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Introdução ao estudo
Objectivos:
- Definir Gestão Financeira,
- Definir os objectivos da empresa
- Definir as funções da gestão numa empresa
- Definir o que é uma gestão empresarial,
- Apontar quais os requisitos básicos e pessoais incluindo personalidade para um
gestor empresarial
Segundo Pierre Conso, não existe uma regra que permite definir o lugar da função
financeira e o seu conjunto digo conteúdo para o conjunto das empresas.
As dimensões das empresa, o seu passado leva a que a organização ou estrutura Sá
das empresas não seja a mesma e como tal, o lugar e o conteúdo das finanças nestas a
ser diferente.
A função financeira faz parte da função administrativa no sentido mais lato, por
oposição as funções industrial, comercial e social.
O grau da dissociação da função administrativa e financeira depende da dimensão da
empresa. Inclui-se nesta função todas as actividades que não dependem das outras
funções.
Encontramos não só a função financeira, mas também o tratamento da informação, a
administração geral e o controle de Gestão. São normalmente as actividades
representativas desta função , as seguintes:
-Financeiras- analise financeira, plano financeiro, operações financeiras, tesouraria,
panificação.
-Tratamento da informação- contabilidade analítica, controle de gestão, informática,
etc.
Para obter dinheiro necessário, a empresa vende pedaços de papel chamados activos
financeiros ou títulos.
Esses pedaços de papel tem valor porque representam direitos sobre os activos reais
da empresa e as disponibilidades originadas por eles.
Por exemplo, se a empresa pedir um empréstimo ao banco, este fica na posse de um
activo financeiro que lhe dá direito a uma serie de pagamentos de juros e ao
reembolso do capital emprestado. Os activos reais da empresa tem de produzir
disponibilidades suficientes para fazer face a estes pagamentos. Os activos financeiros
incluem, para além dos empréstimos bancários, as acções, as obrigações, os encargos
decorrentes de locação financeira.
Os objectivos da Empresa
Empresa individual
Desvantagens ou limitações
Existem 3 desvantagens a destacar:
- É difícil obter grandes somas de capital,
- O proprietário tem um passivo pessoal ilimitado para as divididas da empresa,
que podem resultar em perdas que ultrapassam o valor investido na empresa e
- A vida de uma empresa como indivíduo é limitada a pessoa que a criou. Por
essas três razões, as empresas individuais são restritas primordialmente a
pequenas operações empresariais. Contudo, empresas são frequentemente
iniciadas dessa forma e depois transformadas em sociedades anónimas quando
seu crescimento faz com que as desvantagens de ser individual superam as
vantagens.
Contudo, no mundo 75% de todas as empresas são de firma individual. A firma
individual é um pequeno negócio. O proprietário, juntamente com alguns
empregados, opera o negócio. Ele ou ela normalmente conseguem capital recursos
pessoais ou através de empréstimos e são responsáveis por todas as decisões de
negócios.
Sociedade anónima é uma entidade legal criada por um estado, com separação e
distinção entre seus donos e administradores, com vida ilimitada, fácil
transferencia de propriedade e passivo ilimitado.
Vantagens
As separações conferem 3 grandes vantagens:
- Vida ilimitada pode ser continuada depois que seu proprietários e
administradores falecerem.
- Fácil transferência de direito de propriedade
- Passivo ilimitado.
Responsabilidade Social
A Questão da Agência
Nos sabemos que a meta do gestor financeiro é de maximizar a riqueza dos
proprietários da empresa. Portanto, a alta administração pode ser vista como um
agente dos proprietários que a contrataram e lhe deram a autoridade de tomada de
decisão para administrar a empresa.
Tecnicamente, qualquer administrador que é proprietário de menos de 100% da
empresa é, em algum grau, um agente dos proprietários.
Na teoria, a maioria dos administradores financeiros concordam com a meta de
maximização da riqueza dos proprietários. Na prática, no entanto, os
administradores estão também preocupados com a sua riqueza pessoal,
estabilidade no emprego, assim como com benefícios supérfluos, tais como ter
escritórios, tais como ter escritórios e carros de luxo, ser sócio de clubes de laser,
andar em limusines, tudo á custa da empresa. Tais preocupações podem tornar os
administradores relutantes ou sem vontade de correr mais do que um risco
moderado, se eles percebem que isso pode resultar na perda de seu emprego e
causar prejuízo á sua riqueza pessoal. O resultado é um rendimento abaixo de seu
potencial máximo, assim como uma perda potencial de riqueza dos seus
proprietários.
