Você está na página 1de 36

BEM-VINDO AO CURSO!

Bons Estudos

VOCÊ ESTÁ ESTUDANDO A APOSTILA:

SISTEMA MUSCULAR – ANATOMIA DO MÚSCULOS DO CORPO


HUMANO
Avenida Érico Veríssimo, 105 – Solar dos Lagos – São Lourenço-MG CEP: 37.470-000

Email: atendimento@wreducacional.com.br

Telefones: (35) 3331-2274 WhatsApp(35) 98822-9223


DICAS IMPORTANTES PARA O BOM
APROVEITAMENTO
• O objetivo principal é aprender o conteúdo, e não apenas terminar o curso.

• Leia todo o conteúdo com atenção redobrada, não tenha pressa.

• Explore profundamente as ilustrações explicativas, pois elas são fundamentais


para exemplificar e melhorar o entendimento sobre o conteúdo.

• Quanto mais aprofundar seus conhecimentos mais se diferenciará dos demais


alunos dos cursos.

• O aproveitamento que cada aluno faz, é você que fará a diferência entre os “alunos
certificados” dos “alunos capacitados”.

• Busque complementar sua formação fora do ambiente virtual onde faz o curso,
buscando novas informações e leituras extras, e quando necessário procurando executar
atividades práticas que não são possíveis de serem feitas durante o curso.

• A aprendizagem não se faz apenas no momento em que está realizando o curso,


mas sim durante todo o dia-a-dia. Ficar atento às coisas que estão à sua volta permite
encontrar elementos para reforçar aquilo que foi aprendido.

• Critique o que está aprendendo, verificando sempre a aplicação do conteúdo no dia-


a-dia. O aprendizado só tem sentido quando é efetivamente colocado em prática.
CONTEÚDO
01 - INTRODUÇÃO

02 - MÚSCULOS DA CABEÇA PARTE 1

03 - MÚSCULOS DA CABEÇA PARTE 2

04 - MÚSCULOS DA REGIÃO DO TRONCO PARTE 1

05 - MÚSCULOS DA REGIÃO DO TRONCO PARTE 2

06 - MÚSCULOS DOS MEMBROS SUPERIORES

07 - MÚSCULOS DOS MEMBROS INFERIORES


1 - INTRODUÇÃO

A anatomia do sistema muscular é bem complexa. O peso total da massa de


músculos estriados alcança, num homem de 70 quilos, cerca de 30 quilos, o que
representa quase a metade do peso corporal. Não vamos enumerar todos os músculos, o
que seria fastidioso e inútil; para analisar o sistema muscular, separamos os principais
exemplos, tirados das várias regiões do corpo humano, na seguinte ordem:

1.cabeça;

2.pescoço;

3.região posterior do tronco;

4.tórax;

5.abdômen;

6.membros superiores;

7.membros inferiores.

2 - MÚSCULOS DA CABEÇA PARTE 1


Os músculos da cabeça podem dividir-se em dois grupos: os mastigadores e os da
mímica.

Músculos mastigadores. — Este grupo compreende os músculos elevadores e os


abaixadores do maxilar inferior. Os elevadores do maxilar superior são o temporal, o
masseter, o pterigóideo interno e o pterigóideo externo.

O músculo abaixador do maxilar inferior é o digástrico, que será referido a


propósito dos músculos do pescoço.

Músculos Da Mímica – Face


São também chamados músculos cuticulares, por se acharem intimamente
relacionados com a pele. Quase todos se dispõem em torno dos orifícios palpebrais, das
narinas e da boca, concorrendo para as expressões fisionômicas. Citemos alguns
exemplos:

1) o frontal, na parte anterior do crânio, forma, ao contrair-se, rugas horizontais na


testa, expressivas da atenção, da surpresa;

2) os orbiculares dos olhos, em torno do orifício palpebral, fecham os olhos,


quando se contraem;

3) o superciliar, na parte interna da arcada superciliar, produz rugas verticais na


testa, próprias da dor, da cólera, da impaciência;

4) os orbiculares dos lábios, que circunscrevem a abertura bucal, funcionam na


preensão de alimentos, na sucção, no beijo (musculus osculatorius), no assobio, na
articulação de consoantes labiais;

5) o buzinador está na bochecha; quando a boca se enche de ar e, em seguida, este


músculo se contrai, o ar é expelido, o que é indispensável ao ato de tocar instrumentos de
sopro;

6) o elevador comum da asa do nariz e lábio superior, entre o ângulo interno da


órbita e o lábio superior, exprime, ao executar o movimento que o seu nome indica, o
desdém, o asco;

7) o risorius de Santorini, músculo delgado, está na bochecha, logo por baixo da


pele, por cima do buzinador, e puxa para trás, ao contrair-se, a comissura labial, o que
sucede no sorriso. Músculos do pescoço.

