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Química Integrada

Gustavo Rocha de Medeiros: 11.119.023-7


Guilherme Bucci Dias: 11.119.337-1
Leriane Reis Kemita: 11.119.470-0
Felipe Ferreira Rocha: 11.119.157-3
Juliano Arrais Babuska: 11.119.133-4

NOTA: 8,2

5° SEMESTRE
2021
Química Integrada
Processo Detalhado

Figura 1 – Fluxograma do processo de contato com absorção simples para a produção de ácido sulfúrico

a) Calcular a vazão de vapor saturado para fundir e aquecer o enxofre a ser


alimentado na fornalha. O enxofre líquido precisa estar numa temperatura entre
140 °C a 150 °C;

Primeiramente, averígua-se o valor necessário de enxofre para a


capacidade produtiva escolhida, sendo essa, 438 Kt/ano.

Como foi calculado em Kmol/h, é necessário a seguinte conversão:

1 𝑚𝑜𝑙 1000 𝑔 15142 𝑘𝑔


ṅ= . . = 473187,5 𝑚𝑜𝑙/ℎ
32 𝑔 1 𝑘𝑔 1ℎ

Como já se sabe as substâncias envolvidas nas reações, é possível obter


a entalpia, através dos seguintes cálculos:

𝑇𝑓 𝑇𝑓
∫ 𝐶𝑝𝑑𝑡 = 𝑛 ∫ 𝑎 + 𝑏𝑇 + 𝑐𝑇 2 + 𝑑𝑇 3
𝑇 𝑇

𝑇𝑓 145
∫ 𝐶𝑝𝑑𝑡 = 473187,5 ∫ 15,2.10¯³ + 2,68.10¯⁵𝑇 + 0𝑇 2 + 0𝑇 3
𝑇 25

∆𝐻 = 1407887 𝐾𝐽/ℎ
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Precisa-se também da quantidade de calor envolvida na reação de fusão
do enxofre, uma vez que o mesmo muda do estado sólido para o líquido na
temperatura de 113°C. Pode ser calculada da seguinte forma:

∆𝐻𝑓𝑢𝑠ã𝑜 𝑒𝑛𝑥𝑜𝑓𝑟𝑒 = 10,04 𝐾𝐽⁄𝐾𝑚𝑜𝑙 → 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑟𝑒𝑡𝑖𝑟𝑎𝑑𝑜 𝑑𝑎 𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎 𝐵1

𝑄 = ∆𝐻𝑓𝑢𝑠ã𝑜 𝑒𝑛𝑥𝑜𝑓𝑟𝑒 . ṅ

𝑄 = 10,04 .473187,5

𝑄 = 4750802,5 𝐾𝐽/ℎ

Como o principal objetivo é determinarmos a vazão mássica, precisamos


da entalpia de vapor. Para ela, optamos em tirá-la da tabela B6 adotando uma
temperatura que deveria ser maior do que a do enxofre (145°C). Portanto o valor
adotado foi de 180°C e com pressão de 10 bar.

∆𝐻𝑣𝑎𝑝 = 2776,2𝐾𝐽/𝑘𝑔

Portanto, com a seguinte equação iremos obter a vazão:

𝑄 + ∆𝐻 = [∆𝐻𝑣𝑎𝑝 ] ṁ

4750802,5 + 1407887 = [2776,2] ṁ

ṁ = 2218,389 𝑘𝑔/ℎ

b) Estimar a quantidade de umidade retirada do ar na torre de secagem, em kg/h;

Para o item em questão, já se sabe a temperatura do bulbo seco, que


corresponder a 25°C e uma umidade relativa de 74% (São Bernardo do Campo,
18/05/2021). Portanto, batendo as linhas obtivemos o seguinte valor:
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Figura 2 – Cartas Psicrométricas

Com a análise gráfica obtivemos15g água/ kg ar seco que corresponde a


0,015Kg água/kg ar seco. Como no nosso processo entram 4506619,05 mol/h
de ar seco que corresponde a ... como demonstrado na equação abaixo.

