠8° 3𝑐𝑜𝑠 2 8

BANZO INFERIOR
𝑛𝐷𝐶 = 0
𝑞𝑅 104,74
𝑛10 = 𝑡𝑢 𝑏𝑢2 (𝑑 − 𝑧𝑠 ) = × 0,27 × 3,22 × (3,42 − 1,472) = 6,107
8𝑙𝑥 8 × 11,546

CASO 27.b)

BANZO SUPERIOR
𝑘3 = 1+2𝑟𝑜 +2𝑟𝑢 +3𝑟𝑜𝑟𝑢 = 1+2×2,355 + 2× 4,357 + 3× 2,335 × 4,357 = 44,94

1 + 2𝑟𝑢 𝑚𝑅 1 + 2 × 4,357 1,46


𝑚𝐴𝐵 = − × =− × = −0,16
𝑘3 2 45,21 2

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 47


3𝑟0 (1 + 𝑟𝑢 ) 𝑚𝑟 3 × 3,335(1 + 4,375) 1,46
𝑛0 = ×𝑑× = × 3,42 × = 3,037
𝑘3 2 44,94 2

ALMA
𝑚𝑅 1,46
𝑚𝐴𝐷 = 𝑚𝐴𝐵 + = −0,16 + = 0,57
2 2

𝑟0 𝑚𝑅 2,355 1,46
𝑚𝐷 = − × =− × = −0,038
𝑘3 2 44,94 2

𝑛𝑠 = 𝑛𝑢sin𝜑 = −3,037 × sin8° = −0,423

BANO INFERIOR
𝑚𝐷 = −0,038
𝑛𝑢 = −𝑛𝑜= −3,037

Figura 16: Cargas variáveis: comboio-tipo.

Gráfico 12: Diagrama de esforços transversos.

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 48


Gráfico 13: Diagrama de momentos flectores.

𝑞𝐴 = 𝑞𝐵 = 90,0
𝑚𝐴 = 𝑚𝐵 = 84,37
𝑞𝑅 = 𝑞𝐴 + 𝑞𝐵 = 180
𝑚𝑅 = 𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 = 168,74

CASO 27. A)

CONSOLA
𝑞𝑅 180
𝑛𝐴𝐸 = 𝑡0 𝑏𝑘2 𝑧𝑠 = × 0,36 × 1,752 × 1,472 = 12,65
2𝑙𝑥 2 × 11,546

BANZO SUPERIOR
𝑞𝑅 180
𝑛𝐴𝐵 = 𝑛𝐴𝐸 + 𝑡𝑎𝑛𝜑 = 22,69 + 𝑡𝑎𝑛8° = 25,30
2 2
𝑞𝑅 180
𝑛5 = 𝑛𝐴𝐵 − 𝑡0 𝑏02 𝑧𝑠 = 25,30 − 0,36 × 4,12 × 1,472 = 7,94
8𝑙𝑥 8 × 11,546

ALMA
𝑞𝑅 180
𝑛𝐴𝐷 = − =− = −90,88
2𝑐𝑜𝑠𝜑 2𝑐𝑜𝑠8°

𝑞𝑅 𝑡𝑠 × 𝑏 × 𝑧𝑠2 𝑡𝑠 × 𝑧𝑠3
𝑛𝑠 = 𝑛𝐴𝐷 + ( + )
𝑙𝑥 2𝑐𝑜𝑠𝜑 3𝑐𝑜𝑠 2 𝜑

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 49


180 0,45 × 7,6 × 1,4722 0,45 × 1,4723
= −90,88 + ( + ) = −24,95
11,546 2𝑐𝑜𝑠8° 3𝑐𝑜𝑠 2 8

BANZO INFERIOR
𝑛𝐶𝐷 = 0
𝑞𝑅 180
𝑛10 = 𝑡𝑢 𝑏𝑢2 (𝑑 − 𝑧𝑠 ) = × 0,27 × 3,22 × (3,42 − 1,472) = 8,91
8𝑙𝑥 8 × 11,546

CASO 27.b)
BANZO SUPERIOR

𝑘3 = 1 + 2ro + 2ru + 3roru = 1 + 2 × 2,355 + 2 × 4,357 + 3 × 2,335 × 4,357


= 44,94

1 + 2𝑟𝑢 𝑚𝑅 1 + 2 × 4,357 168,74


𝑚𝐴𝐵 = − × =− × = −18,237
𝑘3 2 44,94 2

3𝑟0 (1 + 𝑟𝑢 ) 𝑚𝑟 3 × 3,335(1 + 4,375) 168,74


𝑛0 = ×𝑑× = × 3,42 × = 220,74
𝑘3 2 44.94 2

ALMA
𝑚𝑅 168,74
𝑚𝐴𝐷 = 𝑚𝐴𝐵 + = −18,237 + = 66,24
2 2

𝑟0 𝑚𝑅 2,355 168,74
𝑚𝐷 = − × =− × = −4,40
𝑘3 2 45.21 2

𝑛𝑠 = nusinφ = −220,74 × sin8° = −30,72

BANO INFERIOR

𝑚𝐷 = −4,40

𝑛𝑢 = −no −= −220,74

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 50


SOBRECARGA PONTUAL NOS DOIS PASSEIOS

Figura 17:Cargas variáveis: sobrecarga em passeios.

Gráfico 14: Diagrama de esforços transversos.

Gráfico 15: Diagrama de momentos flectores.

𝑞𝐴 = 𝑞𝐵 = 10,0
𝑚𝐴 = 𝑚𝐵 = 18,0
𝑞𝑅 = 𝑞𝐴 + 𝑞𝐵 = 20,0
𝑚𝑅 = 𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 = 36,0

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 51


CASO 27. A)

CONSOLA
𝑞𝑅 20
𝑛𝐴𝐸 = 𝑡0 𝑏𝑘2 𝑧𝑠 = × 0,36 × 1,752 × 1,472 = 1,41
2𝑙𝑥 2 × 11,546

BANZO SUPERIOR
𝑞𝑅 20
𝑛𝐴𝐵 = 𝑛𝐴𝐸 + 𝑡𝑎𝑛𝜑 = 1,41 + 𝑡𝑎𝑛8° = 2,81
2 2

𝑞𝑅 20
𝑛5 = 𝑛𝐴𝐵 − 𝑡0 𝑏02 𝑧𝑠 = 2,81 − 0,36 × 4,12 × 1,472 = 0,88
8𝑙𝑥 8 × 11,546

ALMA
𝑞𝑅 20
𝑛𝐴𝐷 = − =− = 10,10
2𝑐𝑜𝑠𝜑 2𝑐𝑜𝑠8°
𝑞𝑅 𝑡𝑠 × 𝑏 × 𝑧𝑠2 𝑡𝑠 × 𝑧𝑠3
𝑛𝑠 = 𝑛𝐴𝐷 + ( + )
𝑙𝑥 2𝑐𝑜𝑠𝜑 3𝑐𝑜𝑠 2 𝜑
20 0,45 × 7,6 × 1,4722 0,45 × 1,4723
= −10,10 + ( + ) = −2,77
11,546 2𝑐𝑜𝑠8° 3𝑐𝑜𝑠 2 8

BANZO INFERIOR
𝑛𝐶𝐷 = 0
𝑞𝑅 20
𝑛10 = 𝑡𝑢 𝑏𝑢2 (𝑑 − 𝑧𝑠 ) = × 0,27 × 3,22 × (3,42 − 1,472) = 0,99
8𝑙𝑥 8 × 11,546

CASO 27.b)

BANZO SUPERIOR

𝑘3 = 1 + 2ro + 2ru + 3roru = 1 + 2 × 2,355 + 2 × 4,357 + 3 × 2,335 × 4,357


= 44,94

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 52


1 + 2𝑟𝑢 𝑚𝑅 1 + 2 × 4,357 36
𝑚𝐴𝐵 = − × =− × = −3,88
𝑘3 2 44,94 2

3𝑟0 (1 + 𝑟𝑢 ) 𝑚𝑟 3 × 3,335(1 + 4,375) 168,74


𝑛0 = ×𝑑× = × 3,42 × = 47,09
𝑘3 2 44,94 2

ALMA
𝑚𝑅 36
𝑚𝐴𝐷 = 𝑚𝐴𝐵 + = −3,88 + = 14,13
2 2

𝑟0 𝑚𝑅 2,355 36
𝑚𝐷 = − × =− × = −0,94
𝑘3 2 44.94 2

𝑛𝑠 = nusinφ = −47,09 × sin8° = −6,55

BANO INFERIOR
𝑚𝐷 = −0,94

𝑛𝑢 = −no = − 47,09

Tabela 10: Resumo de esforços internos.

CARGAS COMBOIO-TIPO SOBRECARGA


PERMANENTES NOS PASSEIOS
Caso 27. Caso 27. Caso Caso 27. Caso 27. Caso 27.
a) b) 27. a) b) a) b)
Banzo Superior
𝒎𝑨𝑩 (𝒌𝑵𝒎) 0 -0,17 0 -18,13 0 -3,86
𝒏𝑨𝑩 (𝒌𝑵) 14,72 1,91 25,30 220,74 2,81 47,09
𝒏𝟓 (𝒌𝑵) 4,62 1,91 7,94 220,74 0,88 47,09
Alma
𝒎𝑨𝑫 (𝒌𝑵𝒎) 0 0,57 0 66,24 0 14,13
𝒎𝑫𝑨 (𝒌𝑵𝒎) 0 -0,038 0 -4,4 0 -0,94

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 53


𝒏𝑨𝑫 (𝒌𝑵) -52,88 -0,28 -90,88 -30,72 -10,1 -6,55
𝒏𝑫𝑨 (𝒌𝑵) 0 -0,28 0 -30,72 0 -6,55
𝒏𝑺 (𝒌𝑵) -14,51 0,27 -24,94 -30,72 -2,77 -6,55
Banzo Inferior
𝒎𝑫𝑪 (𝒌𝑵𝒎) 0 0,04 0 -4,39 0 -0,94
𝒏𝑫𝑪 (𝒌𝑵) 0 -1,9 0 -220,74 0 -47,09
𝒏𝟏𝟎 (𝒌𝑵) 5,18 -1,9 8,91 -220,74 1 -47,09
Consola
𝒏𝑨𝑬 (𝒌𝑵) 7,36 0 12,65 0 1,41 0

 ESFORÇOS PARA CARREGAMENTO ASSIMÉTRICO

Figura 18: Carga variável: sobrecarga actuando num só passeio.

Gráfico 16: Diagrama de esforços transversos.

Gráfico 17: Diagrama de momentos flectores.

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 54


𝑞𝐴 = 10,0
𝑞𝐵 = 0
𝑚𝐴 = 18,0
𝑚𝐵 = 0
𝑞𝑅 = 𝑞𝐴 − 𝑞𝐵 = 10,0 kN
𝑚𝑅 = 𝑚𝐴 − 𝑚𝐵 = 18,0 kNm

CAS6 28, a)
BANZO SUPERIOR

𝑏
0× 𝑅 𝑞 4,1×10
𝑛𝐴𝐵 = 4(1+𝛽)𝑑 = 4(1+0,78)×3,42 = 1,68 kN

ALMA
(2 + 𝛽)𝑏𝑠× 𝑞𝑅 (2 + 0,78) × 3,4 × 10
𝑛𝐴𝐷 = = = 3,88
4(1 + 𝛽)𝑑 4(1 + 0,78)

𝛽 × 𝑏𝑠 × 𝑞𝑅 0,78 × 3,4 × 10
𝑛𝐷𝐴 = = = 1,09
4(1 + 𝛽)𝑑 4(1 + 0,78) × 3,42

BANZO INFERIOR
𝑛𝐶𝐷 = −𝛽𝑛𝐷𝐴 = −0,78 × 1,68 = −1,31

CASO 28, b)
Valores auxiliares

𝑘4 = (𝑟0 + 2)(𝑟𝑢 + 2) − 1 = (2.335 + 2)(4,357 + 2) − 1 = 26,55

𝛽 𝑟0 −3𝛽−2𝑟𝑢 𝑔𝑚𝑅 0,78 2.335−3×0,78−2×4,357+ 5×18


𝑠 = − (1+𝛽 + )× = (1+0,78 + ) × 3,2×3,42 = −0,903
𝑘4 𝑏𝑢 𝑑 26,655

4𝑑2 + 𝑏02 − 𝑏𝑢2 4 × 3,422 + 4,12 − 3,22


cos 𝜗 = = = 0,78
4𝑔𝑏𝑠 4 × 5 × 3,4

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BANZO SUPERIOR
3 × 2𝑟𝑢 𝑚𝑅 3 × 2 × 4,357 18
𝑚𝐴𝐵 = − × =− × = −3,95
𝑘4 2 26,55 2

𝑚𝑅 18
𝑛𝐴𝐵 = = = 1,48
2𝑑(1 + 𝛽) 2 × 3,42 × (1 + 𝛽)

ALMA
𝑚𝑅 18
𝑚𝐴𝐷 = 𝑚𝐴𝐵 + = −3,95 + = 5,05
2 2

𝑟0 𝑚𝑅 2,335 18
𝑚𝐷 = − × =− × = −0,79
𝑘4 2 26,55 2

𝑠 2 × 𝑚𝐴𝐵
𝑛𝐴𝐷 = × 𝑐𝑜𝑠𝜗 + × 𝑐𝑜𝑠𝜑 − 𝑛𝐴𝐵 𝑠𝑖𝑛𝜑
2 𝑏0

0,903 2 × 5,05
= × 0,78 + × 0,78 − 1,48 × 𝑠𝑖𝑛8° = −1,41
2 4,1

𝑚𝑅 × 𝑏𝑠 18 × 3,4
𝑛𝐷𝐴 = 𝑛𝐴𝐷 + = −1,41 + = 1,04
𝑑(𝑏0 + 𝑏𝑢 ) 3,42(4,1 + 3,2)

BANO INFERIOR
𝑚𝐷 = −0,79

𝑛𝐷𝐶 = −𝛽𝑛𝐴𝐵 = −0,78 × 1,48 = −1,15

CASO 28, c)
Valor auxiliar
𝑘5 = 2 + 2𝛽 + 2𝛽 2 + 𝑟0 + 𝑟𝑢 𝛽 2

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 56


= 2 + 2 × 0,78 + 2 × 0,782 + 2,335 + 4,357 × 0,782 = 9,76

BANZO SUPERIOR

𝛽(1 + 2𝛽 + 𝑟𝑢 𝛽) 0,78(1 + 2 × 0,78 + 4,357 × 0,78)


𝑚𝐴 = = = 6,09
4(1 + 𝛽)𝑘5 4(1 + 0,78) × 9,76

𝑏0 × 𝑞𝑅 4,1 × 10
𝑛𝐴𝐵 = = = 1,68 𝑘𝑁
4(1 + 𝛽)𝑑 4(1 + 0,78) × 3,42

ALMA
𝑚𝐴 = 6,09

𝛽(2 + 𝛽 + 𝑟0 ) 0.78(2 + 0,78 + 2,335)


𝑚𝐷 = × 𝑏𝑢 × 𝑞𝑅 = × 3,2 × 10 = 1,83
4(1 + 𝛽)𝑘5 4(1 + 0,78) × 9,76

2𝑚𝐷 2×1,83
𝑛𝐷𝐴 = × 𝑐𝑜𝑠𝜑 + 𝑛𝐷𝐶 𝑠𝑖𝑛𝜑 = × 𝑐𝑜𝑠8° + (−0,30 × 𝑠𝑖𝑛8°) =0,79 kN
𝑟𝑢 4,357

𝑏𝑠 𝑞𝑅 3,4 × 10
𝑛𝐴𝐷 = 𝑛𝐷𝐴 − = 0,79 − = −2,03
2(1 + 𝛽)𝑑 2(1 + 0,78) × 3,42

BANO INFERIOR
𝑚𝐷 = 1,10

𝑛𝐷𝐶 = −𝛽𝑛𝐴𝐵 = −0,78 × 1,68 = −1,17

CASO 28, d)
Valor auxiliar

𝑘5 = 9,76

BANZO SUPERIOR
𝑚𝑅 𝑚𝐷 18 −0,34
𝑚𝐴𝐵 = − + =− + = −3,70
2(1 + 𝛽) 𝛽 2 × (1 + 0,78) 0,78

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 57


𝑚𝑅 18
𝑛𝐴𝐵 = = = 1,68
2𝑑(1 + 𝛽) 2 × 3,42 × (1 + 0,78)

ALMA
𝑚𝑅 18
𝑚𝐴𝐷 = 𝑚𝐴𝐵 + = −3,70 + = 5,30
2 2

𝛽[𝑟0 − 𝛽(2 + 𝛽)] 𝑚𝑅 0,78 × [2,335 − 0,78 × (2 + 0,78)] 18


𝑚𝐷 = × = × = 1,10
(1 + 𝛽)𝑘5 2 (1 + 0,78) × 9,76 2
2𝑚𝐷 2 × 1,1𝑜
𝑛𝐷𝐴 = × 𝑐𝑜𝑠𝜑 + 𝑛𝐷𝐶 𝑠𝑖𝑛𝜑 = × 𝑐𝑜𝑠8° + (−1,2 × 𝑠𝑖𝑛8°) = 12,94
𝑏𝑢 3,2

𝑛𝐴𝐷 = −1,2

BANO INFERIOR
𝑚𝐷 = −0,34

𝑏𝑠 𝑚𝑅 3,4 × 18
𝑛𝐷𝐶 = 𝑛𝐷𝐴 − = −1,2 − = −1,2
𝑑(𝑏0 + 𝑏𝑢 ) (4,1 + 3,2) × 3,42

Tabela 11: Resumo de esforços internos.

SOBRECARGA NUM SO PASSEIO


Caso 28 Caso 28 Caso 28 Caso 28
a) b) c) d)
Banzo Superior
𝒎𝑨𝑩 (𝒌𝑵𝒎) 0 -3,95 6,69 -2,70
𝒏𝑨𝑩 (𝒌𝑵) 1,84 1,62 1,84 1,62
Alma
𝒎𝑨𝑫 (𝒌𝑵𝒎) 0 5,05 6,69 6,31
𝒎𝑫𝑨 (𝒌𝑵𝒎) 0 -0,79 1,84 0,074
𝒏𝑨𝑫 (𝒌𝑵) 4,25 -1,3 -2,26 7,19

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 58


𝒏𝑫𝑨 (𝒌𝑵) 0 1,39 -0,30 9,88
Banzo Inferior
𝒎𝑫𝑪 (𝒌𝑵𝒎) 0 -0,79 1,84 -0,075
𝒏𝑫𝑪 (𝒌𝑵) -1,44 -1,26 -1,44 -1,26

1.2.4. SIMPLES VERIFICAÇÃO DA ALTURA DO TABULEIRO

Figura 19: Cargas permanentes para verificar a altura da ponte.

Gráfico 18: Diagrama de momentos flectores.

𝑀𝑠𝑑
𝑑≥√
μ × b × 𝑓𝑐𝑑

Para:
 𝑑 = 3,7 – 0,2 = 3,5
 𝐵40, 𝑓𝑐𝑑 = 23,3 𝑀𝑝𝑎
 𝑀𝑠𝑑 = 9026948 𝑘𝑁𝑚

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 59


 𝑏 = 1,0𝑚

1,5×83360,8
3,5 = √μ×1×23,3×103 → μ = 0,438

O μ ideal é de 0,25, portanto, achamos que está o valor de 0,438 ainda pode-se aceitável.

Combinação de Acções

A combinação de acções é feita considerando as situações mais desfavoráveis da


estrutura, analisando as diferentes situações de carregamento (simétrico e assimétrico).

Para combinações fundamentais – Artigo 9 “RSAEEP”

𝑛 𝑛

𝑆d = ∑ γgi SGik + γq [SQ1k + ∑ ψ0j SQjk ]


𝑖=1 𝑗=2

𝛾𝑔 = 1,35
𝛾𝑞 = 1,5

BANZO SUPERIOR
Acção de base: sobrecarga do Comboio-tipo
 No apoio
𝑀𝑠𝑑 = −1,35 × 21,13 = −28,53𝑘𝑁𝑚

 À ½ VÃO
𝑀𝑠𝑑 = 1,35 × 9,66 + 1,5 × 1,1 × 135 = 235,79 𝑘𝑁𝑚

Acção de base: sobrecarga no passeio


 No apoio
𝑀𝑠𝑑 = −(1,35 × 21,13 + 1,5 × 11) = −45.03 𝑘𝑁𝑚

 À ½ vão
𝑀𝑠𝑑 = 10,39 − 1,5 × 1,1 × 11 = −7,76 𝑘𝑁𝑚

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 60


Acção de base: sobrecarga no passeio
No apoio
𝑀𝑠𝑑 = −1,35 × 21,13 − 1,5 × 1,1 × 11 = − 46,68 𝑘𝑁𝑚

Acção de base: sobrecarga do comboio-tipo


𝑀𝑠𝑑 = 1,35 × 0,57+ 1,5 × 1,1 × 66,24= 110,07 𝑘𝑁𝑚

Acção de base: sobrecarga no passeio


𝑀𝑠𝑑 = 1,35 × 0,57+ 1,5 × (14,13+ 0,8 × 1,1 × 66,24) = 109,4013 𝑘𝑁𝑚

Acção de base: sobrecarga do comboio-tipo


𝑀𝑠𝑑 = −1,35 × 0,038− 1,5 × 1,1 × 4,4= − 7,3113 𝑘𝑁𝑚

Acção de base sobrecarga no passeio


𝑀𝑠𝑑 = −1,35 × 0,038− 1,5 × (0,94+ 0,8 × 1,1 × 4,39) = − 7,26 𝑘𝑁𝑚

Verificação das espessuras adoptadas

Dados:

𝜇 = 0.15
𝑏=1𝑚
𝑓𝑐𝑑 =23,3𝑀𝑝𝑎

𝑀𝑠𝑑
𝑑=√
𝜇 × 𝑏 × 𝑓𝑐𝑑

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 61


 Banzo superior

𝑀𝑠𝑑 = 235,79𝑘𝑁𝑚/𝑚

235,79
𝑑≥ √ ≥ 0,26𝑚
0,15𝑥1𝑥23,3𝑥103

ℎ = 0,35𝑚 𝒐𝒌!

 Consola

𝑀𝑠𝑑 = − 46,68 𝑘𝑁𝑚

46,68
𝑑 ≥ √ ≥ 0,12𝑚
0,15𝑥1𝑥23,3𝑥103

ℎ = 0,35𝑚 𝒐𝒌!

 Alma

𝑀𝑠𝑑 = 110,07 𝑘𝑁𝑚

110,07
𝑑 ≥ √ ≥ 0,18𝑚
0,15𝑥1𝑥23,3𝑥103

ℎ = 0,45𝑚 𝒐𝒌!

 Banzo inferior

𝑀𝑠𝑑 = − 7,3113 𝑘𝑁𝑚

7,3113
𝑑 ≥ √ ≥ 0,05𝑚
0,15𝑥1𝑥23,3𝑥103

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 62


ℎ = 0,25𝑚 𝒐𝒌!

1.3. DETERMINAÇÃO DO PRE-ESFORÇO


1.3.1. NOTA INTRODUTÓRIA

Acontece que, à medida que processo de construção avança, os momentos ao longo do


diminuem enquanto que na secção dos apoios vai aumento. O pré-esforço deve ser
determinado de tal forma que satisfaça essas variações graduais dos esforços que se vão
desenvolver numa dada secção a medida que o processo construtivo avança, Por outras
palavras, o pré-esforço será determinado de forma a satisfaz a descompressão em duas
fases (𝑡𝑜 𝑒 𝑡∞ ), essas fases são variaveis dado que o processo de construção irá decorrer
em seis fases. Uma secção crítica “x” que se encontra no primeiro vão, após executada a
primeirá fase, estara sujeita a um esforço 𝑀𝑓,1, quando a segunda fase tiver sido executada
a mesma secção estará sujeita a um esforço 𝑀𝑓,2, apos a execução da terceira fase a mesma
secção estara sujeita a um novo esforço 𝑀𝑓,3 e assim sucessivamente. Analisando as fases
1 e 2, o esforço 𝑀𝑓,1 irá corresponder a 𝑡𝑜 e o esforço 𝑀𝑓,2 irá corresponder a 𝑡∞ . Apos a
fim da execução da terceira fase o esforço 𝑀𝑓,2 irá corresponder a 𝑡𝑜 e o esforço 𝑀𝑓,3 irá
corresponder a 𝑡∞ , assim sucessivamente. Essa análise irá facilitar para a gestão da
dispensa ou não da armadura do pre-esforço.

