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SEBENTA ENFERMAGEM V:
PROCESSOS DE SAÚDE – DOENÇA
MENTAL
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Jéssica Pereira (15ºCLE), Ana Beatriz Marques e Beatriz Santos (16ºCLE)
Matéria Professor Lino Ramos
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Jéssica Pereira (15ºCLE), Ana Beatriz Marques e Beatriz Santos (16ºCLE)
Matéria Professor Lino Ramos
• Os determinantes em Saúde Mental são uma das grandes preocupações da OMS tendo em
conta que as doenças mentais estão a aumentar significativamente no mundo e,
concretamente, em Portugal;
o Aumento do consumo de substâncias;
o Regresso à equipa de tratamento;
o Aumento da pobreza;
o Aumento do número e suspensão/recusa medicamentosa;
• A Saúde Mental deve ser encarada como uma dimensão importante e imprescindivel do
cuidado às pessoas e comunidade;
• Segundo o Relatório Mundial da Saúde, os fatores psicológicos, nomeadamente a relação de
afeto estabelecida com os cuidadores durante a infância e a necessidade de fazer face a
eventos stressantes, podem ser preditores de desequilíbrio mental;
• A pobreza, a dependência de uma economia baseada no dinheiro, altos níveis de violência,
reduzido apoio social, a migração, que resulta frequentemente em altos índices de
desemprego, os conflitos, as guerras e inquietação social são também para a OMS fatores
sociais altamente associados a taxas elevadas de problemas de Saúde Mental.
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2.4. Doenças físicas graves:
• A presença de doenças físicas graves afeta a saúde mental das pessoas assim como a de
toda a família;
• Nomeadamente: doenças oncológicas, HIV/SIDA;
• No caso do HIV/SIDA as consequências desta epidemia para a saúde mental são
consideráveis: consequências psicológicas, estigma, discriminação, morte prematura.
3. Arte-Terapia
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o Crises emocionais resultantes de separação, divorcio, luto e mudança
profissional.
Conceito de família:
• Critérios de família:
o A aliança e a filiação;
o Estrutura patriarcal;
o Famílias monoparentais;
o Indivíduos sós ou casais de homossexuais;
Funções da família:
• Reprodução da espécie;
• Socialização;
• Afeto.
A família:
• A família como um conjunto de pessoas, frequentemente mas não necessariamente
relacionadas pelo sangue ou casamento.
Subsistemas familiares:
• Temporários – desempenho de um projeto comum – herança;
• Fixos:
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o Subsistema conjugaça;
o Subsistema parental;
o Subsistema fraternal (fraternais).
• As questões podem ser agrupadas de acordo com a sua formulação, intenção e conteúdo.
De acordo com as respostas que sugerem, são qualificados em:
o Questões abertas, fechadas, diretas e indiretas e desadequadas.
Existem princípios que devem estar presentes quando se utiliza a técnica das
questões numa entrevista, são exemplo:
• Utilizar vocabulário compreensível, formular claramente as questões;
• Apos colocar a questão esperar pela resposta;
• Colocar a questão a partir do que diz e não diz o cliente.
Aspeto Alterações
Humor e Discurso e formais do Insight e
Atitude e Cognição
Emoção Linguagem pensamento e Juízo Crítico
Atividade da perceção
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o Aspeto adequado, atitude de pedido de ajuda, atividade de uma certa
hiperatividade;
o Na atividade a descrição da atividade motora em conjunto com a postura e a
posição fornece uma imagem visual do utente;
o A atitude: colaborante, hostil, desconfiado, etc;
o Acatisia, agitação, agressividade, apatia, comportamento desinibido, viscosidade,
tremores, hiperatividade;
• Cognição;
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o O Insight e Juízo Crítico estão interligados, o que requer uma capacidade de
distanciamento de si mesmo para se avaliar de forma crítica e perceber a
implicação dos seus comportamentos.
▪ Insight é a perceção que eu tenho sobre o que é o meu limite;
é a perceção de mim com a relação que tenho com o outro;
▪ Juízo Crítico é minha própria consciência.
Teoria da Crise:
• Acontecimento súbito que altera a rotina;
• Um estado no qual o corpo não está em homeostase;
• A pessoa pode perder o controlo dos sentimentos e pensamentos, experienciando assim um
estado extremo de agitação emocional;
• É toda a situação de mudança a nível biológico e social que exige da pessoa ou do grupo um
esforço suplementar para manter o equilíbrio e superar obstáculos;
• Pode advir de acontecimentos de perda ou stress que a pessoa não consegue gerir. Pode
também ser ineficaz no reconhecimento de recursos internos e externos;
• Exemplos de situações de crise: divórcio, morte, nascimento de uma criança com deficiência,
intervenção cirúrgica, … ;
• Na crise, a integridade da pessoa e harmonia da sua vida está ameaçada, por isso, o individuo
tem oportunidade de:
o Crescer/ Aprender;
o Ficar vulnerável a um distúrbio Mental
• Gravidez, puberdade e menopausa - crises de desenvolvimento.
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Fases da Crise:
• Pré-crise: a pessoa sente-se bem;
• Impacto: a pessoa sente ansiedade e confusão; Pode apresentar dificuldade em organizar a
sua vida pessoal; A pessoa pode tomar consciência que se sente sob stress mas pode
minimizar a gravidade;
• Crise: a pessoa nega que o problema está fora do controlo; Suspende ou racionaliza os
comportamentos de stress. Utiliza, frequentemente, o mecanismo de defesa de projeção. Isto
pode prolongar-se por um período variável de tempo;
• Adaptação: a crise é encarada de forma positiva; A ansiedade diminui; A pessoa tenta
reconstruir a auto-estima e é capaz de iniciar, de novo a socialização; A pessoa é capaz de
resolver positivamente alguns problemas (esta fase só acontece com ajuda);
• Pós-crise: observa-se modos de funcionamento positivos e negativos. A pessoa pode ter
desenvolvido um modo mas positivo e eficaz de adaptação ao stress; Pode demonstrar uma
adaptação ineficaz (ser crítico, hostil, deprimido ou utilizar a comida ou substâncias químicas
(álcool) para lidar com o que aconteceu.
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o Adaptação ao stress de forma mais positiva do que antes da crise (dar
ferramentas a pessoa para lidar com uma situação de crise que possa vir a
acontecer).
História:
O Sr. Manuel tem cerca de 30 anos, recorre à Unidade de Saúde referindo ter um aspirador
“colado” à face, objeto esse que é a forma de travar os seres de comerem os seus olhos. Têm
filmagens de bichos a circularem pelo seu corpo, apresentando varias feridas pelo mesmo. Não
se alimenta pelo facto de dizer que lhe querem mal. Alucinações
• Jovem, internado no Serviço de Psiquiatria, encontrado na rua com comportamentos bizarros
(suspeita de consumo de drogas);
• Como abordar esta pessoa:
o Não vemos as alucinações do utente;
o Dizemos que não vemos mas que queremos compreender e ajudar;
o Não elaborar sobre a alucinação/delírio;
o Estratégias para falar sobre o desconforto da pessoa;
o Abordagem deve ser agradável para nós, que abordamos (ex: pessoas que nos
vêm dar beijos, e não nos sentimos confortáveis com isso);
o “Gostaria de o conhecer um pouco melhor”.
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• Responsabilidade Paternal:
o Imposição de limites;
o Amor/ medo;
o Aprovação/ reprovação;
o Responsabilidade/ abandono da função paternal.
• Momentos de crise:
• Dificuldade em lidar com alguns sentimentos;
• Sentimentos de insegurança da função paternal.
► SÍNTESE:
o Promover a aproximação profissionais com as pessoas e a família sempre que
possível;
o Aproximação é relevante e deve ser motivada tendo em vista a promoção da
saúde mental;
o Favorecer as transformações na forma de família lidar com o seu doente;
o Romper com a exclusão.
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► Psiquiatria de Ligação
- Anos 30 nos Estados Unidos da América
- Hospitais Gerais
- PREMISSAS:
- Medicina (Re)enfoca prevenção;
- Psiquiatria (Re)aproxima-se da medicina (Psicossomatica)
• Área da Psiquiatria que se ocupa do diagnostico, tratamento, estudo e prevenção
da morbilidade psiquiátrica em pessoas “fisicamente” doentes e com perturbações
somatoformes, bem como os fatores psicológicos que afetam as condições
físicas.
• Função: Consultoria
- Apoio dado a um enfermeiro (ou outro técnico) responsável por utente com:
- Problemas psicológicos prévios;
- Resultantes do atual internamento;
- Consequência adaptação a doença ou ao tratamento.
- Pretende alterar o comportamento do utente efetuando uma mudança no
comportamento do enfermeiro relativamente ao mesmo.
Indicações:
- Problema do utente clara e facilmente formulado;
- Validação e apoio ao plano assistencial do enfermeiro consultante;
- Consultante com competências para intervir e ansiedade não o limita;
- Consultante motivado para continuar a intervenção;
- Consultante não resiste à implementação plano de intervenção com
provável sucesso;
- Consultante dependente intervenção direta consultor;
- Problema centrado no consultante;
- Intervenção direta consultor “mal-vista” pelo consultante.
• Função: Clínica
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- Intervenções na crise:
- Desenvolver estratégias adaptativas do utente que lhe permitam gerir a crise
(presente ou potencial) motivada pelo internamento, tratamento ou curso da doença
- Indicações:
- Consultante apresenta problema pouco claro ou muito complexo;
- Consultor “novo” que favorece entrada na equipa;
- Ansiedade elevada consultante impede cuidados diretos;
- Intervenção necessária complexa; além nível competências consultante;
- Consultante com atitude rígida e de resistência;
- Problema afim já apresentado pelo consultante sem resultados da consultoria;
- Problema interesse particular para consultor e consultante aceita bem
intervenção direta.
CONTUDO,
Enfermeiro consultor/ clínico mantem envolvido o enfermeiro consultante, que
proporciona a ambos elementos fundamentais de reflexão.
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8.1. Fatores predisponentes:
• Envelhecimento – degeneração acumulada do tecido cerebral está associada com o
envelhecimento;
• Neurobiológicos – a doença de Alzheimer é a causa mais comum de resposta cognitiva
desadaptada;
• Genéticos – as anormalidades genéticas também podem ser a causa de algumas demências.
Nota: estudos apontam que a cafeina é um fator protetor dos quadros demenciais, bilateralidade
(ex: abrir a porta com as mãos alternadamente).
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• Capacidade de adaptação a situações novas muito diminuída e ausente;
• Humor expansivo e incoerente;
• Delírios incoerentes e fantásticos, semelhantes aos das psicoses.
