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Início » Policiais que mataram assaltantes recebem homenagem na Câmara por ‘defesa e garantia da
ordem’
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01/06/2021 Policiais que mataram assaltantes recebem homenagem na Câmara por 'defesa e garantia da ordem' - Sul 21
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O episódio pelo qual os policiais serão homenageados ocorreu em frente ao Hospital Cristo Redentor, no bairro de
mesmo nome, na zona norte da capital | Foto: Guilherme Santos/Sul21
Fernanda Canofre
A Câmara de Vereadores de Porto Alegre irá homenagear, nesta terça-feira (14), quatro brigadianos que
participaram da ação que terminou na morte de um grupo de assaltantes em frente ao Hospital Cristo
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Redentor, em abril do ano passado, na Capital. Os policiais irão receber Diploma de Honra ao Mérito, em
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sessão solene, no Plenário.
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A proposta partiu do vereador Valter Nagelstein (PMDB) e foi aprovada na mesa diretora e no Plenário da
Câmara, em novembro do ano passado. Segundo o regimento interno da Casa, cada vereador só pode
homenagear uma pessoa, como neste caso são quatro policiais militares, Nagelstein encaminhou o
pedido à mesa.
“Acho importante chamar a atenção para a questão da segurança pública, para a valorização da ação
policial, porque certos veículos da imprensa, como o de vocês, e certas visões políticas fazem confusão
entre repressão policial e repressão política. Repressão política não se deseja, mas repressão policial é
necessária em qualquer Estado de direito. É a garantia da lei e da ordem, garantia da vida das pessoas. É
uma das causas primeiras da natureza e da legitimidade da criação do Estado”, explicou o vereador para
o Sul21.
O texto do projeto apresentado pelo peemedebista pede que os soldados Ivan Ceschini Biscaglia e
Marcelo Costa e Silva, o terceiro-sargento Luís Carlos Oliveira da Rocha e o primeiro-sargento Alexsandro
Jacobowski sejam homenageados por agirem em “defesa e garantia da ordem da sociedade porto-
alegrense, pois entraram em confronto e perseguição com suspeitos fortemente armados, em um ato de
bravura que resultou na morte destes”.
A própria Câmara, em texto de sua assessoria, diz que “qualifica a ação como ato heroico de uma ação
exitosa, conduzida com muita técnica policial, agilidade e coragem, que garantiu a integridade física de
terceiros e a própria vida dos policiais envolvidos”. No ano passado, logo após o episódio, a Câmara já
havia publicado uma moção de solidariedade aos policiais. A única vereadora contrária à moção foi
Fernanda Melchionna (PSOL), que sofreu ataques nas redes sociais por sua posição.
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01/06/2021 Policiais que mataram assaltantes recebem homenagem na Câmara por 'defesa e garantia da ordem' - Sul 21
A ação que será homenageada foi uma perseguição policial a uma quadrilha de assaltantes, que
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percorreu vários bairros de Porto Alegre, na
tarde da sexta-feira, 22 de abril de 2016. Os policiais teriam
interceptado o carro
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NOTÍCIAS dos assaltantes,
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COLUNAS na Vila Jardim,
GUIA21 quando
COLMEIA houve a
ESPECIAIS primeira troca de tiros e dois
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policiais foram feridos. O segundo confronto ocorreu em frente ao Hospital Cristo Redentor. Imagens de
câmeras de segurança mostram um dos assaltantes saindo do veículo, sem armas, e caminhando até a
calçada. O homem ergue as mãos e se rende, mas os policiais se aproximam e o matam.
Na época, o caso gerou repercussão internacional e polêmica no Rio Grande do Sul. Enquanto parte do
Estado considerou um “ato heroico” por parte dos brigadianos, o colunista do jornal Correio do Povo,
Juremir Machado, criticou a ação da polícia questionando: “O que a BM fez com um dos bandidos na
frente do Hospital Cristo Redentor foi uma execução sumária, inaceitável e hedionda. Vai ganhar
medalha?”.
O juiz Pio Giovani Dresch, ex-presidente da Ajuris, também se pronunciou sobre o caso, afirmando que
“no confronto entre polícia e bandido, a polícia representa a civilização e o bandido a barbárie”. No texto,
ele segue: “Isso não são devaneios de gabinete, é o resultado de milhares de anos investidos na
construção da sociedade em que vivemos, é o que está na Constituição brasileira, é o que está nas leis
penais de todos os países democráticos, é o que está nos manuais de procedimento de qualquer polícia
militar desses países. Quem deseja outra coisa da polícia já não a quer representante da civilização, a
quer bárbara, assassina. O desejo de vingança, a ideia de que bandido bom é bandido morto, são as
manifestações da barbárie na consciência de cidadãos, talvez até porque tenham sofrido os efeitos da
violência ou ao menos o temor de que possam ser vítimas dela”.
Para Nagelstein, a posição de ambos está “equivocada”. “É equivocada, como é equivocada a posição de
todos aqueles que acham que enfrentar bandido é repressão”, defendeu.
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