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PRF

Policial Rodoviário Federal

1 Modelagem de situações-problema por meio de equações do 1º e 2º graus e sistemas lineares ..... 1


2 Noção de função. 2.1 Análise gráfica. 2.2 Funções afim, quadrática, exponencial e logarítmica. 2.3
Aplicações .............................................................................................................................................. 25
3 Taxas de variação de grandezas. 3.1 Razão e proporção com aplicações ..................................... 58
3.2 Regra de três simples e composta ............................................................................................... 74
4 Porcentagem .................................................................................................................................. 87
5 Regularidades e padrões em sequências. 5.1 Sequências numéricas. 5.2 Progressão aritmética e
progressão geométrica ........................................................................................................................... 93
6 Noções básicas de contagem e probabilidade .............................................................................. 104
7 Descrição e análise de dados. 7.1 Leitura e interpretação de tabelas e gráficos apresentados em
diferentes linguagens e representações ............................................................................................... 123
7.2 Cálculo de médias e análise de desvios de conjuntos de dados ................................................ 134
8 Noções básicas de teoria dos conjuntos ....................................................................................... 167
9 Análise e interpretação de diferentes representações de figuras planas, como desenhos, mapas e
plantas. 9.1 Utilização de escalas. 9.2 Visualização de figuras espaciais em diferentes posições. 9.3
Representações bidimensionais de projeções, planificações e cortes .................................................. 178
10 Métrica. 10.1 Áreas e volumes. 10.2 Estimativas. 10.3 Aplicações ............................................. 215

Candidatos ao Concurso Público,


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Bons estudos!

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1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
1 Modelagem de situações-problema por meio de equações do 1º e 2º graus e
sistemas lineares

Caro(a) candidato(a), antes de iniciar nosso estudo, queremos nos colocar à sua disposição, durante
todo o prazo do concurso para auxiliá-lo em suas dúvidas e receber suas sugestões. Muito zelo e técnica
foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação ou dúvida
conceitual. Em qualquer situação, solicitamos a comunicação ao nosso serviço de atendimento ao cliente
para que possamos esclarecê-lo. Entre em contato conosco pelo e-mail: professores@maxieduca.com.br

EQUAÇÃO DO 1º GRAU OU LINEAR

Equação é toda sentença matemática aberta que exprime uma relação de igualdade e uma incógnita
ou variável (x, y, z,..).
Observe a figura:

A figura acima mostra uma equação (uma igualdade), onde precisamos achar o valor da variável x,
para manter a balança equilibrada. Equacionando temos:
x + x + 500 + 100 = x + 250 + 500 → 2x + 600 = x + 750.

Exemplos
2x + 8 = 0
5x – 4 = 6x + 8
3a – b – c = 0

- Não são equações:


4 + 8 = 7 + 5 (Não é uma sentença aberta)
x– 5<3 (Não é igualdade)
5≠7 (Não é sentença aberta, nem igualdade)

Termo Geral da equação do 1º grau


Onde a e b (a ≠ 0) são números conhecidos e a diferença de 0, se resolve de maneira simples,
subtraindo b dos dois lados obtemos:

ax + b – b = 0 – b → ax = - b → x = - b/a

Termos da equação do 1º grau

Nesta equação cada membro possui dois termos:


1º membro composto por 5x e -1.
2º membro composto pelo termo x e +7.

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Resolução da equação do 1º grau
O método que usamos para resolver a equação de 1º grau é isolando a incógnita, isto é, deixar a
incógnita sozinha em um dos lados da igualdade. O método mais utilizado para isso é invertermos as
operações. Vejamos:
Resolvendo a equação 2x + 600 = x + 750, passamos os termos que tem x para um lado e os números
para o outro invertendo as operações.
2x – x = 750 – 600, com isso eu posso resolver minha equação → x = 150

Outros exemplos
1) Resolução da equação 3x – 2 = 16, invertendo operações.

Procedimento e justificativa: Se 3x – 2 dá 16, conclui-se que 3x dá 16 + 2, isto é, 18 (invertemos a


subtração). Se 3x é igual a 18, é claro que x é igual a 18 : 3, ou seja, 6 (invertemos a multiplicação por 3).

Registro

2) Resolução da equação: 1 – 3x + 2 = x + 1 , efetuando a mesma operação nos dois lados da


5 2
igualdade(outro método de resolução).

Procedimento e justificativa: Multiplicamos os dois lados da equação pelo mmc (2;5) = 10. Dessa
forma, são eliminados os denominadores. Fazemos as simplificações, os cálculos necessários e isolamos
o x, sempre efetuando a mesma operação nos dois lados da igualdade.

Registro:

Há também um processo prático, bastante usado, que se baseia nessas ideias e na percepção de um
padrão visual.

- Se a + b = c, conclui-se que a = c – b.
Na primeira igualdade, a parcela b aparece somando no lado esquerdo; na segunda, a parcela b
aparece subtraindo no lado direito da igualdade.

- Se a . b = c, conclui-se que a = c : b, desde que b ≠ 0.


Na primeira igualdade, o número b aparece multiplicando no lado esquerdo; na segunda, ele aparece
dividindo no lado direito da igualdade.

O processo prático pode ser formulado assim:


- Para isolar a incógnita, coloque todos os termos com incógnita de um lado da igualdade e os demais
termos do outro lado;
- Sempre que mudar um termo de lado, inverta a operação.

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Questões

01. (PM/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) O gráfico mostra o número de gols marcados, por
jogo, de um determinado time de futebol, durante um torneio.

Sabendo que esse time marcou, durante esse torneio, um total de 28 gols, então, o número de jogos
em que foram marcados 2 gols é:
(A) 3.
(B) 4.
(C) 5.
(D) 6.
(E) 7.

02. (Pref. Imaruí – Agente Educador – Pref. Imaruí) Certa quantia em dinheiro foi dividida igualmente
entre três pessoas, cada pessoa gastou a metade do dinheiro que ganhou e 1/3(um terço) do restante de
cada uma foi colocado em um recipiente totalizando R$900,00(novecentos reais), qual foi a quantia
dividida inicialmente?
(A) R$900,00
(B) R$1.800,00
(C) R$2.700,00
(D) R$5.400,00

03. (PRODAM/AM – Auxiliar de Motorista – FUNCAB) Um grupo formado por 16 motoristas


organizou um churrasco para suas famílias. Na semana do evento, seis deles desistiram de participar.
Para manter o churrasco, cada um dos motoristas restantes pagou R$ 57,00 a mais.
O valor total pago por eles, pelo churrasco, foi:
(A) R$ 570,00
(B) R$ 980,50
(C) R$ 1.350,00
(D) R$ 1.480,00
(E) R$ 1.520,00

04. (METRÔ – Assistente Administrativo Júnior – FCC) Uma linha de Metrô inicia-se na 1ª estação
e termina na 18ª estação. Sabe-se que a distância dentre duas estações vizinhas é sempre a mesma,
exceto da 1ª para a 2ª, e da 17ª para a 18ª, cuja distância é o dobro do padrão das demais estações
vizinhas. Se a distância da 5ª até a 12ª estação é de 8 km e 750 m, o comprimento total dessa linha de
Metrô, da primeira à última estação, é de
(A) 23 km e 750 m.
(B) 21 km e 250 m.
(C) 25 km.
(D) 22 km e 500 m.
(E) 26 km e 250 m.

05. (Câmara de São Paulo/SP – Técnico Administrativo – FCC) Um funcionário de uma empresa
deve executar uma tarefa em 4 semanas. Esse funcionário executou 3/8 da tarefa na 1a semana. Na 2a
semana, ele executou 1/3 do que havia executado na 1a semana. Na 3a e 4a semanas, o funcionário
termina a execução da tarefa e verifica que na 3a semana executou o dobro do que havia executado na
4a semana. Sendo assim, a fração de toda a tarefa que esse funcionário executou na 4ª semana é igual
a

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(A) 5/16.
(B) 1/6.
(C) 8/24.
(D)1/ 4.
(E) 2/5.
06. (Câmara de São Paulo/SP – Técnico Administrativo – FCC) Bia tem 10 anos a mais que Luana,
que tem 7 anos a menos que Felícia. Qual é a diferença de idades entre Bia e Felícia?
(A) 3 anos.
(B) 7 anos.
(C) 5 anos.
(D) 10 anos.
(E) 17 anos.

07. (DAE Americana/SP – Analista Administrativo – SHDIAS) Em uma praça, Graziela estava
conversando com Rodrigo. Graziela perguntou a Rodrigo qual era sua idade, e ele respondeu da seguinte
forma:
- 2/5 de minha idade adicionados de 3 anos correspondem à metade de minha idade.
Qual é a idade de Rodrigo?
(A) Rodrigo tem 25 anos.
(B) Rodrigo tem 30 anos.
(C) Rodrigo tem 35 anos.
(D) Rodrigo tem 40 anos.

08. (METRÔ/SP - Agente de Segurança Metroviária I - FCC) Dois amigos foram a uma pizzaria. O
3 7
mais velho comeu 8 da pizza que compraram. Ainda da mesma pizza o mais novo comeu 5 da
quantidade que seu amigo havia comido. Sendo assim, e sabendo que mais nada dessa pizza foi comido,
a fração da pizza que restou foi
3
(𝐴)
5
7
(𝐵)
8
1
(𝐶)
10
3
(𝐷)
10
36
(𝐸)
40

09. (METRÔ/SP - Agente de Segurança Metroviária I - FCC) Glauco foi à livraria e comprou 3
exemplares do livro J. Comprou 4 exemplares do livro K, com preço unitário de 15 reais a mais que o
preço unitário do livro J. Comprou também um álbum de fotografias que custou a terça parte do preço
unitário do livro K.

Glauco pagou com duas cédulas de 100 reais e recebeu o troco de 3 reais. Glauco pagou pelo álbum
o valor, em reais, igual a
(A) 33.
(B) 132.
(C) 54.
(D) 44.
(E) 11.

10. (METRÔ/SP - Agente de Segurança Metroviária I - FCC) Hoje, a soma das idades de três irmãos
é 65 anos. Exatamente dez anos antes, a idade do mais velho era o dobro da idade do irmão do meio,

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que por sua vez tinha o dobro da idade do irmão mais novo. Daqui a dez anos, a idade do irmão mais
velho será, em anos, igual a
(A) 55.
(B) 25.
(C) 40.
(D) 50.
(E) 35.

Comentários

01. Alternativa: E
0.2 + 1.8 + 2.x + 3.2 = 28
0 + 8 + 2x + 6 = 28 → 2x = 28 – 14 → x = 14 / 2 → x = 7

02. Alternativa: D
Quantidade a ser recebida por cada um: x
Se 1/3 de cada um foi colocado em um recipiente e deu R$900,00, quer dizer que cada uma colocou
R$300,00.
𝑥
𝑥 3
= + 300
3 2
𝑥 𝑥
= + 300
3 6
𝑥 𝑥
− = 300
3 6
2𝑥 − 𝑥
= 300
6
𝑥
= 300
6
x = 1800
Recebida: 1800.3=5400

03. Alternativa: E
Vamos chamar de ( x ) o valor para cada motorista. Assim:
16 . x = Total
Total = 10 . (x + 57) (pois 6 desistiram)
Combinando as duas equações, temos:
16.x = 10.x + 570 → 16.x – 10.x = 570
6.x = 570 → x = 570 / 6 → x = 95
O valor total é: 16 . 95 = R$ 1520,00.

04. Alternativa: A

Sabemos que da 5ª até a 12ª estação = 8 km + 750 m = 8750 m.


A quantidade de “espaços” da 5ª até a 12ª estação é: (12 – 5). x = 7.x
Assim: 7.x = 8750
x = 8750 / 7
x = 1250 m
Por fim, vamos calcular o comprimento total:
17 – 2 = 15 espaços
2.x + 2.x + 15.x =
= 2.1250 + 2.1250 + 15.1250 =
= 2500 + 2500 + 18750 = 23750 m 23 km + 750 m

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05. Alternativa: B
Tarefa: x
Primeira semana: 3/8x
1 3 1
2 semana:3 ∙ 8 𝑥 = 8 𝑥

3 1 4 1
1ª e 2ª semana: 𝑥 + 𝑥 = 𝑥 = 𝑥
8 8 8 2

Na 3ª e 4ª semana devem ser feito a outra metade, pois ele executou a metade na 1ª e 2ª semana
como consta na fração acima (1/2x).
3ªsemana: 2y
4ª semana: y
1
2𝑦 + 𝑦 = 2 𝑥
1
3𝑦 = 2 𝑥
1
𝑦 = 6𝑥

06. Alternativa: A
Luana: x
Bia: x + 10
Felícia: x + 7
Bia – Felícia = x + 10 – x – 7 = 3 anos.

07. Alternativa: B
Idade de Rodrigo: x
2 1
5
𝑥 + 3 = 2𝑥
2 1
𝑥 − 𝑥 = −3
5 2

Mmc(2,5)=10
4𝑥−5𝑥
10
= −3

4𝑥 − 5𝑥 = −30
𝑥 = 30

08. Alternativa: C
𝑝𝑖𝑧𝑧𝑎: 𝑥 ∴ 𝑦: 𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑟𝑒𝑠𝑡𝑜𝑢 𝑑𝑎 𝑝𝑖𝑧𝑧𝑎

3
𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑣𝑒𝑙ℎ𝑜: 𝑥
8
7 3 21
𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑛𝑜𝑣𝑜 ∶ ∙ 𝑥= 𝑥
5 8 40
3 21
𝑥+ 𝑥+𝑦 =𝑥
8 40
3 21
𝑦=𝑥− 𝑥− 𝑥
8 40
40𝑥 − 15𝑥 − 21𝑥 4𝑥 1
𝑦= = = 𝑥
40 40 10

Sobrou 1/10 da pizza.

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09. Alternativa: E
Preço livro J: x
Preço do livro K: x+15
𝑥 + 15
á𝑙𝑏𝑢𝑚:
3
Valor pago:197 reais (2.100 – 3)

𝑥 + 15
3𝑥 + 4(𝑥 + 15) + = 197
3

9𝑥 + 12(𝑥 + 15) + 𝑥 + 15
= 197
3

9𝑥 + 12𝑥 + 180 + 𝑥 + 15 = 591


22𝑥 = 396
𝑥 = 18
𝑥 + 15 18 + 15
á𝑙𝑏𝑢𝑚: = = 11
3 3

O valor pago pelo álbum é de R$ 11,00.

10. Alternativa: C
Irmão mais novo: x
Irmão do meio: 2x
Irmão mais velho:4x
Hoje:
Irmão mais novo: x + 10
Irmão do meio: 2x + 10
Irmão mais velho:4x + 10
x + 10 + 2x + 10 + 4x + 10 = 65
7x = 65 – 30 → 7x = 35 → x = 5
Hoje:
Irmão mais novo: x + 10 = 5 + 10 = 15
Irmão do meio: 2x + 10 = 10 + 10 = 20
Irmão mais velho:4x + 10 = 20 + 10 = 30
Daqui a dez anos
Irmão mais novo: 15 + 10 = 25
Irmão do meio: 20 + 10 = 30
Irmão mais velho: 30 + 10 = 40
O irmão mais velho terá 40 anos.

EQUAÇÃO DO 2º GRAU

Uma equação é uma expressão matemática que possui em sua composição incógnitas, coeficientes,
expoentes e um sinal de igualdade. As equações são caracterizadas de acordo com o maior expoente de
uma das incógnitas.

Em que a, b, c são números reais e a ≠ 0.

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Nas equações de 2º grau com uma incógnita1, os números reais expressos por a, b, c são chamados
coeficientes da equação.

Equação completa e incompleta

- Quando b ≠ 0 e c ≠ 0, a equação do 2º grau se diz completa.

Exemplos
x2 - 5x + 6 = 0 = 0 é uma equação completa (a = 1, b = – 5, c = 6).
- 3y2 + 2y - 15 = 0 é uma equação completa (a = - 3, b = 2, c = - 15).

- Quando b = 0 ou c = 0 ou b = c = 0, a equação do 2º grau se diz incompleta.

Exemplos
x² - 36 = 0 é uma equação incompleta (b=0).
x² - 10x = 0 é uma equação incompleta (c = 0).
4x² = 0 é uma equação incompleta (b = c = 0).

Todas essas equações estão escritas na forma ax2 + bx + c = 0, que é denominada forma normal ou
forma reduzida de uma equação do 2º grau com uma incógnita.
Há, porém, algumas equações do 2º grau que não estão escritas na forma ax2 + bx + c = 0; por meio
de transformações convenientes, em que aplicamos o princípio aditivo e o multiplicativo, podemos reduzi-
las a essa forma.

Exemplo
Pelo princípio aditivo.
2x2 – 7x + 4 = 1 – x2
2x2 – 7x + 4 – 1 + x2 = 0
2x2 + x2 – 7x + 4 – 1 = 0
3x2 – 7x + 3 = 0

Exemplo
Pelo princípio multiplicativo.

Raízes de uma equação do 2º grau


Raiz é o número real que, ao substituir a incógnita de uma equação, transforma-a numa sentença
verdadeira. As raízes formam o conjunto verdade ou solução de uma equação.

Resolução das equações incompletas do 2º grau com uma incógnita


Primeiramente devemos saber duas importantes propriedades dos números Reais que é o nosso
conjunto Universo.

1
somatematica.com.br
IEZZI, Gelson. DOLCE, Osvaldo. Matemática: ciência e aplicações. 9ª ed. Saraiva. São Paulo. 2017.

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1°) A equação é da forma ax2 + bx = 0.
x2 – 9x = 0  colocamos x em evidência
x . (x – 9) = 0 , aplicando a 1º propriedade dos Reais temos:
x=0 ou x–9=0
x=9
Logo, S = {0, 9} e os números 0 e 9 são as raízes da equação.

2º) A equação é da forma ax2 + c = 0.


x2 – 16 = 0  Fatoramos o primeiro membro, que é uma diferença de dois quadrados.
(x + 4) . (x – 4) = 0, aplicando a 1º propriedade dos Reais temos:
x+4=0 x–4=0
x=–4 x=4
ou
x2 – 16 = 0 → x2 = 16 → √x2 = √16 → x = ± 4, (aplicando a segunda propriedade).
Logo, S = {–4, 4}.

Resolução das equações completas do 2º grau com uma incógnita

Para este tipo de equação utilizaremos a Fórmula de Bháskara.


Usando o processo de Bháskara e partindo da equação escrita na sua forma normal, foi possível
chegar a uma fórmula que vai nos permitir determinar o conjunto solução de qualquer equação do 2º grau
de maneira mais simples.

Essa fórmula é chamada fórmula resolutiva ou fórmula de Bháskara.

Nesta fórmula, o fato de x ser ou não número real vai depender do discriminante Δ; temos então, três
casos a estudar.

A existência ou não de raízes reais e o fato de elas serem duas ou uma única dependem,
exclusivamente, do discriminante Δ = b2 – 4.a.c; daí o nome que se dá a essa expressão.

Exemplos
1) Resolver a equação 3x2 + 7x + 9 = 0 no conjunto R.
Temos: a = 3, b = 7 e c = 9

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−7 ± √−59
𝑥=
6

Como Δ < 0, a equação não tem raízes reais.


Então: S = ᴓ

2) Resolver a equação 5x2 – 12x + 4=0


Temos que a= 5, b= -12 e c = 4.
Aplicando na fórmula de Bháskara:

−𝑏 ± √𝑏 2 − 4𝑎𝑐 −(−12) ± √(−12)2 − 4.5.4 12 ± √144 − 80 12 ± √64


𝑥= = = =
2𝑎 2.5 10 10

Como Δ > 0, logo temos duas raízes reais distintas:

12 ± 8 12 + 8 20 12 − 8 4: 2 2
𝑥= → 𝑥′ = = = 2 𝑒 𝑥 ′′ = = =
10 10 10 10 10: 2 5

S= {2/5, 2}

Relação entre os coeficientes e as raízes


As equações do 2º grau possuem duas relações entre suas raízes, são as chamadas relações de
Girard, que são a Soma (S) e o Produto (P).
𝒃
1) Soma das raízes é dada por: 𝑺 = 𝒙𝟏 + 𝒙𝟐 = −
𝒂

𝒄
2) Produto das raízes é dada por: 𝑷 = 𝒙𝟏 . 𝒙𝟐 = 𝒂

Logo podemos reescrever a equação da seguinte forma:

x2 – Sx + P = 0
Exemplos
1) Determine uma equação do 2º grau cujas raízes sejam os números 2 e 7.
Resolução:
Pela relação acima temos:
S = 2+7 = 9
P = 2.7 = 14
Com esses valores montamos a equação: x2 - 9x + 14 = 0

2) Resolver a equação do 2º grau: x2 - 7x + 12 = 0


Observe que S = 7 e P = 12, basta agora pegarmos dois números aos quais somando obtemos 7 e
multiplicados obtemos 12.
S= 3 + 4 = 7 e P = 4.3 = 12, logo o conjunto solução é: S = {3,4}

Questões

01. (Pref. Jundiaí/SP – Eletricista – MAKIYAMA) Para que a equação (3m-9)x²-7x+6=0 seja uma
equação de segundo grau, o valor de m deverá, necessariamente, ser diferente de:
(A) 1.
(B) 2.
(C) 3.
(D) 0.
(E) 9.

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02. (Câmara de Canitar/SP – Recepcionista – INDEC) Qual a equação do 2º grau cujas raízes são
1 e 3/2?
(A) x²-3x+4=0
(B) -3x²-5x+1=0
(C) 3x²+5x+2=0
(D) 2x²-5x+3=0

03. (Câmara de Canitar/SP – Recepcionista – INDEC) O dobro da menor raiz da equação de 2º grau
dada por x²-6x=-8 é:
(A) 2
(B) 4
(C) 8
(D) 12

04. (CGU – Administrativa – ESAF) Um segmento de reta de tamanho unitário é dividido em duas
partes com comprimentos x e 1-x respectivamente.
Calcule o valor mais próximo de x de maneira que
x = (1-x) / x, usando 5=2,24.
(A) 0,62
(B) 0,38
(C) 1,62
(D) 0,5
(E) 1/ 𝜋

05. (PRODAM/AM – Assistente – FUNCAB) Hoje João tem oito anos a mais que sua irmã, e o produto
das suas idades é 153. Daqui a dez anos, a soma da idade de ambos será:
(A) 48 anos.
(B) 46 anos.
(C) 38 anos.
(D) 36 anos.
(E) 32 anos.

06. (Pref. Paulistana/PI – Professor de Matemática – IMA) Temos que a raiz do polinômio p(x) = x²
– mx + 6 é igual a 6. O valor de m é:
(A) 15
(B) 7
(C) 10
(D) 8
(E) 5

07. (CBTU – Analista de Gestão – CONSULPLAN) Considere a seguinte equação do 2º grau: ax2 +
bx + c = 0. Sabendo que as raízes dessa equação são x’ = 6 e x’’ = –10 e que a + b = 5, então o
discriminante dessa equação é igual a
(A) 196.
(B) 225.
(C) 256.
(D) 289.

08. (SAAE/SP - Fiscal Leiturista – VUNESP) O dono de uma papelaria comprou 98 cadernos e ao
formar pilhas, todas com o mesmo número de cadernos, notou que o número de cadernos de uma pilha
era igual ao dobro do número de pilhas. O número de cadernos de uma pilha era
(A) 12.
(B) 14.
(C) 16.
(D) 18.
(E) 20.

. 11
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
09. (Pref. de São Paulo/SP - Guarda Civil Metropolitano - MS CONCURSOS) Se x1 > x2 são as
1 1
raízes da equação x2 - 27x + 182 = 0, então o valor de 𝑥 - 𝑥 é:
2 1
1
(A) .
27

1
(B) .
13

(C) 1.
1
(D) 182.

1
(E) 14.

10. (Pref. de Mogeiro/PB - Professor – EXAMES) A soma das raízes da equação (k - 2)x² - 3kx + 1
= 0, com k ≠ 2, é igual ao produto dessas raízes. Nessas condições. Temos:
(A) k = 1/2.
(B) k = 3/2.
(C) k = 1/3.
(D) k = 2/3.
(E) k = -2.

Comentários

01. Resposta: C
Neste caso o valor de a ≠ 0, 𝑙𝑜𝑔𝑜:
3m - 9 ≠ 0 → 3m ≠ 9 → m ≠ 3

02. Resposta: D
Como as raízes foram dadas, para saber qual a equação:
x² - Sx +P=0, usando o método da soma e produto; S= duas raízes somadas resultam no valor
numérico de b; e P= duas raízes multiplicadas resultam no valor de c.

3 5
𝑆 =1+ = =𝑏
2 2
3 3
𝑃 =1∙ = = 𝑐 ; 𝑠𝑢𝑏𝑠𝑡𝑖𝑡𝑢𝑖𝑛𝑑𝑜
2 2
5 3
𝑥2 − 𝑥 + = 0
2 2

2𝑥 2 − 5𝑥 + 3 = 0

03. Resposta: B
x²-6x+8=0
∆= (−6)2 − 4.1.8 ⇒ 36 − 32 = 4

−(−6)±√4 6±2
𝑥= ⇒𝑥=
2.1 2

6+2
𝑥1 = =4
2

6−2
𝑥2 = 2
=2

Dobro da menor raiz: 22=4

. 12
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
04. Resposta: A
1−𝑥
𝑥=
𝑥
x² = 1-x
x² + x -1 =0
∆= (1)2 − 4.1. (−1) ⇒ ∆= 1 + 4 = 5
−1 ± √5
𝑥=
2
(−1 + 2,24)
𝑥1 = = 0,62
2
−1 − 2,24
𝑥2 = = −1,62 (𝑛ã𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑣é𝑚)
2

05. Resposta: B
Hoje:
J = IR + 8 ( I )
J . IR = 153 ( II )
Substituir ( I ) em ( II ):
(IR + 8). IR = 153
IR² + 8.IR – 153 = 0 (Equação do 2º Grau)
𝛥 = 𝑏 2 − 4𝑎𝑐
𝛥 = 82 − 4.1. (−153)
𝛥 = 64 + 612
𝛥 = 676

−𝑏±√𝛥
𝑥= 2𝑎

−8±√676 −8±26
𝑥= 2.1
= 2

−8+26 18
𝑥1 = 2
= 2
=9

−8−26 −34
𝑥2 = = = −17 (Não Convém)
2 2

Portanto, hoje, as idades são 9 anos e 17 anos.


Daqui a 10 anos, serão 19 anos e 27 anos, cuja soma será 19 + 27 = 46 anos.

06. Resposta: B
Lembrando que a fórmula pode ser escrita como :x²-Sx+P, temos que P(produto)=6 e se uma das
raízes é 6, a outra é 1.
Então a soma é 6+1=7
S=m=7

07. Resposta: C
O discriminante é calculado por ∆ = 𝑏 2 − 4𝑎𝑐
Antes, precisamos calcular a, b e c.
* Soma das raízes = – b / a
– b / a = 6 + (– 10)
– b / a = – 4 . (– 1)
b=4.a
Como foi dado que a + b = 5, temos que: a + 4.a = 5. Assim:
5.a = 5 e a = 1
*b=4.1=4
Falta calcular o valor de c:
* Produto das raízes = c / a

. 13
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
c / 1 = 6 . (– 10)
c = – 60
Por fim, vamos calcular o discriminante:
∆ = 𝑏 2 − 4𝑎𝑐
∆ = 42 − 4.1. (−60) = 16 + 240 = 256

08. Resposta: B
Chamando de (c o número de cadernos em cada pilha, e de ( p ) o número de pilhas, temos:
c = 2.p (I)
p.c = 98 (II)
Substituindo a equação (I) na equação (II), temos:
p.2p = 98
2.p² = 98
p² = 98 / 2
p = √49
p = 7 pilhas
Assim, temos 2.7 = 14 cadernos por pilha.

09. Resposta: D
Primeiro temos que resolver a equação:
a = 1, b = - 27 e c = 182
∆ = b2 – 4.a.c
∆ = (-27)2 – 4.1.182
∆ = 729 – 728
∆=1

−𝑏±√∆ −(−27)±√1 27±1


𝑥= = = → x1 = 14 ou x2 = 13
2𝑎 2.1 2

O mmc entre x1 e x2 é o produto x1.x2

1 1 𝑥1 − 𝑥2 14 − 13 1
− = = =
𝑥2 𝑥1 𝑥2 . 𝑥1 14.13 182

10. Resposta: C
−𝑏 𝑐
Vamos usar as fórmulas da soma e do produto: S = eP= .
𝑎 𝑎
(k – 2)x2 – 3kx + 1 = 0; a = k – 2, b = - 3k e c = 1
S=P
−𝑏 𝑐
= → - b = c → -(-3k) = 1 → 3k = 1 → k = 1/3
𝑎 𝑎

SISTEMAS DE EQUAÇÕES DO 1º GRAU

Observe o raciocínio: João e José são colegas. Ao passarem por uma livraria, João resolveu comprar
2 cadernos e 3 livros e pagou por eles R$ 15,40, no total dos produtos. José gastou R$ 9,20 na compra
de 2 livros e 1 caderno. Os dois ficaram satisfeitos e foram para casa.
No dia seguinte, encontram um outro colega e falaram sobre suas compras, porém não se lembrava
do preço unitário dos livros. Sabiam, apenas que todos os livros, como todos os cadernos, tinham o
mesmo preço.
Bom, diante deste problema, será que existe algum modo de descobrir o preço de cada livro ou caderno
com as informações que temos?

Definição

Um sistema de equação do primeiro grau com duas incógnitas x e y, pode ser definido como um
conjunto formado por duas equações do primeiro grau. Lembrando que equação do primeiro grau é aquela
que em todas as incógnitas estão elevadas à potência 1.

Exemplos de sistemas:

. 14
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
{ Observe este símbolo. A matemática convencionou neste caso para indicar que duas ou mais
equações formam um sistema.

Resolução de sistemas
Resolver um sistema significa encontrar um par de valores das incógnitas x e y que faça verdadeira
as equações que fazem parte do sistema.

Exemplos:
a) O par (4,3) pode ser a solução do sistema
x– y = 2
{
x + y = 6

Para saber se estes valores satisfazem ao sistema, basta substituir os valores em ambas as equações:
x– y = 2
{
x + y = 6

x-y=2 ; x+y=6
4–3=1 ;4+3=7
1 ≠ 2 (falso) 7 ≠ 6 (falso)
A resposta então é falsa. O par (4,3) não é a solução do sistema de equações acima.

b) O par (5,3) pode ser a solução do sistema


x– y = 2
{
x + y = 8

x–y=2
x+y=8
Para saber se estes valores satisfazem ao sistema, basta substituir os valores em ambas as equações:
x–y=2; x+y=8
5–3=2 ;5+3=8
2 = 2 (verdadeiro 8 = 8 (verdadeiro)
A resposta então é verdadeira. O par (5, 3) é a solução do sistema de equações acima.

Métodos para solução de sistemas do 1º grau

Método de substituição
Esse método de resolução de um sistema de 1º grau estabelece que “extrair” o valor de uma incógnita
é substituir esse valor na outra equação.
Observe:
x– y = 2
{
x + y = 4
Vamos escolher uma das equações para “extrair” o valor de uma das incógnitas, ou seja, estabelecer
o valor de acordo com a outra incógnita, desta forma:
x–y=2→x=2+y
Agora iremos substituir o “x” encontrado acima, na “x” da segunda equação do sistema:
x+y=4
(2 + y) + y = 4
2 + 2y = 4 → 2y = 4 – 2 → 2y = 2 → y = 1
Temos que: x = 2 + y, então

. 15
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
x=2+1
x=3
Assim, o par (3, 1) torna-se a solução verdadeira do sistema.

Método da adição
Este método de resolução de sistema do 1º grau consiste apenas em somas os termos das equações
fornecidas.
Observe:
x – y = −2
{
3x + y = 5
Neste caso de resolução, somam-se as equações dadas:
x – y = -2
3x + y = 5 +
4x = 3
x = 3/4
Veja nos cálculos que quando somamos as duas equações o termo “y” se anula. Isto tem que ocorrer
para que possamos achar o valor de “x”.
Agora, e quando ocorrer de somarmos as equações e os valores de “x” ou “y” não se anularem para
ficar somente uma incógnita?
Neste caso, é possível usar uma técnica de cálculo de multiplicação pelo valor excludente negativo.
Ex.:
3x + 2y = 4
{
2x + 3y = 1
Ao somarmos os termos acima, temos:
5x + 5y = 5, então para anularmos o “x” e encontramos o valor de “y”, fazemos o seguinte:
» multiplica-se a 1ª equação por +2
» multiplica-se a 2ª equação por – 3

Vamos calcular então:


3x + 2y = 4 (x +2)
2x + 3y = 1 (x -3)
6x +4y = 8
-6x - 9y = -3 +
-5y = 5
y = -1

Substituindo:
2x + 3y = 1
2x + 3.(-1) = 1
2x = 1 + 3
x=2

Verificando:
3x + 2y = 4 → 3.(2) + 2(-1) = 4 → 6 – 2 = 4
2x + 3y = 1 → 2.(2) + 3(-1) = 1 → 4 – 3 = 1

Gráfico de um sistema do 1º grau

Dispondo de dois pontos, podemos representa-los graficamente em um plano cartesiano. A figura


formada por esses pontos é uma reta.
Exemplo:
Dado x + y = 4, vamos traçar o gráfico desta equação. Vamos atribuir valores a x e a y para
acharmos os pontos no gráfico.

. 16
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
Unindo os pontos traçamos a reta, que contém todos os pontos da equação. A essa reta damos o
nome de reta suporte.

Questões

01. (SABESP – Aprendiz – FCC) Em uma gincana entre as três equipes de uma escola (amarela,
vermelha e branca), foram arrecadados 1 040 quilogramas de alimentos. A equipe amarela arrecadou 50
quilogramas a mais que a equipe vermelha e esta arrecadou 30 quilogramas a menos que a equipe
branca. A quantidade de alimentos arrecadada pela equipe vencedora foi, em quilogramas, igual a
(A) 310
(B) 320
(C) 330
(D) 350
(E) 370

02. (PM/SE – Soldado 3ªclasse – FUNCAB) Os cidadãos que aderem voluntariamente à Campanha
Nacional de Desarmamento recebem valores de indenização entre R$150,00 e R$450,00 de acordo com
o tipo e calibre do armamento. Em uma determinada semana, a campanha arrecadou 30 armas e pagou
indenizações somente de R$150,00 e R$450,00, num total de R$7.500,00.
Determine o total de indenizações pagas no valor de R$150,00.
(A) 20
(B) 25
(C) 22
(D) 24
(E) 18

03. (Pref. Lagoa da Confusão/TO – Orientador Social – IDECAN) A razão entre a idade de Cláudio
e seu irmão Otávio é 3, e a soma de suas idades é 28. Então, a idade de Marcos que é igual a diferença
entre a idade de Cláudio e a idade de Otávio é
(A) 12.
(B) 13.
(C) 14.
(D) 15.
(E) 16.

. 17
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
04. (Pref. de Nepomuceno/MG – Porteiro – CONSULPLAN) Numa adega encontram-se
armazenadas garrafas de vinho seco e suave num total de 300 garrafas, sendo que o número de garrafas
de vinho seco excede em 3 unidades o dobro do número de garrafas de vinho suave. Assim, a
porcentagem de garrafas de vinho seco dessa adega é igual a
(A) 60%.
(B) 63%.
(C) 65%.
(D) 67%.
(E) 70%.

05. (PETROBRAS - Técnico de Administração e Controle Júnior – CESGRANRIO) Maria vende


salgados e doces. Cada salgado custa R$2,00, e cada doce, R$1,50. Ontem ela faturou R$95,00
vendendo doces e salgados, em um total de 55 unidades.
Quantos doces Maria vendeu?
(A) 20
(B) 25
(C) 30
(D) 35
(E) 40

06. (TRT 6ª – Analista Judiciário –Administrativa – FCC) Para fazer um trabalho, um professor vai
dividir os seus 86 alunos em 15 grupos, alguns formados por cinco, outros formados por seis alunos.
Dessa forma, sendo C o número de grupos formados por cinco e S o número de grupos formados por
seis alunos, o produto C⋅S será igual a
(A) 56.
(B) 54.
(C) 50.
(D) 44.
(E) 36.

07. (Banco do Brasil – Escriturário – FCC) Dos 56 funcionários de uma agência bancária, alguns
decidiram contribuir com uma lista beneficente. Contribuíram 2 a cada 3 mulheres, e 1 a cada 4 homens,
totalizando 24 pessoas.
A razão do número de funcionárias mulheres para o número de funcionários homens dessa agência
é de
(A) 3 para 4.
(B) 2 para 3.
(C) 1 para 2.
(D) 3 para 2.
(E) 4 para 5.

08. (SABESP – Analista de Gestão I -Contabilidade – FCC) Em um campeonato de futebol, as


equipes recebem, em cada jogo, três pontos por vitória, um ponto em caso de empate e nenhum ponto
se forem derrotadas. Após disputar 30 partidas, uma das equipes desse campeonato havia perdido
apenas dois jogos e acumulado 58 pontos. O número de vitórias que essa equipe conquistou, nessas 30
partidas, é igual a
(A) 12
(B) 14
(C) 16
(D) 13
(E) 15

09. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VUNESP) Uma empresa comprou um determinado
número de folhas de papel sulfite, embaladas em pacotes de mesma quantidade para facilitar a sua
distribuição entre os diversos setores.
Todo o material deverá ser entregue pelo fornecedor acondicionado em caixas, sem que haja sobras.
Se o fornecedor colocar 25 pacotes por caixa, usará 16 caixas a mais do que se colocar 30 pacotes por
caixa. O número total de pacotes comprados, nessa encomenda, foi
(A) 2200.

. 18
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
(B) 2000.
(C) 1800.
(D )2400.
(E) 2500.

10. (SEAP – Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VUNESP) A razão entre o número de
litros de óleo de milho e o número de litros de óleo de soja vendidos por uma mercearia, nessa ordem, foi
de 5/7. Se o número total de litros de óleo vendidos (soja + milho) foi 288, então o número de litros de
óleo de soja vendidos foi
(A) 170.
(B) 176.
(C) 174.
(D) 168.
(E) 172.

Comentários

01. Resposta: E.
Amarela: x
Vermelha: y
Branca: z
x = y + 50
y = z - 30
z = y + 30
𝑥 + 𝑦 + 𝑧 = 1040
{ 𝑥 = 𝑦 + 50
𝑧 = 𝑦 + 30
Substituindo a II e a III equação na I:
𝑦 + 50 + 𝑦 + 𝑦 + 30 = 1040
3𝑦 = 1040 − 80
y = 320
Substituindo na equação II
x = 320 + 50 = 370
z=320+30=350
A equipe que mais arrecadou foi a amarela com 370kg

02. Resposta: A.
Armas de R$150,00: x
Armas de R$450,00: y
150𝑥 + 450𝑦 = 7500
{
𝑥 + 𝑦 = 30
x = 30 – y
Substituindo na 1ª equação:
150(30 − 𝑦) + 450𝑦 = 7500
4500 − 150𝑦 + 450𝑦 = 7500
300𝑦 = 3000
𝑦 = 10
𝑥 = 30 − 10 = 20
O total de indenizações foi de 20.

03. Resposta: C.
Cláudio :x
Otávio: y
𝑥
𝑦
=3
𝑥 = 3𝑦
{
𝑥 + 𝑦 = 28
𝑥 + 𝑦 = 28
3y + y = 28

. 19
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
4y = 28
y = 7 x = 21
Marcos: x – y = 21 – 7 = 14

04. Resposta: D.
Vinho seco: x
Vinho suave: y
𝑥 + 𝑦 = 300 (𝐼)
{
𝑥 = 2𝑦 + 3 (𝐼𝐼)
Substituindo II em I
2y + 3 + y = 300
3y = 297
y = 99
x = 201
300------100%
201-----x
x = 67%

05. Resposta: C.
Doces: x
Salgados: y
𝑥 + 𝑦 = 55
{
1,5𝑥 + 2𝑦 = 95
Resolvendo pelo método da adição, vamos multiplicar todos os termos da 1ª equação por -1,5:
−1,5𝑥 − 1,5𝑦 = −82,5
{
1,5𝑥 + 2𝑦 = 95
Assim temos:
0,5𝑦 = 12,5
𝑦 = 25 ∴ 𝑥 = 30
Ela vendeu 30 doces

06. Resposta: D.
5𝐶 + 6𝑆 = 86
{
𝐶 + 𝑆 = 15
C = 15 – S
Substituindo na primeira equação:
5(15 – S) + 6S = 86
75 – 5S + 6S = 86
S = 11
C = 15 – 11 = 4
𝐶 ∙ 𝑆 = 4 ∙ 11 = 44

07. Resposta: A.
Mulheres: x
Homens: y

2
𝑥 + 𝑦 = 56 (. − )
{ 3
2 1
𝑥 + 𝑦 = 24
3 4
2 2 112
− 𝑥− 𝑦=−
{ 3 3 3
2 1
𝑥 + 𝑦 = 24
3 4
Somando as duas equações:

2 1 112
− 𝑦+ 𝑦=− + 24
3 4 3

. 20
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
mmc(3,4) = 12

−8𝑦 + 3𝑦 = −448 + 288


-5y = - 160
y = 32
x = 24
razão de mulheres pra homens:
24 3
=
32 4

08. Resposta: E.
Vitórias: x
Empate: y
Derrotas: 2
Pelo método da adição temos:
𝑥 + 𝑦 + 2 = 30. (−1)
{
3𝑥 + 𝑦 = 58
−𝑥 − 𝑦 = −28
{
3𝑥 + 𝑦 = 58

2x = 30
x = 15

09. Resposta: D.
Total de pacotes: x
Caixas: y
𝑥
= 𝑦 + 16
25

25𝑦 + 400 = 𝑥
𝑥
=𝑦
30
𝑥 = 30𝑦

25𝑦 − 𝑥 = −400
{
𝑥 = 30𝑦
Substituindo:
25𝑦 − 30𝑦 = −400
−5𝑦 = −400
𝑦 = 80
𝑥 = 30 ∙ 80 = 2400

10. Resposta: D.
Óleo de milho: M
Óleo de soja: S

𝑀 5
= 7𝑀 = 5𝑆
𝑆 7
𝑀 + 𝑆 = 288 . (−7)
{
7𝑀 − 5𝑆 = 0
−7𝑀 − 7𝑆 = −2016
{
7𝑀 − 5𝑆 = 0

−12𝑆 = −2016
𝑆 = 168

. 21
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
SISTEMAS DE EQUAÇÕES DO 2º GRAU

Antes de resolvermos um sistema de equação do 2º grau, interpretarmos minuciosamente cada


questão e depois equacioná-las de forma a transcrever o texto em linguagem matemática.
Utilizamos o mesmo princípio da resolução dos sistemas de 1º grau, por adição, substituições, etc.
Uma sequência prática para acharmos sua solução é:
- Estabelecer o sistema de equações que traduzam o problema para a linguagem matemática;
- Resolver o sistema de equações;
- Interpretar as raízes encontradas, verificando se são compatíveis com os dados do problema.

Exemplo:
Com uma corda de 10 m de comprimento, Pedro deseja cercar uma área retangular de 4 m². Quais as
medidas dos lados desse retângulo?

Temos:
Comprimento: x
Largura: y

Deduzimos acima que seu perímetro é 10 → x + y + x + y = 10 ou 2x + 2y = 10 → x + y = 5 (dividindo


todos os termos por 2).
E sua área é 4, como a área do retângulo é dada por largura x comprimento, temos:
x.y = 4

Montando o sistema temos:

𝑥+𝑦 =5
{ → (isolando x na 1ª equação) x = 5 – y, → (substituindo na 2ª equação) (5 – y) . y = 4
𝑥. 𝑦 = 4

Resolvendo:
5y – y2 = 4 → - y2 + 5y – 4 = 0.(.-1) → y2 – 5y + 4 =0 (Temos então uma equação do 2ª grau)

a = 1 ; b= -5 e c= 4

−𝑏 ± √𝑏 2 − 4𝑎𝑐 −(−5) ± √(−5)2 − 4.1. (4) 5 ± √25 − 16


𝑥= →𝑥= →𝑥=
2𝑎 2.1 2

5 ± √9 5−3 2 5+3 8
𝑥= ∴ 𝑥′ = = = 1 𝑒 𝑥" = = =4
2 2 2 2 2

Logo:
Se x = 1 → y=5-1 → y=4
Se x= 4 → y = 5 -4 → y = 1

Observando temos os valores 1 e 4, tanto para x como para y. Então as medidas dos lados são 1 e 4,
podendo x ou y assumirem os mesmos.
Fazendo a conferência temos:
x + y = 5 ∴ x.y = 4
4+1=5 4.1 = 4
5=5 4=4
O par ordenado (1,4) ou (4,1) satisfaz o sistema de equações.

. 22
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
Questões

01. (Prefeitura de São Paulo/SP - Guarda Civil Metropolitano - MS CONCURSOS) A soma entre
dois números positivos é 37. Se o produto entre eles é 330, então o valor da diferença entre o maior e o
menor número é:
(A) 7.
(B) 23.
(C) 61.
(D) 17.
(E) 49.

02. (Câmara Municipal de Catas Altas/MG - Técnico em Contabilidade – FUMARC) Marque, dentre
as alternativas abaixo, a que identifica os pontos comuns aos gráficos de y = x2 + 2x e y = x + 2.
(A) (-2, 1) e (-1,3).
(B) (-2, 0) e (-1,3).
(C) (2,0) e (1,3).
(D) (-2,0) e (1,3).

03. (CPTM - Médico do trabalho – Makiyama) Sabe-se que o produto da idade de Miguel pela idade
de Lucas é 500. Miguel é 5 anos mais velho que Lucas. Qual a soma das idades de Miguel e Lucas?
(A) 40.
(B) 55.
(C) 65.
(D) 50.
(E) 45.

04. O produto de dois números inteiros e positivos é 10. O maior é igual ao dobro do menor mais 1.O
valor desse número é:
(A) 3 e 5
(B) 5 e 2
(C) 8 e 2
(D) 2 e 3
(E) 1 e 5

05. (TJ - FAURGS) Se a soma de dois números é igual a 10 e o seu produto é igual a 20, a soma de
seus quadrados é igual a:
(A) 30
(B) 40
(C) 50
(D) 60
(E) 80

Comentários

01. Resposta: A.
Sendo x e y os dois números procurados:
x + y = 37 (I)
x.y = 330 (II)
isolando y na equação (I) temos x + y = 37 → y = 37 – x, substituindo na equação (II):
x.(37 – x) = 330
37x – x2 = 330
x2 – 37x + 330 = 0 , a = 1; b = - 37 e c = 330
∆ = b2 – 4.a.c
∆ = (- 37)2 – 4.1.330
∆ = 1369 – 1320
∆ = 49

−𝑏±√∆ −(−37)±√49 37±7


𝑥= →𝑥= = →
2.𝑎 2.1 2

. 23
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37+7 44 37−7 30
𝑥= 2
= 2
= 22 ou 𝑥 = 2
= 2
= 15

Se x = 22 → y = 37 – 22 = 15

22 – 15 = 7

02. Resposta: D.
Do enunciado y = x2 + 2x e y = x + 2, então:
x2 + 2x = x + 2
x2 + 2x – x – 2 = 0
x2 + x – 2 = 0, a = 1, b = 1 e c = - 2

∆= 𝑏 2 − 4𝑎𝑐
∆= 12 − 4.1. (−2)
∆=1+8=9
−𝑏±√∆
𝑥= 2𝑎

−1±√9
𝑥= 2.1

−1±3 −1+3 −1−3


𝑥= 2
→𝑥= 2
= 1 ou 𝑥 = 2
= −2

Se x = 1 → y = 1 + 2 = 3 (1, 3)
Se x = - 2 → y = - 2 + 2 = 0 (-2, 0)

03. Resposta: E.
Sendo Miguel M e Lucas L:
M.L = 500 (I)
M = L + 5 (II)
substituindo II em I, temos:
(L + 5).L = 500
L2 + 5L – 500 = 0, a = 1, b = 5 e c = - 500

∆ = b2 – 4ac
∆ = 52 – 4.1.(- 500)
∆ = 25 + 2000
∆ = 2025

−𝑏±√∆
𝐿=
2𝑎

−5±√2025 −5±45 −5+45 40 −5−45 −50


𝐿= 2.1
= 2 → 𝐿 = 2 = 2 = 20 ou 𝐿 = 2
= 2
= −25 esta não convém pois L (idade)
tem que ser positivo.
Então L = 20 → M.20 = 500 → m = 500 : 20 = 25
M + L = 25 + 20 = 45

04. Resposta: B.
Pelo enunciado temos:
𝑥. 𝑦 = 10
{ → (2y+1).y = 10 → 2y2+y -10 = 0 → a= 2 ; b = 1 e c = -10
𝑥 = 2𝑦 + 1

−𝑏 ± √𝑏 2 − 4𝑎𝑐 −1 ± √(1)2 − 4.2. (−10) −1 ± √1 + 80


𝑦= →𝑦= →𝑦=
2𝑎 2.2 4
−1 ± 9 −1 − 9 −10 −1 + 9 8
𝑦= ∴ 𝑦1 = = = −2,5 𝑒 𝑦2 = = =2
4 4 4 4 4

. 24
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Como são números positivos então descartamos o valor de y1
Substituindo:
Se y = 2 ; x = 2.2 +1 → x = 5
Os números são 5 e 2.

05. Resposta: D.
𝑥 + 𝑦 = 10
{
𝑥. 𝑦 = 20
Eu quero saber a soma de seus quadrados x2 + y2
Vamos elevar o x + y ao quadrado:
(x + y)2 = (10)2 → x2 + 2xy + y2 = 100, como x . y=20 substituímos o valor :
x2 + 2.20 + y2 = 100 → x2 + 40 + y2 = 100 → x2 + y2 = 100 – 40 → x2 + y2 = 60

2 Noção de função. 2.1 Análise gráfica. 2.2 Funções afim, quadrática,


exponencial e logarítmica. 2.3 Aplicações

RELAÇÃO

Plano Cartesiano Ortogonal de Coordenadas

Foi criado por René Descartes, ao qual consiste em dois eixos perpendiculares:
1 - Horizontal denominado eixo das abscissas e
2 - Vertical denominado eixo das ordenadas.

Tem como objetivo localizarmos pontos determinados em um determinado espaço. Além do mais, o
plano cartesiano foi dividido em quadrantes aos quais apresentam as seguintes propriedades em relação
ao par ordenado (x, y) ou (a, b).

Par Ordenado

Quando representamos o conjunto (a, b) ou (b, a) estamos, na verdade, representando o mesmo


conjunto, sem nos preocuparmos com a ordem dos elementos. Porém, em alguns casos, é conveniente
distinguir a ordem destes elementos.
Para isso, usamos a ideia de par ordenado que é conjunto formado por dois elementos, onde o
primeiro é a ou x e o segundo é b ou y.

Exemplos

. 25
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
1) (a,b) = (2,5) → a = 2 e b = 5.
2) (a + 1,6) = (5,2b) → a + 1 = 5 e 6 = 2b → a = 5 -1 e b = 6/2 → a = 4 e b = 3.

Gráfico cartesiano do par ordenado


Todo par ordenado de números reais pode ser representado por um ponto no plano cartesiano.

Temos que:
- P é o ponto de coordenadas a e b;
- o número a é chamado de abscissa de P;
- o número b é chamado ordenada de P;
- a origem do sistema é o ponto O (0,0).

Vejamos a representação dos pontos abaixo:

A (4,3)
B (1,2)
C (-2,4)
D (-3,-4)
E (3,-3)
F (-4,0)
G (0,-2)

Produto Cartesiano

Dados dois conjuntos A e B, chamamos de produto cartesiano A x B ao conjunto de todos os possíveis


pares ordenados, de tal maneira que o 1º elemento pertença ao 1º conjunto (A) e o 2º elemento pertença
ao 2º conjunto (B).

𝐀 𝐱 𝐁 = {(𝐱, 𝐲)|𝐱 ∈ 𝐀 𝐞 𝐲 ∈ 𝐁}

Quando o produto cartesiano for efetuado entre o conjunto A e o conjunto A, podemos representar A
x A = A2. Vejamos, por meio de o exemplo a seguir, as formas de apresentação do produto cartesiano.

Exemplo
Sejam A = {2,3,4} e B = {3,5}. Podemos efetuar o produto cartesiano A x B, também chamado A
cartesiano B, e apresentá-lo de várias formas.

a) Listagem dos elementos


Apresentamos o produto cartesiano por meio da listagem, quando escrevemos todos os pares
ordenados que constituam o conjunto. Assim, no exemplo dado, teremos:

A x B = {(2,3),(2,5),(3,3),(3,5),(4,3),(4,5)}

Vamos aproveitar os mesmo conjuntos A e B e efetuar o produto B e A (B cartesiano A):


B x A = {(3,2),(3,3),(3,4),(5,2),(5,3),(5,4)}.

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Observando A x B e B x A, podemos notar que o produto cartesiano não tem o privilégio da propriedade
comutativa, ou seja, A x B é diferente de B x A. Só teremos a igualdade A x B = B x A quando A e B forem
conjuntos iguais.

Observação: Considerando que para cada elemento do conjunto A o número de pares ordenados
obtidos é igual ao número de elementos do conjunto B, teremos: n (A x B) = n(A) x n(B).
No nosso exemplo temos: n (A x B) = n (A) x n (B) = 3 x 2 = 6

b) Diagrama de flechas
Apresentamos o produto cartesiano por meio do diagrama de flechas, quando representamos cada um
dos conjuntos no diagrama de Euler-Venn, e os pares ordenados por “flechas” que partem do 1º elemento
do par ordenado (no 1º conjunto) e chegam ao 2º elemento do par ordenado (no 2º conjunto).
Considerando os conjuntos A e B do nosso exemplo, o produto cartesiano A x B fica assim
representado no diagrama de flechas:

c) Plano cartesiano
Apresentamos o produto cartesiano, no plano cartesiano, quando representamos o 1º conjunto num
eixo horizontal, e o 2º conjunto num eixo vertical de mesma origem e, por meio de pontos, marcamos os
elementos desses conjuntos. Em cada um dos pontos que representam os elementos passamos retas
(horizontais ou verticais). Nos cruzamentos dessas retas, teremos pontos que estarão representando, no
plano cartesiano, cada um dos pares ordenados do conjunto A cartesiano B (B x A).

Noção de Relação

Dado os conjuntos A = {4,5,6} e B = {5,6,7,8}, temos:


A x B = {(4,5), (4,6), (4,7), (4,8), (5,5), (5,6), (5,7), (5,8), (6,5), (6,6), (6,7), (6,8)}

Destacando o conjunto A x B, por exemplo, o conjunto R formado pelos pares (x,y) que satisfaçam a
seguinte lei de formação: x + y = 10, ou seja:
R = {(x,y) ϵ A x B| x + y = 10}
Vamos montar uma tabela para facilitar os cálculos.

Destacamos os pares que satisfazem a lei de formação:


R = {(4,6), (5,5)}, podemos com isso observar que R ⊂ A x B.

Dados dois conjuntos A e B, chama-se relação de A em B qualquer subconjunto de A x B, isto é:

R é uma relação de A em B ↔ R ⊂ A x B

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1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
Noção de Função

Dados os conjuntos A = {4,5,6} e B = {5,6,7,8}, considerando o conjunto de pares (x,y), tais que x ϵ A
e y ϵ B.
Qualquer um desses conjuntos é chamado relação de A em B, mas se cada elemento dessa relação
associar cada elemento de A um único elemento de B, dizemos que ela é uma função de A em B.
Vale ressaltar que toda função é uma relação, mas nem toda relação é uma função.

Analisemos através dos diagramas de Venn.

. 28
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Analisemos agora através dos gráficos:

Um jeito prático de descobrirmos se o gráfico apresentado é ou não função, é traçarmos retas paralelas ao
eixo do y e se verificarmos se no eixo do x existem elementos com mais de uma correspondência, aí podemos
dizer se é ou não uma função, conforme os exemplos acima.

Elementos da função
Como já vimos nos conceitos acima, temos que dado dois conjuntos não vazios A e B chamamos de
função a relação que associa a cada elemento de x (ou a) de A um único elemento y (ou b) de B,
conhecida também como função de A em B.
Na figura abaixo está ilustrado os elementos de uma função.

Pelo diagrama de Venn:

Representado no gráfico:

- Ao conjunto A dá-se o nome de domínio, ou conjunto partida, representado pela letra D.


Logo, D(f) = A.

. 29
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- Ao conjunto B dá-se o nome de contradomínio, ou conjunto chegada, representado pelas letras CD
ou somente C. Logo, CD(f) = B ou C(f) = B.
- A cada elemento y de B que está associado a um x de A, denominamos imagem de x. Logo, y = f(x).
(Lê-se: y é igual a f de x).
- Ao conjunto dos elementos y de B, que são imagens dos elementos x de A dos elementos x de A,
dá-se o nome de conjunto imagem ou apenas imagem, representado por Im ou Im(f). Têm:-se que Im ⊂
B.

A notação para representar função é dada por:

Exemplo
Dado A = {-2, -1, 0, 1, 2} vamos determinar o conjunto imagem da função f:A→ R, definida por f(x) =
x+3.
Vamos pegar cada elemento do conjunto A, aplicarmos a lei de associação e acharmos a imagem
deste conjunto.
F(-2) = -2 + 3 = 1
F(-1) = -1 + 3 = 2
F(0) = 0 + 3 = 3
F(1) = 1 + 3 = 4
F(2) = 2 + 3 = 5

Domínio de uma função real de variável real


Para definirmos uma função precisamos conhecer dois conjuntos (não vazios) A e B e a lei que associa
cada elemento x de A um único elemento y de B. Para nosso caso vamos considerar A e B sendo
subconjuntos de R e diremos que f é uma função real de variável real.
O conjunto A, domínio da função f, será formado por todos os elementos do conjunto real de x, para
os quais as operações indicadas na lei de associação sejam possíveis em R.

Exemplos
1) y = x2 + 3x
Vamos substituir x por qualquer número real obtermos para y um valor real. Logo D(f) = R.
1
2) 𝑦 =
𝑥
Neste caso como o nosso denominador não pode ser igual a zero, temos que D(f) = R*
𝒙
3) 𝒇(𝒙) = 𝒙−𝟐

Como sabemos que o denominador tem que ser diferente de zero, logo x – 2 ≠ 0  x ≠ 2.
D(f) = R – {2} ou D(f) = {x ϵ R| x ≠ 2}

Questão

01. Dado o conjunto A= {0, 1, 2, 3, 4}, e seja a função f: A→ R, da função f(x) = 2x + 3. O conjunto
imagem desta função será?
(A) Im = {3, 5, 7, 9, 11}
(B) Im = {0, 1, 2, 3, 4}
(C) Im = {0, 5, 7, 9, 11}

. 30
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(D) Im = {5, 7, 9,11}
(E) Im = {3, 4, 5, 6, 7}

Comentário

01. Resposta A.
Basta substituirmos o x da função f(x) = 2x + 3 pelos elementos de A.
Então:
f(0) = 2.0 + 3 = 0 + 3 = 3
f(1) = 2.1 + 3 = 2 + 3 = 5
f(2) = 2.2 + 3 = 4 + 3 = 7
f(3) = 2.3 + 3 = 6 + 3 = 9
f(4) = 2.4 + 3 = 8 + 3 = 11
Assim Im = {3, 5, 7, 9, 11}

FUNÇÃO DO 1º GRAU OU FUNÇÃO AFIM OU POLINOMIAL DO 1º GRAU

Função do 1º grau ou função afim ou polinomial do 1º grau recebe ou é conhecida por um desses
nomes, sendo por definição2: Toda função f: R → R, definida por:

Com a ϵ R* e b ϵ R.

O domínio e o contradomínio é o conjunto dos números reais (R) e o conjunto imagem coincide com o
contradomínio, Im = R.
Quando b = 0, chamamos de função linear.

Gráfico de uma Função

Dada a função y = 2x + 3 (a = 2 > 0). Vamos montar o gráfico dessa função.


