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1. Introdução...............................................................................................................................1
1.1. Objectivos.......................................................................................................................1
1.2. Metodologia....................................................................................................................1
2.3.1. Comissão...............................................................................................................7
2.3.5. Distribuição...........................................................................................................9
2.6. Seguro...........................................................................................................................11
3. Conclusão..............................................................................................................................13
4. Referências bibliográficas.....................................................................................................14
1. Introdução
O presenta trabalho te como tema contracto de prestação de serviço mercantil, com isso, é
necessário ter o conhecimento de que o contracto de prestação de serviços é um documento
que formaliza o negócio jurídico firmado entre partes. Nele, o prestador se obriga a realizar
algum tipo de actividade em troca de uma contraprestação (ou seja, uma remuneração) do
chamado tomador (cliente). É um tipo de contracto disciplinado pelo Código Civil em seu
artigo 594, aplicável a qualquer tipo de actividade lícita, podendo ela ser executada de
forma manual ou intelectual. O contracto pode ser feito na forma verbal ou escrita, já que a lei
não exige nenhum tipo de solenidade para sua elaboração. Esse tipo de contracto deverá ser
sempre consensual. Ele assegurará os direitos e deveres assumidos pelas partes no que diz
respeito exclusivamente àquela obrigação. E buscará prever problemas que possam vir a
surgir no decorrer do negócio.
1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral
Compreender o Contracto de Prestação de Serviço Mercantil.
1.2. Metodologia
Para fazer face a realização do trabalho foi necessário a consulta de fontes de modo a adquirir
informações que versam sobre o conteúdo em estudo. As tais fontes incluem manuais físicos
que se referem a livros e trabalhos realizados anteriormente e manuais electrónicos adquiridos
por via da internet e os seus respectivos indicadores estão presentes na última página do
trabalho, onde estão pontuados como referências.
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2. Contracto de prestação de serviço mercantil
Dependendo dos sujeitos que celebrarem o negócio jurídico, estes podem assumir contornos
de natureza jurídica administrativa, trabalhista, consumeirista ou cível, assim:
Quanto aos contractos mercantis, os sujeitos serão empresários, atingindo uma natureza
hibrida entre os contractos cíveis e os provenientes das relações de consumo, que é
distinguida por Ulhoa Coelho (2006) da seguinte forma:
“Se os empresários são iguais, sob o ponto de vista de sua condição económica (quer
dizer, ambos podem contratar advogados e outros profissionais antes de assinarem o
instrumento contratual, de forma que, ao fazê-lo, estão plenamente informados sobre
a extensão dos direitos e obrigações contratados), o contracto é cível; se desiguais
(ou seja, um deles está em situação de vulnerabilidade económica frente ao outro), o
contracto será regido pelo CDC.”
Desse modo, a natureza jurídica dos contractos mercantis se delimitará face as condições de
seus contratantes, no que tange a (des)igualdade material entre os mesmos.
Para se entender a relação proveniente dos contractos e suas obrigações, há quem diga que
aqueles são fontes dessas, entretanto, pode-se perceber que o “contracto é uma das
modalidades de obrigação, ou seja, uma espécie de vínculo entre as pessoas, em virtude do
qual são exigíveis prestações”, entretanto a “obrigação é a consequência que o direito posto
atribui a um determinado fato”.
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Assim, os actos jurídicos podem advir de um dispositivo legal a ser observado, previamente
definido pela mens legislatores, ou do exercício do direito de autonomia da vontade, pelos
sujeitos da relação jurídica, configurando-se um negócio jurídico, onde se visualizam as
relações contratuais.
A doutrina identifica dois princípios que regem as relações contratuais, em seu momento de
constituição de vínculo, quais sejam, o do consensualismo, imortalizado pela máxima pacta
sunt servanda, e o da relatividade, ou rebus sic stantibus.
Assim, pode-se exigir, por meio da excepção do contracto não cumprido, que a tutela
jurisdicional reverta-se no sentido de garantir a prestação inicial, para aí se realizar o
cumprimento da contraprestação avençada.
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2.1.3. Desconstituição do vínculo contratual
O vínculo contratual pode ser desfeito pelas formas normais que ocasionam o fim da
obrigação assumida, i.e., com o adimplemento directo daquela, assim como pela prescrição,
em que pela inércia da parte beneficiada e o decurso do tempo, se infere a renúncia tácita do
direito relacionado, como também pela confusão, em que credor e devedor findam por
confundir numa mesma pessoa, et coetera.
“(…) a extinção por resilição poderá ser bilateral ou unilateral e depende unicamente da
vontade dos contratantes. A resolução refere-se à inexecução culposa ou involuntária do
acordado. A resolução opera a finalização do contracto por descumprimento das
obrigações por uma das partes ou de ambas, seja por culpa sua, seja por acto estranho à
sua vontade (caso fortuito, força maior e onerosidade excessiva)”.
