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NOTA DO EDITOR mente no local. Além disso, aduziu não haver prova cabal de
que a região supostamente invadida pertenceria ao
impetrante. Dessa forma, concluiu inexistir direito líquido e
O informativo do Curso FMB está sendo reformulado desde
certo a autorizar o deferimento do pedido. Em divergência,
a edição anterior com o intuito de melhor atender ao interesse
os Ministros Marco Aurélio, Gilmar Mendes e Ellen Gracie
da Comunidade FMB, trazendo julgados que são escolhidos F concederam a segurança. Afirmaram haver inquestionável
conforme prévio estudo e recorrência nos principais concursos
evidência acerca da invasão à propriedade do impetrante,
públicos do país. A nossa seção de notícias também sofreu
corroborada por sucessivas decisões judiciais. Ademais,
reformulação, trazendo notícias de outros veículos de
reputaram que a vistoria que dera base ao ato impugnado
informação jurídica de qualidade. As novidades são diversas,
ocorrera de forma ilegal, pois realizada após a ocupação das
desde a coluna jurídica escrita pelo Profº Flávio Monteiro de
terras, fato que teria contaminado o referido Decreto.
Barros, a divisão da jurisprudência em suas respectivas áreas
Salientaram, por fim, que o objetivo da lei seria impedir
do direito, a inserção do TST em notícia, a coluna sobre
invasões e evitar conflitos no campo, o que superaria
comentários de jurisprudência de nossos professores, a
qualquer fundamento utilizado para a desapropriação. Após,
agenda de concursos e a permanência da coluna trazendo
pediu vista dos autos o Min. Dias Toffoli. MS 26336/DF, rel.
dicas sobre um projeto de estudo de sucesso para o exame da
Min. Joaquim Barbosa, 2.3.2011. (Informativo 618 –
OAB. Nas próximas edições continuaremos inovando
Plenário)
buscando o seu melhor desempenho, pois o seu objetivo é o
nosso objetivo. DESAPROPRIAÇÃO POR UTILIDADE PÚBLICA E
Mandem sugestões. Algumas das alterações implementadas PRINCÍPIO DA JUSTA INDENIZAÇÃO
vieram do aperfeiçoamento de dicas de nossos alunos, A 2ª Turma iniciou julgamento de recurso extraordinário no
colaboradores e professores. Endereço para críticas e qual se discute se o valor da justa indenização para
sugestões: alessandro@cursofmb.com.br satisfazer o direito de propriedade (CF, art. 5º, XXII e XXIV)
deve, ou não, incluir, em seu bojo, as perdas do proprietário
JULGADOS STF decorrentes da desvalorização de sua propriedade e de seus
produtos, independentemente, da reavaliação do material
DIREITO ADMINISTRATIVO fático-probatório. Na espécie, parte da propriedade do
recorrente fora declarada de utilidade pública para a
DESAPROPRIAÇÃO E FUNDAMENTOS - 1 construção de três estações de tratamento de esgoto -
O Plenário iniciou julgamento de mandado de segurança ETEs, não tendo sido incluídos, nos valores pagos a título de
impetrado contra ato do Presidente da República, consistente indenização, os lucros cessantes decorrentes da
em decreto que declarara de interesse social, para fins de desvalorização da área remanescente, utilizada no plantio e
reforma agrária, propriedade rural localizada no Município de beneficiamento de laranja para fins de exportação, nos quais
Sapé/PB. O impetrante alega que o processo que subsidiara o empregada alta tecnologia. O Min. Gilmar Mendes, relator,
ato impetrado teria violado o art. 2º, § 6º, da Lei 8.629/93 (―Art. deu parcial provimento ao recurso para incluir na
2º A propriedade rural que não cumprir a função social prevista condenação os valores referentes à desvalorização das
no art. 9º é passível de desapropriação, nos termos desta lei, terras remanescentes. Entendeu que a discussão da tese
respeitados os dispositivos constitucionais. ... §6o O imóvel jurídica referente à exclusão de elementos supostamente
rural de domínio público ou particular objeto de esbulho ínsitos ao princípio da justa indenização não demandaria o
possessório ou invasão motivada por conflito agrário ou reexame da prova, de modo a afastar a incidência do
fundiário de caráter coletivo não será vistoriado, avaliado ou Enunciado 279 da Súmula do STF. Aduziu que se trataria,
desapropriado nos dois anos seguintes à sua desocupação, na realidade, de intervenção administrativa na propriedade
ou no dobro desse prazo, em caso de reincidência; e deverá para a concretização de fins públicos e, por isso, todo
ser apurada a responsabilidade civil e administrativa de quem prejuízo causado pela Administração, no exercício de seu ius
concorra com qualquer ato omissivo ou comissivo que propicie imperii, haveria de ser recomposto ao patrimônio do
o descumprimento dessas vedações.‖), já que o imóvel em expropriado. Asseverou que, sob pena de violação do núcleo
questão teria sido alvo de sucessivas invasões provocadas essencial do postulado em apreço, em que se funda o direito
pelo Movimento dos Sem Terra – MST, fatos comprovados por de propriedade, seria inconcebível não levar em
meio de sentença transitada em julgado de ação de consideração a perda do valor do bem remanescente e de
reintegração de posse. MS 26336/DF, rel. Min. Joaquim seus produtos. Após, pediu vista dos autos o Min. Joaquim
Barbosa, 2.3.2011. (Informativo 618 – Plenário) Barbosa. RE 567708/SP, rel. Min. Gilmar Mendes, 1º.3.2011.
(Informativo 618 – 2ª Turma)
DESAPROPRIAÇÃO E FUNDAMENTOS - 2
O Min. Joaquim Barbosa, relator, denegou a ordem. DIREITO PREVIDENCIÁRIO
considerou que o conjunto probatório constante dos autos
apresentaria controvérsia cuja solução não seria viável por TERMO INICIAL DO PRAZO PARA REGISTRO DE
meio de mandado de segurança, pois não estaria claro se os APOSENTADORIA
ocupantes das áreas em questão seriam realmente invasores, O termo a quo do prazo de 5 anos para que o Tribunal de
pertencentes ao MST, ou trabalhadores fixados originaria- Contas da União - TCU examine a legalidade dos atos
BONS ESTUDOS!!!