Músculos Do Pescoço
Dos músculos do pescoço, lembremos apenas os seguintes:

1) o cuticular acha-se na região ântero-lateral do pescoço, imediatamente por


baixo da pele; é uma lâmina muscular quadrilátera, delgada, atrofiada no homem,
desenvolvida em alguns mamíferos (no cavalo, por exemplo); e, puxando para baixo, ao
contrair-se, a pele do queixo e do lábio inferior, concorre para a expressão da tristeza, da
cólera, do terror, do sofrimento;

2) o esterno-cleidomastdideo situado lateralmente no pescoço, por baixo do


cuticular, é um músculo forte que se prende, inferiormente, no esterno e na clavícula
(esterno-cleido) e, superiormente, na apófise do temporal (mastóideo), e que movimenta a
cabeça, inclinando-o para o lado do músculo e submetendo-a a um movimento de
rotação, em que o queixo se volta para o lado oposto ao do músculo;

3) os escalenos, músculos profundos do pescoço, situados entre as primeiras


costelas e as apófises transversais das vértebras cervicais, pertencem ao grupo dos
músculos inspiradores, pois, quando se contraem, elevam as costelas;

4) o digástrico, que vai da base do crânio ao osso hióide, e, em seguida, à parte


média do maxilar inferior, tomando, deste modo, a forma de um arco, com a concavidade
para cima, e funcionando como abaixador do maxilar inferior no ato da mastigação.
Músculos Da Cabeça E Do Pescoço

Crianças e adultos ficam assombrados quando uma trapezista, a 30 metros de


altura e sem a rede de proteção, balança-se á vontade, segura apenas pelos cabelos. E o
que é mais surpreendente: com o “rabo-de-cavalo” preso somente à boca do trapezista.

Esse número apresentado nos circos tem uma explicação muito simples:
treinamento intensivo de um músculo da mastigação, o chamado masseter, cujo nome já
indica sua função: masseter, em grego, significa amassador. Esse potente músculo é o
principal responsável pela movimentação vigorosa da mandíbula, especialmente no ato de
mastigar alimentos de grande consistência. Sua ação impulsiona os molares que trituram
os alimentos.

Mastigação

O masseter pode ser facilmente palpado e observado. O movimento de “apertar”


os dentes com força coloca-o em evidência. Também pode ser observado no “riso
sardônico”, estado de contratura dos músculos faciais, que ocorre no tétano. Os músculos
mastigadores são músculos esqueléticos, pois se inserem apenas em ossos. Além dos
masseteres, outros três pares de músculos encarregam-se da mastigação.

Os músculos temporais, os pterigoideos mediais e os pterigoideos laterais


completam, de cada lado da face, a ação do par de masseteres. Os masseteres, os
temporais e os pterigoideos mediais encarregam-se de elevar a mandíbula e pressionar os
dentes da arcada dentária inferior contra a superior.
Calcula-se que a máxima pressão alcançada nesse ato seja de, aproximadamente,
240 kg, o que explica a proeza do trapezista. Mantida em elevação por esses músculos, a
mandíbula é deslocada para frente pelos pterigoideos laterais e para trás por alguns
fascículos (pequenos feixes de fibras musculares) dos temporais.

Quando apenas um dos pterigoideos laterais se contrai, provoca o deslizamento da


mandíbula para diante e para o lado oposto. Esse movimento, muito executado pelos
habituados em goma de mascar, lembra bastante o realizado pelos ruminantes na
mastigação interminável do capim.

Um acidente que pode ocorrer com a mandíbula é o seu deslocamento (luxação da


mandíbula), causado, por exemplo, por um bocejo exagerado. Consiste na desconexão da
articulação temporomandibular, isto é, da articulação móvel que une a cabeça da
mandíbula a uma depressão existente no osso temporal a chamada fossa mandibular -,
localizada um pouco adiante da orelha. Os movimentos dessa articulação podem ser
facilmente percebidos, colocando-se os dedos um pouco adiante da orelha, enquanto se
movimenta a mandíbula.

Na luxação da mandíbula, as cabeças desse osso (uma de cada lado) saem


completamente das respectivas fossas mandibulares. A cabeça da mandíbula desloca-se
para diante da articulação e o indivíduo fica com a boca aberta: não consegue fechá-la
devido ao deslocamento da superfície articular do osso.