Para montarmos o gráfico vamos atribuir valores a x para acharmos y.

x y (x,y)
0 y = 2 .0 + 3 = 3 (0,3)
-2 y = 2 . (-2) + 3 = - 4 + 3 = -1 (-2,-1)
-1 y = 2 .(-1) + 3 = -2 + 3 = 1 (-1,1)

Vamos construir o gráfico no plano cartesiano

Observe que o gráfico de uma função afim é sempre


uma reta.
E como a > 0 ela é função crescente, que veremos
mais à frente

Vejamos outro exemplo: f(x) = –x + 1. Montando o gráfico temos:

2
BIANCHINI, Edwaldo; PACCOLA, Herval – Matemática Volume 1 – Editora Moderna
FACCHINI, Walter – Matemática Volume Único – 1ª Edição - Editora Saraiva:1996

. 31
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
Observe que a < 0, logo é uma função decrescente

Tipos de Função

Função constante: é toda função definida f: R → R, para cada elemento de x, temos a mesma
imagem, ou seja, o mesmo f(x) = y. Podemos dizer que y = f(x) = k.

Observe o gráfico abaixo da função constante

A representação gráfica de uma função constante, é uma reta paralela ao eixo das abscissas ou sobre
o eixo (igual ao eixo abscissas).

Função Identidade
Se a = 1 e b = 0, então y = x. Quando temos este caso chamamos a função de identidade, notamos
que os valores de x e y são iguais, quando a reta corta os quadrantes ímpares e y = - x, quando corta
os quadrantes pares.
A reta que representa a função identidade é denominada de bissetriz dos quadrantes ímpares:

E no caso abaixo a reta é a bissetriz dos quadrantes pares.

Função Injetora
Para n elementos distintos do domínio apresenta-se imagens também distintas no contradomínio.

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1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
Reconhecemos, graficamente, uma função injetora quando, uma reta horizontal, qualquer que seja
interceptar o gráfico da função, uma única vez.

Se traçarmos retas horizontais, paralelas ao eixo x,


notaremos que o mesmo cortará a reta formada pela
função em um único ponto (o que representa uma
imagem distinta), logo concluímos que se trata de
uma função injetora.

Função Sobrejetora
Quando todos os elementos do contradomínio forem imagens de pelo menos um elemento do domínio.

Reconhecemos, graficamente, uma função sobrejetora quando, qualquer que seja a reta horizontal
que interceptar o eixo no contradomínio, interceptar, também, pelo menos uma vez o gráfico da função.

Observe que todos os elementos do contradomínio


tem um correspondente em x. Logo é sobrejetora.
Im(f) = B

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1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
Observe que nem todos os elementos do
contradomínio tem um correspondente em x. Logo
não é sobrejetora.
Im(f) ≠ B

Função Bijetora
Uma função é dita bijetora quando é injetora e sobrejetora ao mesmo tempo.

Exemplo
A função f : [1; 3] → [3; 5], definida por f(x) = x + 2, é uma função bijetora.

Função Ímpar e Função Par


Dizemos que uma função é par quando para todo elemento x pertencente ao domínio temos 𝑓(𝑥) =
𝑓(−𝑥), ∀ 𝑥 ∈ 𝐷(𝑓). Ou seja os valores simétricos devem possuir a mesma imagem. Para uma melhor
compreensão observe o diagrama abaixo:

A função é dita ímpar quando para todo elemento x pertencente ao domínio, temos f(-x) = -f(x) ∀ x є
D(f). Ou seja, os elementos simétricos do domínio terão imagens simétricas. Observe o diagrama abaixo:

. 34
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
Função Crescente e Decrescente
A função pode ser classificada de acordo com o valor do coeficiente a (coeficiente angular da reta),
se a > 0, a função é crescente, caso a < 0, a função é decrescente. A função é caracterizada por uma
reta.

Observe que medida que os valores de x aumentam,


os valores de y ou f(x) também aumentam.

Observe que medida que os valores de x aumentam,


os valores de y ou f(x) diminuem.

Através do gráfico da função notamos que:


- Para a função ser crescente o ângulo formado entre a reta da função e o eixo x (horizontal) é agudo (< 90º); e
- Para a função ser decrescente o ângulo formado é obtuso (> 90º).

Zero ou Raiz da Função


Chama-se zero ou raiz da função y = ax + b, o valor de x que anula a função, isto é, o valor de x para
que y ou f(x) seja igual à zero.

Para achar o zero da função y = ax + b, basta igualarmos y ou f(x) a zero, então assim teremos uma
equação do 1º grau, ax + b = 0.

Exemplo
Determinar o zero da função:
f(x) = x + 3
Igualamos f(x) = 0 → 0 = x + 3 → x = - 3

Graficamente temos:

No plano cartesiano, o zero da função é representado pela abscissa do ponto onde a reta corta o eixo
x.
Observe que a reta f(x) = x + 3 intercepta o eixo x no ponto (- 3,0), ou seja, no ponto de abscissa - 3,
que é o zero da função. Observamos que como a > 0, temos que a função é crescente.

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1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
Partindo da equação ax + b = 0 podemos também escrever de forma simplificada uma outra maneira
de acharmos a raiz da função utilizando apenas os valores de a e b.

−𝒃
𝒂𝒙 + 𝒃 = 𝟎 → 𝒂𝒙 = −𝒃 → 𝒙 =
𝒂
Podemos expressar a fórmula acima graficamente:

Estudo do Sinal da Função


Estudar o sinal da função y = ax + b é determinar os valores reais de x para que:
- A função se anule (y = 0);
- A função seja positiva (y > 0);
- A função seja negativa (y < 0).

Vejamos abaixo o estudo do sinal:

Exemplo
Estudar o sinal da função y = 2x – 4 (a = 2 > 0).
1) Qual o valor de x que anula a função?
y=0
2x – 4 = 0
2x = 4
4
x=
2
x=2
A função se anula para x = 2.

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2) Quais valores de x tornam positiva a função?
y>0
2x – 4 > 0
2x > 4
x>4
2
x>2
A função é positiva para todo x real maior que 2.

3) Quais valores de x tornam negativa a função?


y<0
2x – 4 < 0
2x < 4
x<4
2
x<2
A função é negativa para todo x real menor que 2.

Podemos também estudar o sinal da função por meio de seu gráfico:

- Para x = 2 temos y = 0;
- Para x > 2 temos y > 0;
- Para x < 2 temos y < 0.

Questões

01. (MPE/SP – Geógrafo – VUNESP) O gráfico apresenta informações do lucro, em reais, sobre a
venda de uma quantidade, em centenas, de um produto em um hipermercado.

Sabendo-se que é constante a razão entre a variação do lucro e a variação da quantidade vendida e
que se pretende ter um lucro total não menor que R$ 90.500,00 em 10 dias de venda desse produto,
então a média diária de unidades que deverão ser vendidas, nesse período, deverá ser, no mínimo, de:
(A) 8 900.
(B) 8 950.
(C) 9 000.
(D) 9 050.
(E) 9 150.

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02. (Pref. Jundiaí/SP – Eletricista – MAKIYAMA) Em determinado estacionamento cobra-se R$ 3,00
por hora que o veículo permanece estacionado. Além disso, uma taxa fixa de R$ 2,50 é somada à tarifa
final. Seja t o número de horas que um veículo permanece estacionado e T a tarifa final, assinale a seguir
a equação que descreve, em reais, o valor de T:
(A) T = 3t
(B) T = 3t + 2,50
(C) T = 3t + 2.50t
(D) T = 3t + 7,50
(E) T = 7,50t + 3

03. (PM/SP – Sargento CFS – CETRO) Dada a função f(x) = −4x +15 , sabendo que f(x) = 35, então
(A) x = 5.
(B) x = 6.
(C) x = -6.
(D) x = -5.

04. (BNDES – Técnico Administrativo – CESGRANRIO) O gráfico abaixo apresenta o consumo


médio de oxigênio, em função do tempo, de um atleta de 70 kg ao praticar natação.

Considere que o consumo médio de oxigênio seja diretamente proporcional à massa do atleta.
Qual será, em litros, o consumo médio de oxigênio de um atleta de 80 kg, durante 10 minutos de prática
de natação?
(A) 50,0
(B) 52,5
(C) 55,0
(D) 57,5
(E) 60,0

05. (PETROBRAS – Técnico Ambiental Júnior – CESGRANRIO)

de domínio real, então, m − p é igual a


(A) 3
(B) 4
(C) 5
(D) 64
(E) 7

06. (CBTU/RJ - Assistente Operacional - CONSULPLAN) A função inversa de uma função f(x) do 1º
grau passa pelos pontos (2, 5) e (3, 0). A raiz de f(x) é
(A) 2.
(B) 9.
(C) 12.
(D) 15.

. 38
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
𝑥
07. (BRDE/RS) Numa firma, o custo para produzir x unidades de um produto é C(x) = + 10000, e o
2
2
faturamento obtido com a comercialização dessas x unidades é f(x) = 𝑥. Para que a firma não tenha
3
prejuízo, o faturamento mínimo com a comercialização do produto deverá ser de:
(A) R$ 20.000,00
(B) R$ 33.000,00
(C) R$ 35.000,00
(D) R$ 38.000,00
(E) R$ 40.000,00

08. (CBTU/RJ - Assistente Operacional - CONSULPLAN) Qual dos pares de pontos a seguir
pertencem a uma função do 1º grau decrescente?
(A) Q(3, 3) e R(5, 5).
(B) N(0, –2) e P(2, 0).
(C) S(–1, 1) e T(1, –1).
(D) L(–2, –3) e M(2, 3).

09. (CBTU/RJ - Assistente Operacional - CONSULPLAN) A reta que representa a função f(x) = ax +
b intercepta o eixo y no ponto (0, 4) e passa pelo ponto (–1, 3). A raiz dessa função é
(A) –4.
(B) –2.
(C) 1.
(D) 2.

10. (Corpo de Bombeiros Militar/MT – Oficial Bombeiro Militar – UNEMAT) O planeta Terra já foi
um planeta incandescente segundo estudos e está se resfriando com o passar dos anos, mas seu núcleo
ainda está incandescente.
Em certa região da terra onde se encontra uma mina de carvão mineral, foi constatado que, a cada 80
metros da superfície, a temperatura no interior da Terra aumenta 2 graus Celsius.
Se a temperatura ambiente na região da mina é de 23° Celsius, qual a temperatura no interior da mina
num ponto a 1200 metros da superfície?
(A) 15º C
(B) 38º C
(C) 53º C
(D) 30º C
(E) 61º C

Comentários

01. Resposta: E
Pelo enunciado temos que, a razão constante entre variação de lucro (ΔL) e variação de quantidade
(ΔQ) vendida:
∆𝐿 7000 − (−1000) 8000
𝑅= →𝑅= →𝑅= → 𝑅 = 100
∆𝑄 80 − 0 80

Como se pretende ter um lucro maior ou igual a R$ 90.500,00, logo o lucro final tem que ser pelo
menos 90.500,00
Então fazendo a variação do lucro para este valor temos:
ΔL = 90500 – (-1000) = 90500 + 1000 = 91500
Como é constante a razão entre a variação de lucro (ΔL) e variação de quantidade (ΔQ) vendida,
vamos usar o valor encontrado para acharmos a quantidade de peças que precisam ser produzidas:

∆𝐿 91500 91500
𝑅= → 100 = → 100∆𝑄 = 91500 → ∆𝑄 = → ∆𝑄 = 915
∆𝑄 ∆𝑄 100

Como são em 10 dias, termos 915 x 10 = 9150 peças que deverão ser vendidas, em 10 dias, para que
se obtenha como lucro pelo menos um lucro total não menor que R$ 90.500,00

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02. Resposta: B
Equacionando as informações temos: 3 deve ser multiplicado por t, pois depende da quantidade de
tempo, e acrescentado 2,50 fixo
T = 3t + 2,50

03. Resposta: D
35 = - 4x + 15 → - 4x = 20 → x = - 5

04. Resposta: E
A proporção de oxigênio/tempo:

10,5 21,0 𝑥
= =
2 4 10

4x = 210
x = 52,5 litros de oxigênio em 10 minutos para uma pessoa de 70 kg
52,5litros----70kg
x-------------80kg
x = 60 litros

05. Resposta: C
Aplicando segundo as condições mencionadas:
x=1
f(1) = 2.1 - p
f(1) = m - 1
x=6
f(6) = 6m - 1
7.6+4 42+4
𝑓(6) = = = 23 ; igualando as duas equações:
2 2
23 = 6m - 1
m=4
Como queremos m – p , temos:
2 - p = m - 1 ; igualando as duas novamente.
2 – p = 4 – 1 → p = - 1 → m – p = 4 - (- 1) = 5

06. Resposta: D
Primeiramente, vamos calcular os valores de a e b:
Sabendo que f(x) = y , temos que y = ax + b.
* a: basta substituir os pontos T (2, 5) e V (3, 0) na equação. Assim:
( T ) 5 = a.2 + b , ou seja, 2.a + b = 5 ( I )
( V ) 0 = a.3 + b , ou seja, 3.a + b = 0 , que fica b = – 3.a ( II )
Substituindo a equação ( II ) na equação ( I ), temos:
2.a + (– 3.a) = 5 → 2.a – 3.a = 5 → – a = 5 . (– 1) → a = – 5
Para calcular o valor de b, vamos substituir os valores de um dos pontos e o valor de a na equação.
Vamos pegar o ponto V (3, 0) para facilitar os cálculos:
y = a.x + b
0 = – 5.3 + b
b = 15
Portanto, a função fica: y = – 5.x + 15 .
Agora, precisamos calcular a função inversa: basta trocar x por y e vice-versa. Assim:
x = – 5.y + 15
5.y = – x +15
y = – x / 5 + 15/5
y = – x / 5 + 3 (função inversa)
Por fim, a raiz é calculada fazendo y = 0. Assim:
0 = – x / 5 + 3 → x / 5 = 3 → x = 3 . 5 → x = 15

07. Resposta: E
𝑥
C(x) = 2 + 10000

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2
F(x) = 3 𝑥
F(x) ≥ C(x)
2 𝑥
3
𝑥 ≥ 2 + 10000

2 𝑥 4𝑥−3𝑥 4𝑥−3𝑥 10000


3
𝑥 − 2 ≥ 10000  6
≥ 10000  6
≥ 10000 x = 1  x ≥ 60000, como ele quer o menor
6
valor.

Substituindo no faturamento as 60000 unidades temos:


2
F(x) = 3 60000 = 40.000

Portanto o resultado final é de R$ 40.000,00.

08. Resposta: C
Para pertencer a uma função polinomial do 1º grau decrescente, o primeiro ponto deve estar em uma
posição “mais alta” do que o 2º ponto.
Vamos analisar as alternativas:
( A ) os pontos Q e R estão no 1º quadrante, mas Q está em uma posição mais baixa que o ponto R,
e, assim, a função é crescente.
( B ) o ponto N está no eixo y abaixo do zero, e o ponto P está no eixo x à direita do zero, mas N está
em uma posição mais baixa que o ponto P, e, assim, a função é crescente.
( D ) o ponto L está no 3º quadrante e o ponto M está no 1º quadrante, e L está em uma posição mais
baixa do que o ponto M, sendo, assim, crescente.
( C ) o ponto S está no 2º quadrante e o ponto T está no 4º quadrante, e S está em uma posição mais
alta do que o ponto T, sendo, assim, decrescente.

09. Resposta: A
Primeiramente, vamos calcular os valores de a e b:
Sabendo que f(x) = y , temos que y = ax + b.
* a: basta substituir os pontos T (0, 4) e V (–1, 3) na equação. Assim:
( T ) 4 = a.0 + b , ou seja, b = 4
( V ) 3 = a.( – 1) + b
a=4–3=1
Portanto, a função fica: y = x + 4
Por fim, a raiz é calculada fazendo y = 0. Assim:
0 = x + 4 , ou seja, x = – 4

10. Resposta: C
Vamos utilizar a função T(h) = 23 + 2.h, onde T é a temperatura e h é a profundidade. Assim:
A temperatura aumenta: 1200 / 80 = 15 partes
Assim: 15 . 2 = 30º C
Assim: 23º C + 30º C = 53º C

FUNÇÃO DO 2º GRAU

Chama-se função do 2º grau3, função quadrática, função polinomial do 2º grau ou função trinômio do
2º grau, toda função f de R em R definida por um polinômio do 2º grau da forma:

Com a, b e c reais e a ≠ 0.

3
BIANCHINI, Edwaldo; PACCOLA, Herval – Matemática Volume 1 – Editora Moderna
FACCHINI, Walter – Matemática Volume Único – 1ª Edição - Editora Saraiva:1996

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Onde:
a é o coeficiente de x2;
b é o coeficiente de x;
c é o termo independente.

Exemplos
y = x2 – 5x + 6, sendo a = 1, b = – 5 e c = 6
y = x2 – 16, sendo a = 1, b = 0 e c = – 16
f(x) = x2, sendo a = 1, b = 0 e c = 0
f(x) = 3x2 + 3x, sendo a = 3 , b = 3 e c = 0

Representação Gráfica da Função


O gráfico da função é constituído de uma curva aberta chamada de parábola.
Vejamos a trajetória de um projétil lançado obliquamente em relação ao solo horizontal, ela é uma
parábola cuja concavidade está voltada para baixo.

Exemplo
Se a função f de R em R definida pela equação y = x2 + x. Atribuindo à variável x qualquer valor real,
obteremos em correspondência os valores de y, vamos construir o gráfico da função:

1) Como o valor de a > 0 a concavidade está voltada para cima;


2) -1 e 0 são as raízes de f(x);
3) c é o valor onde a curva corta o eixo y, neste caso no 0 (zero);
4) O valor do mínimo pode ser observado nas extremidades (vértice) de cada parábola: -1/2 e -1/4.

Concavidade da Parábola
No caso das funções definida por um polinômio do 2º grau, a parábola pode ter sua concavidade
voltada para cima (a > 0) ou voltada para baixo (a < 0). A concavidade é determinada pelo valor do a
(maior que zero ou menor que zero). Esta é uma característica geral para a função definida por um
polinômio do 2º grau.

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Vértice da Parábola
Toda parábola tem um ponto de ordenada máxima ou ponto de ordenada mínima, a esse ponto
denominamos vértice. Dado por V (xv , yv).

Eixo de Simetria
É aquele que dado o domínio a imagem é a mesma. Isso faz com que possamos dizer que a parábola
é simétrica a reta que passa por xv, paralela ao eixo y, na qual denominamos eixo de simetria. Vamos
entender melhor o conceito analisando o exemplo: y = x2 + 2x – 3 (início do assunto).
Atribuímos valores a x, achamos valores para y. Temos que:
f (-3) = f (1) = 0
f (-2) = f (0) = -3

Conjunto Domínio e Imagem


Toda função com Domínio nos Reais (R) que possui a > 0, sua concavidade está voltada para cima, e
o seu conjunto imagem é dado por:

Logo se a < 0, a concavidade estará voltada para baixo, o seu conjunto imagem é dado por:

Coordenadas do Vértice da Parábola


Como visto anteriormente a função apresenta como eixo de simetria uma reta vertical que intercepta
o gráfico num ponto chamado de vértice.
As coordenadas do vértice são dadas por:

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Onde:
x1 e x2 são as raízes da função.

Valor Máximo e Valor Mínimo


- Se a > 0, o vértice é o ponto da parábola que tem ordenada mínima. Nesse caso, o vértice é chamado
ponto de mínimo e a ordenada do vértice é chamada valor mínimo da função;
- Se a < 0, o vértice é o ponto da parábola que tem ordenada máxima. Nesse caso, o vértice é ponto
de máximo e a ordenada do vértice é chamada valor máximo da função.

Exemplo
Dado a função y = x2 – 2x – 3 vamos construir a tabela e o gráfico desta função, determinando também
o valor máximo ou mínimo da mesma.

Como a = 1 > 0, então a função possui um valor mínimo como pode ser observado pelo gráfico. O
valor de mínimo ocorre para x = 1 e y = - 4. Logo o valor de mínimo é - 4 e a imagem da função é dada
por: Im = { y ϵ R | y ≥ - 4}.

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Raízes ou Zeros da Função
As raízes ou zeros da função quadrática f(x) = ax2 + bx + c são os valores de x reais tais que f(x) = 0,
ou seja são valores que deixam a função nula. Com isso aplicamos o método de resolução da equação
do 2º grau.
ax2 + bx + c = 0

A resolução de uma equação do 2º grau é feita com o auxílio da chamada “fórmula de Bháskara”.

b 
x , onde, = b2 – 4.a.c
2.a

As raízes (quando são reais), o vértice e a intersecção com o eixo y são fundamentais para traçarmos
um esboço do gráfico de uma função do 2º grau.

Forma fatorada das raízes: f (x) = a (x – x1) (x – x2).


Esta fórmula é muito útil quando temos as raízes e precisamos montar a sentença matemática que
expresse a função.

Estudo da Variação do Sinal da Função


Estudar o sinal de uma função quadrática é determinar os valores reais de x que tornam a função
positiva, negativa ou nula.
Abaixo podemos resumir todos os valores assumidos pela função dado a e Δ (delta).

Observe que:

Quando Δ > 0, o gráfico corta e tangencia o eixo x em dois pontos distintos, e temos duas raízes reais distintas.
Quando Δ = 0, o gráfico corta e tangencia o eixo x em um ponto e temos duas raízes iguais.
Quando Δ < 0, o gráfico não corta e não tangencia o eixo x em nenhum ponto e não temos raízes reais.

Exemplos
1) Considere a função quadrática representada pelo gráfico abaixo, vamos determinar a sentença
matemática que a define.

Resolução:
Como conhecemos as raízes x1 e x2 (x1= - 4 e x2 = 0), podemos utilizar a forma fatorada:
f (x) = a.[ x – (- 4)].[x – 0] ou f (x) = a(x + 4).x .
O vértice da parábola é (- 2,4), temos:
4 = a.(- 2 + 4).(- 2) → a = - 1
Logo, f(x) = - 1.(x + 4).x → (- x - 4x).x → - x2 - 4x

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2) Vamos determinar o valor de k para que o gráfico cartesiano de f(x) = -x2 + (k + 4). x – 5 ,passe pelo
ponto (2;3).
Resolução:
Como x = 2 e f(x) = y = 3, temos:
3 = - (2)2 + (k + 4).2 - 5 → 3 = - 4 + 2k + 8 - 5 → 2k + 8 - 9 = 3 → 2 k - 1 = 3 → 2k = 3 + 1 → 2k = 4 →
k = 2.

Questões

01. (CBM/MG – Oficial Bombeiro Militar – FUMARC) Duas cidades A e B estão separadas por uma
distância d. Considere um ciclista que parte da cidade A em direção à cidade B. A distância d, em
quilômetros, que o ciclista ainda precisa percorrer para chegar ao seu destino em função do tempo t, em
100−𝑡 2
horas, é dada pela função 𝑑(𝑡) = . Sendo assim, a velocidade média desenvolvida pelo ciclista em
𝑡+1
todo o percurso da cidade A até a cidade B é igual a
(A) 10 Km/h
(B) 20 Km/h
(C) 90 Km/h
(D) 100 Km/h

02. (ESPCEX – Cadetes do Exército – Exército Brasileiro) Uma indústria produz mensalmente x
lotes de um produto. O valor mensal resultante da venda deste produto é V(x)=3x²-12x e o custo mensal
da produção é dado por C(x)=5x²-40x-40. Sabendo que o lucro é obtido pela diferença entre o valor
resultante das vendas e o custo da produção, então o número de lotes mensais que essa indústria deve
vender para obter lucro máximo é igual a
(A) 4 lotes.
(B) 5 lotes.
(C) 6 lotes.
(D) 7 lotes.
(E) 8 lotes.

03. (IPEM – Técnico em Metrologia e Qualidade – VUNESP) A figura ilustra um arco decorativo de
parábola AB sobre a porta da entrada de um salão:

Considere um sistema de coordenadas cartesianas com centro em O, de modo que o eixo vertical (y)
passe pelo ponto mais alto do arco (V), e o horizontal (x) passe pelos dois pontos de apoio desse arco
sobre a porta (A e B).
Sabendo-se que a função quadrática que descreve esse arco é f(x) = – x²+ c, e que V = (0; 0,81), pode-
se afirmar que a distância ̅̅̅̅
𝐴𝐵 , em metros, é igual a
(A) 2,1.
(B) 1,8.
(C) 1,6.
(D) 1,9.
(E) 1,4.

04. (Polícia Militar/MG – Soldado – Polícia Militar) A interseção entre os gráficos das funções y = -
2x + 3 e y = x² + 5x – 6 se localiza:
(A) no 1º e 2º quadrantes
(B) no 1º quadrante
(C) no 1º e 3º quadrantes
(D) no 2º e 4º quadrantes

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Comentários

01. Resposta: A
Vamos calcular a distância total, fazendo t = 0:
100−02
𝑑(0) = 0+1
= 100𝑘𝑚

Agora, vamos substituir na função:


100−𝑡 2
0= 𝑡+1

100 – t² = 0
– t² = – 100 . (– 1)
t² = 100
𝑡 = √100 = 10𝑘𝑚/ℎ

02. Resposta: D
L(x) = 3x² - 12x-5x² + 40x + 40
L(x) = - 2x² + 28x + 40
𝑏 28
𝑥𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 = − 2𝑎 = − −4 = 7 𝑙𝑜𝑡𝑒𝑠

03. Resposta: B
C = 0,81, pois é exatamente a distância de V
f(x) = - x² + 0,81
0 = - x² + 0,81
x² = 0,81
x =  0,9
A distância AB é 0,9 + 0,9 = 1,8

04. Resposta: A
- 2x + 3 = x² + 5x - 6
x² + 7x - 9 = 0
 = 49 + 36 = 85
−7 ± √85
𝑥=
2
−7 + 9,21
𝑥1 = = 1,105
2
−7 − 9,21
𝑥2 = = −8,105
2
Para x=1,105
y = - 2 . 1,105 + 3 = 0,79
Para x = - 8,105
y = 19,21
Então a interseção ocorre no 1º e no 2º quadrante.

FUNÇÃO EXPONENCIAL

Definição

A função exponencial é a definida como sendo a inversa da função logarítmica natural, isto é:

Podemos concluir, que a função exponencial é definida por:

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Gráficos da Função Exponencial

Propriedades da Função Exponencial


Se a, x e y são números reais quaisquer e k é um número racional, então:
- ax . ay = ax + y
- ax / ay = ax - y
- (ax) y = ax.y
- (a b)x = ax bx
- (a / b)x = ax / bx
- a-x = 1 / ax

Estas relações também são válidas para exponenciais de base e (e = número de Euller = 2,718...)
- y = ex se, e somente se, x = ln(y)
- ln(ex) = x
- ex+y= ex.ey
- ex-y = ex/ey
- ex.k = (ex)k

Constante de Euler
Existe uma importantíssima constante matemática definida por
e = exp(1)
O número e é um número irracional e positivo, de acordo com a definição da função exponencial,
temos que:
ln(e) = 1
Este número é denotado por e em homenagem ao matemático suíço Leonhard Euler, um dos primeiros
a estudar as propriedades desse número.
O valor deste número expresso com 40 dígitos decimais, é:
e = 2,718281828459045235360287471352662497757
Porém ninguém é obrigado a decorar este número, sabendo com duas casas após a vírgula já é mais
que suficiente, ou seja, devemos saber que e = 2,72 aproximadamente.
Se x é um número real, a função exponencial exp(.) pode ser escrita como a potência de base e com
expoente x, isto é:
ex = exp(x)

Construção do Gráfico de uma Função Exponencial


Exemplo:
Vamos construir o gráfico da função 𝑦 = 2𝑥
Vamos atribuir valores a x, para que possamos traçar os pontos no gráfico.

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X Y
-3 1
8
-2 1
4
-1 1
2
0 1
1 2
2 4
3 8

Questões

01. (UFOP – Assistente em Administração – UFOP/2018) Sobre a função f(x) = (1/3)-x, assinale a
afirmativa correta.
(A)f é crescente.
(B) f não é injetora.
(C) O domínio de f é o conjunto dos números reais negativos.
(D) A imagem de f é o conjunto dos números reais.

02. (Corpo de Bombeiros Militar/MT – Oficial Bombeiro Militar – COVEST) As funções


exponenciais são muito usadas para modelar o crescimento ou o decaimento populacional de uma
determinada região em um determinado período de tempo. A função 𝑃(𝑡) = 234 . (1,023)𝑡 modela o
comportamento de uma determinada cidade quanto ao seu crescimento populacional em um determinado
período de tempo, em que P é a população em milhares de habitantes e t é o número de anos desde
1980.

Qual a taxa média de crescimento populacional anual dessa cidade?


(A) 1,023%
(B) 1,23%
(C) 2,3%
(D) 0,023%
(E) 0,23%

03. (Polícia Civil/SP – Desenhista Técnico-Pericial – VUNESP) Uma população P cresce em função
do tempo t (em anos), segundo a sentença 𝑷 = 𝟐𝟎𝟎𝟎 . 𝟓𝟎,𝟏 .𝒕. Hoje, no instante t = 0, a população é de 2
000 indivíduos. A população será de 50 000 indivíduos daqui a
(A) 20 anos.
(B) 25 anos.
(C) 50 anos.
(D) 15 anos.
(E) 10 anos.

04. (IF/BA – Pedagogo – IF/BA) Em um período longo de seca, o valor médio de água presente em
um reservatório pode ser estimado de acordo com a função: Q(t) = 4000 . 2 -0,5 . t, onde t é medido em
meses e Q(t) em metros cúbicos. Para um valor de Q(t) = 500, pode-se dizer que o valor de t é:
(A) 6 meses

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(B) 8 meses
(C) 5 meses
(D) 10 meses
(E) 4 meses

05. (CBTU - Assistente Operacional - FUMARC) Uma substância se decompõe segundo a lei Q(t)
= K.2 – 0,5 t, sendo K uma constante, t é o tempo medido em minutos e Q(t) é a quantidade de
substância medida em gramas no instante t. O gráfico a seguir representa os dados desse processo
de decomposição. Baseando-se na lei e no gráfico de decomposição dessa substância,
é CORRETO afirmar que o valor da constante K e o valor de a (indicado no gráfico)
são, respectivamente, iguais a:

(A) 2048 e 4
(B) 1024 e 4
(C) 2048 e 2
(D) 1024 e 2
(E) 1024 e 8

Comentários

01. Resposta: A
Como o expoente é um número negativo (- x), basta invertemos a fração para deixa-lo positivo, ou
seja:
(1\3)-x = (3\1)x = 3x, e está função é fácil identificar que será crescente, pois se aumentarmos o valor
de x, aumentamos o valor de f(x).

02. Resposta: C
𝑃(𝑡) = 234 . (1,023)𝑡
Primeiramente, vamos calcular a população inicial, fazendo t = 0:
𝑃(0) = 234 . (1,023)0 = 234 . 1 = 234 mil
Agora, vamos calcular a população após 1 ano, fazendo t = 1:
𝑃(1) = 234 . (1,023)1 = 234 . 1,023 = 239,382
Por fim, vamos utilizar a Regra de Três Simples:
População %
234 --------------- 100
239,382 ------------ x
234.x = 239,382 . 100
x = 23938,2 / 234
x = 102,3%
102,3% = 100% (população já existente) + 2,3% (crescimento)

03. Resposta: A
50000 = 2000 . 50,1 .𝑡
50000
50,1 .𝑡 = 2000
50,1 .𝑡 = 52
Vamos simplificar as bases (5), sobrando somente os expoentes. Assim:
0,1 . t = 2

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t = 2 / 0,1
t = 20 anos

04. Resposta: A
500 = 4000 * 2-0.5t
500/4000 = 2 -0.5t
simplificando,
1/8 = 2 -0.5t
deixando o expoente positivo, invertemos a base:
1/8 = 1/2 0.5t
(½)3 = (½)0,5t
0,5t = 3
t = 3/0,5 = 6.

05. Resposta: A
Calcular o valor de K, ou seja, o valor inicial
Q(t) = K . 2-0,5t. Perceba que o K ocupa a posição referente à quantidade inicial, t=0. Q(t) = 2048
Assim, temos para o ponto (0, 2048), temos tempo zero e quantidade final 2048.

Calcular o valor de a, o seja, o tempo quando a quantidade final for 512.


Quantidade final = quantidade inicial x (crescimento)período
512 = 2048 x (2)-0,5t
512 = 2048 x (2)-0,5t
512/2048 = (2)-0,5t
¼ = (2)-0,5t
(1/2)2 = (1/2)0,5t
0,5t = 2
t = 2/0,5 = 4
Assim temos 2048 e 4.

FUNÇÃO LOGARÍTMICA

Toda equação que contém a incógnita na base ou no logaritmando de um logaritmo é denominada


equação logarítmica. Abaixo temos alguns exemplos de equações logarítmicas:
log2 𝑥 = 3
log𝑥 100 = 2
7log5 625𝑥 = 42
3log2𝑥 64 = 9
log−6−𝑥 2𝑥 = 1

Perceba que nestas equações a incógnita encontra-se ou no logaritmando, ou na base de um


logaritmo. Para solucionarmos equações logarítmicas recorremos a muitas das propriedades dos
logaritmos.

Função Logarítmica

A função logaritmo natural mais simples é a função y = f0(x) = lnx. Cada ponto do gráfico é da forma
(x, lnx) pois a ordenada é sempre igual ao logaritmo natural da abscissa.

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O domínio da função ln é R*+=]0,∞[ e a imagem é o conjunto R=]-∞,+∞[.
O eixo vertical é uma assíntota ao gráfico da função. De fato, o gráfico se aproxima cada vez mais da
reta x = 0.
O que queremos será descobrir como é o gráfico de uma função logarítmica natural geral, quando
comparado ao gráfico de y = ln x, a partir das transformações sofridas por esta função.
Consideremos uma função logarítmica cuja expressão é dada por y = f1(x) = ln x + k, onde k é uma
constante real. A pergunta natural a ser feita é, qual a ação da constante k no gráfico dessa nova função
quando comparado ao gráfico da função inicial y = f0(x) = ln x?
Ainda podemos pensar numa função logarítmica que seja dada pela expressão y = f2(x) = a.ln x onde
a é uma constante real, a 0.
Observe que se a = 0, a função obtida não será logarítmica, pois será a constante real nula. Uma
questão que ainda se coloca é a consideração de funções logarítmicas do tipo y = f3(x) = ln(x + m), onde
m é um número real não nulo. Se g(x) = 3.ln(x - 2) + 2/3, desenhe seu gráfico, fazendo os gráficos
intermediários, todos num mesmo par de eixos.
y = a.ln(x + m) + k

Conclusão: Podemos, portanto, considerar funções logarítmicas do tipo y = f 4(x) = a In (x + m) + k,


onde o coeficiente a não é zero, examinando as transformações do gráfico da função mais simples y = f0
(x) = In x, quando fazemos, em primeiro lugar, y = ln(x + m); em seguida, y = a.ln(x + m) e, finalmente, y
= a.ln(x + m) + k.

Analisemos o que aconteceu:


- Em primeiro lugar, y = ln(x + m) sofreu uma translação horizontal de -m unidades, pois x = - m exerce
o papel que x = 0 exercia em y = ln x;
- A seguir, no gráfico de y = a.ln(x + m) ocorreu mudança de inclinação pois, em cada ponto, a ordenada
é igual àquela do ponto de mesma abscissa em y = ln(x + m) multiplicada pelo coeficiente a;
- Por fim, o gráfico de y = a.ln(x + m) + k sofreu uma translação vertical de k unidades, pois, para cada
abscissa, as ordenadas dos pontos do gráfico de y = a.ln(x + m) + k ficaram acrescidas de k, quando
comparadas às ordenadas dos pontos do gráfico de y = a.ln(x + m).

O estudo dos gráficos das funções envolvidas auxilia na resolução de equações ou inequações, pois
as operações algébricas a serem realizadas adquirem um significado que é visível nos gráficos das
funções esboçados no mesmo referencial cartesiano.

Função logarítmica de base a, é toda função f : R*+ → R, definida por 𝑓(𝑥) = log𝑎 𝑥 com:
a ϵ R*+ e a ≠ 1.

Podemos observar neste tipo de função que a variável independente x é um logaritmando, por isto a
denominamos função logarítmica. Observe que a base a é um valor real constante, não é uma variável,
mas sim um número real.
A função logarítmica de R*+ → R é inversa da função exponencial de R*+ → R e vice-versa, pois:
log𝑏 𝑎 = 𝑥 ⟺ 𝑏 𝑥 = 𝑎

Representação da Função Logarítmica no Plano Cartesiano

Podemos representar graficamente uma função logarítmica da mesma forma que fizemos com a
função exponencial, ou seja, escolhendo alguns valores para x e montando uma tabela com os
respectivos valores de f(x). Depois localizamos os pontos no plano cartesiano e traçamos a curva do
gráfico. Vamos representar graficamente a função 𝑓(𝑥) = log 𝑥 e como estamos trabalhando com um
logaritmo de base 10, para simplificar os cálculos vamos escolher para x alguns valores que são potências
de 10:
0,001, 0,01, 0,1, 1 e 10.

Temos então seguinte a tabela:

x y = log x

. 52
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
0,001 y = log 0,001 = -3
0,01 y = log 0,01 = -2
0,1 y = log 0,1 = -1
1 y = log 1 = 0
10 y = log 10 = 1

Acima temos o gráfico desta função logarítmica, no qual localizamos cada um dos pontos obtidos da
tabela e os interligamos através da curva da função: Veja que para valores de y < 0,01 os pontos estão
quase sobre o eixo das ordenadas, mas de fato nunca chegam a estar. Note também que neste tipo de
função uma grande variação no valor de x implica numa variação bem inferior no valor de y. Por exemplo,
se passarmos de x = 100 para x = 1 000 000, a variação de y será apenas de 2 para 6. Isto porque:

𝑓(100) = log 100 = 2


{
𝑓(1000000) = log 1000000 = 6

Função Crescente e Decrescente

Assim como no caso das funções exponenciais, as funções logarítmicas também podem ser
classificadas como função crescente ou função decrescente. Isto se dará em função da base a ser
maior ou menor que 1. Lembre-se que segundo a definição da função logarítmica f:R*+ → R, definida
por 𝑓(𝑥) = log𝑎 𝑥 , temos que a > 0 e a ≠ 1.

Função Logarítmica Crescente

Se a > 1 temos uma função logarítmica crescente, qualquer que seja o valor real positivo de x. No
gráfico da função ao lado podemos observar que à medida que x aumenta, também aumenta f(x) ou y.
Graficamente vemos que a curva da função é crescente. Também podemos observar através do gráfico,
que para dois valores de x (x1 e x2), que log𝑎 𝑥2 > log𝑎 𝑥1 ⟺ 𝑥2 > 𝑥1 , isto para x1, x2 e a números reais
positivos, com a > 1.

. 53
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Função Logarítmica Decrescente

Se 0 < a < 1 temos uma função logarítmica decrescente em todo o domínio da função. Neste outro
gráfico podemos observar que à medida que x aumenta, y diminui. Graficamente observamos que a curva
da função é decrescente. No gráfico também observamos que para dois valores de x (x1 e x2), que
log 𝑎 𝑥2 < log 𝑎 𝑥1 ⟺ 𝑥2 > 𝑥1 , isto para x1, x2 e a números reais positivos, com 0 < a < 1. É importante
frisar que independentemente de a função ser crescente ou decrescente, o gráfico da função sempre
cruza o eixo das abscissas no ponto (1, 0), além de nunca cruzar o eixo das ordenadas e que o log 𝑎 𝑥2 =
log 𝑎 𝑥1 ⟺ 𝑥2 = 𝑥1 , isto para x1, x2 e a números reais positivos, com a ≠ 1.

Questões

01. (PETROBRAS - Geofísico Junior - CESGRANRIO) Se log x representa o logaritmo na base 10


de x, então o valor de n tal que log n = 3 - log 2 é:
(A) 2000
(B) 1000
(C) 500
(D) 100
(E) 10

02. (MF – Assistente Técnico Administrativo – ESAF) Sabendo-se que log x representa o logaritmo
de x na base 10, calcule o valor da expressão log 20 + log 5.
(A) 5
(B) 4
(C) 1
(D) 2
(E) 3

03. (SEE/AC – Professor – FUNCAB) Assinale a alternativa correta, considerando a função a seguir.

(A) O domínio da função é o conjunto dos números reais.


(B) O gráfico da função passa pelo ponto (0, 0).
(C) O gráfico da função tem como assíntota vertical a reta x = 2.
(D) Seu gráfico toca o eixo Y.
(E) Seu gráfico toca o eixo X em dois pontos distintos.

04. (PETROBRAS - Analista de Comercialização e Logística Júnior - CESGRANRIO) Ao resolver


um exercício, um aluno encontrou as expressões 8p = 3 e 3q = 5. Quando perguntou ao professor se suas
expressões estavam certas, o professor respondeu que sim e disse ainda que a resposta à pergunta era
dada por

Se log x representa o logaritmo na base 10 de x, qual é a resposta correta, segundo o professor?


(A)log 8
(B)log 5
(C)log 3

. 54
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
(D)log 2
(E)log 0,125

05. (TRT 13ª Região - Analista Judiciário - FCC) Com base em um levantamento histórico e utilizando

o método dos mínimos quadrados, uma empresa obteve a equação para estimar a
probabilidade (p) de ser realizada a venda de determinado equipamento em função do tempo (t), em
minutos, em que as propriedades do equipamento são divulgadas na mídia. Considerando que ln (0,60)
= - 0,51, tem-se que se as propriedades do equipamento forem divulgadas por um tempo de 15 minutos
na mídia, então a probabilidade do equipamento ser vendido é, em %, de
Observação: ln é o logaritmo neperiano tal que ln(e) = 1.
(A)62,50
(B)80,25.
(C) 72,00.
(D)75,00.
(E)64,25.

06. (PETROBRAS - Conhecimentos Básicos - CESGRANRIO) Quanto maior for a profundidade de


um lago, menor será a luminosidade em seu fundo, pois a luz que incide em sua superfície vai perdendo
a intensidade em função da profundidade do mesmo. Considere que, em determinado lago, a intensidade
y da luz a x cm de profundidade seja dada pela função y = i0 . ( 0,6 )x/88, onde i0 representa a intensidade
da luz na sua superfície. No ponto mais profundo desse lago, a intensidade da luz corresponde a i0/3
A profundidade desse lago, em cm, está entre.
Dados
log 2 = 0,30
log 3 = 0,48

(A)150 e 160
(B)160 e 170
(C)170 e 180
(D)180 e 190
(E)190 e 200

07. (DNIT - Analista em Infraestrutura de Transportes - ESAF) Suponha que um técnico efetuou
seis medições de uma variável V1, cujos dados são mostrados na tabela abaixo. Ao perceber que os
valores cresciam de forma exponencial, o técnico aplicou uma transformação matemática (logaritmo na
base 10) para ajustar os valores originais em um intervalo de valores menor. A referida transformação
logarítmica vai gerar novos valores cujo intervalo varia de:

(A) 0 a 1.
(B)0 a 5.
(C)0 a 10.
(D)0 a 100.
(E)1 a 6.

08. (PETROBRAS - Técnico de Exploração de Petróleo Júnior - CESGRANRIO) Se y = log81 (1⁄27)


e x ∈ IR+ são tais que xy = 8 , então x é igual a
(A)1⁄16
(B)1⁄2
(C)log38

. 55
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(D) 2
(E)16

09. (PETROBRAS - Geofísico Junior - CESGRANRIO) Se log x representa o logaritmo na base 10


de x, então o valor de n tal que log n = 3 - log 2 é
(A)2000
(B)1000
(C)500
(D)100
(E)10

10. (PETROBRAS - Todos os Cargos - CESGRANRIO) Em calculadoras científicas, a tecla log serve
para calcular logaritmos de base 10. Por exemplo, se digitamos 100 e, em seguida, apertamos a tecla log,
o resultado obtido é 2. A tabela a seguir apresenta alguns resultados, com aproximação de três casas
decimais, obtidos por Pedro ao utilizar a tecla log de sua calculadora científica.

Utilizando-se os valores anotados por Pedro na tabela acima, a solução da equação log6+x=log28 é
(A)0,563
(B)0,669
(C)0,966
(D)1,623
(E)2,402

Comentários

01. Resposta: C
log n = 3 - log 2
log n + log 2 = 3 . 1
onde 1 = log 10 então:
log (n . 2) = 3 . log 10
log(n . 2) = log 103
2n = 103
2n = 1000
n = 1000 / 2
n = 500

02. Resposta: D
E = log20 + log5
E = log(2 x 10) + log5
E = log2 + log10 + log5
E = log10 + log (2 x 5)
E = log10 + log10
E = 2 log10
E=2

03. Resposta: C
(x) = log2(x - 2)
Verificamos a condição de existência, daí x – 2 > 0
X>2
Logo a reta x = 2 é uma assíntota vertical.

04. Resposta: B
8p = 3

. 56
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
23p = 3
log23p = log3
3p = (log3/log2)
p = (log3/log2).1/3
3q = 5
q.log3 = log5
q = log5/log3
3.p.q = 3. (log3/log2).1/3 . log5/log3 = log5/log2
3.p.q/(1 + 3.p.q)
log5/log2/(1 + log5/log2)
(log5/log2)/( log2/log2 + log5/log2)
(log5/log2)/(log2 + log5)/log2)
(log5/log2)/( log10)/log2)
(log5/ log10)=
log5

05. Resposta: A
Como sabemos que ln (0,60) = -0,51
então ln (1 / 0,60) = 0,51
Substituindo t = 15 minutos em 0,06 + 0,03 . t, teremos 0,06 + 0,03*15 = 0,51
logo 1 / 0,60 = p / (1 - p)
1 - p = 0,60 . p
p = 0,625

06. Resposta: E
onde y = i0 . 0,6 (x/88)
então:
i0/ 3 = i0.0,6 (x/88)
(i / 3) . (1/ i) = 0,6 (x/88)
1/3 = 0,6 (x/88)
log 1/3 = log 0,6 (x/88)
log 1 - log 3 = x/88 . log 6/10
0 - 0,48 = x/88 . log 6/10
88 . (- 0,48) = x . [ log 6 - log 10 ]
6 = 3 . 2 ===> log 3 + log 2
como log10 na base 10 = 1.
- 42,24 = x . [ log 3 + log 2 - (1)]
- 42,24 = x . [ 0,48 + 0,30 - 1 ]
x = - 42,24 / - 0,22
x = (42,24 / 0,22) = 192
x = 192 cm

07. Resposta: B
A transformação logarítmica vai gerar novos valores, através dos seguintes cálculos:
medida 1 = log 1 = 0
medida 2 = log 10 = 1
medida 3 = log 100 = 2
medida 4 = log 1000 = 3
medida 5 = log 10000 = 4
medida 6 = log 100000 = 5
logo os valores (1,10,100,1000,10000,100000) transformados em logaritmos reduziu o intervalo de
valores para (0,1,2,3,4,5), ou seja, 0-5.

08. Resposta: A
y = log (81) (1/27)
y = -3log(81)(3)
y = -3. 1/4
y = -3/4
x(-3/4) = 8

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1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
Elevando os dois termos à quarta potência:
x-3 = 84
1/x3 = 84
Agora raiz cubica dos dois termos:
1/x = 8 4/3
Como 3√8=2
1/x = 24
1/x = 16
x = 1/16

09. Resposta: C
De acordo com o enunciado:
log n = 3 - log 2
log n + log 2 = 3 . 1,
onde 1 = log 10
então:
log (n . 2) = 3 . log 10
log(n . 2) = log 10 3
2n = 103
2n = 1000
n = 1000 / 2
n = 500

10. Resposta: B
Log 6 = Log (2 . 3)
De acordo com uma das propriedades:
Log (A . B) = Log A + Log B
Então, Log (2 . 3) = Log 2 + Log 3.
Fatorando o número 28 temos que
28=2x2x7
Temos que:
Log 28 = Log (2x2x7)
ou seja,
Log 28 = Log 2 + Log 2 + Log 7
Portanto:
Log 2 + Log 3 + x = Log 2 + Log 2 + Log 7
Cortando o Log 2 dos dois lados temos:
Log 3 + x = Log 2 + Log 7
Dados os valores da tabela, e substituindo-os, temos que:
0,477 + x = 0,301 + 0,845
x = 0,669

3 Taxas de variação de grandezas. 3.1 Razão e proporção com aplicações

RAZÃO

É o quociente entre dois números (quantidades, medidas, grandezas).


Sendo a e b dois números a sua razão, chama-se razão4 de a para b:
𝑎
𝑜𝑢 𝑎: 𝑏 , 𝑐𝑜𝑚 𝑏 ≠ 0
𝑏
Onde:

4
IEZZI, Gelson – Fundamentos da Matemática – Vol. 11 – Financeira e Estatística Descritiva
IEZZI, Gelson – Matemática Volume Único
http://educacao.globo.com

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1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
Exemplos:
1 - Em um vestibular para o curso de marketing, participaram 3600 candidatos para 150 vagas. A razão
entre o número de vagas e o número de candidatos, nessa ordem, foi de

𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑎𝑔𝑎𝑠 150 1


= =
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎𝑡𝑜𝑠 3600 24

Lemos a fração como: Um vinte e quatro avós.

2 - Em um processo seletivo diferenciado, os candidatos obtiveram os seguintes resultados:


− Alana resolveu 11 testes e acertou 5
− Beatriz resolveu 14 testes e acertou 6
− Cristiane resolveu 15 testes e acertou 7
− Daniel resolveu 17 testes e acertou 8
− Edson resolveu 21 testes e acertou 9
O candidato contratado, de melhor desempenho, (razão de acertos para número de testes), foi:
5
𝐴𝑙𝑎𝑛𝑎: 11 = 0,45

6
𝐵𝑒𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧: 14 = 0,42

7
𝐶𝑟𝑖𝑠𝑡𝑖𝑎𝑛𝑒: 15 = 0,46

8
𝐷𝑎𝑛𝑖𝑒𝑙: 17 = 0,47

9
𝐸𝑑𝑠𝑜𝑛: 21 = 0,42

Daniel teve o melhor desempenho.

- Quando a e b forem medidas de uma mesma grandeza, essas devem ser expressas na mesma
unidade.

Razões Especiais

Escala → Muitas vezes precisamos ilustrar distâncias muito grandes de forma reduzida, então
utilizamos a escala, que é a razão da medida no mapa com a medida real (ambas na mesma unidade).

𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑛𝑜 𝑚𝑎𝑝𝑎
𝐸=
𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑟𝑒𝑎𝑙

Velocidade média → É a razão entre a distância percorrida e o tempo total de percurso. As unidades
utilizadas são km/h, m/s, entre outras.
𝑑𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑝𝑒𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑑𝑎
𝑉=
𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

Densidade → É a razão entre a massa de um corpo e o seu volume. As unidades utilizadas são g/cm³,
kg/m³, entre outras.
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜
𝐷=
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜

PROPORÇÃO

É uma igualdade entre duas razões.

. 59
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
𝑎 𝑐 𝑎 𝑐
Dada as razões e , à setença de igualdade = chama-se proporção5.
𝑏 𝑑 𝑏 𝑑
Onde:

Exemplo:
1 - O passageiro ao lado do motorista observa o painel do veículo e vai anotando, minuto a minuto, a
distância percorrida. Sua anotação pode ser visualizada na tabela a seguir:

Distância percorrida (em km) 2 4 6 8 ...


Tempo gasto (em min) 1 2 3 4 ...

Nota-se que a razão entre a distância percorrida e o tempo gasto para percorrê-la é sempre igual a 2:

2 4 6 8
=2; =2 ; =2 ; =2
1 2 3 4
Então:

2 4 6 8
= = =
1 2 3 4

Dizemos que os números da sucessão (2,4,6, 8, ...) são diretamente proporcionais aos números da
sucessão (1,2,3,3, 4, ...).

Propriedades da Proporção

1 - Propriedade Fundamental

O produto dos meios é igual ao produto dos extremos, isto é, a. d = b. c

Exemplo:
45 9
Na proporção 30 = 6 ,(lê-se: “45 está para 30, assim como 9 está para 6.), aplicando a propriedade
fundamental, temos: 45.6 = 30.9 = 270

2 - A soma dos dois primeiros termos está para o primeiro (ou para o segundo termo), assim como a
soma dos dois últimos está para o terceiro (ou para o quarto termo).

𝑎 𝑐 𝑎+𝑏 𝑐+𝑑 𝑎+𝑏 𝑐+𝑑


= → = 𝑜𝑢 =
𝑏 𝑑 𝑎 𝑐 𝑏 𝑑

Exemplo:
2 6 2 + 3 6 + 9 5 15 2 + 3 6 + 9 5 15
= → = → = = 30 𝑜𝑢 = → = = 45
3 9 2 6 2 6 3 9 3 9

3 - A diferença entre os dois primeiros termos está para o primeiro (ou para o segundo termo), assim
como a diferença entre os dois últimos está para o terceiro (ou para o quarto termo).

𝑎 𝑐 𝑎−𝑏 𝑐−𝑑 𝑎−𝑏 𝑐−𝑑


= → = 𝑜𝑢 =
𝑏 𝑑 𝑎 𝑐 𝑏 𝑑

Exemplo:

5
IEZZI, Gelson – Fundamentos da Matemática – Vol. 11 – Financeira e Estatística Descritiva
IEZZI, Gelson – Matemática Volume Único
http://educacao.globo.com

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2 6 2 − 3 6 − 9 −1 −3 2 − 3 6 − 9 −1 −3
= → = → = = −6 𝑜𝑢 = → = = −9
3 9 2 6 2 6 3 9 3 9

4 - A soma dos antecedentes está para a soma dos consequentes, assim como cada antecedente está
para o seu consequente.

𝑎 𝑐 𝑎+𝑐 𝑎 𝑎+𝑐 𝑐
= → = 𝑜𝑢 =
𝑏 𝑑 𝑏+𝑑 𝑏 𝑏+𝑑 𝑑

Exemplo:
2 6 2+6 2 8 2 2+6 6 8 6
= → = → = = 24 𝑜𝑢 = → = = 72
3 9 3+9 3 12 3 3+9 9 12 9

5 - A diferença dos antecedentes está para a diferença dos consequentes, assim como cada
antecedente está para o seu consequente.
𝑎 𝑐 𝑎−𝑐 𝑎 𝑎−𝑐 𝑐
= → = 𝑜𝑢 =
𝑏 𝑑 𝑏−𝑑 𝑏 𝑏−𝑑 𝑑

Exemplo:
6 2 6−2 6 4 6 6−2 2 4 2
= → = → = = 36 𝑜𝑢 = → = = 12
9 3 9−3 9 6 9 9−3 3 6 3

Problemas envolvendo razão e proporção


1 - Em uma fundação, verificou-se que a razão entre o número de atendimentos a usuários internos e
o número de atendimento total aos usuários (internos e externos), em um determinado dia, nessa ordem,
foi de 3/5. Sabendo que o número de usuários externos atendidos foi 140, pode-se concluir que, no total,
o número de usuários atendidos foi:
A) 84
B) 100
C) 217
D) 280
E) 350

Resolução:
Usuários internos: I
Usuários externos: E
Sabemos que neste dia foram atendidos 140 externos → E = 140
𝐼 3 𝐼
𝐼+𝐸
= 5 = 𝐼+140 , usando o produto dos meios pelos extremos temos

5I = 3(I + 140) → 5I = 3I + 420 → 5I – 3I = 420 → 2I = 420 → I = 420 / 2 → I = 210


I + E = 210 + 140 = 350
Resposta “E”

2 – Em um concurso participaram 3000 pessoas e foram aprovadas 1800. A razão do número de


candidatos aprovados para o total de candidatos participantes do concurso é:
A) 2/3
B) 3/5
C) 5/10
D) 2/7
E) 6/7

Resolução:

Resposta “B”

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1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
3 - Em um dia de muita chuva e trânsito caótico, 2/5 dos alunos de certa escola chegaram atrasados,
sendo que 1/4 dos atrasados tiveram mais de 30 minutos de atraso. Sabendo que todos os demais alunos
chegaram no horário, pode-se afirmar que nesse dia, nessa escola, a razão entre o número de alunos
que chegaram com mais de 30 minutos de atraso e número de alunos que chegaram no horário, nessa
ordem, foi de:
A) 2:3
B) 1:3
C) 1:6
D) 3:4
E) 2:5

Resolução:
Se 2/5 chegaram atrasados
2 3
1 − = 𝑐ℎ𝑒𝑔𝑎𝑟𝑎𝑚 𝑛𝑜 ℎ𝑜𝑟á𝑟𝑖𝑜
5 5
2 1 1
∙ = 𝑡𝑖𝑣𝑒𝑟𝑎𝑚 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑑𝑒 30 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑎𝑡𝑟𝑎𝑠𝑜
5 4 10
1
𝑡𝑖𝑣𝑒𝑟𝑎𝑚 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑑𝑒 30 min 𝑑𝑒 𝑎𝑡𝑟𝑎𝑠𝑜 10
𝑟𝑎𝑧ã𝑜 = =
𝑐ℎ𝑒𝑔𝑎𝑟𝑎𝑚 𝑛𝑜 ℎ𝑜𝑟á𝑟𝑖𝑜 3
5
1 5 1
𝑟𝑎𝑧ã𝑜 = ∙ = 𝑜𝑢 1: 6
10 3 6

Resposta “C”

Questões

01. (Pref. Maranguape/CE – Prof. de educação básica – GR Consultoria e Assessoria) André,


Bruno, Carlos e Diego são irmãos e suas idades formam, na ordem apresentada, uma proporção.
Considere que André tem 3 anos, Diego tem 18 anos e Bruno é 3 anos mais novo que Carlos. Assim, a
soma das idades, destes quatro irmãos, é igual a
(A) 30
(B) 32;
(C) 34;
(D) 36.

02. (MPE/SP – Oficial de Promotoria – VUNESP) Alfredo irá doar seus livros para três bibliotecas da
universidade na qual estudou. Para a biblioteca de matemática, ele doará três quartos dos livros, para a
biblioteca de física, um terço dos livros restantes, e para a biblioteca de química, 36 livros. O número de
livros doados para a biblioteca de física será
(A) 16.
(B) 22.
(C) 20.
(D) 24.
(E)18.

03. (PC/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) Foram construídos dois reservatórios de água. A
razão entre os volumes internos do primeiro e do segundo é de 2 para 5, e a soma desses volumes é
14m³. Assim, o valor absoluto da diferença entre as capacidades desses dois reservatórios, em litros, é
igual a
(A) 8000.
(B) 6000.
(C) 4000.
(D) 6500.
(E) 9000.

04. (EBSERH/HUPAA-UFAL - Técnico em Informática – IDECAN) Entre as denominadas razões


especiais encontram-se assuntos como densidade demográfica, velocidade média, entre outros. Supondo
que a distância entre Rio de Janeiro e São Paulo seja de 430 km e que um ônibus, fretado para uma

. 62
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
excursão, tenha feito este percurso em 5 horas e 30 minutos. Qual foi a velocidade média do ônibus
durante este trajeto, aproximadamente, em km/h?
(A) 71 km/h
(B) 76 km/h
(C) 78 km/h
(D) 81 km/h
(E) 86 km/h.

05. (SEPLAN/GO – Perito Criminal – FUNIVERSA) Em uma ação policial, foram apreendidos 1
traficante e 150 kg de um produto parecido com maconha. Na análise laboratorial, o perito constatou que
o produto apreendido não era maconha pura, isto é, era uma mistura da Cannabis sativa com outras
ervas. Interrogado, o traficante revelou que, na produção de 5 kg desse produto, ele usava apenas 2 kg
da Cannabis sativa; o restante era composto por várias “outras ervas”. Nesse caso, é correto afirmar que,
para fabricar todo o produto apreendido, o traficante usou
(A) 50 kg de Cannabis sativa e 100 kg de outras ervas.
(B) 55 kg de Cannabis sativa e 95 kg de outras ervas.
(C) 60 kg de Cannabis sativa e 90 kg de outras ervas.
(D) 65 kg de Cannabis sativa e 85 kg de outras ervas.
(E) 70 kg de Cannabis sativa e 80 kg de outras ervas.

06. (PM/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) Uma gráfica produz blocos de papel em dois
tamanhos diferentes: médios ou pequenos e, para transportá-los utiliza caixas que comportam
exatamente 80 blocos médios. Sabendo que 2 blocos médios ocupam exatamente o mesmo espaço que
5 blocos pequenos, então, se em uma caixa dessas forem colocados 50 blocos médios, o número de
blocos pequenos que poderão ser colocados no espaço disponível na caixa será:
(A) 60.
(B) 70.
(C) 75.
(D) 80.
(E) 85.

