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A teoria do valor e o mito da mais-valia | Direitas Já!

19/08/2014

BIBLIOTEC A BIOGRAFIAS DEC LARAÇ ÃO DE PRAGA PÁGINAS REC OMENDADAS SOBRE NÓS VÍTIMAS DO TERRORISMO

Posted by Renan Felipe in Citação, Economia, Política ≈ 18 C OMENTÁRIOS

por João Luiz Mauad

O preço de venda de qualquer bem depende da avaliação subjetiva que tanto compradores
quanto vendedores fazem dele, e não apenas do custo de produção nele embutido e, muito
Ação Humana, Adam Smith,
menos, do tal “valor-trabalho”.
austro-liberalismo,
burguesia, capital e trabalho,
capital humano, capitalismo,
Carl Menger, ciência
econômica, ciências
econômicas, consumismo,
custo de produção, custo
preço e valor, custos, Das
Kapital, David Ricardo,
ditadura do proletariado,
economia capitalista,
economia de mercado,
economia liberal, economia
orgânica, escassez, escola
austríaca, escola psicológica,
exploração, exploração
capitalista, exploração do É quase impossível acreditar que dois dos maiores gênios que a ciência econômica já conheceu
proletariado, exploração do estiveram na raiz de toda essa baboseira teórica chamada “mais-valia”. Por mais inverossímil
proletário, forças produtivas, que pareça, no entanto, quanto a isso não há em que desmentir o maestro do bolchevismo,
grande capital, grandes autor da epígrafe. Marx realmente apoiou a sua tese fundamental sobre as teorias dos dois
capitalistas, guerra de
economistas clássicos, torcendo e contorcendo argumentos à exaustão, evidentemente, como
classes, individualidade,
era do seu feitio.
individualismo, Jevons, João
Luiz Mauad, karl marx, León
Walras, lei da utilidade Naquela época, a maioria dos economistas acreditava que os bens valiam o quanto custava
marginal, Lenin, leninismo, para produzi-los, ou seja, tinham um valor intrínseco. Muito embora Adam Smith tenha partido
Liberalismo, liberalismo de um “insight” perfeito, quando inferiu que o trabalho é o meio que tem todo indivíduo para
austríaco, liberdade de alcançar o verdadeiro fim, ou seja, o consumo das coisas que lhe garantirão o bem-estar, sua
escolha, liberdade.br,
dedução sobre o “valor real” dos bens como função exclusiva do “valor-trabalho” neles
libertarianismo, liquidez,
embutido estava obviamente equivocada, dentre outras coisas, por desconsiderar fatores como
lucro, luta de classes, mais-
valia, marginalismo, Marie- as diferenças de produtividade do trabalho ou as preferências individuais.
Ésprit-León Walras,
marxismo, marxismo- (Aliás, se o estimado leitor me permite uma rápida digressão, o erro de Smith e Ricardo só vem
leninismo, materialismo, comprovar aquilo que muitos já sabem, mas que outros tantos ainda insistem em recusar:
materialismo histórico, nenhum homem, por mais sábio que seja, estará certo 100% do tempo. Nem mesmo os maiores
Menger, mercado de
filósofos e os melhores cientistas estão imunes ao erro. Alguns acertaram mais do que erraram e
trabalho, movimento
outros estiveram equivocados quase o tempo todo. A ciência é uma obra em permanente

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operário, Murray N.
outros estiveram equivocados quase o tempo todo. A ciência é uma obra em permanente
Rothbard, O Capital, preço construção, em que a dúvida e a investigação têm papel decisivo, cabendo aos estudiosos que
de venda, preço e custo, se debruçam sobre ela separar o joio do trigo e fazê-la evoluir. Nesse contexto, não se pode,
preço e valor, preferências por exemplo, considerar a obra de Marx uma completa “nulidade”, malgrado ela carregue em seu
individuais, proletariado, bojo uma imensidão de equívocos. “O Capital”, principalmente, traz algumas contribuições ao
psicologia, psicologia do
pensamento econômico, notadamente em relação à história do capitalismo ainda em seus
consumidor, revolução
primórdios. O que não dá é para transformar uma obra que já se provou ultrapassada em Bíblia
socialista, Ricardo, Rothbard,
satisfação do consumidor,
de economia, como é feito amiúde nas nossas universidades.)
Smith, sociedade de
consumo, subjetividade,
teoria do valor trabalho,
teoria marginalista,
trabalhismo, utilidade,
utilidade marginal, utilidade
marginal decrescente, valor
intrínseco, valor real, valor
subjetivo, valor-trabalho,
valoração subjetiva, Vladimir
Ilitch Ulianov, Walras,
William Stanley Jevons

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— Segundo a Teoria do Valor-Trabalho, os objetos possuem valores


intrínsecos relacionados com o seu esforço de produção. Assim, o
valor de um carro é o de seu custo de produção, e o valor do metal
e da borracha empregados na produção do carro é o de seu custo
de produção, e assim sucessivamente numa relação de causa-efeito
infindável que nos remete aos tempos da pedra lascada.

Mas, voltando à mais-valia, mais incrível ainda do que o erro dos economistas clássicos é
constatar que há, em pleno século XXI, certos “intelequituais” que nunca ouviram falar da
teoria marginalista ou em valoração subjetiva, e continuam apostando todas as fichas numa
extemporânea luta de classes, apoiada no suposto antagonismo entre capital e trabalho,
burguesia e proletariado, cuja gênese está justamente na tese espúria da “mais-valia” e sua
idiota interpretação de que o lucro não é outra coisa senão a exploração do trabalho, quando
na verdade ele é fruto da satisfação do consumidor e da eficiência empresarial.