A correção é bastante simples, mas depende sempre da boa relaxação dos


músculos mastigadores. A tendência a contrai-los impede a manobra de mobilização da
mandíbula, necessária para corrigir a luxação.

3 - MÚSCULOS DA CABEÇA PARTE 2

Os Músculos Da Calota Craniana

O crânio é revestido por um envoltório fibroso, firmemente aderido ao couro


cabeludo a chamada aponeurose epicraniana (epi = sobre). A aponeurose, por outro lado,
é fixada frouxamente ao periósteo (membrana fibrosa) que recobre os ossos do crânio. O
espaço entre a aponeurose e o crânio é preenchido por tecido conjuntivo frouxo, o que
permite o fácil deslizamento do couro cabeludo sobre o crânio.

Em suas extremidades, a aponeurose é continuada por finas tiras de tecido


muscular, que constituem, na frente, o músculo frontal, e atrás, o músculo occipital. Uma
parte das fibras do músculo frontal desce, sem fixação óssea, até se misturar com as fibras
dos músculos orbiculares e olho.

Outras fibras terminam na parte central da testa, ao nível de um pequeno músculo,


o piramidal do nariz (também denominado pró cero, de procerus, elevado). E o
responsável pelo enrugamento da pele da região entre as sobrancelhas, ou seja, pelo
movimento de “franzir o cenho”.

Lateralmente, a continuação da aponeurose constitui os músculos temporais, um


de cada lado. Os feixes frontais são responsáveis pelo movimento de surpresa no qual se
elevam as sobrancelhas. O franzimento da testa também é determinado por esses feixes.
A ação alternada dos músculos frontal e occipital move o couro cabeludo para a frente e
para trás. Os músculos temporais, por sua vez, auxiliados pelos pequenos músculos
auriculares, encarregam-se de movimentar as orelhas.

Mimica

Raiva, ternura, alegria, medo, satisfação, repugnância e um sem-número de


emoções podem ser exprimidas silenciosamente pela ação de vários músculos da face.
São, por esse motivo, denominados músculos da mímica. Agrupam-se, sobretudo, ao
redor da boca, das órbitas dos olhos e do nariz.

Alguns exemplos desses músculos são o elevador do lábio superior, o elevador do


ângulo da boca, o elevador do lábio superior e da asa do nariz, o depressor do lábio
inferior e o depressor do ângulo da boca. Os músculos mentuais (de mento, queixo) são
responsáveis pela projeção do lábio inferior para diante e enrugamento simultâneo da
pele do queixo.

O músculo bucinador, que reforça as bochechas, interfere no movimento de


assoprar, de onde seu nome (“buzinador”); também repuxa o ângulo da boca, no riso. De
ação semelhante, mas muito mais pronunciada, é o risório, que atua no riso forçado.

No pescoço, há um único músculo da mímica, o platisma (de platys, placa), largo e


delgado, que recobre o pescoço na frente e nos lados. Atua em várias manifestações
mímicas: na expressão de melancolia, faz os cantos da boca ficarem caídos; nos esforços
violentos, fica repuxado. E consegue, também, movimentar ligeiramente os mamilos para
cima.

Ao contrário dos mastigadores, que se inserem firmemente nos ossos, os músculos


da mímica são músculos cutâneos, de um tipo especial, que se inserem, pelo menos em
uma de suas extremidades, na camada profunda da pele.

Músculos Dos Movimentos Da Cabeça


Alguns músculos são responsáveis pelos movimentos da cabeça em várias
direções, destacando-se entre eles os músculos escalenos e o músculo
esternocleidomastoideo. Este último, com denominação tão extensa (porque se lixa no
osso esterno, na clavícula e no processo proeminência mastoide do osso temporal), causa
um relevo pronunciado na pele do pescoço, quando se movimenta a cabeça para os lados.

Os escalenos, três músculos que formam uma massa triangular (escaleno =


triângulo de lados desiguais), estendem-se das vértebras cervicais até as duas primeiras
costelas. São encarregados de flexionar a cabeça para os lados e, quando atuam em
conjunto, opõem-se á força da gravidade para manter a cabeça ereta (ação
antigravitacional). Quando o indivíduo está com sono, em posição sentada, a cabeça
tende a cair para o lado, em parte devido ao relaxamento desses músculos.

Outros músculos responsáveis pelos movimentos da cabeça são os chamados reto


maior e o longo do pescoço. São eles que fazem a cabeça dobrar para diante, para trás,
para os lados, ou executar o movimento de rotação. E atuam também como músculos
antigravitacionais.