Problema de agência
A partir desse conflito da propriedade e das metas pessoais, surge o problema de
agência que é a probabilidade de que administradores possam colocar metas
pessoais á frente de metas da sociedade anónima.
Os problemas da agência podem ser prevenidos ou minimizados com recursos a
dois factores:
Forças do mercado;
Custos de agência.
Forças do Mercado
Uma força de mercado é formada pelos principais accionistas, particularmente
grandes investimentos institucionais, tais como fundos mútuos, companhias de seguro
e fundos de pensão. Esses portadores de grandes blocos de acções da empresa
começaram em anos recentes a exercer pressão sobre a performance da alta
administração. Quando necessário, eles exercitam seu direito de voto como
accionistas para substituir os administrações de baixa performance.
Outra força de mercado é a aquisição hostil do controle accionaria por outra empresa
que acredite que possa aumentar o valor da empresa através de uma reorganização das
operações de gerenciamento e financiamento. A constante ameaça de tomada do
controle accionaria tende a motivar a administração a agir no melhor interesse dos
proprietários da empresa, ao tentar maximizar o valor da acção.
Custos de agência.
Para minimizar problemas da agência e contribuir para a maximização da riqueza dos
proprietários, os accionistas incorrem em custos de agência. Esses são custos de
monitoramento do comportamento da administração, assegurando contra actos
desonestos da administração e dando aos administradores o incentivo financeiro para
maximizar o valor da acção. A abordagem mais popular, poderosa e cara é estruturar a
forma de remuneração da alta administração para corresponder á maximização do
valor da acção. O objectivo é dar nos administradores incentivos para agir de acordo
com o melhor interesse dos proprietários. Os planos de incentivos mais popular são o
de dar opções de compra de acções para a administração. Essas opções permitem aos
administradores que comprem acções a um preço de mercado estabelecido. Se o
mercado subsequentemente aumenta, os administradores serão recompensados ao
poderem revender suas acções a um valor de mercado mais alto. Mais empresas estão
também oferecendo planos de performance, que vinculam a remuneração da
administração a medidas como lucro por acção (LPA), crescimento em LPA, ou
outras taxas de resultados. O uso de planos de incentivos ou performance
aparentemente motivam os administradores a operarem de uma forma coerente com a
maximização do valor da acção. Adicionalmente, pacotes de remuneração bem
estruturados permitem ás empresas contratarem os melhores administradores
possíveis.
Em suma: Problema de agência é a probabilidade de que administradores possam
colocar metas pessoais á frente de metas da sociedade anónima.
Custo de agência é o custo incorrido pelos accionistas para minimizar problemas da
agência.
Opções de compra de acções é um incentivo que permite á administração comprar
acções ao preço de mercado ajustado no momento da sua concessão.
A inexistência de uma adequada gestão financeira pelas empresas provoca uma série
problemas de análise, planeamento e controle financeiro das suas actividades operacionais,
entre os quais citamos:
1. Não ter as informações corretas sobre saldo de caixa, valor dos estoques das mercadorias,
valor das contas a receber, valor das contas a pagar, volume das despesas fixas ou financeiras,
etc. Isso ocorre porque não há o registro adequado das transações realizadas.
2. Não saber se a empresa está ou não tendo lucro em suas atividades operacionais, em razão
da não elaboração de demonstrativo de resultados.
3. Não calcular corretamente o preço de venda dos produtos, pelo desconhecimento dos
custos e das despesas.
5. Não saber o valor patrimonial da empresa, o que ocorre quando não é feito um balanço
patrimonial.
6. Não saber quanto os sócios retiram de pró-labore porque não existe um valor fixo para a
remuneração deles.
7. Não conhecer corretamente o custo das mercadorias vendidas porque não há um registro
adequado de estoque.
8. Não saber corretamente o valor das despesas fixas da companhia, porque as despesas
pessoais dos sócios e as da própria empresa não são calculadas separadamente.
9. Não saber administrar corretamente o capital de giro, pelo desconhecimento do ciclo
financeiro das operações.
10. Não fazer análise e planejamento financeiro porque não existe um sistema de informações
gerenciais (fluxo de caixa, demonstrativo de resultados e balanço patrimonial)
AULA PRATICA nº 1