Foram os liberais austríacos que derrubaram a teoria do valor-trabalho de Smith e Ricardo,


demonstrando, por tabela, que a base sobre a qual Marx ergueu a tese da mais-valia e tudo
que dela deriva, inclusive – e principalmente – a existência de um conflito de classes inexorável
(que povoa ainda hoje os sonhos revolucionários de um monte de gente), é uma tremenda
furada. A “revolução” austríaca está, basicamente, no “insight” de que a pedra angular da
teoria econômica é a avaliação (individual) subjetiva. Fiquemos com uma síntese de Murray
Rothbard:

Resumidamente, o que os austríacos fizeram foi demonstrar que o valor de troca dos bens é
função de parâmetros outros, que não apenas os custos diretos dos mesmos e, muito menos, a
quantidade de trabalho neles embutida, como inferiu equivocadamente Adam Smith. Dentre
outras coisas, mostraram que, se o valor dos bens dependesse exclusivamente do seu custo,
circunstâncias como escassez, abundância, utilidade ou preferências subjetivas não teriam
qualquer relevância na formação do valor de troca e, conseqüentemente, nos preços dos bens.
Um diamante bruto, achado ao acaso, por exemplo, jamais poderia valer mais do que, digamos,
um par de sapatos ou uma bisnaga de pão.

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O valor subjetivo que atribuímos às coisas varia em função de diversas circunstâncias, como
clima (invernos amenos costumam fazer encalhar coleções inteiras), estado psicológico do
consumidor (euforia ou depressão), etc. Quem nunca notou, por exemplo, que é muito mais
difícil resistir àqueles lindos salgados da vitrine de qualquer boa padaria antes do almoço do que
depois dele? Por conta desse detalhe simples, famílias precavidas e econômicas estabelecem
como norma que as compras do supermercado sejam feitas somente de barriga cheia, a fim de
evitar que as guloseimas expostas nas prateleiras se transformem em tentações irresistíveis.

Ademais, se a satisfação do comprador ou a escassez de determinado produto não tivessem


qualquer interferência na formação do valor de troca, como desejava Marx, nenhuma empresa
jamais teria problemas para vender seus produtos, bastando ofertá-los no mercado a preço de
custo, mais uma módica margem de lucro e os clientes fariam fila na sua porta. Até mesmo a
venda de geladeiras para esquimós seria possível e lucrativa, já que as necessidades e
preferências do consumidor não teriam qualquer peso.

Partindo da premissa de que havia um componente subjetivo na formação de valor de todos os


bens, os economistas austríacos desenvolveram também o que se convencionou chamar de
“teoria marginalista”, ou “lei da utilidade marginal decrescente”, a qual, resumidamente,
estabelece que “cada unidade extra de um determinado bem proporciona menor benefício
subjetivo que a unidade anterior”. Imagine um homem perdido no meio do deserto, sedento e
cansado. Ele provavelmente seria capaz de pagar uma fortuna ao primeiro “capitalista” que
aparecesse em seu caminho para vender-lhe uma simples garrafa de água gelada, mas não
pagaria o mesmo valor por uma segunda e assim sucessivamente.

— “Os Marginais” Jevons, Menger e Walras, economistas que defenderam a


teoria da utilidade marginal e lideraram a “Revolução Marginalista” da
Economia.

Em resumo, o preço de venda de qualquer bem depende da avaliação subjetiva que tanto
compradores quanto vendedores fazem dele, e não apenas do custo de produção nele embutido
e, muito menos, do tal “valor-trabalho”. Se entro numa loja e compro um par de sapatos é
porque valorizo mais o produto do que o dinheiro pago por ele, enquanto o comerciante valoriza
mais o dinheiro do que a mercadoria. Quem quer que já tenha precisado vender com urgência
um bem de menor liquidez (imóvel, veículo, etc.) sabe que o valor que atribuímos a ele se reduz
à medida que o tempo se esgota.

De tão óbvias e elementares que são as evidências acima, a impressão que se tem é que os
acadêmicos marxistas e sua profusão de acólitos são viajantes do tempo. É como se eles não
fossem do presente, mas seres do passado. Em matéria de economia, estão ainda na pré-
história. Comparando com a astronomia, por exemplo, eles seriam de uma era anterior a Galileu.

Artigo publicado originalmente no site Mídia Sem Máscara. Para ler o artigo original, clique aqui.

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Afinal, o que é a Escola Austríaca de Economia?

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Lucas Amaro disse: 10 de maio de 2012 às 1:51 pm

Produzir uma bermuda pode ser bem mais trabalhoso e demorado do que um gorro de lã. Mas
agora pense em um morador do norte da Rússia ou do Canadá (se bem que nem precisa ser lá
muito ao norte…). Para um cidadão dessas regiões frias, um gorro de lã é infinitamente mais
valioso do que uma bermuda, que pode demorar todo o tempo do mundo para ser produzida, mas
que não tem utilidade nessas condições.

Agora para alguém que reside no Caribe ocorre o inverso, pois o mesmo gorro de lã não tem quase
nenhuma utilidade, enquanto uma bermuda cairia bem.