4 - MÚSCULOS DA REGIÃO DO TRONCO PARTE 1


Mencionemos apenas os dois que se seguem:

1) o trapézio, superficialmente situado, triangular, estendendo-se desde o occipital


até a parte inferior da coluna dorsal, atrai para a direção da linha mediana a espádua, ao
mesmo tempo que a eleva;

2) o grande dorsal, na parte posterior e inferior do tronco, largo e delgado, de


forma triangular, leva o braço, ao contrair-se, para trás, para baixo e para dentro.

Músculos Do Tronco: Trapézio, Coluna E Dorso

Os músculos do tronco são fundamentais no dia-a-dia. Sentar na cama, levantar de


uma cadeira, amarrar os cordões dos sapatos são ações repetidas inúmeras vezes, sem
maiores dificuldades. E mais ainda: o movimento de encostar a ponta dos dedos nos
artelhos, sem dobrar as pernas – exercício físico muito comum -, pode ser executado, com
um pouco de treino, por qualquer pessoa. Daí pensar-se erroneamente que é mais fácil
dobrar a espinha (coluna vertebral) para diante do que para trás.

Ocorre, porém, que ao amarrar os cordões dos sapatos, a maioria das pessoas
dobra os joelhos. Também o ato de levantar da cama ou da cadeira é facilitado pela flexão
das pernas. E tocar a ponta dos pés com os dedos, mantendo a perna esticada, exige muito
pouca participação da espinha- Dá-se apenas a rotação da bacia em torno das cabeças dos
fêmures; a coluna vertebral mantém-se praticamente reta. Por outro lado, o movimento de
dobrar a espinha para trás é possibilitado apenas pela grande flexibilidade da porção
lombar da coluna vertebral.

Além disso, os outros segmentos móveis da coluna também se curvam para trás. E
só as vértebras do pescoço permitem amplos movimentos de flexão para a frente. Mas,
embora seja mais fácil dobrar a coluna para trás, isso só é possível mediante treino
seguido, que promova o desenvolvimento adequado dos músculos que flexionam a
coluna nesse sentido (músculos extensores da coluna) e que aumente a elasticidade dos
ligamentos que unem as vértebras.

Músculos Da Coluna Vertebral

Alguns músculos do tronco desempenham papel fundamental na estática da coluna


(esplênio. eretor da espinha) e, portanto, na manutenção da postura em pé. Num esqueleto
montado, em exposição, as vértebras não desmoronam porque são amarradas com
arames, mas no corpo humano isso não acontece, evidentemente.

Há, em verdade, todo um trabalho arquitetônico perfeito: as vértebras são mantidas


em suas posições por numerosos ligamentos elásticos e fibrosos que se prendem em
diversos pontos de cada uma delas. Músculos pequenos, mas potentes, ligam vértebras
vizinhas, colaboram na sua sustentação e ainda promovem movimentos localizados da
espinha. Os grandes movimentos para a frente, para os lados e para trás são resultantes da
ação conjunta desses músculos.

Os Músculos da coluna vertebral. Inserem-se nas vértebras e nas costelas,


formando, ao longo de toda a espinha, uma resistente massa muscular que sustenta esse
arcabouço ósseo do corpo humano. Além disso, os movimentos da coluna para a frente,
para os lados e para trás são resultantes da ação conjunta dessas músculos.

Músculos Do Dorso

Na evolução da espécie, quando o homem assumiu a posição ereta, vários


músculos que serviam para manter os membros superiores apoiados no chão perderam
sua importância. Destituídos de função, esses músculos emigraram para o dorso e
passaram a revestir os músculos mais profundos das costas. Conservaram-se, porém,
ligados aos movimentos do ombro e do braço.

Trapézio

O mais importante deles é o chamado trapézio, denominação originada da sua


forma. Dispõe-se como um capuz de monge e por esse motivo era conhecido antigamente
como músculo cucullaris (do latim cucuilus, capa). É responsável pelo movimento
conhecido popularmente como “dar de ombros”, em que o trapézio eleva a omoplata (ou
escápula) e, com ela, todo o ombro. O músculo elevador da escápula também participa
desse movimento.

Contudo, a ação mais importante desses e de outros músculos do mesmo grupo


(romboides) é promover a rotação da omoplata para permitir a elevação dos braços. São
também responsáveis pela descida controlada e gradual dos braços levantados; nessa
função atuam, portanto, como músculos antigravitacionais.