• Demências Irreversíveis:
o Primárias:
▪ Alzheimer;
o Secundárias:
▪ Multi-enfartes;
▪ Pós-traumática (traumatismos cranianos);
▪ HIV (fase terminal);
▪ Creuzfeld-Jakob (doença das vacas loucas);
▪ Demência Dialítica (nos insuficientes renais) falência multiorgânica
por dialise que não resulta;
▪ Esclerose Lateral Amiotrófica;
▪ Paralisia Progressivas;
▪ Acidente Vascular Cerebral;
▪ Epilepsia Mioclónica.
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8.4. Cuidados de Enfermagem a Pessoas com quadros demenciais:
• Perturbação da comunicação verbal relacionada com o estado demencial manifestado por
afasia:
o Objetivo:
▪ Que o doente comunique as suas necessidades básicas;
▪ Fazer perguntas diretas;
▪ Usar frases curtas;
▪ Dizer a palavra adequada quando o doente não for capaz de se recordar;
• Alterações sensopercetivas relacionadas com a agnosia (perda de capacidade para
reconhecer objetos):
o Objetivo:
▪ Que o doente fique menos frustrado quando for incapaz de se expressar
de forma correta;
▪ Usar frases lentas, claras e simples;
▪ Quando o doente interpretar mal os estímulos, dizer-lhe realmente o que
é;
▪ Usar a comunicação não-verbal (sorriso, abraços, agarrar a mão);
▪ Colocar os objetos necessários ao pé da sua mão;
▪ Estimulação: escrever, tocar, ver objetos – simbologia.
• Perturbação na interação doente/família relacionado com exaustão/incompreensão dos
comportamentos motivados pela demência manifestada por demissão da família no processo
de tratamento do doente:
o Objetivo:
▪ Que a família esteja presente e acompanhe o doente;
▪ Explicar à família as razoes da alteração do comportamento do doente;
▪ Ajudar a família a expressar os seus sentimentos;
▪ Identificar possíveis sinais/sintomas de estresse;
▪ Proporcionar períodos de repouso para a família;
▪ Dar conhecimento à família dos recursos existentes na comunidade;
▪ Estabelecer uma relação de ajuda e colaboração com a família.
• Alterações do padrão do sono:
o Objetivo:
▪ Que o doente tenha um padrão de sono regular;
▪ Proporcionar um ambiente calmo e tranquilo;
▪ Minimizar os períodos de sono diurno;
▪ Usar técnicas de relaxamento;
▪ Alimentos com elevado teor de proteínas induzem o sono. Alimentos que
contém L-triptofeno (um aminoácido) (leite, queijo curado, atum, frango,
peru e caju) são hipnóticos naturais que facilitam o sono.
• Alterações dos processos de pensamento relacionado com a falta de orientação para a
realidade:
o Objetivo:
▪ Que o doente tenha períodos de orientação para a realidade;
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▪ Usar o nome pelo qual o doente gosta de ser tratado;
▪ Permitir que a família permaneça junto do doente;
▪ Proporcionar elementos que permitam a orientação para a realidade (TV;
radio; calendário; relógio; etc);
▪ Evitar argumentos intimidativos;
▪ Elaborar uma lista de atividade a realizar durante o dia;
▪ Dar sinais de ajuda ao doente recordando-lhe o que é real.
• Risco potencial de violência dirigida contra si mesmo ou contra outros:
o Objetivo:
▪ Que o doente e a família permaneçam seguros;
▪ Responder com tranquilidade ao doente;
▪ Eliminar objetos que estejam perto do doente e que possam constituir um
dano;
▪ Identificar o fator precipitante;
▪ Retirar o doente para um local mais tranquilo, se necessário.
• Alteração no autocuidado relacionado com a deteriorização do estado mental:
o Objetivo:
▪ Que o doente realize as suas atividades de vida diária;
▪ Fomentar a realização de cuidados de higiene e conforto adequado;
▪ Manter as rotinas em termos de cuidados de higiene;
▪ Fomentar a tomada de decisão em relação ao vestuário do doente;
▪ Colaborar com o doente na realização da sua higiene, se necessário;
▪ Dar reforços positivos pelos ganhos conseguidos pelo doente.
• Perturbações somatiformes são estados em que ocorrem sintomas físicos sem causas
orgânicas definidas;
• Uma vez que estes indivíduos não controlam os sintomas, considerasse que estes têm origem
num qualquer mecanismo inconsciente.
Teoria psicanalítica:
• Tem origem em mecanismos inconscientes que se desenvolvem com o intuito de negar, de
reprimir e de deslocar a ansiedade;
• Pessoas que apresentam perturbações somatiformes são geralmente pessoas
“dependentes”, emocionalmente carentes, frustradas, etc…;
Tipos:
1. Perturbações de conversão é o mecanismo que converte a ansiedade em sintoma físico.
A paralisia e a cegueira são dois exemplos comuns desta perturbação, estando estes
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fatores relacionados com a negação de algo que sucedeu. Este tipo de simulação permite
à pessoa evitar sensações desagradáveis;
2. Hipocondria manifestam preocupação em “ficar doente” independentemente da doença;
a. Sentem muito medo de ficar gravemente doentes;
b. Existe uma obsessão pela ideia de ficarem muito doentes sem possibilidade de
cura;
c. Preocupam-se por não serem levados a serio, e por isso, sentem que os
profissionais de saúde não fazem uma avaliação correta do seu estado de saúde.
3. Dismorfofobia/Perturbação dimórfica corporal ocorrem geralmente desde a
adolescência até aos 30 anos.
a. Os sintomas incluem a preocupação excessiva com um defeito imaginado da
aparência física (normalmente facial) e comportamentos obsessivos e/ou
compulsivos.
4. Perturbação da Somatização
a. Os indivíduos com perturbações da somatização são frequentemente operados
sem necessidade com o objetivo de remover uma possível causa fisiológica da
doença;
b. Os sintomas mais frequentes incluem: ansiedade, distúrbio emocional, alteração
constante da localização da dor, depressão e ideação suicida.
Distúrbios Psicossomáticos:
• Avaliação dos problemas físicos do doente:
o Na entrevista inicial rever os problemas físicos, sintomas que antecederam a atual
situação de doença;
o Não menosprezar os sintomas descritos pelo doente nem aumentar a sua
importância;
o Não tecer juízos de valor;
o Lembre-se que os problemas de que o doente se queixa são fisicamente reais
para ele.
Notas: é importante estar atento a estas manifestações e delinear estratégias de ajuda; Estar
presente e não deixar a pessoa.
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• Agitação e tremores, sudorese, boca seca, palpitações, sensação de “aperto” no peito,
vertigens e tonturas, náuseas, obstipação intestinal ou diarreia, dor de cabeça, sensação de
“bola” na garganta
Notas: Não desvalorizar a sintomatologia das pessoas; Aproximação, abraço e estar junto pode
facilitar. É reconfortante
Diagnósticos:
• Negação Presente (relacionada com acontecimentos anteriores da sua vida);
• Ansiedade Presente;
• Auto Controlo Comprometido;
• Comunicação Comprometida;
• Auto Estima Diminuída
• A neurose obsessiva toma a forma seguinte: a mente do paciente está ocupada com
pensamentos que realmente não lhe interessam, sente impulsos que parecem alheios a si
próprio e é impelido a executar atos, que não só não lhe trazem algum prazer, como ainda o
fazem sentir importante para resistir à sua concretização (Freud, 1917). Concretizar o
pensamento que tem, alivia a tensão;
• Os pensamentos (obsessões) podem ser desprovados de sentido em si próprios ou sem
qualquer interesse para o doente, com frequência são absolutamente disparatados (Freud,
1917);
• Obsessões ou compulsões recorrentes e suficientemente graves para consumirem tempo ou
causar sofrimento acentuado à pessoa – não devem ser desvalorizados;
• As pessoas com TOC sabem que as suas “manias”, obsessões ou compulsões são
excessivas ou irracionais;
• Uma pessoa neurótica sente tudo o que uma pessoa normal sente no seu dia-a-dia, mas
sempre exageradamente;
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• Em geral, uma pessoa neurótica sabe do seu problema, sofre com isso mas sente-se incapaz
de soluciona-lo.
Obsessões: Ideias, pensamentos, ruminações, que emergem com carater irresistível, na mente
da pessoa e são consideradas como indesejáveis despropositadas ou desprovidas de sentido.
Incapacidade em aceitar, respeitar, tolerar, ideias ou opiniões diferentes das
nossas pode nos levar a pensamentos obsessivo-compulsivos.
Compulsões: atos que derivam das obsessões, constituindo procedimentos rituais cuja execução,
embora imperativa e irresistível, tem como efeito aliviar a ansiedade da pessoa.
Doença emocionalmente grave – as ideias imperativas controlam tanto a pessoa que tornam-se
num escravo da sua preocupação mórbida e quase não consegue desemprenhar as suas
atividades sociais ou profissionais normais.
Comportamento obsessivo:
• Pensamentos obsessivos;
• Comportamento compulsivo/ritualista (lavar as mãos repetidamente, por exemplo);
• Insónias;
• Dificuldades na alimentação;
• Ambivalência;
• Perturbações da vida profissional;
• Automutilação;
• Agressividade;
• Ansiedade;
• Obsessão pela limpeza e arrumação;
• Rigidez muito elevada;
• Sentimentos de culpa;
• Medos;
• Ruminações;
• Diminuição da autoestima: desvalorização de mim próprio, do que eu sou e do meu valor.
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• Assegurar a satisfação das necessidades de nutrição e hidratação;
• Favorecer a autonomia nas atividades de vida diária e o cumprimento das mesmas
Promover a capacitação da tomada de decisão e autonomia para tal;
• Eliminar a agressividade e automutilação.
Cuidados de enfermagem:
• Diminuir a ansiedade:
o Falar sobre os comportamentos compulsivos;
o Estimulo à partilha verbal de preocupações, ansiedade, medos, etc;
o Estimulo à partilha de sentimentos são formas diversas (verbalmente, choro,
atividades físicas, etc);
o Quando a pessoa tem medos delirantes;
o Conversar sobre outros temas;
o Tempos específicos para enfoque dos pensamentos e rituais obsessivos –
diminuição gradual;
• Diminuir ou eliminar as obsessões;
• Diminuir ou eliminar o comportamento compulsivo;
• Diminuir a ambivalência:
o Aumento da relação de confiança;
o Aumento da expressão de sentimentos;
o Partilha de pensamentos e comportamentos e os sentimentos a respeito das
mesmas;
o Outros métodos para lidar com a ansiedade – diminuição gradual dos
comportamentos compulsivos.