Dados
𝑊𝑥,𝑖 = 5.18𝑚3
𝑊𝑥,𝑠 = 7.85𝑚3
𝐵40/𝐴400
Ambiente Moderadamente Agressivo
∆P∞=15%

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 63


1.3.4. SECCAO DOS VÃOS
 Momentos nas fibras inferiores

𝑡 = 𝑡𝑜
𝑃𝑜 𝑀𝑡𝑜𝑡,0 𝑀𝑔
+ − − ≤0
𝐴𝑐 𝑊𝑥,𝑠𝑢𝑝 𝑊𝑥,𝑠𝑢𝑝
𝑃𝑜 𝑀𝑡𝑜𝑡,∞ 𝑀𝑔
− − + ≤ −0.8𝑓𝑐𝑑
{ 𝐴𝑐 𝑊𝑥,𝑖𝑛𝑓 𝑊𝑥,𝑖𝑛𝑓

𝑡 = 𝑡∞
𝑃∞ 𝑀𝑡𝑜𝑡,0 𝑀𝑐𝑜𝑚𝑏

+ − ≤ −0.8𝑓𝑐𝑑
𝐴𝑐 𝑊𝑥,𝑠𝑢𝑝 𝑊𝑥,𝑠𝑢𝑝
𝑃∞ 𝑀𝑡𝑜𝑡,∞ 𝑀𝑐𝑜𝑚𝑏
− − + ≤0
{ 𝐴𝑐 𝑊𝑥,𝑖𝑛𝑓 𝑊𝑥,𝑖𝑛𝑓

Tabela 12: Faixa de valores de pré-esforço para verificar a descompressão nas fibras
inferiores.

Determinação do pré-esforço
Secção
Fase i-j 𝑀𝑔, 𝑖 𝑀𝑔, 𝑗 𝑀𝑡𝑜𝑡, 𝑖 𝑀𝑡𝑜𝑡, 𝑗 𝑃𝑚𝑖𝑛 𝑃𝑚𝑎𝑥
Fase 1-
50712.20 25767.89 1.96 1.47 13329.78 68207.39
2
Fase 2-
25767.89 32715.68 1.47 1.60 16019.72 100915.47
3
𝒙 = 𝟐𝟓 𝒎

Fase 3-
32715.68 30840.95 1.60 1.58 15230.76 85263.69
4
Fase 4-
30840.95 31344.15 1.58 1.59 15412.28 84880.09
5
Fase 5-
31344.15 30466.25 1.59 1.59 14993.14 83875.16
6
Fase 1-
--- --- --- --- --- ---
𝒙 = 𝟗𝟎 𝒎

2
Fase 2-
51038.35 28339.61 1.79 1.39 15177.88 89212.65
3

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 64


Fase 3-
28339.61 34374.92 1.39 1.43 18133.55 159424.18
4
Fase 4-
34374.92 32755.03 1.43 1.40 17514.72 162700.51
5
Fase 5-
32755.03 33698.65 1.40 1.48 17332.99 180702.15
6
Fase 1-
--- --- --- --- --- ---
2
Fase 2-
--- --- --- --- --- ---
3
𝒙 = 𝟏𝟓𝟓 𝒎

Fase 3-
49744.40 29499.80 1.60 1.38 15915.62 129643.98
4
Fase 4-
29499.80 34631.35 1.38 1.47 17927.80 182435.34
5
Fase 5-
34631.35 33592.06 1.47 1.47 17412.77 136505.11
6
Fase 1-
--- --- --- --- --- ---
2
Fase 2-
--- --- --- --- --- ---
3
𝒙 = 𝟐𝟐𝟓 𝒎

Fase 3-
--- --- --- --- --- ---
4
Fase 4-
51229.81 27351.70 1.84 1.38 14743.16 82085.90
5
Fase 5-
27351.70 30269.56 1.38 1.44 15914.91 167084.27
6
Fase 1-
--- --- --- --- --- ---
2
𝒙 = 𝟐𝟗𝟓 𝒎

Fase 2-
--- --- --- --- --- ---
3
Fase 3-
--- --- --- --- --- ---
4

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 65


Fase 4-
--- --- --- --- --- ---
5
Fase 5-
50820.10 31042.87 1.32 1.17 18523.52 490068.32
6

1.3.5. SECÇÕES DOS APOIOS


 Momentos nas fibras superiores

𝑡 = 𝑡𝑜
𝑃𝑜 𝑀𝑡𝑜𝑡,0 𝑀𝑔
−− + ≤ −0.8𝑓𝑐𝑑
𝐴𝑐 𝑊𝑥,𝑠𝑢𝑝 𝑊𝑥,𝑠𝑢𝑝
𝑃𝑜 𝑀𝑡𝑜𝑡,∞ 𝑀𝑔
− + − ≤0
{ 𝐴𝑐 𝑊𝑥,𝑖𝑛𝑓 𝑊𝑥,𝑖𝑛𝑓
𝑡
= 𝑡∞
𝑃∞ 𝑀𝑡𝑜𝑡,0 𝑀𝑐𝑜𝑚𝑏
− − + ≤0
𝐴𝑐 𝑊𝑥,𝑠𝑢𝑝 𝑊𝑥,𝑠𝑢𝑝
𝑃∞ 𝑀𝑡𝑜𝑡,∞ 𝑀𝑐𝑜𝑚𝑏
− + − ≤ −0.8𝑓𝑐𝑑
{ 𝐴𝑐 𝑊𝑥,𝑖𝑛𝑓 𝑊𝑥,𝑖𝑛𝑓

Tabela 13: Faixa de valores de pré-esforço para verificar a descompressão nas fibras
superiores.

Determinação do pre-esforço
Secção
Fase i-j Mg,i Mg,j Mtot,i Mtot,j Pmin Pmax
Fase 1-
-14886.00 -67866.08 0.99 2.03 24594.91 80076.62
2
Fase 2-
𝒙 = 𝟓𝟑. 𝟓 𝒎

-67866.08 -52997.80 2.03 1.76 20948.95 55292.69


3
Fase 3-
-52997.80 -57009.78 1.76 1.80 22237.51 55356.14
4
Fase 4-
-57009.78 -55932.94 1.80 1.78 21961.57 57170.60
5

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 66


Fase 5-
-55932.94 -56145.77 1.78 1.78 22030.43 57226.43
6
Fase 1-
--- --- --- --- --- ---
2
Fase 2-
-14886.00 -68552.80 0.85 1.85 26302.17 291271.46
3
𝒙 = 𝟏𝟐𝟎. 𝟓 𝒎

Fase 3-
-68552.80 -54121.91 1.85 1.69 21881.00 65450.64
4
Fase 4-
-54121.91 -57994.67 1.69 1.77 22847.34 60739.00
5
Fase 5-
-57994.67 -34499.56 1.77 1.76 13646.14 59949.20
6
Fase 1-
--- --- --- --- --- ---
2
Fase 2-
--- --- --- --- --- ---
3
𝒙 = 𝟏𝟖𝟕. 𝟓 𝒎

Fase 3-
-14886.00 -68197.82 1.11 2.24 23213.47 48425.98
4
Fase 4-
-68197.82 -53781.62 2.24 1.97 19857.67 47306.15
5
Fase 5-
-53781.62 -56651.03 1.97 2.01 20683.45 46069.69
6
Fase 1-
--- --- --- --- --- ---
2
Fase 2-
--- --- --- --- --- ---
3
𝒙 = 𝟐𝟓𝟒. 𝟓 𝒎

Fase 3-
--- --- --- --- --- ---
4
Fase 4-
-14886.00 -68366.19 0.80 1.83 26402.79 10655972.05
5
Fase 5-
-68366.19 -57734.10 1.83 1.72 23155.65 66543.11
6

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 67


Fase 1-
--- --- --- --- --- ---
2
Fase 2-
--- --- --- --- --- ---
3
𝒙 = 𝟑𝟐𝟏. 𝟓 𝒎

Fase 3-
--- --- --- --- --- ---
4
Fase 4-
--- --- --- --- --- ---
5
Fase 5-
-14886.00 -48111.81 1.14 1.86 18387.46 44120.14
6

A faixa de valores de pré-esforço para verificar a descompressão com um pré-esforço


contínuo deve estar entre o valor máximo do 𝑃𝑚𝑖𝑛 e mínimo dos 𝑃𝑚𝑎𝑥.

26402.79𝑘𝑁 ≤ 𝑃𝑜 ≤ 44120.14𝑘𝑁
Adopta-se 𝑷𝒐 = 𝟑𝟎𝟎𝟎𝟎𝒌𝑵.

1.3.6. ANDAMENTO DO CABO DE PRÉ-ESFORÇO


O andamento do cabo equivalente foi definido fazendo com que o cabo passe dos
extremos nas zonas de momentos máximos e do centro de gravidade da secção na zona
dos momentos nulos.

Figura 20: Definição do andamento do cabo equivalente.

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 68


1.3.7. DETERMINAÇÃO DAS CARGAS EQUIVALENTES DEVIDAS AO PRÉ-
ESFORÇO
 Cargas uniformemente distribuídas

Figura 21: Cargas equivalentes uniformemente distribuídas de pré-esforço.

𝒅𝟐 𝒚
Troço Faixa (m) Equações dos cabos 𝒒𝒆𝒒 = 𝑷
𝒅𝒙𝟐
AB 0≤x≤40.1 𝑦(𝑥) = 0.0046𝑥 2 − 0.1879𝑥 + 0.0932 0.0092P
𝑦(𝑥) = −0.0056𝑥 2 + 0.1547𝑥
BC 40.1≤x≤66.9 -0.0112P
− 0.0036
CD 66.9≤x≤107.1 𝑦(𝑥) = 0.0045x 2 − 0.1772𝑥 + 0.0078 0.0090P
𝑦(𝑥) = −0.0053x 2 + 0.1531𝑥
DE 107.1≤x≤133.9 -0.0106P
− 0.0416
EF 133.9≤x≤174.1 𝑦(𝑥) = 0.0045x 2 − 0.176𝑥 + 0.0559 0.0090P
𝑦(𝑥) = −0.0047x 2 + −0.1427𝑥
FG 174.1≤x≤200.9 -0.0094P
− 0.0018
GH 200.9≤x≤241.1 𝑦(𝑥) = 0.0045x 2 − 0.176𝑥 + 0.0559 0.0090P
𝑦(𝑥) = −0.0053x 2 + 0.1531𝑥
HI 241.1≤x≤267.9 -0.0106P
− 0.0416
IJ 267.9≤x≤308.1 𝑦(𝑥) = 0.0045x 2 − 0.1772𝑥 + 0.0078 0.0090P
𝑦(𝑥) = −0.0056𝑥 2 + 0.1547𝑥
JK 308.1≤x≤334.9 -0.0112P
− 0.0036
KL 334.9≤x≤375 𝑦(𝑥) = 0.0046𝑥 2 − 0.1879𝑥 + 0.0932 0.0092P

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 69


 Cargas pontuais nos nós das extremidades

Figura 22: Cargas equivalentes pontuais de pré-esforço.

𝑷𝒙 = 𝑷 𝑷𝒚 = 𝑷𝒔𝒆𝒏𝜽
Troço Faixa (m) y(x)

P -0.1879
AB 0≤x≤40.1 𝑦(𝑥) = 0.0046𝑥 2 − 0.1879𝑥 + 0.0932
-P 0.1810
P -0.1810
BC 40.1≤x≤66.9 𝑦(𝑥) = −0.0056𝑥 2 + 0.1547𝑥 − 0.0036
-P 0.1488
P -0.1488
CD 66.9≤x≤107.1 𝑦(𝑥) = 0.0045x 2 − 0.1772𝑥 + 0.0078
-P 0.1846
P -0.1846
DE 107.1≤x≤133.9 𝑦(𝑥) = −0.0053x 2 + 0.1531𝑥 − 0.0416
-P 0.1345
P -0.1345
EF 133.9≤x≤174.1 𝑦(𝑥) = 0.0045x 2 − 0.176𝑥 + 0.0559
-P 0.1858
𝑦(𝑥) = −0.0047x 2 + −0.1427𝑥 P -0.1858
FG 174.1≤x≤200.9
− 0.0018 -P -0.1858
P 0.1858
GH 200.9≤x≤241.1 𝑦(𝑥) = 0.0045x 2 − 0.176𝑥 + 0.0559
-P -0.1345
P 0.1345
HI 241.1≤x≤267.9 𝑦(𝑥) = −0.0053x 2 + 0.1531𝑥 − 0.0416
-P -0.1846
P 0.1846
IJ 267.9≤x≤308.1 𝑦(𝑥) = 0.0045x 2 − 0.1772𝑥 + 0.0078
-P -0.1488
P 0.1488
JK 308.1≤x≤334.9 𝑦(𝑥) = −0.0056𝑥 2 + 0.1547𝑥 − 0.0036
-P -0.1810
P 0.1810
KL 334.9≤x≤375 𝑦(𝑥) = 0.0046𝑥 2 − 0.1879𝑥 + 0.0932
-P -0.1879
.

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 70


1.4. PROCESSO CONSTRUTIVO
1.4.1. ANÁLISE DE ESFORÇOS
 Análise dos esforços na Fase 1
a) Acção da carga permanente

Figura 23: Sistema estático com acção da carga permanente na fase 1.

Figura 24: Diagrama de Momentos devido a acção da carga permanente na fase 1.

a) Acção do pre-esforço

Figura 25: Sistema estático com acção da cargas equivalentes de pré-esforço na fase 1.

Figura 26: Diagrama de Momentos devido a acção da cargas equivalentes de pré-esforço


na fase 1.

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 71


 Análise dos esforços na Fase 2
a) Acção da carga permanente

Figura 27:Sistema estático com acção da carga permanente na fase 2

Figura 28: Diagrama de Momentos devido a acção da carga permanente na fase 2.

Figura 29: Sistema estático com acção da carga permanente considerando que
construiu-se o tabuleiro de uma única vez até a fase 2.

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 72


Figura 30: Diagrama de Momentos devido a acção da carga permanente considerando
que construiu-se o tabuleiro de uma única vez até a fase 2.

b) Acção do pre-esforço

Figura 31:Sistema estático com acção da cargas equivalentes de pré-esforço na fase 2.

Figura 32: Diagrama de Momentos devido a acção da cargas equivalentes de pré-esforço


na fase 2.

Figura 33:Sistema estático como cargas equivalentes considerando que construiu-se o


tabuleiro de uma única vez até a fase 2.

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 73


Figura 34: Diagrama de Momentos devida a acção das cargas equivalentes de pré-
esforço considerando que construiu-se o tabuleiro de uma única vez até a fase 2.

 Redistribuição dos esforços

𝜑∞
𝑀∞ = ∑ 𝑀𝑠,𝑖 − (𝑀𝐸 − ∑ 𝑀𝑠,𝑖 )
1 + 𝜌𝜑∞
Assumindo que o coeficiente de fluência seja 𝜑∞ = 2.5 e que idade do betão no instante
de solicitação é 𝑡 = 90 𝑑𝑖𝑎𝑠, tem-se:

Figura 35: Factor para determinação dos efeitos de fluência.

Fonte Fonte: SILVA, Raquel, Tese de Mestrado FEUP,2009.

ρ = 0.90 (valor obtido na tabela )

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 74


𝜑∞
𝑀∞ = ∑ 𝑀𝑠,𝑖 − (𝑀𝐸 − ∑ 𝑀𝑠,𝑖 )
1 + 𝜌𝜑∞
Com base nos dados acima e na fórmula para o cálculo do momento final, os esforços são
apresentados na tabela abaixo:
a) Esforços devida a acção da carga permante.

Tabela 14: Redistribuição dos esforços devida acção da carga permanente até a fase 2.

𝑿(𝒎) 𝑴𝑬 𝑴𝑺,𝟏 𝑴𝑺,𝟐 𝑴𝟎 𝑴∞


0 0 0 0 0 0
5 12840 18209.9 -3718 14491.9 13221.20769
10 21646.3 32386 -7437.2 24948.8 22408.41538
15 26418.8 42528.3 -11155.8 31372.5 27561.96154
20 27157.5 48636.9 -14874.4 33762.5 28681.73077
25 23862.5 50712.2 -18593 32119.2 25767.89231
25.1 23862.5 50712.2 -18593 32119.2 25767.89231
30 16533.8 48752.9 -22311.6 26441.3 18820.14615
35 5171.3 42760.2 -26030.2 16730 7838.692308
40 -10225 32733.8 -29748.8 2985 -
7176.538462
45 -29655 18673.7 -33467.4 -14793.7 -
26225.46923
50 - 579.8 -37186 -36606.2 -
53118.7 49308.12308
53.5 - -14486 -39789 -54275 -
71943.4 67866.07692
55 - - -34033.5 -45457.9 -
62730.7 11424.4 58744.66923
60 - -3840.9 -14848.5 -18689.4 -
34643.7 30961.93846
65 - -291.2 4338.5 4047.3 -
10590.5 7212.546154
66.9 -2507.9 0 11626.8 11626.8 753.9538462
70 9429 0 22746.2 22746.2 12502.2

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 75


75 25414.7 0 37413.4 37413.4 28183.63077
80 37366.7 0 48046.9 48046.9 39831.36154
85 45285 0 54646.6 54646.6 47445.36923
90 49186.1 0 57212.5 57212.5 51038.34615
90.7 49410.9 0 57249.6 57249.6 51219.83077
95 49020.2 0 55744.7 55744.7 50572.00769
100 44837.2 0 50243.2 50243.2 46084.73846
105 36620.4 0 40707.9 40707.9 37563.66923
110 24369.9 0 27138.9 27138.9 25008.9
115 8085.7 0 9536.1 9536.1 8420.407692
120 - 0 -12100.5 -12100.5 -
12232.3 12201.88462
120.5 -14886 0 -14886 -14886 -14886
125 -6390.3 0 -6390.3 -6390.3 -6390.3
130 -1227.1 0 -1227.1 -1227.1 -1227.1
133.9 0 0 0 0 0

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 76


Gráfico 19:Redistribuição dos esforços devida acção da carga permanente até a fase 2.

Redistribuicao dos esforcos (Mg) Ate a Fase 2

-80000

-60000

-40000
Momentos (kNm)

-20000

20000

40000

60000

80000
0 20 40 60 80 100 120 140 160
x (m)
ME M0 Minfinito

Nota: No gráfico acima, são apresentados os dados da tabela de forma resumida, e nela
esão contidos os valores dos momentos resultantes de construção do tabuleiro por
sobreposicao directa sem considerar os efeitos de fluência (𝑀𝑜 ), os momentos resultantes
considerando que o tabuleiro foi executado de uma única vez até a fase 2 (𝑀𝐸 ) e os
momentos finais apos o final da fase 2 (𝑀∞ ). Segundo Schlaich, o diagrama de esforços
finais pode ser obtido como uma combinação linear dos diagramas obtidos no final de
cada fase de construção com os correspondentes à entrada em funcionamento de toda a
estrutura em simultâneo (SILVA, 2009).

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 77


b) Esforços devida a acção das cargas equivalentes de pré-esforço .

Tabela 15: Redistribuição dos esforços devida acção da equivalentes de pré-esforço até
a fase 2.

𝑿(𝒎) 𝑴𝑬 𝑴𝑺,𝟏 𝑴𝑺,𝟐 𝑴𝟎 𝑴∞


0 0 0 0 0 0
5 -0.7467 -0.8529 0.0709 -0.782 -0.75452
10 -1.2634 -1.4739 0.1418 -1.3321 -1.27862
15 -1.5502 -1.8659 0.2127 -1.6532 -1.57302
20 -1.6143 -2.0326 0.2836 -1.749 -1.64414
25 -1.4336 -1.9598 0.3545 -1.6053 -1.47164
25.1 -1.4434 -1.9596 0.3547 -1.6049 -1.47918
30 -1.0303 -1.6617 0.4254 -1.2363 -1.07594
35 -0.397 -1.1337 0.4864 -0.6473 -0.45246
40 0.4859 -0.3747 0.5673 0.1926 0.42092
45 1.3146 0.3675 0.6382 1.0057 1.24616
50 1.8831 0.8307 0.7091 1.5398 1.80704
53.5 2.1144 0.9885 0.7587 1.7472 2.03304
55 2.0261 0.9777 0.7038 1.6815 1.94975
60 1.5497 0.7601 0.5209 1.281 1.49017
65 0.7932 0.2625 0.3379 0.6004 0.75048
66.9 0.4324 0 0.1952 0.1952 0.37985
70 -0.1461 -0.0083 -0.0083 -0.11557
75 -0.9131 -0.7683 -0.7683 -0.88102
80 -1.437 -1.3082 -1.3082 -1.40846
85 -1.7359 -1.6232 -1.6232 -1.71093
90 -1.8098 -1.7132 -1.7132 -1.7884
90.7 -1.8028 -1.7084 -1.7084 -1.78189
95 -1.6588 -1.5782 -1.5782 -1.64094
100 -1.2827 -1.2182 -1.2182 -1.26841
105 -0.6816 -0.6331 -0.6331 -0.67085
110 -0.0621 0.0945 0.0945 -0.0274

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 78


115 0.584 0.6003 0.6003 0.58761
120 0.8409 0.8411 0.8411 0.84094
120.5 0.8546 0.8506 0.8506 0.85371
125 0.7781 0.7772 0.7772 0.7779
130 0.4443 0.4439 0.4439 0.44421
133.9 0 0 0 0 0

Gráfico 20:Redistribuição dos esforços devida acção do pré-esforço até a fase 2.

Redistribuicao dos Esforcos (Mtot) ate a fase 2

-2,5
-2
Momentos (kNm)

-1,5
-1
-0,5
0
0,5
1
1,5
2
2,5
0 20 40 60 80 100 120 140 160
x (m)

ME Minfinito Mo

 Análise dos esforços na fase 3


a) Acção do peso próprio

Figura 36: Sistema estático com acção da carga permanente na fase 3.

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 79


Figura 37:Diagrama de Momentos devido a acção da carga permanente na fase 3.

Figura 38: Sistema estático com acção da carga permanente considerando que
construiu-se o tabuleiro de uma única vez até a fase 3.

Figura 39: Diagrama de Momentos devido a acção da carga permanente considerando


que construiu-se o tabuleiro de uma única vez até a fase 3.

b) Acção do pre-esforço

Figura 40: Sistema estático com acção da cargas equivalentes de pré-esforço na fase 3.

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 80


Figura 41: Diagrama de Momentos devido a acção da cargas equivalentes de pré-esforço
na fase 3.

Figura 42: Sistema estático como cargas equivalentes considerando que construiu-se o
tabuleiro de uma única vez até a fase 3.

Figura 43: Diagrama de Momentos devida a acção das cargas equivalentes de pré-
esforço considerando que construiu-se o tabuleiro de uma única vez até a fase 3.

 Redistribuição dos esforços

Nas tabelas abaixos, estão apresentados valores dos esforços nas secções representativas,
dado que a partir da fase 3 em diante existem várias secções para uma malha de 5 em 5
metros, o que dificultaria a compreensão do leitor visto que as tabelas ocupariam mais de
duas páginas. Os gráficos estão apresentados os valores dos esforços numa malha de 5
em 5 metros para melhor compreensão.

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 81


a) Acção da carga permanente

Tabela 16: Redistribuição dos esforços devida acção da carga permanente até a fase 3.