RESPOSTA

Felipe disse: 10 de maio de 2012 às 4:01 pm

Ou seja, as pessoas que visam o poder através dos meios de esquerda, acabam alienando a
população (que todos nós já sabemos, além de ter uma péssima educação, também nao é chegada
ao processo de conhecimento [buscar informação, processar a informação, formar sintese e
consequentemente ter opinião]) se baseando em conclusões totalmente alienadas, por motivos
óbvios.
Se prevalecendo é claro pela falta de instrução e apatia cultural do brasileiro.Afinal, é mais cômodo
acreditar no que já entregam “prontinho e mastigadinho” um conceito que “coincidentemente”
atende aos seus desejos:ter vida boa sem esforço ( a boa e velha lei de Gérson…).
Esses dias estava pegando onibus de manha pra ir ao serviço, e pra variar, onibus lotado.Um velho
que ia descendo disse que o problema era “falta de vontade política”…Ou seja, tudo pro povo
agora é falta de vontade política, mas ninguém reclama da “falta de vontade do povo”…curioso isso
não?

RESPOSTA

Felipe Donadi disse: 15 de maio de 2012 às 12:15 pm

Chamar Marx de cientista é uma piada. Essa Mais-valia é mais uma de seu compilado de frases
feitas engraçadinhas. Só o levam a sério porque há interesses nisso.

O salário que o funcionário recebe é pequeno porque ele passa todos os riscos para o
empregador. Se um funcionário ganha 1000,00, não importa que o empregador venha a falir, fique
no ponto de equilíbrio ou se torne líder de mercado. Ganha-se apenas 1000,00. Aliás, o funcionário
se dá bem até quando é demitido, pois recebe seguro desemprego e mais.

Com isso, o cálculo é o mesmo que o valor de um seguro, onde a seguradora embolsa a maior
parte.

RESPOSTA

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marcia disse: 18 de maio de 2012 às 1:11 pm

Argumentos facilmente contestáveis.

Entender o Marx em seu contexto sócio histórico e utiliza-lo para fomentar reflexao acerca da
realidade social realmente não é fácil. Tem que ler muito, nao apenas as frases…

percebo o texto tendencioso, facilmente perceptível.

cada qual pode fazer o seu, só nao se pode agregar valor a ele. pq isso ele nao tem.

RESPOSTA

Renan Felipe disse: 18 de maio de 2012 às 2:33 pm

O contexto sócio-político de Marx era uma época em que ainda se acreditava em valor
objetivo, premissa necessária para a Teoria da Exploração e claro, para o mito da mais-
valia. Hoje, num mundo pós-Böhm Baw erk, pós redescoberta da Escola de Salamanca,
pós-Hayek, etc, acreditar em mais-valia e teoria da exploração é um completo non-
sense.

RESPOSTA

marcia disse: 18 de maio de 2012 às 2:49 pm

Eu acho a perspectiva do texto demasiado positivista. Não entendo a mais


valia como mito, ainda que acredite que a subjetividade do processo de
produção/comercialização deva ser um elemento fundamental para a análise
econômica.
Ela existe no sentido de colocar a exploração do/da trabalhador/a numa
posição de eixo para a geração do lucro. Indubtável que n fatores devem
ser levados em conta antes de fazer a simplificação disto. Marx não tinha
acesso aos dados que temos e, principalmente, não vivia num mundo
demasiado capitalista. Viu a cerne de tudo isso e tentou rascunhar suas
ideias.
Agora colocá-lo numa lixeira, como faz o texto, é sim um completo non-
sense.

Veja a acumulação de capital por parte de grandes empresas. Pense no


tamanho do patrimômio que estas conseguiram, compare-o com o PIB de
países inteiros. Tente avaliar os 27 milhões de miseráveis em um país como
o nosso e me diga que as críticas marxistas não fazem sentido…

Veja, nao sou socialista. Não acredito na revolução marxista. Mas como
historiadora, não posso negar a importância do seu pensamento para a
compreensão da realidade capitalista.

Renan Felipe disse: 18 de maio de 2012 às 3:25 pm

“Eu acho a perspectiva do texto demasiado positivista.”


O que é irrelevante. Se eu achasse a perspectiva do texto muito
socialista isto também não significaria que o que ele diz é falso.

“Não entendo a mais valia como mito, ainda que acredite que a
subjetividade do processo de produção/comercialização deva ser um
elemento fundamental para a análise econômica.”
Se considerarmos como mito uma tradição oral, um conto, uma narrativa
carregada de valores emocionais e moralistas mas que nada tem a ver
com uma realidade objetiva, a mais-valia é sim um mito. Em primeiro
lugar porque é, no meio acadêmico e na economia popular, uma tradição
arraigada. Em segundo lugar, porque é gatilho para toda uma série de
sentimentos usados para a manipulação política como o sentimento de
humilhação, a inveja ou a demonização das pessoas mais abastadas. Em
terceiro lugar porque não enconta respaldo na economia moderna, que já
provou que a valoração é feita pelo homem subjetivamente de acordo
com seus desejos, valores, necessidades, etc. Não havendo portanto um

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valor objetivo para produtos, não pode haver exploração em termos


quantitativos, mas somente no que diz respeito à violação de contratos
ou de direitos humanos (como é o caso do trabalho escravo).