Quanto a resilição, há uma dissolução do vínculo pela vontade das partes, que em regra é
bilateral, mas pode se apresentar de modo unilateral, através da denúncia, como no caso da
procuração, mandato ad juducia. Ressalte-se, ainda, o que Coelho (2006) traz a lume, no que
tange às consequências e aos efeitos desse tipo de dissolução contratual:
“Na resilição bilateral, as consequências serão as contratadas pelas partes, que têm
ampla liberdade para dispor sobre como se dará a composição dos interesses. Já a
resilição unilateral, quando admitida, não opera efeitos retroactivos. Às partes cabe
apenas solucionar as eventuais pendências (por exemplo: o mandante deve pagar as
comissões devidas ao mandatário), e, se previsto na cláusula de arrependimento, pagar
a multa.”
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2.2. Compra e venda mercantil
Os contractos de compra e venda regem-se, em geral, pela regra do art. 481 do Código Civil
(CC/02), dispondo que em tal relação “um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de
certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro”. Assim, as disposições do Diploma
Civilista, no que tange aos negócios obrigacionais de compra e venda, também atingem os
contractos mercantis dessa natureza, os quais se configuram quando comprador e vendedor
são empresários, entretanto.
Observe-se, portanto, que os contractos mercantis de compra e venda reger-se-ão pelas regras
do CC/02 (art. 481 ss.) e pela legislação especial, bem como pelo Código de Defesa do
Consumidor, quando se verificar a existência de relação de consumo ou hipossuficiência entre
os empresários contratantes. Tais contractos são a base das actividades empresariais, uma vez
que os actos de comprar e vender se constituem no sentido máximo dessas relações, visando a
obtenção do lucro e a retroalimentação do sistema económico.
Os requisitos essenciais para a formação dos contractos de compra e venda mercantis são o
consentimento das partes, a coisa e o preço. No tocante ao consentimento, ressalte-se que,
como os negócios jurídicos de compra e venda em geral, há a necessidade da comunhão de
vontades entre comprador e vendedor para que se constitua o vínculo contratual, conforme
anteriormente expresso.
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Ressalte-se, assim, que, no contracto de colaboração, o colaborador tem, perante o fornecedor,
a obrigação de criar mercado para a coisa vendida, diferente das relações de fornecimento
verificáveis nos contractos de compra e venda, em que tal situação não se verifica.
Os contractos de colaboração não tem carácter pessoal, pois estão relacionados com a
organização da própria actividade de distribuição, do contrário se poderia configurar um
vínculo empregatício, uma vez que há uma relação de subordinação do distribuidor pelo
fornecedor, o qual impõe suas condições e padrões de exploração da actividade comercial,
entretanto nesses contractos a subordinação é apenas empresarial.
2.3.1. Comissão
Nessa espécie de contracto não existe vínculo de emprego entre as partes contratantes, como
nos contractos de comissão acima referidos, tendo a subordinação estabelecida entre o
representante pelo representado um carácter exclusivamente empresarial. É bem verdade que
há momentos em que tal vínculo, se pessoal ou empresarial, deve ser cuidadosamente
avaliado, já que na prática se observam casos em que empresários buscam burlar a legislação
trabalhista e seus encargos, utilizando-se dessa espécie de contracto de colaboração, assim
como o anterior.
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Na organização de sua actividade negocial, o representante, no que tange a subordinação
empresarial, sofre uma influência no exercício e gerenciamento pelo representado, mas no que
diz respeito apenas à forma de exploração do negócio, do contrário restaria configurada
relação de subordinação pessoal e, provavelmente vínculo empregatício e não comercial.
A Lei nº. 6.729, de 1979, com as alterações introduzidas pela Lei nº. 8.132, de 1990,
disciplina a concessão comercial, entretanto apenas no que se refere ao comércio de veículos
automotores terrestres, como automóveis, caminhões, ónibus, tractores, motocicletas e
similares, assim, quando for o caso de concessões que envolvam mercadorias diversas
daquelas, ter-se-á um contracto atípico, de distribuição, vinculado apenas as normas gerais
que envolvem as relações contratuais, mas sem legislação específica.
Entretanto, tais contractos são mais comuns na áreas de distribuição de veículos automotores,
por isso a necessidade de regulamentação específica, assim tem-se como obrigações dos
concedentes: a) permitir, gratuitamente, o uso de suas marcas pelo concessionário; b) vender
ao concessionário os veículos de sua fabricação, na quantidade prevista em cota fixada; c)
observar, na definição da área operacional de cada concessionária, distâncias mínimas
segundo o critério de potencial de mercado e d) não vender, directamente, os veículos de sua
fabricação na área operacional de uma concessionária, salvo à Administração Pública, directa
ou indirecta, ao Corpo Diplomático ou a clientes especiais.
2.3.5. Distribuição
A doutrina reconhece que definir e conceituar o que seria um contracto bancário tem sido
tarefa árdua, sendo difícil diferenciar e delimitar, sem se render a critérios duvidosos,
facilmente desconstituídos.
Sérgio Carlos Covello (2004) tenta definir tais contractos, partindo de dois critérios
fundamentais: 1) o critério subjectivo, sendo contracto bancário aquele realizado por um
banco; 2) o critério objectivo, pelo qual é contracto bancário aquele que tem por objecto a
intermediação do crédito. Entrementes, reconhece que tais critérios sozinhos são insuficientes:
o primeiro porque o banco realiza contractos que não são bancários, como de locação,
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prestação de serviços, bancários, etc; o segundo porque o particular também pode realizar
operação creditícia sem que se configure como bancária.