07. (Pref. Maranguape/CE – Prof. de Educação Básica – GR Consultoria e Assessoria) Eu tenho


duas réguas, uma que ao quebrar ficou com 24 cm de comprimento e a outra tem 30 cm, portanto, a
régua menor é quantos por cento da régua maior?
(A) 90%
(B) 75%
(C) 80%
(D) 85%

08. (SAAE/SP – Auxiliar de Manutenção Geral – VUNESP) Uma cidade A, com 120 km de vias,
apresentava, pela manhã, 51 km de vias congestionadas. O número de quilômetros de vias
congestionadas numa cidade B, que tem 280 km de vias e mantém a mesma proporção que na cidade A,
é
(A) 119 km.
(B) 121 km.
(C) 123 km.
(D) 125 km.
(E) 127 km.

09. (FINEP – Assistente – Apoio administrativo – CESGRANRIO) Maria tinha 450 ml de tinta
vermelha e 750 ml de tinta branca. Para fazer tinta rosa, ela misturou certa quantidade de tinta branca
com os 450 ml de tinta vermelha na proporção de duas partes de tinta vermelha para três partes de tinta
branca.
Feita a mistura, quantos ml de tinta branca sobraram?
(A) 75
(B) 125
(C) 175
(D) 375
(E) 675

. 63
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
10. (MP/SP – Auxiliar de Promotoria I – Administrativo – VUNESP) A medida do comprimento de
um salão retangular está para a medida de sua largura assim como 4 está para 3. No piso desse salão,
foram colocados somente ladrilhos quadrados inteiros, revestindo-o totalmente. Se cada fileira de
ladrilhos, no sentido do comprimento do piso, recebeu 28 ladrilhos, então o número mínimo de ladrilhos
necessários para revestir totalmente esse piso foi igual a
(A) 588.
(B) 350.
(C) 454.
(D) 476.
(E) 382.

Comentários

01. Resposta: D.
Pelo enunciado temos que:
A=3
B=C–3
C
D = 18
Como eles são proporcionais podemos dizer que:
𝐴 𝐶 3 𝐶
= → = → 𝐶 2 − 3𝐶 = 3.18 → 𝐶 2 − 3𝐶 − 54 = 0
𝐵 𝐷 𝐶 − 3 18

Vamos resolver a equação do 2º grau:

−𝑏 ± √𝑏 2 − 4𝑎𝑐 −(−3) ± √(−3)2 − 4.1. (−54) 3 ± √225 3 ± 15


𝑥= → → →
2𝑎 2.1 2 2
3 + 15 18 3 − 15 −12
𝑥1 = = = 9 ∴ 𝑥2 = = = −6
2 2 2 2

Como não existe idade negativa, então vamos considerar somente o 9. Logo C = 9
B=C–3=9–3=6
Somando teremos: 3 + 6 + 9 + 18 = 36

02. Resposta: E.
X = total de livros
Matemática = ¾ x, restou ¼ de x
Física = 1/3.1/4 = 1/12
Química = 36 livros

Logo o número de livros é: 3/4x + 1/12x + 36 = x


Fazendo o m.m.c. dos denominadores (4,12) = 12
Logo:
9𝑥 + 1𝑥 + 432 = 12𝑥 432
→ 10𝑥 + 432 = 12𝑥 → 12𝑥 − 10𝑥 = 432 → 2𝑥 = 432 → 𝑥 = → 𝑥 = 216
12 2

Como a Biblioteca de Física ficou com 1/12x, logo teremos:


1 216
. 216 = = 18
12 12

03. Resposta: B.
Primeiro: 2k
Segundo: 5k
2k + 5k = 14 → 7k = 14 → k = 2
Primeiro: 2.2 = 4
Segundo: 5.2=10
Diferença: 10 – 4 = 6 m³
1m³------1000L

. 64
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
6--------x
x = 6000 l

04. Resposta: C.
5h30 = 5,5h, transformando tudo em hora e suas frações.
430
= 78,18 𝑘𝑚/ℎ
5,5

05. Resposta: C.
O enunciado fornece que a cada 5kg do produto temos que 2kg da Cannabis sativa e os demais outras
2
ervas. Podemos escrever em forma de razão 5, logo:
2
. 150 = 60𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑛𝑛𝑎𝑏𝑖𝑠 𝑠𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 ∴ 150 − 60 = 90𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝑜𝑢𝑡𝑟𝑎𝑠 𝑒𝑟𝑣𝑎𝑠
5

06. Resposta: C.
Chamemos de (m) a quantidade de blocos médios e de (p) a quantidade de blocos pequenos.
𝑚 2
𝑝
= 5 , ou seja, 2p = 5m

- 80 blocos médios correspondem a:


2p = 5.80 → p = 400 / 2 → p = 200 blocos pequenos
- Já há 50 blocos médios: 80 – 50 = 30 blocos médios (ainda cabem).
2p = 5.30 → p = 150 / 2 → p = 75 blocos pequenos

07. Resposta: C.
Como é a razão do menor pelo maior temos: 24/30 = 0,80. 100% = 80%

08. Resposta: A.
51 𝑥
=
120 280

120.x = 51. 280 → x = 14280 / 120 → x = 119 km

09. Resposta: A.
2 450
3
= 𝑥

2x = 450. 3 → x = 1350 / 2 → x = 675 ml de tinta branca


Sobraram: 750 ml – 675 ml = 75 ml

10. Resposta: A.
𝐶 4
𝐿
= 3 , que fica 4L = 3C

Fazendo C = 28 e substituindo na proporção, temos:


28 4
=
𝐿 3

4L = 28. 3 → L = 84 / 4 → L = 21 ladrilhos
Assim, o total de ladrilhos foi de 28. 21 = 588

GRANDEZAS DIRETAMENTE E INVERSAMENTE PROPORCIONAIS

Taxa de variação de grandezas é tudo aquilo que pode ser contado e medido. Do dicionário, tudo o
que pode aumentar ou diminuir (medida de grandeza.).
As grandezas proporcionais são aquelas que relacionadas a outras, sofrem variações. Elas podem ser
diretamente ou inversamente proporcionais6.

6
IEZZI, Gelson – Fundamentos da Matemática – Vol. 11 – Financeira e Estatística Descritiva
http://www.brasilescola.com

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1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
Exemplos:
1 - Uma picape para ir da cidade A para a cidade B gasta dois tanques e meio de óleo diesel. Se a
distância entre a cidade A e a cidade B é de 500 km e neste percurso ele faz 100 km com 25 litros de
óleo diesel, quantos litros de óleo diesel cabem no tanque da picape?
A) 60
B) 50
C) 40
D) 70
E) 80

Observe que há uma relação entre as grandezas distância (km) e óleo diesel (litros). Equacionando
temos:
100 km ------- 25 litros
500 km ------- x litros

Observe que:
Se aumentarmos a km aumentaremos também a
quantidade de litros gastos. Logo as grandezas são
diretamente proporcionais.

Resolvendo:
100 25
= → 100. 𝑥
500 𝑥
= 500.25

100x = 12500 → x = 12500/100 → x = 125


Este valor representa a quantidade em litros gasta para ir da cidade A à B. Como sabemos que ele
gasta 2,5 tanques para completar esse percurso, vamos encontrar o valor que cabe em 1 tanque:
2,5 tanques ------ 125 litros
1 tanque ------- x litros
2,5x = 1.125 → x = 125/2,5 → x = 50 litros.
Logo 1 tanque dessa picape cabe 50 litros, a resposta correta esta na alternativa B.

2 – A tabela a seguir mostra a velocidade de um trem ao percorrer determinado percurso:

Velocidade (km/h) 40 80 120 ...


Tempo (horas) 6 3 2 ...

Se sua velocidade aumentar para 240 km/h, em quantas horas ele fará o percurso?

Podemos pegar qualquer velocidade para acharmos o novo tempo:


40 km ------ 6 horas
240 km ----- x horas

Observe que:
Se aumentarmos a velocidade, diminuímos de forma
proporcional o tempo. Logo as grandezas são inversamente
proporcionais.

40 𝑥
= → 240𝑥 = 40.6 → 240𝑥 = 240 → 𝑥 = 1 ∴ 𝐿𝑜𝑔𝑜 𝑜 𝑡𝑟𝑒𝑚 𝑓𝑎𝑟á 𝑜 𝑝𝑒𝑟𝑐𝑢𝑟𝑠𝑜 𝑒𝑚 1 ℎ𝑜𝑟𝑎.
240 6

Observe que invertemos os valores de uma das duas proporções (km ou tempo), neste exemplo
optamos por inverter a grandeza tempo.

http://www.dicio.com.br

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1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
- Grandezas diretamente proporcionais (GDP)

São aquelas em que, uma delas variando, a outra varia na mesma razão da outra. Isto é, duas
grandezas são diretamente proporcionais quando, dobrando uma delas, a outra também dobra;
triplicando uma delas, a outra também triplica, divididas à terça parte a outra também é dividida à terça
parte... E assim por diante.
Matematicamente podemos escrever da seguinte forma:

𝒂𝟏 𝒂𝟐 𝒂𝟑
= = =⋯=𝒌
𝒃𝟏 𝒃𝟐 𝒃𝟑

Onde a grandeza A = {a1, a2, a3...}, a grandeza B= {b1, b2, b3...} e os valores entre suas razões
são iguais a k (constante de proporcionalidade).

Exemplos:
1 - Uma faculdade irá inaugurar um novo espaço para sua biblioteca, composto por três salões. Estima-
se que, nesse espaço, poderão ser armazenados até 120.000 livros, sendo 60.000 no salão maior, 15.000
no menor e os demais no intermediário. Como a faculdade conta atualmente com apenas 44.000 livros,
a bibliotecária decidiu colocar, em cada salão, uma quantidade de livros diretamente proporcional à
respectiva capacidade máxima de armazenamento. Considerando a estimativa feita, a quantidade de
livros que a bibliotecária colocará no salão intermediário é igual a
(A) 17.000.
(B) 17.500.
(C) 16.500.
(D) 18.500.
(E) 18.000.

Como é diretamente proporcional, podemos analisar da seguinte forma:


No salão maior, percebe-se que é a metade dos livros, no salão menor é 1/8 dos livros.
Então, como tem 44.000 livros, o salão maior ficará com 22.000 e o salão menor com 5.500 livros.
22000+5500=27500
Salão intermediário:44.000-27.500=16.500 livros.
Resposta C

2 - Um mosaico foi construído com triângulos, quadrados e hexágonos. A quantidade de polígonos de


cada tipo é proporcional ao número de lados do próprio polígono. Sabe-se que a quantidade total de
polígonos do mosaico é 351. A quantidade de triângulos e quadrados somada supera a quantidade de
hexágonos em
(A) 108.
(B) 27.
(C) 35.
(D) 162.
(E) 81.

𝑡𝑟𝑖â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜𝑠: 3𝑥
𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑜: 4𝑥
ℎ𝑒𝑥á𝑔𝑜𝑛𝑜: 6𝑥

3𝑥 + 4𝑥 + 6𝑥 = 351
13𝑥 = 351
𝑥 = 27
3𝑥 + 4𝑥 = 3.27 + 4.27 = 81 + 108 = 189
6𝑥 = 6.27 = 162 → 189-162= 27
Resposta B

*Se uma grandeza aumenta e a outra também , elas são diretamente proporcionais.

. 67
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
*Se uma grandeza diminui e a outra também , elas também são diretamente
proporcionais.

- Grandezas inversamente proporcionais (GIP)

São aquelas quando, variando uma delas, a outra varia na razão inversa da outra. Isto é, duas
grandezas são inversamente proporcionais quando, dobrando uma delas, a outra se reduz pela metade;
triplicando uma delas, a outra se reduz para à terça parte... E assim por diante.
Matematicamente podemos escrever da seguinte forma:

𝒂𝟏. 𝒃𝟏 = 𝒂𝟐. 𝒃𝟐 = 𝒂𝟑. 𝒃𝟑 = ⋯ = 𝒌

Uma grandeza A = {a1, a2, a3...} Será inversamente a outra B= {b1, b2, b3...}, se e somente se, os
produtos entre os valores de A e B são iguais.

Exemplos:
1 - Carlos dividirá R$ 8.400,00 de forma inversamente proporcional à idade de seus dois filhos: Marcos,
de12 anos, e Fábio, de 9 anos. O valor que caberá a Fábio será de:
A) R$ 3.600,00
B) R$ 4.800,00
C) R$ 7.000,00
D) R$ 5.600,00

Marcos: a
Fábio: b
a + b = 8400
𝑎 𝑏 𝑎+𝑏
+ =
1 1 1 1
12 9 12 + 9
𝑏 8400
=
1 3 4
9 36 + 36
8400
7 8400 9 → 𝑏 = 8400 . 36 → 𝑠𝑖𝑚𝑝𝑙𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑞𝑢𝑒: 1200 . 4 = 4800
𝑏= →𝑏=
36 9 7 9 7 1 1
36

Resposta B

2 - Três técnicos judiciários arquivaram um total de 382 processos, em quantidades inversamente


proporcionais as suas respectivas idades: 28, 32 e 36 anos. Nessas condições, é correto afirmar que o
número de processos arquivados pelo mais velho foi:
A) 112
B) 126
C) 144
D) 152
E) 164

. 68
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
1 1 1
Somamos os inversos dos números, ou seja: 28 + 32 + 36. Dividindo-se os denominadores por 4, ficamos
1 1 1 72+63+53 191
com: 7 + 8 + 9 = 504 = 504.
Eliminando-se os denominadores, temos 191 que corresponde a uma soma. Dividindo-se a soma pela
soma:
382 / 191 = 2.56 = 112

*Se uma grandeza aumenta e a outra diminui , elas são inversamente


proporcionais.
*Se uma grandeza diminui e a outra aumenta , elas também são inversamente
proporcionais.

Questões

01. (Câmara de São Paulo/SP – Técnico Administrativo – FCC) Na tabela abaixo, a sequência de
números da coluna A é inversamente proporcional à sequência de números da coluna B.

A letra X representa o número


(A) 90.
(B) 80.
(C) 96.
(D) 84.
(E) 72.

02. (PRODAM/AM – Assistente – FUNCAB) Um pintor gastou duas horas para pintar um quadrado
com 1,5 m de lado. Quanto tempo ele gastaria, se o mesmo quadrado tivesse 3 m de lado?
(A) 4 h
(B) 5 h
(C) 6 h
(D) 8 h
(E) 10 h

03. (Polícia Militar/SP – Aluno – Oficial – VUNESP) A tabela, com dados relativos à cidade de São
Paulo, compara o número de veículos da frota, o número de radares e o valor total, em reais, arrecadado
com multas de trânsito, relativos aos anos de 2004 e 2013:

Se o número de radares e o valor da arrecadação tivessem crescido de forma diretamente proporcional


ao crescimento da frota de veículos no período considerado, então em 2013 a quantidade de radares e o
valor aproximado da arrecadação, em milhões de reais (desconsiderando-se correções monetárias),
seriam, respectivamente,
(A) 336 e 424.
(B) 336 e 426.
(C) 334 e 428.
(D) 334 e 430.
(E) 330 e 432.

04. (IPT – Secretária – VUNESP) Um centro de imprensa foi decorado com bandeiras de países
participantes da Copa do Mundo de 2014. Sabe-se que as medidas de comprimento e largura da bandeira

. 69
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
brasileira são diretamente proporcionais a 10 e 7, enquanto que as respectivas medidas, na bandeira
alemã, são diretamente proporcionais a 5 e 3. Se todas as bandeiras foram confeccionadas com 1,5 m
de comprimento, então a diferença, em centímetros, entre as medidas da largura das bandeiras brasileira
e alemã, nessa ordem, é igual a
(A) 9.
(B) 10.
(C) 12.
(D) 14.
(E) 15.

05. (PC/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) Foram construídos dois reservatórios de água. A
razão entre os volumes internos do primeiro e do segundo é de 2 para 5, e a soma desses volumes é
14m³. Assim, o valor absoluto da diferença entre as capacidades desses dois reservatórios, em litros, é
igual a
(A) 8000.
(B) 6000.
(C) 4000.
(D) 6500.
(E) 9000.

06. (IPT – Secretária – VUNESP) Moradores de certo município foram ouvidos sobre um projeto para
implantar faixas exclusivas para ônibus em uma avenida de tráfego intenso. A tabela, na qual alguns
números foram substituídos por letras, mostra os resultados obtidos nesse levantamento.

Se a razão entre o número de mulheres e o número de homens, ambos contrários à implantação da


faixa exclusiva para ônibus é de 3/10, então o número total de pessoas ouvidas nesse levantamento,
indicado por T na tabela, é
(A) 1 140.
(B) 1 200.
(C) 1 280.
(D) 1 300.
(E) 1 320.

07. (PRODEST/ES – Assistente de Tecnologia da Informação – VUNESP) O gráfico apresenta


informações sobre a relação entre o número de mulheres e o número de homens atendidos em uma
instituição, nos anos de 2012 e 2013.

Mantendo-se a mesma relação de atendimentos observada em 2012 e 2013, essa instituição pretende
atender, em 2014, 110 homens. Dessa forma, o número total de pessoas que essa instituição pretende
atender em 2014 e o número médio anual de atendimentos a mulheres que se pretende atingir,
considerando-se os anos de 2012, 2013 e 2014, são, respectivamente,
(A) 160 e 113,3.
(B) 160 e 170.
(C) 180 e 120.

. 70
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
(D) 275 e 115.
(E) 275 e 172,2.

08. (Câmara Municipal de Sorocaba/SP – Telefonista – VUNESP) O copeiro prepara suco de açaí
com banana na seguinte proporção: para cada 500 g de açaí, ele gasta 2 litros de leite e 10 bananas. Na
sua casa, mantendo a mesma proporção, com apenas 25 g de açaí, ele deve colocar leite e banana nas
seguintes quantidades, respectivamente,
(A) 80 ml e 1
(B) 100 ml e 1 / 2
(C) 120 ml e 1 / 2
(D) 150 ml e 1 / 4
(E) 200 ml e 1

09. (METRÔ – Assistente Administrativo Júnior – FCC) Uma engrenagem circular P, de 20 dentes,
está acoplada a uma engrenagem circular Q, de 18 dentes, formando um sistema de transmissão de
movimento. Se a engrenagem P gira 1 / 5 de volta em sentido anti-horário, então a engrenagem Q irá
girar
(A) 2 / 9 de volta em sentido horário.
(B) 9 / 50 de volta em sentido horário.
(C) 6 / 25 de volta em sentido horário.
(D) 1 / 4 de volta em sentido anti-horário.
(E) 6 / 25 de volta em sentido anti-horário.

10. (SEGPLAN-GO - Auxiliar de Autópsia - FUNIVERSA) A geladeira, para conservação de


cadáveres, do necrotério de determinada cidade possui 12 gavetas de mesma medida. Para a limpeza
de 7 dessas gavetas, o auxiliar de autópsia gasta 3,5 kg de sabão. Então, para a limpeza das 12 gavetas,
ele gastará
(A) 5 kg de sabão.
(B) 6 kg de sabão.
(C) 7 kg de sabão.
(D) 8 kg de sabão.
(E) 9 kg de sabão.

Comentários

01. Resposta: B.
16 12
1 = 1
60 𝑋
16 ∙ 60 = 12 ∙ 𝑋
x=80

02. Resposta: D.
Vamos pensar no seguinte:
A parede é quadrada de lado 1,5m, assim sua área será de: 1,5x1,5 = 2,25m², a nova parede é um
quadrado de lado 3m, assim sua área será de: 3x3 = 9m², vamos montar as grandezas agora!

Tempo (horas) área pintada (m²)


2 2,25
x 9

Como se a área aumentar então o tempo gasto também irá aumentar, logo são grandezas diretamente
proporcionais:
2 2,25
𝑥
= 9
2,25x = 18
18
x= = 8 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠.
2,25

03. Resposta: A.
Chamando os radares de 2013 de ( x ), temos que:

. 71
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
5,8 260
=
7,5 𝑥

5,8 . x = 7,5 . 260


x = 1950 / 5,8
x = 336,2 (aproximado)
Por fim, vamos calcular a arrecadação em 2013:
5,8 328
7,5
= 𝑥

5,8 . x = 7,5 . 328


x = 2460 / 5,8
x = 424,1 (aproximado)

04. Resposta: E.
1,5 m = 150 cm
𝑪 𝟏𝟎
* Bandeira Brasileira: 𝑳 = 𝟕 , ou seja, 10.L = 7.C
10.L = 7 . 150
L = 1050 / 10
L = 105 cm
𝑪′ 𝟓
* Bandeira Alemã: 𝑳′ = 𝟑, ou seja, 5.L’ = 3.C’
5.L’ = 3 . 150
L’ = 450 / 5
L’ = 90 cm
Então a diferença é: 105 – 90 = 15 cm

05. Resposta: B.
Primeiro:2k
Segundo:5k
2k+5k=14
7k=14
K=2
Primeiro=2.2=4
Segundo=5.2=10
Diferença=10-4=6m³
1m³------1000L
6--------x
X=6000 l

06. Resposta: B.
𝒑 𝟑
𝟔𝟎𝟎
= 𝟏𝟎

10.p = 3 . 600

p = 1800 / 10
p = 180 mulheres
* Total de Mulheres: q = 300 + 180 = 480
* Total Geral: T = 480 + 720 = 1200 pessoas

07. Resposta: D.
Primeiramente, vamos calcular a razão entre mulheres e homens (observe que os dados do gráfico se
mantém na mesma proporção, logo são diretamente proporcionais):
𝒎 𝟔𝟎
𝒉
= 𝟒𝟎

* Número total em 2014: (h = 110)


𝒎 𝟔𝟎
𝟏𝟏𝟎
= 𝟒𝟎

. 72
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
40.m = 60 . 110
m = 6600 / 40
m = 165 mulheres (em 2014)
Assim, 110 + 165 = 275 pessoas (em 2014).
* Número médio anual de mulheres:

𝟔𝟎+𝟏𝟐𝟎+𝟏𝟔𝟓 𝟑𝟒𝟓
𝑴= 𝟑
= 𝟑
= 𝟏𝟏𝟓 𝒎𝒖𝒍𝒉𝒆𝒓𝒆𝒔

08. Resposta: B.
Sabendo que se mantém a proporção, temos grandezas diretamente proporcionais. Vamos utilizar a
Regra de Três Simples Direta duas vezes:
* Açaí e leite:
açaí leite
500 --------- 2000
25 ------------ x

𝟓𝟎𝟎 𝟐𝟎𝟎𝟎
𝟐𝟓
= 𝒙

𝟓𝟎𝟎. 𝒙 = 𝟐𝟓 . 𝟐𝟎𝟎𝟎
𝟓𝟎𝟎𝟎𝟎
𝒙 = 𝟓𝟎𝟎

𝒙 = 𝟏𝟎𝟎 𝒎𝑳 𝒅𝒆 𝒍𝒆𝒊𝒕𝒆

* Açaí e banana:
açaí banana
500 --------- 10
25 ---------- y

𝟓𝟎𝟎 𝟏𝟎
𝟐𝟓
= 𝒚

𝟓𝟎𝟎. 𝒚 = 𝟐𝟓 . 𝟏𝟎
𝟐𝟓𝟎
𝒙 = 𝟓𝟎𝟎

𝟏
𝒙 = 𝟐 𝒃𝒂𝒏𝒂𝒏𝒂

09. Resposta: A.
Observe que as grandezas são inversamente proporcionais (pois quanto mais dentes, menos voltas
serão dadas). Vamos utilizar a Regra de Três Simples para resolução:
Dentes Volta
20 ----------- 1 / 5
18 ----------- x
Invertendo uma das Grandezas, teremos:
18 . x = 1/5 . 20
x = 4 / 18 (: 2/2)
x=2/9
Será no sentido horário porque a outra engrenagem está no sentido anti-horário.

10. Resposta: B.
Observa-se que se aumentarmos o número de gavetas iremos gastar mais sabão, logo as grandezas
são diretamente proporcionais.
Gavetas Sabão(kg)
12 x
7 3,5
12 𝑥 42
= → 7𝑥 = 12.3,5 → 7𝑥 = 42 → 𝑥 = → 𝑥 = 6 𝑘𝑔
7 3,5 7

. 73
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
Logo, será gasto 6kg de sabão para limpeza de 12 gavetas.

3.2 Regra de três simples e composta

REGRA DE TRÊS SIMPLES

Os problemas que envolvem duas grandezas diretamente ou inversamente proporcionais podem ser
resolvidos através de um processo prático, chamado regra de três simples7.
Vejamos a tabela abaixo:

Exemplos:
1) Um carro faz 180 km com 15L de álcool. Quantos litros de álcool esse carro gastaria para percorrer
210 km?
O problema envolve duas grandezas: distância e litros de álcool.
Indiquemos por x o número de litros de álcool a ser consumido.
Coloquemos as grandezas de mesma espécie em uma mesma coluna e as grandezas de espécies
diferentes que se correspondem em uma mesma linha:

Na coluna em que aparece a variável x (“litros de álcool”), vamos colocar uma flecha:

7
MARIANO, Fabrício – Matemática Financeira para Concursos – 3ª Edição – Rio de Janeiro: Elsevier,2013.

. 74
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
Observe que, se duplicarmos a distância, o consumo de álcool também duplica. Então, as grandezas
distância e litros de álcool são diretamente proporcionais. No esquema que estamos montando,
indicamos esse fato colocando uma flecha na coluna “distância” no mesmo sentido da flecha da coluna
“litros de álcool”:

Armando a proporção pela orientação das flechas, temos:

180 15 180: 30 15
= → 𝑐𝑜𝑚𝑜 180 𝑒 210 𝑝𝑜𝑑𝑒𝑚 𝑠𝑒𝑟 𝑠𝑖𝑚𝑝𝑙𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 30, 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠: =
210 𝑥 210: 30 𝑥

1806 15
= → 𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑐𝑟𝑢𝑧𝑎𝑑𝑜(𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑚𝑒𝑖𝑜 𝑝𝑒𝑙𝑜𝑠 𝑒𝑥𝑡𝑟𝑒𝑚𝑜𝑠) → 6𝑥 = 7.15
2107 𝑥
105
6𝑥 = 105 → 𝑥 = = 𝟏𝟕, 𝟓
6

Resposta: O carro gastaria 17,5 L de álcool.

2) Viajando de automóvel, à velocidade de 50 km/h, eu gastaria 7 h para fazer certo percurso.


Aumentando a velocidade para 80 km/h, em quanto tempo farei esse percurso?

Indicando por x o número de horas e colocando as grandezas de mesma espécie em uma mesma
coluna e as grandezas de espécies diferentes que se correspondem em uma mesma linha, temos:

Na coluna em que aparece a variável x (“tempo”), vamos colocar uma flecha:

Observe que, se duplicarmos a velocidade, o tempo fica reduzido à metade. Isso significa que as
grandezas velocidade e tempo são inversamente proporcionais. No nosso esquema, esse fato é
indicado colocando-se na coluna “velocidade” uma flecha em sentido contrário ao da flecha da coluna
“tempo”:

Na montagem da proporção devemos seguir o sentido das flechas. Assim, temos:


7 80 7 808 35
= , 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑟𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑒𝑠𝑡𝑒 𝑙𝑎𝑑𝑜 → = 5 → 7.5 = 8. 𝑥 → 𝑥 = → 𝑥 = 4,375 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
𝑥 50 𝑥 50 8

Como 0,375 corresponde 22 minutos (0,375 x 60 minutos), então o percurso será feito em 4 horas e
22 minutos aproximadamente.

3) Ao participar de um treino de fórmula Indy, um competidor, imprimindo a velocidade média de 180


km/h, faz o percurso em 20 segundos. Se a sua velocidade fosse de 300 km/h, que tempo teria gasto no
percurso?

. 75
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
Vamos representar pela letra x o tempo procurado.
Estamos relacionando dois valores da grandeza velocidade (180 km/h e 300 km/h) com dois valores
da grandeza tempo (20 s e x s).
Queremos determinar um desses valores, conhecidos os outros três.

Se duplicarmos a velocidade inicial do carro, o tempo gasto para fazer o percurso cairá para a metade;
logo, as grandezas são inversamente proporcionais. Assim, os números 180 e 300 são inversamente
proporcionais aos números 20 e x.
Daí temos:
3600
180.20 = 300. 𝑥 → 300𝑥 = 3600 → 𝑥 = → 𝑥 = 12
300

Conclui-se, então, que se o competidor tivesse andando em 300 km/h, teria gasto 12 segundos para
realizar o percurso.

Questões

01. (PM/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) Em 3 de maio de 2014, o jornal Folha de S. Paulo
publicou a seguinte informação sobre o número de casos de dengue na cidade de Campinas.

De acordo com essas informações, o número de casos registrados na cidade de Campinas, até 28 de
abril de 2014, teve um aumento em relação ao número de casos registrados em 2007, aproximadamente,
de
(A) 70%.
(B) 65%.
(C) 60%.
(D) 55%.
(E) 50%.

02. (FUNDUNESP – Assistente Administrativo – VUNESP) Um título foi pago com 10% de desconto
sobre o valor total. Sabendo-se que o valor pago foi de R$ 315,00, é correto afirmar que o valor total
desse título era de
(A) R$ 345,00.
(B) R$ 346,50.
(C) R$ 350,00.
(D) R$ 358,50.
(E) R$ 360,00.

03. (Pref. Imaruí – Agente Educador – Pref. Imaruí) Manoel vendeu seu carro por R$27.000,00(vinte
e sete mil reais) e teve um prejuízo de 10%(dez por cento) sobre o valor de custo do tal veículo, por
quanto Manoel adquiriu o carro em questão?
(A) R$24.300,00

. 76
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
(B) R$29.700,00
(C) R$30.000,00
(D)R$33.000,00
(E) R$36.000,00

04. (Pref. Guarujá/SP – SEDUC – Professor de Matemática – CAIPIMES) Em um mapa, cuja escala
era 1:15.104, a menor distância entre dois pontos A e B, medida com a régua, era de 12 centímetros. Isso
significa que essa distância, em termos reais, é de aproximadamente:
(A) 180 quilômetros.
(B) 1.800 metros.
(C) 18 quilômetros.
(D) 180 metros.

05. (CEFET – Auxiliar em Administração – CESGRANRIO) A Bahia (...) é o maior produtor de cobre
do Brasil. Por ano, saem do estado 280 mil toneladas, das quais 80 mil são exportadas.
O Globo, Rio de Janeiro: ed. Globo, 12 mar. 2014, p. 24.

Da quantidade total de cobre que sai anualmente do Estado da Bahia, são exportados,
aproximadamente,
(A) 29%
(B) 36%
(C) 40%
(D) 56%
(E) 80%

06. (PM/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) Um comerciante comprou uma caixa com 90 balas
e irá vender cada uma delas por R$ 0,45. Sabendo que esse comerciante retirou 9 balas dessa caixa
para consumo próprio, então, para receber o mesmo valor que teria com a venda das 90 balas, ele terá
que vender cada bala restante na caixa por:
(A) R$ 0,50.
(B) R$ 0,55.
(C) R$ 0,60.
(D) R$ 0,65.
(E) R$ 0,70.

07. (PM/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) Em 25 de maio de 2014, o jornal Folha de S. Paulo
publicou a seguinte informação sobre a capacidade de retirada de água dos sistemas de abastecimento,
em metros cúbicos por segundo (m3/s):

De acordo com essas informações, o número de segundos necessários para que o sistema Rio Grande
retire a mesma quantidade de água que o sistema Cantareira retira em um segundo é:
(A) 5,4.
(B) 5,8.
(C) 6,3.
(D) 6,6.
(E) 6,9.

. 77
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
08. (FUNDUNESP – Auxiliar Administrativo – VUNESP) Certo material para laboratório foi adquirido
com desconto de 10% sobre o preço normal de venda. Sabendo-se que o valor pago nesse material foi
R$ 1.170,00, é possível afirmar corretamente que seu preço normal de venda é
(A) R$ 1.285,00.
(B) R$ 1.300,00.
(C) R$ 1.315,00.
(D) R$ 1.387,00.
(E) R$ 1.400,00.

09. (PC/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) A mais antiga das funções do Instituto Médico Legal
(IML) é a necropsia. Num determinado período, do total de atendimentos do IML, 30% foram necropsias.
Do restante dos atendimentos, todos feitos a indivíduos vivos, 14% procediam de acidentes no trânsito,
correspondendo a 588. Pode-se concluir que o total de necropsias feitas pelo IML, nesse período, foi
(A) 2500.
(B) 1600.
(C) 2200.
(D) 3200.
(E) 1800.

10. (SAAE/SP – Auxiliar de Manutenção Geral – VUNESP) A expectativa de vida do Sr. Joel é de
75 anos e, neste ano, ele completa 60 anos. Segundo esta expectativa, pode-se afirmar que a fração de
vida que ele já viveu é
4
(A) 7

5
(B)
6

4
(C) 5

3
(D)
4

2
(E) 3

11. (SAAE/SP – Auxiliar de Manutenção Geral – VUNESP) Foram digitados 10 livros de 200 páginas
cada um e armazenados em 0,0001 da capacidade de um microcomputador. Utilizando-se a capacidade
total desse microcomputador, o número de livros com 200 páginas que é possível armazenar é
(A) 100.
(B) 1000.
(C) 10000.
(D) 100000.
(E) 1000000.

12. (IF/GO – Assistente de Alunos – UFG) Leia o fragmento a seguir

A produção brasileira de arroz projetada para 2023 é de 13,32 milhões de toneladas, correspondendo
a um aumento de 11% em relação à produção de 2013.
Disponível em: <http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/projecoes-ver saoatualizada.pdf>. Acesso em: 24 fev. 2014. (Adaptado).

De acordo com as informações, em 2023, a produção de arroz excederá a produção de 2013, em


milhões de toneladas, em:
(A) 1,46
(B) 1,37
(C) 1,32
(D) 1,22

13. (PRODAM/AM – Auxiliar de Motorista – FUNCAB) Numa transportadora, 15 caminhões de


mesma capacidade transportam toda a carga de um galpão em quatro horas. Se três deles quebrassem,
em quanto tempo os outros caminhões fariam o mesmo trabalho?

. 78
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
(A) 3 h 12 min
(B) 5 h
(C) 5 h 30 min
(D) 6 h
(E) 6 h 15 min

14. (Câmara de São Paulo/SP – Técnico Administrativo – FCC) Uma receita para fazer 35 bolachas
utiliza 225 gramas de açúcar. Mantendo-se as mesmas proporções da receita, a quantidade de açúcar
necessária para fazer 224 bolachas é
(A) 14,4 quilogramas.
(B) 1,8 quilogramas.
(C) 1,44 quilogramas.
(D) 1,88 quilogramas.
(E) 0,9 quilogramas.

15. (METRÔ/SP – Usinador Ferramenteiro – FCC) Laerte comprou 18 litros de tinta látex que, de
acordo com as instruções na lata, rende 200m² com uma demão de tinta. Se Laerte seguir corretamente
as instruções da lata, e sem desperdício, depois de pintar 60 m² de parede com duas demãos de tinta
látex, sobrarão na lata de tinta comprada por ele
(A) 6,8L.
(B) 6,6L.
(C) 10,8L.
(D) 7,8L.
(E) 7,2L.

Comentários

01. Resposta: E.
Utilizaremos uma regra de três simples:
ano %
11442 ------- 100
17136 ------- x

11442.x = 17136. 100 x = 1713600 / 11442 = 149,8% (aproximado)


149,8% – 100% = 49,8%
Aproximando o valor, teremos 50%

02. Resposta: C.
Se R$ 315,00 já está com o desconto de 10%, então R$ 315,00 equivale a 90% (100% - 10%).
Utilizaremos uma regra de três simples:
$ %
315 ------- 90
x ------- 100

90.x = 315. 100 x = 31500 / 90 = R$ 350,00

03. Resposta: C.
Como ele teve um prejuízo de 10%, quer dizer 27000 é 90% do valor total.
Valor %
27000 ------ 90
X ------- 100

27000 909 27000 9


𝑥
= 10010 → 𝑥
= 10 → 9.x = 27000.10 → 9x = 270000 → x = 30000.

04. Resposta: C.
1: 15.104 equivale a 1:150000, ou seja, para cada 1 cm do mapa, teremos 150.000 cm no tamanho
real. Assim, faremos uma regra de três simples:
mapa real

. 79
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
1 --------- 150000
12 --------- x
1.x = 12. 150000 x = 1.800.000 cm = 18 km

05. Resposta: A.
Faremos uma regra de três simples:
cobre %
280 --------- 100
80 ---------- x
280.x = 80. 100 x = 8000 / 280 x = 28,57%

06. Resposta: A.
Vamos utilizar uma regra de três simples:
Balas $
1 ----------- 0,45
90 ---------- x
1.x = 0,45. 90
x = R$ 40,50 (total)
* 90 – 9 = 81 balas
Novamente, vamos utilizar uma regra de três simples:
Balas $
81 ----------- 40,50
1 ------------ y
81.y = 1 . 40,50
y = 40,50 / 81
y = R$ 0,50 (cada bala)

07. Resposta: D.
Utilizaremos uma regra de três simples INVERSA:
m3 seg
33 ------- 1
5 ------- x
5.x = 33 . 1 x = 33 / 5 = 6,6 seg

08. Resposta: B.
Utilizaremos uma regra de três simples:
$ %
1170 ------- 90
x ------- 100
90.x = 1170 . 100 x = 117000 / 90 = R$ 1.300,00

09. Resposta: E.
O restante de atendimento é de 100% – 30% = 70% (restante)
Utilizaremos uma regra de três simples:
Restante:
atendimentos %
588 ------------ 14
x ------------ 100
14.x = 588 . 100 x = 58800 / 14 = 4200 atendimentos (restante)
Total:
atendimentos %
4200 ------------ 70
x ------------ 30
70.x = 4200 . 30 x = 126000 / 70 = 1800 atendimentos

10. Resposta: C.
Considerando 75 anos o inteiro (1), utilizaremos uma regra de três simples:
idade fração
75 ------------ 1

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1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
60 ------------ x
75.x = 60 . 1 x = 60 / 75 = 4 / 5 (simplificando por 15)

11. Resposta: D.
Neste caso, a capacidade total é representada por 1 (inteiro).
Assim, utilizaremos uma regra de três simples:
livros capacidade
10 ------------ 0,0001
x ------------ 1
0,0001.x = 10 . 1 x = 10 / 0,0001 = 100.000 livros

12. Resposta: C.
Toneladas %
13,32 ----------- 111
x ------------- 11
111 . x = 13,32 . 11
x = 146,52 / 111
x = 1,32

13. Resposta: B.
Vamos utilizar uma Regra de Três Simples Inversa, pois, quanto menos caminhões tivermos, mais
horas demorará para transportar a carga:
caminhões horas
15 ---------------- 4
(15 – 3) ------------- x
12.x = 4 . 15 → x = 60 / 12 → x = 5 h

14. Resposta: C.
Bolachas açúcar
35----------------225
224----------------x
224.225
𝑥 = 35 = 1440 𝑔𝑟𝑎𝑚𝑎𝑠 = 1,44 𝑞𝑢𝑖𝑙𝑜𝑔𝑟𝑎𝑚𝑎𝑠

15. Resposta: E.
18L----200m²
x-------120
x=10,8L
Ou seja, pra 120m² (duas demãos de 60 m²) ele vai gastar 10,8 l, então sobraram:
18-10,8=7,2L

REGRA DE TRÊS COMPOSTA

O processo usado para resolver problemas que envolvem mais de duas grandezas, diretamente ou
inversamente proporcionais, é chamado regra de três composta8.

Exemplos:
1) Em 4 dias 8 máquinas produziram 160 peças. Em quanto tempo 6 máquinas iguais às primeiras
produziriam 300 dessas peças?
Indiquemos o número de dias por x. Coloquemos as grandezas de mesma espécie em uma só coluna
e as grandezas de espécies diferentes que se correspondem em uma mesma linha. Na coluna em que
aparece a variável x (“dias”), coloquemos uma flecha:

8
MARIANO, Fabrício – Matemática Financeira para Concursos – 3ª Edição – Rio de Janeiro: Elsevier,2013.

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1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
Iremos comparar cada grandeza com aquela em que está o x.

As grandezas peças e dias são diretamente proporcionais. No nosso esquema isso será indicado
colocando-se na coluna “peças” uma flecha no mesmo sentido da flecha da coluna “dias”:

As grandezas máquinas e dias são inversamente proporcionais (duplicando o número de máquinas,


o número de dias fica reduzido à metade). No nosso esquema isso será indicado colocando-se na coluna
(máquinas) uma flecha no sentido contrário ao da flecha da coluna “dias”:

4
Agora vamos montar a proporção, igualando a razão que contém o x, que é , com o produto das
x
 6 160 
outras razões, obtidas segundo a orientação das flechas  . :
 8 300 

Simplificando as proporções obtemos:

4 2 4.5
= → 2𝑥 = 4.5 → 𝑥 = → 𝑥 = 10
𝑥 5 2

Resposta: Em 10 dias.

2) Uma empreiteira contratou 210 pessoas para pavimentar uma estrada de 300 km em 1 ano. Após 4
meses de serviço, apenas 75 km estavam pavimentados. Quantos empregados ainda devem ser
contratados para que a obra seja concluída no tempo previsto?

Iremos comparar cada grandeza com aquela em que está o x.

As grandezas “pessoas” e “tempo” são inversamente proporcionais (duplicando o número de


pessoas, o tempo fica reduzido à metade). No nosso esquema isso será indicado colocando-se na coluna
“tempo” uma flecha no sentido contrário ao da flecha da coluna “pessoas”:

As grandezas “pessoas” e “estrada” são diretamente proporcionais. No nosso esquema isso será
indicado colocando-se na coluna “estrada” uma flecha no mesmo sentido da flecha da coluna “pessoas”:

. 82
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
Como já haviam 210 pessoas trabalhando, logo 315 – 210 = 105 pessoas.
Reposta: Devem ser contratados 105 pessoas.

Questões

01. (Câmara de São Paulo/SP – Técnico Administrativo – FCC) O trabalho de varrição de 6.000 m²
de calçada é feita em um dia de trabalho por 18 varredores trabalhando 5 horas por dia. Mantendo-se as
mesmas proporções, 15 varredores varrerão 7.500 m² de calçadas, em um dia, trabalhando por dia, o
tempo de
(A) 8 horas e 15 minutos.
(B) 9 horas.
(C) 7 horas e 45 minutos.
(D) 7 horas e 30 minutos.
(E) 5 horas e 30 minutos.

02. (Pref. Corbélia/PR – Contador – FAUEL) Uma equipe constituída por 20 operários, trabalhando
8 horas por dia durante 60 dias, realiza o calçamento de uma área igual a 4800 m². Se essa equipe fosse
constituída por 15 operários, trabalhando 10 horas por dia, durante 80 dias, faria o calçamento de uma
área igual a:
(A) 4500 m²
(B) 5000 m²
(C) 5200 m²
(D) 6000 m²
(E) 6200 m²

03. (PC/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) Dez funcionários de uma repartição trabalham 8
horas por dia, durante 27 dias, para atender certo número de pessoas. Se um funcionário doente foi
afastado por tempo indeterminado e outro se aposentou, o total de dias que os funcionários restantes
levarão para atender o mesmo número de pessoas, trabalhando uma hora a mais por dia, no mesmo
ritmo de trabalho, será:
(A) 29.
(B) 30.
(C) 33.
(D) 28.
(E) 31.

04. (TRF 3ª – Técnico Judiciário – FCC) Sabe-se que uma máquina copiadora imprime 80 cópias em
1 minuto e 15 segundos. O tempo necessário para que 7 máquinas copiadoras, de mesma capacidade
que a primeira citada, possam imprimir 3360 cópias é de
(A) 15 minutos.
(B) 3 minutos e 45 segundos.
(C) 7 minutos e 30 segundos.
(D) 4 minutos e 50 segundos.
(E) 7 minutos.

05. (METRÔ/SP – Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – FCC) Para inaugurar no prazo a
estação XYZ do Metrô, o prefeito da cidade obteve a informação de que os 128 operários, de mesma
capacidade produtiva, contratados para os trabalhos finais, trabalhando 6 horas por dia, terminariam a
obra em 42 dias. Como a obra tem que ser terminada em 24 dias, o prefeito autorizou a contratação de
mais operários, e que todos os operários (já contratados e novas contratações) trabalhassem 8 horas por
dia. O número de operários contratados, além dos 128 que já estavam trabalhando, para que a obra seja
concluída em 24 dias, foi igual a
(A) 40.
(B) 16.
(C) 80.

. 83
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
(D) 20.
(E) 32.

06. (PRODAM/AM – Assistente – FUNCAB) Para digitalizar 1.000 fichas de cadastro, 16 assistentes
trabalharam durante dez dias, seis horas por dia. Dez assistentes, para digitalizar 2.000 fichas do mesmo
modelo de cadastro, trabalhando oito horas por dia, executarão a tarefa em quantos dias?
(A) 14
(B) 16
(C) 18
(D) 20
(E) 24

07. (CEFET – Auxiliar em Administração – CESGRANRIO) No Brasil, uma família de 4 pessoas


produz, em média, 13 kg de lixo em 5 dias. Mantida a mesma proporção, em quantos dias uma família de
5 pessoas produzirá 65 kg de lixo?
(A) 10
(B) 16
(C) 20
(D) 32
(E) 40

08. (UFPE - Assistente em Administração – COVEST) Na safra passada, um fazendeiro usou 15


trabalhadores para cortar sua plantação de cana de 210 hectares. Trabalhando 7 horas por dia, os
trabalhadores concluíram o trabalho em 6 dias exatos. Este ano, o fazendeiro plantou 480 hectares de
cana e dispõe de 20 trabalhadores dispostos a trabalhar 6 horas por dia. Em quantos dias o trabalho
ficará concluído?
Obs.: Admita que todos os trabalhadores tenham a mesma capacidade de trabalho.
(A) 10 dias
(B) 11 dias
(C) 12 dias
(D) 13 dias
(E) 14 dias

09. (BNB – Analista Bancário – FGV) Em uma agência bancária, dois caixas atendem em média seis
clientes em 10 minutos. Considere que, nesta agência, todos os caixas trabalham com a mesma eficiência
e que a média citada sempre é mantida. Assim, o tempo médio necessário para que cinco caixas atendam
45 clientes é de:
(A) 45 minutos;
(B) 30 minutos;
(C) 20 minutos;
(D) 15 minutos;
(E) 10 minutos.

Comentários

01. Resposta: D.
Comparando- se cada grandeza com aquela onde está o x.
m² varredores horas
6000--------------18-------------- 5
7500--------------15--------------- x
Quanto mais a área, mais horas (diretamente proporcionais)
Quanto menos trabalhadores, mais horas (inversamente proporcionais)
5 6000 15
= ∙
𝑥 7500 18

6000 ∙ 15 ∙ 𝑥 = 5 ∙ 7500 ∙ 18
90000𝑥 = 675000
𝑥 = 7,5 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
Como 0,5 h equivale a 30 minutos, logo o tempo será de 7 horas e 30 minutos.

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02. Resposta: D.
Operários horas dias área
20-----------------8-------------60-------4800
15----------------10------------80-------- x
Todas as grandezas são diretamente proporcionais, logo:
4800 20 8 60
𝑥
= 15 ∙ 10 ∙ 80
20 ∙ 8 ∙ 60 ∙ 𝑥 = 4800 ∙ 15 ∙ 10 ∙ 80
9600𝑥 = 57600000
𝑥 = 6000𝑚²

03. Resposta: B.
Temos 10 funcionários inicialmente, com os afastamento esse número passou para 8. Se eles
trabalham 8 horas por dia, passarão a trabalhar uma hora a mais perfazendo um total de 9 horas, nesta
condições temos:
Funcionários horas dias
10---------------8--------------27
8----------------9-------------- x
Quanto menos funcionários, mais dias devem ser trabalhados (inversamente proporcionais).
Quanto mais horas por dia, menos dias devem ser trabalhados (inversamente proporcionais).
Funcionários horas dias
8---------------9-------------- 27
10----------------8----------------x
27 8 9
= ∙ → x.8.9 = 27.10.8 → 72x = 2160 → x = 30 dias.
𝑥 10 8

04. Resposta: C.
Transformando o tempo para segundos: 1 min e 15 segundos = 75 segundos
Quanto mais máquinas menor o tempo (flecha contrária) e quanto mais cópias, mais tempo (flecha
mesma posição)
Máquina cópias tempo
1----------------80-----------75 segundos
7--------------3360-----------x
Devemos deixar as 3 grandezas da mesma forma, invertendo os valores de” máquina”.
Máquina cópias tempo
7----------------80----------75 segundos
1--------------3360--------- x
75 7 80
𝑥
= 1 ∙ 3360 → x.7.80 = 75.1.3360 → 560x = 252000 → x = 450 segundos

Transformando
1minuto-----60segundos
x-------------450
x = 7,5 minutos = 7 minutos e 30segundos.

05. Resposta: A.
Vamos utilizar a Regra de Três Composta:
Operários  horas dias
128 ----------- 6 -------------- 42
x ------------- 8 -------------- 24
Quanto mais operários, menos horas trabalhadas (inversamente)
Quanto mais funcionários, menos dias (inversamente)
 Operários  horas dias
x -------------- 6 -------------- 42
128 ------------ 8 -------------- 24

. 85
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𝑥 6 42
= ∙
128 8 24
𝑥 1 42
= ∙
128 8 4
𝑥 1 21
= ∙
128 8 2

16𝑥 = 128 ∙ 21
𝑥 = 8 ∙ 21 = 168
168 – 128 = 40 funcionários a mais devem ser contratados.

06. Resposta: E.
Fichas Assistentes dias horas
1000 --------------- 16 -------------- 10 ------------ 6
2000 -------------- 10 -------------- x -------------- 8
Quanto mais fichas, mais dias devem ser trabalhados (diretamente proporcionais).
Quanto menos assistentes, mais dias devem ser trabalhados (inversamente proporcionais).
Quanto mais horas por dia, menos dias (inversamente proporcionais).
Fichas Assistentes dias horas
1000 --------------- 10 -------------- 10 ------------ 8
2000 -------------- 16 -------------- x -------------- 6
10 1000 10 8
𝑥
= 2000 ∙ 16 . 6

10 80000
𝑥
= 192000

80. 𝑥 = 192.10
1920
𝑥= 80

𝑥 = 24 𝑑𝑖𝑎𝑠

07. Resposta: C.
Faremos uma regra de três composta:
Pessoas Kg dias
4 ------------ 13 ------------ 5
5 ------------ 65 ------------ x
Mais pessoas irão levar menos dias para produzir a mesma quantidade de lixo (grandezas
inversamente proporcionais).
Mais quilos de lixo levam mais dias para serem produzidos (grandezas diretamente proporcionais).
5 5 13
𝑥
= 4
. 65

5 65
𝑥
= 260

65.x = 5 . 260
x = 1300 / 65
x = 20 dias

08. Resposta: C.
Faremos uma regra de três composta:
Trabalhadores Hectares h / dia dias
15 ------------------ 210 ---------------- 7 ----------------- 6
20 ------------------ 480 ---------------- 6 ----------------- x

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Mais trabalhadores irão levar menos dias para concluir o trabalho (grandezas inversamente
proporcionais).
Mais hectares levam mais dias para se concluir o trabalho (grandezas diretamente proporcionais).
Menos horas por dia de trabalho serão necessários mais dias para concluir o trabalho (grandezas
inversamente proporcionais).
6 20 210 6
𝑥
= 15 . 480 . 7

6 25200
𝑥
= 50400

25200.x = 6. 50400 → x = 302400 / 25200 → x = 12 dias

09. Resposta: B.
caixas clientes minutos
2 ----------------- 6 ----------- 10
5 ----------------- 45 ----------- x
Quanto mais caixas, menos minutos levará para o atendimento (inversamente proporcionais).
Quanto mais clientes, mais minutos para o atendimento (diretamente proporcionais).
caixas clientes minutos
5 ----------------- 6 ----------- 10
2 ----------------- 45 ----------- x
10 5 6 10 30
𝑥
= 2 ∙ 45 𝑥
= 90

900
30. 𝑥 = 90.10 𝑥 =
30

𝑥 = 30 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠

4 Porcentagem

Razões de denominador 100 que são chamadas de razões centesimais ou taxas percentuais ou
simplesmente de porcentagem9. Servem para representar de uma maneira prática o "quanto" de um
"todo" se está referenciando.
Costumam ser indicadas pelo numerador seguido do símbolo % (Lê-se: “por cento”).
𝒙
𝒙% =
𝟏𝟎𝟎

Exemplos:
1) A tabela abaixo indica, em reais, os resultados das aplicações financeiras de Oscar e Marta entre
02/02/2013 e 02/02/2014.

Notamos que a razão entre os rendimentos e o saldo em 02/02/2013 é:

50
, 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑂𝑠𝑐𝑎𝑟, 𝑛𝑜 𝐵𝑎𝑛𝑐𝑜 𝐴;
500

9
IEZZI, Gelson – Fundamentos da Matemática – Vol. 11 – Financeira e Estatística Descritiva
IEZZI, Gelson – Matemática Volume Único
http://www.porcentagem.org
http://www.infoescola.com

. 87
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
50
, 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑀𝑎𝑟𝑡𝑎, 𝑛𝑜 𝐵𝑎𝑛𝑐𝑜 𝐵.
400

Quem obteve melhor rentabilidade?

Uma das maneiras de compará-las é expressá-las com o mesmo denominador (no nosso caso o 100),
para isso, vamos simplificar as frações acima:

50 10
𝑂𝑠𝑐𝑎𝑟 ⇒ = , = 10%
500 100
50 12,5
𝑀𝑎𝑟𝑡𝑎 ⇒ = , = 12,5%
400 100

Com isso podemos concluir, Marta obteve uma rentabilidade maior que Oscar ao investir no Banco B.

2) Em uma classe com 30 alunos, 18 são rapazes e 12 são moças. Qual é a taxa percentual de rapazes
na classe?
Resolução:
18
A razão entre o número de rapazes e o total de alunos é . Devemos expressar essa razão na forma
30
centesimal, isto é, precisamos encontrar x tal que:
18 𝑥
= ⟹ 𝑥 = 60
30 100
E a taxa percentual de rapazes é 60%. Poderíamos ter divido 18 por 30, obtendo:
18
= 0,60(. 100%) = 60%
30

Lucro e Prejuízo

É a diferença entre o preço de venda e o preço de custo.


Caso a diferença seja positiva, temos o lucro(L), caso seja negativa, temos prejuízo(P).

Lucro (L) = Preço de Venda (V) – Preço de Custo (C).

Podemos ainda escrever:


C + L = V ou L = V - C
P = C – V ou V = C - P

A forma percentual é:

Exemplos:
1) Um objeto custa R$ 75,00 e é vendido por R$ 100,00. Determinar:
a) a porcentagem de lucro em relação ao preço de custo;
b) a porcentagem de lucro em relação ao preço de venda.

Resolução:
Preço de custo + lucro = preço de venda → 75 + lucro =100 → Lucro = R$ 25,00

𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜
𝑎) . 100% ≅ 33,33% 𝑏) . 100% = 25%
𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎

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2) O preço de venda de um bem de consumo é R$ 100,00. O comerciante tem um ganho de 25% sobre
o preço de custo deste bem. O valor do preço de custo é:
A) R$ 25,00
B) R$ 70,50
C) R$ 75,00
D) R$ 80,00
E) R$ 125,00

Resolução:
𝐿
. 100% = 25% ⇒ 0,25 , o lucro é calculado em cima do Preço de Custo(PC).
𝐶

C + L = V → C + 0,25. C = V → 1,25. C = 100 → C = 80,00


Resposta D

Aumento e Desconto Percentuais


𝒑
A) Aumentar um valor V em p%, equivale a multiplicá-lo por (𝟏 + ).V .
𝟏𝟎𝟎
Logo:
𝒑
VA = (𝟏 + 𝟏𝟎𝟎).V

Exemplos:
1 - Aumentar um valor V de 20% , equivale a multiplicá-lo por 1,20, pois:
20
(1 + 100).V = (1+0,20).V = 1,20.V

2 - Aumentar um valor V de 200%, equivale a multiplicá-lo por 3, pois:


200
(1 + 100).V = (1+2).V = 3.V

3) Aumentando-se os lados a e b de um retângulo de 15% e 20%, respectivamente, a área do retângulo


é aumentada de:
(A)35%
(B)30%
(C)3,5%
(D)3,8%
(E) 38%

Resolução:
Área inicial: a.b
Com aumento: (a.1,15).(b.1,20) → 1,38.a.b da área inicial. Logo o aumento foi de 38%.
Resposta E
𝒑
B) Diminuir um valor V em p%, equivale a multiplicá-lo por (𝟏 − 𝟏𝟎𝟎).V.
Logo:
𝒑
V D = (𝟏 − 𝟏𝟎𝟎).V

Exemplos:
1) Diminuir um valor V de 20%, equivale a multiplicá-lo por 0,80, pois:
20
(1 − 100). V = (1-0,20). V = 0, 80.V

2) Diminuir um valor V de 40%, equivale a multiplicá-lo por 0,60, pois:


40
(1 − ). V = (1-0,40). V = 0, 60.V
100

3) O preço do produto de uma loja sofreu um desconto de 8% e ficou reduzido a R$ 115,00. Qual era
o seu valor antes do desconto?

Temos que V D = 115, p = 8% e V =? é o valor que queremos achar.

. 89
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𝑝
V D = (1 − 100). V → 115 = (1-0,08).V → 115 = 0,92V → V = 115/0,92 → V = 125
O valor antes do desconto é de R$ 125,00.
𝒑 𝒑
A esse valor final de (𝟏 + 𝟏𝟎𝟎) ou (𝟏 − 𝟏𝟎𝟎), é o que chamamos de fator de multiplicação, muito útil
para resolução de cálculos de porcentagem. O mesmo pode ser um acréscimo ou decréscimo no
valor do produto.

Abaixo a tabela com alguns fatores de multiplicação:

Aumentos e Descontos Sucessivos

São valores que aumentam ou diminuem sucessivamente. Para efetuar os respectivos descontos ou
aumentos, fazemos uso dos fatores de multiplicação.

Vejamos alguns exemplos:


1) Dois aumentos sucessivos de 10% equivalem a um único aumento de...?
𝑝
Utilizando VA = (1 + 100).V → V. 1,1, como são dois de 10% temos → V. 1,1 . 1,1 → V. 1,21
Analisando o fator de multiplicação 1,21; concluímos que esses dois aumentos significam um único
aumento de 21%.
Observe que: esses dois aumentos de 10% equivalem a 21% e não a 20%.

2) Dois descontos sucessivos de 20% equivalem a um único desconto de:


𝑝
Utilizando VD = (1 − 100).V → V. 0,8 . 0,8 → V. 0,64 . . Analisando o fator de multiplicação 0,64,
observamos que esse percentual não representa o valor do desconto, mas sim o valor pago com o
desconto. Para sabermos o valor que representa o desconto é só fazermos o seguinte cálculo:
100% - 64% = 36%
Observe que: esses dois descontos de 20% equivalem a 36% e não a 40%.

3) Certo produto industrial que custava R$ 5.000,00 sofreu um acréscimo de 30% e, em seguida, um
desconto de 20%. Qual o preço desse produto após esse acréscimo e desconto?
𝑝 𝑝
Utilizando VA = (1 + 100).V para o aumento e VD = (1 − 100).V, temos:
VA = 5000 .(1,3) = 6500 e VD = 6500 .(0,80) = 5200, podemos, para agilizar os cálculos, juntar tudo
em uma única equação:
5000 . 1,3 . 0,8 = 5200
Logo o preço do produto após o acréscimo e desconto é de R$ 5.200,00

Questões

01. (Pref. Maranguape/CE – Prof. de educação básica – GR Consultoria e Assessoria) Marcos


comprou um produto e pagou R$ 108,00, já inclusos 20% de juros. Se tivesse comprado o produto, com
25% de desconto, então, Marcos pagaria o valor de:
(A) R$ 67,50
(B) R$ 90,00
(C) R$ 75,00
(D) R$ 72,50

02. (Câmara Municipal de São José dos Campos/SP – Analista Técnico Legislativo – VUNESP)
O departamento de Contabilidade de uma empresa tem 20 funcionários, sendo que 15% deles são

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estagiários. O departamento de Recursos Humanos tem 10 funcionários, sendo 20% estagiários. Em
relação ao total de funcionários desses dois departamentos, a fração de estagiários é igual a
(A) 1/5.
(B) 1/6.
(C) 2/5.
(D) 2/9.
(E) 3/5.

03. (Pref. Maranguape/CE – Prof. de educação básica – GR Consultoria e Assessoria) Quando


calculamos 15% de 1.130, obtemos, como resultado
(A) 150
(B) 159,50;
(C) 165,60;
(D) 169,50.