“Ela existe no sentido de colocar a exploração do/da trabalhador/a numa


posição de eixo para a geração do lucro. Indubtável que n fatores devem
ser levados em conta antes de fazer a simplificação disto.”
Na verdade ela não existe, posto que já foi refutada há mais de 100
anos. Ela só existe no campo ideológico, mitólogico-político, como força
motriz do trabalhismo, do populismo, do sindicalismo e claro, do
socialismo.

“Marx não tinha acesso aos dados que temos e, principalmente, não vivia
num mundo demasiado capitalista. Viu a cerne de tudo isso e tentou
rascunhar suas ideias.
Agora colocá-lo numa lixeira, como faz o texto, é sim um completo non-
sense.”
A obra de Marx não vai de todo para a lixeira. Aliás, ele deu grande
contribuição para o empowerment e a descentralização. Mas a mais-
valia, esta sim, que ele carregou desde Ricardo e Smith, vai para a lata
da lixeira. Assim como o geocentrismo, o racismo científico ou o
lamarckismo.

“Veja a acumulação de capital por parte de grandes empresas. Pense no


tamanho do patrimômio que estas conseguiram, compare-o com o PIB de
países inteiros. Tente avaliar os 27 milhões de miseráveis em um país como
o nosso e me diga que as críticas marxistas não fazem sentido…”
Não fazem sentido. Uma empresa ser grande não tem a ver com
exploração, mas com a sua capacidade de competir na satisfação de seus
clientes e também de seus empregados, que podem trabalhar para a
concorrência numa economia livre. A miséria é a condição nata do
homem, assim como é nascer pelado, careca e sem dente. Enriquecer é
um processo de aquisição e se num país as pessoas não enriquecem é
sinal de que ou elas não estão conseguindo acumular, ou não estão
conseguindo manter o que acumularam. Isto pode se dar por diversas
razões, e na maioria das vezes estas não tem nada a ver com o
McDonald’s ou a Hyundai. Pobreza é ruim, com certeza. Mas basta ver o
quão pobres são os países que levaram Marx à sério para ver que ele
com certeza não é a solução deste problema.

“Veja, nao sou socialista. Não acredito na revolução marxista. Mas como
historiadora, não posso negar a importância do seu pensamento para a
compreensão da realidade capitalista.”
A contribuição de Marx é pouquíssima para a compreensão do capitalismo
(nome pejorativo que ele próprio inventou), na verdade. Talvez
justamente por ser historiadora você tenha recebido doses extras de
marxismo na Academia, motivo pelo qual exagera a importância do
pensamento de Marx e provavelmente desconhece outros tantos que são
mais importantes. E estes outros não são Smith, Keynes, Ricardo ou Say
como comumente se expõe no ambiente acadêmico. Eu diria que é
impossível compreender a natureza do ‘capitalismo’ sem ler um mínimo
da Escola de Salamanca, de Turgot, de Menger, de Bawerk, de Mises,
enfim, da Escola Austríaca de Economia. E não existe realidade
capitalista. Realidade é uma só e podemos admitir que a psicologia
humana, enquanto humana, tem certas regras universais. Estas regras
universais subjacentes à mente humana contornam todas as nossas
interações sociais. E uma destas regras é que cada pessoa valoriza cada
coisa de uma maneira diferente, motivo pelo qual não existe valor
objetivo para qualquer coisa. Este é o motivo pelo qual oferta e demanda
flutuam, preços flutuam, poupança e gasto flutuam, etc. E este é o motivo
pelo qual o core da teoria de Marx, a refutada mais-valia, é o suficiente
para acabar com praticamente todo o resto.

marcia disse: 18 de maio de 2012 às 4:16 pm

A miséria é a condição nata do homem, assim como é nascer pelado, careca


e sem dente

A fome, a pobreza, a falta de educação, de emprego, são inerentes a

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A teoria do valor e o mito da mais-valia | Direitas Já! 19/08/2014

condição humana? de quais humanos vc ta falando?

Quando lia sobre o neoliberalismo, ou os defensores do capitalismo como


única forma de organizar uma economia e, principalmente, que defendiam
uma pseudo liberdade econômica e regulação do mercado por si, sempre
acreditei que no fundo elas nao pensavam assim.

Pra mim, meu caro, não há condição inerente. Todas elas são construídas,
criadas, reguladas. Criamos a miséria pq não há grandes empresas sem que
ela exista. As grandes empresas nada tem a ver com a miséria? O dinheiro
por elas apropriado sustentaria milhões de famintos.

Mas a vc nao vale o humano. Vale a competição, o mercado, a ganancia. Pra


vc o faminto é não enriquece pq nao quer,,,

Creio que nada pode superar a necessidade de condições minimamente


iguais de vida à quaisquer seres humanos. A mim, nada, absolutamente
nada justifica a desigualdade. Pq ela foi inventada e é defendida com unhas
e dentes pelos que dela se beneficiam.

Antes de fazer mestrado dei aulas em projetos sociais e via mulheres, filhas
do tráfico, que não tinham um única refeição pra dar pras sua filhas, com
marido machucado, recebendo um 270 reais por mes de bolsa familia.
Trabalhadores informais ganhando 12 reais pra trabalhar o dia todo. Isso é
desumano, na minha visão.

Se pra vc isso é inerente, o debate acaba aqui.

PS. Fiz história na UNESP em Assis, a menos marxistas de todas as


estaduais de SP.