29𝑔 1 𝑘𝑔 4506619,05 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑎𝑟 𝑠𝑒𝑐𝑜


ṁ𝐴𝑅 = . . = 130691,95 𝑘𝑔/ℎ
1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑎𝑟 𝑠𝑒𝑐𝑜 1000𝑔 1ℎ

Portanto o valor de água que é retirada do ar no nosso processo corresponde a:

0,015𝑘𝑔 á𝑔𝑢𝑎 130691,95 𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝑎𝑟 𝑠𝑒𝑐𝑜


ṁÁ𝑔𝑢𝑎 = .
𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝑎𝑟 𝑠𝑒𝑐𝑜 1ℎ

ṁÁ𝑔𝑢𝑎 = 1960,3793 𝑘𝑔/ℎ

c) Determinar a carga térmica necessária para aquecer o ar seco da temperatura


ambiente até o intervalo de 60 °C a 80 °C. É nessa faixa de temperatura que o
ar é alimentado na fornalha;

Para obtenção da temperatura adiabática requisitada, se faz necessário a


confecção de um balanço de energia:

𝐸𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 − 𝑆𝑎í𝑑𝑎 + 𝐺𝑒𝑟𝑎çã𝑜 = 𝐴𝑐ú𝑚𝑢𝑙𝑜

Por se tratar de um processo contínuo, averiguasse um acúmulo nulo.


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Para a reação S+O2 = SO2, levando em conta a estequiometria e as
tarefas anteriores, observa-se os seguintes valores:

S O2 SO2
início 473196 946390 0
reação -473196 -473196 473196
fim 0 473194 473196

Para os cálculos, foi necessário adotar alguns valores como, excesso de


ar, Temperatura de referência e uma conversão de 1.
Parâmetros da equação
% excesso de Ar 100%
Tref 25 C
ΔHo -296,9 kJ/mol
conversão 1

Primeiramente calcula-se a entalpia necessária para a temperatura variar


de 25°C a 70°C, sendo essa última temperatura um intermediário das
temperaturas fornecidas. Com alguns valores foi possível construir a tabela
seguinte:

Entrada de Ar
entrada nj (mol/h) Hj (kJ/mol) nj*Hj (kJ/h)
O2 946390,00 1,33 1262102,82
N2 3560229,05 1,31 4664996,36
soma 4506619,05 2,64 5927099,176
T_ar 70 °C

Os valores de Hj para as respectivas substâncias foram obtidos da mesma


maneira do item a), com o auxílio do excel e dos valores de a, b, c e d da
substância.

Constantes para o de Cp
Substância a b c d
O2 0,0291 0,00001158 -6,076E-09 1,311E-12
SO2 0,03891 0,00003904 -3,104E-08 8,606E-12
H2O 0,03346 0,00000688 7,604E-09 -3,593E-12
N2 0,029 0,000002199 5,723E-09 -2,871E-12
S 0,0152 0,0000268 0 0
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𝑇𝑓 𝑇𝑓
∫ 𝐶𝑝𝑑𝑡 = 𝑛 ∫ 𝑎 + 𝑏𝑇 + 𝑐𝑇 2 + 𝑑𝑇 3
𝑇 𝑇

A carga necessária para obtenção do aumento de temperatura é de:

𝛥Ḣ = 5927099,176 𝐾𝐽/ℎ

d) Calcular a temperatura teórica ou adiabática de combustão na fornalha e


checar qual o efeito da proporção de comburente nessa variável.

A mesma coisa foi feita para a entalpia do enxofre só que agora, não só
aquecendo, mas mudando seu estado físico na temperatura de 113°C, vale
lembrar que, o ponto de fusão foi obtido na tabela que corresponde ao enxofre
rômbico.

Entrada de enxofre
entrada nj/mol Hj/(KJ/mol) nj*Hj/KJ
S 473196 2,975328 1407913
T_S 418 K
Calor de fusão
ΔH°m(113°C) 10,04 KJ/mol
ΔH 4750887,84 KJ/mol
Soma 6158801,15 KJ/h

A carga necessária para obtenção do aumento de temperatura é de:

𝛥Ḣ = 6158801 𝐾𝐽/ℎ

Para adquirir a temperatura adiabática na fornalha é necessário calcular


a entalpia de saída da reação. Os valores foram obtidos da mesma forma dos
itens anteriores.
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Saída total da reação
saída nj / mol Hj / (kJ/mol) nj*Hj / kJ
O2 473194 33,57 15887004,99
SO2 473196,00 50,97 24118212,80
N2 3560229,05 31,62 112572574,94
soma 4506619,05 116,16 152577792,72
T 1030,9359 °C

Como o valor da temperatura é desconhecido, a mesma será calcula


através de um modo iterativo (atingir meta), cujo valores serão substituídos no
balanço de energia já demostrado e o valor usado para tal método é a célula do
acúmulo, que deve ser zero, variando T.

