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UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO

CURSO DE MEDICINA
TURMA M4
DISCIPLINA: FISIOPATOLOGIA
PROF. Dr. Msc.. RICARDO SANTANA DE LIMA
COLEGIADO DE MEDICINA

Caso Teste/2020.1

Mulher de 56 anos se apresenta para consulta no ambulatório de geriatria com


tosse seca e dispnéia aos esforços, que iniciou há um ano e progrediu gradualmente, a
ponto de impedi-la de realizar os afazeres domésticos. Nunca fumou e não tem ficado
exposta a produtos respiratórios nocivos, inclusive inseticidas.
O exame físico mostrou apenas estar um pouco ofegante, com leve cianose e
baqueteamento dos dedos. Exame cardiológico normal e pulmões sem ruídos
adventícios, somente expiração prolongada.
A radiografia de tórax mostra opacificações lineares difusas, com predomínio
basal. O teste de função pulmonar mostrou padrão restritivo, com capacidade vital
forçada (CVF) de 52% da prevista e capacidade de difusão de monóxido de carbono
(DLco) de 42% da prevista.
A paciente apresenta um pneumopatia intersticial, sendo a fibrose pulmonar
idiopática a forma mais comum, que geralmente está associada ao baqueteamento dos
dedos. A asbestose geralmente está associada ao baqueteamento digital, contudo nesse
caso é bem improvável, devido à ausência de exposição.
O exame de função pulmonar mostra um padrão restritivo com baixa capacidade
de difusão do monócito de carbono (DLCo). Por tanto, os resultados da função pulmonar
indicaram anormalidade de difusão por lesão do interstício pulmonar. O interstício
consiste em membrana basal das células endoteliais e epiteliais (fundidas nas porções
mais finas), fibras de colágenos, tecido elástico, proteoglicanos, fibroblastos, alguns
mastócitos e ocasionais linfócitos e monócitos.

Figura – Patogenese

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