Renan Felipe disse: 18 de maio de 2012 às 5:07 pm

“A fome, a pobreza, a falta de educação, de emprego, são inerentes a


condição humana? de quais humanos vc ta falando?”
Todos. Humanos nascem sem comida na prateleira, sem instrução, sem
emprego, etc. Eles adquirem isso ao longo da vida e legam para seus
descendentes. O estado natural do homem é a mais absoluta pobreza.

“Quando lia sobre o neoliberalismo, ou os defensores do capitalismo como


única forma de organizar uma economia e, principalmente, que defendiam
uma pseudo liberdade econômica e regulação do mercado por si, sempre
acreditei que no fundo elas nao pensavam assim.”
1 – Não existe neoliberalismo. Tal escola econômica ou política
simplesmente inexiste. No campo econômico existe a Escola Austríaca e a
Escola de Chicago. No campo da política existe o libertarianismo e o
liberalismo clássico, entre outros.
2 – Não existe forma única de organizar a economia, e é por isso que a
liberdade econômica necessita existir: para que vários modelos possam
ser testados e postos em relação uns com os outros ao mesmo tempo.
3- O que chamamos Mercado, ao contrário do Estado, não é uma
instituição com membros, representantes e porta-vozes. O Mercado é
uma abstração para as interações econômicas entre todas as pessoas
numa economia livre.

“Pra mim, meu caro, não há condição inerente. Todas elas são construídas,
criadas, reguladas.”
Mágica não existe. Nem tudo é criado por palavras e conceitos
inventados pela mente humana. O sexo, por exemplo, é natural. A
maternidade, por exemplo, é natural. A pobreza, por exemplo, é natural.
Enriquecer é um processo de acumulação de propriedade. Humanos
vieram ao mundo tão pobres quanto bugios ou cães. Mesmo o mais
miserável dos humanos hoje nasce com mais propriedades do que
qualquer animal, e trabalha para que esta aumente e ele possa legar a
seus descendentes vida mais confortável.

“Criamos a miséria pq não há grandes empresas sem que ela exista.”


Falácia. Não criamos a miséria tanto quanto não criamos o frio ou a
escuridão. Frio é ausência de calor, escuridão é ausência de luz e
pobreza é ausência de riqueza. As empresas surgiram da miséria através
do comércio, da acumulação e da herança. E continuarão surgindo se não

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houver alguém para ir lá e tomar a propriedade daqueles que ainda estão


no processo de acumulá-la. Seria possível por exemplo explicar porque
as pessoas enriquecem, se as empresas necessitam da miséria?
Empresas querem clientes, com dinheiro, e não miseráveis. Quem precisa
de miseráveis é o governo cubano.

“As grandes empresas nada tem a ver com a miséria? O dinheiro por elas
apropriado sustentaria milhões de famintos.”
E as calças que você veste aqueceriam uma criança, também. O salário
que vc recebe alimentaria umas quantas crianças na África. Mas o inferno
são sempre os outros. Quem tem o dever moral de ajudar os pobres são
sempre os outros. As empresas já ajudam a acabar com a miséria
empregando as pessoas e fornecendo os bens ao melhor preço que
podem ser oferecidos (em economias mais livres, é claro).

“Mas a vc nao vale o humano. Vale a competição, o mercado, a ganancia.


Pra vc o faminto é não enriquece pq nao quer,,,”
Sentimentalismo não é argumento. Sou pobre, cresci pobre e moro entre
pobres. O que eu vejo? O que eu vejo é que através da empresa eles
enriquecem. Todo mundo por aqui tem algum negócio, seja o artesanato
com potes de vidro, seja um boteco ou a venda de cigarros de maconha.

“Creio que nada pode superar a necessidade de condições minimamente


iguais de vida à quaisquer seres humanos. A mim, nada, absolutamente
nada justifica a desigualdade. Pq ela foi inventada e é defendida com unhas
e dentes pelos que dela se beneficiam.”
Desigualdade não é um problema enquanto for material. A miséria mais
grave pode ser um problema, mas não a desigualdade. Igualdade
material é mito, e um mito que destrói tudo o que vê pela frente. É só ver
o quão igualitária é Cuba ou Coréia do Norte para ver que militar pela
igualdade material é contra-produtivo.

“Antes de fazer mestrado dei aulas em projetos sociais e via mulheres, filhas
do tráfico, que não tinham um única refeição pra dar pras sua filhas, com
marido machucado, recebendo um 270 reais por mes de bolsa familia.
Trabalhadores informais ganhando 12 reais pra trabalhar o dia todo. Isso é
desumano, na minha visão.”
É? Eu já tive que visitar gente que cozinhava pele de frango colhida do
lixo em fogueiras improvisadas num terreno abandonado. Trabalhadores
informais, aliás, são os mais vitimados pelas “regulamentações” e pelo
protecionismo na Economia. Mas não, não é desumano. A pobreza não é
desumana. A pobreza é parte da natureza humana, e uma parte que
superamos através do trabalho e da acumulação de riqueza (como vc
mesma exemplificou pelos trabalhadores autônomos e informais). Sei
que o mundo ideal seria com todo mundo rico, mas o mundo ideal só
existe no plano das idéias. Toda vez que tentaram transformar sonho em
realidade, o que tivemos foram pesadelos. Cuba e Coréia do Norte estão
aí para provar.