04. (ALMG – Analista de Sistemas – FUMARC) O Relatório Setorial do Banco do Brasil publicado
em 02/07/2013 informou:
[...] Após queda de 2,0% no mês anterior, segundo o Cepea/Esalq, as cotações do açúcar fecharam o
último mês com alta de 1,2%, atingindo R$ 45,03 / saca de 50 kg no dia 28. De acordo com especialistas,
o movimento se deve à menor oferta de açúcar de qualidade, além da firmeza nas negociações por parte
dos vendedores. Durante o mês de junho, o etanol mostrou maior recuperação que o açúcar, com a
cotação do hidratado chegando a R$ 1,1631/litro (sem impostos), registrando alta de 6,5%. A demanda
aquecida e as chuvas que podem interromper mais uma vez a moagem de cana-de-açúcar explicam
cenário mais positivo para o combustível.
Fonte: BB-BI Relatório Setorial: Agronegócios-junho/2013 - publicado em 02/07/2013.

Com base nos dados apresentados no Relatório Setorial do Banco do Brasil, é CORRETO afirmar que
o valor, em reais, da saca de 50 kg de açúcar no mês de maio de 2013 era igual a
(A) 42,72
(B) 43,86
(C) 44,48
(D) 54,03

05. (Câmara de Chapecó/SC – Assistente de Legislação e Administração – OBJETIVA) Em


determinada loja, um sofá custa R$ 750,00, e um tapete, R$ 380,00. Nos pagamentos com cartão de
crédito, os produtos têm 10% de desconto e, nos pagamentos no boleto, têm 8% de desconto. Com base
nisso, realizando-se a compra de um sofá e um tapete, os valores totais a serem pagos pelos produtos
nos pagamentos com cartão de crédito e com boleto serão, respectivamente:
(A) R$ 1.100,00 e R$ 1.115,40.
(B) R$ 1.017,00 e R$ 1.039,60.
(C) R$ 1.113,00 e R$ 1.122,00.
(D) R$ 1.017,00 e R$ 1.010,00.

06. (UFPE - Assistente em Administração – COVEST) Um vendedor recebe comissões mensais da


seguinte maneira: 5% nos primeiros 10.000 reais vendidos no mês, 6% nos próximos 10.000,00 vendidos,
e 7% no valor das vendas que excederem 20.000 reais. Se o total de vendas em certo mês foi de R$
36.000,00, quanto será a comissão do vendedor?
(A) R$ 2.120,00
(B) R$ 2.140,00
(C) R$ 2.160,00
(D) R$ 2.180,00
(E) R$ 2.220,00

07. (UFPE - Assistente em Administração – COVEST) Uma loja compra televisores por R$ 1.500,00
e os revende com um acréscimo de 40%. Na liquidação, o preço de revenda do televisor é diminuído em
35%. Qual o preço do televisor na liquidação?
(A) R$ 1.300,00
(B) R$ 1.315,00
(C) R$ 1.330,00

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(D) R$ 1.345,00
(E) R$ 1.365,00

08. (Câmara de São Paulo/SP – Técnico Administrativo – FCC) O preço de venda de um produto,
descontado um imposto de 16% que incide sobre esse mesmo preço, supera o preço de compra em 40%,
os quais constituem o lucro líquido do vendedor. Em quantos por cento, aproximadamente, o preço de
venda é superior ao de compra?
(A) 67%.
(B) 61%.
(C) 65%.
(D) 63%.
(E) 69%.

09. (PM/SE – Soldado 3ª Classe – FUNCAB) Numa liquidação de bebidas, um atacadista fez a
seguinte promoção:
Cerveja em lata: R$ 2,40 a unidade.
Na compra de duas embalagens com 12 unidades cada, ganhe 25% de desconto no valor da segunda
embalagem.

Alexandre comprou duas embalagens nessa promoção e revendeu cada unidade por R$3,50. O lucro
obtido por ele com a revenda das latas de cerveja das duas embalagens completas foi:
(A) R$ 33,60
(B) R$ 28,60
(C) R$ 26,40
(D) R$ 40,80
(E) R$ 43,20

10. (Pref. Maranguape/CE – Prof. de educação básica – GR Consultoria e Assessoria) Marcos


gastou 30% de 50% da quantia que possuía e mais 20% do restante. A porcentagem que lhe sobrou do
valor, que possuía é de:
(A) 58%
(B) 68%
(C) 65%
(D) 77,5%

Comentários

01. Resposta: A.
Como o produto já está acrescido de 20% juros sobre o seu preço original, temos que:
100% + 20% = 120%
Precisamos encontrar o preço original (100%) da mercadoria para podermos aplicarmos o desconto.
Utilizaremos uma regra de 3 simples para encontrarmos:
R$ %
108 ---- 120
X ----- 100
120x = 108.100 → 120x = 10800 → x = 10800/120 → x = 90,00
O produto sem o juros, preço original, vale R$ 90,00 e representa 100%. Logo se receber um desconto
de 25%, significa ele pagará 75% (100 – 25 = 75%) → 90. 0,75 = 67,50
Então Marcos pagou R$ 67,50.

02. Resposta: B.
15 30
* Dep. Contabilidade: 100 . 20 = 10 = 3 → 3 (estagiários)

20 200
* Dep. R.H.: 100 . 10 = 100 = 2 → 2 (estagiários)

𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜𝑠 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑔𝑖á𝑟𝑖𝑜𝑠 5 1
∗ 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = = =
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑓𝑢𝑛𝑐𝑖𝑜𝑛á𝑟𝑖𝑜𝑠 30 6

. 92
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03. Resposta: D.
15% de 1130 = 1130.0,15 ou 1130.15/100 → 169,50

04. Resposta: C.
1,2
1,2% de 45,03 = 100 . 45,03 = 0,54
Como no mês anterior houve queda, vamos fazer uma subtração.
45,03 – 0,54 = 44,49

05. Resposta: B.
Cartão de crédito: 10/100. (750 + 380) = 1/10 . 1130 = 113
1130 – 113 = R$ 1017,00
Boleto: 8/100. (750 + 380) = 8/100 . 1130 = 90,4
1130 – 90,4 = R$ 1039,60

06. Resposta: E.
5% de 10000 = 5 / 100. 10000 = 500
6% de 10000 = 6 / 100. 10000 = 600
7% de 16000 (= 36000 – 20000) = 7 / 100. 16000 = 1120
Comissão = 500 + 600 + 1120 = R$ 2220,00

07. Resposta: E.
Preço de revenda: 1500 + 40 / 100. 1500 = 1500 + 600 = 2100
Preço com desconto: 2100 – 35 / 100. 2100 = 2100 – 735 = R$ 1365,00

08. Resposta: A.
Preço de venda: V
Preço de compra: C
V – 0,16V = 1,4C
0,84V = 1,4C

𝑉 1,4
= = 1,67
𝐶 0,84
O preço de venda é 67% superior ao preço de compra.

09. Resposta: A.
2,40 . 12 = 28,80
Segunda embalagem: 28,80. 0,75 = 21,60
As duas embalagens: 28,80 + 21,60 = 50,40
Revenda: 3,5. 24 = 84,00
Lucro: R$ 84,00 – R$ 50,40 = R$ 33,60
O lucro de Alexandre foi de R$ 33,60

10. Resposta: B.
De um total de 100%, temos que ele gastou 30% de 50% = 30%.50% = 15% foi o que ele gastou,
sobrando: 100% - 15% = 85%. Desses 85% ele gastou 20%, logo 20%.85% = 17%, sobrando:
85% - 17% = 68%.

5 Regularidades e padrões em sequências. 5.1 Sequências numéricas. 5.2


Progressão aritmética e progressão geométrica

SEQUÊNCIAS

Podemos, no nosso dia-a-dia, estabelecer diversas sequências como, por exemplo, a sucessão de
cidades que temos numa viagem de automóvel entre Brasília e São Paulo ou a sucessão das datas de
aniversário dos alunos de uma determinada escola.

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Podemos, também, adotar para essas sequências uma ordem numérica, ou seja, adotando a 1 para o
1º termo, a2 para o 2º termo até an para o n-ésimo termo. Dizemos que o termo an é também chamado
termo geral das sequências, em que n é um número natural diferente de zero. Evidentemente, daremos
atenção ao estudo das sequências numéricas.
As sequências podem ser finitas, quando apresentam um último termo, ou, infinitas, quando não
apresentam um último termo. As sequências infinitas são indicadas por reticências no final.

Exemplos:
- Sequência dos números primos positivos: (2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, ...). Notemos que esta é uma
sequência infinita com a1 = 2; a2 = 3; a3 = 5; a4 = 7; a5 = 11; a6 = 13 etc.
- Sequência dos números ímpares positivos: (1, 3, 5, 7, 9, 11, ...). Notemos que esta é uma sequência
infinita com a1 = 1; a2 = 3; a3 = 5; a4 = 7; a5 = 9; a6 = 11 etc.
- Sequência dos algarismos do sistema decimal de numeração: (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9). Notemos
que esta é uma sequência finita com a1 = 0; a2 = 1; a3 = 2; a4 = 3; a5 = 4; a6 = 5; a7 = 6; a8 = 7; a9 = 8; a10
= 9.

1. Igualdade
As sequências são apresentadas com os seus termos entre parênteses colocados de forma ordenada.
Sucessões que apresentarem os mesmos termos em ordem diferente serão consideradas sucessões
diferentes.
Duas sequências só poderão ser consideradas iguais se, e somente se, apresentarem os mesmos
termos, na mesma ordem.

Exemplo
A sequência (x, y, z, t) poderá ser considerada igual à sequência (5, 8, 15, 17) se, e somente se, x =
5; y = 8; z = 15; e t = 17.

Notemos que as sequências (0, 1, 2, 3, 4, 5) e (5, 4, 3, 2, 1, 0) são diferentes, pois, embora apresentem
os mesmos elementos, eles estão em ordem diferente.

2. Fórmula Termo Geral


Podemos apresentar uma sequência através de um determinado valor atribuído a cada termo a n em
função do valor de n, ou seja, dependendo da posição do termo. Esta fórmula que determina o valor do
termo an é chamada fórmula do termo geral da sucessão.

Exemplos:
- Determinar os cincos primeiros termos da sequência cujo termo geral é igual a:
an = n2 – 2n, com n ∈ N*.

Teremos:
- se n = 1 ⇒ a1 = 12 – 2. 1 ⇒ a1 = 1 – 2 = - 1
- se n = 2 ⇒ a2 = 22 – 2. 2 ⇒ a2 = 4 – 4 = 0
- se n = 3 ⇒ a3 = 32 – 2. 3 ⇒ a3 = 9 – 6 = 3
- se n = 4 ⇒ a4 = 42 – 4. 2 ⇒ a4 =16 – 8 = 8
- se n = 5 ⇒ a5 = 52 – 5. 2 ⇒ a5 = 25 – 10 = 15

- Determinar os cinco primeiros termos da sequência cujo termo geral é igual a:


an = 3n + 2, com n ∈ N*.

- se n = 1 ⇒ a1 = 3.1 + 2 ⇒ a1 = 3 + 2 = 5
- se n = 2 ⇒ a2 = 3.2 + 2 ⇒ a2 = 6 + 2 = 8
- se n = 3 ⇒ a3 = 3.3 + 2 ⇒ a3 = 9 + 2 = 11
- se n = 4 ⇒ a4 = 3.4 + 2 ⇒ a4 = 12 + 2 = 14
- se n = 5 ⇒ a5 = 3.5 + 2 ⇒ a5 = 15 + 2 = 17

- Determinar os termos a12 e a23 da sequência cujo termo geral é igual a:

an = 45 – 4n, com n ∈ N*.

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Teremos:
- se n = 12 ⇒ a12 = 45 – 4.12 ⇒ a12 = 45 – 48 = - 3
- se n = 23 ⇒ a23 = 45 – 4.23 ⇒ a23 = 45 – 92 = - 47

3. Lei de Recorrências
Uma sequência pode ser definida quando oferecemos o valor do primeiro termo e um “caminho” (uma
fórmula) que permite a determinação de cada termo conhecendo-se o seu antecedente. Essa forma de
apresentação de uma sucessão é chamada lei de recorrências.

Exemplos:
- Escrever os cinco primeiros termos de uma sequência em que:
a1 = 3 e an+1 = 2an – 4, em que n ∈ N*.

Teremos: o primeiro termo já foi dado.


- a1 = 3
- se n = 1 ⇒ a1+1 = 2.a1 – 4 ⇒ a2 = 2.3 – 4 ⇒ a2 = 6 – 4 = 2
- se n = 2 ⇒ a2+1 = 2.a2 – 4 ⇒ a3 = 2.2 – 4 ⇒ a3 = 4 – 4 = 0
- se n = 3 ⇒ a3+1 = 2.a3 – 4 ⇒ a4 = 2.0 – 4 ⇒ a4 = 0 – 4 = - 4
- se n = 4 ⇒ a4+1 = 2.a4 – 4 ⇒ a5 = 2.(-4) – 4 ⇒ a5 = - 8 – 4 = - 12

- Determinar o termo a5 de uma sequência em que:


a1 = 12 e an+ 1 = an – 2, em que n ∈ N*.

- a1 = 12
- se n = 1 ⇒ a1+1 = a1 – 2 ⇒ a2 = 12 – 2 ⇒ a2=10
- se n = 2 ⇒ a2+1 = a2 – 2 ⇒ a3 = 10 – 2 ⇒ a3 = 8
- se n = 3 ⇒ a3+1 = a3 – 2 ⇒ a4 = 8 – 2 ⇒ a4 = 6
- se n = 4 ⇒ a4+1 = a4 – 2 ⇒ a5 = 6 – 2 ⇒ a5 = 4

Observação 1
Devemos observar que a apresentação de uma sequência através do termo geral é mais pratica, visto
que podemos determinar um termo no “meio” da sequência sem a necessidade de determinarmos os
termos intermediários, como ocorre na apresentação da sequência através da lei de recorrências.

Observação 2
Algumas sequências não podem, pela sua forma “desorganizada” de se apresentarem, ser definidas
nem pela lei das recorrências, nem pela fórmula do termo geral. Um exemplo de uma sequência como
esta é a sucessão de números naturais primos que já “destruiu” todas as tentativas de se encontrar uma
fórmula geral para seus termos.

Observação 3
Em todo exercício de sequência em que n ∈ N*, o primeiro valor adotado é n = 1. No entanto de no
enunciado estiver n > 3, temos que o primeiro valor adotado é n = 4. Lembrando que n é sempre um
número natural.
A Matemática estuda dois tipos especiais de sequências, uma delas a Progressão Aritmética.

Sequência de Fibonacci

O matemático Leonardo Pisa, conhecido como Fibonacci, propôs no século XIII, a sequência numérica:
(1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, …). Essa sequência tem uma lei de formação simples: cada elemento,
a partir do terceiro, é obtido somando-se os dois anteriores. Veja: 1 + 1 = 2, 2 + 1 = 3, 3 + 2 = 5 e assim
por diante. Desde o século XIII, muitos matemáticos, além do próprio Fibonacci, dedicaram-se ao estudo
da sequência que foi proposta, e foram encontradas inúmeras aplicações para ela no desenvolvimento
de modelos explicativos de fenômenos naturais.
Veja alguns exemplos das aplicações da sequência de Fibonacci e entenda porque ela é conhecida
como uma das maravilhas da Matemática. A partir de dois quadrados de lado 1, podemos obter um
retângulo de lados 2 e 1. Se adicionarmos a esse retângulo um quadrado de lado 2, obtemos um novo
retângulo 3 x 2. Se adicionarmos agora um quadrado de lado 3, obtemos um retângulo 5 x 3. Observe a

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figura a seguir e veja que os lados dos quadrados que adicionamos para determinar os retângulos formam
a sequência de Fibonacci.

Se utilizarmos um compasso e traçarmos o quarto de circunferência inscrito em cada quadrado,


encontraremos uma espiral formada pela concordância de arcos cujos raios são os elementos da
sequência de Fibonacci.

O Partenon que foi construído em Atenas pelo célebre arquiteto grego Fidias. A fachada principal do
edifício, hoje em ruínas, era um retângulo que continha um quadrado de lado igual à altura. Essa forma
sempre foi considerada satisfatória do ponto de vista estético por suas proporções sendo chamada
retângulo áureo ou retângulo de ouro.

𝑦 𝑎
Como os dois retângulos indicados na figura são semelhantes temos: 𝑎 = 𝑏 (1).

Como: b = y – a (2).
Substituindo (2) em (1) temos: y2 – ay – a2 = 0.
Resolvendo a equação:

𝑎(1±√5 1−√5
𝑦= 2
em que ( 2
< 0) não convém.

𝑦 (1+√5
Logo: 𝑎 = 2
= 1,61803398875

Esse número é conhecido como número de ouro e pode ser representado por:

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1 + √5
𝜃=
2

Todo retângulo e que a razão entre o maior e o menor lado for igual a 𝜃 é chamado retângulo áureo
como o caso da fachada do Partenon.

PROGRESSÃO ARITMÉTICA (P.A.)

Definição: é uma sequência numérica em que cada termo, a partir do segundo termo, é igual ao termo
anterior somado com uma constante que é chamada de razão (r).
Como em qualquer sequência os termos são chamados de a1, a2, a3, a4, ......., an, ....

Cálculo da razão: a razão de uma P.A. é dada pela diferença de um termo qualquer pelo termo
imediatamente anterior a ele.
r = a2 – a1 = a3 – a2 = a4 – a3 = a5 – a4 = .......... = an – an – 1

Exemplos:
- (5, 9, 13, 17, 21, 25, ......) é uma P.A. onde a1 = 5 e razão r = 4
- (2, 9, 16, 23, 30, …) é uma P.A. onde a1 = 2 e razão r = 7
- (23, 21, 19, 17, 15, …) é uma P.A. onde a1 = 23 e razão r = - 2.

Classificação: uma P.A. é classificada de acordo com a razão.

1- Se r > 0 ⇒ a P.A. é crescente.


2- Se r < 0 ⇒ a P.A. é decrescente.
3- Se r = 0 ⇒ a P.A. é constante.

Fórmula do Termo Geral


Em toda P.A., cada termo é o anterior somado com a razão, então temos:
1° termo: a1
2° termo: a2 = a1 + r
3° termo: a3 = a2 + r = a1 + r + r = a1 + 2r
4° termo: a4 = a3 + r = a1 + 2r + r = a1 + 3r
5° termo: a5 = a4 + r = a1 + 3r + r = a1 + 4r
6° termo: a6 = a5 + r = a1 + 4r + r = a1 + 5r
. . . . . .
. . . . . .
. . . . . .
n° termo é:

Fórmula da soma dos n primeiros termos

Propriedades:
1- Numa P.A. a soma dos termos equidistantes dos extremos é igual à soma dos extremos.

Exemplo 1: (1, 3, 5, 7, 9, 11, ......)

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Exemplo 2: (2, 8, 14, 20, 26, 32, 38, ......)

Como podemos observar neste exemplo, temos um número ímpar de termos. Neste caso sobrou um
termo no meio (20) que é chamado de termo médio e é igual a metade da soma dos extremos. Porém,
só existe termos médios se houver um número ímpar de termos.

2- Numa P.A. se tivermos três termos consecutivos, o termo médio é igual à média aritmética dos
a
anterior com o posterior. Ou seja, (a1, a2, a3, ...) <==> a2 = a3.
1
Exemplo:

P.G. – PROGRESSÃO GEOMÉTRICA

Definição: é uma sequência numérica em que cada termo, a partir do segundo termo, é igual ao termo
anterior multiplicado por uma constante que é chamada de razão (q).
Como em qualquer sequência os termos são chamados de a1, a2, a3, a4, ......., an,...

Cálculo da razão: a razão de uma P.G. é dada pelo quociente de um termo qualquer pelo termo
imediatamente anterior a ele.
𝑎 𝑎 𝑎 𝑎
𝑞 = 2 = 3 = 4 = ⋯……… = 𝑛
𝑎1 𝑎2 𝑎3 𝑎𝑛−1

Exemplos:
- (3, 6, 12, 24, 48, ...) é uma PG de primeiro termo a1 = 3 e razão q = 2
−9 −9 1
- (-36, -18, -9, 2 , 4 ,...) é uma PG de primeiro termo a1 = - 36 e razão q = 2
5 5 1
- (15, 5, , ,...) é uma PG de primeiro termo a1 = 15 e razão q =
3 9 3
- (- 2, - 6, -18, - 54, ...) é uma PG de primeiro termo a1 = - 2 e razão q = 3
- (1, - 3, 9, - 27, 81, - 243, ...) é uma PG de primeiro termo a1 = 1 e razão q = - 3
- (5, 5, 5, 5, 5, 5, ...) é uma PG de primeiro termo a1 = 5 e razão q = 1
- (7, 0, 0, 0, 0, 0, ...) é uma PG de primeiro termo a1 = 7 e razão q = 0
- (0, 0, 0, 0, 0, 0, ...) é uma PG de primeiro termo a1 = 0 e razão q indeterminada

Classificação: uma P.G. é classificada de acordo com o primeiro termo e a razão.

1- Crescente: quando cada termo é maior que o anterior. Isto ocorre quando a1 > 0 e q > 1 ou quando
a1 < 0 e 0 < q < 1.
2- Decrescente: quando cada termo é menor que o anterior. Isto ocorre quando a1 > 0 e 0 < q < 1 ou
quando a1 < 0 e q > 1.
3- Alternante: quando cada termo apresenta sinal contrário ao do anterior. Isto ocorre quando q < 0.
4- Constante: quando todos os termos são iguais. Isto ocorre quando q = 1. Uma PG constante é
também uma PA de razão r = 0. A PG constante é também chamada de PG estacionária.
5- Singular: quando zero é um dos seus termos. Isto ocorre quando a1 = 0 ou q = 0.

Fórmula do termo geral

Em toda P.G. cada termo é o anterior multiplicado pela razão, então temos:
1° termo: a1
2° termo: a2 = a1.q
3° termo: a3 = a2.q = a1.q.q = a1q2
4° termo: a4 = a3.q = a1.q2.q = a1.q3
5° termo: a5 = a4.q = a1.q3.q = a1.q4

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. . . . .
. . . . .
. . . . .

n° termo é:

Soma dos n primeiros termos

Soma dos infinitos termos (ou Limite da soma)


Vamos ver um exemplo:
1
Seja a P.G. (2, 1, ½, ¼, 1/8, 1/16, 1/32, …) de a1 = 2 e q = 2 se colocarmos na forma decimal, temos
(2; 1; 0,5; 0,25; 0,125; 0,0625; 0,03125; ….) se efetuarmos a somas destes termos:
2+1=3
3 + 0,5 = 3,5
3,5 + 0,25 = 3,75
3,75 + 0,125 = 3,875
3,875 + 0,0625 = 3,9375
3,9375 + 0,03125 = 3,96875
.
.
.
Como podemos observar o número somado vai ficando cada vez menor e a soma tende a um certo
limite. Então temos a seguinte fórmula:

2 2
Utilizando no exemplo acima: 𝑆 = 1 = 1 = 4, logo dizemos que esta P.G. tem um limite que tenda a
1−
2 2
4.

Produto da soma de n termos

Temos as seguintes regras para o produto, já que esta fórmula está em módulo:
1- O produto de n números positivos é sempre positivo.
2- No produto de n números negativos:
a) se n é par: o produto é positivo.
b) se n é ímpar: o produto é negativo.

Propriedades
1- Numa P.G., com n termos, o produto de dois termos equidistantes dos extremos é igual ao produto
destes extremos.

Exemplos 1: (3, 6, 12, 24, 48, 96, 192, 384, ...)

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Exemplo 2: (1, 2, 4, 8, 16, 32, 64, …)

- como podemos observar neste exemplo, temos um número ímpar de termos. Neste caso sobrou um
termo no meio (8) que é chamado de termo médio e é igual a raiz quadrada do produto dos extremos.
Porém, só existe termo médio se houver um número ímpar de termos.

2- Numa P.G. se tivermos três termos consecutivos, o termo médio é igual à média geométrica do
termo anterior com o termo posterior. Ou seja, (a1, a2, a3, ...) <==> a2 = √a3 . a1 .
Exemplo:

Questões

01. (Pref. Amparo/SP – Agente Escolar – CONRIO) Descubra o 99º termo da P.A. (45, 48, 51, ...)
(A) 339
(B) 337
(C) 333
(D) 331

02. (Câmara de São Paulo/SP – Técnico Administrativo – FCC) Uma sequência inicia-se com o
número 0,3. A partir do 2º termo, a regra de obtenção dos novos termos é o termo anterior menos 0,07.
Dessa maneira o número que corresponde à soma do 4º e do 7º termos dessa sequência é
(A) –6,7.
(B) 0,23.
(C) –3,1.
(D) –0,03.
(E) –0,23.

03. Os termos da sequência (10; 8; 11; 9; 12; 10; 13; …) obedecem a uma lei de formação. Se an, em
que n pertence a N*, é o termo de ordem n dessa sequência, então a30 + a55 é igual a:
(A) 58
(B) 59
(C) 60
(D) 61
(E) 62

04. A soma dos elementos da sequência numérica infinita (3; 0,9; 0,09; 0,009; …) é:
(A) 3,1
(B) 3,9
(C) 3,99
(D) 3, 999
(E) 4

05. (EBSERH/ HUSM – UFSM/RS – Analista Administrativo – Administração – AOCP) Observe a


sequência:
1; 2; 4; 8;...

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Qual é a soma do sexto termo com o oitavo termo?
(A) 192
(B) 184
(C) 160
(D) 128
(E) 64

06. (Pref. Nepomuceno/MG – Técnico em Segurança do Trabalho – CONSULPLAN) O primeiro e


o terceiro termos de uma progressão geométrica crescente são, respectivamente, 4 e 100. A soma do
segundo e quarto termos dessa sequência é igual a
(A) 210.
(B) 250.
(C) 360.
(D) 480.
(E) 520.

07. (TRF 3ª – Analista Judiciário - Informática – FCC) Um tabuleiro de xadrez possui 64 casas. Se
fosse possível colocar 1 grão de arroz na primeira casa, 4 grãos na segunda, 16 grãos na terceira, 64
grãos na quarta, 256 na quinta, e assim sucessivamente, o total de grãos de arroz que deveria ser
colocado na 64ª casa desse tabuleiro seria igual a
(A) 264.
(B) 2126.
(C) 266.
(D) 2128.
(E) 2256.

08. (Polícia Militar/SP – Aluno – Oficial – VUNESP) Planejando uma operação de policiamento
ostensivo, um oficial desenhou em um mapa três círculos concêntricos de centro P, conforme mostrado
na figura.

Sabe-se que as medidas dos raios r, r1 e r2 estão, nessa ordem, em progressão geométrica. Se r + r1
+ r2 = 52 cm, e r . r2 = 144 cm, então r + r2 é igual, em centímetros, a
(A) 36.
(B) 38.
(C) 39.
(D) 40.
(E) 42.

09. (EBSERH/HU-UFGD – Técnico em Informática – AOCP) Observe a sequência numérica a seguir:


11; 15; 19; 23;...
Qual é o sétimo termo desta sequência?
(A) 27.
(B) 31.
(C) 35.
(D) 37.
(E) 39

10. (METRÔ/SP – Usinador Ferramenteiro – FCC) O setor de almoxarifado do Metrô necessita


numerar peças de 1 até 100 com adesivos. Cada adesivo utilizado no processo tem um único algarismo

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de 0 a 9. Por exemplo, para fazer a numeração da peça número 100 são gastos três adesivos (um
algarismo 1 e dois algarismos 0). Sendo assim, o total de algarismos 9 que serão usados no processo
completo de numeração das peças é igual a
(A) 20.
(B) 10.
(C) 19.
(D) 18.
(E) 9.

11. (MPE/AM – Agente de Apoio- Administrativo – FCC) Considere a sequência numérica formada
pelos números inteiros positivos que são divisíveis por 4, cujos oito primeiros elementos são dados a
seguir. (4, 8, 12, 16, 20, 24, 28, 32,...)
O último algarismo do 234º elemento dessa sequência é
(A) 0
(B) 2
(C) 4
(D) 6
(E) 8

Comentários

01. Resposta: A.
r = 48 – 45 = 3
𝑎1 = 45
𝑎𝑛 = 𝑎1 + (𝑛 − 1)𝑟
𝑎99 = 45 + 98 ∙ 3 = 339

02. Resposta: D.
𝑎𝑛 = 𝑎1 − (𝑛 − 1)𝑟
𝑎4 = 0,3 − 3.0,07 = 0,09
𝑎7 = 0,3 − 6.0,07 = −0,12
𝑆 = 𝑎4 + 𝑎7 = 0,09 − 0,12 = −0,03

03. Resposta: B.
Primeiro, observe que os termos ímpares da sequência é uma PA de razão 1 e primeiro termo 10 -
(10; 11; 12; 13; …). Da mesma forma os termos pares é uma PA de razão 1 e primeiro termo igual a 8 -
(8; 9; 10; 11; …).
Assim, as duas PA têm como termo geral o seguinte formato:
(1) ai = a1 + (i - 1).1 = a1 + i – 1
Para determinar a30 + a55 precisamos estabelecer a regra geral de formação da sequência, que está
intrinsecamente relacionada às duas progressões da seguinte forma:
- Se n (índice da sucessão) é ímpar temos que n = 2i - 1, ou seja, i = (n + 1)/2;
- Se n é par temos n = 2i ou i = n/2.
Daqui e de (1) obtemos que:
an = 10 + [(n + 1)/2] - 1 se n é ímpar
an = 8 + (n/2) - 1 se n é par
Logo:
a30 = 8 + (30/2) - 1 = 8 + 15 - 1 = 22 e
a55 = 10 + [(55 + 1)/2] - 1 = 37
E, portanto:
a30 + a55 = 22 + 37 = 59.

04. Resposta: E.
Sejam S as somas dos elementos da sequência e S1 a soma da PG infinita (0,9; 0,09; 0,009; …) de
razão q = 0,09/0,9 = 0,1. Assim:
S = 3 + S1
Como -1 < q < 1 podemos aplicar a fórmula da soma de uma PG infinita para obter S1:
S1 = 0,9/(1 - 0,1) = 0,9/0,9 = 1 → S = 3 + 1 = 4

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05. Resposta: C.
Esta sequência é do tipo 𝑎𝑛 = 2𝑛−1 .
Assim:
𝑎6 = 26−1 = 25 = 32
𝑎8 = 28−1 = 27 = 128
A soma fica: 32 + 128 = 160.

06. Resposta: E.
𝑎𝑛 = 𝑎1 ∙ 𝑞 𝑛−1
𝑎3 = 𝑎1 ∙ 𝑞 2
100 = 4 ∙ 𝑞 2
𝑞 2 = 25
𝑞=5
𝑎2 = 𝑎1 ∙ 𝑞 = 4 ∙ 5 = 20
𝑎4 = 𝑎3 ∙ 𝑞 = 100 ∙ 5 = 500
𝑎2 + 𝑎4 = 20 + 500 = 520

07. Resposta: B.
Pelos valores apresentados, é uma PG de razão 4
A64 = ?
a1 = 1
q=4
n = 64
𝑎𝑛 = 𝑎1 ∙ 𝑞 𝑛−1

𝑎𝑛 = 1 ∙ 463 = (22 )63 = 2126

08. Resposta: D.
𝑟1 𝑟2
Se estão em Progressão Geométrica, então: 𝑟
= 𝑟1
, ou seja, 𝑟1 . 𝑟1 = 𝑟 . 𝑟2 .
2
Assim: 𝑟1 = 144
𝑟1 = √144 = 12 𝑐𝑚
Sabemos que r + r1 + r2 = 52. Assim:
𝑟 + 12 + 𝑟2 = 52
𝑟 + 𝑟2 = 52 − 12
𝑟 + 𝑟2 = 40

09. Resposta: C.
Trata-se de uma Progressão Aritmética, cuja fórmula do termo geral é
𝑎𝑛 = 𝑎1 + (𝑛 − 1). 𝑟
𝑛 = 7; 𝑎1 = 11; 𝑟 = 15 − 11 = 4
Assim, 𝑎7 = 11 + (7 − 1). 4 = 11 + 6.4 = 11 + 24 = 35

10. Resposta: A.
99 = 9 + (𝑛 − 1)10
10𝑛 − 10 + 9 = 99
𝑛 = 10
Vamos tirar o 99 pra ser contato a parte: 10-1=9
99 = 90 + (𝑛 − 1)
𝑛 = 99 − 90 + 1 = 10
São 19 números que possuem o algarismo 9, mas o 99 possui 2
19+1=20

11. Resposta: D.
r=4
𝑎𝑛 = 𝑎1 + (𝑛 − 1)𝑟
𝑎234 = 4 + 233 ∙ 4 = 936
Portanto, o último algarismo é 6.

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6 Noções básicas de contagem e probabilidade

ANÁLISE COMBINATÓRIA

A Análise Combinatória10 é a parte da Matemática que desenvolve meios para trabalharmos com
problemas de contagem, sendo eles:
- Princípio Fundamental da Contagem (PFC);
- Fatorial de um número natural;
- Tipos de Agrupamentos Simples (Arranjo, permutação e combinação);
- Tipos de Agrupamentos com Repetição (Arranjo, permutação e combinação).

A Análise Combinatória é o suporte da Teoria das Probabilidades, e de vital importância para as


ciências aplicadas, como a Medicina, a Engenharia, a Estatística entre outras.

Princípio Fundamental da Contagem-PFC (Princípio Multiplicativo)

O princípio multiplicativo ou fundamental da contagem constitui a ferramenta básica para resolver


problemas de contagem sem que seja necessário enumerar seus elementos, através das possibilidades
dadas. É uma das técnicas mais utilizadas para contagem, mas também dependendo da questão pode
se tornar trabalhosa.

Exemplos

1) Imagine que, na cantina de sua escola, existem cinco opções de suco de frutas: pêssego, maçã,
morango, caju e mamão. Você deseja escolher apenas um desses sucos, mas deverá decidir também se
o suco será produzido com água ou leite. Escolhendo apenas uma das frutas e apenas um dos
acompanhamentos, de quantas maneiras poderá pedir o suco?

2) Para ir da sua casa (cidade A) até a casa do seu amigo Pedro (que mora na cidade C) João precisa
pegar duas conduções: A1 ou A2 ou A3 que saem da sua cidade até a B e B1 ou B2 que o leva até o
destino final C. Vamos montar o diagrama da árvore para avaliarmos todas as possibilidades:

10
IEZZI, Gelson – Matemática – Volume Único
FILHO, Begnino Barreto; SILVA,Claudio Xavier da – Matemática – Volume Único - FTD
BOSQUILHA, Alessandra - Minimanual compacto de matemática: teoria e prática: ensino médio / Alessandra Bosquilha, Marlene Lima Pires Corrêa, Tânia Cristina
Neto G. Viveiro. -- 2. ed. rev. -- São Paulo: Rideel, 2003.

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De forma resumida, e rápida podemos também montar através do princípio multiplicativo o número de
possibilidades:

3) De sua casa ao trabalho, Sílvia pode ir a pé, de ônibus ou de metrô. Do trabalho à faculdade, ela
pode ir de ônibus, metrô, trem ou pegar uma carona com um colega.
De quantos modos distintos Sílvia pode, no mesmo dia, ir de casa ao trabalho e de lá para a faculdade?
Vejamos, o trajeto é a junção de duas etapas:

1º) Casa → Trabalho: ao qual temos 3 possibilidades


2º) Trabalho → Faculdade: 4 possibilidades.
Multiplicando todas as possibilidades (pelo PFC), teremos: 3 x 4 = 12.
No total Sílvia tem 12 maneiras de fazer o trajeto casa – trabalho – faculdade.

DEFINIÇÃO do PFC: Se um evento que chamaremos de E1 puder ocorrer de a maneiras e um outro


evento que chamaremos de E2 puder ocorrer de b maneiras e E1 for independente de E2, assim a
quantidade de maneiras distintas de os dois eventos ocorrerem simultaneamente será dado por axb,
isto é, a quantidade de maneiras de a ocorrer, multiplicado pela quantidade de maneiras de b ocorrer.

Questões

01. (Pref. Chapecó/SC – Engenheiro de Trânsito – IOBV) Em um restaurante os clientes têm a sua
disposição, 6 tipos de carnes, 4 tipos de cereais, 4 tipos de sobremesas e 5 tipos de sucos. Se o cliente
quiser pedir 1 tipo carne, 1 tipo de cereal, 1 tipo de sobremesa e 1 tipo de suco, então o número de opções
diferentes com que ele poderia fazer o seu pedido, é:
(A) 19
(B) 480
(C) 420
(D) 90

02. (Pref. Rio de Janeiro/RJ – Agente de Administração – Pref. do Rio de Janeiro) Seja N a
quantidade máxima de números inteiros de quatro algarismos distintos, maiores do que 4000, que podem
ser escritos utilizando-se apenas os algarismos 0, 1, 2, 3, 4, 5 e 6.
O valor de N é:
(A) 120
(B) 240
(C) 360
(D) 480

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Comentários

01. Resposta: B.
A questão trata-se de princípio fundamental da contagem, logo vamos enumerar todas as
possibilidades de fazermos o pedido:
6 x 4 x 4 x 5 = 480 maneiras.

02. Resposta: C.
Pelo enunciado precisa ser um número maior que 4000, logo para o primeiro algarismo só podemos
usar os números 4,5 e 6 (3 possibilidades). Como se trata de números distintos para o segundo algarismo
poderemos usar os números (0,1,2,3 e também 4,5 e 6 dependo da primeira casa) logo teremos 7 – 1 =
6 possibilidades. Para o terceiro algarismos teremos 5 possibilidades e para o último, o quarto algarismo,
teremos 4 possibilidades, montando temos:

Basta multiplicarmos todas as possibilidades: 3 x 6 x 5 x 4 = 360.


Logo N é 360.

Fatorial de um Número Natural

É comum aparecerem produtos de fatores naturais sucessivos em problemas de análise combinatória,


tais como: 3. 2 . 1 ou 5. 4 . 3 . 2 . 1, por isso surgiu a necessidade de simplificarmos este tipo de notação,
facilitando os cálculos combinatórios. Assim, produtos em que os fatores chegam sucessivamente até a
unidade são chamados fatoriais.
Matematicamente:
Dado um número natural n, sendo n є N e n ≥ 2, temos:

Onde:
n! é o produto de todos os números naturais de 1 até n (lê-se: “n fatorial”)
Por convenção temos que:

Exemplos
1) De quantas maneiras podemos organizar 8 alunos em uma fila.
Observe que vamos utilizar a mesma quantidade de alunos na fila nas mais variadas posições:

Temos que 8! = 8.7.6.5.4.3.2.1 = 40320

9!
2) Dado , qual o valor dessa fração?
5!
Observe que o denominador é menor que o numerador, então para que possamos resolver vamos
levar o numerador até o valor do denominador e simplificarmos:

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Tipos de Agrupamento

Os agrupamentos que não possuem elementos repetidos, são chamamos de agrupamentos


simples. Dentre eles, temos aqueles onde a ordem é importante e os que a ordem não é importante.
Vamos ver detalhadamente cada um deles.

- Arranjo simples: agrupamentos simples de n elementos distintos tomados(agrupados) p a p. Aqui a


ordem dos seus elementos é importante, é o que diferencia.

Exemplos
1) Dados o conjunto S formado pelos números S= {1,2,3,4,5,6} quantos números de 3 algarismos
podemos formar com este conjunto?

Observe que 123 é diferente de 321 e assim sucessivamente, logo é um Arranjo.

Se fossemos montar todos os números levaríamos muito tempo, para facilitar os cálculos vamos utilizar
a fórmula do arranjo.
Pela definição temos: A n,p (Lê-se: arranjo de n elementos tomados p a p).
Então:

Utilizando a fórmula:
Onde n = 6 e p = 3
n! 6! 6! 6.5.4.3!
An, p = → A6,3 = = = = 120
(n − p)! (6 − 3)! 3! 3!

Então podemos formar com o conjunto S, 120 números com 3 algarismos.

2) Uma escola possui 18 professores. Entre eles, serão escolhidos: um diretor, um vice-diretor e um
coordenador pedagógico. Quantas as possibilidades de escolha?
n = 18 (professores)
p = 3 (cargos de diretor, vice-diretor e coordenador pedagógico)

n! 18! 18! 18.17.16.15!


An, p = → A18,3 = = = = 4896 grupos
(n − p)! (18 − 3)! 15! 15!

- Permutação simples: sequência ordenada de n elementos distintos (arranjo), ao qual utilizamos


todos os elementos disponíveis, diferenciando entre eles apenas a ordem. A permutação simples é um
caso particular do arranjo simples.
É muito comum vermos a utilização de permutações em anagramas (alterações da sequência das
letras de uma palavra).

Exemplos
1) Quantos anagramas podemos formar com a palavra CALO?

. 107
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Utilizando a fórmula da permutação temos:
n = 4 (letras)
P4! = 4! = 4 . 3 . 2 . 1! = 24 . 1! (como sabemos 1! = 1) → 24 . 1 = 24 anagramas

2) Utilizando a palavra acima, quantos são os anagramas que começam com a letra L?

P3! = 3! = 3 . 2 . 1! = 6 anagramas que começam com a letra L.

- Combinação simples: agrupamento de n elementos distintos, tomados p a p, sendo p ≤ n. O que


diferencia a combinação do arranjo é que a ordem dos elementos não é importante.
Vemos muito o conceito de combinação quando queremos montar uma comitiva, ou quando temos
também de quantas maneiras podemos cumprimentar um grupo ou comitiva, entre outros.

Exemplos
1) Uma escola tem 7 professores de Matemática. Quatro deles deverão representar a escola em um
congresso. Quantos grupos de 4 professores são possíveis?

Observe que sendo 7 professores, se invertermos um deles de posição não alteramos o grupo
formado, os grupos formados são equivalentes. Para o exemplo acima temos ainda as seguintes
possibilidades que podemos considerar sendo como grupo equivalentes.
P1, P2, P4, P3 – P2, P1, P3, P4 – P3, P1, P2, P4 – P2, P4, P3, P4 – P4, P3, P1, P2 ...

Com isso percebemos que a ordem não é importante!

Vamos então utilizar a fórmula para agilizar nossos cálculos:

Aqui dividimos novamente por p, para desconsiderar todas as sequências repetidas (P1, P2, P3, P4 =
P4, P2, P1, P3= P3, P2, P4, P1=...).

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Aplicando a fórmula:
n! 7! 7! 7.6.5.4! 210 210
Cn, p = → C7,4 = = = = = = 35 grupos de professores
(n − p)! p! (7 − 4)! 4! 3! 4! 3! 4! 3.2.1 6

2) Considerando dez pontos sobre uma circunferência, quantas cordas podem ser construídas com
extremidades em dois desses pontos?

Uma corda fica determinada quando escolhemos dois pontos entre


os dez.
Escolher (A,D) é o mesmo que escolher (D,A), então sabemos que
se trata de uma combinação.
Aqui temos então a combinação de 10 elementos tomados 2 a 2.
n! 10! 10! 10.9.8! 90
C10,2 = = = = = =
(n − p)! p! (10 − 2)! 2! 8! 2! 8! 2! 2
45 cordas

Agrupamentos com Repetição

Existem casos em que os elementos de um conjunto repetem-se para formar novos subconjuntos.
Nestes casos, devemos usar fórmulas de agrupamentos com repetição. Assim, teremos:
A) arranjo com repetição;
B) permutação com repetição;
C) combinação com repetição.

Vejamos:
a) Arranjo com repetição: ou arranjo completo, é um grupo de p elementos de um dado conjunto,
com n elementos distintos, onde a mudança de ordem determina grupos diferentes, podendo porém ter
elementos repetidos.
Indicamos por AR n,p

No arranjo com repetição, temos todos os elementos do conjunto à disposição a cada escolha, por
isso, pelo Princípio Fundamental da Contagem, temos:

Exemplo
Quantas chapas de automóvel compostas de 2 letras nas duas primeiras posições, seguidas por 4
algarismos nas demais posições (sendo 26 letras do nosso alfabeto e sendo os algarismos do sistema
decimal) podem ser formadas?

O número de pares de letras que poderá ser utilizado é:

Pois podemos repetir eles. Aplicando a fórmula de Arranjo com repetição temos:
𝑨𝑹 𝒏, 𝒑 = 𝒏𝒑 → 𝑨𝑹 𝟐𝟔, 𝟐 = 𝟐𝟔𝟐 = 𝟔𝟕𝟔

Para a quantidade de números temos (0,1,2,3,4,5,6,7,8,9 – 10 algarismos):

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𝑨𝑹 𝒏, 𝒑 = 𝒏𝒑 → 𝑨𝑹 𝟏𝟎, 𝟒 = 𝟏𝟎𝟒 = 𝟏𝟎. 𝟎𝟎𝟎

Assim o número de chapas que podemos ter é dado pela multiplicação dos valores achados:
676 . 10 000 = 6 760 000 possibilidades de placas.

Observação: Caso não pudesse ser utilizada a placa com a sequência de zeros, ou seja, com 4 zeros
teríamos:

𝑨𝑹 𝒏, 𝒑 = 𝒏𝒑 → 𝑨𝑹 𝟏𝟎, 𝟒 = 𝟔𝟕𝟔. 𝟏𝟎𝟒 − 𝟏𝟎𝟒 = 𝟏𝟎𝟒 . (𝟔𝟕𝟔 − 𝟏)

b) Permutação com repetição: a diferença entre arranjo e permutação é que esta faz uso de todos
os elementos do conjunto. Na permutação com repetição, como o próprio nome indica, as repetições são
permitidas e podemos estabelecer uma fórmula que relacione o número de elementos, n, e as vezes em
que o mesmo elemento aparece.

Com α + β + γ + ... ≤ n

Exemplo
Quantos são os anagramas da palavra ARARA?
n=5
α = 3 (temos 3 vezes a letra A)
β = 2 (temos 2 vezes a letra R)

Equacionando temos:
𝒏! 𝟓! 𝟓. 𝟒. 𝟑! 𝟓. 𝟒 𝟐𝟎
𝑷𝒏(∝,𝜷,𝜸,… ) = … → 𝒑𝟓(𝟑,𝟐) = = = = = 𝟏𝟎 𝒂𝒏𝒂𝒈𝒓𝒂𝒎𝒂𝒔
𝜶! 𝜷! 𝜸! 𝟑! 𝟐! 𝟑! 𝟐! 𝟐. 𝟏 𝟐

B.1) Permutação circular: a permutação circular com repetição pode ser generalizada através da
seguinte forma:

Vejamos o exemplo como chegar na fórmula, para aplicação.


- De quantas maneiras 5 meninas que brincam de roda podem formá-la?
Fazendo um esquema, observamos que são posições iguais:

O total de posições é 5! e cada 5 representa uma só permutação circular. Assim, o total de permutações
circulares será dado por:
5! 5.4!
𝑃𝑐 5 = = = 4! = 4.3.2.1 = 24
5 5

C) Combinação com repetição: dado um conjunto com n elementos distintos, chama-se combinação
com repetição, classe p (ou combinação completa p a p) dos n elementos desse conjunto, a todo grupo
formado por p elementos, distintos ou não, em qualquer ordem.

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Exemplo
Em uma combinação com repetição classe 2 do conjunto {a, b, c}, quantas combinações obtemos?
Ilustrando temos:

Utilizando a fórmula da combinação com repetição, verificamos o mesmo resultado sem necessidade
de enumerar todas as possibilidades:
n=3ep=2
𝟒! 𝟒! 𝟒. 𝟑. 𝟐! 𝟏𝟐
𝑪𝑹𝒏, 𝒑 = 𝑪 𝒏 + 𝒑 − 𝟏, 𝒑 → 𝑪𝑹 𝟑 + 𝟐 − 𝟏, 𝟐 → 𝑪𝑹𝟒, 𝟐 = = = = =𝟔
𝟐! (𝟒 − 𝟐)! 𝟐! 𝟐! 𝟐! 𝟐! 𝟐

Questões

01. (CRQ 2ª Região/MG – Auxiliar Administrativo – FUNDEP) Com 12 fiscais, deve-se fazer um
grupo de trabalho com 3 deles. Como esse grupo deverá ter um coordenador, que pode ser qualquer um
deles, o número de maneiras distintas possíveis de se fazer esse grupo é:
(A) 4
(B) 660
(C) 1 320
(D) 3 960

02. (PM/SP – Cabo – CETRO) Uma lei de certo país determinou que as placas das viaturas de polícia
deveriam ter 3 algarismos seguidos de 4 letras do alfabeto grego (24 letras). Sendo assim, o número de
placas diferentes será igual a
(A) 175.760.000.
(B) 183.617.280.
(C) 331.776.000.
(D) 358.800.000.

03. (TJ/RS – Técnico Judiciário - FAURGS) O Tribunal de Justiça está utilizando um código de leitura
de barras composto por 5 barras para identificar os pertences de uma determinada seção de trabalho. As
barras podem ser pretas ou brancas. Se não pode haver código com todas as barras da mesma cor, o
número de códigos diferentes que se pode obter é de
(A) 10.
(B) 30.
(C) 50.
(D) 150.
(E) 250.

04. (SEED/SP – Agente de Organização Escolar – VUNESP) Um restaurante possui pratos principais
e individuais. Cinco dos pratos são com peixe, 4 com carne vermelha, 3 com frango, e 4 apenas com
vegetais. Alberto, Bianca e Carolina pretendem fazer um pedido com três pratos principais individuais,
um para cada. Alberto não come carne vermelha nem frango, Bianca só come vegetais, e Carolina só
não come vegetais. O total de pedidos diferentes que podem ser feitos atendendo as restrições
alimentares dos três é igual a
(A) 384.
(B) 392.
(C) 396.
(D) 416.
(E)432.

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05. (Pref. Jundiaí/SP – Eletricista – MAKIYAMA) Dentre os nove competidores de um campeonato
municipal de esportes radicais, somente os quatro primeiros colocados participaram do campeonato
estadual. Sendo assim, quantas combinações são possíveis de serem formadas com quatro desses nove
competidores?
(A) 126
(B)120
(C) 224
(D) 212
(E) 156

06. (Pref. Lagoa da Confusão/TO – Orientador Social – IDECAN) Renato é mais velho que Jorge
de forma que a razão entre o número de anagramas de seus nomes representa a diferença entre suas
idades. Se Jorge tem 20 anos, a idade de Renato é
(A) 24.
(B) 25.
(C) 26.
(D) 27.
(E) 28.

07. (Pref. Nepomuceno/MG – Técnico em Segurança do Trabalho – CONSULPLAN) Numa sala há


3 ventiladores de teto e 4 lâmpadas, todos com interruptores independentes. De quantas maneiras é
possível ventilar e iluminar essa sala mantendo, pelo menos, 2 ventiladores ligados e 3 lâmpadas acesas?
(A) 12.
(B) 18.
(C) 20.
(D) 24.
(E) 36.

08. (CREA/PR – Agente Administrativo– FUNDATEC) A fim de vistoriar a obra de um estádio de


futebol para a copa de 2014, um órgão público organizou uma comissão composta por 4 pessoas, sendo
um engenheiro e 3 técnicos.
Sabendo-se que em seu quadro de funcionários o órgão dispõe de 3 engenheiros e de 9 técnicos,
pode-se afirmar que a referida comissão poderá ser formada de _____ maneiras diferentes.
Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna do trecho acima.
(A) 252
(B) 250
(C) 243
(D) 127
(E) 81

09. (ESA – Música – EXÉRCITO BRASILEIRO) Colocando-se em ordem alfabética os anagramas da


palavra FUZIL, que posição ocupará o anagrama ZILUF.
(A) 103
(B) 104
(C) 105
(D) 106
(E) 107

10. (CODEMIG – Analista de Administração – Gestão de Concursos) Oito amigos encontraram-se


em uma festa. Se cada um dos amigos trocar um aperto de mão com cada um dos outros, quantos apertos
de mão serão trocados?
(A) 22.
(B) 25.
(C) 27.
(D) 28.

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Comentários

01. Resposta: B.
Esta questão trata-se de Combinação, pela fórmula temos:
n!
Cn, p =
(n − p)! p!

Onde n = 12 e p = 3
n! 12! 12! 12.11.10.9! 1320 1320
Cn, p = → C12,3 = = = = = = 220
(n − p)! p! (12 − 3)! 3! 9! 3! 9! 3! 3.2.1 6

Como cada um deles pode ser o coordenado, e no grupo tem 3 pessoas, logo temos 220 x 3 = 660.

02. Resposta: C.
Algarismos possíveis: 0,1,2,3,4,5,6,7,8,9=10 algarismos
_ _ _ _ _ _ _
101010  242424 24=331.776.000

03. Resposta: B.
_____
22222=32 possibilidades se pudesse ser qualquer uma das cores
Mas, temos que tirar código todo preto e todo branco.
32-2=30

04. Resposta: E.
Para Alberto:5+4=9
Para Bianca:4
Para Carolina: 12
___
9.4.12=432

05. Resposta: A.
1001.
C_9,4 = 9! / 5!4! = (9∙8∙7∙6∙5!) / (5!∙24) = 126

06. Resposta: C.
Anagramas de RENATO
______
6.5.4.3.2.1=720
Anagramas de JORGE
_____
5.4.3.2.1=120
720
Razão dos anagramas: 120 = 6
Se Jorge tem 20 anos, Renato tem 20+6=26 anos

07. Resposta: C.
1ª possibilidade:2 ventiladores e 3 lâmpadas
3!
𝐶3,2 = 1!2! = 3

4!
𝐶4,3 = 1!3! = 4

𝐶3,2 ∙ 𝐶4,3 = 3 ∙ 4 = 12

2ª possibilidade:2 ventiladores e 4 lâmpadas


3!
𝐶3,2 = 1!2! = 3

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4!
𝐶4,4 = 0!4! = 1

𝐶3,2 ∙ 𝐶4,4 = 3 ∙ 1 = 3

3ª possibilidade:3 ventiladores e 3 lâmpadas


3!
𝐶3,3 = 0!3! = 1

4!
𝐶4,3 = 1!3! = 4
𝐶3,3 ∙ 𝐶4,3 = 1 ∙ 4 = 4

4ª possibilidade:3 ventiladores e 4 lâmpadas


3!
𝐶3,3 = 0!3! = 1

4!
𝐶4,4 = =1
0!4!

𝐶3,3 ∙ 𝐶4,4 = 1 ∙ 1 = 1
Somando as possibilidades: 12 + 3 + 4 + 1 = 20

08. Resposta: A.
Engenheiros
3!
𝐶3,1 = =3
2! 1!

Técnicos
9! 9 ∙ 8 ∙ 7 ∙ 6!
𝐶9,3 = = = 84
3! 6! 6 ∙ 6!

3 . 84 = 252 maneiras

09. Resposta: D.
O anagrama que ele quer é ZILUF, assim como se inicia com Z podemos admitir todos os outros
anagramas que iniciam com letra diferente de “Z” estão antes do desejado, assim:
F_ _ _ _ = 4.3.2.1 = 24
I_ _ _ _ = 4.3.2.1 = 24
L_ _ _ _ = 4.3.2.1 = 24
U_ _ _ _ = 4.3.2.1 = 24
Daí começa os com Z
Portanto colocaremos Z e a menor letra na segunda opção que será o F
ZF_ _ _ = 3.2.1 = 6
Agora depois do último que começa com ZF vem o que começa com ZI
Mas antes do L temos o F
Assim devemos contar todos que comecem por ZIF
ZIF_ _ = 2
Agora temos o que começa com ZIL
Mas só temos estes possíveis anagramas em ordem crescente que começam com ZIL

ZILFU = 1
ZILUF (Que é o anagrama que queremos)

Agora basta saber a posição em que ele ficará,


24 + 24 + 24 + 24 + 6 + 2 + 1 = 105 antes dele, portanto ele estará na 106ª posição.

10. Resposta: D.
A primeira pessoa apertará a mão de 7
A Segunda, de 6, e assim por diante.

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Portanto, haverá: 7+6+5+4+3+2+1=28

PROBABILIDADE

A teoria das probabilidades surgiu no século XVI, com o estudo dos jogos de azar, tais como jogos
de cartas e roleta. Atualmente ela está intimamente relacionada com a Estatística e com diversos ramos
do conhecimento.

Definições11:
A teoria da probabilidade é o ramo da Matemática que cria e desenvolve modelos matemáticos para
estudar os experimentos aleatórios. Alguns elementos são necessários para efetuarmos os cálculos
probabilísticos.
- Experimentos aleatórios: fenômenos que apresentam resultados imprevisíveis quando repetidos,
mesmo que as condições sejam semelhantes.

Exemplos:
a) lançamento de 3 moedas e a observação das suas faces voltadas para cima
b) jogar 2 dados e observar o número das suas faces
c) abrir 1 livro ao acaso e observar o número das suas páginas.

- Espaço amostral: conjunto de todos os resultados possíveis de ocorrer em um determinado


experimento aleatório. Indicamos esse conjunto por uma letra maiúscula: U, S, A, Ω ... variando de acordo
com a bibliografia estudada.

Exemplo:
a) quando lançamos 3 moedas e observamos suas faces voltadas para cima, sendo as faces da moeda
cara (c) e coroa (k), o espaço amostral deste experimento é:
S = {(c,c,c); (c,c,k); (c,k,k); (c,k,c); (k,k,k,); (k,c,k); (k,c,c); (k,k,c)}, onde o número de elementos do
espaço amostral n(A) = 8

- Evento: é qualquer subconjunto de um espaço amostral (S); muitas vezes um evento pode ser
caracterizado por um fato. Indicamos pela letra E.

Exemplo:
a) no lançamento de 3 moedas:
E1→ aparecer faces iguais
E1 = {(c,c,c);(k,k,k)}
O número de elementos deste evento E1 é n(E1) = 2

E2→ aparecer coroa em pelo menos 1 face


E2 = {(c,c,k); (c,k,k); (c,k,c); (k,k,k,); (k,c,k); (k,c,c); (k,k,c)}
Logo n(E2) = 7

Veremos agora alguns eventos particulares:


- Evento certo: que possui os mesmos elementos do espaço amostral (todo conjunto é subconjunto
de si mesmo); E = S.
E: a soma dos resultados nos 2 dados ser menor ou igual a 12.

- Evento impossível: evento igual ao conjunto vazio.


E: o número de uma das faces de um dado comum ser 7.
E: Ø
11
FILHO, Begnino Barreto; SILVA,Claudio Xavier da – Matemática – Volume Único - FTD
IEZZI, Gelson – Matemática – Volume Único
BUCCHI, Paulo – Curso prático de Matemática – Volume 2 – 1ª edição - Editora Moderna

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- Evento simples: evento que possui um único elemento.
E: a soma do resultado de dois dados ser igual a 12.
E: {(6,6)}

- Evento complementar: se E é um evento do espaço amostral S, o evento complementar de E


indicado por C tal que C = S – E. Ou seja, o evento complementar é quando E não ocorre.
E1: o primeiro número, no lançamento de 2 dados, ser menor ou igual a 2.
E2: o primeiro número, no lançamento de 2 dados, ser maior que 2.
S: espaço amostral é dado na tabela abaixo:

E: {(1,1), (1,2), (1,3), (1,4), (1,5), (1,6), (2,1), (2,2), (2,3) (2,4), (2,5), (2,6)}
Como, C = S – E
C = {(3,1), (3,2), (3,3), (3,4), (3,5), (3,6), (4,1), (4,2), (4,3), (4,4), (4,5), (4,6), (5,1), (5,2), (5,3), (5,4),
(5,5), (5,6), (6,1), (6,2), (6,3), (6,4), (6,5), (6,6)}

- Eventos mutuamente exclusivos: dois ou mais eventos são mutuamente exclusivos quando a
ocorrência de um deles implica a não ocorrência do outro. Se A e B são eventos mutuamente exclusivos,
então: A ∩ B = Ø.
Sejam os eventos:
A: quando lançamos um dado, o número na face voltada para cima é par.
A = {2,4,6}
B: quando lançamos um dado, o número da face voltada para cima é divisível por 5.
B = {5}
Os eventos A e B são mutuamente exclusivos, pois A ∩ B = Ø.

Probabilidade em espaços equiprováveis


Considerando um espaço amostral S, não vazio, e um evento E, sendo E ⊂ S, a probabilidade de
ocorrer o evento E é o número real P (E), tal que:

𝐧(𝐄)
𝐏(𝐄) =
𝐧(𝐒)

Sendo 0 ≤ P(E) ≤ 1 e S um conjunto equiprovável, ou seja, todos os elementos têm a mesma


“chance de acontecer.
Onde:
n(E) = número de elementos do evento E.
n(S) = número de elementos do espaço amostral S.