𝑿(𝒎) 𝑴𝑬 𝑴𝑺,𝟏 𝑴𝑺,𝟐 𝑴𝑺,𝟑 𝑴𝟎 𝑴∞


0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0
25.0 31463.7 50712.2 -18593.0 4995.4 37114.6 32715.7
53.5 -55676.9 -14486.0 -39789.0 10690.3 -43584.7 -52997.8
66.9 -1332.2 0.0 11626.8 861.6 12488.4 1729.9
90.0 24699.1 57212.5 -16081.8 41130.7 28339.6
120.5 -72996.8 -14486.0 -38453.0 -52939.0 -68552.8
133.9 -3257.9 0.0 12695.6 12695.6 276.7
155.0 47588.8 57318.3 57318.3 49744.4
187.5 -14886.0 -14886.0 -14886.0 -14886.0
200.9 0.0 0.0 0.0 0.0

Gráfico 21: Redistribuição dos esforços devida acção da carga permanente até a fase 3.

Redistribuicao dos esforcos (Mg) ate a fase 3

-100000,0

-80000,0

-60000,0
Momentos (kNm)

-40000,0

-20000,0

0,0

20000,0

40000,0

60000,0

80000,0
0,0 50,0 100,0 x (m) 150,0 200,0 250,0

ME Mo Minfinito

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 82


b) Acção do pre-esforço

Tabela 17: Redistribuição dos esforços devida acção do pré-esforço até a fase 3.

𝑿(𝒎) 𝑴𝑬 𝑴𝑺,𝟏 𝑴𝑺,𝟐 𝑴𝑺,𝟑 𝑴𝟎 𝑴∞


0 0 0 0 0 0 0
25 -1.57 -1.96 0.35 -0.10 -1.71 -1.60
53.5 1.82 0.99 0.76 -0.22 1.53 1.76
66.9 0.41 0.00 0.20 -0.02 0.18 0.36
90 -1.40 -1.71 0.34 -1.37 -1.39
120.5 1.91 0.85 0.81 1.66 1.85
133.9 0.36 0.00 0.12 0.12 0.31
155 -1.57 -1.71 -1.71 -1.60
187.5 1.65 1.65 1.65 1.65
200.9 0 0 0 0

Gráfico 22: Redistribuição dos esforços devida acção da carga permanente até a fase 3.

Redistribuicao dos esforcos (Mtot) ate a fase 3


2,50
2,00
1,50
1,00
Momentos (kNm)

0,50
0,00
-0,50 0,0 50,0 100,0 150,0 200,0 250,0

-1,00
-1,50
-2,00
-2,50
x (m)

ME M0 Minfinito

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 83


 Análise dos esforços na fase 4
a) Acção do peso próprio

Figura 44: Sistema estático com acção da carga permanente na fase 4.

Figura 45: Diagrama de Momentos devido a acção da carga permanente na fase 4.

Figura 46: Sistema estático com acção da carga permanente considerando que
construiu-se o tabuleiro de uma única vez até a fase 4

Figura 47: Diagrama de Momentos devido a acção da carga permanente considerando


que construiu-se o tabuleiro de uma única vez até a fase 4.

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 84


b) Acção do pre-esforço

Figura 48: Sistema estático com acção da cargas equivalentes de pré-esforço na fase 4

Figura 49: Diagrama de Momentos devido a acção da cargas equivalentes de pré-


esforço na fase 4.

Figura 50: Sistema estático como cargas equivalentes considerando que construiu-se o
tabuleiro de uma única vez até a fase 4.

Figura 51: Diagrama de Momentos devida a acção das cargas equivalentes de pré-
esforço considerando que construiu-se o tabuleiro de uma única vez até a fase 4.

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 85


 Redistrubuicao dos esforços
a) Acção do peso próprio

Tabela 18: Redistribuição dos esforços devida acção da carga permanente até a fase 4

𝑿(𝒎) 𝑴𝑬 𝑴𝑺,𝟏 𝑴𝑺,𝟐 𝑴𝑺,𝟑 𝑴𝑺,𝟒 𝑴𝟎 𝑴∞


0.0 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00
25.0 29436.42 50712.20 -18593.00 4995.40 -1338.79 35775.82 30840.95
- - - -
53.5 -39789.00 10690.30 -2865.00
60015.28 14486.00 46449.70 57009.73
66.9 -1482.28 0.00 11626.80 861.60 -240.42 12247.98 1559.75
90.0 31225.44 57212.50 -16081.80 4309.95 45440.65 34374.92
- - -
120.5 -14486.00 -38453.00 10305.45
57391.68 42633.55 54121.91
133.9 -2526.68 0.00 12695.60 557.21 13252.81 969.38
-
155.0 25716.63 57318.30 42566.33 29449.80
14751.97
- - - -
187.5 -14486.00
72568.10 38356.79 52842.79 68197.82
200.9 -3007.67 0.00 12772.58 12772.58 488.55
225 49339.26 57872.28 57872.28 51229.81
- - - -
254.5
14886.00 14886.00 14886.00 14886.00
267.9 0.00 0.00 0.00 0.00

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 86


Gráfico 23: Redistribuição dos esforços devida acção da carga permanente até a fase 4.

Redistribuicao dos esforcos (Mg) ate a fase 4


-80000,00

-60000,00

-40000,00

-20000,00

0,00

20000,00

40000,00

60000,00

80000,00
0,0 50,0 100,0 150,0 200,0 250,0 300,0

ME M0 Minfinito

b) Acção do pre-esforço

Figura 52: Redistribuição dos esforços devida acção do pré-esforço até a fase 4.

𝑿(𝒎) 𝑴𝑬 𝑴𝑺,𝟏 𝑴𝑺,𝟐 𝑴𝑺,𝟑 𝑴𝑺,𝟒 𝑴𝟎 𝑴∞


0 0 0 0 0 0 0 0
25 -1.551 -1.9598 0.3545 -0.1 0.025 -1.6803 -1.57965
53.5 1.862 0.9885 0.7587 -0.22 0.054 1.5812 1.79979
66.9 0.412 0 0.1952 -0.02 0.004 0.1792 0.36042
90 -1.42 -1.7132 0.34 -0.081 -1.4542 -1.42758
120.5 1.758 0.8506 0.81 -0.193 1.4676 1.69366
133.9 0.254 0 0.12 -0.01 0.11 -0.0021
155 -1.362 -1.71 0.276 -1.434 -1.49005
187.5 2.209 1.65 0.718 2.368 2.491772
200.9 0.37 0 0.493 0.493 0.588749
225 -1.859 -1.775 -1.775 -1.70961
254.5 0.804 0.804 0.804 0.804
267.9 0 0 0 0

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 87


Gráfico 24: – Redistribuição dos esforços devida acção da carga permanente até a fase

Redistribuição dos esforcos devida acção pre-esforco


-2,5
-2 ate a fase 4
-1,5
-1
Título do Eixo

-0,5
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
0 50 100 150 200 250 300

Título do Eixo

ME Ms,1 Ms,2 Ms,3 Ms,4 Mo Minfinito

 Análise dos esforços na fase 5


a) Acção do peso prorio

Figura 53: Sistema estático com acção da carga permanente na fase 5.

Figura 54: Diagrama de Momentos devido a acção da carga permanente na fase 5.

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 88


Figura 55: Sistema estático com acção da carga permanente considerando que
construiu-se o tabuleiro de uma única vez até a fase 5.

Figura 56: Diagrama de Momentos devido a acção da carga permanente considerando


que construiu-se o tabuleiro de uma única vez até a fase 5.

c) Acção do pre-esforço

Figura 57; Sistema estático com acção da cargas equivalentes de pré-esforço na fase 5.

Figura 58: Diagrama de Momentos devido a acção da cargas equivalentes de pré-esforço


na fase 5.

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 89


Figura 59: Sistema estático como cargas equivalentes considerando que construiu-se o
tabuleiro de uma única vez até a fase 5.

Figura 60: Diagrama de Momentos devida a acção das cargas equivalentes de pré-
esforço considerando que construiu-se o tabuleiro de uma única vez até a fase 5.

 Redistribuição dos esforços

Tabela 19: Redistribuição dos esforços devida acção da carga permanente até a fase 5.

𝑿(𝒎) 𝑴𝑬 𝑴𝑺,𝟏 𝑴𝑺,𝟐 𝑴𝑺,𝟑 𝑴𝑺,𝟒 𝑴𝑺,𝟓 𝑴𝟎 𝑴∞


0.0 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00
-
25.0 29980.70 50712.20 4995.40 -1338.79 358.83 36134.65 40925.14
18593.00
- - - - -
53.5 10690.30 -2865.00 767.69
58850.51 14486.00 39789.00 45682.01 35431.08
66.9 -1383.41 0.00 11626.80 861.60 -240.42 63.03 12311.01 22971.34
90.0 29473.20 57212.50 -16081.80 4309.95 -1154.86 44285.79 55816.54
- - - -
120.5 -38453.00 10305.45 -2759.17
61581.38 14486.00 45392.72 32790.77
133.9 -2870.46 0.00 12695.60 557.21 -154.60 13098.21 25528.91

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 90


-
155.0 31247.90 57318.30 3952.83 46519.16 58406.96
14751.97
- - - -
187.5 -14486.00 10277.81
56974.05 38356.79 42564.98 31348.34
200.9 -2102.02 0.00 12772.58 -562.47 12210.11 23351.29
-
225 23486.22 57872.28 40933.10 54514.51
16939.18
- - - - -
254.5
72672.51 14886.00 38349.88 53235.88 38105.57
267.9 -3109.80 0.00 12778.10 12778.10 25145.93
295 49081.21 56930.20 56930.20 63040.19
- - - -
321.5
14886.00 14886.00 14886.00 14886.00
334.9 0.00 0.00 0.00 0.00

Gráfico 25: Redistribuição dos esforços devida acção da carga permanente até a fase 5.

Redistribuição dos esforcos devida acção da carga


-100000,00
-80000,00 permanente ate a fase 5
-60000,00
-40000,00
Momentos (kNm)

-20000,00
0,00
20000,00
40000,00
60000,00
80000,00
0,0 50,0 100,0 150,0 200,0 250,0 300,0 350,0 400,0
x (m)
ME Ms,1 Ms,2 Ms,3 Ms,4 Ms,5 M0 Minfinito

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 91


c) Acção do pre-esforço

Tabela 20: Redistribuição dos esforços devida acção do pré-esforço até a fase 5.

𝑿(𝒎) 𝑴𝑬 𝑴𝑺,𝟏 𝑴𝑺,𝟐 𝑴𝑺,𝟑 𝑴𝑺,𝟒 𝑴𝑺,𝟓 𝑴𝟎 𝑴∞


0.0 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000
25.0 - -1.960 0.355 -0.100 0.025 - -1.685 -1.781
1.562 0.005
53.5 1.839 0.989 0.759 -0.220 0.054 - 1.570 1.361
0.011
66.9 0.410 0.000 0.195 -0.020 0.004 0.000 0.179 0.000
90.0 - -1.713 0.340 -0.081 0.016 -1.438 -1.479
1.386
120.5 1.840 0.851 0.810 -0.193 0.039 1.507 1.247
133.9 0.359 0.000 0.120 -0.010 0.002 0.112 -0.080
155.0 - -1.710 0.276 - -1.490 -1.506
1.469 0.056
187.5 1.904 1.650 0.718 - 2.222 2.470
0.146
200.9 0.353 0.000 0.493 - 0.485 0.588
0.008
225 - -1.775 0.241 -1.534 -1.686
1.339
254.5 1.945 0.804 0.544 1.348 0.883
267.9 0.378 0.000 0.476 0.476 0.552
295 - - -1.362 -1.402
1.310 1.362
321.5 1.420 1.420 1.420 1.420
334.9 0.000 0.000 0.000 0.000

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 92


Gráfico 26: Redistribuição dos esforços devida acção da carga permanente até a fase 5.

Redistribuição dos esforcos devida acção do pre-


-2,500
-2,000 esforco ate a fase 5
-1,500
-1,000
Título do Eixo

-0,500
0,000
0,500
1,000
1,500
2,000
2,500
3,000
0,0 50,0 100,0 150,0 200,0 250,0 300,0 350,0 400,0
Título do Eixo
ME Ms,1 Ms,2 Ms,3 Ms,4 Ms,5 M0 Minfinito

 Análise dos esforços na fase 6


a) Acção do peso próprio

Figura 61: Sistema estático com acção da carga permanente na fase 6.

Figura 62; Diagrama de Momentos devido a acção da carga permanente na fase 6.

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 93


Figura 63: Sistema estático com acção da carga permanente considerando que
construiu-se o tabuleiro de uma única vez até a fase 6.

Figura 64: Diagrama de Momentos devido a acção da carga permanente considerando


que construiu-se o tabuleiro de uma única vez até a fase 6.

b) Acção do pre-esforço

Figura 65: Sistema estático com acção da cargas equivalentes de pré-esforço na fase 6.

Figura 66: Diagrama de Momentos devido a acção da cargas equivalentes de pré-esforço


na fase 6.

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 94


Figura 67: Sistema estático como cargas equivalentes considerando que construiu-se o
tabuleiro de uma única vez até a fase 5.

Figura 68: Diagrama de Momentos devida a acção das cargas equivalentes de pré-
esforço considerando que construiu-se o tabuleiro de uma única vez até a fase 5

 Redistribuição dos esforços

Tabela 21: Redistribuição dos esforços devida acção da carga permanente até a fase 6.

𝑿(𝒎) 𝑴𝑬 𝑴𝑺,𝟏 𝑴𝑺,𝟐 𝑴𝑺,𝟑 𝑴𝑺,𝟒 𝑴𝑺,𝟓 𝑴𝑺,𝟔 𝑴𝟎 𝑴∞


0.0 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0 0.00 0.00
-
25.0 28868.90 50712.20 4995.40 -1338.79 358.83 -56.084 36078.56 30466.25
18593.00
- - - - -
53.5 10690.30 -2865.00 767.69 -120.02
59089.75 14486.00 39789.00 45802.03 56145.77
66.9 -1471.95 0.00 11626.80 861.60 -240.42 63.03 -9.673 12301.34 1579.62
-
90.0 30634.00 57212.50 4309.95 -1154.86 180.551 44466.34 33698.65
16081.80
- - - - -
120.5 10305.45 -2759.17 431.712
60720.80 14486.00 38453.00 44961.01 57229.11
133.9 -2668.05 0.00 12695.60 557.21 -154.60 24.004 13122.21 830.39
-
155.0 30088.70 57318.30 3952.83 -617.984 45901.17 33592.06
14751.97

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 95


- - - - -
187.5 10277.81 -1606.829
60177.12 14486.00 38356.79 44171.81 56631.03
200.9 -2341.84 0.00 12772.58 -562.47 -86.342 12123.77 863.11
-
225 23480.85 57872.28 2648.263 43581.36 27934.26
16939.18
- - - - -
254.5 5995.602
60720.80 14886.00 38349.88 47240.28 57734.10
267.9 -2450.79 0.00 12778.10 321.366 13099.47 994.48
290 30634.01 57698.65 -9036.89 48661.76 34628.19
- - - - -
321.5
51199.95 14886.00 22375.581 37261.58 48111.81
334.9 -939.80 0.00 15720.942 15720.94 2751.50
355.00 31962.62 40272.22 40272.22 46740.77
375.00 0.00 0.00 0.00 0.00

Gráfico 27: Redistribuição dos esforços devida acção da carga permanente até a fase 6

Redistribuição dos esforcos devida acção da carga permanente ate a


fase 6

-80000,00
-60000,00
Momentos (kNm)

-40000,00
-20000,00
0,00
20000,00
40000,00
60000,00
80000,00
0,0 50,0 100,0 150,0 200,0 250,0 300,0 350,0 400,0

x (m)

ME Ms,1 Ms,2 Ms,3 Ms,4 Ms,5 Ms,6 M0 Minfinito

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 96


c) Acção do pre-esforço

Tabela 22: Redistribuição dos esforços devida acção do pré-esforço até a fase 6.

𝑿(𝒎) 𝑴𝑬 𝑴𝑺,𝟏 𝑴𝑺,𝟐 𝑴𝑺,𝟑 𝑴𝑺,𝟒 𝑴𝑺,𝟓 𝑴𝑺,𝟔 𝑴𝟎 𝑴∞


0.0 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000
-
25.0 -1.561 -1.960 0.355 -0.100 0.025 0.001 -1.684 -1.588
0.005
-
53.5 1.842 0.989 0.759 -0.220 0.054 0.003 1.573 1.782
0.011
66.9 0.410 0.000 0.195 -0.020 0.004 0.000 0.000 0.179 0.359
90.0 -1.497 -1.713 0.340 -0.081 0.016 -0.003 -1.441 -1.485
120.5 1.832 0.851 0.810 -0.193 0.039 -0.010 1.497 1.758
133.9 0.358 0.000 0.120 -0.010 0.002 -0.002 0.111 0.303
-
155.0 -1.464 -1.710 0.276 0.014 -1.476 -1.467
0.056
-
187.5 1.934 1.650 0.718 0.037 2.259 2.006
0.146
-
200.9 0.355 0.000 0.493 0.000 0.485 0.384
0.008
225 -1.389 -1.775 0.241 -0.061 -1.595 -1.435
254.5 1.832 0.804 0.644 -0.133 1.315 1.717
267.9 0.372 0.000 0.476 0.033 0.509 0.402
-
295 -1.200 0.304 -1.058 -1.169
1.362
321.5 1.842 1.420 0.513 1.933 1.862
334.9 0.281 0.000 0.350 0.350 0.296
355.00 -1.701 -1.678 -1.678 -1.660
375.00 0.000 0.000 0.000 0.000

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 97


Gráfico 28: Redistribuição dos esforços devida acção da carga permanente até a fase 6.

Redistribuição dos esforcos devida acção do pre-esforco


-2,500
ate a fase 6
-2,000
-1,500
Momentos (kNm)

-1,000
-0,500
0,000
0,500
1,000
1,500
2,000
2,500
0,0 50,0 100,0 150,0 200,0 250,0 300,0 350,0 400,0
x (m)
ME Ms,1 Ms,2 Ms,3 Ms,4 Ms,5 Ms,6 M0 Minfinito

1.5. DETERMINAÇÃO DA ARMADURA DE PRE-ESFORÇO

a) Determinação da área total da armadura de pré-esforço (REBAP – art. 36)

Admite-se com que com base na norma ASTM A 416 (Catálogo DSI-DYWIDAG)
Dados:
𝑓𝑝𝑢𝑘 = 1860𝑀𝑃𝑎
𝑓𝑝0,1𝑘 = 1670𝑀𝑃𝑎
𝐴𝑐𝑠 = 140𝑚𝑚2
𝜎′𝑝,𝑜 ≤ 0.75𝑓𝑝𝑢𝑘
𝜎′𝑝,𝑜 ≤ 0.85𝑓𝑝0,1𝑘
∆𝑃′𝑜 = 12%

𝑃′𝑜 = 𝑃𝑜 + ∆𝑃′𝑜 = 34482.76𝑘𝑁

𝑃′𝑜
0.75𝑓𝑝𝑢𝑘 2
𝐴𝑝 ≥ → {247.19𝑐𝑚2 → 𝐴𝑝 ≥ 247.19𝑐𝑚2
𝑃′𝑜 242.92𝑐𝑚
{0.85𝑓𝑝0,1𝑘

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 98


b) Determinação do número de cordões

𝐴𝑝
𝑁 = 𝑖𝑛𝑡 (𝐴 ) + 1 = 177 𝑐𝑜𝑟𝑑𝑜𝑒𝑠
𝑐𝑠

Com base no catálogo DSI-DYWIDAG, adoptam-se 8x6827.

1.6. ANÁLISE DA FASE DE SEVIÇO

A análise da fase de serviço baseou-se nos regulamentos RSA e REBAP.


As acções consideradas para o dimensionamento do tabuleiro na fase de serviço são:
 Peso próprio do tabuleiro

 Acção do pré-esforço

 Acção do Comboio-tipo

1.6.1. DETERMINAÇÃO DOS ESFORÇOS INTERNOS


 Peso próprio
 Peso líquido do tabuleiro

Os esforços devida acção do peso líquido foi determinado quando se fez a análise da
fase de construção, que correspondem os momentos finais após a conclusão da fase

Gráfico 29: Diagrama de Momentos finais devida acção do peso próprio.

Diagrama de Momentos finais


-80000,00

-60000,00
Momentos (kNm)

-40000,00

-20000,00

0,00

20000,00

40000,00
0,0 50,0 100,0 150,0 200,0 250,0 300,0 350,0 400,0
x (m)

Minfinito

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 99


Figura 69: Sistema estático com cargas do balastro e outros elementos permanentes.

Gráfico 30: Sistema estático com cargas do balastro e outros elementos permanentes.

Nota: A análise do esforço transverso transverso não foi feita da mesma forma que o
momento flector devido ao nível de complexidade na apresentação dos dados e dos
resultados, porque numa dada secção o esforço tranverso pode tomar dois valores
diferentes (secção dos apoios). Assim, a análise do esforço transverso é feita considerando
o peso bruto do tabuleiro (peso liquido e outros elementos permanentes).

Figura 70: Sistema estático com carga permanente bruta.

Gráfico 31: Diagrama do esforco transverso devida a accao da carga permanente bruta

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 100


 Acção do pré-esforço
1. Momentos flectores

Gráfico 32: Diagrama de Momentos totais devida a accao o pre-esforco.

Diagrama de Momentos totais devida a accao o pre-esforco


-2,000

-1,000

0,000

1,000

2,000

3,000
0,0 50,0 100,0 150,0 200,0 250,0 300,0 350,0 400,0

Minfinito

2. Esforco transverso
Figura 71: Sistema estatico com carga de pre-esforco considerando um cabo continuo.

Gráfico 33: Diagrama de esforço transverso devida a acção do pre-esforco.

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 101


 Acção do comboio-tipo

Figura 72: Sistema estático com acção do comboio-tipo

Nota: As sobrecargas devida acção do comboio tipo foram consideradas com base no
RSA art. 50 e foram afectadas com coeficiente dinâmico uma vez que são cargas
dinâmicas.

Gráfico 34: Envolvente de momentos devida a acção do comboio-tipo.

Gráfico 35: Envolvente de esforcos transversos devida a accao do comboio-tipo.

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 102


1.6.2. DETERMINAÇÃO DO PRE-ESFORÇO
De acordo com o REBAP art. 68.3 as combinações que serão adoptadas para a
determinação do valor do pré-esforço são:

Quase permanentes →Descompressao


Combinações raras −𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 máxima de compressão

Tabela 23: Pré-esforço na secção dos apoios.

Secção dos apoios


Pre-esforco
x Mg,o Mg Mq Mg+𝜓1Mq Mtot (xP) Pmin Pmax
adoptado (kN)
- -
53.5 -59000.4 -69648.1 1.7523 27601.87 39759.66 30000
37759.62 26619.10
- -
120.5 -56643.2 -68403.9 1.6619 27960.25 40517.01 30000
34816.14 29401.70
- - -
187.5 -67352.6 1.7849 26402.22 34377.16 30000
33768.58 55381.98 29926.50
-
254.5 -60198.2 -29401.7 -71958.9 1.6513 29522.09 45211.82 30000
38371.13
- -
321.5 -42067.6 -52715.2 1.7554 20869.49 44151.64 30000
20826.75 26619.10

Como na secção dos apoios o valor do pré-esforço na excedeu o valor obtido na fase de
construção, não haverá necessidade de colocar armadura de reforço.

Tabela 24: Pré-esforço nos vãos.