“Se pra vc isso é inerente, o debate acaba aqui.”


Sinal de que você não quer é debate nenhum. Se eu dissesse que nascer
pelado é inerente ao homem, sua reação seria a mesma? Não, é claro que
não, posto que isso não vai contra a sua ideologia (seja ela qual for) que
vc quer tanto proteger.Se puder me provar que o homem no paleolítico
era mais rico do que os pobres de hoje, então posso te dar razão. Se não
puder provar isso, então está em clara contradição.

“PS. Fiz história na UNESP em Assis, a menos marxistas de todas as


estaduais de SP.”
Poderia ser formada na Fernando Marroquín que eu continuaria
questionando.

marcia disse: 18 de maio de 2012 às 4:19 pm

PS2. Em momento algum eu me referi ao Marx como a solução dos problemas de um país.

Agora a livre concorrência é a solução, não? Vide a União Européia, com sua economia solida e
próspera.

Não coloque palavras nos meus posts, por favor.

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RESPOSTA

Renan Felipe disse: 18 de maio de 2012 às 5:13 pm

“PS2. Em momento algum eu me referi ao Marx como a solução dos problemas de um


país.”
Então não defenda-o, pois foi a parte central da teoria dele que foi criticada no
artigo e não a sua pessoa.

“Agora a livre concorrência é a solução, não? Vide a União Européia, com sua economia
solida e próspera.”
Aposto que um cubano adoraria estar lá neste momento de crise do que continuar
vivendo na prosperíssima Cuba. Mesmo os países ditos capitalistas quando em crise
ainda sustentam padrões de vida infinitamente superiores aos mais protecionistas.
E, antes que siga no non-sense, a causa da crise européia não foi a livre-
concorrência, mas a intervenção do Banco Central no sistema de preços através da
planificação monetária do Euro. Igualmente, nos EUA, o problema foi a intervenção
estatal no setor imobiliário gerando uma bolha, mais o Quantitative Easing. Se não
sabe o que é um livre mercado, não debata sobre ele. Ler sobre o assunto faz bem.
Pode começar pelo Bastiat, que é bem instrutivo.

RESPOSTA

marcia disse: 18 de maio de 2012 às 7:36 pm

“Não defenda-o”??? De que planeta você veio?

Renan Felipe disse: 18 de maio de 2012 às 7:58 pm

Você o está defendendo como se ele estivesse sendo atacado. O fato é que
foi a teoria dele que foi atacada, e demonstrada por A+B que foi refutada.
Igualmente demonstrei que a importância de Marx para compreender o
capitalismo é muito menor do que te ensinaram na faculdade. Para
compreender o capitalismo é muito mais válido estudar a Revolução
Marginalista do que ler qualquer coisa sobre Marx.

marcia disse: 18 de maio de 2012 às 8:32 pm

Renan

Volto no mesmo ponto. É impossível sagrar quaisquer debates a partir do


seu embasamento. Aprecio sua capacidade de distorção do discurso alheio.
É um excelente argumento de persuasão.
Veja isso:
“Mas o inferno são sempre os outros. Quem tem o dever moral de ajudar os
pobres são sempre os outros.” As 4 calças que eu tenho aqueceriam 4
mulheres magras de 30 anos. Melhore sua argumentação, assim fica difícil.
O sexo, por exemplo, é natural. A maternidade, por exemplo, é natural. A
pobreza, por exemplo, é natural.
Assim como o sexo, a maternidade e a pobreza não o são por si só. No
paleolítico, não precisávamos de dinheiro para viver, assim como –
permissão para manter relações sexuais com outra pessoa e a opção por
jamais pensar em ser mãe. Não é possível que vc afirme novamente que as
pessoas passam fome pq nascem peladas. Passam fome pq o local donde
elas poderiam extrair o que comer foi apropriado por um grupo de pessoas,
anteriores ao seu surgimento. Não um só local no mundo onde estes
miseráveis possam morar sem dinheiro.
O que eu vejo é que através da empresa eles enriquecem. Todo mundo por
aqui tem algum negócio, seja o artesanato com potes de vidro, seja um
boteco ou a venda de cigarros de maconha.
Enriquecem, claro. Ganhando 650 reais por mês, elas enriquecem.
Meritocracia não dá mais, sabe? Acho que as ciências humanas e biológicas

http://direitasja.com.br/2012/05/09/a-teoria-do-valor-e-o-mito-da-mais-valia/ 10 / 18
A teoria do valor e o mito da mais-valia | Direitas Já! 19/08/2014

já há mais de meio século mostram o condicionamento social. Simplificar todo


o processo de exclusão com a meritocracia já não cabe. Caberia se
houvesse distribuição de riquezas minimamente igualitária, ou melhor, bem
menos desigual. A partir da base que nós temos, é impossível colocar a
responsabilidade de auto-gestão econômica sobre indivíduos demasiado
prejudicados na corrida capitalista. Às vezes volto da Universidade de trem,
olho praquelas pessoas envelhecidas pelo trabalho, pela falta de cuidados,
de dinheiro, naqueles trens lotados indo pras suas casas na periferia e
penso: sua vida vai ser sempre essa, é impossível melhorar.
“militar pela igualdade material é contra-produtivo”.
Voltamos ao ponto divergência de onde assentamos nossos pensamentos.
Se pra vc, o objetivo da vida é acumular riquezas e deixar pros seus filhos,
mais uma vez temos plataformas completamente opostas. Se pra vc, ser
produtivo e continuar esse grande teatro que é a acumulação de capital, o
consumismo desenfreado, a ausência de tempo, etc, é importante, não faz
sentido este debate.
Sei que o mundo ideal seria com todo mundo rico, mas o mundo ideal só
existe no plano das idéias.
Não creio em uma divisão perfeita, mas a atual é cruel demais. Agora, não é
pq não é viável a partir dos pensadores que possuímos que vou defender o
direito das grandes corporações de continuarem a aumentar seu patrimônio
num mundo tão pobre.