Dorso Maior

Outro importante músculo que emigrou para o dorso é o dorsal maior, que força a
descida do braço contra uma resistência. Quando esta é muito grande, o músculo
promove a elevação do corpo. O dorsal maior atua ainda no movimento de expiração,
provocando a compressão da parte posterior do abdome.

Músculos Do Tórax

Dos numerosos músculos das paredes torácicas, vejamos estes:

1) o grande peitoral, na região ântero-lateral, situado superficialmente, é


triangular, e, pela função, adutor do braço;

2) o pequeno peitoral, por baixo do precedente, também triangular, faz descer,


quando se contrai, a articulação da espádua;

3) o grande denteado, largo, aplicado sobre á parede lateral do tórax, ora atua
como inspirador, ora solicita para diante a articulação da espádua.

Músculos Do Tórax – Peitoral

MÚSCULOS DO TÓRAX – O peitoral maior é o principal responsável pela


aparência robusta de um tórax masculino, devido à saliência que produz logo adiante das
axilas, quando bem desenvolvido. Esse extenso músculo, que encobre o peitoral menor,
promove o levantamento dos braços para os lados, controla sua descida e é muito
importante na elevação do corpo pelos braços.
Abaixo dos dois peitorais (maior e menor) situa-se o músculo denteado anterior.
Seu nome origina-se do aspecto típico que determina na pele da região lateral do tórax.
Quando o braço é levantado e os músculos são contraídos, aparecem saliências dispostas
como degraus de uma escada, comparáveis aos dentes de uma serra. Quando as pessoas
magras prendem a respiração com o peito cheio de ar, as elevações do músculo são
facilmente percebidas.

As saliências correspondem aos feixes do músculo que recobrem a superfície


externa das nove ou dez primeiras costelas, onde se prendem. Nas costas, todos os feixes
convergem para a omoplata, que é o outro ponto de inserção do músculo. O denteado
anterior é responsável pela imobilização ou movimentação da omoplata, de acordo com o
tipo de movimento executado pelo ombro.

Os músculos torácicos mais profundos são fundamentais na mecânica respiratória.


Inserem-se nas costelas e entram em ação tanto na inspiração como na expiração. A esse
grupo pertencem os músculos elevadores das costelas; intercostais e outros.

Um músculo muito especial – o diafragma – separa a cavidade torácica da


cavidade abdominal. Seu papel é sobretudo respiratório, mas sua contração forçada,
durante a evacuação, micção e parto, provoca o aumento da pressão interna do abdome.

Músculos Do Abdômen

Os músculos do abdômen (músculos abdominais) revestem as paredes laterais,


anterior e posterior do abdome, funcionando como uma espécie de cinta que contém as
vísceras. Por esse motivo, quanto mais fortes e desenvolvidos são os músculos anteriores
e laterais do abdome, menor é a tendência de projeção da barriga para diante.

O mais importante deles é o músculo reto do abdome, que participa dos


movimentos respiratórios e dos esforços expulsivos, como tosse, espirros e defecação. O
músculo reto, bem como outros músculos do abdome (transverso e oblíquos externo e
interno) não só mantêm as vísceras em sua posição, no interior da cavidade abdominal,
como também são responsáveis por vários movimentos do tronco.

Outro importante músculo abdominal é o quadrado lomba,, que marca a linha da


cintura. Tem como funções a flexão lateral da coluna e o abaixamento da última costela,
na respiração.

Principais Músculos Do Abdômen

Mencionemos seis dos muitos músculos que circunscrevem a cavidade abdominal:

1) o grande reto do abdômen, ao lado da linha mediana, em forma de fita, desde a


extremidade do esterno até o pube, com interrupções esbranquiçadas, é músculo
abaixador das costelas, e, portanto, expirador, mas, também, ao endireitar-se, pela
contração, comprime as vísceras abdominais;

5 - MÚSCULOS DA REGIÃO DO TRONCO PARTE 2

2) o grande oblíquo do abdômen, largo, superficial, mais ou menos quadrilátero,


na parte ântero-lateral do abdômen, abaixa as costelas (músculo expirador), inclina o
tórax para a frente e comprime os órgãos abdominais;

3) o pequeno oblíquo do abdômen, por baixo do precedente, cruzando com as dele


as suas fibras, largo, delgado, tem ação mais ou menos igual à do grande oblíquo;

4) o transverso do abdômen, de direção horizontal, situado por baixo do músculo


anterior, à maneira de uma cinta incompleta atrás, comprime, pela contração, as vísceras
abdominais, que ele aplica de encontro à coluna vertebral;

5) o diafragma, músculo delgado em forma de cúpula côncava para baixo, separa a


caixa torácica da cavidade abdominal, e, quando se contrai, abaixa-se, pelo que aumenta a
caixa torácica (músculo inspirador) e, ao mesmo tempo, comprime as vísceras
abdominais. O diafragma separa a cavidade torácica da abdominal e é o mais Importante
músculo da mecânica respiratória. Tem forma de cúpula e, ao contrair-se, desloca-se pare
baixo; dessa maneira, comprime as vísceras abdominais,ao mesmo tempo em que
aumenta a amplitude do tórax.