• Apoio verbal para a sua intenção de diminuição dos rituais – registos de frequência;
• Conversas adequadas sobre ambivalência, rigidez, frustração, etc;
• Aumentar a autoestima:
o Demonstrações sinceras de interesse e precaução pela pessoa (a falta de
sinceridade pode ser uma fonte de humilhação);
o Estimulo para participação em atividades e interações – que realiza com
facilidade e que sejam fontes de prazer (ex: ler, andar ao ar livre,…);
• Satisfazer as necessidades de nutrição, hidratação e sono:
o Conhecimento dos hábitos e observação dos comportamentos face a esta
atividades;
o Observação e registo dos padrões de sono – preparação para a hora de dormir
(ex: diminuição de estímulos), pode necessitar iniciar a rotina + cedo que os outros
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ou necessitar de uma orientação, para que volte às atividades normais.
Necessitam de orientação para que volte às atividades normais, o
enfermeiro tem de estar atento a estas noções.
• Diminuir ou eliminar a automutilação e agressividade:
o Tratamento das lesões existentes (mãos ou olhos);
o Medidas de proteção;
o Substituição de comportamentos (mesmo que sejam ritualistas – mas que não
sejam perigosos. Ex: arranhão, rasgar pele).
Anorexia e Bulimia:
• Duas doenças suportadas pela amargura e alimentadas pelo desejo de uma silhueta perfeita;
• Há uma forte tendência social e cultural em considerar a magreza como uma situação ideal
de aceitação e êxito;
• Muitos adultos, em busca desse ideal, desenvolvem transtornos alimentares como Bulimia e
Anorexia;
• Podem se manifestar na:
o Infância – “apavoramento diante da comida”;
o Adolescência – “ideal de beleza”;
Os transtornos nestas fases de vida são diferentes. São mais frequentes na adolescência
do que na infância. A bulimia é mais frequente do que a anorexia. Atingem mais as
mulheres.
• Apesar de desconhecida, sabe-se que a etiologia dos transtornos alimentares traz em sua
gênese uma associação de fatores sociais, psicológicos e biológicos;
• Estudos ingleses concluem que, a multiplicação dos casos de anorexia precoce seria em parte
semelhante aos encontrados em adolescentes e adultos jovens, ou seja, ligado a pressão
social e a imagens idealizadas de manequins e celebridades;
• Os transtornos alimentares são complicados e tristes;
• O que pode estar pro trás dos transtornos:
o Distorções percetivas: “sou gorda”;
o Obsessões: “o que vão pensar de mim?”; “não posso comer”; “não estou magra
o suficiente”;
o Desequilíbrio emocional:
▪ Ansiedade;
▪ Depressão;
o Tendências suicidas;
• É necessário a nossa sociedade repensar um novo conceito de beleza.
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Anorexia:
• Alteração da perceção do corpo (“estou obesa”);
• Medo de ganhar peso (“não posso! Só vou comer uma maçã hoje”);
• Desnutrição;
• Insónia;
• Amenorreia;
• Purgativa: se alimenta, mas depois vomita ou usa laxantes;
• Restritiva: longo período sem alimentação ou se alimentando muito pouco;
Bulimia:
• Compulsão alimentar seguida de episódios de indução de vómito, uso de laxantes ou de
práticas semelhantes.
O processo de recuperação:
• O enfermeiro, tal como os restantes profissionais, podem ajudar de várias formas, inclusive de
acordo com a teoria em que se baseiam para lidar com o cliente;
• O tratamento, contudo, está basicamente centrado em redução alimentar, orientação para
prática de atividade física adequada, abordagem do distúrbio da auto imagem e da auto estima
e modificando o sistema de crenças;
• Este processo envolve, não só a criança ou adolescente, mas também toda a família com a
qual se busca construir uma referência de apoio, desfazer crenças sobre a imagem de si e
reconstrução do ato de se alimentar;
• Muitas vezes é a mudança de uma caraterística familiar que irá suceder na melhora da criança
com transtornos alimentares. A terapia familiar, como outros espaços, pode ser importante para
pensar sobre isso, implicando pais, filhos e outros familiares da melhor maneira para a melhora
da pessoa/cliente;
Em suma, é um processo que tem repercussões biológicas, sociais, é uma situação que é
transversal. Tem implicações na família e envolve reconstrução. Sensibilização é
importante para quebrar estigmas e crenças.
Bulimia Nervosa:
• Perturbação do comportamento alimentar caraterizada por ingestão compulsiva de alimentos
(consumo descontrolado, rápido, escondido e fora das refeições) e utilização de métodos
compensatórios inapropriados para impedir o aumento de peso (vomitar, laxantes, diuréticos);
• Mais frequente no sexo feminino, na faixa etária do final da adolescência;
• Critérios:
o Episódios recorrentes de ingestão alimentar compulsiva caraterizados por: comer
num curto período de tempo (por exemplo até 2h), uma grande quantidade de
comida, muito superior à que a maioria das pessoas normais comeria naquela
situação;
o Sensação de perda de controlo sobre o ato de comer durante o episódio
(sentimento de incapacidade de para ou controlar a quantidade e qualidade dos
alimentos);
o Comportamento compensatório inapropriado recorrente para impedir o ganho
ponderal: vómitos, laxantes, diuréticos, enemas ou outros medicamentos, jejum e
exercício físico excessivo;
o A ingestão compulsiva de alimentos e os comportamentos compensatórios
inapropriados ocorre, pelo menos 2 vezes por semana em 3 meses consecutivos;
o A autoavaliação está associada ao peso e formas corporais.
Descontrolo alimentar, fora de horas, com a ocorrência de episódios exacerbados e
sobre o ato de comer.
• Caraterísticas:
o Peso normal ou ligeiramente acima da média para a altura e idade;
o Sintomas depressivos: depressão do humor, isolamento social, baixa auto estima,
ideias de suicídio;
o Sintomas de ansiedade: fobia social e outros sintomas ansiosos;
o Comportamentos impulsivos como cleptomania, promiscuidade sexual, uso de
substancia aditivas como álcool e estimulantes (iniciados na tentativa de controlar
o apetite e o peso);
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o A autoavaliação da pessoa é excessivamente influenciada pela sua imagem da
forma e peso corporal;
o Desequilíbrio hidroeletrolitico, irregularidades menstruais ou amenorreia,
problemas dentários, ulceras de erosão no dorso das mãos, dependência de
laxantes.
Problemas ligados à baixa autoestima e isolamento social, comportamentos impulsivos,
de distorção da imagem e complexo com o peso corporal.
Anorexia Nervosa:
• Perturbação do comportamento alimentar caraterizada por extrema perda de peso induzida
e mantida pela pessoa; medo intenso de engordar e imagem corporal distorcida;
• É mais frequente no sexo feminino na faixa etária dos 13 aos 18 anos de idade, nos países
industrializados;
• Critérios:
o Recusa em manter um peso corporal minimamente normal para a idade e altura
(perda de 15% de peso em relação ao esperado ou fracasso no ganho ponderal
justificado para o período de crescimento);
o Medo intenso de ganhar peso ou ficar gordo, mesmo quando excessivamente
magro.
• Caraterísticas:
o Sintomas depressivos: depressão do humor, isolamento/fobia social
(preocupações com o comer em público), irritabilidade, insónia, desinteresse
sexual, restrição da expressão emocional, crises de choro, ideias de suicídio;
o Sintomas obsessivo-compulsivos relacionados ou não com a comida (coleções
de receitas, contagem de calorias ingeridas diariamente);
o Forte necessidade de controlar tudo à sua volta, pensamento inflexível;
o Amenorreia, emaciação (emagrecimento extremo), obstipação, dor abdominal,
hipotensão, hipotermia, pele seca (prega cutânea), cabelo fraco e quebradiço,
lanugo (penugem tipo fetal que cobre a face, braços e tronco), atrofia muscular,
hipertrofia das glândulas salivares, desequilíbrio hidroeletrolitico, osteoporose,
problemas dentários, ulceras de erosão no dorso das mãos.
Cuidados de Enfermagem:
• Nível comunitário:
o Identificação precoce de situações;
o Esclarecimento sobre dietas e ensino sobre hábitos alimentares;
o Apoio à pessoa e família nas situações encaminhadas ou em fase de
recuperação.
• Nível de internamento hospitalar:
o Os objetivos a curto prazo focalizam-se na restauração da situação nutricional
adequada, a longo prazo as intervenções orientam-se para o estabelecimento
de mecanismos mais eficazes e saudáveis. Importante ter uma relação empática
e de confiança;
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o Acolhimento personalizado: história de enfermagem detalhada (focar no
quotidiano e acontecimentos extraordinários e menos nos sinais e sintomas,
ganhando a confiança da pessoa, Realizar uma entrevista flexível, pois a rigidez
afeta o seu comportamento, é faseada);
o Estabelecimento e manutenção de boa relação interpessoal, criando relação
empática e de confiança (procuramos desviar os pensamentos da obsessão e
canalizar as energias para outras áreas). O estabelecimento desta relação faz-
nos ganhar recursos para conseguirmos cuidar da pessoa. A escuta é muito
importante – ouvir, mais do que falar;
o Explicação e manutenção do cumprimento de ambas as partes no contrato
terapêutico (peso, alimentação, telefonemas e saídas) – estabelecimento de
regras e limites;
o Observação e avaliação do comportamento da pessoa nos aspetos de: atividade,
sono e repouso, sinais vitais, alimentação (vómito), terapêutica (laxante);
o Esclarecer o não envolvimento com familiares, visitas nos primeiros dias (pressão
no sentido da alta, não necessidade de tratamento, dependência maternal). Os
familiares podem ser informados de como a pessoa está;
o Prevenção da manipulação dos elementos da equipa pela pessoa: limites,
ingestão de alimentos, privilégios (tentativas de aliciação);
o Aumento da auto-estima, apoiando e recompensando, mobilizando as habilidade
e potencialidades da pessoa (negociar privilégios) - elogiando;
o Diminuição da relação alimentação/ansiedade (fator de stress):
▪ Anorexia: apresentação e quantidade de comida (tem 4 alimentos, tem
de escolher 2);
▪ Bulimia – horas das refeições;
o Identificação dos ganhos primários e/ou secundários que o sintoma físico traz à
pessoa, tais como: amento da dependência, aumento da atenção (centrar naquilo
que é positivo);
o Desvalorização das dificuldades, encorajando as pessoas a ser autónomas;
o Intervenção limitada a solicitações;
o Não julgamentos;
o Sucesso e reforço positivo para aumento de auto-estima;
o Criação de espaços para a abertura ao diálogo;
o Estabelecimento de hábitos dietéticos;
o Preparação para a alta.