Exemplo:
Lançando-se um dado, a probabilidade de sair um número ímpar na face voltada para cima é obtida
da seguinte forma:
S = {1, 2, 3, 4, 5, 6} n(S) = 6
E = {1, 3, 5} n(E) = 3

n(E) 3 1
P(E) = = = = 0,5 𝑜𝑢 50%
n(S) 6 2

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1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
Probabilidade da união de dois eventos
Vamos considerar A e B dois eventos contidos em um mesmo espaço amostral A, o número de
elementos da reunião de A com B é igual ao número de elementos do evento A somado ao número de
elementos do evento B, subtraindo o número de elementos da intersecção de A com B.

Sendo n(S) o número de elementos do espaço amostral, vamos dividir os dois membros da equação
por n(S) a fim de obter a probabilidade P (A U B).
𝑛(𝐴 ∪ 𝐵) 𝑛(𝐴) 𝑛(𝐵) 𝑛(𝐴 ∩ 𝐵)
= + −
𝑛(𝑆) 𝑛(𝑆) 𝑛(𝑆) 𝑛(𝑆)

P (A U B) = P(A) + P(B) – P (A ∩ B)

Para eventos mutuamente exclusivos, onde A ∩ B = Ø, a equação será:

P (A U B) = P(A) + P(B)

Exemplo:
A probabilidade de que a população atual de um país seja de 110 milhões ou mais é de 95%. A
probabilidade de ser 110 milhões ou menos é de 8%. Calcule a probabilidade de ser 110 milhões.
Sendo P(A) a probabilidade de ser 110 milhões ou mais: P(A) = 95% = 0,95
Sendo P(B) a probabilidade de ser 110 milhões ou menos: P(B) = 8% = 0,08
P (A ∩ B) = a probabilidade de ser 110 milhões: P (A ∩ B) = ?
P (A U B) = 100% = 1
Utilizando a regra da união de dois eventos, temos:
P (A U B) = P(A) + P(B) – P (A ∩ B)
1 = 0,95 + 0,08 - P (A ∩ B)
P (A ∩ B) = 0,95 + 0,08 - 1
P (A ∩ B) = 0,03 = 3%

Probabilidade condicional
Vamos considerar os eventos A e B de um espaço amostral S, definimos como probabilidade
𝐴
condicional do evento A, tendo ocorrido o evento B e indicado por P(A | B) ou 𝑃 (𝐵), a razão:

𝒏(𝑨 ∩ 𝑩) 𝑷(𝑨 ∩ 𝑩)
𝑷(𝑨|𝑩) = =
𝒏(𝑩) 𝑷(𝑩)

Lemos P (A | B) como: a probabilidade de A “dado que” ou “sabendo que” a probabilidade de B.


Exemplo:
No lançamento de 2 dados, observando as faces de cima, para calcular a probabilidade de sair o
número 5 no primeiro dado, sabendo que a soma dos 2 números é maior que 7.
Montando temos:

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1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
S = {(1,1), (1,2), (1,3), (1,4), (1,5), (1,6), (2,1), (2,2), (2,3), (2,4), (2,5), (2,6), (3,1), (3,2), (3,3), (3,4),
(3,5), (3,6), (4,1), (4,2), (4,3), (4,4), (4,5), (4,6), (5,1), (5,2), (5,3), (5,4), (5,5), (5,6), (6,1), (6,2), (6,3), (6,4),
(6,5), (6,6)}
Evento A: o número 5 no primeiro dado.
A = {(5,1), (5,2), (5,3), (5,4), (5,5), (5,6)}

Evento B: a soma dos dois números é maior que 7.


B = {(2,6), (3,5), (3,6), (4,4), (4,5), (4,6), (5,3), (5,4), (5,5), (5,6), (6,2), (6,3), (6,4), (6,5), (6,6)}

A ∩ B = {(5,3), (5,4), (5,5), (5,6)}


P (A ∩ B) = 4/36
P(B) = 15/36
Logo:
4
𝑃(𝐴 ∩ 𝐵) 36 4 36 4
𝑃(𝐴|𝐵) = = = . =
𝑃(𝐵) 15 36 15 15
36

Probabilidade de dois eventos simultâneos (ou sucessivos)


A probabilidade de ocorrer P (A ∩ B) é igual ao produto de um deles pela probabilidade do outro em
relação ao primeiro. Isto significa que, para se avaliar a probabilidade de ocorrem dois eventos
simultâneos (ou sucessivos), que é P (A ∩ B), é preciso multiplicar a probabilidade de ocorrer um deles
P(B) pela probabilidade de ocorrer o outro, sabendo que o primeiro já ocorreu P (A | B).
Sendo:

𝐏(𝐀 ∩ 𝐁) 𝐏(𝐀 ∩ 𝐁)
𝐏(𝐀|𝐁) = 𝐨𝐮 𝐏(𝐁|𝐀) =
𝐏(𝐁) 𝐏(𝐀)

- Eventos independentes: dois eventos A e B de um espaço amostral S são independentes quando


P(A|B) = P(A) ou P(B|A) = P(B). Sendo os eventos A e B independentes, temos:

P (A ∩ B) = P(A). P(B)

Exemplo:
Lançando-se simultaneamente um dado e uma moeda, determine a probabilidade de se obter 3 ou 5
na dado e cara na moeda.
Sendo, c = coroa e k = cara.

S = {(1,c), (1,k), (2,c), (2,k), (3,c), (3,k), (4,c), (4,k), (5,c), (5,k), (6,c), (6,k)}
Evento A: 3 ou 5 no dado
A = {(3,c), (3,k), (5,c), (5,k)}
4 1
𝑃(𝐴) = =
12 3

Evento B: cara na moeda


B = {(1,k), (2,k), (3,k), (4,k), (5,k), (6,k)}
6 1
𝑃(𝐵) = =
12 2

Os eventos são independentes, pois o fato de ocorrer o evento A não modifica a probabilidade de
ocorrer o evento B. Com isso temos:
P (A ∩ B) = P(A). P(B)
1 1 1
𝑃(𝐴 ∩ 𝐵) = . =
3 2 6

Observamos que A ∩ B = {(3,k), (5,k)} e a P (A ∩ B) poder ser calculada também por:


𝑛(𝐴 ∩ 𝐵) 2 1
𝑃(𝐴 ∩ 𝐵) = = =
𝑛(𝑆) 12 6

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No entanto nem sempre chegar ao n(A ∩ B) nem sempre é fácil dependendo do nosso espaço
amostral.

Lei Binomial de probabilidade


Vamos considerar um experimento que se repete n número de vezes. Em cada um deles temos:
P(E) = p, que chamamos de probabilidade de ocorrer o evento E com sucesso.
P(𝐸̅ ) = 1 – p, probabilidade de ocorrer o evento E com insucesso (fracasso).

A probabilidade do evento E ocorrer k vezes, das n que o experimento se repete é dado por uma lei
binomial.

A probabilidade de ocorrer k vezes o evento E e (n - k) vezes o evento 𝐸̅ é o produto: pk . (1 – p)n - k

As k vezes do evento E e as (n – k) vezes do evento 𝐸̅ podem ocupar qualquer ordem. Então,


precisamos considerar uma permutação de n elementos dos quais há repetição de k elementos e de (n –
k) elementos, em outras palavras isso significa:
𝑛!
𝑃𝑛 [𝑘,(𝑛−𝑘)] = = (𝑛𝑘), logo a probabilidade de ocorrer k vezes o evento E no n experimentos é
𝑘.(𝑛−𝑘)!
dada:
𝒏
𝒑 = ( ) . 𝒑𝒌 . 𝒒𝒏−𝒌
𝒌

A lei binomial deve ser aplicada nas seguintes condições:

- O experimento deve ser repetido nas mesmas condições as n vezes.


- Em cada experimento devem ocorrer os eventos E e 𝐸̅ .
- A probabilidade do E deve ser constante em todas as n vezes.
- Cada experimento é independente dos demais.

Exemplo:
Lançando-se uma moeda 4 vezes, qual a probabilidade de ocorrência 3 caras?
Está implícito que ocorrerem 3 caras deve ocorrer uma coroa. Umas das possíveis situações, que
satisfaz o problema, pode ser:

Temos que:
n=4
k=3
1 1
̅̅̅ = 1 −
𝑃(𝐸) = , 𝑃(𝐸)
2 2

Logo a probabilidade de que essa situação ocorra é dada por:


1 3 1 1
(2) . (1 − 2) , como essa não é a única situação de ocorre 3 caras e 1 coroa. Vejamos:

. 119
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1 3 1 1
Podemos também resolver da seguinte forma: (43) maneiras de ocorrer o produto ( ) . (1 − ) ,
2 2
portanto:
4 1 3 1 1 1 1 1
𝑃(𝐸) = ( ) . ( ) . (1 − ) = 4. . =
3 2 2 8 2 4

Questões

01. (BANESTES – Técnico em Segurança do Trabalho – FGV/2018) Dados os conjuntos A = {1, 2,


3} e B = {4, 5, 6, 7}, João escolhe ao acaso um elemento de cada um deles. A probabilidade de que o
produto dos dois elementos escolhidos seja um número par é:

(A) 1/4;
(B) 1/3;
(C) 1/2;
(D) 2/3;
(E) 3/4.

02. (ENEM - CESGRANRIO) Em uma escola, a probabilidade de um aluno compreender e falar inglês
é de 30%. Três alunos dessa escola, que estão em fase final de seleção de intercâmbio, aguardam, em
uma sala, serem chamados para uma entrevista. Mas, ao invés de chamá-los um a um, o entrevistador
entra na sala e faz, oralmente, uma pergunta em inglês que pode ser respondida por qualquer um dos
alunos.
A probabilidade de o entrevistador ser entendido e ter sua pergunta oralmente respondida em inglês é
(A) 23,7%
(B) 30,0%
(C) 44,1%
(D) 65,7%
(E) 90,0%

03. (ENEM - CESGRANRIO) Em uma central de atendimento, cem pessoas receberam senhas
numeradas de 1 até 100. Uma das senhas é sorteada ao acaso.
Qual é a probabilidade de a senha sorteada ser um número de 1 a 20?
(A) 1/100
(B) 19/100
(C) 20/100
(D) 21/100
(E) 80/100

04. (Pref. Niterói – Agente Fazendário – FGV) O quadro a seguir mostra a distribuição das idades
dos funcionários de certa repartição pública:

Escolhendo ao acaso um desses funcionários, a probabilidade de que ele tenha mais de 40 anos é:
(A) 30%;
(B) 35%;

. 120
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(C) 40%;
(D) 45%;
(E) 55%.

05. (Pref. Niterói – Fiscal de Posturas – FGV) Uma urna contém apenas bolas brancas e bolas pretas.
São vinte bolas ao todo e a probabilidade de uma bola retirada aleatoriamente da urna ser branca é 1/5.
Duas bolas são retiradas da urna sucessivamente e sem reposição.
A probabilidade de as duas bolas retiradas serem pretas é:
(A) 16/25;
(B) 16/19;
(C) 12/19;
(D) 4/5;
(E) 3/5.

06. (TJ/RO – Técnico Judiciário – FGV) Um tabuleiro de damas tem 32 quadradinhos pretos e 32
quadradinhos brancos.

Um desses 64 quadradinhos é sorteado ao acaso.


A probabilidade de que o quadradinho sorteado seja um quadradinho preto da borda do tabuleiro é:
(A) ½;
(B) ¼;
(C) 1/8;
(D) 9/16;
(E) 7/32.

07. (Pref. Jucás/CE – Professor de Matemática – INSTITUTO NEO EXITUS) Fernanda organizou
um sorteio de amigo secreto entre suas amigas. Para isso, escreveu em pedaços de papel o nome de
cada uma das 10 pessoas (incluindo seu próprio nome) que participariam desse sorteio e colocou dentro
de um saco. Fernanda, como organizadora, foi a primeira a retirar um nome de dentro do saco. A
probabilidade de Fernanda retirar seu próprio nome é:
(A) 3/5.
(B) 2/10.
(C) 1/10.
(D) ½.
(E) 2/3.

08. (Corpo de Bombeiros Militar/MT – Oficial Bombeiro Militar – COVEST – UNEMAT) Uma loja
de eletrodoméstico tem uma venda mensal de sessenta ventiladores. Sabe-se que, desse total, seis
apresentam algum tipo de problema nos primeiros seis meses e precisam ser levados para o conserto
em um serviço autorizado.
Um cliente comprou dois ventiladores. A probabilidade de que ambos não apresentem problemas nos
seis primeiros meses é de aproximadamente:
(A) 90%
(B) 81%
(C) 54%
(D) 11%
(E) 89%

09. (Corpo de Bombeiros Militar/MT – Oficial Bombeiro Militar – COVEST – UNEMAT) Em uma
caixa estão acondicionados uma dúzia e meia de ovos. Sabe-se, porém, que três deles estão impróprios
para o consumo.
Se forem escolhidos dois ovos ao acaso, qual a probabilidade de ambos estarem estragados?
(A) 2/153

. 121
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(B) 1/9
(C) 1/51
(D) 1/3
(E) 4/3

Comentários

01. Resposta: D.
Vamos fazer o total de possíveis resultados entre os conjuntos A e B.
Como em A temos 3 elementos e em B temos 4 elementos, teremos um total de 12 possibilidades de
fazer A vezes B,
Vamos ver quais serão pares agora:
A = {1, 2, 3} e B = {4, 5, 6, 7},
A.B
1.4=4
1.6=6
2.4=8
2 . 5 = 10
2 . 6 = 12
2 . 7 = 14
3 . 4 = 12
3 . 6 = 18
Assim, teremos 8 possibilidades de um total de 12, logo a probabilidade desse número ser par será de
8/12 = 2/3 (simplificando a fração)

02. Resposta: D.
A probabilidade de nenhum dos três alunos responder à pergunta feita pelo entrevistador é
0,70 . 0,70 . 0,70 = 0,343 = 34,3%
Portanto, a possibilidade dele ser entendido é de: 100% – 34 ,3% = 65,7%

03. Resposta: C.
A probabilidade de a senha sorteada ser um número de 1 a 20 é 20/100, pois são 20 números entre
100.

04. Resposta: D.
O espaço amostral é a soma de todos os funcionário:
2 + 8 + 12 + 14 + 4 = 40
O número de funcionário que tem mais de 40 anos é: 14 + 4 = 18
Logo a probabilidade é:
18
𝑃(𝐸) = = 0,45 = 45%
40

05. Resposta: C.
B = bolas brancas
T = bolas pretas
Total 20 bolas = S (espaço amostral)
P(B) = 1/5
𝑛(𝐵) 1 𝑛(𝐵) 20
𝑃(𝐵) = → = → 𝑛(𝐵) = =4
𝑛(𝑆) 5 20 5

Logo 20 – 4 = 16 bolas pretas


𝑛(𝑇) 16 4
𝑃(𝑇1) = = =
𝑛(𝑆) 20 5

Como não há reposição a probabilidade da 2º bola ser preta é:

𝑛(𝑇) 15
𝑃(𝑇2) = =
𝑛(𝑆) 19

. 122
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
Como os eventos são independentes multiplicamos as probabilidades:
4 15 60 12
. = =
5 19 95 19

06. Resposta: E.
Como são 14 quadrinhos pretos na borda e 64 quadradinhos no total, logo a probabilidade será de:
14 7
𝑃(𝐸) = =
64 32

07. Resposta: C.
𝑟𝑒𝑡𝑖𝑟𝑎𝑑𝑜
A probabilidade é calculada por 𝑃 = 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
1
Assim, 𝑃 = 10

08. Resposta: B.
6 / 60 = 0,1 = 10% de ter problema
Assim, se 10% tem problemas, então 90% não apresentam problemas.
90 90 8100
𝑃= .
100 100
= 10000
= 81%

09. Resposta: C.
3 2 6 1
𝑃 = 18 . 17 = 306 = 51
(: 6 / 6)

7 Descrição e análise de dados. 7.1 Leitura e interpretação de tabelas e gráficos


apresentados em diferentes linguagens e representações

TABELAS E GRÁFICOS

O nosso cotidiano é permeado das mais diversas informações, sendo muito delas expressas em
formas de tabelas e gráficos12, as quais constatamos através do noticiários televisivos, jornais, revistas,
entre outros. Os gráficos e tabelas fazem parte da linguagem universal da Matemática, e compreensão
desses elementos é fundamental para a leitura de informações e análise de dados.
A parte da Matemática que organiza e apresenta dados numéricos e a partir deles fornecer conclusões
é chamada de Estatística.

Tabelas: as informações nela são apresentadas em linhas e colunas, possibilitando uma melhor
leitura e interpretação. Exemplo:

Fonte: SEBRAE

Observação: nas tabelas e nos gráficos podemos notar que a um título e uma fonte. O título é utilizado
para evidenciar a principal informação apresentada, e a fonte identifica de onde os dados foram obtidos.

Tipos de Gráficos

12
https://www.infoenem.com.br
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br

. 123
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
Gráfico de linhas: são utilizados, em geral, para representar a variação de uma grandeza em certo
período de tempo.
Marcamos os pontos determinados pelos pares ordenados (classe, frequência) e os ligados por
segmentos de reta. Nesse tipo de gráfico, apenas os extremos dos segmentos de reta que compõem a
linha oferecem informações sobre o comportamento da amostra. Exemplo:

Gráfico de barras: também conhecido como gráficos de colunas, são utilizados, em geral, quando há
uma grande quantidade de dados. Para facilitar a leitura, em alguns casos, os dados numéricos podem
ser colocados acima das colunas correspondentes. Eles podem ser de dois tipos: barras verticais e
horizontais.

Gráfico de barras verticais: as frequências são indicadas em um eixo vertical. Marcamos os pontos
determinados pelos pares ordenados (classe, frequência) e os ligamos ao eixo das classes por meio de
barras verticais. Exemplo:

Gráfico de barras horizontais: as frequências são indicadas em um eixo horizontal. Marcamos os


pontos determinados pelo pares ordenados (frequência, classe) e os ligamos ao eixo das classes por
meio de barras horizontais. Exemplo:

Observação: em um gráfico de colunas, cada barra deve ser proporcional à informação por ela
representada.

Gráfico de setores: são utilizados, em geral, para visualizar a relação entre as partes e o todo.

. 124
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
Dividimos um círculo em setores, com ângulos de medidas diretamente proporcionais às frequências
de classes. A medida α, em grau, do ângulo central que corresponde a uma classe de frequência F é
dada por:
360°
𝛼= .𝐹
𝐹𝑡
Onde:
Ft = frequência total

Exemplo

Para acharmos a frequência relativa, podemos fazer uma regra de três simples:
400 --- 100%
160 --- x
x = 160 .100/ 400 = 40%, e assim sucessivamente.

Aplicando a fórmula teremos:

360° 360°
−𝐹𝑢𝑡𝑒𝑏𝑜𝑙: 𝛼 = .𝐹 → 𝛼 = . 160 → 𝛼 = 144°
𝐹𝑡 400

360° 360°
−𝑉ô𝑙𝑒𝑖: 𝛼 = .𝐹 → 𝛼 = . 120 → 𝛼 = 108°
𝐹𝑡 400

360° 360°
−𝐵𝑎𝑠𝑞𝑢𝑒𝑡𝑒: 𝛼 = .𝐹 → 𝛼 = . 60 → 𝛼 = 54°
𝐹𝑡 400

360° 360°
−𝑁𝑎𝑡𝑎çã𝑜: 𝛼 = .𝐹 → 𝛼 = . 20 → 𝛼 = 18°
𝐹𝑡 400

Como o gráfico é de setores, os dados percentuais serão distribuídos levando-se em conta a proporção
da área a ser representada relacionada aos valores das porcentagens. A área representativa no gráfico
será demarcada da seguinte maneira:

Com as informações, traçamos os ângulos da circunferência e assim montamos o gráfico:

. 125
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
Pictograma ou gráficos pictóricos: em alguns casos, certos gráficos, encontrados em jornais,
revistas e outros meios de comunicação, apresentam imagens relacionadas ao contexto. Eles são
desenhos ilustrativos. Exemplo:

Histograma: o consiste em retângulos contíguos com base nas faixas de valores da variável e com
área igual à frequência relativa da respectiva faixa. Desta forma, a altura de cada retângulo é denominada
densidade de frequência ou simplesmente densidade definida pelo quociente da área pela amplitude da
faixa. Alguns autores utilizam a frequência absoluta ou a porcentagem na construção do histograma, o
que pode ocasionar distorções (e, consequentemente, más interpretações) quando amplitudes diferentes
são utilizadas nas faixas. Exemplo:

Polígono de Frequência: semelhante ao histograma, mas construído a partir dos pontos médios das
classes. Exemplo:

. 126
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Gráfico de Ogiva: apresenta uma distribuição de frequências acumuladas, utiliza uma poligonal
ascendente utilizando os pontos extremos.

Cartograma: é uma representação sobre uma carta geográfica. Este gráfico é empregado quando o
objetivo é de figurar os dados estatísticos diretamente relacionados com áreas geográficas ou políticas.

Interpretação de tabelas e gráficos

Para uma melhor interpretação de tabelas e gráficos devemos ter em mente algumas considerações:
- Observar primeiramente quais informações/dados estão presentes nos eixos vertical e horizontal,
para então fazer a leitura adequada do gráfico;
- Fazer a leitura isolada dos pontos.
- Leia com atenção o enunciado e esteja atento ao que pede o enunciado.

. 127
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
Exemplos

(Enem) O termo agronegócio não se refere apenas à agricultura e à pecuária, pois as atividades
ligadas a essa produção incluem fornecedores de equipamentos, serviços para a zona rural,
industrialização e comercialização dos produtos.
O gráfico seguinte mostra a participação percentual do agronegócio no PIB brasileiro:

Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA).


Almanaque abril 2010. São Paulo: Abril, ano 36 (adaptado)

Esse gráfico foi usado em uma palestra na qual o orador ressaltou uma queda da participação do
agronegócio no PIB brasileiro e a posterior recuperação dessa participação, em termos percentuais.
Segundo o gráfico, o período de queda ocorreu entre os anos de
A) 1998 e 2001.
B) 2001 e 2003.
C) 2003 e 2006.
D) 2003 e 2007.
E) 2003 e 2008.

Resolução

Segundo o gráfico apresentado na questão, o período de queda da participação do agronegócio no


PIB brasileiro se deu no período entre 2003 e 2006. Esta informação é extraída através de leitura direta
do gráfico: em 2003 a participação era de 28,28%, caiu para 27,79% em 2004, 25,83% em 2005,
chegando a 23,92% em 2006 – depois deste período, a participação volta a aumentar.
Resposta: C

(Enem) O gráfico mostra a variação da extensão média de gelo marítimo, em milhões de quilômetros
quadrados, comparando dados dos anos 1995, 1998, 2000, 2005 e 2007. Os dados correspondem aos
meses de junho a setembro. O Ártico começa a recobrar o gelo quando termina o verão, em meados de
setembro. O gelo do mar atua como o sistema de resfriamento da Terra, refletindo quase toda a luz solar
de volta ao espaço. Águas de oceanos escuros, por sua vez, absorvem a luz solar e reforçam o
aquecimento do Ártico, ocasionando derretimento crescente do gelo.

Com base no gráfico e nas informações do texto, é possível inferir que houve maior aquecimento global
em
(A)1995.
(B)1998.
(C) 2000.
(D)2005.
(E)2007.

Resolução

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1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
O enunciado nos traz uma informação bastante importante e interessante, sendo chave para a
resolução da questão. Ele associa a camada de gelo marítimo com a reflexão da luz solar e
consequentemente ao resfriamento da Terra. Logo, quanto menor for a extensão de gelo marítimo, menor
será o resfriamento e portanto maior será o aquecimento global.
O ano que, segundo o gráfico, apresenta a menor extensão de gelo marítimo, é 2007.

Resposta: E

Mais alguns exemplos:

01. Todos os objetos estão cheios de água.

Qual deles pode conter exatamente 1 litro de água?


(A) A caneca
(B) A jarra
(C) O garrafão
(D) O tambor

O caminho é identificar grandezas que fazem parte do dia a dia e conhecer unidades de medida, no
caso, o litro. Preste atenção na palavra exatamente, logo a resposta está na alternativa B.

02. No gráfico abaixo, encontra-se representada, em bilhões de reais, a arrecadação de impostos


federais no período de 2003 a 2006. Nesse período, a arrecadação anual de impostos federais:

(A) nunca ultrapassou os 400 bilhões de reais.


(B) sempre foi superior a 300 bilhões de reais.
(C) manteve-se constante nos quatro anos.
(D) foi maior em 2006 que nos outros anos.
(E) chegou a ser inferior a 200 bilhões de reais.

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Analisando cada alternativa temos que a única resposta correta é a D.

Questões

01. (Pref. Fortaleza/CE – Pedagogia – Pref. Fortaleza) “Estar alfabetizado, neste final de século,
supõe saber ler e interpretar dados apresentados de maneira organizada e construir representações, para
formular e resolver problemas que impliquem o recolhimento de dados e a análise de informações. Essa
característica da vida contemporânea traz ao currículo de Matemática uma demanda em abordar
elementos da estatística, da combinatória e da probabilidade, desde os ciclos iniciais” (BRASIL, 1997).
Observe os gráficos e analise as informações.

A partir das informações contidas nos gráficos, é correto afirmar que:


(A) nos dias 03 e 14 choveu a mesma quantidade em Fortaleza e Florianópolis.
(B) a quantidade de chuva acumulada no mês de março foi maior em Fortaleza.
(C) Fortaleza teve mais dias em que choveu do que Florianópolis.
(D) choveu a mesma quantidade em Fortaleza e Florianópolis.

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02. (DEPEN – Agente Penitenciário Federal – CESPE)

Ministério da Justiça — Departamento Penitenciário Nacional


— Sistema Integrado de Informações Penitenciárias – InfoPen,
Relatório Estatístico Sintético do Sistema Prisional Brasileiro,
dez./2013 Internet:<www.justica.gov.br> (com adaptações)

A tabela mostrada apresenta a quantidade de detentos no sistema penitenciário brasileiro por


região em 2013. Nesse ano, o déficit relativo de vagas — que se define pela razão entre o déficit de
vagas no sistema penitenciário e a quantidade de detentos no sistema penitenciário — registrado
em todo o Brasil foi superior a 38,7%, e, na média nacional, havia 277,5 detentos por 100 mil
habitantes.
Com base nessas informações e na tabela apresentada, julgue o item a seguir.
Em 2013, mais de 55% da população carcerária no Brasil se encontrava na região Sudeste.
( )certo ( ) errado

03. (TJ/SP – Estatístico Judiciário – VUNESP) A distribuição de salários de uma empresa com
30 funcionários é dada na tabela seguinte.

Salário (em salários mínimos) Funcionários


1,8 10
2,5 8
3,0 5
5,0 4
8,0 2
15,0 1

Pode-se concluir que


(A) o total da folha de pagamentos é de 35,3 salários.
(B) 60% dos trabalhadores ganham mais ou igual a 3 salários.
(C) 10% dos trabalhadores ganham mais de 10 salários.
(D) 20% dos trabalhadores detêm mais de 40% da renda total.
(E) 60% dos trabalhadores detêm menos de 30% da renda total.

04. (TJ/SP – Estatístico Judiciário – VUNESP) Considere a tabela de distribuição de frequência


seguinte, em que xi é a variável estudada e fi é a frequência absoluta dos dados.

xi fi
30-35 4
35-40 12
40-45 10
45-50 8
50-55 6
TOTAL 40
Assinale a alternativa em que o histograma é o que melhor representa a distribuição de
frequência da tabela.

. 131
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05. (SEJUS/ES – Agente Penitenciário – VUNESP) Observe os gráficos e analise as afirmações
I, II e III.

I. Em 2010, o aumento percentual de matrículas em cursos tecnológicos, comparado com 2001,


foi maior que 1000%.
II. Em 2010, houve 100,9 mil matrículas a mais em cursos tecnológicos que no ano anterior.
III. Em 2010, a razão entre a distribuição de matrículas no curso tecnológico presencial e à
distância foi de 2 para 5.
É correto o que se afirma em
(A) I e II, apenas.
(B) II, apenas.
(C) I, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.

. 132
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06. (DEPEN – Agente Penitenciário Federal – CESPE)

A partir das informações e do gráfico apresentados, julgue o item que se segue.


Se os percentuais forem representados por barras verticais, conforme o gráfico a seguir, então
o resultado será denominado histograma.

( ) Certo ( ) Errado

Comentários

01. Resposta: C.
A única alternativa que contém a informação correta com ao gráficos é a C.

02. Resposta: CERTO.


555----100%
306----x
X=55,13%

03. Resposta: D.
(A) 1,8*10+2,5*8+3,0*5+5,0*4+8,0*2+15,0*1=104 salários
(B) 60% de 30, seriam 18 funcionários, portanto essa alternativa é errada, pois seriam 12.
(C)10% são 3 funcionários
(D) 40% de 104 seria 41,6
20% dos funcionários seriam 6, alternativa correta, pois5*3+8*2+15*1=46, que já é maior.
(E) 6 dos trabalhadores: 18
30% da renda: 31,20, errada pois detêm mais.

04. Resposta: A.
A menor deve ser a da primeira 30-35
Em seguida, a de 55
Depois de 45-50 na ordem 40-45 e 35-40

05. Resposta: E.
I- 69,8------100%
781,6----x

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X=1119,77

II- 781,6-680,7=100,9
10 2
III- 25 = 5

06. Resposta: ERRADO.


Como foi visto na teoria, há uma faixa de valores no eixo x e não simplesmente um dado.

7.2 Cálculo de médias e análise de desvios de conjuntos de dados

MÉDIA ARITMÉTICA

Considere um conjunto numérico A = {x1; x2; x3; ...; xn} e efetue uma certa operação com todos os
elementos de A.
Se for possível substituir cada um dos elementos do conjunto A por um número x de modo que o
resultado da operação citada seja o mesmo diz – se, por definição, que x será a média dos elementos de
A relativa a essa operação.

Média Aritmética Simples13

A média dos elementos do conjunto numérico A relativa à adição é chamada média aritmética.

Cálculo da média aritmética


Se x for a média aritmética dos elementos do conjunto numérico A = {x1; x2; x3; ...; xn}, então, por
definição:

A média aritmética(x) dos n elementos do conjunto numérico A é a soma de todos os seus


elementos, dividida pelo número de elementos n.

Exemplos:
1) Calcular a média aritmética entre os números 3, 4, 6, 9, e 13.
Se x for a média aritmética dos elementos do conjunto (3, 4, 6, 9, 13), então x será a soma dos 5
elementos, dividida por 5. Assim:

3 + 4 + 6 + 9 + 13 35
𝑥= ↔𝑥= ↔𝑥=7
5 5

A média aritmética é 7.

2) Os gastos (em reais) de 15 turistas em Porto Seguro estão indicados a seguir:


65 – 80 – 45 – 40 – 65 – 80 – 85 – 90
75 – 75 – 70 – 75 – 75 – 90 – 65

Se somarmos todos os valores teremos:

65 + 80 + 45 + 40 + 65+, , , +90 + 65 1075


𝑥= = = 71,70
15 15

Assim podemos concluir que o gasto médio do grupo de turistas foi de R$ 71,70.

13
IEZZI, Gelson – Matemática – Volume Único

. 134
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
Questões

01. (Câmara Municipal de São José dos Campos/SP – Analista Técnico Legislativo – Designer
Gráfico – VUNESP) Na festa de seu aniversário em 2014, todos os sete filhos de João estavam
presentes. A idade de João nessa ocasião representava 2 vezes a média aritmética da idade de seus
filhos, e a razão entre a soma das idades deles e a idade de João valia
(A) 1,5.
(B) 2,0.
(C) 2,5.
(D) 3,0.
(E) 3,5.

02. (TJ/SC - Técnico Judiciário - Auxiliar TJ-SC) Os censos populacionais produzem informações
que permitem conhecer a distribuição territorial e as principais características das pessoas e dos
domicílios, acompanhar sua evolução ao longo do tempo, e planejar adequadamente o uso sustentável
dos recursos, sendo imprescindíveis para a definição de políticas públicas e a tomada de decisões de
investimento. Constituem a única fonte de referência sobre a situação de vida da população nos
municípios e em seus recortes internos – distritos, bairros e localidades, rurais ou urbanos – cujas
realidades socioeconômicas dependem dos resultados censitários para serem conhecidas.
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/default.shtm
(Acesso dia 29/08/2011)
Um dos resultados possíveis de se conhecer, é a distribuição entre homens e mulheres no território
brasileiro. A seguir parte da pirâmide etária da população brasileira disponibilizada pelo IBGE.

http://www.ibge.gov.br/censo2010/piramide_etaria/index.php
(Acesso dia 29/08/2011)
O quadro abaixo, mostra a distribuição da quantidade de homens e mulheres, por faixa etária de uma
determinada cidade. (Dados aproximados)
Considerando somente a população masculina dos 20 aos 44 anos e com base no quadro abaixo a
frequência relativa, dos homens, da classe [30, 34] é:

(A) 64%.
(B) 35%.
(C) 25%.
(D) 29%.
(E) 30%.

03. (EsSA - Sargento - Conhecimentos Gerais - Todas as Áreas – EB) Em uma turma a média
aritmética das notas é 7,5. Sabe-se que a média aritmética das notas das mulheres é 8 e das notas dos
homens é 6. Se o número de mulheres excede o de homens em 8, pode-se afirmar que o número total
de alunos da turma é
(A) 4.
(B) 8.
(C) 12.
(D) 16.

. 135
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
(E) 20.

04. (SAP/SP - Oficial Administrativo – VUNESP) A altura média, em metros, dos cinco ocupantes de
um carro era y. Quando dois deles, cujas alturas somavam 3,45 m, saíram do carro, a altura média dos
que permaneceram passou a ser 1,8 m que, em relação à média original y, é
(A) 3 cm maior.
(B) 2 cm maior.
(C) igual.
(D) 2 cm menor.
(E) 3 cm menor.

05. (PC/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) Em uma empresa com 5 funcionários, a soma dos
dois menores salários é R$ 4.000,00, e a soma dos três maiores salários é R$ 12.000,00. Excluindo-se o
menor e o maior desses cinco salários, a média dos 3 restantes é R$ 3.000,00, podendo-se concluir que
a média aritmética entre o menor e o maior desses salários é igual a
(A) R$ 3.500,00.
(B) R$ 3.400,00.
(C) R$ 3.050,00.
(D) R$ 2.800,00.
(E) R$ 2.500,00.

Comentários

01. Alternativa: E.
Foi dado que: J = 2.M
𝑎+𝑏+⋯+𝑔
𝐽= = 2. 𝑀 (I)
7

𝑎+𝑏+⋯+𝑔
Foi pedido: 𝐽
=?

Na equação ( I ), temos que:


𝑎+𝑏+⋯+𝑔
7= 𝐽

7 𝑎+𝑏+⋯+𝑔
2
= 𝑀

𝑎 + 𝑏 + ⋯+ 𝑔
= 3,5
𝑀

02. Alternativa: E.
[30, 34] = 600, somatória de todos os homens é: 300+400+600+500+200= 2000
600 600
= = 0,3 . (100) = 30%
300+400+600+500+200 2000

03. Alternativa: D.
Do enunciado temos m = h + 8 (sendo m = mulheres e h = homens).
𝑆
A média da turma é 7,5, sendo S a soma das notas: 𝑚+ℎ = 7,5 → 𝑆 = 7,5(𝑚 + ℎ)

𝑆1
A média das mulheres é 8, sendo S1 a soma das notas: 𝑚
= 8 → 𝑆1 = 8𝑚

𝑆2
A média dos homens é 6, sendo S2 a soma das notas: ℎ
= 6 → 𝑆2 = 6ℎ

Somando as notas dos homens e das mulheres:


S1 + S2 = S

. 136
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
8m + 6h = 7,5(m + h)
8m + 6h = 7,5m + 7,5h
8m – 7,5m = 7,5h – 6h
0,5m =1,5h
1,5ℎ
𝑚 = 0,5
𝑚 = 3ℎ
h + 8 = 3h
8 = 3h – h
8 = 2h → h = 4
m = 4 + 8 = 12
Total de alunos = 12 + 4 = 16

04. Alternativa: A.
Sendo S a soma das alturas e y a média, temos:
𝑆
5
= 𝑦 → S = 5y

𝑆−3,45
= 1,8 → S – 3,45 = 1,8.3
3
S – 3,45 = 5,4
S = 5,4 + 3,45
S = 8,85, então:
5y = 8,85
y = 8,85 : 5 = 1,77
1,80 – 1,77 = 0,03 m = 3 cm a mais.

05. Alternativa: A.
x1 + x2 + x3 + x4 + x5
x1 + x2 = 4000
x3 + x4 + x5 = 12000

𝑥2 + 𝑥3 + 𝑥4
= 3000
3

x2 + x3 + x4 = 9000
𝑥1 + 𝑥2 + 𝑥3 + 𝑥4 + 𝑥5 = 4000 + 12000 = 16000

Sendo 𝑥1 𝑒 𝑥5 o menor e o maior salário, respectivamente:


𝑥1 + 9000 + 𝑥5 = 16000

𝑥1 + 𝑥5 = 16000 − 9000 = 7000

Então, a média aritmética:


𝑥1 + 𝑥2 7000
= = 3500
2 2

Média Aritmética Ponderada

A média dos elementos do conjunto numérico A relativa à adição e na qual cada elemento tem um
“determinado peso” é chamada média aritmética ponderada14.

Cálculo da média aritmética ponderada


Se x for a média aritmética ponderada dos elementos do conjunto numérico A = {x1; x2; x3; ...; xn} com
“pesos” P1; P2; P3; ...; Pn, respectivamente, então, por definição:

P1 . x + P2 . x + P3 . x + ... + Pn . x =

14
IEZZI, Gelson – Matemática – Volume Único

. 137
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
= P1 . x1 + P2 . x2 + P3 . x3 + ... + Pn . xn ↔ (P1 + P2 + P3 + ... + Pn) . x =
= P1 . x1 + P2 . x2 + P3 . x3 + ... + Pn . xn e, portanto,

𝑥1 ; 𝑥2 ; 𝑥3 ; …; 𝑥𝑛
Observe que se P1 = P2 = P3 = ... = Pn = 1, então 𝑥 = 𝑛
: que é a média aritmética simples.

A média aritmética ponderada dos n elementos do conjunto numérico A é a soma dos produtos
de cada elemento multiplicado pelo respectivo peso, dividida pela soma dos pesos.

Exemplos:
1) Calcular a média aritmética ponderada dos números 35, 20 e 10 com pesos 2, 3, e 5,
respectivamente.

Se x for a média aritmética ponderada, então:

2 .35 + 3 .20 + 5 .10 70 + 60 + 50 180


𝑥= ↔𝑥= ↔𝑥= ↔ 𝑥 = 18
2+3+5 10 10

A média aritmética ponderada é 18.

2) Em um dia de pesca nos rios do pantanal, uma equipe de pescadores anotou a quantidade de peixes
capturada de cada espécie e o preço pelo qual eram vendidos a um supermercado em Campo Grande.

Tipo de peixe Quilo de peixe pescado Preço por quilo


Peixe A 18 R$ 3,00
Peixe B 10 R$ 5,00
Peixe C 6 R$ 9,00

Vamos determinar o preço médio do quilograma do peixe vendido pelos pescadores ao supermercado.
Considerando que a variável em estudo é o preço do quilo do peixe e fazendo a leitura da tabela,
concluímos que foram pescados 18 kg de peixe ao valor unitário de R$ 3,00, 10 kg de peixe ao valor
unitário de R$ 5,00 e 6 kg de peixe ao valor de R$ 9,00.
Vamos chamar o preço médio de p:

18𝑥3,00 + 10𝑥5,00 + 6𝑥9,00 54 + 50 + 54 158


𝑝= = = = 4,65 𝑟𝑒𝑎𝑖𝑠
18 + 10 + 6 34 34

Neste caso o fator de ponderação foi a quantidade de peixes capturadas de cada espécie.

A palavra média, sem especificações (aritmética ou ponderada), deve ser entendida como média
aritmética.

Questões

01. (EPCAR – Cadete – EPCAR) Um líquido L1 de densidade 800 g/l será misturado a um líquido L2
de densidade 900 g/l Tal mistura será homogênea e terá a proporção de 3 partes de L1 para cada 5 partes
de L2 A densidade da mistura final, em g/l, será
(A) 861,5.
(B) 862.
(C) 862,5.
(D) 863.

02. (TJM-SP – Oficial de Justiça – VUNESP) Ao encerrar o movimento diário, um atacadista, que
vende à vista e a prazo, montou uma tabela relacionando a porcentagem do seu faturamento no dia com
o respectivo prazo, em dias, para que o pagamento seja efetuado.

. 138
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
PORCENTUAL DO PRAZO PARA
FATURAMENTO PAGAMENTO (DIAS)
15% À vista
20% 30
35% 60
20% 90
10% 120

O prazo médio, em dias, para pagamento das vendas efetuadas nesse dia, é igual a
(A) 75.
(B) 67.
(C) 60.
(D) 57.
(E) 55.

03. (SEDUC/RJ - Professor – Matemática – CEPERJ) Uma loja de roupas de malha vende camisetas
com malha de três qualidades. Cada camiseta de malha comum custa R$15,00, de malha superior custa
R$24,00 e de malha especial custa R$30,00. Certo mês, a loja vendeu 180 camisetas de malha comum,
150 de malha superior e 70 de malha especial. O preço médio, em reais, da venda de uma camiseta foi
de:
(A) 20.
(B) 20,5.
(C) 21.
(D) 21,5.
(E) 11.

04. (CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP – Programador de Computador –


FIP) A média semestral de um curso é dada pela média ponderada de três provas com peso igual a 1
na primeira prova, peso 2 na segunda prova e peso 3 na terceira. Qual a média de um aluno que tirou
8,0 na primeira, 6,5 na segunda e 9,0 na terceira?
(A) 7,0
(B) 8,0
(C) 7,8
(D) 8,4
(E) 7,2

05. (SESP/MT – Perito Oficial Criminal - Engenharia Civil/Engenharia Elétrica/Física/Matemática


– FUNCAB) A tabela abaixo mostra os valores mensais do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU)
pagos pelos apartamentos de um condomínio. Determine a média aritmética desses valores.

Número de Apartamentos Valor de IPTU Pago


5 R$ 180,00
5 R$ 200,00
10 R$ 220,00
10 R$ 240,00
4 R$ 300,00
6 R$ 400,00

(A) R$ 248,50
(B) R$ 252,50
(C) R$ 255,50
(D) R$ 205,50
(E) R$ 202,50

06. (SAP/SP - AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIA DE CLASSE I – VUNESP) Em uma


seção de uma empresa com 20 funcionários, a distribuição dos salários mensais, segundo os cargos
que ocupam, é a seguinte:

. 139
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
Sabendo-se que o salário médio desses funcionários é de R$ 1.490,00, pode-se concluir que o salário
de cada um dos dois gerentes é de
(A) R$ 2.900,00.
(B) R$ 4.200,00.
(C) R$ 2.100,00.
(D) R$ 1.900,00.
(E) R$ 3.400,00.

07. (UFPE - Assistente em Administração – COVEST) Em um concurso existem provas de


Português, Matemática, Informática e Conhecimentos Específicos, com pesos respectivos 2, 3, 1 e 4. Um
candidato obteve as seguintes notas nas provas de Português, Matemática e Informática:

Disciplina Nota
Português 77
Matemática 62
Informática 72

Se a nota do candidato no concurso foi 80, qual foi a sua nota na prova de Conhecimentos Específicos?
(A) 95
(B) 96
(C) 97
(D) 98
(E) 99

08. (VUNESP – FUNDUNESP – Assistente Administrativo) Um concurso teve duas fases, e, em


cada uma delas, os candidatos foram avaliados com notas que variaram de zero a dez. Para efeito de
classificação, foram consideradas as médias ponderadas de cada candidato, uma vez que os pesos da
1.ª e da 2.ª fases foram 2 e 3, respectivamente. Se um candidato tirou 8 na 1.ª fase e 5 na 2.ª, então é
verdade que sua média ponderada foi
(A) 6,2.
(B) 6,5.
(C) 6,8.
(D) 7,1.
(E) 7,4.

09. (SAAE/SP - Fiscal Leiturista – VUNESP) A tabela mostra os valores de algumas latinhas de
bebidas vendidas em um clube e a quantidade consumida por uma família, em certo dia.

Bebidas (latinha) Valor unitário Quantidade Consumida


Refrigerante R$ 4,00 8
Suco R$ 5,00 6
Cerveja X 4

Considerando-se o número total de latinhas consumidas por essa família nesse dia, na média, o preço
de uma latinha saiu por R$ 5,00. Então, o preço de uma latinha de cerveja era
(A) R$ 5,00.
(B) R$ 5,50.
(C) R$ 6,00.
(D) R$ 6,50.
(E) R$ 7,00.

. 140
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
10. (Instituto de Pesquisas Tecnológicas – Secretária – VUNESP) Em um edifício residencial, 14
unidades pagam uma taxa mensal de condomínio no valor de 930 reais. Para as 28 unidades restantes,
que são menores, a taxa mensal de condomínio também é menor. Sabendo-se que o valor médio da taxa
mensal de condomínio, nesse edifício, é de 750 reais, é correto afirmar que o valor em reais que cada
unidade menor paga mensalmente de condomínio é igual a
(A) 600.
(B) 620.
(C) 660.
(D) 700.
(E) 710.

Comentários

01. Alternativa: C.
3.800+5.900 2400+4500 6900
3+5
= 8
= 8 = 862,5

02. Alternativa: D.
Média aritmética ponderada: multiplicamos o porcentual pelo prazo e dividimos pela soma dos
porcentuais.
15.0+20.30+35.60+20.90+10.120
15+20+35+20+10
=

600+2100+1800+1200
= =
100

5700
= 100
= 57

03. Alternativa: C.
Também média aritmética ponderada.
180.15+150.24+70.30
180+150+70
=

2700+3600+2100
= =
400

8400
= 400
= 21

04. Alternativa: B.
Na média ponderada multiplicamos o peso da prova pela sua nota e dividimos pela soma de todos os
pesos, assim temos:
8.1 + 6,5.2 + 9.3 8 + 13 + 27 48
𝑀𝑃 = = = = 8,0
1+2+3 6 6

05. Alternativa: B.

5.180 + 5.200 + 10.220 + 10.240 + 4.300 + 6.400 10100


𝑀= = = 252,50
5 + 5 + 10 + 10 + 4 + 6 40

06. Alternativa: C.

2𝑥 + 8 ∙ 1700 + 10 ∙ 1200
𝑀é𝑑𝑖𝑎 =
20
2𝑥 + 8 ∙ 1700 + 10 ∙ 1200
1490 =
20

2𝑥 + 13600 + 12000 = 29800

. 141
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
2𝑥 = 4200
𝑥 = 2100
Cada um dos gerentes recebem R$ 2100,00

07. Alternativa: C.

2.77 + 3.62 + 1.72 + 4. 𝑥


= 80
2+3+1+4
412 + 4. 𝑥
= 80
10

4x + 412 = 80 . 10
4x = 800 – 412
x = 388 / 4
x = 97

08. Alternativa: A.
2.8 + 3.5 16 + 15 31
𝑀𝑝 = = = = 6,2
2+3 5 5

09. Alternativa: E.

8.4 + 6.5 + 4. 𝑥
=5
8+6+4
62 + 4. 𝑥
=5
18

4.x = 90 – 62
x = 28 / 4
x = R$ 7,00

10. Resposta: C.

𝟏𝟒 . 𝟗𝟑𝟎 + 𝟐𝟖 . 𝒙
= 𝟕𝟓𝟎
𝟏𝟒 + 2𝟖
𝟏𝟑𝟎𝟐𝟎 + 𝟐𝟖 . 𝒙
= 𝟕𝟓𝟎
𝟒𝟐

13020 + 28.x = 42 . 750


28.x = 31500 – 13020
x = 18480 / 28
x = R$ 660,00

MÉDIA GEOMÉTRICA

Este tipo de média é calculado multiplicando-se todos os n valores e extraindo-se a raiz de


índice n deste produto. (n≥2)

Em uma fórmula: a média geométrica de a1, a2, ..., an é

A média geométrica de um conjunto de números é sempre menor ou igual à média aritmética dos
membros desse conjunto (as duas médias são iguais se e somente se todos os membros do conjunto são

. 142
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
iguais). Isso permite a definição da média aritmética geométrica, uma mistura das duas que sempre tem
um valor intermediário às duas.
A média geométrica é também a média aritmética harmônica no sentido que, se duas sequências (an)
e (hn) são definidas:

Então an e hn convergem para a média geométrica de x e y.

Exemplo:

Digamos que tenhamos os números 4, 6 e 9, para obtermos média geométrica deste conjunto,
multiplicamos os elementos e obtemos o produto 216.
Pegamos então este produto e extraímos a sua raiz cúbica, chegando ao valor médio 6.
Extraímos a raiz cúbica, pois o conjunto é composto de 3 elementos. Se fossem n elementos,
extrairíamos a raiz de índice n.

Neste exemplo teríamos a seguinte solução:

Utilidades da Média Geométrica

Progressão Geométrica
Uma das utilizações deste tipo de média é na definição de uma progressão geométrica que diz que
em toda PG., qualquer termo é média geométrica entre o seu antecedente e o seu consequente:

Tomemos como exemplo três termos consecutivos de uma PG.: 7, 21 e 63.


Temos então que o termo 21 é média geométrica dos termos 7 e 63.

Vejamos:

Variações Percentuais em Sequência

Outra utilização para este tipo de média é quando estamos trabalhando com variações percentuais em
sequência.

Exemplo
Digamos que uma categoria de operários tenha um aumento salarial de 20% após um mês, 12% após
dois meses e 7% após três meses. Qual o percentual médio mensal de aumento desta categoria?
Sabemos que para acumularmos um aumento de 20%, 12% e 7% sobre o valor de um salário,
devemos multiplicá-lo sucessivamente por 1,2, ; 1,12 e 1,07 que são os fatores correspondentes a tais
percentuais.
A partir daí podemos calcular a média geométrica destes fatores:

. 143
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
Como sabemos, um fator de 1, 128741 corresponde a 12, 8741% de aumento.
Este é o valor percentual médio mensal do aumento salarial, ou seja, se aplicarmos três vezes
consecutivas o percentual 12, 8741%, no final teremos o mesmo resultado que se tivéssemos aplicado
os percentuais 20%, 12% e 7%.
Digamos que o salário desta categoria de operários seja de R$ 1.000,00, aplicando-se os sucessivos
aumentos temos:

Salário Inicial +% Salário final Salário inicial + % médio Salário final


Informado
R$ 1.000,00 20% R$ 1.200,00 R$ 1.000,00 12, 8417 R$ 1.128,74
R$ 1.200,00 12% R$ 1.334,00 R$ 1.287,74 12, 8417 R$ 1.274,06
R$ 1.334,00 7% R$ 1.438,00 R$ 1.274,06 12, 8417 R$ 1.438,08

Observe que o resultado final de R$ 1.438,08 é o mesmo nos dois casos. Se tivéssemos utilizado a
média aritmética no lugar da média geométrica, os valores finais seriam distintos, pois a média aritmética
de 13% resultaria em um salário final de R$ 1.442,90, ligeiramente maior como já era esperado, já que o
percentual de 13% utilizado é ligeiramente maior que os 12, 8417% da média geométrica.

Cálculo da Média Geométrica Triangular


Bom... primeiro observamos o mapa e somamos as áreas dos quadrados catetos e dividimos pela
hipotenusa e no final pegamos a soma dos ângulos subtraindo o que está entre os catetos e dividimos
por PI (3,1415...) assim descobrimos a média geométrica dos triângulos.

Exemplo:
A média geométrica entre os números 12, 64, 126 e 345, é dada por:

G = R4[12 ×64×126×345] = 76,013

Aplicação Prática:
Dentre todos os retângulos com a área igual a 64 cm², qual é o retângulo cujo perímetro é o menor
possível, isto é, o mais econômico? A resposta a este tipo de questão é dada pela média geométrica entre
as medidas do comprimento a e da largura b, uma vez que a.b = 64.

A média geométrica G entre a e b fornece a medida desejada.


G = R[a × b] = R[64] = 8

Resposta:
É o retângulo cujo comprimento mede 8 cm e é lógico que a altura também mede 8 cm, logo só pode
ser um quadrado! O perímetro neste caso é p = 32 cm. Em qualquer outra situação em que as medidas
dos comprimentos forem diferentes das alturas, teremos perímetros maiores do que 32 cm.

Interpretação gráfica
A média geométrica entre dois segmentos de reta pode ser obtida geometricamente de uma forma
bastante simples.
Sejam AB e BC segmentos de reta. Trace um segmento de reta que contenha a junção dos segmentos
AB e BC, de forma que eles formem segmentos consecutivos sobre a mesma reta.

Dessa junção aparecerá um novo segmento AC. Obtenha o ponto médio O deste segmento e com um
compasso centrado em O e raio OA, trace uma semicircunferência começando em A e terminando em C.
O segmento vertical traçado para cima a partir de B encontrará o ponto D na semicircunferência. A medida
do segmento BD corresponde à média geométrica das medidas dos segmentos AB e BC.

. 144
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MÉDIA HARMÔNICA

A Média harmônica é o inverso da média aritmética do inverso dos referidos números:

Exemplo:
Calcular a média Harmônica entre 3 e 4.

Basta calcular a média entre os inversos dos números 3 e 4 e depois inverte-los, ou seja,

1 1
3+4= 7
2 24

7 −1 24
Logo a Média Harmônica é: 𝐻 = (24) = 7
≅ 3,42

Questões

01. (Pref. de Pinhais/PR – Médico Veterinário – FAFIPA) Qual é a média geométrica dos números
2 e 8?
(A) 2
(B) 4
(C) 6
(D) 8

02. DPE/RS – Analista – FCC) A média geométrica dos números 4, 8 e 16 é


(A) maior que a respectiva média aritmética.
(B) inferior a 6.
(C) igual a 8.
(D) igual a 4.
(E) superior a 9.

03. (SEFAZ/RJ – Analista de Controle Interno – FGV) A média geométrica simples entre os valores
{3; 9; 3; 1} é
(A) 2.
(B) 3.
(C) 4.
(D) 3,25.
(E) 3,5.

04. (FUB – Assistente Administrativo – CESPE) Os números x, y e z estão, nessa ordem, em


progressão aritmética de razão 3 e os números x, z e w estão, nessa ordem, em progressão geométrica
de razão 4. Com relação a essa situação,
Julgue os itens que se seguem.
A média geométrica entre os números x, z e w é igual a 9.
( ) Certo ( ) Errado

05. (ANAC – Especialista em Regulação de Aviação Civil – CESPE) Considerando que uma
pesquisa de satisfação referente a um novo terminal de passageiros tenha sido realizada com 50 pessoas
e o resultado em uma amostra de notas conforme apresentado na tabela abaixo, julgue os itens seguintes.

. 145
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
A média geométrica da distribuição das notas foi superior à média aritmética.
( ) Certo ( ) Errado

06. (IF/RN – Professor – FUNCERN) Considere que os números a,b e c são reais positivos e que a é
a média geométrica entre x2 e b.
Se, b é a média geométrica entre a/3 e 2x, então, o valor de y para b3=xy é

(A)

(B)

(C)

(D)

07. (TSE – Analista Judiciário – CONSULPLAN) O valor absoluto da diferença entre a média
geométrica e a média aritmética de X = {2, 2, 2, 2, 4, 16, 128, 128} é
(A) 19,5.
(B) 33,5.
(C) 31,5.
(D) 27,5.

08. (ARTESP – Especialista em Regulação de Transporte I – FCC - Adaptada) Considere as


seguintes informações:
I. (A) = média harmônica dos números 4, 6 e 12.
II. (B) = média geométrica dos números 6, 12 e 24.
A média aritmética de (A) + (B) é igual a
(A) 6.
(B) 9.
(C) 12.
(D) 18.
(E) 36.

Comentários

01. Resposta: B
Para encontrar a média geométrica basta multiplicarmos os termos e extrairmos a raiz cujo índice é
igual a quantidade de termos, então teremos:
2 2
√2.8 = √16 = 4

02. Resposta: C
Para encontrar a média geométrica basta multiplicarmos os termos e extrairmos a raiz cujo índice é
igual a quantidade de termos, então teremos:
3 3 3
√4.8.16 = √512 = √29 = 23 = 8.

03. Resposta: B
Para encontrar a média geométrica basta multiplicarmos os termos e extrairmos a raiz cujo índice é
igual a quantidade de termos, então teremos:

. 146
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
4 4 4
√3.9.3.1 = √81 = √34 = 3.

04. Resposta: Errado

Como x, y, z estão em progressão aritmética de razão 3, temos que:


y=x+3
z=y+3=x+3+3=x+6

Depois ele diz o seguinte:


x, z, w estão em progressão geométrica de razão 4, logo
z = 4.x
Assim se igualarmos o valor de z nas duas etapas teremos:

x + 6 = z = 4x
x + 6 = 4x
6 = 4x – x
6 = 3x
6/3 = x
x=2

Portanto x = 2, disso concluímos que:


y=x+3=2+3=5
z=x+6=2+6=8
w = 4z = 4.8 = 32
Precisamos calcular a média geométrica entre x, z, w, assim teremos:
3 3 3
√2.8.32 = √21 . 23 . 25 = √29 = 23 = 8.
Logo é falsa, pois a média geométrica é igual a 8 e não 9.

05. Resposta: Errado


Para resolver esta questão não precisa se desesperar, basta se lembrar de algo muito simples,
chamado desigualdade das médias, ou seja, a média aritmética é maior ou igual à média geométrica e
esta maior ou igual à média harmônica, assim esta afirmação é errada.

06. Resposta: A
Para resolver este problema, devemos expressar os valores de forma a gerar uma equação.
Temos o seguinte:
2
√𝑥 2 . 𝑏 = 𝑎 (*)
e também,
2 𝑎
√ 3 . 2𝑥 = 𝑏 (**)
Vamos isolar o “a” em (**) e substituir em (*).
𝑎
3
. 2𝑥 = 𝑏 2
𝑏2 .3 3𝑏²
𝑎= 2𝑥
= 2𝑥

Vamos substituir em (*) agora


2
√𝑥 2 . 𝑏 = 𝑎
2 3𝑏²
√𝑥 2 . 𝑏 = 2𝑥
2
2 3𝑏2
𝑥 . 𝑏 = ( 2𝑥 )
9.𝑏4
𝑥 2 . 𝑏 = 4𝑥 2
𝑏4
𝑥 2 . 4𝑥 2 = 9. 𝑏
4𝑥 4
9
= 𝑏³

. 147
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
Agora foi pedido para calcular o valor de y para b3=xy, vamos arrumar essa equação, ou seja, isolando
o y.
𝑏³ 4𝑥 4
𝑥
= 𝑦, mas sabemos que b³ = 9
, substituindo então:

4𝑥4
9
𝑥 = 𝑦
1

4𝑥 4
= 𝑦
9𝑥
4𝑥 3
= 𝑦
9
Portanto alternativa A.

07. Resposta: D
Para resolver este problema precisamos calcular a média aritmética e a média geométrica dos termos.

Média aritmética:
2+2+2+2+4+16+128+128 284
8
= 8
= 35,5

Média geométrica:
8 8 8
√2.2.2.2.4.16.128.128 = √2¹. 2¹. 2¹. 2¹. 2². 24 . 27 . 27 = √224 = 23 = 8

Agora basta fazer a diferença entre elas, assim teremos:


35,5 – 8 = 27,5.

08. Resposta: B
Para resolver este problemas devemos encontrar a média harmônica de I e a média geométrica de II,
a seguir basta calcular a média aritmética simples dos dois resultados obtidos, portanto vamos lá!
Média harmônica de I.
Para o cálculo da média harmônica, basta calcularmos o inverso da média dos inversos, ou seja,
𝑛
Média harmônica = 1 1 1 1
+ + +⋯+
𝑥1 𝑥2 𝑥3 𝑥𝑛
3
H=1 1 1 =
+ +
4 6 12

1 1 1
Primeiramente vamos calcular a soma + + através do MMC.
4 6 12
1 1 1
4
+ 6 + 12 =
3 2 1 6 1
12
+ 12 + 12 = 12 = 2

3 2
H = 1 = 3. 1 = 6
2

Agora vamos calcular a média geométrica de II.