6) Músculo quadrado lombar. Insere-se na última costela, nas vértebras lombares e


no osso Ilíaco. Delimita o espaço lateral que corresponde à cintura. Sua contração
provoca a flexão lateral da coluna. Além disso, tem função auxiliar na respiração, pois
abaixa a última costela na inspiração, facilitando a descida do diafragma.

6 - MÚSCULOS DOS MEMBROS SUPERIORES

Estão neste grupo os músculos da espádua, do braço, do antebraço e da mão.


Vamos mencionar alguns:

1) o deltoide cobre o lado externo da articulação da espádua e, pela sua ação, é


abdutor e elevador do braço;

2) o bíceps, longo e fusiforme, situado na parte anterior do braço, em que faz, ao


contrair-se, notável saliência, é flexor do antebraço sobre o braço;

3) o tríceps braquial, músculo longo situado na parte posterior do braço, é extensor


do antebraço;

4) o grande palmar, na parte anterior do antebraço, insere-se, em cima, nas


vizinhanças da articulação do cotovelo, e, em baixo, por quatro tendões distintos, nos
quatro últimos dedos, que ele flexiona;

5) o extensor comum dos dedos, na parte posterior do antebraço, vai do epicôndilo


aos quatro últimos dedos, dos quais, como o nome indica, determina a extensão.

Músculos Do Braço, Antebraço E Mão

Os Músculos do Braço, Antebraço e Mão humana são numerosos. O homem é o


único animal que possui mãos altamente aperfeiçoadas. O desenvolvimento desse
instrumento de alta precisão foi diretamente responsável por grande parte das conquistas
da humanidade. As alterações anatômicas resultantes da enorme capacidade funcional da
mão humana foram, por outro lado, obtidas gradualmente durante a evolução da espécie.
A medula espinhal, um grosso feixe de fibras nervosas encaixado no interior da
espinha, apresenta, no homem, uma nítida dilatação à altura dos ombros. Essa
modificação – pouco evidente nos quadrúpedes – foi provocada pelo aparecimento de
numerosas fibras adicionais, que formam a intrincada rede de nervos dos membros
superiores.

De maneira semelhante, o próprio cérebro modificou-se no homem, em


decorrência das exigências motoras da mão. A área do cérebro responsável pelo comando
consciente de todos os movimentos do corpo já foi estudada detalhadamente. Verificou-
se que a zona responsável apenas pela movimentação da mão é muito mais extensa que
toda a área que comanda os movimentos da coxa, da perna e do pé.

Músculos Do Braço E Antebraço

Os quatro principais músculos do braço – porção do membro superior que vai do


ombro ao cotovelo – dispõem-se em dois grandes grupos: um anterior e um posterior.
O anterior é formado pelos músculos braquial, coracobraquial e bíceps braquial,
que promovem a flexão do antebraço sobre o braço.

O grupo posterior é composto por um único músculo, muito volumoso, o tríceps


braquial, responsável pela extensão do braço e antebraço. As denominações bíceps e
tríceps decorrem da presença de duas e três massas carnosas (ventres musculares),
respectivamente, em cada um desses músculos.

Os músculos do antebraço – que são bastante numerosos – podem ser divididos em


três grupos: anterior, lateral e posterior. Os principais músculos da região anterior são o
braquiorradial e o pronador redondo, que também participam da flexão do antebraço
sobre o braço.

Os músculos laterais e posteriores do antebraço exercem mais ou menos as


mesmas funções, isto é, promovem a extensão da mão, a rotação de sua palma para baixo
(pronador quadrado) ou para cima (supinador longo e supinador curto). Estes dois últimos
movimentos são tecnicamente denominados supinação e pronação.

O bíceps, embora fundamentalmente um flexor do antebraço sobre o braço, é


também o mais potente músculo supinador dos membros superiores. Todavia, os dois
movimentos executados pelo músculo bíceps são independentes, de modo que é possível
ocorrer o bloqueio de apenas um deles, nos casos em que há paralisia parcial do músculo.