Secção dos vãos


Pré-esforço
x Mg,o Mg Mq Mg+ 𝜓1Mq Mtot (xP) Pmin Pmax
adoptado (kN)
20 43434.91 54924.41 17924.80 62094.33 1.71 29037.31 87411.76 30000
85 59687.04 59772.04 20116.00 78646.24 1.38 42405.64 366178.09 50000
155 62044.25 72834.05 21496.70 81432.73 1.42 43022.76 298433.10 50000

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 103


220 60319.83 71109.63 21496.70 79708.31 1.42 42276.88 302810.33 50000
290 66988.37 77901.17 20116.00 85947.57 1.38 46261.90 401608.84 50000
355 49770.88 61260.38 17924.80 68430.30 1.71 32010.39 100324.28 33000

Nas secções do meio vão (com exceção da secção a 20m do apoio 1) os valores de pré-
esforço excederam o definido no processo construtivo, daí a necessidade de aplicar
reforço na estrutura.
Este reforço será uma armadura correspondente a diferença entre os valores de pré-
esforço obtidos na fase de serviço e a fase de serviço.

Tabela 25: Cabos de reforço.

x Pfc Pfs ∆P = Pfs - Pfc N cordões Cabos


20 30000 30000 0 0 ------
85 30000 50000 20000 118 5x6827
155 30000 50000 20000 118 5x6827
220 30000 50000 20000 118 5x6827
290 30000 50000 20000 118 5x6827
355 30000 33000 3000 18 1x6827

Na secção 𝑥 = 355 𝑚 majorou-se o valor da armadura para uniformiza-la, a fim de


facilitar na execucao na fase de construção.

1.7. Perdas de pré-esforço

 Perdas instantâneas (Pós-tensão) (8% – 15%)


· Perdas pr atrito
· Perdas por reentrada de cabos
· Perdas por deformação instantânea do betão

 Perdas diferidas (12% – 15%)


· Perdas por retracção do betão
· Perdas por fluência do betão
· Perdas por relaxação da armadura

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a) Cálculo das perdas por atrito


𝑃0 ′ 68207.39 KN
𝜎 𝑃𝑜 = = = 2485.69 𝑀𝑝𝑎
𝐴𝑃 140 × 196 × 10−6

Gráfico 36: Parábola 1 (0<x<40m)

𝑦 = −0.003𝑥 2 + 0.118𝑥 + 0.012

𝑦 ′ = −0.006𝑥 + 0.118

𝛽 = 𝑦 ′ (0) − 𝑦 ′ (40) = 0.118 + 0.122 = 0.24


𝑃′ (𝑋 = 40) = 𝑃′ × (1 − 0.19 × 0.24 − 0.19 × 0.005 × 40)
= 𝑃′ × 0.92 → ∆𝑃 = 0.08 × 𝑃′

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Gráfico 37: Parábola 2 (40<x<66,9m)

𝑦 = −0.003𝑥 2 + 0.348𝑥 − 8.872

𝑦 ′ = −0.006𝑥 + 0.348

𝛽 = 𝑦 ′ (40) − 𝑦 ′ (66.9) = 0.108 + 0.072 = 0.18

𝑃(𝑋 = 66.9) = 𝑃′ × (1 − 0.19 × 0.18 − 0.19 × 0.005 × 66.9)

= 𝑃′ × 0.90 → ∆𝑃 = 0.10 × 𝑃′

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Gráfico 38:Parábola 3 (66,9<x<105m)

𝑦 = −0.003𝑥 2 + 0.57𝑥 − 23.63

𝑦 ′ = −0.006𝑥 + 0.57

𝛽 = 𝑦 ′ (30) − 𝑦 ′ (65) = 0.39 − 0.18 = 0.21

𝑃(𝑋 = 66.9) = 𝑃′ × (1 − 0.19 × 0.21 − 0.19 × 0.005 × 65)

= 𝑃′ × 0.90 → ∆𝑃 = 0.10 × 𝑃′

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Gráfico 39:Parábola 4 (105<x<135m)

𝑦 = −0.005𝑥 2 + 1.266𝑥 − 74.64

𝑦 ′ = −0.01𝑥 + 1.266

𝛽 = 𝑦 ′ (0) − 𝑦 ′ (30) = 1.266 − 0.966 = 0.3

𝑃(𝑋 = 105) = 𝑃′ × (1 − 0.19 × 0.3 − 0.19 × 0.005 × 30)

= 𝑃′ × 0.92 → ∆𝑃 = 0.08 × 𝑃′

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Gráfico 40: Parábola 5 (135<x<175m)

𝑦 = −0.003𝑥 2 + 0.963𝑥 − 72.94

𝑦 ′ = −0.006𝑥 + 0.963

𝛽 = 𝑦 ′ (30) − 𝑦 ′ (65) = 0.783 − 0.573 = 0.21

𝑃(𝑋 = 135) = 𝑃′ × (1 − 0.19 × 0.21 − 0.19 × 0.005 × 65)

= 𝑃′ × 0.90 → ∆𝑃 = 0.10 × 𝑃′

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Gráfico 41: Parábola 6 (175<x<205m)

𝑦 = 0.002𝑥 2 − 1.024𝑥 + 95.87

𝑦 ′ = 0.004𝑥 − 1.024

𝛽 = 𝑦 ′ (0) − 𝑦 ′ (30) = −1.024 + 0.904 = −0.12

𝑃(𝑋 = 175) = 𝑃′ × (1 − 0.19 × 0.12 − 0.19 × 0.005 × 30)

= 𝑃′ × 0.95 → ∆𝑃 = 0.005 × 𝑃′

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Gráfico 42: Parábola 7(205<x<240m)

𝑦 = −0.002𝑥 2 + 1.198𝑥 − 132.3

𝑦 ′ = −0.004𝑥 + 1.198
𝛽 = 𝑦 ′ (205) − 𝑦 ′ (240) = 0.378 − 0.238 = 0.14

𝑃(𝑋 = 205) = 𝑃′ × (1 − 0.19 × 0.14 − 0.19 × 0.005 × 70)

= 𝑃′ × 0.81 → ∆𝑃 = 0.19 × 𝑃′

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Gráfico 43: Parábola 8 (240<x<275m)

𝑦 = 0.004𝑥 2 − 2.027𝑥 + 258.9

𝑦 ′ = 0.008𝑥 − 2.027

𝛽 = 𝑦 ′ (240) − 𝑦 ′ (275) = −0.107 − 0.173 = 0.28

𝑃(𝑋 = 240) = 𝑃′ × (1 − 0.19 × 0.28 − 0.19 × 0.005 × 35)

= 𝑃′ × 0.92 → ∆𝑃 = 0.08 × 𝑃′

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Gráfico 44: Parábola 9 (275<x<310m)

𝑦 = −0.002𝑥 2 + 1.707𝑥 − 247.2

𝑦 ′ = −0.002𝑥 + 1.707

𝛽 = 𝑦 ′ (240) − 𝑦 ′ (275) = 1.227 − 1.157 = 0.07

𝑃(𝑋 = 275) = 𝑃′ × (1 − 0.19 × 0.07 − 0.19 × 0.005 × 35)

= 𝑃′ × 0.95 → ∆𝑃 = 0.05 × 𝑃′

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Gráfico 45: Parábola 10 (310<x<340m)

0,6 y = 0,0044x2 - 2,8139x + 453,91

0,4

0,2

0
300 310 320 330 340 350 Série1
-0,2
Polinômio (Série1)
-0,4

-0,6

-0,8

-1

𝑦 = 0.004𝑥 2 − 2.813𝑥 + 453.9

𝑦 ′ = 0.004𝑥 − 2.813

𝛽 = 𝑦 ′ (310) − 𝑦 ′ (340) = −1.573 + 1.453 = −0.12

𝑃(𝑋 = 310) = 𝑃′ × (1 − 0.19 × 0.12 − 0.19 × 0.005 × 65)

= 𝑃′ × 0.91 → ∆𝑃 = 0.09 × 𝑃′

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Gráfico 46: Parábola 11 (340<x<375m)

𝑦 = −0.003𝑥 2 + 2.284𝑥 − 404.9

𝑦 ′ = −0.006𝑥 + 2.284

𝛽 = 𝑦 ′ (340) − 𝑦 ′ (375) = 0.244 − 0.034 = 0.21

𝑃(𝑋 = 310) = 𝑃′ × (1 − 0.19 × 0.21 − 0.19 × 0.005 × 35)

= 𝑃′ × 0.93 → ∆𝑃 = 0.07 × 𝑃′

b) Perdas por deformação instantânea do betão


c) 1 n  1 EP Po ( x)1 Po ( x)1 .e( x) M g ( x)
 Po ,e ( x)    c ( x) c    .e( x)  .e( x)
d) 2 n Ec , j Ac I I
5.

Po ( x)1   Po ( x)1 * AP

Onde:

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 σc (x) – tensão de compressão (negativa) no betão, na secção x, calculada ao
nível do centro mecânico da armadura de pré-esforço aplicado e de outras
acções permanentes;
 P0(x)1 – valor do pré-esforço depois das perdas iniciais;
 EP – módulo de elasticidade do aço = 195 Gpa;
 Ec,j – módulo de elasticidade do betão aos 28 dias = 33.5 Gpa;
 Ac – área da secção do betão = 6.454m2;
 AP – área do pré-esforço = 274 cm2;
 I – momento de inércia = 11.55 m2;

c) Perdas instantâneas nos dispositivos de amarração

  ( x)  s.EP
 Po ( x)  2. P' o . p.(a  x) p    k a
 x   P' o . p

Onde:
 ∆σP0(x) - perda de pré-esforço devido a reentrada das cunhas no ponto “x”.
 ∆s- reentrada das cunhas = 4mm
 a – comprimento ao longo do qual a perda se faz sentir;

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Tabela 26: Resumo das perdas instantâneas.

I Sistema
x(m) ß(rad) %Ds (x) s ,fr(x) e(m) P0(x) Mg(KN/m) s (x) s (x) Ds (x) s ,fr,d(x) p a Ds (x) %s (x) s ,fr,e,d %Ds ,fr,e,d
0 0 0 2485.7 0.09 12.87593 37318.58 -292.798184 -0.292798184 0.426086909 2485.273913 0.00095 18.1744 48.6893 3.453144431 2436.58 3.47028596
10 0.1 2.85 2450.9015 1.06 12.69567 13585.34 -1249.99517 -1.249995168 1.819022819 2449.082477 0.00095 18.1744 21.8993 1.553144431 2427.18 4.47736295
13.4 0.134 3.819 2439.07001 1.08 12.63438 47729.41 -4466.24335 -4.466243353 6.499383983 2432.570626 0.00095 18.1744 12.7907 0.907144431 2419.78 4.99261419
20 0.2 5.7 2416.103 0.63 12.51541 35654.06 -1947.13608 -1.947136081 2.833518923 2413.269481 0.00095 18.1744 -4.8907 -0.346855569 2418.16 5.47042084
25 0.25 7.125 2398.70375 0.03 12.42529 5677.94 -16.6740591 -0.016674059 0.024264489 2398.679486 0.00095 18.1744 0 0 2398.68 7.12601157
27.1 0.271 7.7235 2391.396065 0 12.38743 5966.94 -1.91934174 -0.001919342 0.002793072 2391.393272 0.00095 18.1744 0 0 2391.39 7.7236168
27.1 0 - - - - - - - - - - - - - - -
30 0.0232 3.2908 3677.67 1 19.05033 17908.91 -1555.15605 -1.555156046 2.263100216 3675.4069 0.005358 6.29158 42.9159 3.043680561 3632.49 6.39601681
35 0.0632 4.5258 3622.409982 1.55 18.76408 35622.11 -4787.26688 -4.787266882 6.966545089 3615.443437 0.005358 6.29158 -20.352 -1.443435439 3635.80 3.27468252
40 0.1032 5.7608 3607.330632 1.77 18.68597 48532.28 -7445.37751 -7.445377514 10.83469116 3596.495941 0.005358 6.29158 0 0 3675.41 6.06115204
45 0.1432 6.9958 3592.251282 1.76 18.60786 54295.61 -8281.48973 -8.281489726 12.05142162 3580.19986 0.005358 6.29158 0 0 3615.44 7.33128381
50 0.1832 8.2308 3577.171932 1.64 18.52975 54924.41 -7805.97635 -7.805976347 11.35944319 3565.812489 0.005358 6.29158 0 0 3596.50 8.54835374
53.5 0.2112 9.0953 3566.616387 1.67 18.47507 49769.74 -7203.46829 -7.203468294 10.48265908 3556.133728 0.005358 6.29158 0 0 3580.20 9.38921047
55 0.2232 9.4658 3562.092582 1.3 18.45164 49809.59 -5611.83334 -5.611833339 8.16647389 3553.926108 0.005358 6.29158 0 0 3565.81 9.69506057
60 0.2632 10.7008 3547.013232 0.69 18.37353 38949.24 -2330.44186 -2.330441861 3.391314649 3543.621917 0.005358 6.29158 0 0 3556.13 10.7964104
65 0.3032 11.9358 3531.933882 0.05 18.29542 22336.78 -99.534699 -0.099534699 0.144845271 3531.789037 0.005358 6.29158 0 0 3553.93 11.939901
66.9 0.3184 12.4051 3526.203729 0 18.26574 0.50 -2.83014182 -0.002830142 0.00411849 3526.199611 0.005358 6.29158 0 0 3543.62 12.4052168

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1.8. Perdas diferidas

 cs (t , t 0 ) E p  c (t , t 0 ) c , g ( x)   c , p 0 ( x)   p ,t t ,r ( x)


 pt , s  c  r ( x)   0

 c , p 0 ( x)   c (t , t 0 ) 
1 1
 p 0 ( x)  2 

Onde:
 t0- idade do betão à data em que foi aplicado o pré-esforço = 0;
 t- idade do betão à data em que se pretende determinar as perdas de pré-esforço = 28;
  cs (t , t 0 )  extensão devida à retracção livre do betão entre as idade t0 e t (sinal negativo para encurtamento);

  cs (t , t0 )  0,00025
 α- coeficiente de homogeneização aço-betão
Ep 195
   5.82
Ec , 28 33.5

  p0 g  tensão na armadura devida ao pré-esforço inicial e às ou  c (t , t 0 )  coeficiente de fluência do betão na idade t, correspondente

à aplicação da tensão na idade t0 = 2.5


  c, g - tensão no betão devido as acções permanentes

M g1 2
 c , g ( x)  .e( x)
I

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  c ,P 0  tensão no betão devido ao pré-esforço inicial

Po ( x) Po ( x).e 2 ( x)
 c, Po ( x)   
Ac I

  p ,t t0 ,r ( x)  perda de tensão na armadura de pré-esforço, na secção x, devida à relaxação entre t e t0, calculada para uma tensão inicial

dada por:

 P ( x)   po  g  0,3. pt , s  c  r

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 119


Tabela 27: Resumo das perdas diferidas.

I Sistema
x(m) s (fr,e,d) Mg(KN/m) e(m) s ( c,g(x)) Po(x) s c,po(x) s ((po+g)(x)) s (p,r(x)) Ds ( p,r(x))) Ds ( pt,s+c+r(x))) % Perdas s p(x)
0 2485.274 18659.29 0.09 0.1453971 6.32478 -0.984413868 2486.120124 2374.282798 121.8198861 149.6898861 6.02307397 2335.584
10 2449.082 6792.67 1.06 0.6233965 6.1445238 -1.54979671 2452.710645 2342.501933 120.1828216 148.9028216 6.07994312 2300.18
13.4 2432.571 23864.71 1.08 2.2315049 6.0832367 -1.556880835 2445.557985 2336.092306 119.8323412 126.8223412 5.21351117 2305.748
20 2413.269 17827.03 0.63 0.9723834 5.9642675 -1.129073465 2418.928753 2310.331626 118.5275089 135.5375089 5.61634372 2277.732
25 2398.679 2838.97 0.03 0.0073739 5.8741394 -0.910612579 2398.722402 2290.781825 117.5373977 145.5173977 6.06656281 2253.162
27.1 2391.393 2983.47 0 0 5.8362856 -0.904289683 2391.393272 2283.780575 117.1782703 144.7582703 6.05330257 2246.635
27.1 - - - - - - - - - - - -
30 3677.67 8954.45 1 0.7752775 6.1166441 -1.477308761 3682.182115 3516.686965 180.4269236 202.6869236 5.51128632 3474.983
35 3622.41 17811.06 1.55 2.3902282 6.0385331 -2.191693618 3636.32111 3473.312661 178.1797344 189.4097344 5.22883206 3433
40 3607.331 24266.14 1.77 3.7187069 5.9604221 -2.540268853 3628.973506 3466.643628 177.8197018 180.1497018 4.99398919 3427.181
45 3592.251 27147.80 1.76 4.1368081 5.882311 -2.489000785 3616.327505 3454.676197 177.2000477 178.7000477 4.97459765 3413.551
50 3577.172 27462.20 1.64 3.8993952 5.8042 -2.250917937 3599.866412 3438.893675 176.3934542 185.1334542 5.17541392 3392.038
53.5 3566.616 24884.87 1.67 3.5980723 5.7495223 -2.27914441 3587.557168 3427.059431 175.7903012 180.5403012 5.06194896 3386.076
55 3562.093 24904.80 1.3 2.8031373 5.726089 -1.725058843 3578.406841 3418.112675 175.3419352 220.7919352 6.19837722 3341.301
60 3547.013 19474.62 0.69 1.1634188 5.6479779 -1.107926841 3553.78433 3394.168734 174.1354321 228.7354321 6.44867716 3318.278
65 3531.934 11168.39 0.05 0.048348 5.5698669 -0.864215656 3532.215267 3373.278243 173.0785481 230.9585481 6.53915265 3300.975
66.9 3526.204 0.25 0 0 5.5401847 -0.858411019 3526.203729 3367.524561 172.7839827 230.8739827 6.54738071 3295.33

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 120


1.8.ANÁLISE DE SECÇÕES SUJEITAS A CARGAS CONCENTRADAS

𝑃0 = 30 𝑀𝑁
30𝑀𝑁
𝑃0′ = = 4,26 𝑀𝑁
0,88 × 8
𝐹𝑠𝑑 = 1,35 × 𝑃0′ = 1,35 × 5,68 = 5,75 𝑀𝑁

𝐴0 = 0,365 × 0,320 = 0,1168𝑚2


𝐴1 = 0,9 × 0,9 = 0,81 𝑚2

𝐴1 0,81
𝑃𝑐𝑅𝑑 = 𝑓𝑐𝑑 × √ = 23,3 × 103 × √ = 61,36 𝑀𝑁⁄𝑚2
𝐴0 0,1168

𝑃𝑐𝑅𝑑 × 𝐴0 = 61,36 × 0,1168 = 7,17 𝑀𝑁 > 𝐹𝑠𝑑 OK!

a) Cálculo de armaduras

Direcção x

𝑎0 = 0,365 𝑚

𝑎1 = 1,00 𝑚

𝑎0 0,365
𝐹𝑡1,𝑠𝑑,𝑥 = 0,3 × 𝐹𝑠𝑑 × (1 − ) = 0,3 × 5750 × (1 − ) = 1095,375 𝐾𝑁
𝑎1 1,00

𝐹𝑡1,𝑠𝑑,𝑥 1095,375
𝐴𝑠,𝑥 = = = 31,48 𝑐𝑚2
𝑓𝑠𝑦𝑑 348 × 103

Distribuindo a armadura em 5 camadas:

31,48 𝑐𝑚2
= 6,30 𝑐𝑚2 [6∅12 (𝐴𝑠,𝑒𝑓𝑓 = 6,79 𝑐𝑚2 )]
5

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 121


Direcção y

𝑎0 = 0,32𝑚

𝑎1 = 1,00𝑚

𝑎0 0,32
𝐹𝑡1,𝑠𝑑,𝑦 = 0,3 × 𝐹𝑠𝑑 × (1 − ) = 0,3 × 5750 × (1 − ) = 1173 𝐾𝑁
𝑎1 1,00

𝐹𝑡1,𝑠𝑑,𝑦 1173 𝑐𝑚2⁄


𝐴𝑠,𝑦 = = = 33,71 𝑚
𝑓𝑠𝑦𝑑 348 × 103

Distribuindo a armadura em 5 camadas:

33,71 𝑐𝑚2
= 6,74 𝑐𝑚2 [6∅12 (𝐴𝑠,𝑒𝑓𝑓 = 6,79 𝑐𝑚2 )]
5

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 122


1.9.CÁLCULO DE ARMADURAS ORDINÁRIAS

As acções condicionantes para o dimensionamento são os momentos flectores, tratando-


se de estruturas laminares e sujeitos a esforços axiais de compressão, esses últimos podem
ser negligenciáveis.

O dimensionamento de armaduras será feito usando tabelas para esforços normais e de


flexão (REBAP-83). Pelo facto de ser necessário dispor armaduras em ambas fibras usar-
se-á tabelas duplamente armadas (Tabela 6).

Fórmulas:

Msd
μ =
𝑏𝑑2 𝑓𝑐𝑑

𝐴𝑓
𝜔 = 𝑏𝑑𝑓𝑠𝑦𝑑
𝑐𝑑

ωbd𝑓𝑐𝑑
A> 𝑓𝑠𝑦𝑑

Dados.
Aço A400NR
𝑓𝑠𝑦𝑑 = 348 𝑀𝑃𝑎
Betão B40
𝑓𝑐𝑑 = 23,3 𝑀𝑃𝑎
𝑏=1𝑚
A'/A = 1 (de modo a atender o processo construtivo)

 Banzo Superior
No apoio
ℎ = 0,45 𝑚
𝑆𝑒𝑗𝑎 𝑑 = 0.40 𝑚
No meio vão
ℎ = 0,30 𝑚
𝑠𝑒𝑗𝑎 𝑑 = 0,25 𝑚

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 123


Armadura mínima – Artigo 90 (REBAP)

𝜌 (𝐴400) = 0,15

𝜌𝑏𝑑
𝐴𝑠, 𝑚í𝑛 =
100

Espaçamento máximo – Artigo 105 (REBAP)

𝑠𝑚𝑎𝑥 = 2 × 7,5 = 15𝑐𝑚

Tabela 28:Resumo de armaduras a dispor no banzo superior e consola

𝑨𝒔,𝒎𝒊 𝑨
𝑴𝒔𝒅 𝒅 𝑨
𝝁 𝝎 𝒏 ∅ 𝒂𝒅𝒐𝒑𝒕𝒂𝒅𝒐
[𝒌𝑵𝒎] [𝒎] [𝒄𝒎𝟐]
[𝒄𝒎𝟐] [𝒄𝒎𝟐]
Apoi 0,00
0,40 0,012 1,5 6,00 ∅𝟏2@𝟏𝟓 7,54
o 45.03 5
½ 0,17
235,79 0,25 0,162 29,46 3,75 ∅25@15 32,72
vão 6

 Alma

ℎ = 0,5 𝑚

𝑆𝑒𝑗𝑎 𝑑 = 0,45𝑚

Tabela 29: Resumo de armaduras a dispor na alma

𝑴𝒔𝒅 𝒅 𝝁 𝝎 𝑨 𝑨𝒔,𝒎𝒊𝒏 ∅ 𝑨 𝒂𝒅𝒐𝒑𝒕𝒂𝒅𝒐


[𝒌𝑵𝒎] [𝒎] [𝒄𝒎𝟐] [𝒄𝒎𝟐] [𝒄𝒎𝟐]
110,07 0,40 0,03 0,03 8,302 6,75 ∅12@𝟏2,5 9,05
0 1

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 124


 Banzo inferior
ℎ = 0,2𝑚

𝑆𝑒𝑗𝑎 𝑑 = 0,15 𝑚

Tabela 30:Resumo de armadura a dispor no banzo inferior

𝑨
𝑴𝒔𝒅 𝒅 𝑨 𝑨𝒔,𝒎𝒊𝒏[𝒄𝒎
𝝁 𝝎 ∅ 𝒂𝒅𝒐𝒑𝒕𝒂𝒅𝒐[𝒄𝒎
[𝒌𝑵𝒎] [𝒎] [𝒄𝒎𝟐] 𝟐]
𝟐]

0,00 0,00 ∅𝟔@𝟏𝟐,


7,31 0,20 𝟎, 𝟗 2,25 2,26
8 9 𝟓

1.10. DIMENSIONAMENTO DE DIAFRAGMA PARA OS APOIOS

Escusa-se de fazer a verificação para a utilização de nervuras e diafragmas dado que


segundo Reis (2002) para o caso em que os pilares estiverem sob as almas dispensa-se o
uso de diafragmas assim como de nervuras. Será dimensionado aparelho de apoio para o
tabuleiro considerando que serão dois nos extremos, porem será colocado um aparelho ao
longo de todo banzo.