3 3 3
√6.12.24 = √21 . 31 . 22 . 31 . 23 . 3¹ = √26 . 3³ = 22 . 31 = 12

Basta encontrarmos a média aritmética simples entre 6 e 12, portanto:


6 + 12 18
= =9
2 2
MEDIDAS DE POSIÇÃO – CENTRALIDADE

As medidas de posição visam localizar com maior facilidade onde está a maior concentração de valores
de uma dada distribuição, podendo estar ela no início, meio ou fim; e também se esta distribuição está
sendo feita de forma igual.
As medidas de posição mais importantes são as de tendência central (veremos aqui para dados
agrupados):

. 148
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
- Média;
- Moda;
- Mediana.

MÉDIA ARITMÉTICA (𝒙 ̅)
A média aritmética é o quociente da divisão da soma dos valores da variável pelo número deles.
Anteriormente tratamos a média para dados não agrupados, agora veremos para dados agrupados.

1) Sem intervalo de classe: considerando a distribuição relativa a 34 famílias de quatro filhos, e


tomando como variável o número de filhos do sexo masculino, teremos a seguinte tabela:

Nº de meninos fi
0 2
1 6
2 10
3 12
4 4
∑ = 34

As frequências são números indicadores da intensidade de cada valor da variável, elas funcionam
como fatores de ponderação, o que nos leva a calcular a média aritmética ponderada, dada por:

𝚺𝒙𝒊 𝒇𝒊
̅=
𝒙
𝚺𝒇𝒊

O método mais prático de resolvermos é adicionarmos mais uma coluna para obtenção da média
ponderada:

Nº de meninos fi xi.fi
0 2 0
1 6 6
2 10 20
3 12 36
4 4 16
∑ = 34 ∑ = 78
Aplicando a fórmula temos:
Σ𝑥𝑖 𝑓𝑖 78
𝑥̅ = = = 2,29 → 𝑥̅ = 2,3 𝑚𝑒𝑛𝑖𝑛𝑜𝑠
Σ𝑓𝑖 34

Nota: quando a variável apresenta um valor 2 meninos, 3 décimos de meninos, como devemos
interpretar o resultado? Como o valor médio 2,3 meninos sugere (para este caso) que o maior número de
famílias tem 2 meninos e 2 meninas, sendo uma tendência geral, certa superioridade numérica em relação
ao número de meninos.

2) Com intervalos de classe: convencionamos que todos os valores incluídos em um determinado


intervalo de classe coincidam com seu ponto médio. Determinamos a média ponderada através da
fórmula:
Σ𝑥𝑖 𝑓𝑖
𝑥̅ = , 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑥𝑖 é 𝑜 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑎 𝑐𝑙𝑎𝑠𝑠𝑒.
Σ𝑓𝑖

Exemplo:
i Estaturas (cm) fi
1 150 ├ 154 4
2 154 ├ 158 9
3 158 ├ 162 11
4 162 ├ 166 8
5 166 ├ 170 5

. 149
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
6 170 ├ 174 3
∑ = 40

Vamos abrir uma coluna para os pontos médios e outra para os produtos:

i Estaturas (cm) fi xi xi.fi


1 150 ├ 154 4 152 608
2 154 ├ 158 9 156 1404
3 158 ├ 162 11 160 1760
4 162 ├ 166 8 164 1312
5 166 ├ 170 5 168 840
6 170 ├ 174 3 172 516
∑ = 40 ∑ = 6440

Σ𝑥𝑖 𝑓𝑖
∑xifi = 6440, ∑fi = 40 e 𝑥̅ = Σ𝑓𝑖

Aplicando:

6440
𝑥̅ = = 161 → 𝑥̅ = 161 𝑐𝑚
40

Vantagens e desvantagens da média

1. É uma medida de tendência central que, por uniformizar os valores de um conjunto de


dados, não representa bem os conjuntos que revelam tendências extremas.
2. Não necessariamente tem existência real, isto é, nem sempre é um valor que faça parte
do conjunto de dados, para bem representá-lo, embora pertença obrigatoriamente ao intervalo
entre o maior e o menor valor.
3. É facilmente calculada.
4. Serve para compararmos conjuntos semelhantes.

MODA (Mo)
A moda é o valor que aparece com maior frequência em uma série de valores. Podemos dizer é o
valor que “está na moda”.

- Para dados não agrupados: ela é facilmente reconhecida, pois observamos o valor que mais se
repete, como dito na definição.
Exemplo:
A série: 7,8,9,10,11, 11, 12, 13, 14 tem moda igual a 10.

Observações:
- Quando uma série não apresenta valor modal, ou seja, quando nenhum valor aparece com
frequência, dizemos que ela é AMODAL.
- Quando uma série tiver mais de um valor modal, dizemos que é BIMODAL (dois valores modas),
TRIMODAL, etc.

- Para dados agrupados


1) Sem intervalo de classe: para determinarmos a moda basta observamos a variável com maior
frequência. Vejamos o exemplo:

Nº de meninos fi
0 2
1 6
2 10
3 12
4 4

. 150
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∑ = 34

Observamos que a maior frequência(fi) é 12, que corresponde ao valor de variável 3, logo: Mo = 3

2) Com intervalo de classe: a classe que apresenta maior frequência é denominada classe modal. A
moda é o valor dominante que está compreendido entre os limites da classe modal. O método mais
simples para o cálculo é tomar o ponto médio da classe modal. A este valor damos o nome de moda
bruta.
𝒍 ∗ +𝑳 ∗
𝑴𝒐 =
𝟐

Onde:
l* → limite inferior da classe modal
L* → limite superior da classe modal
Exemplo:

i Estaturas (cm) fi
1 150 ├ 154 4
2 154 ├ 158 9
3 158 ├ 162 11
4 162 ├ 166 8
5 166 ├ 170 5
6 170 ├ 174 3
∑ = 40

Observe que a classe com maior frequência é a de i = 3, nela temos que l* = 158 e o L* = 162, aplicando
na fórmula:

𝑙 ∗ +𝐿 ∗ 158 + 162 320


𝑀𝑜 = = = = 160, 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑎 𝑀𝑜 = 160𝑐𝑚
2 2 2

Existem ainda outros métodos mais elaborados para encontramos a moda, um deles seria a fórmula
de Czuber, onde:

𝑫𝟏
𝑴𝒐 = 𝒍 ∗ + .𝒉 ∗
𝑫𝟏 + 𝑫𝟐

Onde temos:
l*→ limite inferior da classe modal
h* → amplitude da classe modal
D1 → f* - f(ant)
D2 → f* - f(post)
f*→ frequência simples da classe modal
f(ant)→ frequência simples da classe anterior à classe modal
f(post) → frequência simples da classe posterior à classe modal.

Aplicando a fórmula ao exemplo anterior temos:

𝐷1 11 − 9 2
𝑀𝑜 = 𝑙 ∗ + . ℎ ∗= 158 + . (162 − 158) = 158 + .4
𝐷1 + 𝐷2 (11 − 9) + (11 − 8) 2+3

8
𝑀𝑜 = 158 + = 158 + 1,6 = 159,6 ≅ 160 𝑐𝑚
5

Gráficos da moda
Observe que a moda é o valor correspondente, no eixo das abcissas, ao ponto de ordenada máxima.
Assim temos:

. 151
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
A moda é utilizada:
- Quando desejamos obter uma medida rápida e aproximada de posição;
- Quando a medida de posição deve ser o valor mais típico da distribuição.

Vantagens e Desvantagens da Moda

1) Não depende de todos os valores da série, nem de sua ordenação, podendo mesmo não se alterar
com a modificação de alguns deles.
2) Não é influenciada por valores extremos (grandes) da série.
3) Sempre tem existência real, ou seja, sempre é representada por um elemento do conjunto de
dados, excetuando o caso de classes de frequências, quando trabalhamos com subconjuntos (dados
agrupados) e não com cada elemento isoladamente.

MEDIANA (Md)
Como o próprio nome sugere, a mediana é o valor que se encontra no centro de uma série de
números, estando estes dispostos segundo uma ordem. É o valor situado de tal forma no conjunto
que o separa em dois subconjuntos de mesmo número de elementos.

- Para dados não agrupados: para identificarmos a mediana, precisamos ordenar os dados
(crescente ou decrescente) dos valores, para depois identificarmos o valor central. Exemplo:
Dada a série de valores:
5, 13, 10, 2, 18, 15, 6, 16, 9, vamos ordenar os valores em ordem crescente:
2, 5, 6, 9, 10, 13, 15, 16,18; como temos uma sequência de 9 números precisamos identificar aquele
que divide o conjunto em 2 subconjuntos com a mesma quantidade de elementos. Neste caso o valor é
10, pois temos a mesma quantidade de elementos tanto a esquerda quanto a direita:

. 152
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
Md = 10
Neste caso como a série tem número ímpar de termos, ficou fácil identificarmos a mediana. Porém se
a série tiver número par, a mediana será, por definição, qualquer dos números compreendidos entre dois
valores centrais desta série, ao qual utilizaremos o ponto médio entre as duas. Exemplo:
2, 6, 7, 10, 12, 13, 18, 21 (8 termos), vamos utilizar os valores mais centrais que neste caso são o 4º
e o 5º termo. Então a mediana será:
10 + 12 22
𝑀𝑑 = = = 11
2 2
Observações: estando ordenado os valores de uma série e sendo n o número de elementos desta
série, o valor mediano será:
𝑛+1
- o termo de ordem 2 , se n for ímpar;
𝑛 𝑛
- a média aritmética dos termos de ordem 2 𝑒 2 + 1, se n for par.
Observando os exemplos dados:
𝑛+1 9+1 10
- Para n = 9, temos 2 = 2 = 2 = 5, a mediana é o 5º temo, que é Md = 10.
- Para n = 8, temos 8/2 = 4 e 8/2 + 1 = 4 + 1 = 5. Logo a mediana é a média aritmética do 4º e 5º termo:
10 + 12 / 2 = 22 / 2 = 11 → Md = 11
Notas:
- O valor da mediana pode coincidir ou não com um elemento da série. Se for ímpar há
coincidência, se for par já não há;
- A mediana e a média aritmética não têm necessariamente, o mesmo valor;
- A mediana depende da posição dos elementos e não dos valores dos elementos na
série ordenada. Essa é uma diferença marcante entre mediana e a média;
- A mediana também pode ser chamada de valor mediano.

- Para dados agrupados: o cálculo da mediana se processa de modo semelhante ao dos dados não
agrupados, implicando na determinação prévia das frequências acumuladas.
1) Sem intervalo de classe: neste caso basta identificarmos a frequência acumulada imediatamente
superior à metade da soma da frequências. A mediana será o valor da variável que corresponde a tal
frequência acumulada. Exemplo:
Nº de meninos fi Fa
0 2 2
1 6 8
2 10 18
3 12 30
4 4 34
∑ = 34
Logo teremos:
Σfi 34
2
= 2 = 17, a menor frequência acumulada que supera este valor é 18, que corresponder ao valor 2
da variável, sendo esta a mediana ou valor mediano. Md = 2 meninos.

Nota:
Σfi
- Caso exista uma frequência acumulada (Fa ou Fi), tal que: 𝐹𝑖 = , a mediana será dada por:
2
𝑥𝑖 + 𝑥𝑖+1
𝑀𝑑 =
2
Ou seja, a mediana será a média aritmética entre o valor da variável correspondente a essa frequência
acumulada e a seguinte. Exemplo:
xi fi Fi
12 1 1

. 153
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14 2 3
15 1 4
16 2 6
17 1 7
20 1 8
∑=8
Temos: 8/2 = 4 = F3
Então:
15 + 16 31
𝑀𝑑 =
= = 15,5
2 2
1) Com intervalo de classe: precisamos, neste caso, determinar o ponto do intervalo em que está
compreendido a mediana. Para tal, precisamos determinar a classe mediana, que será aquela
Σfi
correspondente à frequência acumulada imediatamente superior a . Fazendo isso podemos interpolar
2
os dados (inserção de uma quantidade de valores entre dois números), admitindo-se que os valores se
distribuam uniformemente em todo o intervalo de classe. Exemplo:

i Estaturas (cm) fi Fi
1 150 ├ 154 4 4
2 154 ├ 158 9 13
3 158 ├ 162 11 24
4 162 ├ 166 8 32
5 166 ├ 170 5 37
6 170 ├ 174 3 40
∑ = 40

A classe destaca é a classe mediana. Temos que:


Σfi 40
= = 20
2 2
Como há 24 valores incluídos nas três primeiras classes de distribuição e como pretendemos
determinar o valor que ocupa o 20º lugar, a partir do início da série, vemos que este deve estar localizado
na terceira classe (i = 3), supondo que as frequências dessa classe estejam uniformemente distribuídas.
Como existe 11 elementos nesta classe (fi) e o intervalo da classe (i) é 4, devemos tomar, a partir do
limite inferior, a distância:
20 − 13 7 7 28
.4 = . 4, 𝑎 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎𝑛𝑎 𝑠𝑒𝑟á 𝑑𝑎𝑑𝑎 𝑝𝑜𝑟: 𝑀𝑑 = 158 + . 4 = 158 + = 158 + 2,54 = 160,5 𝑐𝑚
11 11 11 11
Em resumo aplicamos os seguintes passos:

1º - Determinamos as frequências acumuladas;


2º - Calculamos ∑fi / 2;
3º - Marcamos a classe corresponde à frequência acumulada imediatamente superior a ∑fi / 2 (classe
mediana) e após isso aplicamos a fórmula:
𝚺𝒇𝒊
[ 𝟐 − 𝑭(𝒂𝒏𝒕)] . 𝒉 ∗
𝑴𝒅 = 𝒍 ∗ +
𝒇∗
Onde:
l* → limite inferior da classe mediana;
F (ant) → frequência acumulada da classe anterior à classe mediana;
f* → frequência simples da classe mediana;
h* → amplitude do intervalo da classe mediana.

Baseado no exemplo anterior temos:


l* = 158 ; F(ant) = 13 ; f* = 11 e h* = 4
Empregamos a mediana quando:
- Desejamos obter o ponto que divide a distribuição em partes iguais;
- Há valores extremos que afetam de uma maneira acentuada a média;
- A variável em estudo é salário.

. 154
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Vantagens e Desvantagens da Mediana

1) Não depende de todos os valores do conjunto de dados, podendo mesmo não se


alterar com a modificação.
2) Não é influenciada por valores extremos (grandes) do conjunto de dados.
3) Quando há valores repetidos, a interpretação do valor mediano não é tão simples.

Posição relativa da Média, Mediana e Moda


Quando a distribuição é simétrica, as 3 medidas coincidem; porém a assimetria torna elas diferentes e
essa diferença é tanto maior quanto é a assimetria. Com isso teremos um distribuição em forma de sino:
x̅ = Md = Mo → curva simétrica

Mo < Md < x̅ → curva assimétrica positiva;


x̅ < Md < Mo → curva assimétrica negativa.

Referência
CRESPO, Antônio Arnot – Estatística fácil – 18ª edição – São Paulo - Editora Saraiva: 2002

OUTLIERS

Os outliers são dados que se diferenciam drasticamente de todos os outros, são pontos fora da curva.
Em outras palavras, um outlier é um valor que foge da normalidade e que pode (e provavelmente irá)
causar anomalias nos resultados obtidos por meio de algoritmos e sistemas de análise.
Entender os outliers é fundamental em uma análise de dados por pelo menos dois aspectos:
1. os outliers podem visar negativamente todo o resultado de uma análise;
2. o comportamento dos outliers pode ser justamente o que está sendo procurado.

Os outliers possuem diversos outros nomes, como: dados discrepantes, pontos fora da curva,
observações fora do comum, anomalias, valores atípicos, entre outros.
A seguir elencamos algumas situações comuns em que os outliers surgem na análise de dados e
apontamos sugestões de como lidar com eles em cada caso.

Como identificar quais são os dados outliers?


Encontrar os outliers utilizando tabelas

. 155
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A forma mais simples de encontrar dados outliers é olhar diretamente para a tabela ou planilha de
dados – o dataset, como chamam os cientistas de dados.
O caso da tabela a seguir exemplifica claramente um erro de digitação, ou seja, de input dos dados. O
campo da idade do indivíduo Antônio Silveira certamente não representa a idade de 470 anos. Olhando
para a tabela é possível identificar o outlier, mas fica difícil afirmar qual seria a idade correta. Existem
várias possibilidades que podem se referir a idade certa, como: 47, 70 ou ainda 40 anos.

Em uma pequena amostra a tarefa de encontrar outliers com o uso de tabelas pode ser fácil. Porém,
quando a quantidade de observações passa para a casa dos milhares ou milhões fica impossível de
encontrar quais são os dados que destoam do geral. Essa tarefa fica ainda mais difícil quando muitas
variáveis (as colunas da planilha) são envolvidas.

Questões

01. (TRT-8ª – Analista Judiciário – CESPE) Com relação à definição das medidas de tendência
central e de variabilidade dos dados em uma estatística, assinale a opção correta.
(A) A moda representa o centro da distribuição, é o valor que divide a amostra ao meio.
(B) A amplitude total, ou range, é uma medida de tendência central pouco afetada pelos valores
extremos.
(C) A mediana é o valor que ocorre mais vezes, frequentemente em grandes amostras.
(D) A variância da amostra representa uma medida de dispersão obtida pelo cálculo da raiz quadrada
positiva do valor do desvio padrão dessa amostra.
(E) A média aritmética representa o somatório de todas as observações dividido pelo número de
observações.

02. (Pref. Fortaleza/CE – Matemática – Pref. Fortaleza/CE) A medida estatística que separa as
metades superior e inferior dos dados amostrados de uma população é chamada de:
(A) mediana.
(B) média.
(C) bissetriz.
(D) moda.

03. (SSP/AM – Técnico de Nível Superior – FGV) A sequência a seguir mostra o número de gols
marcados pelo funcionário Ronaldão nos nove últimos jogos disputados pelo time da empresa onde ele
trabalha:
2, 3, 1, 3, 0, 2, 0, 3, 1.
Sobre a média, a mediana e a moda desses valores é verdade que:
(A) média < mediana < moda;
(B) média < moda < mediana;
(C) moda < média < mediana;
(D) mediana < moda < média;
(E) mediana < média < moda.

04. (SESP/MT – Perito Oficial Criminal - Engenharia Civil/Engenharia Elétrica/Física/Matemática


– FUNCAB) Determine a mediana do conjunto de valores (10, 11, 12, 11, 9, 8, 10, 11, 10, 12).

. 156
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(A) 8,5
(B) 9
(C) 10,5
(D) 11,5
(E) 10

05. (Pref. Guarujá/SP – SEDUC – Professor de Matemática – CAIPIMES) As massas de 5 amigos


são 63,5; 70,3; 82,2; 59 e 71,5 quilogramas. A média e a mediana das massas são, respectivamente:
(A) 69,3 e 70,3 quilogramas.
(B) 172,25 e 82,2 quilogramas.
(C) 69,3 e 82,2 quilogramas.
(D) 172, 70,3 quilogramas.

06. (FUNDUNESP – Auxiliar Administrativo – VUNESP) O gráfico apresenta informações sobre o


número médio de anos de estudo da população brasileira, com base na Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílios de 2011, publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com base nas informações do gráfico, é verdade que


(A) o número de homens com estudo é menor que o número de mulheres com estudo, nos anos de
2009 e 2011.
(B) de 2009 para 2011 houve um aumento no número de homens com estudo.
(C) em 2010, a média de anos de estudo das mulheres era de 7,4 anos.
(D) em 2009, a média de anos de estudos das mulheres era de exatos 7 anos e 3 meses.
(E) a média de anos de estudo das mulheres não ultrapassou a 5 meses a dos homens, nos anos de
2009 e 2011.

07. (FUNDUNESP – Auxiliar Administrativo – VUNESP) Um concurso é composto por três fases,
com pesos 1, 2 e 3, respectivamente. Pedro ficou sabendo que na 1.ª fase desse concurso sua nota foi
7,0 e que na 2.ª fase sua nota foi 4,0.
Sabendo-se que para ser aprovado a média aritmética ponderada final tem que ser, no mínimo, 5, que
as notas apresentadas ainda não estão multiplicadas pelos respectivos fatores, e que em cada fase as
notas variam de zero a dez, pode-se afirmar corretamente que
(A) não há como Pedro ser aprovado no concurso.
(B) Pedro já está aprovado no concurso, independentemente da nota que tirar na 3.ª fase.
(C) se Pedro tirar 5,0 ou mais na 3.ª fase, então ele estará aprovado no concurso.
(D) Pedro precisa tirar, no mínimo, 7,0 na 3.ª fase, para ser aprovado no concurso.
(E) tirando 4,0, Pedro estará aprovado no concurso.

08. (IF/GO – Assistente de Alunos – UFG) A tabela a seguir apresenta o índice de desenvolvimento
humano (IDH) de alguns países da América Latina referente ao ano 2012.

Países IDH
Argentina 0,811
Bolívia 0,645
Brasil 0,730

. 157
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Chile 0,819
Colômbia 0,719
Cuba 0,780
México 0,775
Uruguai 0,792
Venezuela 0,758
Disponível em: <http://www.abinee.org.br/abinee/decon/decon55a.htm>. Acesso em: 24 fev. 2014. (Adaptado).

Dentre os países listados, aquele cujo IDH representa a mediana dos dados apresentados é:
(A) Brasil
(B) Colômbia
(C) México
(D) Venezuela

09. (QC – Segundo Tenente – Ciências Contábeis – MB) Analise a tabela a seguir.
Classe Velocidade (em nós) Tempo(h)
1 0 |------- 5 1
2 5 |------ 10 7
3 10 |------ 15 15
4 15 |------ 20 9
5 20 |------ 25 3
6 25 |------ 30 2

Dos registros de navegação de um determinado navio, foi obtido o quadro acima.


Após análise dos registros, determine a média das velocidades do navio na série observada e assinale
a opção correta.
(A) 13,43 nós
(B) 13,92 nós
(C) 14,12 nós
(D) 14,69 nós
(E) 15,26 nós

10. (Pref. Paulistana/PI – Professor de Matemática – IMA) Considere o conjunto de dados abaixo,
referente ao salário médio dos funcionários de uma empresa.

O valor da Mediana é:
(A) 1240
(B) 1500
(C) 1360
(D) 1600
(E) 1420

Respostas

01.Resposta: E.
Pela definições apresentadas a única que responde de forma correta a questão é sobre a média.

. 158
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02. Resposta: A.
Pela definição temos que esta medida é a Mediana.

03.Resposta: A.
Reordenando temos:
0,0,1,1,2,2,3,3,3
Fica evidente o valor da moda, Mo = 3
A mediana é o meio, como é uma sequência com 9 números temos: n+1/2 → 9 +1 / 2 → 10/2 → 5,
logo a mediana será o 5º termo, então Md = 2
A média é a somatória de todos os valores, dividido pela quantidade 1+1+2+2+3+3+3 = 15, 15/9 = 1,66
Logo: média < mediana < moda

04. Resposta: C.
Coloquemos os valores em ordem crescente:
8, 9, 10, 10, 10, 11, 11, 11, 12, 12

Como a Mediana é o elemento que se encontra no meio dos valores colocados em ordem crescente,
temos que:
10 + 11 21
𝑀= = = 10,5
2 2

05. Resposta: A.
63,5+70,3+82,2 + 59+71,5 346,5
A média é: 𝑀 = 5
= 5 = 69,3
Para verificar a mediana, basta colocar os valores em ordem crescente e verificar o elemento que se
encontra no meio deles:
59 63,5 70,3 71,5 82,2

06. Resposta: E.
7,3+7,5 14,8
Média das mulheres: 2 = 2
= 7,4 anos = 7,4 . 12 = 88,8 meses

7+7,1 14,1
Média dos homens: = = 7,05 anos = 7,05 . 12 = 84,6 meses
2 2
Assim, 88,8 – 84,6 = 4,2 meses

07. Resposta: C.
Pesos 1, 2 e 3, respectivamente. Pedro ficou sabendo que na 1.ª fase desse concurso sua nota foi 7,0
e que na 2.ª fase sua nota foi 4,0.
Sabendo-se que para ser aprovado a média aritmética ponderada final tem que ser, no mínimo, 5

1.7 + 2.4 + 3. 𝑥
𝑀= =5
1+2+3
15 + 3. 𝑥
=5
6

15 + 3𝑥 = 6 . 5

3𝑥 = 30 − 15

15
𝑥= =5
3

08. Resposta: C.
Vamos colocar os números em ordem crescente:
0,645 0,719 0,730 0,758 0,775 0,780 0,792 0,811 0,819
O número que se encontra no meio é 0,775 (México).

. 159
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09. Resposta: C.
Vamos calcular a média de cada classe:
* Classe 1: (0 + 5) / 2 = 5 / 2 = 2,5
2,5 . 1 = 2,5
* Classe 2: (5 + 10) / 2 = 15 / 2 = 7,5
7,5 . 7 = 52,5
* Classe 3: (10 + 15) / 2 = 25 / 2 = 12,5
12,5 . 15 = 187,5
* Classe 4: (15 + 20) / 2 = 35 / 2 = 17,5

17,5 . 9 = 157,5
* Classe 5: (20 + 25) / 2 = 45 / 2 = 22,5
22,5 . 3 = 67,5
* Classe 6: (25 + 30) / 2 = 55 / 2 = 27,5
27,5 . 2 = 55
* Soma das médias = 522,5
* Total de horas = 37h
Por final: 522,5 / 37 = 14,12

10. Resposta: C.
Colocando na ordem crescente:
1100;1200;1210;1250;1300;1420;1450;1500;1600;1980
A mediana é o número que se encontra no meio. Nesse caso que tem 10 números(par) é a média do
5º e 6º números:

1300 + 1420 2720


= = 1360
2 2

MEDIDAS DE DISPERSÃO

As medidas de tendência central fornecem informações valiosas mas, em geral, não são suficientes
para descrever e discriminar diferentes conjuntos de dados. As medidas de Dispersão ou variabilidade
permitem visualizar a maneira como os dados espalham-se (ou concentram-se) em torno do valor central.
Para mensurarmos está variabilidade podemos utilizar as seguintes estatísticas: amplitude total; distância
interquartílica; desvio médio; variância; desvio padrão e coeficiente de variação.

- Amplitude Total: é a diferença entre o maior e o menor valor do conjunto de dados.


Ex.: dados: 3, 4, 7, 8 e 8. Amplitude total = 8 – 3 = 5

- Distância Interquartílica: é a diferença entre o terceiro e o primeiro quartil de um conjunto de dados.


O primeiro quartil é o valor que deixa um quarto dos valores abaixo e três quartos acima dele. O terceiro
quartil é o valor que deixa três quartos dos dados abaixo e um quarto acima dele. O segundo quartil é a
mediana. (O primeiro e o terceiro quartis fazem o mesmo que a mediana para as duas metades
demarcadas pela mediana.) Ex.: quando se discutir o boxplot.

- Desvio Médio: é a diferença entre o valor observado e a medida de tendência central do conjunto
de dados.

- Variância: é uma medida que expressa um desvio quadrático médio do conjunto de dados, e sua
unidade é o quadrado da unidade dos dados.

- Desvio Padrão: é raiz quadrada da variância e sua unidade de medida é a mesma que a do conjunto
de dados.

- Coeficiente de variação: é uma medida de variabilidade relativa, definida como a razão percentual
entre o desvio padrão e a média, e assim sendo uma medida adimensional expressa em percentual.

Boxplot: Tanto a média como o desvio padrão podem não ser medidas adequadas para representar
um conjunto de valores, uma vez que são afetados, de forma exagerada, por valores extremos. Além

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disso, apenas com estas duas medidas não temos ideia da assimetria da distribuição dos valores. Para
solucionar esses problemas, podemos utilizar o Boxplot. Para construí-lo, desenhamos uma "caixa" com
o nível superior dado pelo terceiro quartil (Q3) e o nível inferior pelo primeiro quartil (Q1). A mediana (Q2)
é representada por um traço no interior da caixa e segmentos de reta são colocados da caixa até os
valores máximo e mínimo, que não sejam observações discrepantes. O critério para decidir se uma
observação é discrepante pode variar; por ora, chamaremos de discrepante os valores maiores do que
Q3+1.5*(Q3-Q1) ou menores do que Q1-1.5*(Q3-Q1).
O Boxplot fornece informações sobre posição, dispersão, assimetria, caudas e valores discrepantes.

O Diagrama de dispersão é adequado para descrever o comportamento conjunto de duas variáveis


quantitativas. Cada ponto do gráfico representa um par de valores observados. Exemplo:

Um aspecto importante no estudo descritivo de um conjunto de dados, é o da determinação da


variabilidade ou dispersão desses dados, relativamente à medida de localização do centro da amostra.
Supondo ser a média, a medida de localização mais importante, será relativamente a ela que se define a
principal medida de dispersão - a variância, apresentada a seguir.

Variância: Define-se a variância, como sendo a medida que se obtém somando os quadrados dos
desvios das observações da amostra, relativamente à sua média, e dividindo pelo número de observações
da amostra menos um.

Desvio-Padrão: Uma vez que a variância envolve a soma de quadrados, a unidade em que se exprime
não é a mesma que a dos dados. Assim, para obter uma medida da variabilidade ou dispersão com as
mesmas unidades que os dados, tomamos a raiz quadrada da variância e obtemos o desvio padrão: O
desvio padrão é uma medida que só pode assumir valores não negativos e quanto maior for, maior será
a dispersão dos dados. Algumas propriedades do desvio padrão, que resultam imediatamente da
definição, são: o desvio padrão será maior, quanta mais variabilidade houver entre os dados.

Exemplo: Em uma turma de aluno, verificou-se através da análise das notas de 15 alunos, os seguintes
desempenhos:
Conceito
Alunos na
Prova
1 4,3
2 4,5
3 9

. 161
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4 6
5 8
6 6,7
7 7,5
8 10
9 7,5
10 6,3
11 8
12 5,5
13 9,7
14 9,3
15 7,5
Total 109,8
Média 7,32
Desvio
1,77
Padrão

Observamos no exemplo, que a média das provas, foi estimada em 7,32 com desvio padrão em 1,77.
Concluímos que a maioria das notas concentrou-se em 9,09 e 5,55.

Vejamos de outra forma:

Um aspecto importante no estudo descritivo de um conjunto de dados, é o da determinação da


variabilidade ou dispersão desses dados, relativamente à medida de localização do centro da amostra.
Repare-se nas duas amostras seguintes, que embora tenham a mesma média, têm uma dispersão bem
diferente:

Como a medida de localização mais utilizada é a média, será relativamente a ela que se define a
principal medida de dispersão - a variância, apresentada a seguir.
Define-se a variância, e representa-se por s2, como sendo a medida que se obtém somando os
quadrados dos desvios das observações da amostra, relativamente à sua média, e dividindo pelo número
de observações da amostra menos um:

Se afinal pretendemos medir a dispersão relativamente à média. Por que é que não somamos
simplesmente os desvios em vez de somarmos os seus quadrados?
Experimenta calcular essa soma e verás que (x1-x) + (x2-x) + (x1-x) + ... + (xn – x) ≠ 0. Poderíamos ter
utilizado módulos, para evitar que os desvios negativos, mas é mais fácil trabalhar com quadrados, não
concorda?! E por que é que em vez de dividirmos pó “n”, que é o número de desvios, dividimos por (n-
1)? Na realidade, só aparentemente é que temos “n” desvios independentes, isto é, se calcularmos (n-1)
desvios, o restante fica automaticamente calculado, uma vez que a sua soma é igual a zero. Costuma-se
referir este fato dizendo que se perdeu um grau de liberdade.
Uma vez que a variância envolve a soma de quadrados, a unidade em que se exprime não é a mesma
que a dos dados. Assim, para obter uma medida da variabilidade ou dispersão com as mesmas unidades
que os dados, tomamos a raiz quadrada da variância e obtemos o desvio padrão:

. 162
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O desvio padrão é uma medida que só pode assumir valores não negativos e quanto maior for, maior
será a dispersão dos dados. Algumas propriedades do desvio padrão, que resultam imediatamente da
definição, são:
- o desvio padrão é sempre não negativo e será tanto maior, quanta mais variabilidade houver entre
os dados.
- se s = 0, então não existe variabilidade, isto é, os dados são todos iguais.

Exemplo: Na 2ª classe de certa escola o professor deu uma tarefa constituída por um certo número
de contas para os alunos resolverem. Pretendendo determinar a dispersão dos tempos de cálculo,
observam-se 10 alunos durante a realização da tarefa, tendo-se obtido os seguintes valores:

Tempo
Aluno
(minutos)
i
xi
1 13 - 3.9 15.21
2 15 - 1.9 3.61
3 14 - 2.9 8.41
4 18 1.1 1.21
5 25 8.1 65.61
6 14 - 2.9 8.41
7 16 -0.9 0.81
8 17 0.1 0.01
9 20 3.1 9.61
10 17 0.1 0.01
169 0.0 112.90

Resolução: Na tabela anterior juntamos duas colunas auxiliares, uma para colocar os desvios das
observações em relação à média e a outra para escrever os quadrados destes desvios. A partir da coluna
das observações calculamos a soma dessas observações, que nos permitiu calcular a média = 16.9.
Uma vez calculada a média foi possível calcular a coluna dos desvios. Repare-se que, como seria de
esperar, a soma dos desvios é igual a zero. A soma dos quadrados dos desvios permite-nos calcular a
variância donde s = 3.54.
112.9
s2 = = 12.54
9

O tempo médio de realização da tarefa foi de aproximadamente 17 minutos com uma variabilidade
medida pelo desvio padrão de aproximadamente 3.5 minutos. Na representação gráfica ao lado
visualizamos os desvios das observações relativamente à média (valores do exemplo anterior):

Do mesmo modo que a média, também o desvio padrão é uma medida pouco resistente, pois é
influenciado por valores ou muito grandes ou muito pequenos (o que seria de esperar já que na sua
definição entra a média que é não resistente). Assim, se a distribuição dos dados for bastante enviesada,
não é conveniente utilizar a média como medida de localização, nem o desvio padrão como medida de
variabilidade. Estas medidas só dão informação útil, respectivamente sobre a localização do centro da

. 163
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distribuição dos dados e sobre a variabilidade, se as distribuições dos dados forem aproximadamente
simétricas.
Propriedades para dados com distribuição aproximadamente normal: Uma propriedade que se verifica
se os dados se distribuem de forma aproximadamente normal, ou seja, quando o histograma apresenta
uma forma característica com uma classe média predominante e as outras classes se distribuem à volta
desta de forma aproximadamente simétrica e com frequências a decrescer à medida que se afastam da
classe média, é a seguinte:
Aproximadamente 68% dos dados estão no intervalo .

Desvio Padrão: Propriedades para dados com distribuição aproximadamente normal:

- Aproximadamente 68% dos dados estão no intervalo


- Aproximadamente 95% dos dados estão no intervalo
- Aproximadamente 100% dos dados estão no intervalo

Como se depreende do que atrás foi dito, se os dados se distribuem de forma aproximadamente
normal, então estão praticamente todos concentrados num intervalo de amplitude igual a 6 vezes o desvio
padrão.
A informação que o desvio padrão dá sobre a variabilidade deve ser entendida como a variabilidade
que é apresentada relativamente a um ponto de referência - a média, e não propriamente a variabilidade
dos dados, uns relativamente aos outros.
A partir da definição de variância, pode-se deduzir sem dificuldade uma expressão mais simples, sob
o ponto de vista computacional, para calcular ou a variância ou o desvio padrão e que é a seguinte:

É a medida de variabilidade que em geral é expressa em porcentagem, e tem por função determinar o
grau de concentração dos dados em torno da média, geralmente utilizada para se fazer a comparação

. 164
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
entre dois conjuntos de dados em termos percentuais, esta comparação revelará o quanto os dados estão
próximos ou distantes da média do conjunto de dados.

Exemplo
Considere a tabela abaixo que contém as estaturas e os pesos de um mesmo grupo de indivíduos:
Média Desvio-padrão
Estaturas 175 cm 5 cm
Pesos 68 kg 2 kg
Pergunta: Qual das medidas (Estatura ou Peso) possui maior homogeneidade?

Como não é possível responder a essa pergunta utilizando o desvio-padrão, pois é uma medida de
dispersão absoluta, teremos que calcular o CVP da Estatura e o CVP do Peso. A série que apresentar a
menor variação, ou seja, o menor valor do coeficiente CVP, será a série de maior homogeneidade.
Seguindo a fórmula do coeficiente CVP, temos:
CVP Estatura

CVP Peso

Logo, nesse grupo de indivíduos, as estaturas apresentam menor grau de dispersão que os pesos.

Amplitude: Uma medida de dispersão que se utiliza por vezes, é a amplitude amostral r, definida como
sendo a diferença entre a maior e a menor das observações: r = xn:n - x1:n, onde representamos por x1:n e
xn:n, respectivamente o menor e o maior valor da amostra (x1, x2, ..., xn), de acordo com a notação
introduzida anteriormente, para a amostra ordenada.

Amplitude Inter-Quartil: A medida anterior tem a grande desvantagem de ser muito sensível à
existência, na amostra, de uma observação muito grande ou muito pequena. Assim, define-se uma outra
medida, a amplitude inter-quartil, que é, em certa medida, uma solução de compromisso, pois não é
afetada, de um modo geral, pela existência de um número pequeno de observações demasiado grandes
ou demasiado pequenas. Esta medida é definida como sendo a diferença entre os 1º e 3º quartis.
Amplitude inter-quartil = Q3/4 - Q1/4
Do modo como se define a amplitude inter-quartil, concluímos que 50% dos elementos do meio da
amostra, estão contidos num intervalo com aquela amplitude. Esta medida é não negativa e será tanto
maior quanto maior for a variabilidade nos dados. Mas, ao contrário do que acontece com o desvio padrão,
uma amplitude inter-quartil nula, não significa necessariamente, que os dados não apresentem
variabilidade.

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1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
Amplitude inter-quartil ou desvio padrão: Do mesmo modo que a questão foi posta relativamente
às duas medidas de localização mais utilizadas - média e mediana, também aqui se pode por o problema
de comparar aquelas duas medidas de dispersão.
- A amplitude inter-quartil é mais robusta, relativamente à presença de "outliers", do que o desvio
padrão, que é mais sensível aos dados.
- Para uma distribuição dos dados aproximadamente normal, verifica-se a seguinte relação. Amplitude
inter-quartil 1.3 x desvio padrão.
- Se a distribuição é enviesada, já não se pode estabelecer uma relação análoga à anterior, mas pode
acontecer que o desvio padrão seja muito superior à amplitude inter-quartil, sobretudo se se verificar a
existência de "outliers".
Questões

01. (AL/GO – Assistente Legislativo – Assistente Administrativo – CS/UFG) Em estatística, a


variância é um número que apresenta a unidade elevada ao quadrado em relação a variável que
não está elevada ao quadrado, o que pode ser um inconveniente para a interpretação do re sultado.
Por isso, é mais comumente utilizada na estatística descritiva o desvio-padrão, que é definido como
(A) a raiz quadrada da mediana, representada por "s" ou "μ".
(B) a raiz quadrada da variância, representada por "s" ou "α".
(C) a raiz quadrada da variância, representada por "s" ou "α".
(D) a raiz quadrada da média, representada por "s" ou "α".

02. (ANAC – Analista Administrativo – ESAF) Os valores a seguir representam uma amostra
331546248
Então, a variância dessa amostra é igual a
(A) 4,0
(B) 2,5
(C) 4,5
(D) 5,5
(E) 3,0

03. (MPE/AP – Analista Ministerial – FCC) Ao considerar uma curva de distribuição normal,
com uma média como medida central, temos a variância e o desvio padrão referentes a esta média.
Em relação a estes parâmetros,

(A) a variância é uma medida cujo significado é a metade do desvio padrão.


(B) a variância é calculada com base no dobro do desvio padrão.
(C) o desvio padrão é a raiz quadrada da variância.
(D) a média dividida pelo desvio padrão forma a variância.
(E) a variância elevada ao quadrado indica qual é o desvio padrão.

04. (MEC – Agente Administrativo – CESPE) Os dados abaixo correspondem às quantidades


diárias de merendas escolares demandadas em 10 diferentes escolas:

200, 250, 300, 250, 250, 200, 150, 200, 150, 200.

Com base nessas informações, julgue os próximos itens.

O desvio padrão amostral dos números diários de merendas escolares é superior a 50.
( ) Certo ( ) Errado

Respostas

01. Resposta: C.
Como visto, o desvio padrão é a raiz quadrada da variância.

02. Resposta: C.

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1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
Tem-se que a amostra contém as seguintes observações: 3 3 1 5 4 6 2 4 8. Para chegar à variância,
nessa questão, encontramos primeiro o valor da média.
A média desses valores é dada por: soma das observações/nº de observações menos 1.
Logo, 3+3+1+5+4+6+2+4+8/ 9 = 4
Após isso, aplicamos a construção: (3-4)²+(3-4)²+(1-4)²+(5-4)²+(4-4)²+(6-4)²+(2-4)²+(4-4)²+(8-4)²/9-1
Calculando: [(-1)²+(-1)²+(-3)²+(1)²+(0)²+(2)²+(-2)²+(0)²+(4)²]/9-1
(1+1+9+1+0+4+4+0+16)/8
36/8 = 4,5

03. Resposta: C.
Conforme visto anteriormente, desvio padrão é a raiz quadrada da variância.

04. Resposta: Errado.


O desvio padrão amostral é dado por:
√∑(Xi – X média)²/(n − 1)
Onde n é o número de elementos (n=10), Xi representa cada elemento da amostra e X a média da
amostra. A média, neste caso, é:
Média (X) = ∑(Xi)/ n = (150 + 150 + 200 + 200 + 200 +200 + 250 + 250 + 250 + 300) /10 = 215
O Desvio Padrão será:
√∑(Xi – X média)²/(n − 1) =
√2 ∗ (150 − 215)² + 4 ∗ (200 − 215)² + 3 ∗ (250 − 215)² + 1 ∗ (300 − 215)² / (10 − 1) =
√8450 + 900 + 3675 + 7225/9 =
√2250
√2500= 50
Logo: √2250< 50

8 Noções básicas de teoria dos conjuntos

Conjunto15 é uma reunião ou agrupamento, que poderá ser de pessoas, seres, objetos, classes…,
dos quais possuem a mesma característica e nos dá ideia de coleção.

Noções Primitivas
Na teoria dos conjuntos, três noções são aceitas sem definições:
- Conjunto;
- Elemento;
- E a pertinência entre um elemento e um conjunto.

Um cacho de bananas, um cardume de peixes ou uma porção de livros são todos exemplos de
conjuntos pois possuem elementos. Um elemento de um conjunto pode ser uma banana, um peixe ou um
livro.

Convém frisar que um conjunto pode ele mesmo ser elemento de algum outro conjunto.
Em geral indicaremos os conjuntos pelas letras maiúsculas A, B, C, ..., X, e os elementos pelas letras
minúsculas a, b, c, ..., x, y, ..., embora não exista essa obrigatoriedade.
A relação de pertinência que nos dá um relacionamento entre um elemento e um conjunto.

Se x é um elemento de um conjunto A, escreveremos x∈A.


Lê-se: x é elemento de A ou x pertence a A.

Se x não é um elemento de um conjunto A, escreveremos x  A.


Lê-se x não é elemento de A ou x não pertence a A.

15
GONÇALVES, Antônio R. - Matemática para Cursos de Graduação – Contexto e Aplicações
IEZZI, Gelson - Fundamentos da Matemática Elementar – Vol. 01 – Conjuntos e Funções

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1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
Como Representar um Conjunto
1) Pela designação de seus elementos
Escrevemos os elementos entre chaves, separando os por vírgula.

Exemplos:
{a, e, i, o, u} indica o conjunto formado pelas vogais
{1, 2, 5,10} indica o conjunto formado pelos divisores naturais de 10.

2) Pela sua característica


Escrevemos o conjunto enunciando uma propriedade ou característica comum de seus elementos.
Assim sendo, o conjunto dos elementos x que possuem a propriedade P é indicado por:
{x, | (tal que) x tem a propriedade P}.

Exemplos:
- {x| x é vogal} é o mesmo que {a, e, i, o, u}.
- {x | x são os divisores naturais de 10} é o mesmo que {1, 2, 5,10}.

3) Pelo diagrama de Venn-Euler


Os elementos do conjunto são colocados dentro de uma figura em forma de elipse, chamada diagrama
de Venn.

Exemplos:
- Conjunto das vogais

- Conjunto dos divisores naturais de 10

Igualdade de Conjuntos
Dois conjuntos A e B são ditos iguais (ou idênticos) se todos os seus elementos são iguais, e
escrevemos A = B. Caso haja algum que não o seja, dizemos que estes conjuntos são distintos e
escrevemos A ≠ B.

Exemplos:
a) A = {3, 5, 7} e B = {x| x é primo e 3 ≤ x ≤ 7}, então A = B.

b) B = {6, 9,10} e C = {10, 6, 9}, então B = C, note que a ordem dos elementos não altera a igualdade
dos conjuntos.

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1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
Tipos de Conjuntos
- Conjunto Universo
Reunião de todos os conjuntos que estamos trabalhando.

Exemplo:
Quando falamos de números naturais, temos como Conjunto Universo os números inteiros positivos.

- Conjunto Vazio
Conjunto vazio é aquele que não possui elementos. Representa-se por 0 ou, simplesmente { }.

Exemplo:
A = {x| x é natural e menor que 0}.

- Conjunto Unitário
Conjunto caracterizado por possuir apenas um único elemento.

Exemplos:
- Conjunto dos números naturais compreendidos entre 2 e 4. A = {3}.
- Conjunto dos números inteiros negativos compreendidos entre -5 e -7. B = {- 6}.

- Conjuntos Finitos e Infinitos


Finito: quando podemos enumerar todos os seus elementos.
Exemplo: Conjuntos dos Estados da Região Sudeste, S= {Rio de Janeiro, São Paulo, Espirito Santo,
Minas Gerais}.
Infinito: contrário do finito.
Exemplo: Conjunto dos números inteiros, Z = {..., -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, ...}. A reticências representa o
infinito.

Relação de Pertinência
A pertinência é representada pelo símbolo ∈ (pertence) ou  não pertence). Ele relaciona elemento
com conjunto.

Exemplo:
Seja o conjunto B = {1, 3, 5, 7}
1∈ B, 3 ∈ B, 5 ∈ B
2  B, 6  B , 9  B

Subconjuntos
Quando todos os elementos de um conjunto A são também elementos de um outro conjunto B, dizemos
que A é subconjunto de B.
Podemos dizer ainda que subconjunto é quando formamos vários conjuntos menores com as mesmas
caraterísticas de um conjunto maior.

Exemplos:
- B = {2, 4} ⊂ A = {2, 3, 4, 5, 6}, pois 2 ∈ {2, 3, 4, 5, 6} e 4 ∈ {2, 3, 4, 5 ,6}

- C = {2, 7, 4}  A = {2, 3, 4, 5, 6}, pois 7  {2, 3, 4, 5, 6}


- D = {2, 3} ⊂ E = {2, 3}, pois 2 ∈ {2, 3} e 3 ∈ {2, 3}

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1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
DICAS:
1) Todo conjunto A é subconjunto dele próprio;
2) O conjunto vazio, por convenção, é subconjunto de qualquer conjunto;
3) O conjunto das partes é o conjunto formado por todos os subconjuntos de A.

Exemplo: Pegando o conjunto B acima, temos as partes de B:


B= {{ },{2},{4},B}
Podemos concluir com essa propriedade que: Se B tem n elementos, então B possui 2n
subconjuntos e, portanto, P(B) possui 2n elementos.
Se quiséssemos saber quantos subconjuntos tem o conjunto A = {2, 3, 4, 5, 6}, basta calcularmos
aplicando o fórmula:
Números de elementos(n)= 5 → 2n = 25 = 32 subconjuntos, incluindo o vazio e ele próprio.

Relação de Inclusão
Deve ser usada para estabelecer a relação entre conjuntos com conjuntos, verificando se um conjunto
é subconjunto ou não de outro conjunto.
Representamos as relações de inclusão pelos seguintes símbolos:

⊂→Está contido ⊃→Contém


⊄→Não está contido ⊅→Não contém

Exemplo:
Seja A = {0, 1, 2, 3, 4, 5} e B = {0, 2, 4}
Dizemos que B ⊂ A ou que A ⊃ B

Operações com Conjuntos


- União de conjuntos
A união (ou reunião) dos conjuntos A e B é o conjunto formado por todos os elementos que pertencem
a A ou a B. Representa-se por A U B.
Simbolicamente: A U B = {x | x∈A ou x∈B}

Exemplos:
- {2, 3} U {4, 5, 6} = {2, 3, 4, 5, 6}
- {2, 3, 4} U {3, 4, 5} = {2, 3, 4, 5}
- {2, 3} U {1, 2, 3, 4} = {1, 2, 3, 4}
- {a, b} U  = {a, b}

- Intersecção de conjuntos
A intersecção dos conjuntos A e B é o conjunto formado por todos os elementos que pertencem,
simultaneamente, a A e a B. Representa-se por A∩B. Simbolicamente: A∩B = {x | x ∈ A e x ∈ B}

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1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
Exemplos:
- {2, 3, 4} ∩ {3, 5} = {3}
- {1, 2, 3} ∩{2, 3, 4} = {2, 3}
- {2, 3} ∩{1, 2, 3, 5} = {2, 3}
- {2, 4} ∩{3, 5, 7} = 

Observação: Se A∩B =  , dizemos que A e B são conjuntos disjuntos.

- Propriedades dos conjuntos disjuntos


1) A U (A ∩ B) = A
2) A ∩ (A U B) = A
3) Distributiva da reunião em relação à intersecção: A U (B U C) = (A U B) ∩ (A U C)
4) Distributiva da intersecção em relação à união: A ∩ (B U C) = (A ∩ B) U (A ∩ C)

- Número de Elementos da União e da Intersecção de Conjuntos


Dados dois conjuntos A e B, como vemos na figura abaixo, podemos estabelecer uma relação entre
os respectivos números de elementos.

𝑛(𝐴 ∪ 𝐵) = 𝑛(𝐴) + 𝑛(𝐵) − 𝑛(𝐴 ∩ 𝐵)

Note que ao subtrairmos os elementos comuns (𝑛(𝐴 ∩ 𝐵)) evitamos que eles sejam contados duas
vezes.
Observações:
a) Se os conjuntos A e B forem disjuntos ou se mesmo um deles estiver contido no outro, ainda assim
a relação dada será verdadeira.
b) Podemos ampliar a relação do número de elementos para três ou mais conjuntos com a mesma
eficiência.

Observe o diagrama e comprove:

𝑛(𝐴 ∪ 𝐵 ∪ 𝐶) = 𝑛(𝐴) + 𝑛(𝐵) + 𝑛(𝐶) − 𝑛(𝐴 ∩ 𝐵) − 𝑛(𝐴 ∩ 𝐶) − 𝑛(𝐵 ∩ 𝐶) + 𝑛(𝐴 ∩ 𝐵 ∩ 𝐶)

- Propriedades da União e Intersecção de Conjuntos


Sendo A, B e C conjuntos quaisquer, valem as seguintes propriedades:

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1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
1) Idempotente: A U A = A e A ∩ A= A
2) Elemento Neutro: A U Ø = A e A ∩ U = A
3) Comutativa: A U B = B U A e A ∩ B = B ∩ A
4) Associativa: A U (B U C) = (A U B) U C e A ∩ (B ∩ C) = (A ∩ B) ∩ C

- Diferença
A diferença entre os conjuntos A e B é o conjunto formado por todos os elementos que pertencem a A
e não pertencem a B. Representa-se por A – B. Para determinar a diferença entre conjuntos, basta
observamos o que o conjunto A tem de diferente de B.
Simbolicamente: A – B = {x | x ∈ A e x  B}

Exemplos:
- A = {0, 1, 2, 3} e B = {0, 2}  A – B = {1, 3} e B – A = 
- A = {1, 2, 3} e B = {2, 3, 4}  A – B = {1} e B – A = {4}
- A = {0, 2, 4} e B = {1 ,3 ,5}  A – B = {0, 2, 4} e B – A = {1, 3, 5}

Note que A – B ≠ B - A

- Complementar
Dados dois conjuntos A e B, tais que B ⊂ A (B é subconjunto de A), chama-se complementar de B
em relação a A o conjunto A - B, isto é, o conjunto dos elementos de A que não pertencem a B.

Dizemos complementar de B em relação a A.

Exemplos:
Seja S = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6}. Então:
a) A = {2, 3, 4}  A = {0, 1, 5, 6}
b) B = {3, 4, 5, 6 }  B = {0, 1, 2}
c) C =   C = S

Resolução de Problemas Utilizando Conjuntos


Muitos dos problemas constituem- se de perguntas, tarefas a serem executadas. Nos utilizaremos
dessas informações e dos conhecimentos aprendidos em relação as operações de conjuntos para
resolvê-los.

Exemplos:
1) Numa pesquisa sobre a preferência por dois partidos políticos, A e B, obteve-se os seguintes
resultados. Noventa e duas disseram que gostam do partido A, oitenta pessoas disseram que gostam do
partido B e trinta e cinco pessoas disseram que gostam dos dois partidos. Quantas pessoas responderam
à pesquisa?
Resolução pela Fórmula
» n(A U B) = n(A) + n(B) – n(A ∩ B)
» n(A U B) = 92 + 80 – 35
» n(A U B) = 137

Resolução pelo Diagrama:

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1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
- Se 92 pessoas responderam gostar do partido A e 35 delas responderam que gostam de ambos,
então o número de pessoas que gostam somente do partido A é: 92 – 35 = 57.
- Se 80 pessoas responderam gostar do partido B e 35 delas responderam gostar dos dois partidos,
então o número de operários que gostam somente do partido B é: 80 – 35 = 45.
- Se 57 gostam somente do partido A, 45 responderam que gostam somente do partido B e 35
responderam que gostam dos dois partidos políticos, então o número de pessoas que responderam à
pesquisa foi: 57 + 35 + 45 = 137.

2) Num grupo de motoristas, há 28 que dirigem automóvel, 12 que dirigem motocicleta e 8 que dirigem
automóveis e motocicleta. Quantos motoristas há no grupo?
(A) 16 motoristas
(B) 32 motoristas
(C) 48 motoristas
(D) 36 motoristas
Resolução:

Os que dirigem automóveis e motocicleta: 8


Os que dirigem apenas automóvel: 28 – 8 = 20
Os que dirigem apenas motocicleta: 12 – 8 = 4
A quantidade de motoristas é o somatório: 20 + 8 + 4 = 32 motoristas.
Resposta: B

3) Em uma cidade existem duas empresas de transporte coletivo, A e B. Exatamente 70% dos
estudantes desta cidade utilizam a Empresa A e 50% a Empresa B. Sabendo que todo estudante da
cidade é usuário de pelo menos uma das empresas, qual o % deles que utilizam as duas empresas?
(A) 20%
(B) 25%
(C) 27%
(D) 33%
(E) 35%
Resolução:

70 – 50 = 20.
20% utilizam as duas empresas.
Resposta: A.

Questões

01. (Câmara de São Paulo/SP – Técnico Administrativo – FCC) Dos 43 vereadores de uma cidade,
13 dele não se inscreveram nas comissões de Educação, Saúde e Saneamento Básico. Sete dos
vereadores se inscreveram nas três comissões citadas. Doze deles se inscreveram apenas nas
comissões de Educação e Saúde e oito deles se inscreveram apenas nas comissões de Saúde e

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Saneamento Básico. Nenhum dos vereadores se inscreveu em apenas uma dessas comissões. O número
de vereadores inscritos na comissão de Saneamento Básico é igual a
(A) 15.
(B) 21.
(C) 18.
(D) 27.
(E) 16.

02. (UFS/SE - Tecnólogo em Radiologia - AOCP) Em uma pequena cidade, circulam apenas dois
jornais diferentes. O jornal A e o jornal B. Uma pesquisa realizada com os moradores dessa cidade
mostrou que 33% lê o jornal A, 45% lê o jornal B, e 7% leem os jornais A e B. Sendo assim, quantos por
centos não leem nenhum dos dois jornais?
(A) 15%
(B) 25%
(C) 27%
(D) 29%
(E) 35%

03. (TRT 19ª – Técnico Judiciário – FCC) Dos 46 técnicos que estão aptos para arquivar documentos
15 deles também estão aptos para classificar processos e os demais estão aptos para atender ao público.
Há outros 11 técnicos que estão aptos para atender ao público, mas não são capazes de arquivar
documentos. Dentre esses últimos técnicos mencionados, 4 deles também são capazes de classificar
processos. Sabe-se que aqueles que classificam processos são, ao todo, 27 técnicos. Considerando que
todos os técnicos que executam essas três tarefas foram citados anteriormente, eles somam um total de
(A) 58.
(B) 65.
(C) 76.
(D) 53.
(E) 95.

04. (Metrô/SP – Oficial Logística – FCC) O diagrama indica a distribuição de atletas da delegação de
um país nos jogos universitários por medalha conquistada. Sabe-se que esse país conquistou medalhas
apenas em modalidades individuais. Sabe-se ainda que cada atleta da delegação desse país que ganhou
uma ou mais medalhas não ganhou mais de uma medalha do mesmo tipo (ouro, prata, bronze). De acordo
com o diagrama, por exemplo, 2 atletas da delegação desse país ganharam, cada um, apenas uma
medalha de ouro.

A análise adequada do diagrama permite concluir corretamente que o número de medalhas


conquistadas por esse país nessa edição dos jogos universitários foi de
(A) 15.
(B) 29.
(C) 52.
(D) 46.
(E) 40.

05. (Pref. de Camaçari/BA – Téc. Vigilância em Saúde NM – AOCP) Qual é o número de elementos
que formam o conjunto dos múltiplos estritamente positivos do número 3, menores que 31?
(A) 9
(B) 10
(C) 11

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1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
(D) 12
(E) 13

06. (Pref. de Camaçari/BA – Téc. Vigilância Em Saúde NM – AOCP) Considere dois conjuntos A e
B, sabendo que 𝐴 ∩ 𝐵 = {3}, 𝐴 ∪ 𝐵 = {0; 1; 2; 3; 5} 𝑒 𝐴 − 𝐵 = {1; 2}, assinale a alternativa que apresenta o
conjunto B.
(A) {1;2;3}
(B) {0;3}
(C) {0;1;2;3;5}
(D) {3;5}
(E) {0;3;5}

07. (Pref. de Inês – Técnico em Contabilidade – MAGNUS CONCURSOS) Numa biblioteca são lidos
apenas dois livros, K e Z. 80% dos seus frequentadores leem o livro K e 60% o livro Z. Sabendo-se que
todo frequentador é leitor de pelo menos um dos livros, a opção que corresponde ao percentual de
frequentadores que leem ambos, é representado:
(A) 26%
(B) 40%
(C) 34%
(D) 78%
(E) 38%

08. (Metrô/SP – Engenheiro Segurança do Trabalho – FCC) Uma pesquisa, com 200 pessoas,
investigou como eram utilizadas as três linhas: A, B e C do Metrô de uma cidade. Verificou-se que 92
pessoas utilizam a linha A; 94 pessoas utilizam a linha B e 110 pessoas utilizam a linha C. Utilizam as
linhas A e B um total de 38 pessoas, as linhas A e C um total de 42 pessoas e as linhas B e C um total
de 60 pessoas; 26 pessoas que não se utilizam dessas linhas. Desta maneira, conclui-se corretamente
que o número de entrevistados que utilizam as linhas A e B e C é igual a
(A) 50.
(B) 26.
(C) 56.
(D) 10.
(E) 18.

09. (Pref. de Inês – Técnico em Contabilidade – MAGNUS CONCURSOS) Numa recepção, foram
servidos os salgados pastel e casulo. Nessa, estavam presentes 10 pessoas, das quais 5 comeram pastel,
7 comeram casulo e 3 comeram as duas. Quantas pessoas não comeram nenhum dos dois salgados?
(A) 0
(B) 5
(C) 1
(D) 3
(E) 2

10. (Corpo de Bombeiros/MT – Oficial de Bombeiro Militar – UNEMAT) Em uma pesquisa realizada
com alunos de uma universidade pública sobre a utilização de operadoras de celular, constatou-se que
300 alunos utilizam a operadora A, 270 utilizam a operadora B, 150 utilizam as duas operadoras (A e B)
e 80 utilizam outras operadoras distintas de A e B.
Quantas pessoas foram consultadas?
(A) 420
(B) 650
(C) 500
(D) 720
(E) 800

Comentários

01. Resposta: C
De acordo com os dados temos:
7 vereadores se inscreveram nas 3.

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APENAS 12 se inscreveram em educação e saúde (o 12 não deve ser tirado de 7 como costuma fazer
nos conjuntos, pois ele já desconsidera os que se inscreveram nos três)
APENAS 8 se inscreveram em saúde e saneamento básico.
São 30 vereadores que se inscreveram nessas 3 comissões, pois 13 dos 43 não se inscreveram.
Portanto, 30 – 7 – 12 – 8 = 3
Se inscreveram em educação e saneamento 3 vereadores.