Já Rodrigues Alves (2007), após criticar a conceituação com base no critério puramente
subjectivo: “[…]em verdade, há operação bancária se existe suporte fático que se traduz
empiricamente em actividades nas quais o banco opera com o cliente, atendendo-se ao fim
comercial do banqueiro.”
Apesar desse conceito se demonstrar mais ligado à definição das actividades bancárias, ainda
se apresenta como o mais abrangente.
A partir da análise da Lei n° 4.595/64 (LRB), mais especificamente de seu art. 17, pode-se
entender por actividade bancária a colecta, intermediação ou aplicação de recursos financeiros
próprios ou de terceiros em moeda nacional ou estrangeira. Essas actividades estão ligadas,
directa ou indirectamente, à concessão, circulação ou administração do crédito.
Seu exercício esta adstrito à autorização governamental, sendo concedido pelo BACEN, salvo
quando se tratar de empresário estrangeiro, a qual será dada mediante decreto presidencial. A
doutrina divide tais actividades em típica (relacionadas ao crédito) e atípicas (serviços
acessórios, locação de cofres, custódia de valores etc), sendo as primeiras subdividas, ainda,
em passivas e activas, conforme assuma o banco a posição de devedor ou credor da obrigação
principal.
Como principais características, podem-se destacar: a) uma das partes deve ser,
necessariamente, um banco; b) o objectivo do contracto, tipicamente, é a intermediação de
crédito; c) os contractos são sigilosos, salvo se em confronto com interesses públicos; d)
rígida contabilidade; e) complexidade estrutural e busca de simplificação; f) profissionalidade
e comercialidade; g) informalidade; h) contracto de massa; i) contracto de adesão e
formulário; j) interpretação específica.
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2.4.2. Contractos Bancários Impróprios
Contractos intelectuais são aqueles que tem como normas orientadoras os chamados direitos
intelectuais, ou seja, com a propriedade industrial (a cessão de patente, cessão de registro
industrial, licença de uso de patente de invenção, licença de uso de marca e transferência de
tecnologia) ou com o direito autoral (a comercialização de logiciário).
Nesse tópico, pode se verificar que os contractos de cessão de direito industrial são orientados
por dois objectivos, quais sejam, a obtenção de uma patente (de invenção ou de modelo de
utilidade) ou de um registro industrial (de desenho industrial ou de marca). Na primeira
hipótese, o titular da patente (cedente) transfere, total ou parcialmente, ao outro contratante
(cessionário), os direitos mencionados na respectiva patente.
Por sua vez, em ambos os casos, o cedente responde pela existência do direito industrial ao
tempo da transferência, podendo o cessionário demandar a resolução do vínculo e perdas e
danos na hipótese de anulação, cancelamento ou caducidade deste por fato anterior ao
negócio. Ademais, no caso da cessão de patente, o cedente responde, ainda, por perdas e
danos caso a invenção ou modelo não apresente o desempenho por ele propagado.
2.6. Seguro
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“(…) socializar riscos entre os segurados. A companhia seguradora recebe de cada
um o prémio, calculado de acordo com a probabilidade de ocorrência do evento
danoso. Em contrapartida, obriga-se a pagar certa prestação pecuniária, em geral de
carácter indemnizatório, ao segurado, ou a terceiros beneficiários, na hipótese de
verificação do sinistro.
O Código Civil de 2002, em seu art. 757 reza que seguro é o contracto em que uma parte
(sociedade seguradora) se obriga, mediante o pagamento do prémio, a garantir interesse
legítimo da outra parte (segurado), relativo a pessoa ou coisa, contra riscos predeterminados.
Nesse sentido, aplica-se a essa espécie contratual o contido nos arts. 423 e 424 do Código
Civil de 2002 (ou art. 54 do CDC, caso o segurado seja consumidor), pelos quais as cláusulas
ambíguas ou contraditórias serão interpretadas em favor do segurado (ou terceiro beneficiário)
e são nulas as cláusulas de renúncia a direitos próprios do contracto.
Tal característica proporciona ao segurado substancial economia, pois tem os seus interesses
preservados a um custo consideravelmente inferior àquele em que incorreria caso houvesse de
suportar isoladamente as consequências do evento danoso.
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3. Conclusão
Tendo concluído com o trabalho, chegou-se a conclusão de que os contractos mercantis são
instrumentos externalizadores das relações empresariais, que, num contexto de globalização,
assumem contornos mais informais, de acordos de vontades, a fim de dar a dinamicidade que
se faz necessária. Entretanto, sempre se poderá recorrer ao Judiciário, quando verificadas
cláusulas abusivas em circunstâncias de vulnerabilidade entre as partes, ou quando do
descumprimento de suas disposições, por exemplo, ressaltando que tal direito é, inclusive,
garantia constitucional, previsto em nossa lei maior.
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4. Referências bibliográficas
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