1.11. DETERMINAÇÃO DO MOMENTO TORSOR

1.11.1. EFEITO DA FORÇA DE LACETE

𝐹𝑙𝑎𝑐 = 60 𝑘𝑁

𝑇𝑙𝑎𝑐 = 𝐹𝑙𝑎𝑐 (h − 𝑌𝐺 + h𝑏𝑎𝑙𝑎𝑠𝑡𝑟𝑜 + h𝑡𝑟𝑎𝑣𝑒𝑠𝑠𝑎 + h𝑐𝑎𝑟𝑟𝑖𝑙 )

𝑇𝑙𝑎𝑐 = 60 × (3,7 − 2,228 + 0,35 + 0,2 + 0,11) = 127,92 𝑘𝑁𝑚

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 125


1.11.2. VENTO
Dados a considerar:
 Ponte carregada
Altura máxima do leito à base inferio do taluteiro = 14 m
ℎ𝑤 = ℎ𝑡𝑎𝑏𝑢𝑙𝑒𝑖𝑡𝑜 + ℎ𝑏𝑎𝑙𝑎𝑠𝑡𝑟𝑜 + ℎ𝑡𝑟𝑎𝑣𝑒𝑠𝑠𝑎𝑠 + ℎ𝑐𝑎𝑟𝑟𝑖𝑙 + ℎ𝑐𝑜𝑚𝑏𝑜𝑖𝑜
= 3,7 + 0,35 + 0,2 + 0,11 + 3,5 = 7,86 𝑚

ℎá𝑏𝑎𝑐𝑜 = 14 + 7,86 = 21,86


𝑎𝑠𝑠𝑢𝑚𝑖𝑚𝑜𝑠: ℎ𝑑 = 25 𝑚.

𝑤 𝑘(ℎ𝑑) = 1,19 𝑘𝑁/𝑚2


𝑤 = 𝛿𝑓 × 𝑤𝑘 = 1,5 × 1,19 = 1,785 𝑘𝑁/𝑚2
ℎ𝑤 7,86
𝑡𝑤 = 𝑤 × ℎ𝑤 × ( – 𝑦𝑔) = 1,785 × 7,86 × ( − 2,228)
2 2
𝑡𝑤 = 23,879𝑘𝑁𝑚/𝑚

 Ponte descarregada
ℎ𝑤 = ℎ𝑡𝑎𝑏𝑢𝑙𝑒𝑖𝑡𝑜 + ℎ𝑏𝑎𝑙𝑎𝑠𝑡𝑟𝑜 + ℎ𝑡𝑟𝑎𝑣𝑒𝑠𝑠𝑎𝑠 + ℎ𝑐𝑎𝑟𝑟𝑖𝑙
= 3,7 + 0,35 + 0,2 + 0,11 = 4,36 𝑚

ℎá𝑏𝑎𝑐𝑜 = 14 + 4,36 = 18,36,


𝑎𝑠𝑠𝑢𝑚𝑖𝑚𝑜𝑠: ℎ𝑑 = 20 𝑚.

𝑤 𝑘(ℎ𝑑) = 1,12 𝑘𝑁/𝑚2

𝑤 = 𝛿𝑓 × 𝑤𝑘 = 1,5 × 1,12 = 1,68 𝑘𝑁/𝑚2

ℎ𝑤 4,36
𝑡𝑤 = 𝑤 × ℎ𝑤 × ( – 𝑦𝑔) = 1,68 × 4,36 × ( − 2,228)
2 2

= − 0,35 𝑘𝑁𝑚/𝑚

1 1
𝑡𝑤, 𝑚𝑎𝑥 = × 𝑡𝑤 × 𝑙𝑚𝑎𝑥 = × 23,879 × 67 = 799,95𝑘𝑁𝑚.
2 2

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 126


1.11.3. EFEITO DA SOBRECARGA NUM SÓ PASSEIO

Na combinação de acções a sobrecarga no passeio deve ser considerada actuando em


simultâneo a carga concentrada e a carga uniformemente distribuída actuando
horizontalmente nos guarda-corpos.

1.11.4. EFEITO DA CARGA CONCENTRADA


𝐹𝑝 = 10 𝑘𝑁
𝑇𝑝 = 𝐹𝑝 × 𝑏
𝑙𝑝
𝑏 = 𝑋𝐺 −
2
Onde:
𝑏 representa a distância do 𝐶𝐺 ao ponto de actuação da carga.
𝑙𝑝 é a largura do passeio.

1,4
𝑇𝑝 = 10 × (3,8 − ) = 31𝑘𝑁𝑚
2
1.11.5. EFEITO DA CARGA UNIFORMEMENTE DISTRIBUÍDA NOS GUARDA
CORPOS
𝐹𝑔 = 1 𝑘𝑁/𝑚
𝑡𝑔 = 𝐹𝑔 × (ℎ − 𝑌𝐺 + ℎ𝑔𝑢𝑎𝑟𝑑𝑎 − 𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜) = 1 × (3,7 – 2,228 + 1,2)
= 2,774𝑘𝑁𝑚/𝑚

1
𝑇𝑔, 𝑚𝑎𝑥 = × 𝑡𝑔 × 𝑙𝑚𝑎𝑥 = 0,5 × 2,774 × 67 = 92,929 𝑘𝑁𝑚.
2

1.11.6. COMBINAÇÕES DE ACÇÕES

As cargas permanentes não causam momentos torsores pelo facto da sua simetria.

𝑆d = γq [SQ1k + ∑ ψ0j SQjk ]


𝑗=2

𝛾𝑞 = 1,5
𝜓0,𝑙𝑎𝑐 = 0,8; 𝜓0,𝑤 = 0,4; 𝜓0,𝑝 = 𝜓0,𝑔 = 0

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 127


Apoios Centrais

i) Acção de base: Força de Lacete

𝑇𝑠𝑑 = 1,5 × (127,92 + 0,4 × 799,95) = 671,85 𝑘𝑁𝑚

ii) Acção de base: Vento

𝑇𝑠𝑑 = 1,5 × (799,95+ 0,8 × 127,92) = 1353,43 𝑘𝑁𝑚

iii) Acção de base: Sobrecarga no passeio

𝑇𝑠𝑑 = 1,5 × (31 + 92,929 + 0,4 × 799,95+ 0,8 × 127,92) = 819,366 𝑘𝑁𝑚

A situação mais desfavorável e tendo como acção de base o vento. Para o


dimensionamento de armaduras devido ao momento torsor usar-se-á:

𝑇𝑠𝑑 = 1353,43 𝑘𝑁𝑚

Actuando 1⁄2 vão Central

Os momentos torsores devido a acção do vento e a carga uniformemente distribuída nos


guarda-corpos são nulos.

i) Acção de base: Força de lacete

𝑇𝑠𝑑 =1,5×127,92=191,88𝑘𝑁𝑚

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 128


ii) Acção de base: Sobrecarga no passeio

𝑇𝑠𝑑 =1,5× (31+0,8×127,92) = 200,004 𝑘𝑁𝑚

A situação mais desfavorável e tendo como acção de base a sobrecarga no passeio. Para
o dimensionamento de armaduras devido ao momento torsor usar-se-á:

𝑇𝑠𝑑 = 200,004 𝑘𝑁𝑚

1.12. CÁLCULO DE ARMADURAS DE TORSÃO

Figura 73: Perímetro efectivo para avaliação da torção.

𝑈𝑒𝑓 = 14,1𝑚;

𝑇𝑟𝑑 = 𝑇𝑐𝑑 + 𝑇𝑡𝑑

𝑇𝑠𝑑 = 0 + 𝑇𝑡𝑑

𝑇𝑡𝑑 = 𝑇𝑠𝑑

𝑇𝑡𝑑 = 2 × 𝐴𝑒𝑓 × (𝐴𝑠𝑡/𝑠) × 𝑓𝑠𝑦𝑑

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 129


 Apoios Centrais: 𝑇𝑠𝑑 = 1353,43 𝑘𝑁𝑚

𝐴𝑠𝑡
1353,43 𝑘𝑁𝑚 = 2 × 14,208 × ( ) × 348000
𝑠

𝐴𝑠𝑡 2
= 1,37 𝑐𝑚 ⁄𝑚
𝑠

1.13. ESTADO LIMITE ULTIMO DE ESFORÇO TRANSVERSO

O cálculo das armaduras que irão absorver o esforço transverso será considerado na
situação da acção simultânea das acções permanentes (incluindo o pré-esforço) e das
sobrecargas, então o diagrama dos esforços transversos é o correspondente às cargas
combinadas para a combinação fundamental de acções, e considerando também a parcela
do esforço transverso hiperestático.

Para o diagrama dos esforços transversos devido aos esforços externos, a equação
utilizada foi a seguinte:

𝑉𝑐𝑜𝑚𝑏 = 1,35 × 𝑉𝑔 + 1,5 × 1,07 × 𝑉𝑞

Figura 74: Diagrama dos esforços transversos devido às cargas permanentes.

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 130


Tabela 31: Esforços transversos devido às cargas permanentes.

Seção X (m) Vvariavel


1 3,66 1827,7
2 49,84 -2393,0
3 57,16 2574,7
4 116,34 -2572,5

Gráfico 47: Diagrama dos esforços transversos devido ao comboio tipo.

Tabela 32: esforços transversos devido ao comboio tipo.

Seção X (m) Vpermanente


1 3,66 4012,4
2 49,84 -6772,14
3 57,16 6722,51
4 116,34 -6783,35

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 131


Tabela 33: Combinação dos esforços transversos

Seção X (m) Vg Vq Vcomb


1 3,66 4012,4 1827,7 8350,20
2 49,84 -6772,14 -2393,0 -12983.16
3 57,16 6722,51 2574,7 13207,80
4 116,34 -6783,35 -2572,5 -13286,40

1.13.1. TRAÇADO DO CABO EQUIVALENTE

As equações do cabo equivalentes estão apresentados abaixo:

Troço AB = Troco KL → : 0 ≤ 𝑥 ≤ 39.8

 𝑦(𝑥) = 0.0046𝑥 2 − 0.1879𝑥 + 0.0932

Troço BC = Troco JK → : 39.8 ≤ 𝑥 ≤ 67.4

 𝑦(𝑥) = −0.0056𝑥 2 + 0.1547𝑥 − 0.0036

Troço CD = Troco IJ : 67.4 ≤ 𝑥 ≤ 106.3

 𝑦(𝑥) = 0.0045x 2 − 0.1772𝑥 + 0.0078

Troço DE = Troco HI: 106.3 ≤ 𝑥 ≤ 137.4

 𝑦(𝑥) = −0.0053x 2 + 0.1531𝑥 − 0.0416

Troço EF = Troco GH : 137.4 ≤ 𝑥 ≤ 173.4

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 132


 𝑦(𝑥) = 0.0045x 2 − 0.176𝑥 + 0.0559

Troço FG: 173.4 ≤ 𝑥 ≤ 201.6

 𝑦(𝑥) = −0.0047x 2 + −0.1427𝑥 − 0.0018

Gráfico 48: Andamento do cabo equivalente.

1,5
1
0,5
0
-0,5 0 50 100 150 200 250 300 350 400
-1
-1,5
-2

 Cargas uniformemente distribuidas

𝑑2𝑦
𝑞𝑒𝑞 = 𝑃
𝑑𝑥 2

 Troco AB = Troco KL → 𝑞𝑒𝑞,𝐴𝐵 = 0.0092𝑃


 Troco BC = Troco JK → 𝑞𝑒𝑞,𝐵𝐶 = −0.0112𝑃
 Troco CD = Troco IJ→ 𝑞𝑒𝑞,𝐶𝐷 = 0.0090𝑃
 Troco DE = Troco HI→ 𝑞𝑒𝑞,𝐷𝐸 = −0.0106𝑃
 Troco EF = Troco GH → 𝑞𝑒𝑞,𝐸𝐹 = 0.0090𝑃
 Troco FG → 𝑞𝑒𝑞,𝐹𝐺 = −0.0094𝑃

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 133


 Cargas pontuais nos nós das extremidades

 𝑃𝑥 = 𝑃𝑐𝑜𝑠𝜃
 𝑃𝑦 = 𝑃𝑠𝑒𝑛𝜃

Troco AB: 0 ≤ 𝑥 ≤ 39.8

𝑑𝑦
 𝑡𝑎𝑛𝜃 = 𝑑𝑥 | = 0.1879
𝑥=0

Troço BC = Troco JK → : 39.8 ≤ 𝑥 ≤ 67.4

𝑑𝑦
 𝑡𝑎𝑛𝜃 = 𝑑𝑥 | = 0.1879
𝑥=0

Troco DE: 106.3 ≤ 𝑥 ≤ 137.4

𝑑𝑦
 𝑡𝑎𝑛𝜃 = 𝑑𝑥 | = −0.2941
𝑥=133.9

Troco FG: 173.4 ≤ 𝑥 ≤ 201.6

𝑑𝑦
 𝑡𝑎𝑛𝜃 = 𝑑𝑥 | = −0.1158
𝑥=200.9

Troco HI: 237.6 ≤ 𝑥 ≤ 268.7

𝑑𝑦
 𝑡𝑎𝑛𝜃 = 𝑑𝑥 | = −0.1158
𝑥=267.9

Troco JK: 307.6 ≤ 𝑥 ≤ 335.2

𝑑𝑦
 𝑡𝑎𝑛𝜃 = 𝑑𝑥 | = −0.15106
𝑥=334.9

Troco KL: 335.2 ≤ 𝑥 ≤ 375

𝑑𝑦
 𝑡𝑎𝑛𝜃 = 𝑑𝑥 | = −0.1879
𝑥=375

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 134


1.13.2. DIAGRAMA DOS ESFORÇOS TRANSVERSOS TOTAIS DEVIDO AO
PRÉ-ESFORÇO

O pré-esforço, quando aplicado a uma estrutura hiperstática, se traduz primeiramente em


termos de um carregamento equivalente, e também em termos de esforços aplicados
localmente, em cada ponto ou secção de estudo.

O carregamento equivalente irá então provocar um esforço na estrutura, denominado de


esforço total. Este esforço total é subdividido em duas partes, a devida à excentricidade
do cabo de pré-esforço, e a outra devido a hiperasticidade da estrutura.

Gráfico 49: Diagrama de esforços transversos devido ao pré-esforço unitário.

Então, pode-se fazer uma tabela considerando apenas os valores dos esforços nas secções
críticas.

Tabela 34: Esforços transversos devido ao pré-esforço.

Seção X (m) Vtotal (unitária) P∞ Vtotal

1 3,65 -0,1542 30702,0 -4732,71


2 49,85 0,0577 29592,0 1707,458
3 57,15 -0,0561 21137,5 -1185,81
4 116,35 0,0511 21920,0 1120,112

As secções críticas consideradas para a verificação da segurança em relação aos estados


limites últimos de esforço transverso, localizam-se próximo aos apoios, porém afastadas

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 135


à uma distância 𝑑𝑠 destes, onde 𝑑𝑠 é a altura útil da secção em relação às armaduras
ordinárias.

Para um recobrimento de 3,5 cm, e adoptando diâmetros de armaduras longitudinal e


transversal de 20 mm e de 8 mm respectivamente, tem-se uma altura útil de:

∅𝑙
𝑑𝑠 = ℎ – 𝑐 − ∅𝑡 −
2

0,02
𝑑𝑠 = 3,7 − 0,03 − 0,008 – = 3,652
2

Deste modo, podem-se identificar facilmente as secções críticas no plano longitudinal, e


os respectivos valores de pré-esforço devem ser calculados.

1.13.3. DETERMINAÇÃO DO ESFORÇO TRANSVERSO ISOSTÁTICO

O pré‐esforço actua favoravelmente na resistência aos esforços transversos. A magnitude


dos esforços pode então ser encontrada com recurso à equação do cabo equivalente de
pré- esforço naquela secção em estudo.

A componente do esforço devido ao pré-esforço respeita a seguinte igualdade:

𝑉𝑖𝑠𝑜 = 𝑃∞ × 𝑡𝑎𝑛 𝛼𝑥

𝑡𝑎𝑛 𝛼𝑥 = 𝑦𝑥′

Secção 1

Para a secção 1, a equação do cabo é a equivalente ao cabo do 1° trecho. O valor de pré-


esforço nesta secção é de 𝑃∞ = 30,702 𝑀𝑁

Apoio 1: P∞ = 35000 × (1- 0,1228) = 30702kN;

Troço AB = Troco KL → : 0 ≤ 𝑥 ≤ 39.8

 𝑦(𝑥) = 0.0046𝑥 2 − 0.1879𝑥 + 0.0932

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 136


 𝑦1′ (𝑥) = 2 × 0,0046𝑥 − 0.1879 = 0,0092𝑥 − 0,1879

 𝑦1′ (𝑥 = 3,65) = 0,0092× 3,65 − 0, 1879 = -0,1543

Viso = 30702 × −0.1543 = -4737,32kN

Secção 2

Para a secção 2, a equação do cabo é a equivalente ao cabo do 2° trecho. O valor de pré-


esforço nesta secção é de 𝑃∞ = 29,59 𝑀𝑁

Apoio 2esquerda: P∞ = 35000 × (1- 0,1545) = 29592,5;

Troço BC = Troco JK → : 39.8 ≤ 𝑥 ≤ 67.4

 𝑦(𝑥) = −0.0056𝑥 2 + 0.1547𝑥 − 0.0036

 𝑦1′ (𝑥) = 2 × −0.0056𝑥 + 0.1547 = −0.0112𝑥 + 0.1547

 𝑦1′ (𝑥 = 53,5 − 3,65 − 39,8) = −0.0112 × 10,05 + 0.1547 = 0,04214

Viso = 29592 × 0.04214 = 1247,03kN

Secção 3

Para a secção 3, a equação do cabo é a equivalente ao cabo do 2° trecho. O valor de pré-


esforço nesta secção é de 𝑃∞ = 29,59 𝑀𝑁

Apoio 2direita: P∞ = 25000 × (1- 0,1545) = 21137,5;

Troço BC = Troco JK → : 39.8 ≤ 𝑥 ≤ 67.4

 𝑦(𝑥) = −0,0056𝑥 2 + 0,1547𝑥 − 0.0036

 𝑦1′ (𝑥) = 2 × −0,0056𝑥 + 0.1547 = −0,0112𝑥 + 0.1547

 𝑦1′ (𝑥 = 53,5 + 3,65 − 39,8) = −0.0112 × 17,35 + 0.1547 = -0,03962

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 137


Viso = 21137,5 × -0.03962 = 837,47kN

Secção 4

Para a secção 4, a equação do cabo é a equivalente ao cabo do 4° trecho. O valor de pré-


esforço nesta secção é de 𝑃∞ = 21,92 𝑀𝑁

Apoio 3esquerda: P∞ = 25000 × (1- 0,1232) = 21920;

Troço DE = Troco HI: 106.3 ≤ 𝑥 ≤ 137.4

 𝑦(𝑥) = −0.0053𝑥 2 + 0.1531𝑥 − 0.0416

 𝑦1′ (𝑥) = 2 × −0,0053𝑥 + 0,1531 = −0,0106 𝑥 + 0,1531

 𝑦1′ (𝑥 = 120,5 − 3,65 − 106,3) = −0,0106 × 10,55 + 0,1531 = 0,0416

Viso = 21920 × 0,0416= 911,21kN

1.13.4. DETERMINAÇÃO DO ESFORÇO TRANSVERSO ISOSTÁTICO

O esforço transverso hiperástico será resultado da subtração do eforço transverso total, a


parcela correspondente ao esforço transverso isostático.

Vtot =Viso +Vhip

𝑉h𝑖𝑝 =𝑉𝑡𝑜𝑡 –𝑉𝑖𝑠𝑜

Tabela 35: Esforços transversos hiperestáticos na secções críticas.

Seção X(m) Vtotal Viso Vhip


1 3,65 -4732,71 -4737,32 -4,61
2 49,85 1707,458 1247,03 460,428
3 57,15 -1185,81 -837,47 348,34
4 116,35 1120,112 911,21 208,902

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 138


Os valores finais de esforço transverso respeitam a seguinte igualdade:

𝑉𝑠𝑑 = 𝑉𝑐𝑜𝑚𝑏 + 𝑉�𝑖𝑝

Tabela 36: Esforços transversos finais.

Seção X(m) VComb. VHip VSd


1 3,65 8350,20 -4,61 8345,59
2 49,85 -12983.16 460,428 -12522,732
3 57,15 13207,80 348,34 13556,14
4 116,35 -13286,40 208,902 -13077,498

1.13.5. VERIFICAÇÃO DA TENSÃO MÁXIMA DE COMPRESSÃO


ADMISSÍVEL NAS BIELAS DO BETÃO

A condição de verificação é a seguinte:

𝑉𝑠𝑑 ≤ 𝜏2 × 𝑏𝑤 × 𝑑𝑠

Onde:

 𝜏2 =𝑓 𝐵40 =7000𝐾𝑃𝑎

 𝑏𝑤 =1,0𝑚
 𝑑𝑠 =3,65𝑚
 𝑉𝑠𝑑 = 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑑𝑒𝑠𝑓𝑎𝑣𝑜𝑟á𝑣𝑒𝑙 = 13556,14𝐾𝑁

Então:

𝑉𝑠𝑑 ≤ 𝜏2 × 𝑏𝑤 × 𝑑𝑠

1 1
∅ < × 𝑏𝑤 → 0,1𝑚 < × 1,0 → 0,1𝑚 < 0,125𝑚,
8 8

𝑒𝑛𝑡𝑎𝑜 𝑏𝑤 = 1,0𝑚

13556,14 ≤ 7000 × 1,0 × 3,65

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 139


13556,14 𝐾𝑁 ≤ 25550 𝐾𝑁 𝒐𝒌!

Neste caso, a situação de compressão nas bielas de betão está verificada. O esforço
instalado é menor que o admissível.

1.13.6. DIMENSIONAMENTO DAS ARMADURAS TRANSVERSAIS

Considerações iniciais:

 Assumem-se armaduras longitudinais Ø = 20 mm


 Recobrimento = 3,5 cm
 Tsd = 1353,43 KNm

 𝜏1 = 𝑓 𝐵40 = 900 𝐾𝑃𝑎


 ds = 3,65 m

 𝑊𝑖 = 5,18 𝑚2

 𝐴 = 6,454 𝑚2
 Aço A400 → 𝑓𝑠𝑦𝑑 = 348 𝑀𝑃𝑎

Equação genérica com base na teoria de Mörsch:

𝑉𝑟𝑑 =𝑉𝑐𝑑 +𝑉𝑤𝑑.