Em saneamento se inscreveram: 3 + 7 + 8 = 18

02. Resposta: D

26 + 7 + 38 + x = 100
x = 100 - 71
x = 29%

03. Resposta: B
Técnicos arquivam e classificam: 15
Arquivam e atendem: 46 – 15 = 31
Classificam e atendem: 4
Classificam: 15 + 4 = 19 como são 27 faltam 8
Dos 11 técnicos aptos a atender ao público 4 são capazes de classificar processos, logo apenas 11 -
4 = 7 técnicos são aptos a atender ao público.
Somando todos os valores obtidos no diagrama teremos: 31 + 15 + 7 + 4 + 8 = 65 técnicos.

04. Resposta: D
O diagrama mostra o número de atletas que ganharam medalhas.
No caso das intersecções, devemos multiplicar por 2 por ser 2 medalhas e na intersecção das três
medalhas multiplica-se por 3.
Intersecções:
6 ∙ 2 = 12
1∙2=2
4∙2=8
3∙3=9
Somando as outras:

. 176
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2 + 5 + 8 + 12 + 2 + 8 + 9 = 46

05. Resposta: B
Se nos basearmos na tabuada do 3, teremos o seguinte conjunto
A = {3, 6, 9, 12, 15, 18, 21, 24, 27, 30}
10 elementos.

06. Resposta: E
A intersecção dos dois conjuntos, mostra que 3 é elemento de B.
A – B são os elementos que tem em A e não em B.
Então de A  B, tiramos que B = {0; 3; 5}.

07. Resposta: B

80 – x + x + 60 – x = 100
- x = 100 - 140
x = 40%

08. Resposta: E

92-[38-x+x+42-x]+94-[38-x+x+60-x]+110-[42-x+x+60-x]+(38-x)+x+(42-x)+(60-x)+26=200
92 - [80 - x] + 94 - [98 - x] + 110 - [102 - x] + 38 + 42 – x + 60 – x + 26 = 200
92 – 80 +x + 94 – 98 +x + 110 – 102 + x + 166 -2x = 200
x + 462 – 280 = 200  x + 182 = 200  x = 200-182  x = 18

09. Resposta: C

2 + 3 + 4 + x = 10
x = 10 - 9
x=1

. 177
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10. Resposta: C

300 – 150 = 150


270 – 150 = 120
Assim: 150 + 120 + 150 + 80 = 500(total).

9 Análise e interpretação de diferentes representações de figuras planas, como


desenhos, mapas e plantas. 9.1 Utilização de escalas. 9.2 Visualização de figuras
espaciais em diferentes posições. 9.3 Representações bidimensionais de
projeções, planificações e cortes

ESCALAS

É um número que mostra a relação entre as medidas do desenho e as medidas reais, ou seja, é a
razão de semelhança entre a planta e o terreno16.

Exemplo
A planta de um terreno deve vir acompanhada de uma informação muito importante, a escala. Abaixo
temos uma planta de situação acompanhado da escala 1/500.

Planta de situação de um terreno

A escala é utilizada em mapas, projetos arquitetônicos, elétricos, plantas baixas, ou seja, em tudo
aquilo que precisamos representar uma área muito grande, fazendo com que ela caiba em um papel.

16
Apostila Telecurso 2000
http://www.ibge.gov.br
http://pir2.forumeiros.com/t62819-escala

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Exemplos

Mapa do Rio de Janeiro escalado 1:450.000. A cada 1 cm no mapa corresponde a 450.000 cm no real.

Planta Baixa de uma Casa

Escala Gráfica
É a representação gráfica de várias distâncias do terreno sobre uma linha reta graduada.
É constituída de um segmento à direita da referência zero, conhecida como escala primária.
Consiste também de um segmento à esquerda da origem denominada de Talão ou escala de
fracionamento, que é dividido em submúltiplos da unidade escolhida graduadas da direita para a
esquerda.
A Escala Gráfica nos permite realizar as transformações de dimensões gráficas em dimensões reais
sem efetuarmos cálculos. Para sua construção, entretanto, torna-se necessário o emprego da escala
numérica.
O seu emprego consiste nas seguintes operações:
1º Tomamos na carta a distância que pretendemos medir (pode-se usar um compasso).
2º Transportamos essa distância para a Escala Gráfica.
3º Lemos o resultado obtido.

. 179
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(Fonte site IBGE)

Questões

01. (UFCE) Em um mapa cartográfico, 4 cm representam 12 km. Nesse mesmo mapa, 10 cm


representam quantos quilômetros?
(A) 60 km
(B) 30 km
(C) 15 km
(D) 18 km
(E) 25 km

02. (IBGE – Agente de Pesquisa e Mapeamentos – CESGRANRIO) Num cartograma de escala


1:200.000, a distância medida em linha reta entre duas cidades é de 4 cm. A distância real entre essas
cidades, medida em quilômetros e em linha reta, é
(A) 10
(B) 2
(C) 8
(D) 4
(E) 6

03. (UNICAMP/SP) Na planta de edifício em construção, cuja escala é 1:50. As dimensões de sala
retangular são 10 cm e 8 cm. Calcule a área total da sala projetada.
(A) 20 m2
(B) 22 m2
(C) 25 m2
(D) 36 m2
(E) 42 m2

Comentários

01. Resposta: B
Vamos fazer uma regra de 3 simples:

. 180
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Logo 10 cm no mapa corresponde a 30 km.

02. Resposta: C
Mapa (cm) real(cm)
1 200 000
4 x

x = 200 000 . 4  x = 800 000, como a questão pede a resposta em km, vamos converter de cm para
km.
Sabemos que 1 km = 100 000 cm
Km cm
1 100 000
x 800 000
100 000.x = 800 000  x = 800 000/ 100 000  x = 8 km

03. Resposta: A
Vamos calcular cada medida procurando achar a real.
No papel(cm) Real(cm)
1 50
10 x
x = 10.50  x = 500 cm, transformando para metro (para facilitar os cálculos) x = 5 m

No papel(cm) Real(cm)
1 50
8 x
x = 8.50  x = 400 cm, transformando para metro (para facilitar os cálculos) x = 4 m
Como a área do retângulo é dada pela multiplicação das suas medidas (b.h), temos que:
A = b.h  A = 5 . 4  A = 20 m2

PONTO – RETA E PLANO

Ao estudo das figuras em um só plano chamamos de Geometria Plana.


A Geometria estuda, basicamente, os três princípios fundamentais (ou também chamados de “entes
primitivos”) que são: Ponto, Reta e Plano. Estes três princípios não tem definição e nem dimensão
(tamanho).

Para representar um ponto usamos. e para dar nome usamos letras maiúsculas do nosso alfabeto.
Exemplo: . A (ponto A).

Para representar uma reta usamos ↔ e para dar nome usamos letras minúsculas do nosso alfabeto
ou dois pontos por onde esta reta passa.
Exemplo: t ( reta t ou reta ⃡𝐴𝐵).

Para representar um plano usamos uma figura chamada paralelogramo e para dar nome usamos letras
minúsculas do alfabeto grego (α, β, π, θ,...).
Exemplo:

Semiplano: toda reta de um plano que o divide em outras duas porções as quais denominamos de
semiplano. Observe a figura:

. 181
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Partes de uma reta
Estudamos, particularmente, duas partes de uma reta:

- Semirreta: é uma parte da reta que tem origem em um ponto e é infinita.


Exemplo: (semirreta 𝐴𝐵), tem origem em A e passa por B.

- Segmento de reta: é uma parte finita (tem começo e fim) da reta.


̅̅̅̅).
Exemplo: (segmento de reta 𝐴𝐵

Observação: 𝐴𝐵 ≠ 𝐵𝐴 e ̅̅̅̅
𝐴𝐵 = ̅̅̅̅
𝐵𝐴.

POSIÇÃO RELATIVA ENTRE RETAS

- Retas concorrentes: duas retas são concorrentes quando se interceptam em um ponto. Observe
que a figura abaixo as retas c e d se interceptam no ponto B.

- Retas paralelas: são retas que por mais que se prolonguem nunca se encontram, mantêm a mesma
distância e nunca se cruzam. O ângulo de inclinação de duas ou mais retas paralelas em relação a outra
é sempre igual. Indicamos retas paralelas a e b por a // b.

- Retas coincidentes: duas retas são coincidentes se pertencem ao mesmo plano e possuem todos
os pontos em comum.

. 182
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- Retas perpendiculares: são retas concorrentes que se cruzam num ponto formando entre si ângulos
de 90º ou seja ângulos retos.

PARALELISMO

Ângulos formados por duas retas paralelas com uma transversal

Lembre-se: Retas paralelas são retas que estão no mesmo plano e não possuem ponto em comum.
Vamos observar a figura abaixo:

Ângulos colaterais internos: (colaterais = mesmo lado)

A soma dos ângulos 4 e 5 é igual a 180°.

A soma dos ângulos 3 e 6 é igual a 180°

Ângulos colaterais externos:

. 183
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A soma dos ângulos 2 e 7 é igual a 180°

A soma dos ângulos 1 e 8 é igual a 180°

Ângulos alternos internos: (alternos = lados diferentes)

Os ângulos 4 e 6 são congruentes (iguais)

Os ângulos 3 e 5 são congruentes (iguais)

Ângulos alternos externos:

Os ângulos 1 e 7 são congruentes (iguais)

. 184
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Os ângulos 2 e 8 são congruentes (iguais)

Ângulos correspondentes: são ângulos que ocupam uma mesma posição na reta transversal, um na
região interna e o outro na região externa.

Os ângulos 1 e 5 são congruentes (iguais)

Os ângulos 2 e 6 são congruentes (iguais)

os ângulos 3 e 7 são congruentes (iguais)

os ângulos 4 e 8 são congruentes (iguais)

. 185
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Questões

01. Na figura abaixo, o valor de x é:

(A) 10°
(B) 20°
(C) 30°
(D) 40°
(E) 50°

02. O valor de x na figura seguinte, em graus, é:

(A) 32°
(B) 32° 30’
(C) 33°
(D) 33° 30’
(E) 34°

̂ é reto, o valor de 𝛼 é:
03. Na figura abaixo, sabendo que o ângulo A

(A) 20°
(B) 30°
(C) 40°
(D) 50°
(E) 60°

04. Qual é o valor de x na figura abaixo?

(A) 100°
(B) 60°
(C) 90°
(D) 120°
(E) 110°

. 186
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05. Na figura seguinte, o valor de x é:

(A) 20°
(B) 22°
(C) 24°
(D) 26°
(E) 28°

06. (Pref. de Curitiba – Docência I – NC-UFPR) Sabendo que as retas r e s da figura ao lado são
paralelas, o valor, em graus, de α - β é:

(A) 12
(B) 15
(C) 20
(D) 30

Comentários

01. Resposta: E.
Na figura, os ângulos assinalados são correspondentes, portanto são iguais.

x + 2x + 30° = 180°
3x = 180°- 30°
3x = 150°
x = 150° : 3
x = 50°

02. Resposta: B.
Na figura dada os ângulos 47° e 2x – 18° são correspondentes e, portanto tem a mesma medida,
então:
2x – 18° = 47° → 2x = 47° + 18° → 2x = 65° → x = 65°: 2

. 187
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
x = 32° 30’

03. Resposta: C.
Precisamos traçar uma terceira reta pelo vértice A paralela às outras duas.

Os ângulos são dois a dois iguais, portanto 𝛼 = 40°

04. Resposta: A.
Aqui também precisamos traçar um terceira reta pelo vértice.

x = 80° + 20° → x = 100°


Obs.: neste tipo de figura, o ângulo do meio sempre será a soma dos outros dois.

05. Resposta: D.
Os ângulos assinalados na figura, x + 20° e 4x + 30°, são colaterais internos, portanto a soma dos dois
é igual a 180°.

x + 20° + 4x + 30° = 180° → 5x + 50° = 180° → 5x = 180° - 30° → 5x = 130°


x = 130° : 5 → x = 26°

06. Resposta: D.
O ângulo oposto a 138º vale 138º também, para saber o valor de α é só subtrair 138-54 = 84º.

. 188
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
O ângulo oposto a 54º vale 54º também. Só subtrair agora α - β =
84-54=30º.

ÂNGULOS

Ângulo: É uma região limitada por duas semirretas de mesma origem.

Elementos de um ângulo

- LADOS: são as duas semirretas 𝑂𝐴 e 𝑂𝐵.


-VÉRTICE: é o ponto de intersecção das duas semirretas, no exemplo o ponto O.

Ângulo Agudo: É o ângulo, cuja medida é menor do que 90º.

Ângulo Central
- Da circunferência: é o ângulo cujo vértice é o centro da circunferência;
- Do polígono: é o ângulo, cujo vértice é o centro do polígono regular e cujos lados passam por
vértices consecutivos do polígono.

Ângulo Circunscrito: É o ângulo, cujo vértice não pertence à circunferência e os lados são
tangentes a ela.

Ângulo Inscrito: É o ângulo cujo vértice pertence a uma circunferência.

. 189
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Ângulo Obtuso: É o ângulo cuja medida é maior do que 90º.

Ângulo Raso:
- É o ângulo cuja medida é 180º;
- É aquele, cujos lados são semirretas opostas.

Ângulo Reto:
- É o ângulo cuja medida é 90º;
- É aquele cujos lados se apoiam em retas perpendiculares.

0
Ângulos Complementares: Dois ângulos são complementares se a soma das suas medidas é 90 .

0
Ângulos Replementares: Dois ângulos são ditos replementares se a soma das suas medidas é 360 .

. 190
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Ângulos Suplementares: Dois ângulos são ditos suplementares se a soma das suas medidas de dois
ângulos é 180º.

Então, se x e y são dois ângulos, temos:


- se x + y = 90° → x e y são Complementares.
- se x + y = 180° → e y são Suplementares.
- se x + y = 360° → x e y são Replementares.

Ângulos Congruentes: São ângulos que possuem a mesma medida.

Ângulos Opostos pelo Vértice: Dois ângulos são opostos pelo vértice se os lados de um são as
respectivas semirretas opostas aos lados do outro.

Ângulos consecutivos: são ângulos que tem um lado em comum.

Ângulos adjacentes: são ângulos consecutivos que não tem ponto interno em comum.

- Os ângulos AÔ B e BO
̂ C, AÔ B e AO
̂ C, BO
̂ C e AO
̂ C são pares de ângulos consecutivos.
- Os ângulos AÔ B e BO
̂ C são ângulos adjacentes.
Unidades de medida de ângulos:
Grado: (gr.): dividindo a circunferência em 400 partes iguais, a cada arco unitário que corresponde a
1/400 da circunferência denominamos de grado.

Grau: (º): dividindo a circunferência em 360 partes iguais, cada arco unitário que corresponde a 1/360
da circunferência denominamos de grau.
- o grau tem dois submúltiplos: minuto e segundo. E temos que 1° = 60’ (1 grau equivale a 60 minutos)
e 1’ = 60” (1 minuto equivale a 60 segundos).

Exemplos:
01. As retas f e g são paralelas (f // g). Determine a medida do ângulo â, nos seguintes casos:

. 191
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a)

b)

c)

02. As retas a e b são paralelas. Quanto mede o ângulo î?

03. Obtenha as medidas dos ângulos assinalados:

a)

b)

. 192
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c)

d)

Resoluções
01. Respostas:
a) 55˚
b) 74˚
c) 33˚

02. Resposta: 130.


Imagine uma linha cortando o ângulo î, formando uma linha paralela às retas "a" e "b".
Fica então decomposto nos ângulos ê e ô.

Sendo assim, ê = 80° e ô = 50°, pois o ângulo ô é igual ao complemento de 130° na reta b.
Logo, î = 80° + 50° = 130°.

03. Respostas:
a) 160° - 3x = x + 100°
160° - 100° = x + 3x
60° = 4x
x = 60°/4
x = 15°
Então 15°+100° = 115° e 160°-3*15° = 115°

b) 6x + 15° + 2x + 5º = 180°
6x + 2x = 180° -15° - 5°
8x = 160°
x = 160°/8
x = 20°
Então, 6*20°+15° = 135° e 2*20°+5° = 45°

c) Sabemos que a figura tem 90°.

. 193
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Então x + (x + 10°) + (x + 20°) + (x + 20°) = 90°
4x + 50° = 90°
4x = 40°
x = 40°/4
x = 10°

d) Sabemos que os ângulos laranja + verde formam 180°, pois são exatamente a metade de um círculo.
Então, 138° + x = 180°
x = 180° - 138°
x = 42°
Logo, o ângulo x mede 42°.

Questões

01. Quantos segundos tem um ângulo que mede 6° 15’?


(A) 375’’.
(B) 22.500”.
(C) 3.615’’
(D) 2.950’’
(E) 25.000’’

02. A medida de um ângulo é igual à metade da medida do seu suplemento. Qual é a medida desse
ângulo?
(A) 60°
(B) 90°
(C) 45°
(D) 120°
(E) 135°

03. O complemento de um ângulo é igual a um quarto do seu suplemento. Qual é o complemento


desse ângulo?
(A) 60°
(B) 30°
(C) 90°
(D) 120°
(E) 150°

04. Dois ângulos que medem x e x + 20° são adjacentes e complementares. Qual a medida desses
dois ângulos?
(A) 35° e 55°
(B) 40° e 50°
(C) 20° e 70°
(D) 45° e 45°
(E) 40° e 55°

05. Na figura, o ângulo x mede a sexta parte do ângulo y, mais a metade do ângulo z. Qual é p valor
do ângulo y?

(A) 45°
(B) 90°
(C) 135°

. 194
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(D) 120°
(E) 155°

06. Observe a figura abaixo e determine o valor de m e n.

(A) 11º; 159º.


(B) 12º; 158º.
(C) 10º; 160º.
(D) 15º; 155º.
(E) 16º; 150º.

07. Determine o valor de a na figura seguinte:

(A) 135°
(B) 40°
(C) 90°
(D) 100°
(E) 45°

Comentários

01. Resposta: B.
Sabemos que 1° = 60’ e 1’ = 60”, temos:
6°.60 = 360’ (multiplicamos os graus por 60 para converter em minutos).
360’ + 15’ = 375’ (somamos os minutos)
375’.60 = 22.500” (multiplicamos os minutos por 60 para converter em segundos).
Portanto 6° 15’ equivale a 22.500”.

02. Resposta: A.
- sendo x o ângulo, o seu suplemento é 180° - x, então pelo enunciado temos a seguinte equação:
180°−x
x= 2 (multiplicando em “cruz”)

2x = 180° - x
2x + x = 180°
3x = 180°
x = 180° : 3 = 60°

03. Resposta: B.
- sendo x o ângulo, o seu complemento será 90° – x e o seu suplemento é 180° – x. Então, temos:
180°−x
90° - x = 4 (o 4 passa multiplicando o primeiro membro da equação)
4.(90° - x) = 180° - x (aplicando a distributiva)
360° - 4x = 180° - x
360° - 180° = - x + 4x
180° = 3x
x = 180° : 3 = 60º
- o ângulo x mede 60º, o seu complemento é 90° - 60° = 30°

. 195
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04. Resposta: A.
- do enunciado temos a seguintes figura:

Então:
x + x + 20° = 90°
2x = 90° - 20°
2x = 70°
x = 70° : 2 = 35°
- os ângulos são: 35° e 35° + 20° = 55°

05. Resposta: C.
Na figura, o ângulo x mede a sexta parte do ângulo y, mais a metade do ângulo z. Calcule y.
Então vale lembrar que:
x + y = 180 então y = 180 – x.

E também como x e z são opostos pelo vértice, x = z


E de acordo com a figura: o ângulo x mede a sexta parte do ângulo y, mais a metade do ângulo z.
Calcule y.
x=y/6+z/2
Agora vamos substituir lembrando que y = 180 - x e x = z
Então:
x = 180° - x/6 + x/2 agora resolvendo fatoração:
6x = 180°- x + 3x | 6x = 180° + 2x
6x – 2x = 180°
4x = 180°
x=180°/4
x=45º
Agora achar y, sabendo que y = 180° - x
y=180º - 45°
y=135°.

06. Resposta: A.
3m - 12º e m + 10º, são ângulos opostos pelo vértice logo são iguais.
3m - 12º = m + 10º
3m - m = 10º + 12º
2m = 22º
m = 22º/2
m = 11º
m + 10º e n são ângulos suplementares logo a soma entre eles é igual a 180º.
(m + 10º) + n = 180º
(11º + 10º) + n = 180º
21º + n = 180º
n = 180º - 21º
n = 159º

07. Resposta: E.
É um ângulo oposto pelo vértice, logo, são ângulos iguais.

TEOREMA DE PITÁGORAS

Em todo triângulo retângulo, o maior lado é chamado de hipotenusa e os outros dois lados são os
catetos.

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No exemplo ao lado:
- a é a hipotenusa.
- b e c são os catetos.

- “Em todo triângulo retângulo o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos”.

a2 = b2 + c2

Exemplos

01. Millôr Fernandes, em uma bela homenagem à Matemática, escreveu um poema do qual extraímos
o fragmento abaixo:
Às folhas tantas de um livro de Matemática, um Quociente apaixonou-se um dia doidamente por uma
Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável e viu-a do Ápice à Base: uma figura Ímpar; olhos romboides, boca
trapezoide, corpo retangular, seios esferoides.
Fez da sua uma vida paralela à dela, até que se encontraram no Infinito.
“Quem és tu” – indagou ele em ânsia Radical.
“Sou a soma dos quadrados dos catetos. Mas pode me chamar de Hipotenusa.” (Millôr Fernandes –
Trinta Anos de Mim Mesmo).
A Incógnita se enganou ao dizer quem era. Para atender ao Teorema de Pitágoras, deveria dar a
seguinte resposta:
(A) “Sou a soma dos catetos. Mas pode me chamar de Hipotenusa.”
(B) “Sou o quadrado da soma dos catetos. Mas pode me chamar de Hipotenusa.”
(C) “Sou o quadrado da soma dos catetos. Mas pode me chamar de quadrado da Hipotenusa.”
(D) “Sou a soma dos quadrados dos catetos. Mas pode me chamar de quadrado da Hipotenusa.”
(E) Nenhuma das anteriores.

Resposta: D.

02. Um barco partiu de um ponto A e navegou 10 milhas para o oeste chegando a um ponto B, depois
5 milhas para o sul chegando a um ponto C, depois 13 milhas para o leste chagando a um ponto D e
finalmente 9 milhas para o norte chegando a um ponto E. Onde o barco parou relativamente ao ponto de
partida?
(A) 3 milhas a sudoeste.
(B) 3 milhas a sudeste.
(C) 4 milhas ao sul.
(D) 5 milhas ao norte.
(E) 5 milhas a nordeste.

Resposta:

x2 = 32 + 42
x2 = 9 + 16
x2 = 25
x = √25 = 5

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03. Em um triângulo retângulo a hipotenusa mede 13 cm e um dos catetos mede 5 cm, qual é a medida
do outro cateto?
(A) 10
(B) 11
(C) 12
(D) 13
(E) 14

Resposta:

132 = x2 + 52
169 = x2 + 25
169 – 25 = x2
x2 = 144
x = √144 = 12 cm

04. A diagonal de um quadrado de lado l é igual a:


(A) 𝑙√2
(B) 𝑙√3
(C) 𝑙√5
(D) 𝑙√6
(E) Nenhuma das anteriores.

Resposta:

𝑑2 = 𝑙2 + 𝑙2
𝑑 2 = 2𝑙 2
𝑑 = √2𝑙 2
𝑑 = 𝑙√2

05. Durante um vendaval, um poste de iluminação de 9 m de altura quebrou-se em um ponto a certa


altura do solo. A parte do poste acima da fratura inclinou-se e sua extremidade superior encostou no solo
a uma distância de 3 m da base dele, conforme a figura abaixo. A que altura do solo se quebrou o poste?

(A) 4 m
(B) 4,5 m
(C) 5 m
(D) 5,5 m
(E) 6 m

Resposta:

(9 – x)2 = x2 + 33

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92 – 2.9.x + x2 = x2 + 9
81 – 18x = 9
81 – 9 = 18x
72 = 18x
72
x = 18
x=4m

Questões

01. (Pref. de Jacundá/PA – Psicólogo – INAZ) Em fase treino, um maratonista parte de um ponto
inicial A percorrendo 2 km em linha reta até o ponto B, girando 90° para a esquerda e percorre mais 1,5
km parando no ponto C. Se o maratonista percorresse em linha reta do ponto A até o ponto C, percorreria:
(A) 3500 m
(B) 500 m
(C) 2500 m
(D) 3000 m
(E) 1800 m

02. (IBGE – Agente de Pesquisas e Mapeamento – CESGRANRIO) Na Figura a seguir, PQ mede 6


cm, QR mede 12 cm, RS mede 9 cm, e ST mede 4 cm.

A distância entre os pontos P e T, em cm, mede:


(A) 17
(B) 21
(C) 18
(D) 20
(E) 19

03. (UNIFESP – Técnico de Segurança do Trabalho – VUNESP) Um muro com 3,2 m de altura está
sendo escorado por uma barra de ferro, de comprimento AB, conforme mostra a figura.

O comprimento, em metros, da barra de ferro


(A) 3,2.
(B) 3,0.
(C) 2,8.
(D) 2,6.
(E) 2,4.

04. (Pref. de Marilândia/ES – Auxiliar Administrativo – IDECAN) Tales desenhou um triângulo


retângulo com as seguintes medidas, todas dadas em centímetros.

. 199
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
Qual é o perímetro deste triângulo?
(A) 6 cm
(B) 9 cm
(C) 12 cm
(D) 15 cm
(E) 18 cm

Comentários

01. Resposta: C.
AC representa a hipotenusa do triângulo retângulo cujos catetos são 2Km = 2000 m e 1,5Km = 1500m.
AC² = 2² + 1,5²
AC² = 4 + 2,25
AC = 2,5Km = 2500 m.

02. Resposta: A.
Observe que PQ = 6 e RS= 9 e também são retas paralelas então podemos somar elas como se
puxasse a reta RS pra cima formando uma reta só. Total 15cm. Ortogonalmente a reta QR fecha um
triângulo retângulo com essa reta que fechamos juntando PQ e RS. Assim, ficamos com um triângulo
retângulo com catetos 15 e 8. Aplicando Pitágoras, teremos a medida da hipotenusa que é a reta PT =
17cm, que representa a distância ente P e T.

03. Resposta: B.
Observe que a altura do solo até o ponto B é dada por 3,2 -0,80 = 2,4m, agora basta utilizar o Teorema
de Pitágoras para resolvermos esta questão:
AB² = 1,8² + 2,4²
AB² = 3,24 + 5,76 = 9
AB = 3m.

04. Resposta: C.
Basta resolver pelo teorema de Pitágoras e depois resolver a equação que será formada.
(x+1)² = (x-1)² + x²
x² + 2x + 1 = x² - 2x +1 + x²
x²-4x = 0
x(x-4) = 0
x = 0 (não convém utilizarmos pois o lado de um triângulo não pode ser nulo)
ou x – 4 = 0
x = 4.
Assim os lados são:
3, 4, 5, logo o perímetro será a soma de todos os lados: 3+ 4 + 5 = 12.

TEOREMA DE TALES

- Feixe de paralelas: é todo conjunto de três ou mais retas e paralelas entre si.
- Transversal: é qualquer reta que intercepta todas as retas de um feixe de paralelas.
- Teorema de Tales17: Se duas retas são transversais de um feixe de retas paralelas então a razão
entre as medidas de dois segmentos quaisquer de uma delas é igual à razão entre as medidas dos
segmentos correspondentes da outra.

17
SOUZA, Joamir Roberto; PATARO, Patricia Moreno – Vontade de Saber Matemática 6º Ano – FTD – 2ª edição – São Paulo: 2012

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1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
r//s//t//u (// → símbolo de paralelas); a e b são retas transversais. Então, temos que os segmentos
correspondentes são proporcionais.

̅̅̅̅
𝐴𝐵 ̅̅̅̅𝐵𝐶 ̅̅̅̅𝐶𝐷 ̅̅̅̅𝐴𝐷
= = = = ⋯.
̅̅̅̅ ̅̅̅̅
𝐸𝐹 𝐹𝐺 𝐺𝐻 𝐸𝐻 ̅̅̅̅ ̅̅̅̅

Teorema da bissetriz interna

“Em todo triângulo a bissetriz de um ângulo interno divide o lado oposto em dois segmentos
proporcionais ao outros dois lados do triângulo”.

Teorema da bissetriz externa

Se a bissetriz BE de um ângulo externo de um triângulo ABC, não isósceles, intercepta a reta suporte
̅̅̅̅ e CE
do lado oposto, então a bissetriz determina nessa reta dois segmentos proporcionais (AE ̅̅̅̅) aos lados
̅̅̅̅ ̅̅̅̅
adjacentes (AB e BC) ao ângulo interno.

Questões

01. (Pref. de Fortaleza – Matemática – Pref. de Fortaleza) Na figura abaixo, as retas são
paralelas. Sabendo que o valor de x é:

www.jcpaiva.net/
conteudoonline.objetivo.br

. 201
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(A) 3
(B) 2
(C) 4
(D) 5

02. Na figura abaixo, qual é o valor de x?

(A) 3
(B) 4
(C) 5
(D) 6
(E) 7

03. Calcular o valor de x na figura abaixo.

(A) 6
(B) 5
(C) 4
(D) 3
(E) 2

04. Os valores de x e y, respectivamente, na figura seguinte é:

. 202
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(A) 30 e 8
(B) 8 e 30
(C) 20 e 10
(D) 10 e 20
(E) 5 e 25

05. Na figura abaixo, qual é o valor de x?

(A) 3
(B) 4
(C) 5
(D) 6
(E) 7

06. (PUC-RJ) Considere um triângulo ABC retângulo em A, onde ̅̅̅̅


AB = 21 e ̅̅̅̅
AC = 20. ̅̅̅̅
BD é a bissetriz
do ângulo AB ̅̅̅̅?
̂C. Quanto mede AD
(A) 42/5
(B) 21/10
(C) 20/21
(D) 9
(E) 8

Comentários

01. Resposta: B.
5/10 = (5-x)/3x
15x = 50 - 10x
25x = 50
x=2

02. Resposta: B.
2𝑥 − 3 5
=
𝑥+2 6
6.(2x – 3) = 5(x + 2)
12x – 18 = 5x + 10
12x – 5x = 10 + 18
7x = 28
x = 28 : 7 = 4

03. Resposta: A.
10 𝑥
=
30 18

30x = 10.18
30x = 180
x = 180 : 30 = 6

04. Resposta: A.
𝑥 20
=
45 30
3x = 45.2
3x = 90
x = 90 : 3 = 30

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𝑦 12
=
30 45
45y = 12.30
45y = 360
y = 360 : 45 = 8

05. Resposta: D.
𝑥−3 𝑥
𝑥−2
= 𝑥+2
(x – 3). (x + 2) = x.(x – 2)
x2 + 2x – 3x – 6 = x2 – 2x
-x – 6 = - 2x
-x + 2x = 6 → x = 6

06. Resposta: A.
Do enunciado temos um triângulo retângulo em A, o vértice A é do ângulo reto. B e C pode ser em
qualquer posição. E primeiro temos que determinar a hipotenusa.

Teorema de Pitágoras:
y2 = 212 + 202
y2 = 441 + 400
y2 = 841
𝑦 = √841
y = 29
Pelo teorema da bissetriz interna:
̅̅̅̅
𝐴𝐵 ̅̅̅̅𝐵𝐶
=
̅̅̅̅
𝐴𝐷 𝐶𝐷 ̅̅̅̅

21 29
=
𝑥 20 − 𝑥

29. 𝑥 = 21(20 − 𝑥)
29𝑥 = 420 − 21𝑥
29𝑥 + 21𝑥 = 420
50𝑥 = 420
420 42
𝑥= =
50 5

GEOMETRIA DE POSIÇÃO

A geometria de posição estuda os três entes primitivos da geometria: ponto, reta e plano no espaço.
Temos o estudo dos postulado, das posições relativas entre estes entes.
Na matemática nós temos afirmações que são chamadas de postulados e outras são chamadas de
teoremas.
Postulado: são afirmações que são aceitas sem demonstração. Isto é, sabemos que são
verdadeiras, porém não tem como ser demonstradas.
Teorema: são afirmações que tem demonstração.

Estudo dos Postulados


Na Geometria de Posição, os postulados se dividem em quatro categorias:

I) Postulados da existência:

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a) No espaço existem infinitos pontos, retas e planos. (este postulado também é chamado de
postulado fundamental da geometria de posição).

b) Numa reta e fora dela existem infinitos pontos.

c) Num plano e fora dele existem infinitos pontos e retas.

d) Entre dois pontos distintos, sempre existe um outro ponto.

II) Postulados da determinação:

a) Dois pontos distintos determinam uma única reta. (Observe que a palavra distintos está
destacada, tem que ser distintos e não somente dois pontos).

b) Três pontos não colineares determinam um único plano. (Observe que as palavras não
colineares estão destacadas, tem que ser não colineares e não somente três pontos).

- como consequência deste postulado, temos também:

b.1) uma reta e um ponto fora dela determinam um único plano.


b.2) duas retas paralelas distintas determinam um único plano.
b.3) duas retas concorrentes determinam um único plano.

III) Postulado da inclusão.

- Se dois pontos distintos de uma reta pertencem a um plano, então a reta está contida no plano.

IV) Postulados da divisão.

a) Um ponto divide uma reta em duas semirretas.

b) Uma reta divide um plano em dois semiplanos.

c) Um plano divide o espaço em dois semiespaços.

Estudo das posições relativas


Vamos estudar, agora, as posições relativas entre duas retas; entre dois planos e entre um plano e
uma reta.

I) Posições relativas entre duas retas.

𝑑𝑖𝑠𝑡𝑖𝑛𝑡𝑎𝑠
𝐶𝑜𝑝𝑙𝑎𝑛𝑎𝑟𝑒𝑠(𝑚𝑒𝑠𝑚𝑜 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑜) ∶ {𝑝𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑎𝑠 {𝑐𝑜𝑖𝑛𝑐𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠
𝑐𝑜𝑛𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠
Não coplanares: - Reversas

No esquema acima, temos:

a) Retas coplanares :estão no mesmo plano. Podem ser:

- Retas paralelas distintas: não tem nenhum ponto em comum.

- Retas paralelas coincidentes: tem todos os pontos em comum. Temos duas retas, sendo uma
sobre a outra.

. 205
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
representamos por r ≡ s

- Retas concorrentes: tem um único ponto em comum.

Observação: duas retas concorrentes que formam entre si um ângulo reto (90°) são chamadas de
perpendiculares.

b) Retas não coplanares: não estão no mesmo plano. São:

- Retas Reversas: não tem ponto em comum.

Observação: duas retas reversas que “formam” entre si um ângulo reto (90°) são chamadas de
ortogonais.

Como podemos verificar, retas paralelas distintas e retas reversas não tem ponto em comum. Então
esta não é uma condição suficiente para diferenciar as posições, porém é uma condição necessária. Para
diferenciar paralelas distintas e reversas temos duas condições:
- Paralelas distintas não tem ponto em comum e estão no mesmo plano (coplanares).
- Reversas não tem ponto em comum e não estão no mesmo plano (não coplanares).

II) Posições relativas entre reta e plano.

a) Reta paralela ao plano: não tem nenhum ponto em comum com o plano. A intersecção da reta com
o plano é um conjunto vazio.

Observação: uma reta paralela a um plano é paralela com infinitas retas do plano, mas não a todas.

b) Reta contida no plano: tem todos os pontos em comum com o plano. Também obedece ao
postulado da Inclusão. A intersecção da reta com o plano é igual à própria reta.

c) Reta secante (ou incidente) ao plano: tem um único ponto em comum com o plano. A intersecção
da reta com o plano é o ponto P.

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1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
III) Posições relativas entre dois planos
a) Planos paralelos: não tem nenhum ponto em comum. A intersecção entre os planos é um conjunto
vazio.
b) Planos coincidentes: tem todos os pontos em comum.
c) Planos secantes (ou incidentes): tem uma única reta em comum. A intersecção entre os planos
é uma reta. Podem ser oblíquos (formam entre si um ângulo diferente de 90°) ou podem ser
perpendiculares (formam entre si um ângulo de 90°).

Questões

01. Dadas as proposições:


I) Dois pontos distintos determinam uma única reta que os contém.
II) Três pontos distintos determinam um único plano que os contém.
III) Se dois pontos de uma reta pertencem a um plano, então a reta está contida no plano.

É correto afirmar que:


(A) Todas são verdadeiras.
(B) Todas são falsas.
(C) Apenas I e II são falsas.
(D) Apenas II e III são falsas.
(E) Apenas I e III são falsas.

02. Assinale a alternativa verdadeira:


(A) Todas as afirmações podem ser demonstradas.
(B) Plano, por definição, é um conjunto de pontos.
(C) Ponto tem dimensão.
(D) Para se obter um plano basta obter 3 pontos distintos.
(E) Reta não tem definição.

03. Assinala a alternativa falsa:


(A) Duas retas não coplanares são reversas.
(B) Se uma reta não tem ponto em comum com um plano, ela é paralela a ele.
(C) Duas retas que tem ponto em comum são concorrentes.
(D) Dois planos sendo paralelos, toda reta que fura um fura o outro.

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(E) Dois planos sendo paralelos, todo plano que intercepta um intercepta o outro.

04. Se a reta r é paralela ao plano α, então:


(A) Todas as retas de α são paralelas a r.
(B) Existem em α retas paralelas a r e retas reversas a r.
(C) Existem em α retas paralelas a r e retas perpendiculares a r.
(D) Todo plano que contém r intercepta α, segundo uma reta paralela a r
(E) Nenhuma das anteriores é verdadeira.

05. Complete a seguinte frase: “Duas retas que não tem pontos em comum são
________________________ ou ____________________________ .
(A) paralelas – reversas.
(B) paralelas distintas – reversas.
(C) paralelas distintas – perpendiculares.
(D) paralelas – perpendiculares.
(E) paralelas – concorrentes.

06. Conforme as sentenças a seguir complete com (V) para verdadeira e (F) para falsa:
( ) Ponto não tem definição.
( ) Dois planos que não tem pontos em comum são paralelos.
( ) Duas retas que são paralelas a um mesmo plano podem ser paralelas entre si.
( ) Teorema é sempre um Postulado.
A alternativa que mostra a ordem assinalada é a alternativa?
(A) V – V – V – V
(B) F – F – F – F
(C) V – F – F – V
(D) F – V – V – F
(E) V – V – V – F

07. Sejam r e s duas retas distintas, paralelas entre si, contidas em um plano α. A reta t, perpendicular
ao plano α, intercepta a reta r em A. As retas t e s são:
(A) Reversas e não ortogonais.
(B) Ortogonais.
(C) Paralelas entre si.
(D) Perpendiculares entre si.
(E) Coplanares.

08. Assinale a alternativa correta:


(A) Se uma reta é paralela a dois planos, então esses planos são paralelos.
(B) Uma condição suficiente para que dois planos sejam paralelos é que duas retas de um sejam
paralelas ao outro.
(C) Se uma reta é perpendicular a duas retas distintas de um plano, então ela é perpendicular ao plano.
(D) Se duas retas quaisquer são paralelas a um plano, então elas são paralelas uma à outra.
(E) Um plano perpendicular a uma reta de um outro plano é perpendicular a este último plano.

09. Assinale a alternativa falsa:


(A) Dois pontos distintos determinam uma reta.
(B) Três pontos não colineares determinam um plano.
(C) Uma reta divide o espaço em dois semiespaços.
(D) Um ponto divide uma reta em duas semirretas.
(E) Entre dois pontos distintos, sempre existe um outro ponto.

Comentários

01. Resposta: D.

02. Resposta: E.

03. Resposta: C.

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04. Resposta: B.

05. Resposta: B.

06. Respostas: E.

07. Resposta: B.

08. Resposta: E.

09. Resposta: C.

POLIEDROS

Diedros
Sendo dois planos secantes (planos que se cruzam) α e β, o espaço entre eles é chamado de diedro.
A medida de um diedro é feita em graus, dependendo do ângulo formado entre os planos.

Poliedros
São sólidos geométricos18 ou figuras geométricas espaciais formadas por três elementos básicos:
faces, arestas e vértices. Chamamos de poliedro o sólido limitado por quatro ou mais polígonos planos,
pertencentes a planos diferentes e que têm dois a dois somente uma aresta em comum. Veja alguns
exemplos:

Os polígonos são as faces do poliedro; os lados e os vértices dos polígonos são as arestas e os vértices
do poliedro.
Cada vértice pode ser a interseção de três ou mais arestas. Observando a figura abaixo temos que em
torno de cada um dos vértices forma-se um triedro.

Convexidade
Um poliedro é convexo se qualquer reta (não paralela a nenhuma de suas faces) o corta em, no
máximo, dois pontos. Ele não possuí “reentrâncias”. E caso contrário é dito não convexo.

18
educacao.uol.com.br
www.uel.br/cce/mat/geometrica/php/gd_t/gd_19t.php
http://www.infoescola.com

. 209
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
Relação de Euler
Em todo poliedro convexo sendo V o número de vértices, A o número de arestas e F o número de
faces, valem as seguintes relações de Euler:

1) Poliedro Fechado: V – A + F = 2

2) Poliedro Aberto: V – A + F = 1

Observação: Para calcular o número de arestas de um poliedro temos que multiplicar o número de
faces F pelo número de lados de cada face n e dividir por dois. Quando temos mais de um tipo de face,
basta somar os resultados.
𝑛. 𝐹
𝐴=
2

Podemos verificar a relação de Euler para alguns poliedros não convexos. Assim dizemos:

Todo poliedro convexo é euleriano, mas nem todo poliedro euleriano é convexo.

Exemplos:
1) O número de faces de um poliedro convexo que possui exatamente oito ângulos triédricos é?
A cada 8 vértices do poliedro concorrem 3 arestas, assim o número de arestas é dado por

𝑛. 𝐹 3.8
𝐴= →𝐴= = 12
2 2

Pela relação de Euler: V – A + F = 2 → 8 - 12 + F = 2 → F = 6 (o poliedro possui 6 faces). Assim o


poliedro com essas características é:

Soma dos ângulos poliédricos: as faces de um poliedro são polígonos. Sabemos que a soma das
medidas dos ângulos das faces de um poliedro convexo é dada por:
S = (v – 2).360º

Poliedros de Platão
São poliedros que satisfazem as seguintes condições:
- todas as faces têm o mesmo número n de arestas;
- todos os ângulos poliédricos têm o mesmo número m de arestas;
- for válida a relação de Euler (V – A + F = 2).

Exemplos:
1) O prisma quadrangular da figura a seguir é um poliedro de Platão.

. 210
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
Vejamos se ele atende as condições:
- todas as 6 faces são quadriláteros (n = 4);
- todos os ângulos são triédricos (m = 3);
- sendo V = 8, F = 6 e A = 12, temos: 8 – 12 + 6 = 14 -12 = 2

2) O prisma triangular da figura abaixo é poliedro de Platão?

As faces são 2 triangulares e 3 faces são quadrangulares, logo não é um poliedro de Platão, uma vez
que atende a uma das condições.

- Propriedade: existem exatamente cinco poliedros de Platão (pois atendem as 3 condições).


Determinados apenas pelos pares ordenados (m,n) como mostra a tabela abaixo.

m n A V F Poliedro
3 3 6 4 4 Tetraedro
3 4 12 8 6 Hexaedro
4 3 12 6 8 Octaedro
3 5 30 20 12 Dodecaedro
5 3 30 12 20 Icosaedro

Poliedros Regulares
Um poliedro e dito regular quando:
- suas faces são polígonos regulares congruentes;
- seus ângulos poliédricos são congruentes;
Por essas condições e observações podemos afirmar que todos os poliedros de Platão são ditos
Poliedros Regulares.
Observação:

Todo poliedro regular é poliedro de Platão, mas nem todo poliedro de Platão é poliedro regular.

Por exemplo, uma caixa de bombom, como a da figura a seguir, é um poliedro de Platão (hexaedro),
mas não é um poliedro regular, pois as faces não são polígonos regulares e congruentes.

. 211
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A figura se compara ao paralelepípedo que é um hexaedro, e é um poliedro de Platão, mas não é
considerado um poliedro regular:

- Não Poliedros

Os sólidos acima são: Cilindro, Cone e Esfera, são considerados não planos pois possuem suas
superfícies curvas.
Cilindro: tem duas bases geometricamente iguais definidas por curvas fechadas em superfície lateral
curva.
Cone: tem uma só base definida por uma linha curva fechada e uma superfície lateral curva.
Esfera: é formada por uma única superfície curva.

- Planificações de alguns Sólidos Geométricos

Poliedro Planificação Elementos

- 4 faces triangulares
- 4 vértices
- 6 arestas

Tetraedro

- 6 faces quadrangulares
- 8 vértices
- 12 arestas

Hexaedro

. 212
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
- 8 faces triangulares
- 6 vértices
- 12 arestas

Octaedro

-12 faces pentagonais


- 20 vértices
- 30 arestas

Dodecaedro

- 20 faces triangulares
- 12 vértices
- 30 arestas

Icosaedro

Questões

01. (POLÍCIA CIENTÍFICA/PR – Perito Criminal – IFBC/2017) A alternativa que apresenta o número
total de faces, vértices e arestas de um tetraedro é:
(A) 4 faces triangulares, 5 vértices e 6 arestas
(B) 5 faces triangulares, 4 vértices e 6 arestas
(C) 4 faces triangulares, 4 vértices e 7 arestas
(D) 4 faces triangulares, 4 vértices e 6 arestas
(E) 4 faces triangulares, 4 vértices e 5 arestas

02. (ITA – SP) Considere um prisma regular em que a soma dos ângulos internos de todas as faces
é 7200°. O número de vértices deste prisma é igual a:
(A) 11
(B) 32
(C) 10
(D) 22
(E) 20

03. (CEFET – PR) Um poliedro convexo possui duas faces triangulares, duas quadrangulares e quatro
pentagonais. Logo a soma dos ângulos internos de todas as faces será:

. 213
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
(A) 3240°
(B) 3640°
(C) 3840°
(D) 4000°
(E) 4060°

04. Entre as alternativas abaixo, a relação de Euller para poliedros fechados é:


(A) V – A + F = 1
(B) V + A + F = 2
(C) V – A + F = 2
(D) V – A – F = 2
(E) V + F – 2 = 2

05. (Unitau) A soma dos ângulos das faces de um poliedro convexo vale 720°. Sabendo-se que o
número de faces vale 2/3 do número de arestas, pode-se dizer que o número de faces vale:
(A) 6.
(B) 4.
(C) 5.
(D) 12.
(E) 9.

Comentários

01. Resposta: D.
4 faces triangulares
- 4 vértices
- 6 arestas

02. Resposta: D.
Basta utilizar a fórmula da soma dos ângulos poliédricos.
S = (V – 2).360°
7200° = (V – 2).360° (passamos o 360° dividindo)
7200° : 360° = V – 2
20 = V – 2
V = 20 + 2
V = 22

03. Resposta: A.
Temos 2 faces triangulares, 2 faces quadrangulares e 4 faces pentagonais.
F=2+2+4
F=8
𝟐.𝟑+𝟐.𝟒+𝟒.𝟓 𝟔+𝟖+𝟐𝟎 𝟑𝟒
𝑨= 𝟐
= 𝟐
= 𝟐
= 𝟏𝟕

V–A+F=2
V – 17 + 8 = 2
V = 2 + 17 – 8
V = 11
A soma é:
S = (v – 2).260°
S = (11 – 2).360°
S = 9.360°
S = 3240°

04. Resposta: C.

05. Resposta: B.
𝟐𝑨
Do enunciado temos S = 720° e que 𝑭 = 𝟑 .

. 214
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
S = 720°
(V – 2).360° = 720°
V – 2 = 720° : 360°
V–2=2
V=2+2
V=4
V–A+F=2
𝟐𝑨
𝟒 − 𝑨 + 𝟑 = 𝟐 (o mmc é igual a 3)

𝟏𝟐−𝟑𝑨+𝟐𝑨 𝟔
=
𝟑 𝟑

- 3A + 2A = 6 – 12
-A=-6 x(- 1) multiplicando por -1
A=6
𝟐.𝟔 𝟏𝟐
Se A = 6  𝑭 = 𝟑
= 𝟑
=𝟒

10 Métrica. 10.1 Áreas e volumes. 10.2 Estimativas. 10.3 Aplicações

SISTEMA DE MEDIDAS

Sistema de Medidas Decimais: Área, volume, comprimento, capacidade, massa

Um sistema de medidas é um conjunto de unidades de medida que mantém algumas relações entre
si. O sistema métrico decimal é hoje o mais conhecido e usado no mundo todo. Na tabela seguinte,
listamos as unidades de medida de comprimento do sistema métrico. A unidade fundamental é o metro,
porque dele derivam as demais.

Há, de fato, unidades quase sem uso prático, mas elas têm uma função. Servem para que o sistema
tenha um padrão: cada unidade vale sempre 10 vezes a unidade menor seguinte.
Por isso, o sistema é chamado decimal.

E há mais um detalhe: embora o decímetro não seja útil na prática, o decímetro cúbico é muito usado
com o nome popular de litro.
As unidades de área do sistema métrico correspondem às unidades de comprimento da tabela anterior.
São elas: quilômetro quadrado (km2), hectômetro quadrado (hm2), etc. As mais usadas, na prática, são
o quilômetro quadrado, o metro quadrado e o hectômetro quadrado, este muito importante nas atividades
rurais com o nome de hectare (há): 1 hm2 = 1 ha.
No caso das unidades de área, o padrão muda: uma unidade é 100 vezes a menor seguinte e não 10
vezes, como nos comprimentos. Entretanto, consideramos que o sistema continua decimal, porque 100
= 102.
Existem outras unidades de medida mas que não pertencem ao sistema métrico decimal. Vejamos
as relações entre algumas essas unidades e as do sistema métrico decimal (valores aproximados):
1 polegada = 25 milímetros
1 milha = 1 609 metros
1 légua = 5 555 metros
1 pé = 30 centímetros

. 215
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
A nomenclatura é a mesma das unidades de comprimento acrescidas de quadrado.

Agora, vejamos as unidades de volume. De novo, temos a lista: quilômetro cúbico (km 3), hectômetro
cúbico (hm3), etc. Na prática, são muitos usados o metro cúbico(m3) e o centímetro cúbico(cm3).
Nas unidades de volume, há um novo padrão: cada unidade vale 1000 vezes a unidade menor
seguinte. Como 1000 = 103, o sistema continua sendo decimal.

A noção de capacidade relaciona-se com a de volume. Se o volume da água que enche um tanque é
de 7.000 litros, dizemos que essa é a capacidade do tanque. A unidade fundamental para medir
capacidade é o litro (l); 1l equivale a 1 dm3 e 1m³ = 1000l.
Cada unidade vale 10 vezes a unidade menor seguinte.

O sistema métrico decimal inclui ainda unidades de medidas de massa. A unidade fundamental é o
grama(g).

Nomenclatura:
Kg – Quilograma
hg – hectograma
dag – decagrama
g – grama
dg – decigrama
cg – centigrama
mg – miligrama

Dessas unidades, só têm uso prático o quilograma, o grama e o miligrama. No dia-a-dia, usa-se ainda
a tonelada (t).
Medidas Especiais:
1 Tonelada(t) = 1000 Kg
1 Arroba = 15 Kg
1 Quilate = 0,2 g

. 216
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
Relações entre unidades

Temos que:
1 kg = 1l = 1 dm3
1 hm2 = 1 ha = 10.000m2
1 m3 = 1000 l

Questões

01. (SESAP-RN – Administrador – COMPERVE/2018) Uma criança desenvolveu uma infecção cujo
tratamento deve ser feito com antibióticos. O antibiótico utilizado no tratamento tem recomendação diária
de 1,5 mg por um quilograma de massa corpórea, devendo ser administrado três vezes ao dia, em doses
iguais. Se a criança tem massa equivalente a 12 kg, cada dose administrada deve ser de
(A) 7,5 mg.
(B) 9,0 mg.
(C) 4,5 mg.
(D) 6,0 mg.

02. (MP/SP – Auxiliar de Promotoria I – Administrativo – VUNESP) O suco existente em uma jarra
3
preenchia da sua capacidade total. Após o consumo de 495 mL, a quantidade de suco restante na jarra
4
1
passou a preencher da sua capacidade total. Em seguida, foi adicionada certa quantidade de suco na
5
jarra, que ficou completamente cheia. Nessas condições, é correto afirmar que a quantidade de suco
adicionada foi igual, em mililitros, a
(A) 580.
(B) 720.
(C) 900.
(D) 660.
(E) 840.

03. (PM/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) Em uma casa há um filtro de barro que contém, no
início da manhã, 4 litros de água. Desse filtro foram retirados 800 mL para o preparo da comida e meio
litro para consumo próprio. No início da tarde, foram colocados 700 mL de água dentro desse filtro e, até
o final do dia, mais 1,2 litros foram utilizados para consumo próprio. Em relação à quantidade de água
que havia no filtro no início da manhã, pode-se concluir que a água que restou dentro dele, no final do
dia, corresponde a uma porcentagem de
(A) 60%.
(B) 55%.
(C) 50%.
(D) 45%.
(E) 40%.

04. (UFPE – Assistente em Administração – COVEST) Admita que cada pessoa use, semanalmente,
4 bolsas plásticas para embrulhar suas compras, e que cada bolsa é composta de 3 g de plástico. Em um
país com 200 milhões de pessoas, quanto plástico será utilizado pela população em um ano, para
embrulhar suas compras? Dado: admita que o ano é formado por 52 semanas. Indique o valor mais
próximo do obtido.
(A) 108 toneladas
(B) 107 toneladas
(C) 106 toneladas

. 217
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
(D) 105 toneladas
(E) 104 toneladas

05. (PM/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) Uma chapa de alumínio com 1,3 m2 de área será
totalmente recortada em pedaços, cada um deles com 25 cm2 de área. Supondo que não ocorra nenhuma
perda durante os cortes, o número de pedaços obtidos com 25 cm2 de área cada um, será:
(A) 52000.
(B) 5200.
(C) 520.
(D) 52.
(E) 5,2.

06. (CLIN/RJ - Gari e Operador de Roçadeira - COSEAC) Uma peça de um determinado tecido tem
30 metros, e para se confeccionar uma camisa desse tecido são necessários 15 decímetros. Com duas
peças desse tecido é possível serem confeccionadas:
(A) 10 camisas
(B) 20 camisas
(C) 40 camisas
(D) 80 camisas

07. (CLIN/RJ - Gari e Operador de Roçadeira - COSEAC) Um veículo tem capacidade para
transportar duas toneladas de carga. Se a carga a ser transportada é de caixas que pesam 4 quilogramas
cada uma, o veículo tem capacidade de transportar no máximo:
(A) 50 caixas
(B) 100 caixas
(C) 500 caixas
(D) 1000 caixas

08. (PM/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) Um trecho de uma estrada com 5,6 km de
3
comprimento está sendo reparado. A empresa A, responsável pelo serviço, já concluiu 7 do total a ser
2
reparado e, por motivos técnicos, do trecho que ainda faltam reparar serão feitos por uma empresa B.
5
O número total de metros que a empresa A ainda terá que reparar é
(A) 1920.
(B) 1980.
(C) 2070.
(D) 2150.
(E) 2230.

Comentários

01. Resposta: D
Observe que 1,5mg é a dose diária para cada quilograma da criança, como ele é aplicado 3x ao dia,
teremos 0,5mg por aplicação, a criança possui 12kg, assim a quantidade de remédio por aplicação será
de:
0,5 . 12 = 6,0mg

02. Resposta: B.
Vamos chamar de x a capacidade total da jarra. Assim:
3 1
4
. 𝑥 − 495 = 5 . 𝑥

3 1
4
.𝑥 − 5
. 𝑥 = 495

5.3.𝑥 − 4.𝑥=20.495
20

15x – 4x = 9900
11x = 9900

. 218
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
x = 9900 / 11
x = 900 mL (capacidade total)
Como havia 1/5 do total (1/5 . 900 = 180 mL), a quantidade adicionada foi de 900 – 180 = 720 mL

03. Resposta: B.
4 litros = 4000 ml; 1,2 litros = 1200 ml; meio litro = 500 ml
4000 – 800 – 500 + 700 – 1200 = 2200 ml (final do dia)
Utilizaremos uma regra de três simples:
ml %
4000 ------- 100
2200 ------- x
4000.x = 2200 . 100 x = 220000 / 4000 = 55%

04. Resposta: D.
4 . 3 . 200000000 . 52 = 1,248 . 1011 g = 1,248 . 105 t

05. Resposta: C.
1,3 m2 = 13000 cm2
13000 / 25 = 520 pedaços

06. Resposta: C.
Como eu quero 2 peças desse tecido e 1 peça possui 30 metros logo:
30 . 2 = 60 m. Temos que trabalhar com todas na mesma unidade: 1 m é 10dm assim temos 60m . 10
= 600 dm, como cada camisa gasta um total de 15 dm, temos então:
600/15 = 40 camisas.

07. Resposta: C.
Uma tonelada(ton) é 1000 kg, logo 2 ton. 1000kg= 2000 kg
Cada caixa pesa 4kg  2000 kg/ 4kg = 500 caixas.

08. Resposta: A.
Primeiramente, vamos transformar Km em metros: 5,6 Km = 5600 m (.1000)
7 3 4 4 4.5600
Faltam − = do total, ou seja, 𝑑𝑒 5600 = = 3200𝑚
7 7 7 7 7
2 2.3200
A empresa B vai reparar 5 𝑑𝑒 3200 = 5 = 1280𝑚
Então, a empresa A vai reparar 3200 – 1280 = 1920m

SISTEMA DE MEDIDAS NÃO DECIMAIS (TEMPO E ÂNGULO)

Desse grupo, o sistema hora – minuto – segundo, que mede intervalos de tempo, é o mais conhecido.
A unidade utilizada como padrão no Sistema Internacional (SI) é o segundo.

1h → 60 minutos → 3 600 segundos

Para passar de uma unidade para a menor seguinte, multiplica-se por 60.

Exemplo:
0,3h não indica 30 minutos nem 3 minutos, quantos minutos indica 0,3 horas?

1 hora 60 minutos
0,3 x

. 219
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
Efetuando temos: 0,3 . 60 = 1. x → x = 18 minutos. Concluímos que 0,3horas = 18 minutos.

Adição e Subtração de Medida de tempo


Ao adicionarmos ou subtrairmos medidas de tempo, precisamos estar atentos as unidades. Vejamos
os exemplos:

A) 1 h 50 min + 30 min

Observe que ao somar 50 + 30, obtemos 80 minutos, como sabemos que 1 hora tem 60 minutos, então
acrescentamos a hora +1, e subtraímos 80 – 60 = 20 minutos, é o que resta nos minutos:

Logo o valor encontrado é de 2 h 20 min.

B) 2 h 20 min – 1 h 30 min

Observe que não podemos subtrair 20 min de 30 min, então devemos passar uma hora (+1) das 2
para a coluna minutos.

Então teremos novos valores para fazermos nossa subtração, 20 + 60 = 80:

Logo o valor encontrado é de 50 min.

. 220
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
Para medir ângulos, também temos um sistema não decimal. Nesse caso, a unidade básica é o grau.
Na astronomia, na cartografia e na navegação são necessárias medidas inferiores a 1º. Temos, então:

1 grau equivale a 60 minutos (1º = 60’)


1 minuto equivale a 60 segundos (1’ = 60”)

Os minutos e os segundos dos ângulos não são, é claro, os mesmos do sistema de tempo – hora,
minuto e segundo. Há uma coincidência de nomes, mas até os símbolos que os indicam são diferentes:

1h 32min 24s é um intervalo de tempo ou um instante do dia.


1º 32’ 24” é a medida de um ângulo.

Por motivos óbvios, cálculos no sistema hora – minuto – segundo são similares a cálculos no sistema
grau – minuto – segundo, embora esses sistemas correspondam a grandezas distintas.

