Você está na página 1de 2

I – A LETRA DE CÂMBIO, A NOTA PROMISSÓRIA, A II – A ESCRITURA PÚBLICA OU OUTRO DOCUMENTO

DUPLICATA, A DEBÊNTURE E O CHEQUE PÚBLICO ASSINADO PELO DEVEDOR

→ São títulos de credito cujo regramento está afeto ESCRITURA PÚBLICA é negócio jurídico estabelecido
exclusivamente ao direito material cambiário. perante tabelião. Nesse caso não se exige (a despeito
da lei) a assinatura do devedor.
→ Estes títulos possuem regime próprio, pois dentro
de suas características, que estão previstas em DOCUMENTO PÚBLICO é negócio jurídico
legislação especifica e podem ser executados, de estabelecido perante oficial público (v.g., contrato de
regra, independentemente de protesto. Evidente que prestação de serviços com a administração pública).
o protesto será exigido quando o título padecer de Toda escritura pública é documento público, mas não
algum vicio, como, por exemplo, a duplicata sem o contrário.
aceite.
III – O DOCUMENTO PARTICULAR ASSINADO PELO
Para ingresso da ação executiva, exige- se a juntada DEVEDOR E POR DUAS TESTEMUNHAS
do título original.
→ Se o documento tem previsão em lei como título
1- Letra de Câmbio executivo (v.g., contrato de honorários advocatícios,
É ordem de pagamento emitida por alguém Lei federal n. 8.906/94, art. 24) não será necessária a
(sacador) para que outra pessoa (sacado) assinatura das testemunhas. Sua necessidade advém
pague a terceiro (tomador) determinada da não executoriedade do documento, portanto, as
quantia certa. testemunhas têm essa função: atribuir eficácia de
2- Nota Promissória título aos documentos que a lei não previu como tal.
É título abstrato em que uma pessoa
→ O título, importante ressaltar, não é o documento,
(emitente) denomina outra pessoa
mas o ato jurídico por ele representado. Daí falar-se
(beneficiário) como uma promessa de
na prática em “confissão de dívida”.
pagamento. O protesto somente será
necessário para tornar exigível a promissória → Qualquer obrigação lícita (tipo legal aberto) poderá
em face dos endossantes e respectivos adquirir eficácia de título executivo com a presença de
avalistas. duas testemunhas.
3- Duplicata
É título de crédito formal, causal e circulante IV – O INSTRUMENTO DE TRANSAÇÃO REFERENDADO
por endosso, que documenta uma compra e PELO MINISTÉRIO PÚBLICO, PELA DEFENSORIA
PÚBLICA, PELA ADVOCACIA PÚBLICA, PELOS
venda ou prestação de serviço. Para que
ADVOGADOS DOS TRANSATORES OU POR
funcione como título tem que ter sido aceita
CONCILIADOR OU MEDIADOR CREDENCIADO PELO
pelo sacado. Caso não seja aceita, terá força
TRIBUNAL
executiva se:
i) protestada; Poderá o Ministério Público, a Advocacia Pública e a
ii) acompanhada do comprovante da Defensoria realizar acordos mesmo antes de iniciado
prestação do serviço ou da entrega da o processo. O instrumento de transação é extrajudicial
mercadoria. A perda ou extravio da duplicata porque não homologada pelo juiz.
admite a extração de triplicata.
A despeito da expressão “advogados” no plural, nada
4- Debêntures
impede que seja realizada somente por um advogado
São títulos de crédito emitidos pelas
apenas. O novo CPC permite que o instrumento de
Sociedades Anônimas a fim de obter
transação seja formalizado por conciliador ou
empréstimo junto ao público.
mediador credenciado pelo tribunal.
5- Cheques
É título cambiário abstrato em que há uma V – OS CONTRATOS GARANTIDOS POR HIPOTECA,
emissão unilateral de vontade no sentido de PENHOR, ANTICRESE OU OUTRO DIREITO REAL DE
uma ordem de pagamento à vista e GARANTIA E AQUELE GARANTIDO POR CAUÇÃO
independe de protesto para que sirva de
O CPC atual ampliou as hipóteses para qualquer
título perante o emitente e os avalistas.
direito real de garantia e não apenas a hipoteca,
Apenas será necessário o protesto quando
penhor e anticrese que estavam no regime anterior (e
apresentado contra os endossantes e
ainda se mantêm). Os três primeiros casos referem-se
respectivos avalistas.
a direitos reais de garantia. A garantia é real, pois
recai sobre determinado bem.

O que se executa não é propriamente a garantia, mas


o crédito que ela protege (o contrato). A garantia é
apenas o instrumento de facilitação da exigência do
direito do credor.

A caução pode ser real (hipoteca ou penhor) ou


fidejussória (fiança).

VI – CONTRATO DE SEGURO DE VIDA EM CASO DE


MORTE

O contrato de seguro de vida se define naquele pelo


qual uma das partes (segurador) se compromete a
pagar um “prêmio” ao segurado caso ocorra alguma
situação de risco predeterminada.

É necessário que junto do título se apresente a


quitação das parcelas decorrentes deste contrato (CC,
art. 796, parágrafo único). Em boa hora o legislador
retirou a executoriedade do seguro de acidentes
pessoais dada a sua dificuldade em estabelecer um
valor líquido. Em não havendo contrato é possível
instruir com a apólice do seguro (conforme
entendimento do STJ, REsp 434.831).

VII – CRÉDITO DECORRENTE DE FORO E LAUDÊMIO

O Código Civil, em seu art. 2.038, proibiu a instituição


de enfiteuses e subenfiteuses. Mas aquelas
constituídas antes da entrada em vigor do novo
diploma persistem até que sejam extintas.

Foro e laudêmio estão ligados à enfiteuse.

Foro é a renda anual que o enfiteuta deve pagar ao


proprietário do imóvel.

Laudêmio é o valor devido pelo alienante ao senhorio


direto sempre que realizar a transferência do domínio
útil. Se não houver outro valor, a venda será de 2,5%
sobre o preço da alienação.

VIII – O CRÉDITO DOCUMENTALMENTE COMPROVADO,


DECORRENTE DE ALUGUEL DE IMÓVEL, BEM COMO
OS ENCARGOS ACESSÓRIOS, TAIS COMO TAXAS E
DESPESAS DE CONDOMÍNIO

Despesas de condomínio- quando está estabelecido


com o proprietário e o inquilino do imóvel.

É considerado título executivo também o contrato de


locação, autorizando ao credor (locador) executar o
crédito decorrente do aluguel.

O contrato de locação de bem imóvel tem sua


previsão na Lei Federal n. 8.245/91.

Você também pode gostar