O termo corrector da Teoria de Mörsch (𝑉𝑐𝑑 ) para estruturas sujeitas à esforços de torção
circular associada a esforço transverso se obtém de modo seguinte:

Determinação de 𝜏𝑣 𝑒 𝜏𝑇 :

Para Seção 1:

Dados:

 Vsd = 8345,59 kN
 Msd = 15586,46 kNm

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 140


𝑉𝑠𝑑 8345,59
𝜏𝑣 = = = 2286,46 𝐾𝑝𝑎
𝑏𝑤 × 𝑑 1 × 3,65

𝑇𝑠𝑑
𝜏𝑡 =
2 × 𝐴𝑒𝑓 × ℎ𝑒𝑓

2,7 + 3,6
𝑑𝑒𝑓 = = 3,15
2

𝑎𝑒𝑓 = 3,15

Pela fórmula tem-se que:

𝑑𝑒𝑓 3,15
ℎ𝑒𝑓 = 2 × = 2× = 0.525 𝑚
12 12

Então a área envolvida pela linha fictícia será dado por:

𝐴𝑒𝑓 = 𝑎𝑒𝑓 × 𝑑𝑒𝑓

𝐴𝑒𝑓 = 3,15 × 3,15 = 9,9225 𝑚2

Pela expressão:
𝑇𝑠𝑑
𝜏𝑡 =
2 × 𝐴𝑒𝑓 × ℎ𝑒𝑓

1353,43
𝜏𝑡 = = 129,91 𝑘𝑝𝑎
2 × 9,9225 × 0,525

Como: 𝜏𝑇 + 𝜏𝑣 > 𝜏1 → 2286,46 + 129,91 = 2416,36 𝐾𝑃𝑎 > 900𝐾𝑃𝑎

Então:

𝑀0
𝑉𝑐𝑑 = 𝜏1 × 𝑏𝑤 × 𝑑𝑠 × (1 + )
𝑀𝑠𝑑

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 141


𝑇𝑐𝑑 =0

𝑃∞ =30702kN

REBAP Art. 53°

𝑒 (𝑥=3,65m) =𝑦(𝑥 = 3,65) = 0.0046 × 3,652 − 0.1879 × 3,65 + 0.0932 = −0,53m

𝑊𝑖 5,18
𝑀0 = 𝑃∞ × (𝑒𝑥=3,65 + ) = 30702 × (−0,53 + ) = 8369,45𝐾𝑁𝑚
𝐴 6,454

𝑀0
𝑉𝑐𝑑 = 𝜏1 × 𝑏𝑤 × 𝑑𝑠 × (1 + )
𝑀 𝑠𝑑

𝑀 8369,45
(1 + 𝑀 0 ) = (1 + 15586,46 ) = 1,537
𝑠𝑑

𝑉𝑐𝑑 = 900 × 1,0 × 3,65 × 1,537 = 5049,045𝐾𝑁

Logo:

𝑉𝑅𝑑 =𝑉𝑐𝑑 +𝑉𝑤𝑑

𝑉𝑠𝑑 =𝑉𝑐𝑑 +𝑉𝑤𝑑

𝑉𝑠𝑑 −𝑉𝑐𝑑 =𝑉𝑤𝑑

𝑉𝑤𝑑 = 8345,59 − 5049,045 = 3296,545𝐾𝑁𝑚

𝐴𝑠𝑤
𝑉𝑤𝑑 = 0,9 × 𝑑𝑠 × × 𝑓𝑠𝑦𝑑
𝑠

𝐴𝑠𝑤
3296,545 = 0,9 × 3,65 × × 348000
𝑠

𝐴𝑠𝑤 𝑐𝑚2
= 28,84
𝑠 𝑚

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 142


Armaduras transversais devido à torção

REBAP Art. 55°

𝑇𝑟𝑑 =𝑇𝑐𝑑 +𝑇𝑡𝑑

𝑇𝑠𝑑 =0+𝑇𝑡𝑑

𝑇𝑡𝑑 = 𝑇𝑠𝑑

Então:

𝑇𝑡𝑑 = 2 × 𝐴𝑒𝑓 × (𝐴𝑠𝑡/𝑠) × 𝑓𝑠𝑦𝑑

1353,43 𝑘𝑁𝑚 = 2 × 9,225 × (𝐴𝑠𝑡/𝑠) × 348000

𝐴𝑠𝑡 𝑐𝑚2
= 2,11
𝑠 𝑚

Para Seção 2:

 Vsd = -12522,732 kN
 Msd = 58443,16 kNm

𝑉𝑠𝑑 12522,732
𝜏𝑣 = = = 3430,89 𝐾𝑝𝑎
𝑏𝑤 × 𝑑 1 × 3,65

Pela expressão:
𝑇𝑠𝑑
𝜏𝑡 =
2 × 𝐴𝑒𝑓 × ℎ𝑒𝑓

1353,43
𝜏𝑡 = = 129,91 𝑘𝑝𝑎
2 × 9,9225 × 0,525

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 143


Como: 𝜏𝑇 + 𝜏𝑣 > 𝜏1 → 3430,89 + 129,91 = 3560,8 𝐾𝑃𝑎 > 900𝐾𝑃𝑎

Então:

𝑀0
𝑉𝑐𝑑 = 𝜏1 × 𝑏𝑤 × 𝑑𝑠 × (1 + )
𝑀 𝑠𝑑

𝑇𝑐𝑑 =0

𝑃∞ =29592,5 kN

REBAP Art. 53°

𝑒 (𝑥 = 49,85𝑚) = 𝑦 (𝑥 = 49,85 − 39,8)

𝑦(𝑥) = −0.0056 × 10,052 + 0.1547 × 10,05 − 0.0036 = 0,986 𝑚

𝑊𝑖 5,18
𝑀0 = 𝑃∞ × (𝑒𝑥=49,85 + ) = 29592,5 × (0,986 + )
𝐴 6,454

= 52929,235 𝐾𝑁𝑚

𝑀0
𝑉𝑐𝑑 = 𝜏1 × 𝑏𝑤 × 𝑑𝑠 × (1 + )
𝑀 𝑠𝑑

𝑀 52929,235
(1 + 𝑀 0 ) = (1 + ) = 1,91
𝑠𝑑 58443,16

𝑉𝑐𝑑 =900 × 1,0 × 3,65 × 1,91= 6274,35 𝐾𝑁

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 144


Logo:

𝑉𝑅𝑑 =𝑉𝑐𝑑 +𝑉𝑤𝑑

𝑉𝑠𝑑 =𝑉𝑐𝑑 +𝑉𝑤𝑑

𝑉𝑠𝑑 −𝑉𝑐𝑑 =𝑉𝑤𝑑

𝑉𝑤𝑑 = 12522,732 − 6274,35 = 6248,382 𝐾𝑁𝑚

𝐴𝑠𝑤
𝑉𝑤𝑑 = 0,9 × 𝑑𝑠 × × 𝑓𝑠𝑦𝑑
𝑠

𝐴𝑠𝑤
6248,382 = 0,9 × 3,65 × × 348000
𝑠

𝐴𝑠𝑤 𝑐𝑚2
= 54,66
𝑠 𝑚

Armaduras transversais devido à torção

REBAP Art. 55°

𝑇𝑟𝑑 =𝑇𝑐𝑑 +𝑇𝑡𝑑

𝑇𝑠𝑑 =0+𝑇𝑡𝑑

𝑇𝑡𝑑 = 𝑇𝑠𝑑

Então:

𝑇𝑡𝑑 = 2 × 𝐴𝑒𝑓 × (𝐴𝑠𝑡/𝑠) × 𝑓𝑠𝑦𝑑

1353,43 𝑘𝑁𝑚 = 2 × 9,225 × (𝐴𝑠𝑡/𝑠) × 348000

𝐴𝑠𝑡 𝑐𝑚2
= 2,11
𝑠 𝑚

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 145


Para Seção 3:

 Vsd = 13556,14 kN
 Msd = 57961,91 kNm

𝑉𝑠𝑑 13556,14
𝜏𝑣 = = = 3714,01 𝐾𝑝𝑎
𝑏𝑤 × 𝑑 1 × 3,65

Pela expressão:
𝑇𝑠𝑑
𝜏𝑡 =
2 × 𝐴𝑒𝑓 × ℎ𝑒𝑓

1353,43
𝜏𝑡 = = 129,91 𝑘𝑝𝑎
2 × 9,9225 × 0,525

Como: 𝜏𝑇 + 𝜏𝑣 > 𝜏1 → 3714,01 + 129,91 = 3843,92 𝐾𝑃𝑎 > 900𝐾𝑃𝑎

Então:

𝑀0
𝑉𝑐𝑑 = 𝜏1 × 𝑏𝑤 × 𝑑𝑠 × (1 + )
𝑀𝑠𝑑

𝑇𝑐𝑑 =0

𝑃∞ = 21137,5 kN

REBAP Art. 53°

𝑒 (𝑥 = 57,15𝑚) = 𝑦 (𝑥 = 57,15 − 39,8)

Y(𝑥) = −0.0056 × 17,352 + 0.1547 × 17,35 − 0.0036 = 0,995 𝑚

𝑊𝑖 5,18
𝑀0 = 𝑃∞ × (𝑒𝑥=57,15 + ) = 21137,5 × (0,995 + )
𝐴 6,454
= 37996,83 𝐾𝑁𝑚

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 146


𝑀0
𝑉𝑐𝑑 = 𝜏1 × 𝑏𝑤 × 𝑑𝑠 × (1 + )
𝑀𝑠𝑑

𝑀 37996,83
(1 + 𝑀 0 ) = (1 + ) = 1,66
𝑠𝑑 57961,91

𝑉𝑐𝑑 = 900 × 1,0 × 3,65 × 1,66 = 5438,48 𝐾𝑁

Logo:

𝑉𝑅𝑑 =𝑉𝑐𝑑 +𝑉𝑤𝑑

𝑉𝑠𝑑 =𝑉𝑐𝑑 +𝑉𝑤𝑑

𝑉𝑠𝑑 −𝑉𝑐𝑑 =𝑉𝑤𝑑

𝑉𝑤𝑑 = 13556,14 − 5438,48 = 8117,66 𝐾𝑁𝑚

𝐴𝑠𝑤
𝑉𝑤𝑑 = 0,9 × 𝑑𝑠 × × 𝑓𝑠𝑦𝑑
𝑠

𝐴𝑠𝑤
8117,66 = 0,9 × 3,65 × × 348000
𝑠

𝐴𝑠𝑤 𝑐𝑚2
= 71,01
𝑠 𝑚

Armaduras transversais devido à torção

REBAP Art. 55°

𝑇𝑟𝑑 =𝑇𝑐𝑑 +𝑇𝑡𝑑

𝑇𝑠𝑑 =0+𝑇𝑡𝑑

𝑇𝑡𝑑 = 𝑇𝑠𝑑

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 147


Então:

𝑇𝑡𝑑 = 2 × 𝐴𝑒𝑓 × (𝐴𝑠𝑡/𝑠) × 𝑓𝑠𝑦𝑑

1353,43 𝑘𝑁𝑚 = 2 × 9,225 × (𝐴𝑠𝑡/𝑠) × 348000

𝐴𝑠𝑡 𝑐𝑚2
= 2,11
𝑠 𝑚

Para Seção 4:

 Vsd = - 13077,498 kN
 Msd = 61188,73 kNm

𝑉𝑠𝑑 13077,498
𝜏𝑣 = = = 3582,876 𝐾𝑝𝑎
𝑏𝑤 × 𝑑 1 × 3,65

Pela expressão:
𝑇𝑠𝑑
𝜏𝑡 =
2 × 𝐴𝑒𝑓 × ℎ𝑒𝑓

1353,43
𝜏𝑡 = = 129,91 𝑘𝑝𝑎
2 × 9,9225 × 0,525

Como: 𝜏𝑇 + 𝜏𝑣 > 𝜏1 → 3582,876 + 129,91 = 3712,786 𝐾𝑃𝑎 > 900𝐾𝑃𝑎

Então:

𝑀0
𝑉𝑐𝑑 = 𝜏1 × 𝑏𝑤 × 𝑑𝑠 × (1 + )
𝑀 𝑠𝑑

𝑇𝑐𝑑 =0

𝑃∞ = 21920 kN

REBAP Art. 53°

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 148


𝑒 (𝑥 = 116,85 𝑚) = 𝑦 (𝑥 = 116,85 − 106,3)

𝑦(𝑥) = −0.0053 × 10,552 + 0.1531 × 10,55 − 0.0416 = 0,984 𝑚

𝑊𝑖 5,18
𝑀0 = 𝑃∞ × (𝑒𝑥=116,85 + ) = 21920 × (0,984 + ) = 39162,34 𝐾𝑁𝑚
𝐴 6,454

𝑀0
𝑉𝑐𝑑 = 𝜏1 × 𝑏𝑤 × 𝑑𝑠 × (1 + )
𝑀𝑠𝑑

𝑀 39162,34
(1 + 𝑀 0 ) = (1 + 61188,73 ) = 1,64
𝑠𝑑

𝑉𝑐𝑑 = 900 × 1,0 × 3,65 × 1,64 = 5387,4 𝐾𝑁

Logo:

𝑉𝑅𝑑 =𝑉𝑐𝑑 +𝑉𝑤𝑑

𝑉𝑠𝑑 =𝑉𝑐𝑑 +𝑉𝑤𝑑

𝑉𝑠𝑑 −𝑉𝑐𝑑 =𝑉𝑤𝑑

𝑉𝑤𝑑 = 13077,498 − 5387,4 = 7690,10 𝐾𝑁𝑚

𝐴𝑠𝑤
𝑉𝑤𝑑 = 0,9 × 𝑑𝑠 × × 𝑓𝑠𝑦𝑑
𝑠

𝐴𝑠𝑤
7690,10 = 0,9 × 3,65 × × 348000
𝑠

𝐴𝑠𝑤 𝑐𝑚2
= 67,27
𝑠 𝑚

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 149


1.13.7. ARMADURAS TRANSVERSAIS DEVIDO À TORÇÃO

REBAP Art. 55°

𝑇𝑟𝑑 =𝑇𝑐𝑑 +𝑇𝑡𝑑

𝑇𝑠𝑑 =0+𝑇𝑡𝑑

𝑇𝑡𝑑 = 𝑇𝑠𝑑

Então:

𝑇𝑡𝑑 = 2 × 𝐴𝑒𝑓 × (𝐴𝑠𝑡/𝑠) × 𝑓𝑠𝑦𝑑

1353,43 𝑘𝑁𝑚 = 2 × 9,225 × (𝐴𝑠𝑡/𝑠) × 348000

𝐴𝑠𝑡 𝑐𝑚2
= 2,11
𝑠 𝑚

Tabela 37: Resumo de armaduras

Esforço
Transverso
seção Momento Vwd Tld Total Por cada lado Adopamos
Tursor da alma
1 1,37 28,84 2,11 32,32 16,16 Ø8@15cm
2 1,37 54,66 2,11 58,12 29,06 Ø10@15cm
3 1,37 71,01 2,11 74,49 37,25 Ø12@15cm
4 1,37 67,27 2,11 70,75 35,375 Ø12@15cm

Por alma ter um espessura de 45 cm, será colocado 3 camadas.

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 150


1.13.8. DIMENSIONAMENTO DAS ARMADURAS LONGITUDINAIS DEVIDO AO
ESFORÇO TORSOR

Depois de se proceder a combinação das acções que causam momentos torsores na viga,
e determinados os momentos torsores mais desfavoráveis ao longo do tabuleiro, pôde-se
chegar aos seguintes valores:

Apoios Centrais:

𝑇𝑠𝑑 =1353,43 𝑘𝑁𝑚

1⁄2 Vão Central:

𝑇𝑠𝑑 =200,004 𝑘𝑁𝑚

REBAP Art. 55°

𝑇𝑟𝑑 =𝑇𝑙𝑑

𝐴
𝑇𝑙𝑑 = 2 × 𝐴𝑒𝑓 ×𝑈 𝑠𝑙 × 𝑓𝑠𝑦𝑑
𝑒𝑓

𝑇𝑟𝑑 ≤ 2 × 𝜏1 × h𝑒𝑓 × 𝐴𝑒𝑓

Apoios Centrais:

Verificação do esforço de torsão de cálculo:

Como:

𝑇𝑟𝑑 ≤ 2 × 𝜏1 × h𝑒𝑓 × 𝐴𝑒𝑓

𝑇𝑠𝑑 ≤ 𝑇𝑟𝑑 →→ 𝑇𝑠𝑑 = 𝑇𝑟𝑑 = 1353,43𝐾𝑁𝑚

1353,43 ≤ 2 × 900 × 0,525 × 9,9225

1353,43 𝐾𝑁𝑚 ≤ 9376,7625𝐾𝑁𝑚

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 151


A condição limite do valor de cálculo do momento torsor é satisfeita. Então, a área
correspondente às armaduras longitudinais será:

𝐴𝑠𝑙
𝑇𝑙𝑑 = 2 × 𝐴𝑒𝑓 × × 𝑓𝑠𝑦𝑑
𝑈𝑒𝑓

𝐴𝑒𝑓 = 9,9225 𝑚2

𝑈𝑒𝑓 = 14,1𝑚

𝐴𝑠𝑙
1353,43 = 2 × 9,9225 × × 348000
14,1

𝐴𝑠𝑙 = 27,63𝑐𝑚2

1⁄2 Vão Central:

Verificação do esforço de torsão de cálculo:

Como:

𝑇𝑟𝑑 ≤ 2 × 𝜏1 × h𝑒𝑓 × 𝐴𝑒𝑓

𝑇𝑠𝑑 ≤ 𝑇𝑟𝑑 →→ 𝑇𝑠𝑑 = 𝑇𝑟𝑑 = 200,004 𝐾𝑁𝑚

200,004 ≤ 2 × 900 × 0,525 × 9,9225

200,004 𝐾𝑁𝑚 ≤ 9376,7625 𝐾𝑁𝑚

A condição limite do valor de cálculo do momento torsor é satisfeita. Então, a área


correspondente às armaduras longitudinais será:

𝐴𝑠𝑙
𝑇𝑙𝑑 = 2 × 𝐴𝑒𝑓 × × 𝑓𝑠𝑦𝑑
𝑈𝑒𝑓

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 152


𝐴𝑠𝑙
200,004 = 2 × 9,9225 × × 348000
14,1

𝐴𝑠𝑙 = 4,084 𝑐𝑚2

2. INFRA-ESTRUTURA
2.1.APARELHOS DE APOIO

Aparelhos de apoio são peças de transição entre os vigamentos principais e os pilares e


os encontros, e têm o objectivo de transmitir as reacções de apoio, permitindo, ou
prevenindo ao mesmo tempo, os inevitáveis movimentos das vigas. Existem aparelhos de
apoios fixos, móveis, de betão e elastoméricos, estes últimos constituídos por lâminas de
materiais elásticos intercaladas entre chapas de aço, sendo o mais usual e eficiente os de
Neoprene ou de borracha sintética.
Para o presente projecto considera-se a utilização de aparelhos de apoio elastoméricos, de
Neoprene, por apresentar as seguintes vantagens em relação aos restantes:

 Produto sintético;
 Resistente à corrosão;
 Resistente ao rápido envelhecimento

Fez-se uma análise comparativa em termos de esforços e denotou-se que os apoios


centrais, correspondentes aos pilares, são os que se encontram mais desfavoráveis em
relação aos apoios extremos, correspondentes aos encontros. Neste contexto procedeu-se
ao dimensionamento dos aparelhos de apoio para os pilares, e considerou-se que será
utilizado o mesmo aparelho de apoio, em termo de dimensões, para os encontros.
O dimensionamento foi feito com ajuda dos catálogos da VSL – CTT Elastomeric
Bearings (em anexo), em função dos esforços a que estes aparelhos estarão submetidos,
e posteriormente fazerem-se as verificações necessárias ao bom funcionamento dos
mesmos.

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 153


2.1.1. COMPRESSÃO MÁXIMA

Tensão média actuante sobre a almofada de Neoprene:

5243,48
𝑁= = 2621,74 𝑘𝑁
2

𝑁 2621,74
𝜎𝑐 = ≤ 1,0 − 1,5 𝑘𝑁⁄𝑐𝑚2 → ≤ 0,015 𝑘𝑁⁄𝑚𝑚2 → 𝑎 × 𝑏
𝑎×𝑏 𝑎×𝑏

≥ 174783 𝑚𝑚2

Segundo o catálogo da VSL acima citado, optou-se por um aparelho de apoio de Neoprene
retangular do tipo B, por ser o mais usual e economicamente viável, com as seguintes
características:
 Referência: B 500x500x99
 Área: 250000 𝑚𝑚2
 Largura:𝐿 = 500 𝑚𝑚
 Comprimento: 𝐵 = 500 𝑚𝑚
 Espessura: H= 99 𝑚𝑚
 Bordos verticais = 2,5 𝑚𝑚
 Bordos horizontais = 7,5 𝑚𝑚
 Carga máxima: V=375 𝑡𝑜𝑛 = 3,75 𝑀𝑁
 Número de camadas de Neoprene: 𝑛 = 6
 Número de camadas de reforço em aço: 𝑛 = 7
 Espessura das camadas de Neoprene:ℎ𝑛 = 11 𝑚𝑚
 Espessura da camada de aço = 𝑒𝑎 =4 𝑚𝑚
 Deslocamento máximo horizontal: 49,7 mm
 Massa: 79 𝐾𝑔

Especificações do material:
 Módulo de elasticidade transversal: 𝐺𝑛 = 0,1 𝑘𝑁⁄𝑐𝑚2

 Neoprene: Alongamento máximo: 400 %

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 154


 Aço: Tensão minima de tracção: 3.700 kg/cm2

2.1.2. VERIFICAÇÃO DA TENSÃO MEDIA ACTUANTE

𝑁
𝜎𝑐 = ≤ 1,0 − 1,5 𝑘𝑁⁄𝑐𝑚2
𝑎×𝑏
2621,74
𝜎𝑐 = = 1,05 𝑘𝑁⁄𝑐𝑚2
50 × 50

2.1.3. TENSÃO DE CORTE POR COMPRESSÃO

Factor de forma (𝑺𝒊 )

𝑎×𝑏 50 × 50
𝑆𝑖 = = = 11,36
(𝑎 + 𝑏) × 2 × ℎ𝑛 (50 + 50) × 2 × 1,1

2.1.4. TENSÃO DE CORTE

1,5 × 𝜎𝑐
𝜏𝑐 = ≤ 3 × 𝐺𝑛
𝑆𝑖
1,5 × 𝜎𝑐 1,5 × 1,05
𝜏𝑐 = = = 0,14 ≤ 3 × 0,1 = 0,3 𝑘𝑁⁄𝑐𝑚2 𝑂𝑘!
𝑆𝑖 11,36

2.1.5. TENSÕES RESULTANTES DAS ACÇÕES TRANSVERSAIS


2.1.5.1.ACÇÕES DE CURTA DURAÇÃO

As acções de curta duração são basicamente aquelas devidas aos movimentos bruscos ou
interrupção de movimento do comboio, respectivamente os movimentos de arranque e
frenagem. Neste contexto, o RSA preconiza no seu Artigo n° 54 algumas considerações
destes esforços em relação à sobrecarga devido ao comboio-tipo, sendo que as cargas
horizontais que causam o arranque são tomadas de 25% das sobrecargas, e às que causam
a frenagem são tomadas de 20% das sobrecargas.

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 155


Assim, para o dimensionamento dos aparelhos de apoios foi apenas considerado o esforço
horizontal mais desfavorável, neste caso, o de arranque

𝐹 =4×𝑄+𝑞

𝐹 = 4 × 180 + 2 × 50 × 368,3

𝐹 = 37580 𝑘𝑁

𝐻𝑐𝑑 = 25% × 𝐹

𝐻𝑐𝑑 = 0,25 × 𝐹
𝐻𝑐𝑑 = 0,25 × 37580

𝐻𝑐𝑑 = 9395 𝑘𝑁

A forca de frenagem 𝐻𝑐𝑑 devera ser dividida pelos dois aparelhos de apoio que estão no
pilar mais solicitado.