Os músculos do antebraço, além de interferirem nos movimentos de


pronossupinação, exercem ações muito mais complexas ao movimentar a mão. Sua
atividade pode ser percebida ao se apalpar o antebraço enquanto são feitos movimentos
diferentes, como dedilhar, ordenhar, tentar quebrar uma caixa de fósforos com uma única
mão ou puxar um gatilho.
Apesar da diminuição gradual do volume muscular do braço até os dedos, a
elaboração de movimentos delicados é muito maior nas porções finais do membro
superior. Conseqüentemente, a inervação motora nessa área é muito mais abundante.

Músculos Da Mão

Diversos músculos colaboram na tarefa de manter a mão esticada (músculos


extensores da mão). Um deles, o extensor dos dedos, é responsável pelo esticamento
simultâneo dos dedos indicador, médio e anular. O mínimo, apesar de ser um dedo
relativamente menos importante, apresenta uma característica especial: possui um
músculo extensor exclusivo (músculo extensor do dedo mínimo).

O indicador, além do polegar, é o único dedo que pode ser amplamente


movimentado sem interferir no movimento dos outros três dedos. Isso é explicado pelo
fato de existirem pequenas faixas fibrosas que unem os tendões exteriores do médio,
anular e mínimo. Por esse motivo, não se consegue esticar completamente esses dedos,
quando um deles é mantido dobrado.

Dobrar os dedos isoladamente implica dificuldades semelhantes. Dois grupos de


músculos (flexores superficiais e profundos) são encarregados dessa função. O flexor
profundo apresenta um tendão comum para os dedos médio, anular e mínimo, enquanto o
superficial tem tendões isolados.

A Pinça Humana

Por volta dos nove meses de idade, a criança começa a apresentar uma nova
característica de importância fundamental. Torna-se capaz de pegar pequenos objetos
com precisão de movimentos, graças à pinça formada pelos dedos indicador e polegar.

Na evolução infantil, essa aquisição reproduz uma transformação que se verificou


na passagem do estágio de macaco superior para homem. Os macacos, apesar da
semelhança de suas mãos com as humanas, não conseguem opor corretamente o polegar
contra o indicador, no movimento de pinça.

Essa aquisição da espécie humana é a principal responsável pelos movimentos


mais delicados e precisos executados com as mãos. Sua importância pode ser bem
avaliada nos casos de amputação traumática de dedos, quando o polegar é sacrificado.
Como esse dedo corresponde ao ramo mais móvel da pinça, sua ausência impossibilita o
importante movimento.

A capacidade de oposição do polegar contra os outros dedos (abdução) é devida a


músculos especiais que esse dedo apresenta. Um dos mais característicos, utilizado no
movimento de “contar nos dedos”, é o chamado músculo oponente do polegar, que
possibilita sua rotação e flexão simultâneas, de modo a permitir que sua extremidade
toque a dos outros dedos. Além desse músculo, mais sete outros músculos exclusivos do
polegar completam os seus amplos movimentos.
7 - MÚSCULOS DOS MEMBROS INFERIORES

No sistema muscular inferior, compreendem-se sob este título os músculos da


bacia, da coxa, da perna e do pé. Dada a inutilidade de enumerá-los todos, contentemo-
nos com exemplos:

1) os três glúteos (grande, pequeno e médio), na região póstero-lateral da


articulação coxofemoral, são abdutores da coxa e desempenham, especialmente o grande
e o médio glúteo, papel importante na estação bípede, pois firmam a bacia sobre o fêmur;

2) o quadríceps crural, na parte anterior da coxa, termina, em baixo, num tendão


que vai ter à rótula, e por sua ação, é extensor da perna;

3) os adutores da coxa, em número de três de cada lado, estendem-se da bacia à


linha áspera do fêmur (face posterior deste osso) e, como o nome indica, aproximam uma
coxa da outra;

4) o bíceps crural, na parte posterior da coxa, é flexor da perna;

5) o costureiro, longa fita muscular que cruza diagonalmente a face interna da


coxa, flexiona a perna sobre a coxa e esta sobre a bacia, ao mesmo tempo que imprime à
coxa um movimento de adução e rotação para fora, tudo, afinal, quanto faz o alfaiate ao
tomar posição para costurar à mão;

6) os gêmeos da perna, em número de dois, o externo e o interno, formam a região


da panturrilha, ou barriga da perna, e terminam em baixo no tendão de Aquiles;

7) o solear por baixo dos precedentes, serve-se, inferiormente, do mesmo tendão


de Aquiles para inserir-se no calcâneo, sendo, como os gêmeos, extensor do pé, ou ainda,
estando o pé sobre o solo, elevador do corpo.