Aposta na sensibilização em escolas secundárias, para explorar estas situações que são
consideravelmente importantes.
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maneira de manter o peso baixo. Confessa que esconde a comida no quarto e como quando se
sente ansiosa e deprimida: batatas fritas, usando laxantes e diuréticos. Refere ainda que depois
de consumir sente pânico, e para aliviar, induz o vómito fazendo com que se sinta menos cheia
mas também ao mesmo tempo deprimida, o que a ajuda é a comida e sente que não tem controlo
sobre a sua vida.
• Curto prazo: Criar relação de confiança e empatia
o Demonstrar disponibilidade;
o “Estar com…”;
o Escutar ativamente;
• Elevar a auto-estima;
• Restaurar a situação nutricional da Maria:
o Colocação de soro;
• Numa fase tardia, tentar fazer com que a Maria perceba a razão por que vomita e toma
laxante;
• Estimular o seu relato escrito da vivência;
• Perceber porque se sente sozinha na universidade.
Personalidade:
• É um conjunto de caraterísticas psicológicas que determinam os padrões de pensar, sentir e
agir, ou seja, a individualidade pessoal e social de alguém;
• Inclui fatores bio-psico-socio-culturais, tendências inatas e experiencias adquiridas no curso
de sua existência;
• A formação da personalidade é processo gradual, complexo e único a cada indivíduo.
Transtorno de personalidade:
• Conceito:
o Padrões mal adaptativos, globais e persistentes de comportamento
profundamente arraigados.
• Caraterística central:
o A presença de padrões de interação interpessoais vistos como mal ajustados
com relação ao comportamento geral.
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o Uso consistente do comportamento em questão;
o Nível mais exagerado do comportamento;
o Resulta em problemas sérios e prolongados de funcionamento ou de felicidade.
Elementos fundamentais:
• Geralmente surge na infância ou na adolescência e se torna estável ao longo da vida;
• Manifesta um conjunto de comportamentos e reações afetivas desarmónicas, envolvendo a
afetividade, controle dos impulsos e relacionamentos interpessoais;
• O comportamento não está relacionado a qualquer doença mental (aparece a posteriori);
• Traz dificuldades para o individuo e sua família;
• Não está relacionado a lesão cerebral.
Grupo A: Excêntricos
Transtorno de Personalidade Paranoide:
• Caraterística dominante:
o Suspeição injustificada e desconfiança das pessoas, que persiste mesmo em face
de fortes evidências de que não há justificativa ara as preocupações.
▪ Tem um carater desconfiado;
▪ Tendência a distorcer os factos;
▪ Conceção obstinada de seus próprios direitos.
Grupo B: Dramáticos/Emotivos/Instável
Transtorno de Personalidade Histriônico:
• Caraterísticas dominantes:
o Esses indivíduos são atraentes, charmosos e sexualmente sedutores, embora
recuem quando as coisas estão ficando serias;
o Interesse e medo de sexo;
o Gostam de ser o centro das atenções e agem de forma dramática para atrair essa
atenção;
o São emocionalmente superficiais;
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o Utilizam a aparência física para chamar a atenção para si;
o São dramáticos;
o São sugestionáveis (facilmente influenciado pelos outros e circunstâncias);
o Considera os relacionamentos mais íntimos do que na verdade são;
• Sintomas:
o Sentimentos de grandiosidade em relação a si próprio;
o Preocupação com fantasia de ilimitado sucesso;
o Crença de sempre se achar especial, só podendo se envolver com pessoas de
semelhante importância;
o Auto-admira-se excessivamente;
o Expetativa de receber um tratamento especial ou obediência;
o Tira vantagem alheia para alcançar seus próprios objetivos;
o Não consegue se colocar no lugar do outro
o Sente inveja ou acredita que é alvo de inveja;
o Comportamento arrogante ou insolente.
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o Dificuldade em expressar discordância dos outros (possui medo de perder a
aprovação e o apoio dos outros);
o Incapacidade de cuidar de si quando está só, pois sente-se desamparado.
Jaspers – Interpretação dos sintomas das doenças psiquiátricas com base na compreensão
das vivências do doente, a par dos fenómenos que se mostram incompreensíveis – Exemplo:
fenómenos incompreensíveis: apreensão, medo ao início, no entanto ao entrarmos na saúde
mental, o estigma esbate-se. É importante ter fatores protetores.
Doença mental – Modo especifico de existir de “Ser no Mundo”.
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Causas mais frequentes de recurso à urgência:
• Agitação;
• Ansiedade (estado de pânico – muitas vezes secundária a condições tóxicas e alterações
metabólicas do organismo);
• Suicídio/Tentativa de Suicídio;
• Psicose;
• Abuso de Substâncias;
• Crises histéricas;
• Crise de agitação psicomotora (tanto associada ao alcoolismo como de etiologia psicogénica
(psicofármacos, drogas) – crise de ansiedade, crise maníaca, esquizofrenia ou demência;
• Depressão (muito associada ao idoso – por via do isolamento, e mais grave ainda por
abandono);
• Doentes violentos (na maioria, não são doentes psiquiátricos).
O que as pessoas dizem que sentem, sentem mesmo!
Terapêutica:
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o Acatisia: Vontade incontrolável de movimentar-se e sensação interna de tensão,
que o individuo não consegue ficar imóvel. Principal causa de não adesão à
medicação
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CASOS CLÍNICOS
Quando lhe perguntaram o motivo do seu internamento, a mesma respondeu que “nunca tive uma saúde
muito boa, mesmo quando era criança estava sempre doente.”
Tem várias queixas, visão turva, dor lombar, dor nos pés, palpitações, menorreia, dores, náuseas, vómitos,
diarreia (acontecem de forma aleatória os sintomas). Sempre que está internada e lhe falam em ter alta
sente uma grande ansiedade e essa é a maior preocupação da Sra. pois temia sempre que lhe diziam isso.
A avaliação psicossocial revelou que a Sra. vivia com os pais. Ela era a mais jovem de três filhos, os seus
irmãos vivem longe da casa dos pais. Tem o nono ano de escolaridade e já trabalhou como escrituraria e
rececionista de uma loja, mas já foi despedida porque chegava atrasada. Está desempregada há 5 anos.
Ao ser questionada como passava o seu tempo disse que cuidava do jardim e fazia algumas coisas em
casa, passando a maior parte do tempo a ver tv.
Os pais da Dona Otília ficavam a maior parte do tempo com a filha no hospital. A mãe perguntou se podia
ficar a pernoitar no quarto da sua filha tendo ficado irritada quando lhe disseram que isso não era permitido
por esta já ser maior de idade.
Os exames realizados não revelaram qualquer base orgânica para as queixas que a Sra. apresentava…
Hipocondria – relação com sintomas físicos. É um bloqueio psicológico com sintomas físicos.
Todos os sintomas que a pessoa diz sentir, ela sente.
Sintomatologia física e psicológica. Mais frequente nas mulheres após os 20/30 anos.
Realiza-se exames médicos e a partir daqui é feito um diagnóstico médico. Existe
acompanhamento psicológico e psiquiátrico. Por norma é administrado ansiolíticos e
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trabalha-se com a pessoa a fim de a consciencializar a sua compreensão da doença. É
realizado psicoterapia.
Não havia evidencia de quaisquer processos fisiopatológicos que pudessem afetar os seus olhos.
A avaliação inicial revelou que ela havia presenciado o suicídio do seu pai com uma arma de fogo aos cinco
anos, embora afirmasse não ter recordação disso. A cerca de três semanas o seu namorado expressou a
intenção de se matar.
Durante a entrevista com a equipa de saúde do serviço a D. Rosa consegui ler todos os papeis que lhe
colocaram na sua frente.
Como por vezes a D. Rosa referia estar cega a equipa de saúde resolveu gravar as entrevistas para
confrontá-la. Num desses momentos e ao visualiza-lo, nomeadamente quando descrevia o suicídio do pai,
ela refere que está surda.
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• Mostrar disponibilidade
Autoconsciência comprometida
Trauma atual – numa primeira fase não devemos
confrontar o trauma daa situações com o pai e
namorado – trabalhar na negação
Perceção Comprometida
Comunicação familiar comprometida
Na hipo dismorfia existe uma procura constante para alcançar a morfologia idealizada
Perturbação de conversão - Perante um trauma a pessoa converte a sintomatologia física para negar um
determinado acontecimento
Perturbações Obsessivo-Compulsivas
Quando existe um pico de ansiedade por um motivo em concreto, as pessoas encontram
alternativas que apaziguam a ansiedade (ex: comer bolachas, fumar, beber café, etc ->
comportamentos normais).
Torna-se perturbador quando a ansiedade ocupa uma parte significativa da nossa vida
(ex: pessoa que quando toca em algo se sente suja e tem a necessidade de lavar as mãos) e/ou
existem pensamentos ruminativos.
As obsessões são ideias/pensamentos recorrentes que se fixam na nossa mente e nos
levam a não deixar de pensar neles. São pensamentos que a pessoa não consegue bloquear e
que não quer que surjam.
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Compulsões são ritualizantes. São rituais que se criam repetidamente (ex: só atravessar
a estrada na passadeira se conseguir pôr primeiro o pé direito na passadeira e acabar a passadeira
com o pé esquerdo – porque se isso não acontecesse o dia não lhe corria bem ou os
testes/exames não eram positivos).
Estas perturbações são reais para elas. O pior que se pode dizer é para a pessoa parar
de fazer aquilo e que está tudo na cabeça.
Quando vemos que o comportamento está a ser violento para a pessoa o melhor é gritar
“PARE COM ISSO!”. Não quando a pessoa está a descrever mas sim no momento em que ela
está a ter a ação compulsiva.
Tratamento: psicoterapia + ansiolíticos + focalização num outro pensamento/objeto.
CURTO PRAZO: Identificar fontes de ansiedade/stress; estar disponível para ouvir a
pessoa;
LONGO PRAZO: planear estratégias para eliminar estes pensamentos
(pensamentos/músicas agradáveis); dar mecanismos de coping à pessoa;
Diagnósticos de Enfermagem
Caso 1
Homem de 17 anos, internada pela 1ª vez em 2010 num hospital da margem sul.
Apresentava comportamentos de isolamento. Andava na escola e os colegas relatam que
nos últimos meses se isolava no recreio. Detetaram que ele quando estava nos balneários
demorava o dobro do tempo a tomar banho.
Atualmente os pais referem que ele não come tanto como comia e o pai refere que antes
de ir para a escola e antes e após as refeições passa muito tempo a lavar as mãos. Sempre que
confrontando com este comportamento coloca as mãos à cintura escondendo-as dos pais.
Hoje foi apanhado a vaguear pelas ruas da cidade onde mora tendo sido transportado
para o hospital.