9395
𝐻𝑐𝑑 = = 4697,5 𝑘𝑁
2

𝐻𝑐𝑑 4697,5
𝜏𝑐𝑑 = = = 1,88 𝑘𝑁
𝐴 50 × 50

2.1.5.2.ACÇÕES DE LONGA DURAÇÃO

Os esforços de longa duração são os devidos às acções àquando da fluência e retracção


do betão, e das variações de temperatura, exercendo assim um encurtamento ou
alongamento na estrutura de betão, que se traduzem como esforços horizontais que
causam deslocamentos horizontais nos apoios de neoprene

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 156


2.1.5.2.1. EXTENSÃO DEVIDA A RETRAÇÃO

𝜀𝑐𝑠 (𝑡, 𝑡0 ) = 𝜀𝑐𝑠0 × [𝛽𝑠 (𝑡1 ) − 𝛽𝑠 (𝑡0 )]


Onde:
𝜀𝑐𝑠0 = 𝜀𝑐𝑠1 × 𝜂

Para ambiente com humidade relativa media (70 %)

𝜀𝑐𝑠1 = −320 × 10−6

Para espessura fictícia da secção (ℎ0 )


2 × 𝐴𝑐
ℎ0 = 𝜆 ×
𝑢
Em que:
𝐴𝑐 = 6,454 𝑚2

𝜆(𝐻 = 70 %) = 1,5

Perimetro da seccao transversal do elemento em contacto com o ambiente:

𝑢 = 21,24 𝑚
Entao:
2 × 6,454
ℎ0 = 1,5 × = 91 𝑐𝑚
21,24

𝜂(ℎ0 = 91 𝑐𝑚) = 0,74


Donde obtêm-se:
𝜀𝑐𝑠0 = −320 × 10−6 × 0,74

𝜀𝑐𝑠0 = −2,37 × 10−4

Com:
𝛽𝑠 (𝑡1 ) = 𝛽𝑠 (28 𝑑𝑖𝑎𝑠) = 0,02

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 157


𝛽𝑠 (𝑡0 ) = 𝛽0 (14 𝑑𝑖𝑎𝑠) = 0,01

E assim obtêm-se:
𝜀𝑐𝑠 (𝑡, 𝑡0 ) = 𝜀𝑐𝑠0 × [𝛽𝑠 (𝑡1 ) − 𝛽𝑠 (𝑡0 )]

𝜀𝑐𝑠 (𝑡, 𝑡0 ) = −2,37 × 10−4 × [0,02 − 0,01]

𝜀𝑐𝑠 (𝑡, 𝑡0 ) = −2,37 × 10−6

Finalmente calcula-se o deslocamento horizontal por retração:

∆𝑟𝑒𝑡𝑟𝑎𝑐𝑎𝑜 = 𝜀𝑐𝑠 × 𝑙

∆𝑙,𝑟𝑒𝑡𝑟𝑎𝑐𝑎𝑜 = −2,37 × 10−6 × 120,5 = −0,29 𝑚𝑚

2.1.5.2.2. EXTENSÃO DEVIDA A FLUÊNCIA

1 𝜑(𝑡, 𝑡0 )
𝜀𝑐,𝑡𝑜𝑡 (𝑡, 𝑡0 ) = 𝜎𝑐,𝑡0 × [ + ]
𝐸𝑐,𝑡0 𝐸𝑐,28

Para o apoio mais solicitado (apoio c) a tensão inicial de compressão será:

𝑃0 30
𝜎𝑐,𝑡0 = = = 4,65 𝑀𝑃𝑎
𝐴𝑐 6,454

Considera-se aplicação do pré-esforço aos 14 dias de endurecimento do betão:

′ ′ ′
𝐸𝑐,𝑡0
= 𝐸𝑐,𝑡14
+ 25% × 𝐸𝑐,𝑡14

′ ′
𝐸𝑐,𝑡0
= 1,25 × 𝐸𝑐,𝑡14


𝐸𝑐,𝑡0
= 1,25 × 28,48 = 35,6 𝐺𝑃𝑎

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 158


′ ′ ′
𝐸𝑐,28 = 𝐸𝑐,28 + 25% × 𝐸𝑐,28

′ ′
𝐸𝑐,28 = 1,25 × 𝐸𝑐,28


𝐸𝑐,28 = 1,25 × 33,5 = 41,88 𝐺𝑃𝑎
Coeficiente de fluência

𝜑𝑐 (𝑡, 𝑡0 ) = 𝛽𝑎 (𝑡0 ) + 𝜑𝑑 × 𝛽𝑑 (𝑡 − 𝑡0 ) + 𝜑𝑓 × [𝛽𝑓 (𝑡) − 𝛽𝑓 (𝑡0 )]

Função 𝛽𝑎 (𝑡0 )
𝑓𝑐,𝑡0
𝛽𝑎 (𝑡0 ) = 0,8 × (1 − )
𝑓𝑐,𝑡∞

0,85 × 35
𝛽𝑎 (𝑡0 ) = 0,8 × (1 − ) = 0,33
1,45 × 35

Coeficiente 𝜑𝑑
𝜑𝑑 ≅ 0,4

Função 𝛽𝑑 (𝑡 − 𝑡0 )
𝛽𝑑 (𝑡 − 𝑡0 ) = 0,42

Coeficiente 𝜑𝑓
𝜑𝑓 = 𝜑𝑓1 × 𝜑𝑓2
𝜑𝑓1 (𝐻 = 70%) = 2,0

𝜑𝑓1 (ℎ0 = 91𝑐𝑚) = 1,23


𝜑𝑓 = 2,0 × 1,23 = 2,46

Função 𝛽𝑓 (𝑡)
𝛽𝑓 (𝑡 = 28 𝑑𝑖𝑎𝑠) = 0,23

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 159


Função 𝛽𝑓 (𝑡0 )
𝛽𝑓 (𝑡0 = 14 𝑑𝑖𝑎𝑠) = 0,22

Calcula-Se então o coeficiente de fluência:

𝜑𝑐 (𝑡, 𝑡0 ) = 0,33 + 0,4 × 0,42 + 2,46 × (0,23 − 0,22)

𝜑𝑐 (𝑡, 𝑡0 ) = 0,52

Finalmente calcula-se a extensão devida a fluência:


1 0,52
𝜀𝑐,𝑡𝑜𝑡 (𝑡, 𝑡0 ) = 4,65 × [ 3
+ ]
35,6 × 10 41,88 × 103

𝜀𝑐,𝑡𝑜𝑡 (𝑡, 𝑡0 ) = ∆𝑙,𝑓𝑙𝑢𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎 = 0,19 𝑚𝑚

2.1.5.2.3. EXTENSÃO DEVIDA A TEMPERATURA

Com os seguintes dados:


𝛼 = 1 × 10−5

∆𝑇 = ±15°𝐶

𝑙 = 120,5 𝑚

Calcula-se o deslocamento horizontal por variação de temperatura:

∆𝑡𝑒𝑚𝑝 = 𝛼 × ∆𝑇 × 𝑙

∆𝑡𝑒𝑚𝑝 = 1 × 10−5 × 15 × 120,5

∆𝑡𝑒𝑚𝑝 = ±18 𝑚𝑚

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 160


2.1.5.2.4. EXTENSÃO TOTAL DEVIDA A AÇÕES DE LONGA DURAÇÃO

𝐶𝑜𝑚𝑏𝑖𝑛𝑎𝑐𝑎𝑜 1: ∆𝑙,𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 + ∆𝑙,𝑓𝑙𝑢𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎 = 18 + 0,19 = 18,19 𝑚𝑚 < ∆𝑚𝑎𝑥


= 49,7 𝑚𝑚

𝐶𝑜𝑚𝑏𝑖𝑛𝑎𝑐𝑎𝑜 2: ∆𝑙,𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 + ∆𝑙,𝑟𝑒𝑡𝑟𝑎𝑐𝑎𝑜 = 18 + 0,29 = 18,29 𝑚𝑚 < ∆𝑚𝑎𝑥


= 49,7 𝑚𝑚

2.1.6. FLAMBAGEM

∑ ℎ𝑛 = 6 × 1,1 = 6,6 𝑐𝑚

𝑏
5< < 10
∑ ℎ𝑛

𝑏 50
= = 7,6 𝑜𝑘!
∑ ℎ𝑛 6,6

2.2.JUNTAS DE DILATAÇÃO

As juntas de dilatação foram dimensionadas com o objectivo de permitir o tráfego


contínuo entre a estrutura do encontro e a do tabuleiro, única zona que merece tal atenção
em um tabuleiro de tramos contínuos. Isto significa que a junta seleccionada terá se ser
capaz de absorver os movimentos eventualmente causados pelas acções horizontais de
curta e de longa duração, nomeadamente o arranque (por ser mais desfavorável do que a
frenagem), a temperatura, retracção e a fluência. Como já foram dimensionados os
deslocamentos devido à temperatura, fluência e retracção referentes aos aparelhos de
apoio, resta agora determinar o deslocamento devido ao arranque e recalcular o
deslocamento devido à fluência, para considerar agora o valor do pré-esforço referente à
secção encontro-tabuleiro.

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 161


2.2.1. EXTENSÃO HORIZONTAL DEVIDA A RETRAÇÃO

∆𝑟𝑒𝑡𝑟𝑎𝑐𝑎𝑜 = 𝜀𝑐𝑠 × 𝑙

∆𝑙,𝑟𝑒𝑡𝑟𝑎𝑐𝑎𝑜 = −2,37 × 10−6 × 375 = −0,9 𝑚𝑚

2.2.2. EXTENSÃO HORIZONTAL DEVIDA A FLUÊNCIA

∆𝑙,𝑓𝑙𝑢𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎 = 0,19 𝑚𝑚

2.2.3. EXTENSÃO HORIZONTAL DEVIDA A VARIAÇÃO DE


TEMPERATURA

∆𝑡𝑒𝑚𝑝 = 𝛼 × ∆𝑇 × 𝑙

∆𝑡𝑒𝑚𝑝 = 1 × 10−5 × 15 × 375

∆𝑡𝑒𝑚𝑝 = ±56 𝑚𝑚

2.2.4. EXTENSÃO TOTAL

∆𝑡𝑒𝑚𝑝 + ∆𝑙,𝑓𝑙𝑢𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎 = 56 + 0,19 = 56,19 𝑚𝑚

∆𝑡𝑒𝑚𝑝 + ∆𝑙,𝑟𝑒𝑡𝑟𝑎𝑐𝑎𝑜 = 56 + 0,9 = 56,9𝑚𝑚

Junta de dilatação selecionada: CA-6000 (detalhes no catalogo em anexo)

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 162


2.3.PILARES
2.3.1. PRÉ-DIMENSIONAMENTO
Foi definido no projecto hidráulico e hidrológico que o nível de máxima cheia de projecto
situa-se a cota 18.0m, sendo que o fundo do leito principal e o leito de cheias estão
respectivamente, a cota 10m e 15.5m. A cota da rasante foi definida com uma folga de
2m do nível de máxima cheia.

Um dos pilares está posicionado na zona do leito principal e os restantes estão localizados
no leito de cheia. Todos os pilares estão encastrados a fundação a uma profundidade de
2.5m do fundo (principal ou leito de cheias, conforme a situação).

Tabela 38: Alturas dos pilares da ponte.

Pilar 1 2 3 4 5
Altura (m) 12.50 7 7 7 7

O pilar posicionado no leito de cheia levar fundação indirecta, ao passo que os outros
pilares serão dimensionados para uma fundação directa.
Os pilares serão em betão armado pelo facto destes apresentarem boas características
técnicas e económicas.
Adoptou-se pilares do tipo parede, maciços, com secção oval.
Os pilares serão do tipo parede com secção alongada com semi-círculos nas
extremidade.
Recomenda-se que a dimensão da secção do pilar, na direcção longitudinal do tabuleiro,
da ordem de 0.6ha a 0.8ha (relação obtida do REBAP), em que ha representa a altura da
superestrutura na secção sobre o apoio, conduz, em geral,a um bom equilíbrio de
dimensões no alçado da ponte.
A largura do pilar foi considerada igual à largura do banzo inferior. O pilar terá secção
constante.
As acções apenas serão quantificadas para um pilar representativo p1 (o maior de todos),
a armadura desse pilar será considerada a mesma para todos os outros pilares e os seus
esforços serão usados para dimensionar as fundações dos outros pilares.

Tabela 39: Características geométricas da secção do pilar

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 163


Características Largura (m) Altura Raio Area (m2) Perimetro
geométricas (m) (m) (m)
3.6 2.2 1.1 6.88 9.71

Acções a considerar
 Peso do tabuleiro
 Peso do Pilar
 Comboio-tipo
 Forcas de Lacete
 Forcas de Frenagem
 Água
 Vento

Quantificação das acções


 Peso do tabuleiro

Figura 75: Reações de apoio.

 Peso do Pilar
𝑃𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟 = 𝛾𝑏𝑒𝑡𝑎𝑜 ∗ 𝐴𝑐 = 172𝑘𝑁/𝑚

 Comboio-tipo
A reacção do comboio tipo foi definida com base na envolvente dos esforços transversos.
𝑅𝑐 = 5243.48𝑘𝑁/𝑚

 Forcas de Lacete

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 164


A forca de lacete foi definida com base no RSA e tem o valor de 𝑅𝑙 = 60𝑘𝑁.

 Forcas de Frenagem
Como os apoios dos pilares são móveis, as acções horizontais são definitas com sendo as
que são transmitidas devido ao atrito entre o tabuleiro e o aparelho de apoio.
𝑅𝑙 = 270𝑘𝑁

 Pressão hidrodinamica da água


A pressão hidrostática da água sobre o pilar é dada pela seguinte fórmula
𝑃𝑎𝑔𝑢𝑎 = 0.5 × 𝑐 × 𝜌 × 𝑣 2
Com:
𝜌 - densidade da água ( 𝛾 = 10 𝑘𝑁/𝑚 3)
g – aceleração de gravidade (𝑔 = 9,8 𝑚/𝑠2)
v - velocidade de escoamento, na secção do leito principal de 4,33 𝑚 /𝑠 para cheia de
projecto;
c - é o coeficiente que depende da forma da secção transversal do pilar, neste caso
será igual a 0,67. Considerando:

Figura 76: Coeficientes de forma.

Da substituição dos valores na equação acima, obtém-se:


𝑃𝑎𝑔𝑢𝑎 = 6.28𝑘𝑁/𝑚2
𝐹𝑎𝑔𝑢𝑎 = 𝑃𝑎𝑔𝑢𝑎 ∗ 𝑏 = 13.82𝑘𝑁/𝑚

Pressão do vento no pilar definido no artigo 20o


Tendo em conta que a ponte será implantada na Zona B cuja rugosidade é do tipo II, a

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 165


pressão dinâmica do vento é para 10 m de altura relativamente ao solo:

Onde;
𝑤𝑘 = 1,2 × 0.9 = 1,08𝑘𝑁/𝑚2
𝑃𝑤 = 𝛿×𝑓 ×𝑤

Sendo:
𝑏 = 2,2 𝑚
𝛿𝑓 = 0,5 para ângulo de incidência do vento de 900

Assim sendo:
𝑃𝑤1 = 𝛿𝑓 𝑤𝑘
𝑃𝑤 1 = 0,5 × 1.08 = 0,54𝑘𝑁/𝑚2

Considerando para o pilar uma acção linear do vento, tem-se:


𝑞𝑤 = 𝑃𝑤 × 𝑏
𝑞𝑤 = 0,54 × 2,2 = 1,19𝑘𝑁/𝑚

2.3.2. DIMENSIONAMENTO DO PILAR


Cálculo de esforços

Pilar 1
Reacção do tabuleiro e peso próprio
𝑁 = 13 368.7 + 172*12.5 = 15518.7𝑘𝑁
 Vento & Agua

Hipotese 1: Considerando o nível de estiagem - actuação do vento no x-x:

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 166


Figura 77: Sistema estático do pilar com actuação do vento.

Gráfico 50: Diagrama de esforços transversos.

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 167


Gráfico 51: Diagrama de momentos flectores.

Hipotese 2: Considerando o nível máximo de agua e a acção do vento- actuação do vento


no x-x

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 168


Figura 78: Sistema estático do pilar com actuação conjunta das acções do vento e da
agua.

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 169


ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 170
Gráfico 52: Diagrama de esforços transversos.

Gráfico 53: Diagrama de momentos flectores.

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 171


 Actuação da força de frenagem – y-y
𝑀𝑤𝑦 = 3375𝑘𝑁𝑚
𝑇𝑤𝑦 = 270𝑘𝑁

 Actuação da força de lacete – x-x


𝑀𝑤𝑥 = 750𝑘𝑁𝑚
𝑇𝑤𝑥 = 60𝑘𝑁

2.3.2.1.COMBINAÇÃO DE ACÇÕES (ESTADOS LIMITES ÚLTIMOS)

𝑁𝑠𝑑 = 1,35 × 15518.7 + 1,5 × 5 243.48 = 28815.47𝑘𝑁


𝑀𝑠𝑑𝑥 = 1,5 × 281.3 + 1,5 ×750 = 1546.95𝑘𝑁𝑚
𝑀𝑠𝑑𝑦 = 1,5 × 3375= 5062.5𝑘𝑁𝑚

2.3.2.2.VERIFICAÇÃO DAS DIMENSÕES ADOPTADAS


 Face aos esforços
𝑀𝑠𝑑
𝜇=
𝑏 × 𝑑 2 × 𝑓𝑐𝑑

sendo 𝜇 = 0,25, 𝑏𝑥 = 2,2𝑚 e 𝑏𝑦 = 3,6 𝑚

substituindo na expressão acima, obtem-se:


𝑑𝑥 = 0,30 𝑚 < 2.2m
e
𝑑𝑦 = 0,56 𝑚 < 3.6m

Observação:
É aceite o pré-dimensionamento face a deformação.

 Face ao esforço máximo de compressão


𝑁𝑠𝑑 ≤ 0,85 × 𝐴𝑐 × 𝑓𝑐𝑑 + 𝐴𝑠 × 𝑓𝑠𝑦𝑑
Sendo:
𝑁𝑠𝑑 = 28815.46𝐾𝑁

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 172


Assumindo que :
𝐴𝑠 = 2%𝐴𝑐, 𝑓𝑐𝑑(𝐵20) = 10.7𝑀𝑝𝑎 , 𝑓𝑠𝑦𝑑(𝐴400) = 348𝑀𝑝𝑎

Assim sendo, 𝐴𝑐 ≥ 1,3 𝑚2

A área da secção adoptada é de 6.88𝑚2

Observação:
É aceite o pré-dimensionamento face ao esforço de compressão.

 Face a esbelteza

Face a esbelteza- os pilares são isolados e comportam-se como de nós moveis nas
duas direcções. O coeficiente de esbelteza é 1 (k=1).

l = 12.5m
𝑙 𝑏 2.2 12.4
= (𝑟𝑥 = = = 0.64 ) = = 15.6319.375 < 25
𝑟𝑥 √12 √12 0.64

𝑙 ℎ 3.6 12.5
= (𝑟𝑦 = = = 1.04 ) = = 12.02 < 25
𝑟𝑦 √12 √12 1.04

Dispensa-se a Verificação à encurvadura do pilar em ambas direcções.

2.3.2.3.DIMENSIONAMENTO DA ARMADURA DE FLEXÃO DESVIADA


Considerando actuação da frenagem, vento e reacção do tabuleiro o pilar
estará sujeito a flexão desviada.

𝑎1 𝑎
Seja: = ℎ2 = 0.05
ℎ1 2

Com base no ábaco 58 de flexão desviada.


𝑀𝑠𝑑,𝑥
𝜇𝑥 =
𝐴𝑐 × ℎ × 𝑓𝑐𝑑
𝑀𝑠𝑑,𝑦
𝜇𝑦 =
𝐴𝑐 × 𝑏 × 𝑓𝑐𝑑

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 173


𝑁𝑟𝑑
𝑣=
𝐴𝑐 × 𝑓𝑐𝑑

𝜇𝑦
𝜂=
𝜇𝑥

Tabela 40: Dados necessários para cálculo de armaduras.

Nsd Msd,x Msd,y 𝝁𝒙 𝝁𝒚 𝜼 𝝊 𝝎


28815.46 5062.5 1546.95 8.78E- 2.68E-03 0.31 0.00 0
03

Com base no resultado do 𝜔, constata-se que o betao resiste por si só. Adopta-se armadura
minima.

2.3.2.4.DETEMINAÇÃO DA ARMADURA MÍNIMA (ARTIGO 90º REBAP)


Será para este efeito, utilizada a área mínima admissível para A400 em pilares.
𝜌𝑏𝑑 0.15 ∗ 2.2 ∗ 3.6
𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛 = = = 116.82𝑐𝑚2
100 100

2.3.2.5.DETEMINAÇÃO DO ESPACAMENTO MAXIMO (ARTIGO 121º REBAP)


𝑠𝑚𝑎𝑥 = 30𝑐𝑚 → Adopta-se: 𝑠 = 25𝑐𝑚

2.3.2.6.DETEMINAÇÃO DO PERIMETRO INTERNO DO ESTRIBO


𝑐 = 3.5𝑐𝑚
∅ 𝑇 = 8𝑚𝑚
𝑟 ′ = 𝑟 − 2 ∗ (𝑐 + ∅ 𝑇 ) = 1.01𝑚
𝑏 ′ = 𝑏 − 2 ∗ (𝑐 + ∅ 𝑇 ) = 2.11𝑚
𝑃 = 2𝑏 ′ + 2𝜋𝑟 = 17.48𝑚

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 174


2.3.2.7.DETEMINAÇÃO DO NUMERO DE ARMADURAS
𝑃
𝑁= + 1 = 70
𝑠

2.3.2.8.DETEMINAÇÃO DO DIAMETRO DA ARMADURA


𝜋∅ 𝑇 2
𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛 =𝑁 = 116.82𝑐𝑚2 → ∅ 𝑇 = 14.57𝑚𝑚 ≅ 16𝑚𝑚
4

Adopta-se 70∅16.

2.3.3. VERIFICAÇÃO AO ESFORÇO TRANSVERSO


2.3.3.1.VERIFICAÇÃO DA RESISTÊNCIA DO BETÃO FACE AO ESFORÇO
TRANSVERSO

𝑉𝑐𝑑 = 𝜏1 × 𝑏𝑤 × 𝑑 = 0.9 × 103 × 4.5 × (2.2 − 0.05) = 8 707.5𝐾𝑁 > 𝑉𝑠𝑑


⇒ não precisa de armadura para o esforço transverso!