Músculos Da Coxa, Perna E Pé

Para melhor analisarmos os músculos da perna, dividimos o estudo em músculos


da coxa e músculos da perna abaixo do joelho e pé.

Músculos Da Coxa

A musculatura anterior da coxa é quase inteiramente composta pelo quadríceps.


Esse músculo é formado por quatro massas carnosas (ventres musculares),
individualmente conhecidas como músculos vasto medial, vasto lateral, crural e reto
anterior. O primeiro, que é extensor da perna, corresponde à massa muscular mais interna
da coxa- Origina-se no ângulo posterior do eixo do fêmur e dirige-se à rótula e ao tendão
do músculo reto anterior.

O vasto lateral parte de uma protuberância (diálise lateral) do remir e termina


inserindo-se na rótula e no tendão do músculo reto anterior. É extensor da perna, na altura
da articulação do joelho. O músculo crural nasce da face medial do fêmur e termina
também inserindo-se na rótula e no tendão do músculo reto anterior. É,
fundamentalmente, um extensor da perna. O reto anterior tem duas porções: a longa
inicia-se numa protuberância do íleo; a curta, na borda da articulação coxofemoral; a
inserção inferior das duas porções dá-se na margem superior da rótula. O reto anterior é
extensor da perna, na articulação do joelho.

Na porção posterior da coxa, destacam-se três músculos: o semigendinoso, o


semimembranoso e o bíceps crural.

O primeiro origina-se da superfície interna da protuberância do ísquio (porção


inferodorsal do osso ilíaco). Sua ação inclui o movimento do fêmur para trás, sua rotação
interna, na altura dos quadris, e a rotação interna da perna, na articulação do joelho.

O músculo semimembranoso origina-se da tuberosidade do ísquio e da


protuberância interna do fémur, estendendo-se até a tíbia, até a protuberância externa e
inferior do fêmur e até a cápsula da articulação do joelho. Sua ação flete a tíbia na
articulação do joelho, gira-a para dentro, flexiona o fêmur na articulação do quadril e faz
sua rotação interna.

O bíceps crural, como o nome indica, tem duas porções. A curta origina-se na
parte dorsal superior do fêmur e estende-se até a cabeça do perônio (ou ffbula); promove
a flexão do joelho e gira a perna externamente. A porção longa inicia-se no ísquio e
prossegue até a protuberância externa superior da tíbia; movimenta o fêmur para trás,
com rotação interna, e é também responsável pela flexão da perna, com rotação externa,
na junção do joelho.

Com a perna flexionada, as inserções dos tendões do semimembranoso e do bíceps


são claramente visíveis. A depressão que se forma entre elas é denominada cavidade
poplítea.

Músculos – Perna (Panturrilha) E Pé


A porção anterior da perna correspondente à tíbia não possui músculos. Por isso, o
osso pode ser facilmente percebido sob a pele. A parte correspondente ao perônio, o outro
osso da perna, é envolvida por poderosa massa muscular.

São todos músculos longos, cuja extremidade inferior se liga aos ossos do pé.
Desses músculos, o mais importante é o tibial anterior. Inicia-se na tíbia, mas passa para
o lado oposto da perna, inserindo-se no primeiro osso cuneiforme do pé e na base do
primeiro metatarso.

Sua contração flete o pé e eleva a sua face interna. Na face lateral exterior da
perna, junto ao tibial anterior, situa-se o extensor comum dos dedos. Inicia-se na
protuberância externa da extremidade superior da tíbia e na margem anterior do perônio;
termina numa larga membrana tendinosa, da qual partem um tendão quese insere na base
da segunda falange dos quatro dedos mais externos e dois tendões que se prendem na
base da terceira falange dos mesmos dedos.

Sua contração flexiona o pé sobre a perna e estende os dedos do pé. Na porção


posterior da perna, destacam-se os músculos gêmeos, que formam a chamada panturrilha
(“barriga da perna”). Iniciam-se, separadamente, na cavidade poplítea, unindo-se depois e
terminando no chamado ted3a de Aquiles. Os B&mcos provoarn a flexão da perna, na
altura da articulação do joelho, e estendem o pé, de modo a possibilitar a elevação do
corpo na ponta dos pés.
Avenida Érico Veríssimo, 105 – Solar dos Lagos – São Lourenço-MG CEP: 37.470-000
Email: atendimento@wreducacional.com.br
(35) 3331-2274 WhatsApp(35) 98822-9223

Você também pode gostar