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Tema: Anunciando a Cristo

Texto: Marcos 1.1-8


Local: I.P. Palmeiras 12/12/21,

O profeta Malaquias já havia escrito sobre aquele que antecederia e


viria na missão especial de anunciar oficialmente a vinda do
Messias de Deus. João, o batista, ou a "voz que clama no deserto",
viveu de modo a nem a perseguição fazer parar de clamar, mesmo
que custasse a vida.
Marcos é o segundo evangelho, e provavelmente, datado de 65 a
70 d.C., foi fonte para a escrita dos demais evangelhos. Ele enfatiza
tanto a pessoa de Cristo, como os discípulos, suas limitações e
dificuldades para o entendimento dos ensinos de Cristo. A autoria
de Marcos não é exata, mas pode ser feita por alguém próximo a
Pedro, talvez João Marcos, parente de Barbabé, e que andou com
Paulo, ou outro judeu do período.
A linguagem de Marcos é bastante direta, sem deixar de ser
profunda, sem se ater a muitos detalhes, como Mateus e Lucas
(que tem em comum as singularidades narrativas chamados de
evangélicos sinóticos), mas com uma narrativa acelerada, que no
primeiro capitulo já resume a vida de João Batista, e pula para o
início do ministério de Jesus, no seu batismo, na tentação no
deserto, quando chama os primeiros discípulos, e realizando curas,
e expulsando demônios, além de retirar-se para momentos de
oração, buscando sempre e nos ensinando sobre o relacionamento
com Deus Pai.
Apresentar a Cristo, e assim falar sobre a inauguração do Reino de
Deus é uma prioridade desse evangelho. E com ele podemos ver a
necessidade da obra de Jesus em nós, e através de nós.

Intro:

Imagine um silêncio que tem duração 400 anos. Gerações se


passam, e não havia um sinal de Deus para o resgate do seu povo,
como antes acontecia de diversas formas, especialmente desde o
tempo de Moisés, e os profetas que o sucederam.
Assim como Deus tirou o povo da terra do Egito, agora era a hora
dessa promessa se concretizar na pessoa do Cordeiro perfeito para
tirar o pecado do mundo. O silêncio ia terminar, e a promessa de
Deus de fato se cumprir. Para isso, era necessária uma preparação
para esse período tão importante que iria dividir o tempo da
humanidade, e trazer a esperança definitiva para a salvação em
Cristo.

Esse Cristo foi anunciado por João Batista, seu primo, iniciando seu
ministério pregando no deserto e batizando pessoas no Rio Jordão.
Deserto esse, um lugar quase sem vida, mas que onde agora era
palco da notícia definitiva de quem pode nos levar à vida eterna.
João, em sua simplicidade e rompendo uma estratégica reclusão,
agora caminhava profetizando e apontando sempre para a pessoa
de Jesus, e a necessidade do arrependimento dos pecados. Assim,
podemos ver algumas características de como anunciar a Cristo,
papel que também nos cabe, assim como foi iniciado por João:

1) Anunciar a Cristo é ter Arrependimento (v.4)

João já começa seu ministério falando de arrependimento. Ele não


prega sobre uma esperança recompensadora, satisfatória para
nossos desejos, mas sim, um rompimento com nossas vidas de
pecado, e uma prerrogativa necessária para o perdão desses
pecados, e a viabilidade de uma vida com Cristo, de a forma com
que Deus nos trás de volta para a presença dEle.

Esse anúncio implica em viver e falar de arrependimento, de


renúncia de vivermos para nós mesmos, mas agora termos Cristo
como o modelo de relacionarmos com Deus. João fala do Cristo
que vem para nós, com essa garantia absoluta de uma nova vida. O
poder do Senhor é mencionado por seu primo João, capaz de
transformar completamente a vida do ser humano, vulnerável em
sua essência, mas justificado diante de Deus pelo sacrifício de
Jesus.
2) Anunciar a Cristo é ter Simplicidade (v.6)

A forma com que João se veste e se alimenta chama muita atenção


de nós, em geral somos acostumados a ter recursos que aumenta
consideravelmente o leque do que vestimos e comemos. Parece um
radicalismo anormal, mas isso pode nos ensinar muito.

A simplicidade com que João vivia, nos mostra uma vida dedicada
ao serviço do nosso Senhor, que nenhuma outra prioridade viria na
frente de termos nosso Senhor como Rei, Mestre e Sacerdote.
Mesmo sem radicalismos, podemos viver com simplicidade, no
cotidiano ordinário, para sabermos de onde viemos, e a quem
devemos nossas vidas.

3) Anunciar a Cristo é ter o selo do Batismo (v.8)

No evangelho de Marcos vemos o mensageiro, que não só


mostrava o conteúdo da sua mensagem, mas também o sinal
visível para marcar esse ato imprescindível na vida do homem: o
batismo.

O outro João, o Calvino menciona que o batismo nos confere


algumas verdades imutáveis: é o símbolo comprovante da nossa
purificação, como um documento assinado e reconhecido como
cancelamento da dívida dos nossos pecados; também é uma
promessa, pois todos que crêem no filho, são batizados e são
salvos.

João recebe o codinome de Batista, por marcar um novo modelo de


introdução à família de Cristo. Ele batizava pessoas que queriam
seguir a mensagem que viria através de Jesus, mas destacava que
Jesus viria para batizar com o Espírito Santo, que marcava o selo
na vida da pessoa como alguém disposto a dedicar sua vida à
Deus. Ele enfatizava o poder de Deus, e a necessidade de
adentrarmos a essa nova vida com o sinal visível através do
batismo.
Conclusão:

A voz que clama no deserto foi ouvida, e ali começou a nova


aliança de Deus conosco, através do envio do seu filho Jesus por
nós. Em arrependimento pelos nossos pecados, podemos viver com
simplicidade, e publicamente manifestarmos a nossa fé sendo
batizados, de modo que nosso Deus possa ter o caminho mostrado
por nós, anunciadores da palavra de Deus, assim como João.

A voz continua a clamar, esse voz transfere a nós que continuemos


a falar do evangelho, que é uma pessoa, a saber, Jesus Cristo,
Filho de Deus e Salvador. Nesse tempo de advento, ou fora desse
tempo é dEle de quem temos que continuar a falar.

Aplicação:

Anuncie a mensagem de Deus sempre que tiver oportunidade, que


sua vida reflita isso, mas que com palavras você expresse, e sua
voz nunca se cale para anunciar a Cristo!

Ore e participe do anúncio da Palavra de Deus pelo mundo! São


diversas formas para isso, basta a sua disposição.

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