 Direcção Y-Y
𝑉𝑠𝑑 = 1.5 × 270 = 405 𝑘𝑁

 Direcção X-X
𝑉𝑠𝑑 = 1.5 × 74.9 = 112.35𝑘𝑁 < 𝑉𝑐𝑑 = 8 707.5𝐾𝑁
⇒ não precisa de armadura para o esforço transverso!
Adopta-se Armadura mínima

2.3.3.2.DETEMINAÇÃO DO ESPACAMENTO MAXIMO (ARTIGO 94.3 –


REBAP)
1
𝜏 𝑏 𝑑 = 24921.6𝑘𝑁 > 𝑉𝑠𝑑 = 112.35 →
6 2 𝑤

0.9𝑑 = 3.24𝑚
𝑠𝑚𝑎𝑥 = 𝑚𝑖𝑛 { → 𝑠𝑚𝑎𝑥 = 30𝑐𝑚
30𝑐𝑚

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 175


2.3.3.3.DETEMINAÇÃO DA ARMADURA MINIMA (ARTIGO 94.2 – REBAP)
𝐴𝑠𝑤 𝐴𝑠𝑤
𝜌𝑤 = ∗ 100 → = 22𝑐𝑚2 /𝑚 → 𝐴𝑠𝑤,𝑚𝑖𝑛 = 6.6𝑐𝑚2
𝑏𝑤 𝑠 ∗ 𝑠𝑖𝑛𝛼 𝑠

2.3.3.4.ESPAÇAMENTO MÁXIMO ENTRE OS RAMOS


𝑆𝑚𝑎𝑥 = 60𝑐𝑚
Número de Ramos

ℎ − 2𝑐
𝑁= + 1 = 6𝑟𝑎𝑚𝑜𝑠
𝑠

Determinação do diâmetro do estribo

𝐴𝑠𝑤
𝐴𝑠 = = 0.55𝑐𝑚2 → ∅10@30𝑐𝑚
𝑁
2.4.FUNDAÇÕES
2.4.1. FUNDAÇÃO DO PILAR

 Esforços transmitidos à fundação partir do pilar são:

𝑁𝑠𝑑 = 28 815, 46 𝐾𝑁
{𝑀𝑠𝑑,𝑥 = 5 066,07 𝐾𝑁
𝑀𝑠𝑑,𝑦 = 1 546,95 𝐾𝑁

 Material da fundação e características do solo

Betão: B30 → 𝑓𝑐𝑑 = 16.7 𝑀𝑝𝑎


Aço: A400→ → 𝑓𝑠𝑦𝑑 = 348 𝑀𝑝𝑎

Coesão: c  0 kN
m2
Tensão admissível do solo:  Adm
solo
= 600 kPa

Peso específico do solo:  sub  21 kN


m3

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 176


2.4.2. DIMENSIONAMENTO DO MACIÇO DE ENCABEÇAMENTO
Considerou-se que o maciço de encabeçamento possui uma secção cuja altura é igual a
2.5m

O espaçamento tem que verificar as seguintes condições:

Adopte-se e = 2.7m

2.4.3. DETERMINAÇÃO DA ESPESSURA DO MACIÇO DE


ENCABEÇAMENTO DE ESTACAS
A altura dos maciços de encabeçamento, deve permitir uma transmissão directa do
esforço axial do pilar para as estacas através de bielas de compressão.

e  2  e  2  2,5  5m
1

h  0.40 m h  0.40 m
 
e e1 5 5
 1 
  h    1,67  h   2,50  h  2,50m
 3 2 3 2
 
h 1,5φ h  1,80 m

2.4.4. DETERMINAÇÃO DO ESFORÇO AXIAL RESISTENTE

𝑵𝒓𝒅 = 𝑨𝒔 × 𝒇𝒔𝒚𝒅 + 𝟎. 𝟖𝟓 × 𝒇𝒄𝒅 × 𝑨𝒄


Seja : 10∅25

−4 3
(1.22 × 𝜋)
𝑁𝑟𝑑 = 49.1 × 10 × 348 × 10 + 0.85 × 16.7 × = 1724.73 𝐾𝑁
4

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 177


2.4.5. DIMENSIONAMENTO DAS ESTACAS
As estacas estarão sujeitas ao peso próprio do maciço de encabeçamento.

 Determinação do numero de estacas necessárias

𝑁𝑠𝑑 28815.46
𝑁𝑢𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎𝑠 = = = 2 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎𝑠
𝑁𝑟𝑑 17762.85

2.4.6. DETERMINAÇÃO DAS REACÇÕES SOBRE CADA ESTACA


As reacções nas estacas são determinadas com base em considerações de equilíbrio,
assumindo que o maciço e “infinitamente rígido” para cumprir com as suas funções.

NSd MSd,X  Yi MSd,Y  X i


NSdi,estaca   
 Yi  Xi
2 2
n

28 815,46 5 066.07 × 2.7


𝑁𝑠𝑑1,𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎 = + = 15 345.89𝐾𝑁
2 2 × 2.72

28 815,46 5 066.07 × 2.7


𝑁𝑠𝑑2,𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎 = − = 13 469,57𝐾𝑁
2 2 × 2.72

2.4.7. VERIFICAÇÃO DAS DIMENSÕES DAS ESTACAS FACE AOS


ESFORÇOS
π  φ2 π  1,202
Área da estaca: A estaca    1,13 m2
4 4

Ângulo da biela de compressão no maciço:


ℎ 2.5
𝛼 = tan−1 ( ) = tan−1 ( ) = 42.80
𝑒 2.7

𝑁𝑠𝑑,𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠𝑎𝑜 15 345.89
𝜎𝑐,𝑐𝑜𝑚𝑝 = = = 19.97𝑀𝑝𝑎 < 1.2𝑓𝑐𝑑 = 20𝑀𝑝𝑎
𝐴𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎×(sin 𝛼)2 1.13 × (sin 42.8)2

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 178


𝑁𝑠𝑑,𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟 28 815,46
𝜎𝑐,𝑐𝑜𝑚𝑝 = = = 5.07𝑀𝑝𝑎 < 1.2𝑓𝑐𝑑 = 20𝑀𝑝𝑎
𝐴𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟×(sin 𝛼)2 (2.2 × 3.8) × (sin 42.8)2

 VERIFICAÇÃO DA SEGURANÇA DO MACIÇO DE


ENCABEÇAMENTO

 Análise ao corte/punçoamento:

-Direcção y-y ou Direcção x-x:


𝑣𝑚𝑎𝑥 = 1.65𝑚
𝑣𝑚𝑎𝑥 1.62
= = 0.81𝑚
𝐻≥{ 2 2 →: H=2.5m
1.5𝑣𝑚𝑎𝑥 = 1.5 × 1.65 = 2.475𝑚

𝑑1 = 2.4𝑚
{ 𝑑2 = 2.4𝑚
1.5𝑣𝑚𝑎𝑥 = 1.5 × 1.65 = 2.475𝑚

2.4.8. VERIFICAÇÃO DO ESMAGAMENTO DAS BIELAS COMPRIMIDAS


𝟏
𝑽𝒓𝒅 = × 𝝉𝟐 × 𝒃𝟐 × 𝒅𝟐
𝟐

Sabendo que
𝑏2 = 𝑏1 + 𝑑1 = 2.2 + 2.4 = 4.6𝑚 > 𝑏 ′ = 2.7𝑚 → 𝐴𝑑𝑜𝑝𝑡𝑜: 𝑏2 = 2.7𝑚

1
Vrd = 2 × 5 × 103 × 2.7 × 2.4= 16 200KN > 𝑉𝑠𝑑 = 𝑁1 = 15 345,89𝐾𝑁

No entanto fica verificado que não é necessária armadura de corte ao punçoamento.

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 179


 ANÁLISE À FLEXÃO

Direcção y-y ou Direcção x-x:


Cálculo do momento flector

d=2.4m
𝑉1 = 1.65 + 0.15 × 3.8 = 2.22𝑚

𝑀_𝑠𝑑 = 𝑁_𝑠𝑑 × 𝑉_1 = 15 345.89 × 1.37 = 21 023.87 𝐾𝑁𝑚

 Armadura principal
Tabela 2:

𝑀 21.02387
𝜇 = 𝑑2 𝑠𝑑 = = 2.6
×𝑏 2.42

→ 𝜌 = 0.799

𝐴𝑠 = 𝜌 × 𝑏 × 𝑑 = 0.799 × 1 × 2.4 × 100 = 191.76𝑐𝑚2 → 40∅25

 Armadura construtiva
1 2
Asy   400,93  40,09cm   20 @15
10 2 camada
𝐴𝑠 = 0.1 × 191.76 = 19.1𝑐𝑚2 → 4∅25
Armadura a ser colocada nas duas direcções.

 CÁLCULO DA ARMADURA LONGITUDINAL

NSd,compressao  10212,37kN
A c,estaca  1,13m 2

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 180


 Compressão:
𝑁𝑠𝑑,𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠𝑎𝑜 − 0.85 × 𝑓𝑐𝑑 × 𝐴𝑐
𝐴𝑠 =
𝑓𝑠𝑦𝑑

15 345.89 − 0.85 × 16.7 × 103


𝐴𝑠 = = −0.002 < 0 → 𝐴𝑠 = 𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛
348 × 103

 Armadura mínima e máxima

 m in  0,15 %  A400
0,15
As ,m in   m in  Ac   1,13  10 4  16 ,95 cm 2 : 6 20 @ 18 ok!
100
 m ax  8%
8
As ,m ax   m ax  Ac   1,13  10 4  904 cm 2 : 11332 @ 7 ok!
100

 Armadura transversal

Serão adoptadas, em forma helicoidal, cintas em varão 8 @ 20 na sua altura de forma


a assegurar que construtivamente se garanta a forma circular predeterminada e a eventuais
esforços a que poderá estar sujeita.

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 181


2.5.DIMENSIONAMENTO DE ENCONTROS

Com recurso ao software GEO5, fez-se a modelação do modelo tipo do encontro.


Dados Assumidos
Na zona do encontro:
γ𝑠𝑜𝑙𝑜 = 21,7𝐾𝑁/𝑚3 (Solo granular)
Φ=46˚
𝛿 =36˚

Solo da fundação
𝜎𝑎𝑑𝑚 = 500𝐾𝑝𝑎
Betao (B35
Sobrecarga=10KN/𝑚2
Carga proveniente do tabuleiro=3965,72KN
Carga proveniente do comboio tipo=2148,77KN

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 182


Figura 79: Concepção do encontro

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 183


2.5.1. QUANTIFICAÇÃO DAS ACÇÕES

Figura 80:Quantificação das acçõe

Figura 81:Pré-dimensionamento

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 184


Figura 82:Planta do encontro

2.5.2. VERIFICAÇÃO DA ESTABILIDADE INTERNA

 Fase construtiva

Nesta fase considera-se que as acções dos matérias, impulso da agua e do solo,
sobrecargas são as acções que atuam sobre o encontro.
A presente analise é feita considerando que 60% de execução do encontro.

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 185


Figura 83;Fase construtiva

Tabela 41:Forcas VS ponto de aplicação

 Cálculo de dimensões do limite da haste :

Esforcos internos:
𝑀 = 14,77 𝑘𝑁𝑚/𝑚; 𝑁 = −121,87 𝑘𝑁/𝑚; 𝑉 = 33,42 𝑘𝑁/𝑚
Profundidade da secção transversal:
ℎ = 0,90 𝑚

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 186


Tabela 42: Comparação entre esforços actuantes e resistentes.

Rácio de armadura ρ=0,17% > 𝜌𝑚𝑖𝑛=0,17%


>
Posicao do eixo neutro x=0,83m Xmax=0,47m
Força de cisalhamento
VRd=339,63KN/m > Ved=33,42KN/m
última

Força de compressão >


NRd=15362,6KN/m Ned=121,87KN/m
última
>
MRd=1861,43KNm/
Momento ultimo Med=14,77KNm/m
m

A secção transversal é satisfatória.

Figura 84:Base do encontro

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 187


Tabela 43: Forças VS pontos de aplicação.

 Dimensionamento do limite da frente do pilar

Forças internas :
𝑀 = 79,46 𝑘𝑁𝑚/𝑚; 𝑁 = 0,00 𝑘𝑁/𝑚; 𝑉 = 79,46 𝑘𝑁/𝑚

Espessura:
ℎ = 0,80 𝑚

Tabela 44: Dimensionamento do limite da frente do pilar - resultados

Rácio de armadura ρ=0,21% > 𝜌𝑚𝑖𝑛=0,17%


>
Posicao do eixo neutro x=0,04m Xmax=0,47m
Força de cisalhamento
VRd=292,87KN/m > Ved=79,46KN/m
última
Força de compressão
NRd=KN/m > Ned=0KN/m
última
Momento ultimo MRd=509,05KNm/m > Med=79,46KNm/m
A secção transversal é satisfatória.

Tabela 45: Forças atuantes no centro da base da sapata

No. Momento Força norm. Força de Excentricida Tensão


Cisalhamento de
[kNm/m] [kN/m] [kN/m] [–] [kPa]
1 106,78 240,03 69,93 0,053 31,96

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 188


Tabela 46: Cargas de serviço atuantes no centro da base da sapata

No. Momento Força norm. Força de


Cisalhamento
[kNm/m] [kN/m] [kN/m]
1 106,78 240,03 69,93

 Verificação do solo de fundação

Tensão na base da fundação: retangular

Figura 85: Verificação de excentricidade

Excentricidade máx. da força normal e = 0,053 m

Excentricidade máx. permitida ealw = 0,333 m

Excentricidade da força normal é satisfatória

 Verificação da cap. de carga da sapata

Tensão máx. na base da σ = 31,96 kPa


sapata
Cap. de carga do solo de R = 500 kPa
fundação
Fator de segurança = 5,01 > 1,50

Capacidade de carga do solo de fundação é satisfatória

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 189


2.5.3. ESTABILIDADE EXTERNA

Figura 86: Verificação da estabilidade de talude (Bishop)

Fator de segurança = 2,02 > 1,50

Estabilidade do talude verifica

 Fase de serviço

2.5.3.1.VERIFICAÇÃO DA ESTABILIDADE INTERNA

A verificação é feita para cada elemento que constitui o encontro, e não se considerou o
efeito do impulso passivo e do impulso de agua(nível de máxima cheia), por serem
favoráveis.

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 190


Figura 87:Parede de coroamento

Figura 88: Figure 4:Resultado-esforços VS ponto de aplicação

2.5.3.2.DIMENSIONAMENTO DA PAREDE DE COROAMENTO

Forças internas :

𝑀 = 51,90 𝑘𝑁𝑚/𝑚; 𝑁 = −250,18 𝑘𝑁/𝑚; 𝑉 = 80,28 𝑘𝑁/𝑚

Espessura:
ℎ = 0,50 𝑚

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 191


Tabela 47:Dimensionamento da parede de coroamento-esforços.

Rácio de armadura ρ=0,5% > 𝜌𝑚𝑖𝑛=0,17%

Posicao do eixo neutro x=0,29m


Força de cisalhamento
VRd=275,75KN/m > Ved=80,28KN/m
última
Força de compressão
NRd=4504,61KN/m > Ned=250,18KN/m
última
Momento ultimo MRd=934,53KNm/m > Med=51,9KNm/m

 Verificação da espessura adoptada


A deformação: Verificação da espessura adoptada
𝛼∗𝑙 2.4∗3,8
A deformação: ℎ ≥ 30𝜂 = = 0.304𝑚 ≺ 0,5𝑚 𝑂𝑘!
30∗1

Ao momento flector:
𝑀
𝑠𝑑 51,9
𝑑 ≥ √0.15∗𝑓 = √0.15∗23.3∗103 = 0.12𝑚 < 0,5𝑚 𝑂𝑘
𝑐𝑑

Seja:
ℎ = 0.50𝑚
𝑑 = ℎ − 𝑐 = 0,5 − 0,03 = 0,47

 Cálculo de armadura
Armadura mínima:
𝜌∗𝑏∗𝑑 0,17∗1∗0,47
𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛 = = = 7,99𝑐𝑚2 (∅6@25)
100 100

𝑆𝑑 𝑁 250,18
𝜈 = 𝑏∗ℎ∗𝑓 = 1.0∗0,5∗23.3∗103 = 0.014
𝑐𝑑

𝑀 51,9
𝜇 = 𝑏∗ℎ2𝑆𝑑 = 1.0∗0.52 ∗23.3∗103 = 0.01 → 𝜔 = 0 → 𝐴𝑠 = 𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛
∗𝑓 𝑐𝑑
𝑎 0.09 𝐴`
= ≈ 0.1; = 1 ⇒ Á𝑏𝑎𝑐𝑜 23 }
ℎ 0,9 𝐴

 Esforço transverso
Vsd=

η<{0,6(1,6 − 𝑑) = 0,36 → η=0,68


1
𝑉𝑐𝑑 = η ∗ 𝜏1 ∗ 𝑏 ∗ 𝑑 = 271,7→ O betão por si só resiste ao esforco transverso.

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 192


2.5.3.3.MURO TESTA

Figura 89: Esforços na parede testa

Tabela 48: Forças VS pontos de aplicação.

 Cálculo de dimensões do limite da haste


Forças internas:
𝑀 = 364,40 𝑘𝑁𝑚/𝑚; 𝑁 = −1215,89 𝑘𝑁/𝑚; 𝑉 = 292,29 𝑘𝑁/𝑚

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 193


Espessura:
ℎ = 0,90 𝑚

Tabela 49:Comparação dos esforços atuantes e resistente

Rácio de armadura ρ=0,28% > 𝜌𝑚𝑖𝑛=0,17%

Posicao do eixo neutro x=0,55m


Força de cisalhamento
VRd=851,55KN/m > Ved=292,29KN/m
última
Força de compressão >
NRd=5611,26KN/m Ned=1515,89KN/m
última
Momento ultimo MRd=507,55KNm/m > Med=364,4KNm/m
A secção transversal é satisfatória.

 Armadura

 Verificação da espessura adoptada


A deformação: Verificação da espessura adoptada

𝛼∗𝑙 2.4∗4
A deformação: ℎ ≥ 30𝜂 = = 0.32𝑚 ≺ 0,9𝑚 𝑂𝑘!
30∗1

Ao momento flector:

𝑀
𝑠𝑑 364,4
𝑑 ≥ √0.15∗𝑓 = √0.15∗23.3∗103 = 0,32𝑚 < 0,9𝑚 𝑂𝑘!
𝑐𝑑

Seja:
ℎ = 0.90𝑚
𝑑 = ℎ − 𝑐 = 0,9 − 0,03 = 0,87

 Armadura mínima:
𝜌𝑑𝑏 0,17∗0,87∗1
𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛 = = = 14,8 ∗ 10−4 𝑐𝑚2
100 100

∅16@12,5cm

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 194


𝑁𝑆𝑑 1515,89
𝜈= = 1.0∗0,9∗23.3∗103 = 0,13
𝑏∗ℎ∗𝑓𝑐𝑑

𝑀 364,4
𝜇 = 𝑏∗ℎ2𝑆𝑑 = 1.0∗0.92 ∗23.3∗103 = 0.02 → 𝜔 = 0 → 𝐴𝑠 = 𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛
∗𝑓 𝑐𝑑
𝑎 0.09 𝐴`
= ≈ 0.1; = 1 ⇒ Á𝑏𝑎𝑐𝑜 23 }
ℎ 0,9 𝐴

 Esforço transverso

𝑽𝒔𝒅 = 𝟐𝟗𝟐, 𝟗𝟐𝑲𝑵/𝒎

𝜂 < {0,6(1,6 − 𝑑) = 0,36 → 𝜂 = 0,68


1

𝑉𝑐𝑑 = 𝜂 ∗ 𝜏1 ∗ 𝑏 ∗ 𝑑 = 271,7→O betão por si so resiste ao esforco transverso.

2.5.3.4.VERIFICAÇÃO DA PAREDE DE BASE

Figura 90:Esforços na Base da Fundação

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 195


Tabela 50: Forcas VS pontos de aplicação

 Dimensionamento do limite da frente do pilar

Esforços internos:

𝑀 = 408,39 𝑘𝑁𝑚/𝑚; 𝑁 = 0,00 𝑘𝑁/𝑚; 𝑉 = 514,94 𝑘𝑁/𝑚

Espessura:
ℎ = 1,00 𝑚

Tabela 51: Comparação dos esforços actuantes e resistentes.

Rácio de armadura ρ=0,26% > 𝜌𝑚𝑖𝑛=0,17%

Posicao do eixo neutro x=0,06m Xmax=0,59m


Força de cisalhamento
VRd=1023,43KN/m > Ved=408,39KN/m
última
A secção transversal é satisfatória.

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2.5.3.5.MURO ALA

 Dimensionamento da junção do muro ala :

Forças internas :
𝑀 = 136,61 𝑘𝑁𝑚/𝑚; 𝑁 = 0,00 𝑘𝑁/𝑚; 𝑉 = 105,56 𝑘𝑁/𝑚
Espessura:
ℎ = 0,30 𝑚

Tabela 52: Comparação dos esforços actuantes e resistentes.

Rácio de armadura ρ=0,97% > 𝜌𝑚𝑖𝑛=0,17%

Posicao do eixo neutro x=0,06m Xmax=0,16m


Força de cisalhamento
VRd=189,42KN/m > Ved=105,56KN/m
última
Força de compressão
NRd=0KN/m > Ned=0KN/m
última
> Med=236,61KNm/
Momento ultimo MRd=258,52KNm/m
m

A secção transversal é satisfatória.

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 197


2.5.3.6.CAPACIDADE DE CARGA DA FUNDAÇÃO

Tabela 53: Tensões na base da fundacao

Tabela 54: Forças atuantes no centro da base da sapata

No. Momento Força Força de Excentricida Tensão


norm. Cisalhamento de
[kNm/m] [kN/m] [kN/m] [–] [kPa]
1 477,80 1000,46 274,31 0,109 290,42

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 198


Tabela 55: Cargas de serviço atuantes no centro da base da sapata

No. Momento Força norm. Força de


Cisalhamento
[kNm/m] [kN/m] [kN/m]
1 477,80 1000,46 274,31

2.5.3.7.VERIFICAÇÃO DO SOLO DE FUNDAÇÃO


Diagrama de tensões na base da fundação: retangular

Tabela 56: Verificação de excentricidade

Excentricidade máx. da força normal e = 0,109

Excentricidade máx. permitida eaw = 0,333

Excentricidade da força normal é satisfatória

Tabela 57: Verificação da cap. de carga da sapata

Tensão máx. na base da 𝝈 = 290, kPa


sapata 4
Cap. de carga do solo de Rd = 500, kPa
fundação 0
Fator de segurança = 1,72 > 1,50

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Figura 91: Estabilidade externa

Tabela 58:Verificação da estabilidade global do talude (Bishop)

Soma de forças Fa = 1101,4 kN/m


ativas 6
Soma de forças: Fp = 1738,2 kN/m
passivas : 9

Momento de Ma 14495, kNm/m


deslizamento : = 2
Momento resistente Mp 22875, kNm/m
: = 8
Fator de segurança = 1,58 > 1,50
Estabilidade do talude verifica.

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 200


Tabela 59: Forças actuantes VS resistentes.

Tabela 60: Verificação da estabilidade ao tombamento

Momento Mre = 2279 kNm/m


resistente
Momento de Mov = 986, kNm/m
tombamento 6

M estabiliza dor
Fs   1 .5
M derrubador

Fs 
M estabilizador

 MG  MP  MQ
i 1 trafego  MR3
M derrubador MI solo  MItrafego  MH1

Fator de segurança = 2,31 > 1,50


Resistência do muro ao tombamento é satisfatória

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 201


Tabela 61: Verificação da estabilidade ao tombamento

Tabela 62: Verificação de deslizamento

Reação Hr = 866, kN/m


horizontal es 5
Força Ha = 274, kN/m
horizontal ativa ct 3

 *  Fv
Fs   1.5
F H

𝜇∗(∑ 𝐺𝑖 +𝑃1 +𝑅3 +𝑄𝑡𝑟𝑎𝑓𝑒𝑔𝑜 )


𝐹𝑠 =
𝐼𝑠𝑜𝑙𝑜 +𝐼𝑡𝑟𝑎𝑓𝑒𝑔𝑜 +𝐻1

Fator de segurança = 3,16 > 1,50


Resistência do muro ao deslizamento é satisfatória
Verificação global - limite é satisfatória

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 202


3. CONCLUSÕES

Atinente ao projecto, aquanto da realização do mesmo foi possível adquirir


conhecimentos adicionais com as diversas dificuldades encontradas ao longo da
realização do mesmo.
Relativamente a disciplina de pontes, foi possível colocar em pratica, todos os
conhecimentos adquiridos ao longo do curso de licenciatura em Engenharia Civil, embora
as dificuldades enfrentadas foi possível supera-las com êxito.
Infelizmente não foi possível considerar para a análise do tabuleiro a açcão da
temperatura, e açcão do sismo cujo efeito é consideralvemte desfavorável a estrutura da
ponte(tabuleiro).

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 203


4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Apontamentos teóricos e práticos da Disciplina de Pontes.

Apontamentos teóricos e práticos das Disciplinas de Betão I e II.

BARNES, G.E. Soil Mechanics-Principles and Practice; Mamillan Press Ltda 2ªEdição.
Londres, 2007.

FIGUEIRAS, Joaquim A; Dimensionamento de Estruturas de Betão Pré-Esforçado;


Instituto Superior Técnico; 1997.

MENN, Christian; Prestressed Concrete Bridges, Berlim, 1990

Regulamento de Betão Armado e Pré-Esforçado.1983.Porto Editora Lda. Porto-Portugal.

REIS, A. Correia dos; FARINHA, M. Brazão e FARINHA, J. P. Brazão; Tabelas Técnica;


Edições Técnicas ETL Lda. Lisboa; 2007.

RITO, Armando; JAE- Direcção dos Serviços de Pontes, Anteprojecto- peças desenhadas.

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 204


ANEXOS

ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 205


ACHIRAFE, BENHANE, BERNARDO, GARRINE, MUSSUAL 206

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