É recebido no serviço de psiquiatria e quando foi feita a colheita de dados pelo enfermeiro
refere que desde que os pais se separaram há cerca de 2 anos ele sente dificuldades em gerir
esta situação porque mantém a fantasia que os pais têm que viver juntos.
Tem um irmão mais velho com quem sempre teve um conflito. Quando fala do irmão
refere-se a ele como um parvo/estupido que tira mas notas ao contrário dele que é inteligente, tira
boas notas e nos últimos 4 anos foi aluno de mérito.
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Comportamento Promoção Promoção
Isolamento Social Ansiedade
Compulsivo Atual dos ganhos da
Atual Atual
conseguidos autoestima
1. Procurar o foco
1. Perceber o
da compulsão;
motivo da
2. Promover a 1. Encorajar a
ansiedade;
focalização para partilha de
2. Negociar
outro pensamento; sentimentos;
atividades
3. Pedir à pessoa 2. Escutar
promotoras da
para fazer um relato ativamente;
diminuição da
escrito da situação 3. Demonstrar
ansiedade
de modo a disponibilidade;
(pintura, escrita,
comparar com a
música)
realidade;
3 Perguntas:
1. Habitualmente quantas refeições fazes por dia? E estás acompanhada?
2. Alguma dieta foi acompanhada por um especialista?
3. Quer falar-me de si? -> Confiança
4. Quer partilhar um pouco desta situação que está a acontecer consigo? -> Escuta
5. Há quanto tempo surgiu a ferida?
Diagnóstico:
1. Padrão Alimentar comprometido
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Matéria Professor Lino Ramos
• Supervisionar refeições;
3. Autoestima diminuída
• Promover a expressão de sentimentos e inseguranças;
• Elogiar aspetos positivos;
• Demonstrar disponibilidade;
Diagnósticos:
1. Risco de Suicídio
2. Delírio Atual
3. Alucinação Atual
4. Hostilidade Atual
5. Sofrimento Atual
6. Agitação Atual
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7. Angústia Atual
Intervenções:
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Matéria Professora Doutora Paula Leal
As pessoas com perturbações mentais têm, sobretudo, uma grande dependência no que
diz respeito à autonomia – dependem de 3os para realizar as suas AVD.
Na Psiquiatria Preventiva já existe uma doença mas tenta-se que esta não agudize. Trata-
se de uma aprendizagem contínua para a harmonia do quotidiano.
Antigamente…
“A existência da doença mental é tão antiga como a vida”
Nas tribos:
• A doença mental era percebida como um fenómeno sobrenatural.
• Tratavam-se de espíritos que habitavam o Homem, porque:
o Não cumpria obrigações mágico religiosas;
o Ocorria violação de “tabus” do Clã ou tribo;
o Estava possuído por demónios;
• A intervenção:
o Realizada por feiticeiros/magos das tribos;
o Funcionavam como médiuns entre os espíritos e o doente ou família/grupo;
o Realizavam cerimónias coletivas visando a purificação do doente para voltar a ser
reintegrado no clã/tribo (orações, fumigações, transes, purgações);
Povo Egípcio:
• Têm conhecimentos de Medicina (papiro Ebers);
• A doença Mental surgia como causa de fenómenos sobrenaturais e naturais;
• A doença mental era influenciada pelos astros. Dá-se origem à medicina mística e
astrologia;
• A intervenção:
o O tratamento implicava a dimensão espiritual, psíquica e física;
o Recorriam a atividades como: interpretação de sonhos, hidroterapia, uso de
amuletos, fumigações, utilização de “fármacos”;
Povo Grego:
• Da Antiguidade ao período Pré-Socrático:
o Mantem-se a interpretação sobrenatural da loucura. Os deuses interferiam sobre
o pensamento e ação dos Homens. A doença mental tem origem teológica.
o A Intervenção: através de cerimónias religiosas, em templos.
• Hipócrates, pai da Medicina:
o Desaprovou a explicação divina, atribuindo-lhe causas naturais;
o Com uma visão holística do Ser Humano, entende que o Homem sofre influências
do ambiente e estilo de vida;
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o Concebia a saúde como um estado de equilíbrio entre os humores corporais
(sangue, bílis amarela, bílis negra e fleuma) e a doença como um desequilíbrio
destes humores corporais;
o Estabelece relação entre os humores e os 4 elementos, atribuindo à natureza, um
papel educativo e reparador;
o Nasce, com Hipócrates, a Ideia de Prevenção;
o A Intervenção:
▪ Subjacente à Máxima “primum non nocere (primeiro, não fazer mal)”,
confere um sentido preventivo na ação;
▪ Visa o equilíbrio dos humores corporais;
▪ Refere a importância da Relação médico-doente para a cura dos
mesmos;
• Platão:
o Considerava que a doença mental surgia decorrente de 3 dimensões: física, ética
e divina;
o A Intervenção: identificação e libertação das emoções reprimidas;
• Aristóteles:
o Entendia que os fenómenos da alma provinham de sensações experimentadas.
Não seria possível compreender a doença sem a relacionar com as sensações
vividas;
o A Intervenção: identificação e libertação das emoções reprimidas;
• Celsus:
o Introduziu a preocupação com o Bem-estar físico e mental da criança, referindo
que deviam ser tratadas de forma distinta dos adultos. (Noção perdida durante os
séculos seguintes)
o A Intervenção: identificação e libertação das emoções reprimidas;
Povo Romano:
• Areteo:
o Concebia a doença mental como um exagero dos processos normais;
• Galeno:
o Sugere que o cérebro é o órgão que instala as funções psíquicas. As causas da
doença mental poderiam advir de processos orgânicos ou psíquicos;
• A Intervenção:
o À semelhança do povo Grego, defendem os romanos um tratamento humanitário;
o Introduzem outras formas de tratamento de que se destacam: a fisioterapia, a
ludoterapia e as atividades de grupo;
o Estabelecem a relação entre doença mental e criminologia, originando o conceito
de inimputabilidade no domínio jurídico romano;
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• A Igreja ascende ao poder. Afasta a psiquiatria da medicina e introduz a doença mental
num longo período de horror;
• Até ao século XVIII, a doença mental volta a ser conceptualizada como loucura provocada
por maus espíritos e demónios, que culmina com a “caça às bruxas”;
• A Intervenção:
o Este retrocesso na conceptualização da doença mental, teve reflexos no
tratamento das pessoas;
o O Clero era responsável por expulsar os espíritos malignos dos corpos das
pessoas, fazendo-o através de rituais religiosos e exorcismos;
o Práticas de tortura, privação de comida, de sono, corpos acorrentados, imersos
em água…eram usados para o “diabo” abandonar o corpo;
Philippe Pinel:
Atribui-se o estatuto de doença mental, atribuindo-se a Philippe Pinel a parentalidade da
psiquiatria moderna.
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• Retorna o enfoque à psiquiatria infantil (1798) com o caso de Vitor – O Selvagem de
Aveyron;
• A Intervenção:
o Recomendava-se a higiene moral (tratamento que consistia em isolar o doente de
situações que impedissem a sua recuperação. Ex: Não recebiam visitas. E todo
o tempo e espaço do doente era gerido para ser ocupado), banhos quentes,
orações e ocupação do tempo com trabalhos e atividades;
o Surgem as casas de repouso. O ambiente calmo era terapêutico, por possibilitar
ao doente acalmar os nervos;
Século XX:
• A loucura é sucedida pelo conceito de doença mental, emergindo o Paradigma Médico;
• Os asilos e manicómios dão lugar aos hospitais psiquiátricos, sendo o internamento dos
doentes, responsabilidade e decisão médica;
• Até meados do século XX todas as estratégias terapêuticas, serviam para tentar curar no
corpo, a doença mental;
• No final do Século XX o enfoque curativo do paradigma médico esmorece, devido à
ascensão das ciências sociais e humanas;
• Desloca-se o enfoque do orgânico para o psíquico e social, instalando-se o paradigma
psicológico. O Doente passa a ser visto como pessoa c/ história de vida e necessidades
emocionais;
• A Intervenção:
o A origem orgânica da doença mental, atribuída maioritariamente a sequelas de
infeções sifilíticas, implicava tratamentos a nível corporal: Hidroterapia, Terapia
electroconvulsivante, coma Insulínico, psicocirurgia, refrigeração, indução de
“ataques epiléticos”, introdução dos psicofármacos;
o O Paradigma psicológico e a descoberta do inconsciente revolucionam a
intervenção. Surgem os modelos Psicanalítico, Cognitivo-comportamental
(Behavoristas); Fenomenológico;
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Século XX – Psiquiatria Comunitária:
• Os progressos científicos a par do aumento da eficácia dos psicofármacos permite (a partir
dos anos 60) transferir a pessoa c/ doença mental do hospital para a comunidade;
• Surgem os movimentos da antipsiquiatria, após o conflito da 2ª guerra, questionando o
conceito de doença mental (anos 70);
• Organizam-se equipas multiprofissionais;
• Emergem os movimentos das comunidades (EUA);
• A medicina preventiva (Modelo Médico e Prevenção), a epidemiologia e a saúde pública
foram os alicerces da Prevenção da Saúde Mental;
• Kaplan, (1964 - Modelo Médicoadopta para a saúde mental a tipologia da saúde pública
das Prevenções Primária, Secundária e Terciária;
• Gordon (1983 - Modelo de Gordon) propõe um modelo alternativo ao da saúde pública, a
partir da relação entre risco e doença. Classifica as intervenções em: universais, seletivas
e indicadas;
• A Intervenção:
o Assente na Psicoterapia e psicofarmacologia;
o Multiplicidade Interventiva com técnicos de diferentes áreas: saúde, social,
educação, económica.
o Desinstitucionalização e desprofissionalização (grupos de inter/autoajuda)
o Entende-se que a Reabilitação é morosa e difícil, criando-se ênfase na prevenção.
o Intervenções Preventivas Universais – são dirigidas ao público em geral ou a toda
a população com o objetivo de diminuir o risco.
o Intervenções Preventivas Seletivas – são dirigidas ou orientadas para pessoas ou
grupos de população cujos riscos de desenvolver perturbação mental, é
significativamente superior à média.
o Intervenções Preventivas Indicadas – são dirigidas para pessoas em risco que
apresentam sinais e sintomas mínimos de uma determinada perturbação mental
e/ou marcadores biológicos que indiquem uma predisposição para a perturbação
mental, mas que ainda não cumprem os sintomas do diagnóstico;
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Em Enfermagem de que falamos?
Saúde Mental e/ou Psiquiatria Preventiva? Depende do foco. Importa aumentar o bem-
estar e deslocar o enfoque nos problemas para o ganho de competências e soluções para as
situações vividas.