Renan Felipe disse: 18 de maio de 2012 às 10:30 pm

“Volto no mesmo ponto. É impossível sagrar quaisquer debates a partir do


seu embasamento. Aprecio sua capacidade de distorção do discurso alheio.
É um excelente argumento de persuasão.”
Não é impossível. É só partirmos do princípio que a pobreza, tal e qual o
analfabetismo ou a nudez, é o estado natural do homem. Admitir isso não
é problema algum, a menos que você possa me provar que o homem é
rico por natureza.

“Veja isso:
“Mas o inferno são sempre os outros. Quem tem o dever moral de ajudar os
pobres são sempre os outros.” As 4 calças que eu tenho aqueceriam 4
mulheres magras de 30 anos. Melhore sua argumentação, assim fica difícil.”
O valor das 4 calças somadas podem aquecer bem mais pessoas que
você supõe. Mas você não faria isso. Não porque não tem coração, mas
porque precisa das calças e não é sua obrigação dar calças a alguém.

“Assim como o sexo, a maternidade e a pobreza não o são por si só.”


É claro que são. Pare de falar sandices. Todos os mamiferos são
sexuados, todos eles se reproduzem sexualmente e em todos eles a
genitora cumpre o papel que associamos à figura da mãe.

“No paleolítico, não precisávamos de dinheiro para viver, assim como –


permissão para manter relações sexuais com outra pessoa e a opção por
jamais pensar em ser mãe.”
Dinheiro não é só papel pintado. Tudo que é trocado por bens é dinheiro.
Sal já foi dinheiro, sementes já foram dinheiro, conchas já foram
dinheiro. Até sexo pode ser dinheiro.

“Não é possível que vc afirme novamente que as pessoas passam fome pq


nascem peladas. Passam fome pq o local donde elas poderiam extrair o que
comer foi apropriado por um grupo de pessoas, anteriores ao seu
surgimento. Não um só local no mundo onde estes miseráveis possam morar
sem dinheiro.”
Posso enumerar as besteiras. A primeira é dizer que as pessoas passam
fome porque alguém apropriou-se do que antes era de seu sustento, o
que é uma mentira. Quem apropriou-se dos rios? Os peixes continuam lá.
Quem apropriou-se das florestas? Elas continuam lá. A caça, a pesca, a
coleta, não são modelos sustentáveis para populações grandes. É por isso
que à medida que as populações cresciam o homem as abandonou para
plantar e criar animais há uns 12.000 anos. Este foi um processo
contínuo. Se hoje tem parcelas da população na miséria não é por causa
deste processo que logrou incluir um número crescente de pessoas nas
classes mais abastadas ao longo do processo. O motivo destas pessoas

http://direitasja.com.br/2012/05/09/a-teoria-do-valor-e-o-mito-da-mais-valia/ 11 / 18
A teoria do valor e o mito da mais-valia | Direitas Já! 19/08/2014

não se beneficiarem é justamente porque elas estão fora do processo de


acumulação e herança que chamamos de “capitalismo”. Nada que livre-
mercado, microcrédito e microempreendedorismo não resolva. Aliás, o
processo de favelização é e sempre foi decorrente de expropriação e
movimentação compulsória de populações inteiras, que são feitas ou por
ordem ou com o aval do Estado, como é o que vai ocorrer com os índios
que agora lutam contra Belo Monte.

“Enriquecem, claro. Ganhando 650 reais por mês, elas enriquecem.”


Sim, enriquecem. Você já viu uma casa sendo construída a partir do
telhado? Não, toda casa começa com o alicerce. Eu sou sem sombra de
dúvida muito mais rico do que meus pais, que são muito mais ricos do que
meus avôs. É este processo de acumular e legar que transforma homens
das cavernas em ricos “burgueses”, e não a divisão igualitária da
pobreza.

“Meritocracia não dá mais, sabe? Acho que as ciências humanas e biológicas


já há mais de meio século mostram o condicionamento social.”
Acredite nos mitos que quiser. Se quer acreditar que pobre é incapaz, é
um direito seu e característica mais do que trivial de todo bom
esquerdista. Negar a meritocracia também é um recurso ótimo para quem
quer viver às custas dos outros. O problema é: quem produz gosta de
meritocracia porque se beneficia dela. Sem meritocracia, sem lucro, sem
benefício e sem motivação para produzir. Resultado: Cuba.

“Simplificar todo o processo de exclusão com a meritocracia já não cabe.


Caberia se houvesse distribuição de riquezas minimamente igualitária, ou
melhor, bem menos desigual.”
Posso explicar de maneira ainda mais simples: o Estado impede que as
pessoas enriqueçam, tornando suas vidas mais caras e protegendo elites
através de regulamentações econômicas. E só há uma distribuição justa
de riqueza, que é a que paga cada um conforme sua produção. Se
distribuir mérito por aí funcionasse, o governo sairia distribuindo os
poderes públicos igualitariamente, os professores distribuiriam notas
igualitariamente e as mulheres amariam todos os homens
igualitariamente.