𝐸𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 − 𝑆𝑎í𝑑𝑎 + 𝐺𝑒𝑟𝑎çã𝑜 = 𝐴𝑐ú𝑚𝑢𝑙𝑜

12058900,325 − 152577792,72 + 140491892,4 = 0

𝑇 = 1030,9359 °𝐶

e) A energia disponível nos fumos de combustão é utilizada para a geração de


vapor saturado na caldeira WHB. Sabendo-se que os fumos precisam ser
resfriados até a faixa de 410 °C a 450 °C antes de irem para o conversor
catalítico, estimar a vazão de vapor saturado obtida na caldeira e também o nível
de pressão desse vapor.

Para o item em questão, é necessário estipular a temperatura de saída


dos fumos, cujo valor deve estar entre 410°C e 450°C, portanto, foi determinado
uma temperatura de 430°C. Assim, com a temperatura de saída e entrada, é
possível averiguar o calor fornecido para a água nesse sistema, vale lembrar que
a temperatura de entrada também será adotada e o grupo optou por 80°C.

Além disso, para o vapor de saída, selecionamos a pressão de 10 bar


(pressão estimada através da tabela de custos), onde a mesma sairá numa
temperatura de 180°C.

Para o cálculo da energia fornecida pelos fumos no sistema, será efetuado


o seguinte procedimento:
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• Cálculo das variações de entalpia dos fumos (O2, N2 e SO2) na
temperatura de aproximadamente 1030°C (valor obtido no item anterior
para saída dos fumos);
• Multiplicação desses valores pelas suas respectivas vazões molares de
saída, haja vista que, se trata dos fumos propriamente ditos;
• Mesmo procedimento acima para a temperatura de 430°C (temperatura
de resfriamento).
• Obtenção do calor transferido.

Entalpia de saída
Saída total da reção
saida nj / mol/h Hj / (kJ/mol) nj*Hj / kJ/h
O2 473194 33,54 15871055,88
SO2 473196,00 50,92 24093592,50
N2 3560229,05 31,59 112458620,26
soma 4506619,05 116,04 152423268,64
T 1030 °C

Entalpia de saída
Saída total da reção
saida nj / mol/h Hj / (kJ/mol) nj*Hj / kJ/h
O2 473194 12,70 6010822,83
SO2 473196,00 18,61 8804607,45
N2 3560229,05 12,07 42988751,96
soma 4506619,05 43,38 57804182,24
T 430 °C

O calor transferido pelos fumos portanto será igual a:

KJ KJ KJ
152423268,64 − 57804182,24 = 94773610,49
h h h

Desse modo, como já foi determinado a quantidade de calor envolvente,


é possível calcular qual a vazão mássica de água necessária para resfriar esse
calor.
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Considerando a entrada da água a 80°C, é necessário averiguar as
variações de entalpia da água nessas condições, logo:

I. Variação de 80°C para 100°C (∆𝐻 =0,682767885 kj/mol)


II. Considera-se o calor latente de vaporização da água (2256 kj/kg)
III. Variação de 100°C para 180°C (∆𝐻 =2,765250387 kj/mol)

Somando-se as variações de entalpia, e fazendo a transformação de unidade


de kj/mol para kj/kg, obtém-se a variação de entalpia total da água, cuja mesma,
corresponde a 2447,556571 kj/kg.

Então, a partir do cálculo a seguir, é obtido a vazão mássica de vapor


saturado.

𝑄 (𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑒𝑟𝑖𝑑𝑜 𝑝𝑒𝑙𝑜𝑠 𝑓𝑢𝑚𝑜𝑠)


ṁ=
𝛥𝐻20 (𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙𝑝𝑖𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙)
𝐾𝐽
94773610,49 ( )
ṁ= h
KJ
2447,556571 (Kg)

ṁ = 38721,7274 𝐾𝑔/ℎ

Outra hipótese considerável para o cálculo da vazão mássica de vapor


seria adotar a temperatura da água de resfriamento a 180°C (temperatura do
vapor saturado). Nessa situação, para o cálculo da vazão mássica de água,
utiliza-se apenas o calor de vaporização dentro da caldeira, sendo assim, o calor
transferido pelos fumos continuará sendo igual a: 94773610,49 KJ/h, como já
demostrado anteriormente.