Psiquiatria Comunitária
“Psiquiatria comunitária é responsável pelo tratamento amplo das pessoas com doenças
mentais severas na comunidade em geral” (Kaplan, 2002).
Engloba:
• Saúde Mental Comunitária;
• Psiquiatria Preventiva;
• Psiquiatria de longo alcance;
• Psiquiatria de Saúde Pública;
O Modelo Comunitário:
• Acrescenta ao entendimento da prevenção (vista como a redução de riscos), a Promoção
da Saúde, que enfatiza o Empowerment;
• Neste Modelo a comunidade é o cliente;
• Importa aumentar o Bem-estar e deslocar o enfoque nos problemas para o ganho de
competências e soluções para as situações vividas;
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Resultados positivos com redução de óbitos por doenças infeciosas Estimula a
aplicação do modelo para prevenir a perturbação mental Revela limitações na aplicabilidade
e resultados.
Paradigma do Stresse:
• Surge com fisiologistas que exploram, em animais, relações entre exposição a estímulos
stressantes e ocorrência de alterações organísmicas;
• Surge evidência que comprova relação entre stressores e alterações químico-fisiológicas
nosorganismos (Selye,1956);
• Aumento da investigação neste domínio estabelece relação entre acontecimentos de vida
stressores e ocorrência de doenças físicas (doença coronária, gastrointestinal, pulmonar,
entre outras);
• O stress no domínio da psiquiatria foi postulado por Meyer, defendendo que mesmo os
acontecimentos de vida diários (não especificando ou enaltecendo acontecimentos
catastróficos ou raros) são fatores preponderantes na etiologia das condições
psiquiátricas;
• Entende-se por stressor “qualquer acontecimento que crie perturbação ao organismo”
(Moreira, 2005:182);
• Albee (1985) sugere uma abordagem alternativa ao Paradigma da Saúde Pública, pela
importância que o papel do stress assume;
• Desenvolve um Modelo de incidência da doença mental (na perspetiva da identificação e
controle dos fatores) construído em redor de um conceito organizador sob formato de
fórmula:
Fatores orgânicos e stressores
• 𝐼𝑛𝑐𝑖𝑑ê𝑛𝑐𝑖𝑎 = Estratégias de coping, ;
autoestima e grupos de suporte
• Em Portugal, Vaz Serra é um dos autores de referência neste assunto (autor de O Stress
na vida de todos os dias);
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Paradigma dos Fatores de Risco e de Proteção:
• Deriva do Modelo de Saúde Pública, que no domínio da saúde mental não consegue
estabelecer relações diretas de causa-efeito;
• Associa a existência de perturbação mental a múltiplos fatores de risco (biológicos,
psicológicos, sociais, ecológicos);
• Emerge a dimensão preventiva da saúde mental (psiquiatria preventiva);
• Intervenções Preventivas Universais - são dirigidas ao público em geral ou a toda a
população com o objetivo de diminuir o risco;
• Intervenções Preventivas Seletivas – são dirigidas ou orientadas para pessoas ou grupos
de população cujos riscos de desenvolver perturbação mental, é significativamente
superior à média;
• Intervenções Preventivas Indicadas – são dirigidas para pessoas em risco que
apresentam sinais e sintomas mínimos de uma determinada perturbação mental e/ou
marcadores biológicos que indiquem uma predisposição para a perturbação mental, mas
que ainda não cumprem os sintomas do diagnóstico;
• Atualmente, designam-se fatores de risco por Determinantes de Saúde;
• Determinantes de Saúde Mental são multifatoriais (evidência sugere que a origem das
perturbações mentais decorre da interação de vários fatores: individuais, familiares,
sociais, económicos, educativos);
Rutter (1995) identifica 6 fatores de risco para a perturbação mental: 1) Conflito conjugal
grave (pais); 2) Baixo nível socioeconómico; 3)Perturbação psicológica da mãe; 4) Família
numerosa; 5) colocação extrafamiliar e 6) criminalidade parental;
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► NOTA:
► Indique duas medidas que permitiram a pessoa com perturbações mentais vivessem na
comunidade.
o Introdução de psicofármacos;
o Criação de recursos na comunidade (ET’s, consultas externas dos hospitais e
integração profissional dessas pessoas).
No mundo e em Portugal
Dados Epidemiológicos
Em todo o mundo, as perturbações mentais equivalem a uma média de 31% dos anos
vividos com incapacidade, estimando-se na Europa um índice de 40%
▪ No Mundo
o A depressão e as demências mais violência vão ser as primeiras cargas de
doença mental no mundo.
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▪ No Mundo … há défice no tratamento
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▪ OMS, propõe esquema piramidal de organização de serviços, para otimização de
recursos para a Saúde Mental:
o Cuidados comunitários informais, p.e. vizinhos, amigos, família, padre…
▪ The Global Shape of Mental Healt services: WHO Model V/s Portugal:
o Algo não está correto. Ainda existe muito trabalho para fazer no que diz
respeito aos Cuidados de Saúde Primários
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Cuidados Autogeridos:
- Constituem-se como a base da pirâmide de serviços sugerida pela OMS, da qual todos
os outros cuidados dependem;
- Consistem na capacitação da pessoa para autogerir o seu problema de saúde mental,
com suporte familiar ou de amigos/ pessoa significativa;
- A pessoa adquire um papel participativo no seu regime terapêutico;
- São um conjunto de cuidados que devem ser promovidos independentemente do
problema de saúde ser mental ou físico;
- São cuidados bastante efetivos, se apoiados por programas de promoção da saúde,
quando à melhoria da literacia com saúde mental;
- A literacia em saúde mental visa aumentar a compreensão da pessoa com
conhecimento sobre as causas da perturbação mental, tratamento e recursos para obter ajuda.
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▪ OMS, Esquema das 7 condições facilitadoras da integração da Saúde Mental nos
Cuidados de Saúde Primários
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▪ PNSM e RNCCI2:
o A Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), é um novo
modelo organizacional criado pelos Ministérios do Trabalho e da
Solidariedade Social e da Saúde, é formada por um conjunto de instituições
públicas e privadas que prestam cuidados continuados de saúde e apoio
social.
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- Decreto-Lei n.º 8/2010, de 28 de janeiro:
- Cria um conjunto de unidades e equipas de cuidados continuados integrados de
saúde mental, destinado às pessoas com doença mental grave de que resulte incapacidade
psicossocial e que se encontrem em situação de dependência.
Estruturas Multidisciplinares
As estruturas multidisciplinares são de 3 tipos:
- Equipas de apoio domiciliário; (IPSS tiram o trabalho do SNS)
- Unidades sócio- ocupacionais;
- Unidades residenciais:
-Residências de treino de autonomia;
- Residências autónomas de saúde mental;
- Residências de apoio moderado;
- Residências de apoio máximo.
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Destinam-se a pessoas com grau reduzido ou moderado de incapacidade psicossocial com
disfuncionalidades na área relacional, ocupacional e de integração social;
A sua finalidade visa:
- A promoção da autonomia do cliente;
- A estabilidade emocional;
- A participação social, para facilitar a integração social, familiar e profissional.
Unidades Residenciais
Localizam-se maioritariamente na comunidade;
Respondem a níveis diferentes de necessidades;
Asseguram a prestação de cuidados médicos e socias.
Existem:
- Residências de treino de autonomia;
- Residências autónomas de saúde mental;
- Residências de apoio moderado;
- Residências de apoio máximo.
RELATÓRIO DO PReSaMe
Estudo realizado na Península de Setúbal: Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Montijo,
Palmela, Moita, Montijo, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal
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3. PSICOEDUCAÇÃO
- pode ser uma estratégia de intervenção para com a família de pessoas com perturbações
mentais;
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- Aceitação da doença;
- Cooperação activa do tratamento e readaptação;
- Aquisição de habilidades que compensam os défices resultantes das doenças”
Objetivos da psicoeducação:
1. Conseguir os melhores resultados clínicos e funcionais para a pessoa com perturbação
mental, através de abordagens que integrem a colaboração entre profissionais de saúde,
famílias e pessoas com perturbações mentais;
2. Aliviar o sofrimento dos membros da família, para potenciar a reabilitação da pessoa de
quem cuidam;
As intervenções psicoeducativas incorporam princípios que procuram ir de encontro às
necessidades das famílias, contribuindo para melhorar a situação do doente e do bem estar da
família
A abordagem psicoeducativa é baseada nos princípios da relação de ajuda profissional e
compreende o sofrimento emocional das famílias como alvo a reduzir;
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- Foco importante de atenção para a prática de enfermagem
Todos os estudos demonstram que as intervenções psicoeducativas junto do doente e
família diminuem:
- Taxa de recaída;
- Duração da hospitalização;
- Aumenta a adesão ao tratamento;
- Diminuem o isolamento social;
Dirige-se tanto à pessoa como à família, em sessões individuais ou de grupo;
Foi-se diversificando ao longo do tempo, dando origem a diferentes formas e diferentes orientações:
- Enfoque educativo; da pessoa e da família
- Enfoque terapêutico; porque quando eu ajudo a reduzir o stress aumento a disponibilidade
para a família cuidar da pessoa;
Processo da Psicoeducação:
1) Avaliação inicial
Avaliação das necessidades individuais do cliente e da família com recurso a entrevistas e
aplicação de escalas;
- http://www.psychoeducation.com/
- http://www.espace-socrate.com/
Dimensão pedagógica:
- Informação clara e explícita com base nos conhecimentos científicos atuais, sobre:
a) Natureza da doença;
b) Etiologia;
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c) Medidas terapêuticas;
d) Prevenção de recaídas e manutenção da saúde;
e) Viver melhor com a sua doença;
Dimensão psicológica:
- Revelação do diagnóstico a propor, muito progressivamente;
- Reforçar a esperança, explorando o reconhecimento do fenómeno e as experiências
subjetivas;
- Constitui um dos pontos essenciais para os cuidadores informais;
- Grupos de família;
Dimensão comportamental:
- Favorece a mudança de comportamentos no sentido da adaptação:
1) Habilidades de comunicação;
2) Habilidades de resolução de problemas;
3) Capacidade de estabelecer limites;
4) Procurar ajuda adequada;
5) Criar e manter uma rede social;
6) Auto afirmação e auto confiança;
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2. Informação acerca da doença e formas de tratamento;
3. Treino de competências de comunicação;
4. Técnicas de resolução de problemas;
5. Adesão ao tratamento;
6. Gestão da crise e apoio familiar continuado;
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As formas mais comuns de doença mental na União Europeia são as perturbações ansiosas
e a depressão. No ano de 2020, prevê-se que a depressão seja a primeira causa de morbilidade
nos países desenvolvidos.
