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DIREITO INTERNACIONAL

Professor: Pedro Dutra

Turma: 8º N01

Acadêmicos:
Marcelo Junior da Silva
Mariana Machado da Silva
Pollyana Rodrigues Gomes
Samara Alves Camargo da Silva
Valmir Araujo Parreira

É de suma importância, lembrar que a criança é uma pessoa humana,


sendo assim, também goza dos direitos enunciados em todos os Pactos,
Tratados e Convenções que tratem dos direitos humanos.

A criança se mostra em uma condição especial, quando comparada aos


adultos, necessitando de cuidados e assistência especiais, principalmente em
seu ambiente familiar, onde sua educação deve seguir os ideais proclamados
na Carta das Nações Unidas, juntamente com um clima de paz, tolerância,
liberdade, tendo como finalidade o desenvolvimento pleno e harmônico de sua
personalidade, por isso, fez-se necessário o reconhecimento de direitos
próprios da criança.
A Convenção internacional sobre os direitos da criança é um tratado que
visa à proteção de crianças de todo o mundo, aprovada na Resolução 44/25 da
Assembleia Geral das Nações Unidas, em 20 de novembro de 1989.

Os direitos enunciados na Convenção sobre os Direitos da Criança


abrangem, sem discriminação de cor, raça, língua e ideologia, todas as
pessoas que estejam entre 0 e 18 anos de idade.
Foram necessários aproximadamente 40 anos de pesquisas e análises
para que se conseguissem a elaboração e a aceitação de uma Convenção
sobre os Direitos da Criança.
Os Estados também foram preparados para reconsiderar a necessidade
da Convenção, sendo uma das principais metas a formulação de um
documento compreensivo dos Direitos da Criança, que seria acessível às
crianças e às pessoas que trabalhassem com elas.
Essa Convenção tem sido o documento normativo com maior
capacidade mobilizadora desde a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Isso mostra que o primeiro objetivo, o de conscientizar sobre a necessidade de
medidas concretas, a fim de que os direitos por ela consagrados possam ser
consubstanciados, começa a ser alcançado.

Essa Convenção foi concebida com quatro observações :


1. A participação da criança em suas próprias e destinadas decisões
afetivas;
2. A proteção da criança contra a discriminação e todas as formas de
desprezo e exploração;
3. A prevenção de ofensa à criança ;
4. A provisão de assistência para suas necessidades básicas.
É bom lembrar que os direitos das crianças não são apenas uma
questão de prevenção, participação, salvação ou libertação aplicados
separadamente: todos esses requisitos são igualmente necessários, quando
aplicados apropriadamente.
A Convenção é composta de um Preâmbulo e cinqüenta e quatro artigos
dispositivos divididos em três partes: a Parte I, definidora e regulamentadora,
dispõe em substância sobre os direitos da criança; a Parte II estabelece o
órgão e a forma de monitoramento de sua implementação; a Parte III traz as
posições regulamentares do próprio instrumento.

Os princípios orientadores da Convenção são: não discriminação; os


melhores interesses da criança, como uma consideração primária em todas as
ações relativas às crianças; o direito inerente da criança à vida, e a obrigação
dos Estados partes de garantir, ao máximo, a sobrevivência e o
desenvolvimento da criança; e o direito da criança de expressar seus pontos de
vista livremente em todos os assuntos que afetam sua vida, com essas visões
recebendo o devido peso.

Segue a enumeração de alguns direitos :

Todo ser humano, ao nascer, tem direito a um registro, contendo seu


nome e nacionalidade e caso seja privado de um de todos os elementos
constitutivos de sua identidade, os Estados-partes tomarão medidas, para que
sua identidade seja restabelecida.

A criança não poderá ser separada, retirada de seu ambiente familiar


contra a vontade de seus pais, exceto quando a criança estiver sofrendo maus
tratos, ou quando a família não zele pelo seu bem-estar. Acontecendo isso,
verificar-se-á se a separação é do interesse superior da criança. Se houver
separação, a criança tem o direito de optar se quer ter ou não contato com
ambos os pais.

As crianças que estejam fora de seu ambiente familiar, refugiadas ou


consideradas como tal, para que possam usufruir de seus direitos, receberão
dos Estados-partes proteção e assistência humanitária.

Serão considerados rápidos, positivos e humanitários todos os pedidos


da criança ou de seus pais com o propósito de reunificação familiar.

Como toda pessoa humana, a criança também tem o direito de liberdade


de pensamento, consciência e crença, independentemente da forma como o
faça, desde que não desrespeite o direito de outrem.

Toda criança tem direito à educação, pelo menos na fase elementar que
deve ser obrigatória e gratuita, cabendo aos pais a responsabilidade na sua
educação e desenvolvimento e, caso os pais trabalhem, a criança tem direito a
serviços de assistência social e creches.

Toda criança tem direito à saúde, serviços destinados ao tratamento das


doenças e à recuperação da saúde, como também, de usufruir da previdência
social.

Fazendo parte de minorias étnicas, linguísticas ou de origem indígena,


não lhes será negado o direito de professar suas crenças e costumes.

A criança será protegida contra qualquer trabalho que seja nocivo a sua
saúde física, mental e moral. Para isto, foram estabelecidas idades mínimas
para a admissão de empregos, como também horários e condições de
trabalho.

Os Estados-partes protegerão as crianças contra o uso ilícito de drogas


e substâncias psicotrópicas, contra a participação na produção e no tráfico
dessas substâncias, como também protegerão as crianças contra qualquer tipo
de discriminação, violência física ou mental, abuso ou tratamento negligente,
maus tratos, exploração, inclusive toda forma de abuso sexual e contra o tráfico
e a retenção ilícita das mesmas no exterior.
Convenção sobre os Direitos da Criança foi adotada pela Assembleia
Geral da ONU em 20 de novembro de 1989. Entrou em vigor em 2 de setembro
de 1990.
É o instrumento de direitos humano mais aceito na história universal. Foi
ratificado por 196 países. Somente os Estados Unidos não ratificaram a
Convenção.
Além de relatar a respeito da própria convenção, o Brasil assinou dois
Protocolos Opcionais à Convenção sobre os Direitos da Criança: um relativo ao
envolvimento de crianças em conflito armado; e outro que diz respeito à venda
e prostituição de crianças aos quais o Estado também relata.
O Brasil ratificou a Convenção sobre os Direitos da Criança em 24 de
setembro de 1990.

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