A entalpia de vaporização da água é 2256 kj/kg.

Portanto, a vazão mássica de água é calculada da mesma forma, apenas


com a alteração do valor da entalpia da água, sendo nesse caso, o calor latente
de vaporização:

𝐾𝐽
94773610,49 ( )
ṁ= h
KJ
2256 (Kg)
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ṁ = 42009,58 𝐾𝑔/ℎ
f) A operação nos leitos de catalisador do conversor é adiabática. Avaliar a
temperatura de saída do efluente do primeiro leito do conversor e o grau de
conversão da reação, supondo-se condições de equilíbrio;

A fim de obter-se a temperatura de saída do primeiro leito na torre de


conversão, é necessário estipular algumas hipóteses. O primeiro valor a ser
considerado é a temperatura de entrada dos reagentes no conversor, cuja
mesma corresponde a 430°C.

Primeiramente, calcula-se a entalpia padrão de formação, seguindo a


seguinte estequiometria e valores tabelados:

1SO2 + 1O2 → 1/2SO3

Kj Kj 1 Kj
ΔHformação = − [1x296,9 ( ) + 1x0 ( )] + ( x − 395,18 ( ))
mol mol 2 mol

J
ΔHformação = −98280 ( )
mol

Assim, para a obtenção da média dos calores específicos, foi feito um


cálculo semelhante ao apresentado no item a), com uma variação de
temperatura de referência, adotada como 25°C, até 600°C. Vale lembrar que
nessa etapa, o nitrogênio mesmo sendo inerte é considerado. Portanto, o valor
obtido foi:

𝐽
∆Cp = 4,62 ( )
𝑀𝑜𝑙 𝐾
adotar
Logo, para a construção do gráfico, foi necessário adotarmos alguns
valores de temperatura de saída e com ele, averiguarmos respectivamente seus
graus de equilíbrio, através do seguinte cálculo:
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Para ilustrar o quadro acima e contrastarmos com a curva de equilíbrio já
estipulada, adiciona-se os valores encontrados, curva de operação, no gráfico
abaixo:

0,8

0,6
X

0,4 Xeq
x_op
0,2

0
400 500 600 700 800
T/C

Observa-se que, o ponto onde as duas curvas se encontram, intersecção,


corresponde a T(°C) = 629, com uma conversão de Xeq= 0,670749766,
concluindo que, ela corresponde a temperatura na qual alcança-se a conversão
de equilíbrio do leito um.

g) Propor estratégia de resfriamento para as outras camadas do leito catalítico,


verificando o impacto sobre a conversão de equilíbrio.

Ao analisarmos a planta do processo, fornecida pela professora, observa-


se que da primeira para segunda camada do leito catalítico, o SO2 juntamente
com o ar, entram em contato com o vapor saturado para que sua temperatura
diminua. Da segunda para a terceira camada, os reagentes passam por um
trocador de calor que transfere o calor deles para o ar que virá a entrar na
fornalha. Assim, da terceira para a quarta camada, não existe a presença de
nada que diminua a temperatura dos reagentes, entretanto como os estudos
realizados em outras tarefas demonstraram, diminuir essa temperatura ajudará
a atingir uma melhor conversão, logo, como solução o grupo propõe a estratégia
de adicionar um novo trocador de calor nessa etapa, onde os reagentes
entrariam em contato com a água retirada do ar (uma vez que o ar entra seco na
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fornalha). Mesmo sendo pequena a vazão dessa corrente de água, considera-
se útil, uma vez que além de diminuir a temperatura para o leito catalítico,
transformará a água em vapor, cujo mesmo, pode ser utilizado em outra etapa
do projeto.

Vale lembrar que, diminuir a temperatura dos reagentes é sempre válido


pois aumenta a conversão do produto, como pode ser averiguado no gráfico a
seguir, obtido a partir do arquivo no ullman.

Figura 3 – Gráfico de conversão

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