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- Existe ainda uma percentagem importante de cidadãos permanecem sem acesso a
Cuidados de Saúde Mental.
1º Estádio - Alarme:
o Tem inicio as respostas fisiológicas da síndrome de luta ou fuga. Ocorrem em
situações de emergência (susto/ medo);
2º Estádio - Resistência:
o Pessoa utiliza as respostas do estádio anterior, tentando adaptar-se como
defesa, ao agente stressor;
▪ Agente Stressor é definido como “um fator biológico, psicológico, social
ou químico que cause tensão física ou emocional e que pode ser um
fator na etiologia de certas doenças”;
▪ Este agente stressor influência o Corpo – Mente – Emoções –
Comportamento;
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3º Estádio - Exaustão:
o Decorre de exposição prolongada ao agente stressor, ao qual o organismo foi
tentando adaptar-se;
o A energia adaptativa esgota-se e a pessoa já não consegue utilizar os
mecanismos/ recursos adaptativos descritos nos estádios anteriores (“não me
consigo adaptar então começo a adoecer”);
o Existe risco elevado de surgirem doenças de adaptação (cefaleias,
perturbações mentais, doença coronária, úlceras, colites, …);
o Sem ajuda profissional, que vise reverter a situação, ocorre risco de exaustão
e,, em algumas situações, morte.
STRESS… COMO:
▪ Recursos:
• Escala de Reajustamento Social;
• Questionário de Mudanças de vida Recentes (QLCQ).
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Acontecimento Precipitante
Fatores Predisponentes
(Influências genéticas;
Experiências passadas;
Condições existentes)
Avaliação Cognitiva
Sem
Resposta Resposta Prejuízo / Ameaça Desafio
Agradável Perda
Qualidade da Resposta
CONCEITOS IMPORTANTES
o Stress: entendido como a reação que cada pessoa demonstra a mudanças que
exijam adaptação, ou respostas que podem ser físicas, mentais ou emocionais;
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o Mal – Adaptação: ocorre quando a resposta física ou comportamental de uma
pessoa a qualquer mudança no seu ambiente externo ou interno resulta na rutura da
integridade individual ou em desequilíbrio persistente.
FACTOS HISTÓRICOS
Desde sempre o ser humano experiencia a Ansiedade;
Nos séculos XIX e XX os sintomas fisiológicos foram causa etiológica para doenças do
sistema cardiovascular: “coração irritável” ou “taquicardia nervosa”;
Neurose da angústia, foi introduzida por Freud (1895) para refutar as explicações comente
de origem física;
Atualmente, aceita-se a inter-relação mente/ corpo sendo a ansiedade um bom exemplo
desta relação.
CONCEITOS IMPORTANTES
o Stress: entendido como a reação que cada pessoa demonstra a mudanças que
exijam adaptação, ou respostas que podem ser físicas, mentais ou emocionais;
SABER QUE:
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É predisposta por fatores como: medo do desconhecido e condições de ambiguidade;
Ansiedade, enquanto padrão de resposta primária psicológica ao stress, não é
problemática, se não interfere om o funcionamento normal da pessoa
Quando a pessoa sente que:
- não consegue satisfazer as suas necessidades;
- ocorre aumento gradual dos níveis de ansiedade;
- é mobilizada energia (adicional) para lidar com ameaça(s);
- utiliza diferentes mecanismos de defesa do Ego face a estas ameaças;
- todos estes recursos não aliviam a ansiedade, mas provocam disfuncionalidade;
► ENTÃO A ANSIEDADE ESTÁ A SER PROBLEMÁTICA.
Ansiedade Ansiedade
Mecanismos de Respostas
defesa do EGO Psicofisiológica
(negação, s (asma, dor,
isolamento, anorexia, dores
racionalização, de cabeça,
regressão, …) cancro, …)
PERTURBAÇÕES DE PÂNICO
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Pelo menos 4 dos seguintes sinais/sintomas têm de estar presentes para ser diagnosticada
Perturbação de Pânico;
- Palpitações, sudorese, tremores, sensação de falta de r, sensação de asfixia,
desconforto ou dor no peito, náuseas ou mal estar abdominal, sensação de tontura, desequilíbrio
ou desmaio, medo de perder o controlo, medo de morrer, parestesias ou arrepios/ calores
repentinos.
FOBIAS
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DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM:
Diagnósticos:
o Medo;
o Impotência;
o Coping Ineficaz;
o Isolamento Social;
o Capacidade para … (ausente).
Intervenções:
o Acompanhar a pessoa;
o Manter abordagem calma;
o Usar palavras simples e mensagens breves;
o Identificar situações que elevam ansiedade.
NOTA: Quando os enfermeiros levantam um diagnóstico não podem levar o de Ansiedade, pois
este é um diagnóstico médico.
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- Conceitos
• Ideação Suícida
o Consiste em “pensamentos e cognições sobre acabar com a própria vida”
In Questionário de Ideação Suicida
OU
o “(…) pode ser considerada o primeiro marcador de risco suicida. Quando persiste,
evolui frequentemente para comportamentos suicidários com final fatal”
(Moreira, 2009)
• Para - Suicídio
o Consiste num “Ato não fatal, na sequência de um comportamento invulgar,
protagonizado por um individuo sem a intervenção de outrem, que provoca Auto
lesão ou ingere uma substância em sobredosagem par além do prescrito ou dose
reconhecida como terapêutica, e que visa mudanças desejadas pelo individuo,
quer através desse ato, quer através de eventuais consequências físicas”
CID 10
OU
o “ato ou comportamento não fatal, eventualmente não habitual num dado indivíduo
e com o qual ele não tem clara intenção de morrer, mas no qual se arrisca a danos
em si mesmo (mais ou menos graves) caso não exista a intervenção de outrem”
OMS
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• Tentativa de Suicídio
o Consiste no “comportamento autodestrutivo com as características específicas:
desempenhar atividades Auto iniciadas que levam à autodestruição, com o
objetivo de se matar ou ameaçar fazê-lo”
CIPE
OU
o “todo o ato não fatal de automutilação ou autoenvenenamento, o que no caso das
intoxicações medicamentosas significa que a dose prescrita foi deliberadamente
ultrapassada”
OMS
• Suicídio
o Consiste no “acto de acabar com a própria vida, deliberadamente”
OMS
OU
o “comportamento autodestrutivo com as características específicas: execução de
atividades suicidas que levam à própria morte”
CIPE
OU
o “Consiste na “Autodestruição por um acto deliberadamente realizado para
conseguir este fim”
ADRIANO VAZ SERRA
- Evidência Disponível
• Problema de saúde pública;
• Fenómeno complexo e multidimensional;
• Dados da OMS reportam 788000 de suicídios/ano (2015);
• Estimativa de 20 comportamentos da esfera suicidária por cada suicídio consumado;
• Problema que afeta várias pessoas (familiares, amigos, vizinhos, colegas de escola ou
trabalho, comunidade);
• No espaço europeu surge como a 2ª causa de morte de jovens entre os 15 e os 24 anos.
- Em Portugal
• Tx.: 11,7 (100.000);
• Maior incidência Coimbra (jovens) e Alentejo (idosos);
• Grupo de população mais propenso: idosos;
• Comportamentos para-suicidários ocorrem maioritariamente em jovens ocorrendo
distribuição uniforme a nível nacional;
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- Quadro Referencial
• Basicamente, todas as teorias estão integradas em quatro modelos:
- Importante!
• Qualquer manifestação direta ou indireta de um comportamento do espectro suicidário
tem sempre que ser considerada e valorizada pelos enfermeiros.
o O Perigo e o Risco de morte são sempre sérios;
o Muitos teóricos sustentam a tese de que as tentativas de suicídio constituem
“Gritos” ou “Pedidos” de ajuda mais do que verdadeiras tentativas de morte;
o Sampaio identificou quatro tipologias de comunicação em adolescentes que
realizaram tentativas de suicídio: Apelo, Desafio, Renascimento e Fuga, em que
o fator comum a todas elas é um pedido ou apelo do adolescente à mudança.
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NOTA:
- Apelo = pedido de ajuda
- Desafio = vou tentar arriscar e aumentar o risco até conseguir o suicídio
- Renascimento = a pessoa quer matar uma parte do seu corpo, -> acontece nas pessoas
vítimas de abuso sexual
- Fuga = normalmente intoxicação medicamentosa
- Determinantes do Suicídio
Depressão
Idade
Ansiedade
Género
Desesperança
Uso de substâncias
História de Tentativas
Intoxicações e
de suicídio anteriores
Acesso a meios letais
Psicopatológicos Pessoais
Psicológicos Socais
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• Psicopatológicos
o Depressão, esquizofrenia, alcoolismo, toxicodependência, distúrbios da
personalidade, Modelos suicidários familiares/pares sociais ou media.
o Comportamentos suicidários prévios, ameaça ou ideação suicida com plano
elaborado;
• Pessoais
o Ter idade entre os 15 e 24 anos ou mais de 45;
o Ser do género masculino e raça caucasiana;
o Morte do cônjuge ou de amigos íntimos;
o Escolaridade elevada; • Presença de doenças de prognóstico reservado;
o Hospitalizações frequentes (psiquiátricas e outras)
o Família atual desagregada: por separação, divórcio ou viuvez;
• Psicológicos
o Ausência de Projetos de vida;
o Desesperança contínua ou acentuada;
o Culpabilidade acentuada por atos praticados ou experiências passadas;
o Perdas precoces de figuras significativas (pais, irmãos, cônjuges, filhos, outros);
o Ausência de crenças religiosas.;
• Socais
o Habitar em meio urbano;
o Residir em meio rural a sul do Tejo;
o Desemprego;
o Mudança de residência;
o Emigração;
o Falta de apoio familiar e/ ou social;
o Reforma;
o Acesso fácil a agentes letais (pesticidas ou armas de fogo);
o Estar preso.
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84 | P á g i n a
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Matéria Professora Paula Leal
- Entrevista de Enfermagem
• Entreviste o cliente e familiares, separadamente;
• Avalie todos os fatores protetores e de risco;
• Observe os afetos e comportamento do cliente:
o Quanto a desespero; culpa; inutilidade; impotência.
o Ou …perante dificuldades, procure que o cliente refira razões de viver ou planos
para o futuro…senão referir nada, considere-o um cliente de risco;
• Identifique problemas significativos interpessoais e de conflito;
• Identifique padrões de pensamento e comportamento disfuncional;
• Junto dos familiares procure compreender se o cliente se desfez de objetos/roupa
significativos. Se procedeu a despedidas. Ou se ficou muito tranquilo repentinamente;
• Se o cliente está deprimido ou na fase depressiva da doença bipolar, pergunte-lhe
diretamente se alguma vez teve pensamentos que o levassem a causar dano a si próprio.