Questões

01. (SESAP – RN – Técnico em Enfermagem – COMPERVE/2018) Uma profissional de enfermagem


deve administrar 250 ml de soro fisiológico em um paciente durante 90 minutos. Para obter a vazão
correta do soro em gotas por minuto, ela deverá utilizar a fórmula de gotejamento, dividindo o volume do
soro em mililitros pelo triplo do tempo em horas. De acordo com essa fórmula, a quantidade de gotas por
minuto dever ser de, aproximadamente,
(A) 28.
(B) 42.
(C) 56.
(D) 70.

02. (Pref. Camaçari/BA – Téc. Vigilância Em Saúde NM – AOCP) Joana levou 3 horas e 53 minutos
para resolver uma prova de concurso, já Ana levou 2 horas e 25 minutos para resolver a mesma prova.
Comparando o tempo das duas candidatas, qual foi a diferença encontrada?
(A) 67 minutos.
(B) 75 minutos.
(C) 88 minutos.
(D) 91 minutos.
(E) 94 minutos.

03. (SAAE/SP – Auxiliar de Manutenção Geral – VUNESP) A tabela a seguir mostra o tempo,
aproximado, que um professor leva para elaborar cada questão de matemática.

O gráfico a seguir mostra o número de questões de matemática que ele elaborou.

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1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
O tempo, aproximado, gasto na elaboração dessas questões foi
(A) 4h e 48min.
(B) 5h e 12min.
(C) 5h e 28min.
(D) 5h e 42min.
(E) 6h e 08min.

04. (CEFET – Auxiliar em Administração – CESGRANRIO) Para obter um bom acabamento, um


pintor precisa dar duas demãos de tinta em cada parede que pinta. Sr. Luís utiliza uma tinta de secagem
rápida, que permite que a segunda demão seja aplicada 50 minutos após a primeira. Ao terminar a
aplicação da primeira demão nas paredes de uma sala, Sr. Luís pensou: “a segunda demão poderá ser
aplicada a partir das 15h 40min.”
Se a aplicação da primeira demão demorou 2 horas e 15 minutos, que horas eram quando Sr. Luís
iniciou o serviço?
(A) 12h 25 min
(B) 12h 35 min
(C) 12h 45 min
(D) 13h 15 min
(E) 13h 25 min

Comentários

01. Resposta: C.
Para resolver esta questão temos que estar atentos ao enunciado, pois é dividir a quantidade em ml
pelo tempo em horas, então 90min = 1,5hora.
Logo, 250 : 1,5 = 55,555... que é aproximadamente 56.

02. Resposta: C.

Como 1h tem 60 minutos.


Então a diferença entre as duas é de 60+28=88 minutos.

03. Resposta: D.
T = 8 . 4 + 10 . 6 + 15 . 10 + 20 . 5 =
= 32 + 60 + 150 + 100 = 342 min
Fazendo: 342 / 60 = 5 h, com 42 min (resto)

04. Resposta: B.
15 h 40 – 2 h 15 – 50 min = 12 h 35min

UNIDADES DE MEDIDA – VELOCIDADE

A velocidade de um corpo é dada pela relação entre o deslocamento de um corpo em determinado


tempo. Pode ser considerada a grandeza que mede o quão rápido um corpo se desloca.

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1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
Segundo o S.I (Sistema Internacional de medidas) as unidades mais utilizadas para se medir a
velocidade é Km/h (Quilômetro por hora) e o m/s (metro por segundo).

Quando ouvimos que carro se desloca a uma velocidade de 20 km/h, isto significa que ele percorre 20
km em 1 hora.
Muitas questões pedem para que passemos de km/h para m/s, para efetuarmos essa transformação,
basta utilizarmos o que segue na figura abaixo:

Exemplo:
Um carro se desloca de Florianópolis – SC a Curitiba – PR. Sabendo que a distância entre as duas
cidades é de 300 km e que o percurso iniciou as 7 horas e terminou ao meio dia, calcule a velocidade
média do carro durante a viagem, em m/s.
A velocidade média é dada por:
∆𝑆 ∆𝑆𝑓 − ∆𝑆𝑖
𝑉𝑚 = =
∆𝑡 ∆𝑡𝑓 − ∆𝑡𝑖

Ou seja, a variação da distância ΔS (final menos inicial) dividido por Δt, variação do tempo (final menos
inicial).
Montando de acordo com as informações do enunciado temos:
ΔS = 300 Km
Δt = 12 – 7 = 5 horas de percurso.
Então:
300
𝑉𝑚 = = 60𝑘𝑚/ℎ
5

Transformando para m/s teremos apenas que dividir por 3,6:


60 : 3,6 = 16,67 m/s

Questões

01. (CPTM/SP – Técnico de Manutenção – RBO/2017) Com velocidade média de 70 km/h, Natália
foi de trem da cidade A para a cidade B em 50 minutos. Se o percurso de volta foi feito em 40 minutos, a
velocidade média na volta, em km/h, foi de aproximadamente
(A) 80,0
(B) 84,0
(C) 85,5
(D) 87,5
(E) 92,5

02. (PM/SC – Soldado – IESES) Dois automóveis percorreram a distância entre as cidades A e B.
Ambos saíram da cidade A e não realizaram paradas durante as viagens. O primeiro partiu às 9 horas e
o segundo às 10 horas, chegando juntos na cidade B às 14 horas. Se a velocidade média do primeiro foi
de 50 km/h, qual é a velocidade média do segundo automóvel?
(A) 72,5Km/h
(B) 60km/h
(C) 65 km/h
(D) 62,5 km/h
(E) 125 km/h

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1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
Comentários

01. Resposta: D.
Trajeto de IDA: 50m min = 5/6hora
Vm = 70 = x/(5/6)
70 = 6x/5
X = 350/6 km
Trajeto de VOLTA: 40 min = 40/60 = 2/3
Vm = (350/6)/(2/3) = 350.3/6.2 = 87,5 km/h

02. Resposta: D.
Primeiro automóvel:
Vm = variação espaço/variação tempo
50 = x/5
X = 250 km
Segundo Automóvel:
Vm = 250/4 = 62,5 km/h

PERÍMETRO E ÁREA DAS FIGURAS PLANAS

Perímetro: é a soma de todos os lados de uma figura plana.


Exemplo:

Perímetro = 10 + 10 + 9 + 9 = 38 cm

Perímetros de algumas das figuras planas:

Área é a medida da superfície de uma figura plana.


A unidade básica de área é o m2 (metro quadrado), isto é, uma superfície correspondente a um
quadrado que tem 1 m de lado.

Fórmulas de área das principais figuras planas:

1) Retângulo

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1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
- sendo b a base e h a altura:

2. Paralelogramo
- sendo b a base e h a altura:

3. Trapézio
- sendo B a base maior, b a base menor e h a altura:

4. Losango
- sendo D a diagonal maior e d a diagonal menor:

5. Quadrado
- sendo l o lado:

6. Triângulo: essa figura tem 6 fórmulas de área, dependendo dos dados do problema a ser resolvido.

I) sendo dados a base b e a altura h:

II) sendo dados as medidas dos três lados a, b e c:

III) sendo dados as medidas de dois lados e o ângulo formado entre eles:

IV) triângulo equilátero (tem os três lados iguais):

. 225
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V) circunferência inscrita:

VI) circunferência circunscrita:

Questões

01. A área de um quadrado cuja diagonal mede 2√7 cm é, em cm2, igual a:


(A) 12
(B) 13
(C) 14
(D) 15
(E) 16

02. (BDMG - Analista de Desenvolvimento – FUMARC) Corta-se um arame de 30 metros em duas


partes. Com cada uma das partes constrói-se um quadrado. Se S é a soma das áreas dos dois quadrados,
assim construídos, então o menor valor possível para S é obtido quando:
(A) o arame é cortado em duas partes iguais.
(B) uma parte é o dobro da outra.
(C) uma parte é o triplo da outra.
(D) uma parte mede 16 metros de comprimento.

03. (TJM-SP - Oficial de Justiça – VUNESP) Um grande terreno foi dividido em 6 lotes retangulares
congruentes, conforme mostra a figura, cujas dimensões indicadas estão em metros.

Sabendo-se que o perímetro do terreno original, delineado em negrito na figura, mede x + 285, conclui-
se que a área total desse terreno é, em m2, igual a:
(A) 2 400.
(B) 2 600.
(C) 2 800.
(D) 3000.
(E) 3 200.

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04. (TRT/4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária – FCC) Ultimamente tem havido muito
interesse no aproveitamento da energia solar para suprir outras fontes de energia. Isso fez com que, após
uma reforma, parte do teto de um salão de uma empresa fosse substituída por uma superfície retangular
totalmente revestida por células solares, todas feitas de um mesmo material. Considere que:
- células solares podem converter a energia solar em energia elétrica e que para cada centímetro
quadrado de célula solar que recebe diretamente a luz do sol é gerada 0,01 watt de potência elétrica;
- a superfície revestida pelas células solares tem 3,5m de largura por 8,4m de comprimento.
Assim sendo, se a luz do sol incidir diretamente sobre tais células, a potência elétrica que elas serão
capazes de gerar em conjunto, em watts, é:
(A) 294000.
(B) 38200.
(C) 29400.
(D) 3820.
(E) 2940.

05. (CPTM - Médico do trabalho – MAKIYAMA) Um terreno retangular de perímetro 200m está à
venda em uma imobiliária. Sabe-se que sua largura tem 28m a menos que o seu comprimento. Se o metro
quadrado cobrado nesta região é de R$ 50,00, qual será o valor pago por este terreno?
(A) R$ 10.000,00.
(B) R$ 100.000,00.
(C) R$ 125.000,00.
(D) R$ 115.200,00.
(E) R$ 100.500,00.

06. Uma pessoa comprou 30 m2 de piso para colocar em uma sala retangular de 4 m de largura, porém,
ao medir novamente a sala, percebeu que havia comprado 3,6 m2 de piso a mais do que o necessário. O
perímetro dessa sala, em metros, é de:
(A) 21,2.
(B) 22,1.
(C) 23,4.
(D) 24,3.
(E) 25,6

07. (Pref. Mogeiro/PB - Professor – Matemática – EXAMES) A pipa, também conhecida como
papagaio ou quadrado, foi introduzida no Brasil pelos colonizadores portugueses no século XVI. Para
montar a pipa, representada na figura, foram utilizados uma vareta de 40 cm de comprimento, duas
varetas de 32 cm de comprimento, tesoura, papel de seda, cola e linha.
As varetas são fixadas conforme a figura, formando a estrutura da pipa. A linha é passada em todas
as pontas da estrutura, e o papel é colado de modo que a extremidade menor da estrutura da pipa fique
de fora.

Na figura, a superfície sombreada corresponde ao papel de seda que forma o corpo da pipa. A área
dessa superfície sombreada, em centímetros quadrados, é:
(A) 576.
(B) 704.
(C) 832.
(D) 1 150.
(E) 1 472.

. 227
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
08. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VUNESP) Para efeito decorativo, um arquiteto
dividiu o piso de rascunho um salão quadrado em 8 regiões com o formato de trapézios retângulos
congruentes (T), e 4 regiões quadradas congruentes (Q), conforme mostra a figura:

Se a área de cada região com a forma de trapézio retângulo for igual a 24 m², então a área total
desse piso é, em m², igual a
(A) 324
(B) 400
(C) 225
(D) 256
(E) 196

Comentários

01.Resposta: C.
Sendo l o lado do quadrado e d a diagonal:

Utilizando o Teorema de Pitágoras:


d2 = l2 + l2
2
(2√7) = 2l2
4.7 = 2l2
2l2 = 28
28
l2 =
2
A = 14 cm2

02. Resposta: A.
- um quadrado terá perímetro x
x
o lado será l = 4 e o outro quadrado terá perímetro 30 – x
30−x
o lado será l1 = 4
, sabendo que a área de um quadrado é dada por S = l2, temos:
S = S1 + S2
S=l²+l1²
x 2 30−x 2
S = (4) + ( 4
)
x2 (30−x)2
S = 16 + 16
, como temos o mesmo denominador 16:

x2 +302 −2.30.x+x2
S=
16
x2 +900−60x+x2
S= 16
2x2 60x 900
S= 16
− 16 + 16 ,

. 228
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
sendo uma equação do 2º grau onde a = 2/16; b = -60/16 e c = 900/16 e o valor de x será o x do vértice
−b
que e dado pela fórmula: x = 2a , então:

−60 60
−( )
16 16
xv = 2 = 4
2. 16
16
60 16 60
xv = . = = 15,
16 4 4

logo l = 15 e l1 = 30 – 15 = 15.

03. Resposta: D.
Observando a figura temos que cada retângulo tem lados medindo x e 0,8x:
Perímetro = x + 285
8.0,8x + 6x = x + 285
6,4x + 6x – x = 285
11,4x = 285
x = 285:11,4
x = 25
Sendo S a área do retângulo:
S= b.h
S= 0,8x.x
S = 0,8x2
Sendo St a área total da figura:
St = 6.0,8x2
St = 4,8.252
St = 4,8.625
St = 3000

04. Resposta: E.
Retângulo com as seguintes dimensões:
Largura: 3,5 m = 350 cm
Comprimento: 8,4 m = 840 cm
A = 840.350
A = 294.000 cm2
Potência = 294.000.0,01 = 2940

05. Resposta: D.
Comprimento: x
Largura: x – 28
Perímetro = 200
x + x + x – 28 + x – 28 = 200
4x – 56 = 200
4x = 200 + 56
x = 256 : 4
x = 64
Comprimento: 64
Largura: 64 – 28 = 36
Área: A = 64.36 = 2304 m2
Preço = 2304.50,00 = 115.200,00

06. Resposta: A.
Do enunciado temos que foram comprados 30 m2 de piso e que a sala tem 4 m de largura. Para saber
o perímetro temos que calcular o comprimento desta sala.
- houve uma sobra de 3,6 m2, então a área da sala é:
A = 30 – 3,6
A = 26,4 m2
- sendo x o comprimento:
x.4 = 26,4

. 229
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
x = 26,4 : 4
x = 6,6 m (este é o comprimento da sala)

- o perímetro (representado por 2p na geometria) é a soma dos 4 lados da sala:


2p = 4 + 4 + 6,6 + 6,6 = 21,2 m

07. Resposta: C.
A área procurada é igual a área de um triângulo mais a área de um retângulo.

A = AT + AR
32.20
A= + 16.32
2

A = 320 + 512 = 832

08. Resposta: D.

O destaque da figura corresponde a base maior do nosso trapézio, e podemos perceber que equivale
a 2x e a base menor x, portanto:
𝑏+𝐵
𝐴= ∙ℎ
2
𝑥 + 2𝑥
24 = ∙𝑥
2

48 = 3𝑥 2
X²=16
Substituindo: A total =4x 4x=16x²=1616=256 m²

ÁREA DO CIRCULO E SUAS PARTES

I- Círculo:
Quem primeiro descreveu a área de um círculo foi o matemático grego Arquimedes (287/212 a.C.), de
Siracusa, mais ou menos por volta do século II antes de Cristo. Ele concluiu que quanto mais lados tem
um polígono regular mais ele se aproxima de uma circunferência e o apótema (a) deste polígono tende
ao raio r. Assim, como a fórmula da área de um polígono regular é dada por A = p.a (onde p é
2𝜇𝑟
semiperímetro e a é o apótema), temos para a área do círculo 𝐴 = 2 . 𝑟, então temos:

II- Coroa circular:


É uma região compreendida entre dois círculos concêntricos (tem o mesmo centro). A área da coroa
circular é igual a diferença entre as áreas do círculo maior e do círculo menor. A = 𝜋R2 – 𝜋r2, como temos
o 𝜋 como fator comum, podemos colocá-lo em evidência, então temos:

. 230
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
III- Setor circular:
É uma região compreendida entre dois raios distintos de um círculo. O setor circular tem como
elementos principais o raio r, um ângulo central 𝛼 e o comprimento do arco l, então temos duas fórmulas:

IV- Segmento circular:


É uma região compreendida entre um círculo e uma corda (segmento que une dois pontos de uma
circunferência) deste círculo. Para calcular a área de um segmento circular temos que subtrair a área de
um triângulo da área de um setor circular, então temos:

Questões

01. (SEDUC/RJ – Professor – Matemática – CEPERJ) A figura abaixo mostra três círculos, cada
um com 10 cm de raio, tangentes entre si.

Considerando √3 ≅ 1,73 e 𝜋 ≅ 3,14, o valor da área sombreada, em cm2, é:


(A) 320.
(B) 330.
(C) 340.
(D) 350.
(E) 360.

02. (Câmara Municipal de Catas Altas/MG - Técnico em Contabilidade – FUMARC) A área de um


círculo, cuja circunferência tem comprimento 20𝜋 cm, é:
(A) 100𝜋 cm2.
(B) 80 𝜋 cm2.
(C) 160 𝜋 cm2.
(D) 400 𝜋 cm2.

. 231
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
03. (PETROBRÁS - Inspetor de Segurança - CESGRANRIO) Quatro tanques de armazenamento de
óleo, cilíndricos e iguais, estão instalados em uma área retangular de 24,8 m de comprimento por 20,0 m
de largura, como representados na figura abaixo.

2
Se as bases dos quatro tanques ocupam 5
da área retangular, qual é, em metros, o diâmetro da base
de cada tanque?
Dado: use 𝜋=3,1
(A) 2.
(B) 4.
(C) 6.
(D) 8.
(E) 16.

04. (Pref. Mogeiro/PB - Professor – Matemática – EXAMES) Na figura a seguir, OA = 10 cm, OB =


8 cm e AOB = 30°.

Qual, em cm², a área da superfície hachurada. Considere π = 3,14?


(A) 5,44 cm².
(B) 6,43 cm².
(C) 7,40 cm².
(D) 8,41 cm².
(E) 9,42 cm².

05. (U. F. de Uberlândia-MG) Uma indústria de embalagens fábrica, em sua linha de produção, discos
de papelão circulares conforme indicado na figura. Os discos são produzidos a partir de uma folha
quadrada de lado L cm. Preocupados com o desgaste indireto produzido na natureza pelo desperdício de
papel, a indústria estima que a área do papelão não aproveitado, em cada folha utilizada, é de (100 - 25π)
cm2.

Com base nas informações anteriores, é correto afirmar que o valor de L é:


(A) Primo
(B) Divisível por 3.
(C) Ímpar.
(D) Divisível por 5.

06. Na figura abaixo está representado um quadrado de lado 4 cm e um arco de circunferência com
centro no vértice do quadrado. Qual é a área da parte sombreada?

. 232
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
(A) 2(4 – π) cm2
(B) 4 – π cm2
(C) 4(4 – π) cm2
(D) 16 cm2
(E) 16π cm2

07. Calcular a área do segmento circular da figura abaixo, sendo r = 6 cm e o ângulo central do setor
igual a 60°:

(A) 6 π - 6√3 cm²


(B) 2. (2 π - 3√3) cm²
(C) 3. (4 π - 3√3) cm²
(D) 3. (1 π - 3√3) cm²
(E) 3. (2 π - 3√3) cm²

Comentários

01. Resposta: B.
Unindo os centros das três circunferências temos um triângulo equilátero de lado 2r ou seja l = 2.10 =
20 cm. Então a área a ser calculada será:

𝐴𝑐𝑖𝑟𝑐
𝐴 = 𝐴𝑐𝑖𝑟𝑐 + 𝐴𝑡𝑟𝑖𝑎𝑛𝑔 +
2
𝐴𝑐𝑖𝑟𝑐
𝐴= + 𝐴𝑡𝑟𝑖𝑎𝑛𝑔
2
𝜋𝑟 2
𝐴= + 𝐴𝑡𝑟𝑖𝑎𝑛𝑔
2

𝜋𝑟 2 𝑙 2 √3
𝐴= +
2 4
(3,14 ∙ 102 ) 202 ∙ 1,73
𝐴= +
2 4
400 ∙ 1,73
𝐴 = 1,57 ∙ 100 +
4
𝐴 = 157 + 100 ∙ 1,73 = 157 + 173 = 330

02. Resposta: A.
A fórmula do comprimento de uma circunferência é C = 2π.r, Então:
C = 20π
2π.r = 20π
20π
r = 2π

. 233
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
r = 10 cm
A = π.r2 → A = π.102 → A = 100π cm2

03. Resposta: D.
Primeiro calculamos a área do retângulo (A = b.h)
Aret = 24,8.20
Aret = 496 m2
2
4.Acirc = .Aret
5

2
4.πr2 = 5.496
992
4.3,1.r2 = 5
12,4.r2 = 198,4
r2 = 198,4 : 12, 4 → r2 = 16 → r = 4
d = 2r =2.4 = 8

04. Resposta: E.
OA = 10 cm (R = raio da circunferência maior), OB = 8 cm (r = raio da circunferência menor). A área
hachurada é parte de uma coroa circular que é dada pela fórmula Acoroa = π(R2 – r2).
Acoroa = 3,14.(102 – 82)
Acoroa = 3,14.(100 – 64)
Acoroa = 3,14.36 = 113,04 cm2
- como o ângulo dado é 30°
360° : 30° = 12 partes iguais.
Ahachurada = 113,04 : 12 = 9,42 cm2

05. Resposta: D.
A área de papelão não aproveitado é igual a área do quadrado menos a área de 9 círculos. Sendo que
a área do quadrado é A = L2 e a área do círculo A = π.r2. O lado L do quadrado, pela figura dada, é igual
a 6 raios do círculo. Então:
6r = L → r = L/6
A = Aq – 9.Ac
100 - 25π = L² - 9 π r² (substituir o r)
𝐿 2 𝐿2 𝜋𝐿2
100 − 25𝜋 = 𝐿 − 9𝜋. ( ) → 100 − 25𝜋 = 𝐿2 − 9. 𝜋.
2
→ 100 − 25𝜋 = 𝐿2 −
6 36 4

Colocando em evidência o 100 no primeiro membro de e L² no segundo membro:


𝜋 𝜋
100. (1 − ) = 𝐿2 . (1 − ) → 100 = 𝐿2 → 𝐿 = √100 = 10
4 4

06. Resposta: C.
A área da região sombreada é igual a área do quadrado menos ¼ da área do círculo (setor com ângulo
de 90°).
𝐴𝑐í𝑟𝑐𝑢𝑙𝑜 𝜋. 𝑟 2 𝜋. 42
𝐴 = 𝐴𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑜 − → 𝐴 = 𝑙2 − → 𝐴 = 42 − → 𝐴 = 16 − 4𝜋
4 4 4

Colocando o 4 em evidência: A = 4(4 – π) cm²

07. Resposta: E.
Asegmento = Asetor - Atriângulo
Substituindo as fórmulas:
𝑎𝜋𝑟 2 𝑎. 𝑏. 𝑠𝑒𝑛𝑎 60°. 𝜋. 62 6.6. 𝑠𝑒𝑛60° 36𝜋 √3
𝐴𝑠𝑒𝑔 = − → 𝐴𝑠𝑒𝑔 = − → 𝐴𝑠𝑒𝑔 = − 6.3.
360° 2 360° 2 6 2

Aseg = 6 π - 9√3 = 3. (2 π - 3√3) cm²

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1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
SÓLIDOS GEOMÉTRICOS

Sólidos Geométricos19 são figuras geométricas que possui três dimensões. Um sólido é limitado por
um ou mais planos. Os mais conhecidos são: prisma, pirâmide, cilindro, cone e esfera, dessas figuras
podemos encontrar o seu volume, pois são figuras geométricas espaciais.

- Principio de Cavalieri
Bonaventura Cavalieri foi um matemático italiano, discípulo de Galileu, que criou um método capaz de
determinar áreas e volumes de sólidos com muita facilidade, denominado princípio de Cavalieri. Este
princípio consiste em estabelecer que dois sólidos com a mesma altura têm volumes iguais se as secções
planas de iguais altura possuírem a mesma área.
Vejamos:
Suponhamos a existência de uma coleção de chapas retangulares (paralelepípedos retângulos) de
mesmas dimensões, e consequentemente, de mesmo volume. Imaginemos ainda a formação de dois
sólidos com essa coleção de chapas.

Tanto em A como em B, a parte do espaço ocupado, ou seja, o volume ocupado, pela coleção de
chapas é o mesmo, isto é, os sólidos A e B tem o mesmo volume.
Mas se imaginarmos esses sólidos com base num mesmo plano α e situados num mesmo semiespaço
dos determinados por α.

Qualquer plano β, secante aos sólidos A e B, paralelo a α, determina em A e em B superfícies de áreas


iguais (superfícies equivalentes). A mesma ideia pode ser estendida para duas pilhas com igual número
de moedas congruentes.

Dois sólidos, nos quais todo plano secante, paralelo a um dado


plano, determina superfícies de áreas iguais (superfícies
equivalentes), são sólidos de volumes iguais (sólidos equivalentes).

19
IEZZI, Gelson – Matemática Volume Único
DOLCE, Osvaldo; POMPEO, José Nicolau – Fundamentos da matemática elementar – Vol 10 – Geometria Espacial, Posição e Métrica – 5ª edição – Atual
Editora
www.brasilescola.com.br

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1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
A aplicação do princípio de Cavalieri, em geral, implica na colocação dos sólidos com base num mesmo
plano, paralelo ao qual estão as secções de áreas iguais (que é possível usando a congruência).

Sólidos geométricos

I) PRISMA: é um sólido geométrico que possui duas bases iguais e paralelas.

Elementos de um prisma:
a) Base: pode ser qualquer polígono.
b) Arestas da base: são os segmentos que formam as bases.
c) Face Lateral: é sempre um paralelogramo.
d) Arestas Laterais: são os segmentos que formam as faces laterais.
e) Vértice: ponto de intersecção (encontro) de arestas.
f) Altura: distância entre as duas bases.

Classificação:
Um prisma pode ser classificado de duas maneiras:

1- Quanto à base:
- Prisma triangular...........................................................a base é um triângulo.
- Prisma quadrangular.....................................................a base é um quadrilátero.
- Prisma pentagonal........................................................a base é um pentágono.
- Prisma hexagonal.........................................................a base é um hexágono.
E, assim por diante.

2- Quanta à inclinação:
- Prisma Reto: a aresta lateral forma com a base um ângulo reto (90°).
- Prisma Obliquo: a aresta lateral forma com a base um ângulo diferente de 90°.

Fórmulas:
- Área da Base
Como a base pode ser qualquer polígono não existe uma fórmula fixa. Se a base é um triângulo
calculamos a área desse triângulo; se a base é um quadrado calculamos a área desse quadrado, e assim
por diante.
- Área Lateral:
Soma das áreas das faces laterais
- Área Total:
At=Al+2Ab
- Volume:

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1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
V = Abh

Prismas especiais: temos dois prismas estudados a parte e que são chamados de prismas especiais,
que são:

a) Hexaedro (Paralelepípedo reto-retângulo): é um prisma que tem as seis faces retangulares.

Temos três dimensões: a= comprimento, b = largura e c = altura.

Fórmulas:
- Área Total: At = 2.(ab + ac + bc)

- Volume: V = a.b.c

- Diagonal: D = √a2 + b 2 + c 2

b) Hexaedro Regular (Cubo): é um prisma que tem as 6 faces quadradas.

As três dimensões de um cubo: comprimento, largura e altura são iguais.

Fórmulas:
- Área Total: At = 6.a2

- Volume: V = a3

- Diagonal: D = a√3

II) PIRÂMIDE: é um sólido geométrico que tem uma base e um vértice superior.

Elementos de uma pirâmide:

A pirâmide tem os mesmos elementos de um prisma: base, arestas da base, face lateral, arestas
laterais, vértice e altura. Além destes, ela também tem um apótema lateral e um apótema da base.
Na figura acima podemos ver que entre a altura, o apótema da base e o apótema lateral forma um
triângulo retângulo, então pelo Teorema de Pitágoras temos: ap2 = h2 + ab2.

Classificação:
Uma pirâmide pode ser classificado de duas maneiras:
1- Quanto à base:
- Pirâmide triangular...........................................................a base é um triângulo.
- Pirâmide quadrangular.....................................................a base é um quadrilátero.
- Pirâmide pentagonal........................................................a base é um pentágono.

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1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
- Pirâmide hexagonal.........................................................a base é um hexágono.
E, assim por diante.

2- Quanta à inclinação:
- Pirâmide Reta: tem o vértice superior na direção do centro da base.
- Pirâmide Obliqua: o vértice superior esta deslocado em relação ao centro da base.

Fórmulas:
- Área da Base: 𝐴𝑏 = 𝑑𝑒𝑝𝑒𝑛𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑝𝑜𝑙í𝑔𝑜𝑛𝑜, como a base pode ser qualquer polígono não existe uma
fórmula fixa. Se a base é um triângulo calculamos a área desse triângulo; se a base é um quadrado
calculamos a área desse quadrado, e assim por diante.
- Área Lateral: 𝐴𝑙 = 𝑠𝑜𝑚𝑎 𝑑𝑎𝑠 á𝑟𝑒𝑎𝑠 𝑑𝑎𝑠 𝑓𝑎𝑐𝑒𝑠 𝑙𝑎𝑡𝑒𝑟𝑎𝑖𝑠

- Área Total: At = Al + Ab
1
- Volume: 𝑉 = . 𝐴𝑏 . ℎ
3

- TRONCO DE PIRÂMIDE
O tronco de pirâmide é obtido ao se realizar uma secção transversal numa pirâmide, como mostra a
figura:

O tronco da pirâmide é a parte da figura que apresenta as arestas destacadas em vermelho.


É interessante observar que no tronco de pirâmide as arestas laterais são congruentes entre si; as
bases são polígonos regulares semelhantes; as faces laterais são trapézios isósceles, congruentes entre
si; e a altura de qualquer face lateral denomina-se apótema do tronco.

Cálculo das áreas do tronco de pirâmide.


Num tronco de pirâmide temos duas bases, base maior e base menor, e a área da superfície lateral.
De acordo com a base da pirâmide, teremos variações nessas áreas. Mas observe que na superfície
lateral sempre teremos trapézios isósceles, independente do formato da base da pirâmide. Por exemplo,
se a base da pirâmide for um hexágono regular, teremos seis trapézios isósceles na superfície lateral.
A área total do tronco de pirâmide é dada por:
St = Sl + SB + Sb
Onde:
St → é a área total
Sl → é a área da superfície lateral
SB → é a área da base maior
Sb → é a área da base menor

Cálculo do volume do tronco de pirâmide.


A fórmula para o cálculo do volume do tronco de pirâmide é obtida fazendo a diferença entre o volume
de pirâmide maior e o volume da pirâmide obtida após a secção transversal que produziu o tronco.
Colocando em função de sua altura e das áreas de suas bases, o modelo matemático para o volume do
tronco é:

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1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
Onde,
V → é o volume do tronco
h → é a altura do tronco
SB → é a área da base maior
Sb → é a área da base menor

III) CILINDRO: é um sólido geométrico que tem duas bases iguais, paralelas e circulares.

Elementos de um cilindro:
a) Base: é sempre um círculo.
b) Raio
c) Altura: distância entre as duas bases.
d) Geratriz: são os segmentos que formam a face lateral, isto é, a face lateral é formada por infinitas
geratrizes.

Classificação: como a base de um cilindro é um círculo, ele só pode ser classificado de acordo com
a inclinação:
- Cilindro Reto: a geratriz forma com o plano da base um ângulo reto (90°).
- Cilindro Obliquo: a geratriz forma com a base um ângulo diferente de 90°.

Fórmulas:
- Área da Base: Ab = π.r2

- Área Lateral: Al = 2.π.r.h

- Área Total: At = 2.π.r.(h + r) ou At = Al + 2.Ab

- Volume: V = π.r2.h ou V = Ab.h

Secção Meridiana de um cilindro: é um “corte” feito pelo centro do cilindro. O retângulo obtido através
desse corte é chamado de secção meridiana e tem como medidas 2r e h. Logo a área da secção meridiana
é dada pela fórmula: ASM = 2r.h.

. 239
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
Cilindro Equilátero: um cilindro é chamado de equilátero quando a secção meridiana for um
quadrado, para isto temos que: h = 2r.

IV) CONE: é um sólido geométrico que tem uma base circular e vértice superior.

Elementos de um cone:
a) Base: é sempre um círculo.
b) Raio
c) Altura: distância entre o vértice superior e a base.
d) Geratriz: segmentos que formam a face lateral, isto é, a face lateral e formada por infinitas
geratrizes.

Classificação: como a base de um cone é um círculo, ele só tem classificação quanto à inclinação.
- Cone Reto: o vértice superior está na direção do centro da base.
- Cone Obliquo: o vértice superior esta deslocado em relação ao centro da base.

Fórmulas:
- Área da base: Ab = π.r2

- Área Lateral: Al = π.r.g

- Área total: At = π.r.(g + r) ou At = Al + Ab


1 1
- Volume: 𝑉 = 3 . 𝜋. 𝑟 2 . ℎ ou 𝑉 = 3 . 𝐴𝑏 . ℎ

- Entre a geratriz, o raio e a altura temos um triângulo retângulo, então: g2 = h2 + r2.

Secção Meridiana: é um “corte” feito pelo centro do cone. O triângulo obtido através desse corte é
chamado de secção meridiana e tem como medidas, base é 2r e h. Logo a área da secção meridiana é
dada pela fórmula: ASM = r.h.

. 240
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Cone Equilátero: um cone é chamado de equilátero quando a secção meridiana for um triângulo
equilátero, para isto temos que: g = 2r.

TRONCO DE CONE
Se um cone sofrer a intersecção de um plano paralelo à sua base circular, a uma determinada altura,
teremos a constituição de uma nova figura geométrica espacial denominada Tronco de Cone.

Elementos
- A base do cone é a base maior do tronco, e a seção transversal é a base menor;
- A distância entre os planos das bases é a altura do tronco.

Diferentemente do cone, o tronco de cone possui duas bases circulares em que uma delas é maior
que a outra, dessa forma, os cálculos envolvendo a área superficial e o volume do tronco envolverão a
medida dos dois raios. A geratriz, que é a medida da altura lateral do cone, também está presente na
composição do tronco de cone.
Não devemos confundir a medida da altura do tronco de cone com a medida da altura de sua lateral
(geratriz), pois são elementos distintos. A altura do cone forma com as bases um ângulo de 90º. No caso
da geratriz os ângulos formados são um agudo e um obtuso.

Área da Superfície e Volume

Onde:
h = altura
g = geratriz

Exemplo:
Os raios das bases de um tronco de cone são 6 m e 4 m. A altura referente a esse tronco é de 10 m.
Determine o volume desse tronco de cone. Lembre-se que π = 3,14.

. 241
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V) ESFERA

Elementos da esfera
- Eixo: é um eixo imaginário, passando pelo centro da esfera.
- Polos: ponto de intersecção do eixo com a superfície da esfera.
- Paralelos: são “cortes” feitos na esfera, determinando círculos.
- Equador: “corte” feito pelo centro da esfera, determinando, assim, o maior círculo possível.

Fórmulas

- na figura acima podemos ver que o raio de um paralelo (r), a distância do centro ao paralelo ao centro
da esfera (d) e o raio da esfera (R) formam um triângulo retângulo. Então, podemos aplicar o Teorema
de Pitágoras: R2 = r2 + d2.
- Área: A = 4.π.R2
4
- Volume: V = 3 . π. R3

Fuso Esférico:

Fórmula da área do fuso:


𝛼. 𝜋. 𝑅 2
𝐴𝑓𝑢𝑠𝑜 =
90°

Cunha Esférica:

. 242
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Fórmula do volume da cunha:
𝛼. 𝜋. 𝑅 3
𝑉𝑐𝑢𝑛ℎ𝑎 =
270°

Questões

01. (IPSM – Analista de gestão Municipal – VUNESP/2018) Um tanque em formato de prisma reto
retangular, cujas dimensões são 3,5 m, 1,2 m e 0,8 m, está completamente cheio de água. Durante 3
horas e 15 minutos, há a vazão de 12 litros por minuto de água para fora do tanque. Lembre-se de que 1
m3 é equivalente a 1000 litros. Após esse tempo, o número de litros de água que ainda permanecem no
tanque é igual a
(A) 980.
(B) 1020.
(C) 1460.
(D) 1580.
(E) 1610.

02. (UFSM – Auxiliar em Administração – UFSM/2017) O número de furtos a bancos tem crescido
muito nos últimos anos. Em um desses furtos, criminosos levaram 20 barras de ouro com dimensões
dadas, em centímetros, pela figura a seguir.

Se a densidade do ouro é de aproximadamente 19g/cm³, aproximadamente quantos quilogramas de


ouro foram furtados?
(A) 0,456
(B) 9,120
(C) 24,000
(D) 45,600
(E) 91,200

03. (DEMAE – Técnico em Informática – CS-UFG/2017) Em um canteiro de obra, para calcular o


volume de areia contida na caçamba de um caminhão, mede-se a altura da areia em cinco pontos
estratégicos (indicados por M), a largura (L) e o comprimento (C) da base da caçamba, conforme ilustra
a figura a seguir.

. 243
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O volume de areia na caçamba do caminhão é dado pelo produto da área da base da caçamba pela
média aritmética das alturas da areia. Considere um caminhão carregado com 13,25 m³ de areia. A largura
de sua caçamba é 2,4 m e o comprimento, 5,8 m. Assim, a média aritmética das alturas da areia na
caçamba, em metros, é, aproximadamente, de:

(A) 9,5
(B) 2,3
(C) 0,95
(D) 0,23

04. Dado o cilindro equilátero, sabendo que seu raio é igual a 5 cm, a área lateral desse cilindro, em
cm2, é:
(A) 90π
(B) 100π
(C) 80π
(D) 110π
(E) 120π

05. Um prisma hexagonal regular tem aresta da base igual a 4 cm e altura 12 cm. O volume desse
prisma é:
(A) 288√3 cm3
(B) 144√3 cm3
(C) 200√3 cm3
(D) 100√3 cm3
(E) 300√3 cm3

06. Um cubo tem aresta igual a 3 m, a área total e o volume desse cubo são, respectivamente, iguais
a:
(A) 27 m2 e 54 m3
(B) 9 m2 e 18 m3
(C) 54 m2 e 27 m3
(D) 10 m2 e 20 m3

07. Uma pirâmide triangular regular tem aresta da base igual a 8 cm e altura 15 cm. O volume dessa
pirâmide, em cm3, é igual a:
(A) 60
(B) 60√3
(C) 80
(D) 80√3
(E) 90√3

08. (Pref. SEARA/SC – Adjunto Administrativo – IOPLAN) Um reservatório vertical de água com a
forma de um cilindro circular reto com diâmetro de 6 metros e profundidade de 10 metros tem a
capacidade aproximada de, admitindo-se π=3,14:
(A) 282,60 litros.
(B) 28.260 litros.
(C) 282.600,00 litros.
(D) 28.600,00 litros.

09. Um cone equilátero tem raio igual a 8 cm. A altura desse cone, em cm, é:
(A) 6√3
(B) 6√2
(C) 8√2
(D) 8√3
(E) 8

. 244
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10. (ESCOLA DE SARGENTO DAS ARMAS – COMBATENTE/LOGÍSTICA – TÉCNICA/AVIAÇÃO –
EXÉRCITO BRASILEIRO) O volume de um tronco de pirâmide de 4 dm de altura e cujas áreas das bases
são iguais a 36 dm² e 144 dm² vale:
(A) 330 cm³
(B) 720 dm³
(C) 330 m³
(D) 360 dm³
(E) 336 dm³

Comentários

01. Resposta: B.
Primeiro devemos encontrar o volume do paralelepípedo, depois a quantidade de água que vaza
para poder descobrir quanto de agua ainda resta, basta subtrair o volume pela quantidade de água que
vazou.
V= a . b . c
V= 3,5 . 1,2 . 0,8
V= 3,36 m³
1 m³__________ 1000 LITROS
3,36__________ x
x= 3.360 L

Aqui precisamos descobrir quanto vazou de água


3 H 15 MIN = 3*60 +15 = 180 +15= 195 MIN
12L ----------- 1 MIN
y ----------- 195 MIN
y= 195 . 12
y= 2.340 L
x-y = 3.360 - 2.340= 1020 LITROS

02. Resposta: B.
Primeiro devemos encontrar o volume de 1 das barras e depois basta multiplicar por 20, logo:
V = 8x3x1 = 24cm³
24x19 = 456 g (pois ele possui 19g por cada cm³)
456 x 20 (foram furtadas) = 9120g, devemos lembrar que 1 kg equivale à 1000g.
9120/1000 = 9,120kg.

03. Resposta: C.
Como ele quer saber a média aritmética das alturas basta substituirmos na fórmula:
V=M.L.C
13,25 = M . 2,4 . 5,8 =
13,92M = 13,25
M = 13,25/13,92
M = 0,95m

04. Resposta: B.
Em um cilindro equilátero temos que h = 2r e do enunciado r = 5 cm.
h = 2r → h = 2.5 = 10 cm
Al = 2.π.r.h
Al = 2.π.5.10 → Al = 100π

05. Resposta: A.
O volume de um prisma é dado pela fórmula V = Ab.h, do enunciado temos que a aresta da base é a
= 4 cm e a altura h = 12 cm.
A área da base desse prisma é igual a área de um hexágono regular
6.𝑎 2 √3
𝐴𝑏 = 4

. 245
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6.42 √3 6.16√3
𝐴𝑏 = 4
 𝐴𝑏 = 4
 𝐴𝑏 = 6.4√3  𝐴𝑏 = 24√3 cm2

V = 24√3.12
V = 288√3 cm3

06. Resposta: C.
Do enunciado, o cubo tem aresta a = 3 m.
At = 6.a2 V = a3
2
At = 6.3 V = 33
At = 6.9 V = 27 m3
2
At = 54 m

07. Resposta: D.
𝑙 2 √3
Do enunciado a base é um triângulo equilátero. E a fórmula da área do triângulo equilátero é 𝐴 = .
4
A aresta da base é a = 8 cm e h = 15 cm.

Cálculo da área da base:


𝑎 2 √3
𝐴𝑏 = 4

82 √3 64√3
𝐴𝑏 = =
4 4

𝐴𝑏 = 16√3

Cálculo do volume:
1
𝑉 = 3 . 𝐴𝑏 . ℎ

1
𝑉 = . 16√3. 15
3

𝑉 = 16√3. 5

𝑉 = 80√3

08. Resposta: C.
Pelo enunciado sabemos a altura (h) = 10 m e o Diâmetro da base = 6 m, logo o Raio (R) = 3m.
O volume é Ab.h , onde Ab = π .R² → Ab = 3,14. (3)² → Ab = 28,26
V = Ab. H → V = 28,26. 10 = 282,6 m³
Como o resultado é expresso em litros, sabemos que 1 m³ = 1000 l, Logo 282,26 m³ = x litros
282,26. 1000 = 282 600 litros

09. Resposta: D.
Em um cone equilátero temos que g = 2r. Do enunciado o raio é 8 cm, então a geratriz é g = 2.8 = 16
cm.
g2 = h2 + r2
162 = h2 + 82
256 = h2 + 64
256 – 64 = h2
h2 = 192
h = √192
h = √26 . 3
h = 23√3
h = 8√3 cm

10. Resposta: E.

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ℎ𝑡
𝑉= (𝐴 + √𝐴𝐵 ∙ 𝐴𝑏 + 𝐴𝑏 )
3 𝐵
AB=144 dm²
Ab=36 dm²
4 4 4
𝑉 = (144 + √144 ∙ 36 + 36) = (144 + 72 + 36) = 252 = 336 𝑑𝑚3
3 3 3

INSCRIÇÃO E CIRCUNSCRIÇÃO DE SÓLIDOS20

- ESFERA INSCRITA NUMA PIRÂMIDE REGULAR DE BASE QUADRADA: A esfera inscrita na


pirâmide possui r como raio de uma base quadrada, l como base e h como altura.

Ao dividir um sólido em partes por um plano que


contém o vértice V da pirâmide e os pontos médios
M e N e lados 𝑩𝑪 ̂ e 𝑨𝑫 ̂ , o mesmo possuirá um
círculo num triângulo com dois lados iguais com
medidas l e h no raio R.

Possuindo um triângulo retângulo VAM, com


𝒍
hipotenusa, apótema g e catetos h e 𝟐 teremos:

O triângulo VPO, retângulo em P, é considerado idêntico ao triângulo VAM, retângulo em A. Ao


fazermos esta comparação, percebemos que VM = g e VO = h – r, assim:

- ESFERA INSCRITA NO CONE: Considerando que a esfera inscrita no cone possui r como raio,
altura como h e geratriz como g, temos:

20
DOLCE, Osvaldo; POMPEO, José Nicolau – Fundamentos da Matemática – Vol. 09 – Geometria Plana – 7ª edição – Editora Atual
DOLCE, Osvaldo; POMPEO, José Nicolau – Fundamentos da Matemática – Vol. 10 – Geometria Espacial, Posição e Métrica – 5ª edição – Editora Atual
www.colegioweb.com.br

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1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
Ao dividir o cone em partes em um plano que contém seu eixo, o mesmo possuirá um círculo de raio r
inscrito num triangulo com dois lados iguais com medidas 2r e altura h proporcionais a g.

No triângulo com lados ABC, temos:

Ao comparar o triângulo ADO, retângulo em D pode-se notar uma analogia ao triângulo ABC, retângulo
em B. Da conformidade desses triângulos, notamos que AO= h-r, assim:

- CONE INSCRITO NA ESFERA: A esfera inscrita no cone de raio R possui r como raio e h como
altura.

Ao dividir os sólidos em partes e colocá-lo em um plano, o mesmo possuirá um triângulo com dois
lados iguais VAB de base 2r e altura h no raio R. Assim,

. 248
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
Na figura,
• (O) = o ponto central da esfera.
• (M) = centro da base do cone.
Notando que o triangulo OMA é retângulo, teremos:

- CILINDRO INSCRITO NO CUBO: R representa o raio da base e h à altura, ambos possuem a como
aresta, assim:

- CUBO INSCRITO NO CILINDRO: A medida (altura) do cilindro é idêntica a aresta do cubo, já o raio
R da base do cilindro representa a metade da diagonal de um quadrado de lado a.
Assim sendo:

- ESFERA INSCRITA NO CILINDRO: A esfera inscrita num cilindro possui r como raio e h como altura.

a) O raio da base do cilindro e igual ao raio da esfera.

b) A altura do cilindro é duas vezes maior que a altura da esfera.

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1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
- CILINDRO INSCRITO NA ESFERA: Considerando r e h, a altura do cilindro e o raio da base incluso
na esfera de raio r.
Ao dividir o cilindro em partes e colocá-lo em um plano, o mesmo possuirá um retângulo com medidas
2r e h inscrito no círculo de raio R.
Desta forma:

- ESFERA INSCRITA NO CUBO: Ao possuir um cubo ABCDEFGH num raio r com aresta a, temos:

- CUBO INSCRITO NA ESFERA: Ao possuir um cubo ABCDEFGH num raio r com aresta a, temos:

Uma seção do cubo possui pontos A, C e o centro possui os pontos ACGE de tamanhos a√2 e a num
círculo com raio r, assim:

O triângulo retângulo possui os pontos EGC de catetos a√2, e a e hipotenusa 2R.


Ao empregarmos o teorema de Pitágoras nesse triangulo teremos:

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Questões

01. PETROBRAS – Técnico de Enfermagem do Trabalho Júnior – CESGRANRIO/2017) A Figura


a seguir mostra um cilindro reto, um cone reto e uma esfera que tangencia a base do cilindro e as
geratrizes do cilindro e do cone. O cone e o cilindro têm como base um círculo de raio 7 cm e a mesma
altura que mede 24 cm.

Qual o volume, em centímetros cúbicos, da região interior ao cilindro e exterior à esfera e ao cone?

(A) 800 π
(B) 784π
(C) 748π
(D) 684π
(E) 648 π

02. Uma esfera está inscrita em um cubo cujo o volume é igual a 64 dm³. Qual é o volume da esfera
em dm³?
32π
(A)
3

(B) 3
48π
(C) 3
64π
(D) 3
16π
(E) 3

03. Em uma esfera, está inscrita um cilindro reto cuja altura mede 20 cm e cujo raio da base mede
8cm. Calcule a área da superfície dessa esfera.
(A) 320π cm2
(B) 160π cm2
(C) 20π cm2
(D) 656π cm2

Comentários

01. Resposta: C.
Observe que o que é pedido no exercício é o volume da região interior ao cilindro e exterior os cone e
a esfera, ou seja,

Vdesejado = Vcilindro – Vcone - Vesfera

. 251
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Vamos calcular cada um dos volumes então:
Vcilindro = π.r².h = π.7².24 = 49.24. π = 1176 πcm³
Vcone = 1/3 . π.r².h = 1/3.π.7².24 = 1/3.49.24. π = 1176/3 = 392πcm³
Vesfera para encontrar este volor teremos que recordar alguns conceitos, pois não foi dado o valor do
raio da esfera.
Temos um triângulo retângulo, formado pelo raio do cilindro, altura do cilindro e geratriz do cone.

Pelo teorema de Pitágoras: AC² = AB² + BC²


AC² = 24² + 7²
AC² = 576 + 49
AC = √625 = 25
Pela propriedade de tangência retas no círculo, temos a seguinte propriedade:
BN = BP
PC = CM
MA = AN
Assim se chamarmos BP de x temos PC = CM =7 - x, mas como BP = BN = x então NA = 24 – x = AM,
portanto
AC = AM + MC = 25
25 = 24 – x + 7 – x
x + x = 24 + 7 – 25
2x = 6
x = 6/2 = 3
Podemos concluir então que o raio da esfera vale 3cm.

4 4.27.π
Vesfera = 3 π.3³ = 3
= 36 π

Vdesejado = Vcilindro – Vcone - Vesfera


Vdesejado = 1176 π - 392 π - 36 π = 748 πcm³

02. Resposta: A.
Sendo "a" a medida das arestas do cubo, temos que a3 = 64dm  a = 4dm.

Assim, a medida do raio da esfera é a = 2.R, portanto, R = 2 dm e seu volume é igual:

Então: 

03. Resposta: D.
Na figura, temos que (2R)2 = (20)2 + 162  4R2 = 400 + 256  R2 = 164  R = 2√41 cm
A área da superfície da esfera é igual a 4π.(2√41)2 = 656π cm2

. 252
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SÓLIDOS DE REVOLUÇÃO21

O sólido de revolução é formado pela rotação de 360º presente numa área lisa S em volta de uma
reta r.
Cilindro circular reto = é um sólido de revolução formado pela rotação de 360º em volta de um dos
lados do retângulo.
Cone circular reto = é um sólido de revolução formado pela rotação de 360º em volta de um dos
catetos do triângulo retângulo.
Vejamos:

Outros sólidos de revolução:

RAZÃO ENTRE SÓLIDOS GEOMÉTRICOS

- Razão de semelhança: é a razão entre dois elementos lineares homólogos. Representaremos por
k.
Assim:

21
DOLCE, Osvaldo; POMPEO, José Nicolau – Fundamentos da Matemática – Vol. 09 – Geometria Plana – 7ª edição – Editora Atual
DOLCE, Osvaldo; POMPEO, José Nicolau – Fundamentos da Matemática – Vol. 10 – Geometria Espacial, Posição e Métrica – 5ª edição – Editora Atual
www.colegioweb.com.br

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𝒂𝒊 𝒍𝒊 𝒉
= = =𝒌
𝑨𝒊 𝑳𝒊 𝑯

Propriedades:

Considerando duas pirâmides semelhantes, temos:

1º) A razão entre as áreas das bases é igual ao quadrado da razão de semelhança.

De fato, as bases são polígonos semelhantes e a razão entre suas áreas é o quadrado da razão de
semelhanças.
𝒃
= 𝒌𝟐
𝑩

𝒉 𝒃 𝟐
𝒃 𝒉 𝟐
= 𝒌, =𝒌 , =( )
𝑯 𝑩 𝑩 𝑯

A propriedade acima é de Geometria Plana, porém sua demonstração acompanha os itens da


propriedade que segue. Basta fazer a analogia.

2º) A razão entre as áreas laterais é igual ao quadrado da razão de semelhança.

. 254
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
Sendo
Área lateral V (ABC ... MN) = AL
Área lateral de V (A’B’C’ ...M’N’) = Al

Temos:
Pirâmide V (ABC ... MN) ~ Pirâmide V (A’B’C’ ... M’N’) → (ΔVAB ~ ΔVA’B’, ΔVBC ~ ΔVB’C’, ... ΔVMN
~ ΔVM’N’, ΔVNA ~ ΔVN’A’) →

𝑉𝐴′ 𝑉𝐵′ 𝑉𝑁 ′ 𝐴′ 𝐵′ 𝐵′ 𝐶 ′ 𝑁 ′ 𝐴′ 𝐻
= =⋯= = = =⋯= = = 𝑘 (𝑟𝑎𝑧ã𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑚𝑒𝑙ℎ𝑎𝑛ç𝑎)
𝑉𝐴 𝑉𝐵 𝑉𝑁 𝐴𝐵 𝐵𝐶 𝑁𝐴 𝐻

Considerando

Área do ΔVA’B’ = t1 ΔVAB = T1


Área do ΔVB’C’ = t2 ΔVBC = T2
. .
. .
. .

Área do ΔVN’A’ = t n – 2 Área do ΔVNA = T n - 2

Temos:
𝒕𝟏 𝒕𝟐 𝒕𝒏−𝟐
= =⋯= = 𝒌𝟐
𝑻𝟏 𝑻𝟐 𝑻𝒏−𝟐

Fazendo a razão entre as áreas laterais, vem:

𝐴𝑙 𝑡1 + 𝑡2 + ⋯ + 𝑡𝑛−2 𝐴𝑙 𝑘 2 𝑇1 + 𝑘 2 𝑇2 + ⋯ + 𝑘 2 𝑇𝑛−2
= → = = 𝑘2
𝐴𝐿 𝑇1 + 𝑇2 + ⋯ + 𝑇𝑛−2 𝐴𝐿 𝑇1 + 𝑇2 + ⋯ + 𝑇𝑛−2

𝑨𝒍
= 𝒌𝟐
𝑨𝑳

3º) A razão entre as áreas totais é igual ao quadrado da razão de semelhança.

𝑨𝒕
= 𝒌𝟐
𝑨𝑻
4º) A razão entre os volumes é igual ao cubo da razão da semelhança

𝒗
= 𝒌𝟑
𝑽

Observações:
- As propriedades acima são adaptadas para cones semelhantes.
- Elas podem ser generalizadas para duas superfícies ou dois sólidos semelhantes quaisquer:
a) a razão entre as áreas de duas superfícies é igual ao quadrado da razão de semelhança.
b) a razão entre os volumes de dois sólidos semelhantes é igual ao cubo da razão de semelhança.

Exemplos:

A que distância do vértice se deve passar um plano paralelo à base de uma pirâmide (ou cone) para
que:

1) a razão entre as áreas das bases da nova pirâmide (cone) e da pirâmide (cone) dada seja a / b?

. 255
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
𝐵1 𝑥 2
=( )
𝐵2 𝐻
𝐵1 𝑎
=
𝐵2 𝑏

𝑥 √𝑎 𝐻 √𝑎
= →𝑥=
𝐻 √𝑏 √𝑏

2) a razão entre os volumes do tronco obtido e da pirâmide (cone) primitiva seja p / q?

Observamos que V2 – V1 é o volume do tronco, com isso temos:


𝑉2 − 𝑉1 𝑝
=
𝑉2 𝑞

Daí vem que:


𝑉 𝑞−𝑝
qV2 – qV1 = pV2 → qV1 = (q – p) V2 → 1 =
𝑉2 𝑞

3) a razão entre as áreas laterais da nova pirâmide (cone) e do tronco obtido seja m / n?
Observando a figura temos que:

Al1 – Al2 é área lateral do tronco, e pelo enunciado temos:

𝐴𝑙1 𝑚 𝐴𝑙 𝑚
= → 𝑛𝐴𝑙1 = 𝑚𝐴𝑙2 − 𝑚𝐴𝑙1 → (𝑚 + 𝑛)𝐴𝑙1 = 𝑚𝐴𝑙2 → 1 =
𝐴𝑙2 − 𝐴𝑙1 𝑛 𝐴𝑙2 𝑚 + 𝑛

. 256
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
Al1 m
=
Al2 m + n x m 𝐦
→ =√ → 𝐱 = 𝐇√
Al1 x 2 H m+n 𝐦+𝐧
=( )
{ Al2 H

4) a razão entre os volumes do tronco obtidos e da nova pirâmide (cone) seja r/s?

Observando a figura, vemos que V2 – V1 é o volume do tronco, e pelo enunciado temos:


𝑉2 − 𝑉1 𝑟 𝑉1 𝑠
= → =
𝑉1 𝑠 𝑉2 𝑟 + 𝑠

V1 s
=
V2 r + s x 3 s 𝟑 𝐬
3 → =√ → 𝐱 = 𝐇√
V1 x H r+s 𝐫+𝐬
=( )
{V2 H

- Razão entre paralelepípedo retângulos

A razão entre dois paralelepípedos retângulos de bases


congruentes é igual à razão entre as alturas.

Sejam P(a, b ,h1) e P(a, b, h2) os paralelepípedos em que a, b, h1 e a, b,h2 são as dimensões.

Trata-se de demonstrar que:

𝑃(𝑎, 𝑏, ℎ1) ℎ1
=
𝑃(𝑎, 𝑏, ℎ2) ℎ2

- Demonstração

1º caso: h1 e h2 são comensuráveis (as medidas são semelhantes, e podem ser medidas)

Sendo h1 e h2 comensuráveis, existe um segmento x submúltiplo comum de h1 e h2:

. 257
1320457 E-book gerado especialmente para EMILE CAROLINE SANTOS CASTRO
Construindo os paralelepípedos X (a, b, x), temos:

De (1) e (2) vem:

𝑃(𝑎, 𝑏, ℎ1) ℎ1
=
𝑃(𝑎, 𝑏, ℎ2) ℎ2

2º caso: h1 e h2 são incomensuráveis

Sendo h1 e h2 incomensuráveis, não existe segmento submúltiplo comum de h1 e h2.


Se pegarmos um segmento y submúltiplo de h2 (y “cabe” um certo número inteiro n de vezes em h2,
isto é, h2 = ny).
Por serem h1 e h2 incomensuráveis, marcando sucessivamente y em h1, temos que, chegando a um
certo número inteiro m de vezes, acontece que:
my < h1 < (m + 1)y.

Operando com as relações acima, vem:

Construindo os paralelepípedos Y (a, b, y), temos:

Ora, sendo y submúltiplo de h2, pode variar, e dividindo y, aumentamos n. Nessas condições,

𝑚 𝑚+1
𝑒
𝑛 𝑛

formam um par de classes contíguas que definem um único número real, que é

ℎ1 𝑃(𝑎, 𝑏, ℎ1)
𝑝𝑒𝑙𝑎 𝑒𝑥𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 (3)𝑒 𝑝𝑒𝑙𝑎 𝑒𝑥𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 (4)
ℎ2 𝑃(𝑎, 𝑏, ℎ2)

Como esse número é único, então:

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𝑃(𝑎, 𝑏, ℎ1) ℎ1
=
𝑃(𝑎, 𝑏, ℎ2) ℎ2

- Volume de um sólido: ou medida do sólido é um número real positivo associado ao sólido de forma
que:
1) sólidos congruentes têm volumes iguais;
2) se um sólido S é reunião de dois sólidos S1 e S2 que não têm pontos interiores comuns, então o
volume de S é a soma dos volumes de S1 com S2.

Dois sólidos são equivalentes se, e somente se, eles têm volumes iguais na mesma unidade de
volume.

Questões

01. Dois paralelepípedos semelhante possuem alturas iguais à 10 cm e 15 cm, sabendo que o volume
do menor é de 220 cm³, qual é o volume do maior em cm³?
(A) 742,5
(B) 74,25
(C) 7425
(D) 742500

02. Dois prismas semelhantes possuem alturas iguais à 5 e 6 cm, se a área total do menor deles é de
30 m², qual é a área do outro em m²?
(A) 432000
(B) 43200
(C) 4320
(D) 432
(E) 43,2

Comentários

01. Resposta: A.
10 3 220
(15) = 𝑥
1000 220
(3375) = 𝑥
1000x = 3375 . 220
x = 742500/1000
x= 742,5 cm³

02. Resposta: E.
5 2 30
(6) = 𝑥
25 30
(36) = 𝑥
25x = 30 . 36
x = 1080/25
x = 43,2 m²

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