Se sim, quando aconteceu.
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Matéria Professora Paula Leal
o Regulação da emoção e comportamentos: incentivara exteriorizar os seus
sentimentos e a controlara impulsividade; 3. Sugerir atividades com mediadores
de expressão(música, pintura) 4. Mobilização de apoio social, se o cliente
manifestar esse desejo;
86 | P á g i n a
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Matéria Professor Doutor Joaquim Lopes
1. AMBIENTE TERAPÊUTICO
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▪ Funções
o Contenção;
o Envolvimento;
o Validação.
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Matéria Professor Doutor Joaquim Lopes
o Estrutura:
▪ Se a estrutura for planeada com a pessoa, de acordo com ideias comuns
sobre o que é adaptado e desadaptado, mais a estrutura é terapêutica
em si mesma;
▪ Começa a aceitar a responsabilidade pelo seu comportamento e
consequências;
▪ Aprende a adiar as suas respostas impulsivas e inadequadas, face à
consistência da estrutura.
Envolvimento:
o Reconhecimento da individualidade;
o Valorização da forma peculiar de ver o mundo;
o Atenção individual;
o Empatia e aceitação sem crítica dos pensamentos, emoções e perspetivas
individuais;
o Plano individual de tratamento;
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Ambiente Millie
Terapêutico Therapy
• Psicoterapia
- Terapêutica relacional altamente diferenciada no âmbito da relação de ajuda.
- Nota: para realizar esta modalidade de terapia é necessária uma licenciatura ou mestrado
em saúde e uma pós-graduação com 400 horas, 150 horas de supervisão de casos e 100 horas
de terapia pessoal.
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- A oferta terapêutica no âmbito relacional é feita por profissionais de saúde com uma
formação complementar em Psicoterapia.
TIPOS DE PSICOTERAPIAS
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Nota:
Psicoterapia – profissionais de saúde com pós-graduação;
Intervenções psicoterapêuticas – Enfermeiros com especialidade em Saúde Mental;
Utilização de Técnicas psicoterapêuticas - Enfermeiros de cuidados gerais
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o Administração;
▪ Prescrição: obedece a regras do quotidiano social/ familiar (pequeno
almoço; almoço; jantar; lanche; ceia; SOS);
▪ Tom em consideração a vida do quotidiano;
o Investimento simbólico;
▪ Psicofármaco EV -> vai direito ao cérebro e não tem antagonistas;
▪ A via EV é a via escolhida em casos extremos;
▪ O resto é administrado via PO e IM: PO tem o perigo da toma
dissimulada; IM é administrado contra a vontade da pessoa (pessoa
não pode sentir que a atividade é punitiva ou vingatica, tipo castigo;
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• Cuidados
o Suspensão de todas as drogas/terapêuticas quando existe sintomatologia;
▪ Avaliar se a sintomatologia desapareceu.
• Cuidados sintomáticos de apoio;
• Ventilação;
• Redução da febre;
• Hidratação;
• Hemodiálise ou diálise peritoneal.
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• Principais Indicações:
o Depressão severa em que o risco de suicídio é alto e o tratamento farmacológico
apresente riscos superiores (ex: cirrose hepática);
o Psicose severa não controlada por fármacos (que não cede aos mesmos);
o Catatonia severa não sensível aos psicofármacos (catatonia cérica – em situação
de crise não cede a psicofármacos);
o Mania severa em que o tratamento psicofarmacológico constituía risco
(aceleração exacerbada, não cedendo aos fármacos administrados);
o Por vezes também nas psicoses puerperais (pois por causa da amamentação,
não é possível utilizar os fármacos necessários).
Absolutas Relativas
Pressão intracraniana aumentada Angor
Enfarte agudo do miocárdio recente – por Insuficiência Cardíaca Congestiva
via da tradução motora da ECT
Feocromocitoma – crises de HTA Osteoporose grave – se for ECT Simples,
agravam com a ECT é uma contraindicação absoluta pois há
uma estimulação dos grandes grupos
musculares e pode haver fraturas
patológicas. Na ECT modificada, é uma
contraindicação relativa
Lesão Intracraniana Ocupando Espaço Fraturas ósseas
(LICOE)
AVC nos últimos 3 meses – tanto o Deslocamento da retina
isquémico como o hemorrágico, mas
mais prevalente neste último
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• Efeitos Secundários:
o Cefaleias (mais comuns)
o Confusão (mais comuns)
o Taquicardia
o Fraturas (na ECT simples)
o Luxação (na ECT simples)
• Intervenções de Enfermagem:
o Pré – Procedimento:
▪ Educação e apoio emocional (pessoa e família) – Verificar qual o
conhecimento que estes possuem acerca da terapia. É importante
desconstruir os mitos existentes em relação à Eletroconvulsivoterapia;
▪ Verificação consentimento informado;
▪ Verificação cumprimento protocolado institucional (análises, consultas
prévias, etc.);
▪ Como se Eletroconvulsivoterapia se assemelha a um pequeno
procedimento cirúrgico, a preparação do utente e similar:
• Pausa alimentar (pelo menos 6horas antes do procedimento);
• Remoção de próteses;
• Urinar imediatamente antes de fazer a Eletroconvulsivoterapia –
não é necessário algaliação.
o Durante o procedimento:
▪ Apresentar cada membro da equipa, com breve explicação do papel de
cada um;
▪ Dar a mão ao doente, pois o toque tranquiliza o mesmo em relação ao
procedimento. Este percebe que não está sozinho;
▪ Decúbito dorsal (confortável);
▪ Monitorização cardíaca/ respiratória/ TA;
▪ Monitorização por eletroencefalograma;
▪ Linha venosa periférica;
▪ Colocação de elétrodos ECG - Estimulação na zona temporal apanhando
a zona pré-frontal. Bloqueia-se a placa neuro-motora através de um
fármaco curarizante, para que o estímulo elétrico não passe do nervo
para o músculo;
▪ Limpeza de zonas aplicação (normalmente têmporas) – limpas com éter
para diminuir as resistências entre os condutores;
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o Após Procedimento:
▪ Recuperação anestésica;
▪ Monitorização SV;
▪ Risco de queda por confusão;
▪ Despertar seguro – colocação em posição lateral de segurança, depois
em semi-fowler, até ao doente ir acordando;
▪ Despistar efeitos secundários/ complicações – existe um período de
apneia, um de sistolia e só depois o doente volta ao normal;
▪ Vê-se se a Eletroconvulsivoterapia foi eficaz através do
eletroencefalograma;
▪ Observar/ registar alterações do comportamento (melhorias);
► O Processo de Mudança
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Matéria Professor Doutor Joaquim Lopes
ESTÁGIO DE COMTEMPLAÇÃO
Mudança (Cliente) Estratégias Motivacionais
98 | P á g i n a
Ana Beatriz Marques e Beatriz Santos (16ºCLE)
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ESTÁGIO DE PREPARAÇÃO
Mudança (Cliente) Estratégias Motivacionais
ESTÁGIO DE AÇÃO
Mudança (Cliente) Estratégias Motivacionais
▪ A competência está adquirida, mas não está consolidada. Se não houver motivação e
força de vontade poderá haver recaída.
ESTÁGIO DE MANUTENÇÃO
Mudança (Cliente) Estratégias Motivacionais
99 | P á g i n a
Ana Beatriz Marques e Beatriz Santos (16ºCLE)
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RECAÍDA (EVENTO)
Mudança (Cliente) Estratégias Motivacionais
▪ A recaída não pode ser penalizada por juízo moral, não se culpa nem a pessoa nem o
enfermeiro (“certamente algo falhou, mas não fui eu nem o Senhor que falhámos. Temos
que descobrir em conjunto o que falhou.”).
4. Perturbação da Personalidade
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Ana Beatriz Marques e Beatriz Santos (16ºCLE)
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Vídeo Youtube
• Titulo: Personality Disorder: Crash Course #34:
o Link: https://www.youtube.com/watch?v=4E1JiDFxFGk
Ego-Sintónico- A pessoa experiencia alguma perturbação da personalidade, mas não acha que
tem algum problema.
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Ana Beatriz Marques e Beatriz Santos (16ºCLE)
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Distúrbios Aditivos
Vídeo Youtube
• Titulo: What is Mental Health? with Dr. Mike Condra
o Link: https://www.youtube.com/watch?v=aNQBdIMM3mQ
o Comentários: Saúde mental não é estar feliz 24h por dia, 7 dias por semana, saúde
mental é capacidade de manter um equilíbrio entre 3 coisas: o envolvimento em
atividades produtivas (ser um estudante, professor, ler um livro, realizar exercício, etc.,
atividades que promovam o desenvolvimento intelectual e cognitivo), envolvimento em
relações gratificantes (relações reciprocas que permitam o crescimento em todos os
parâmetros para ambos), mas a capacidade mais subtil e importante da saúde mental é
a capacidade para se adaptar e lidar com o imprevisto, o stress ou alguns contratempos.
• Titulo: Addiction
o Link: https://www.youtube.com/watch?v=ao8L-0nSYzg
Filme
Ver Filme: Trainspotting (1996)
Adição
• É um padrão de comportamento de procura ou consumo de uma substancia ou ação, pelo que a
mesma se entrepõe na capacidade da pessoa em manter o equilíbrio nas três capacidades base
da saúde mental (envolvimento em atividades produtivas, envolvimento em relações gratificantes
e a capacidade para se adaptar e lidar com o imprevisto).
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Substância/ Contexto/
Atividade Sociedade
Conceito de Adição
Um estado de adaptação fisiológica à presença da droga no organismo de tal maneira que a sua
ausência provoca disfunções fisiológicas, manifestadas através de desconforto, dor ou outros sintomas de
falta.
“Um síndrome que inclui um conjunto heterogéneo de sintomas, nomeadamente sociais” (todos
os comportamentos são motivados e dirigidos para a substância/ comportamento).
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Ana Beatriz Marques e Beatriz Santos (16ºCLE)
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“ Uma doença de cérebro crónica e recorrente caracterizada pelo uso e procura compulsiva de
drogas.
Conceito de Tolerância
É a forma como o organismo se adapta à presença repetida de uma determinada substância,
sendo que para se produzirem os mesmos efeitos as doses têm que ser cada vez maiores.
Conceito de “Craving”
“desejo obsessivo de voltar a encontrar o prazer da substancia”
Uma pessoa consome pela primeira vez pelo gozo – Depois a pessoa consome para não ficar mal (devido
à existência do seu “gostar”)-
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