“A partir da base que nós temos, é impossível colocar a responsabilidade de


auto-gestão econômica sobre indivíduos demasiado prejudicados na corrida
capitalista.”
Como eu disse: não debata sobre o que não conhece. Em primeiro lugar, o
que é “capitalista”? Eu só conheço liberalismo econômico. É um sistema
onde não existe salário mínimo (como vários países onde empregados
ganham mais que aqui), não existe Banco Central (e portanto governo
não faz bail-out para banqueiro), não há (ou quase não há) restrições de
importação e exportação, o Estado não come 40% do seu salário em
impostos, etc. Claro que nenhum país é ideal assim, mas os que chegam
mais perto são também os que garantem a melhor qualidade de vida a
seus cidadãos. E retirar a responsabilidade de auto-gestão econômica
dos indivíduos já foi tentado aqui. Chamávamos isso de Escravidão, coisa
que felizmente os malvados capitalistas aboliram.

“Às vezes volto da Universidade de trem, olho praquelas pessoas


envelhecidas pelo trabalho, pela falta de cuidados, de dinheiro, naqueles
trens lotados indo pras suas casas na periferia e penso: sua vida vai ser
sempre essa, é impossível melhorar.”
Sim. Sua visão é de curto prazo. É imediatista, idealista, acha que
existem milagres. Não existe caminho rápido para riqueza, para o
sucesso, não existe almoço grátis. Estas pessoas envelhecidas e pobres
vão legar uma vida ligeiramente melhor para seus filhos, que legarão
algo melhor para seus netos, que vão legar uma vida melhor para seus
bisnetos. Quando então o tataraneto for rico, haverão pessoas como você
clamando pela solução Robin Hood que consiste em roubar os que tem
para distribuir aos que não tem, até que todos sejam igualmente pobres.

“Voltamos ao ponto divergência de onde assentamos nossos pensamentos.


Se pra vc, o objetivo da vida é acumular riquezas e deixar pros seus filhos,
mais uma vez temos plataformas completamente opostas. Se pra vc, ser
produtivo e continuar esse grande teatro que é a acumulação de capital, o
consumismo desenfreado, a ausência de tempo, etc, é importante, não faz
sentido este debate.”

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A teoria do valor e o mito da mais-valia | Direitas Já! 19/08/2014

Outro erro ginasiano: demonização do lucro. Por que o Renan acredita na


acumulação de riqueza, ele é uma máquina fria, calculista, demoníaca,
inumana e que não se diverte. É claro que eu me divirto, é claro que eu
amo (só que é um amor sincero, para quem merece. Não é amor
liquidação, baratinho e para todos).
Não vejo problema absolutamente nenhum de acumular riqueza para
legar a meus filhos, aliás acho que isso é um dever de quem pretende ter
filhos. Também não me sinto nem um pouquinho culpado pelo
“consumismo” (coisa que até um ser unicelular faz quando fagocita),
pelo mesmo motivo que não me sinto culpado de produzir, de ir no
banheiro, etc. Também não sofro com ausência de tempo. Aliás, se tem
algo que posso agradecer à sociedade capitalista, “industrializada e
massificada”, ao consumismo desenfreado, é o fato de que tenho muito
mais tempo livre para curtir do que aqueles que vivem nas caridosas
economias planificadas e socialistas.

“Não creio em uma divisão perfeita, mas a atual é cruel demais. Agora, não é
pq não é viável a partir dos pensadores que possuímos que vou defender o
direito das grandes corporações de continuarem a aumentar seu patrimônio
num mundo tão pobre.”
Então resumimos o seu pensamento aqui: você não se importa se é viável
ou não garantir uma vida boa para todos. O que importa é odiar os ricos,
as grandes corporações, azelite. Mas não se preocupe quanto à
desigualdade capitalista. Felizmente, numa sociedade onde as pessoas
são livres e podem acumular riquezas, você pode reunir-se com outras
pessoas e fazer trabalho voluntário, fazer doações de roupas, cozinhas
comunitárias, etc. Aliás, quem mais doa aos países miseráveis é quem
mesmo? Ah, os malvados países capitalistas.

marcia disse: 19 de maio de 2012 às 2:04 pm

Os erros ginasianos são seus meu caro. Vc lê de forma completamente


acrtica, distorce o que foi dito e generaliza o tempo todo.

Depois a esquerda q é utópica. Continue. Viva acreditando que vc é livre


(essa não é ginasial, é primária mesmo), que acumula riqueza por ser mais
rico que seu pai, que o pedreiro do trem um dia terá uma linhagem rica, que
eu odeio todos os ricos do planeta, inclusive meus pais, que nem que eu
trabalhe 40 anos ficarei mais rica que eles. Acorde feliz pra trabalhar todo
dia pq vc está contribuindo para gerações futuras, está acumulando seu
dinheiro honesto.

Acredite ainda, que “liberalismo econômico” te faz mais feliz. Isso, essa é a
fonte! Que vc tem muito tempo livre (se tiver filhos então, deve ter mais
ainda)

Continue acreditando que a acumulação é NATURAL. Que não é natural as


pessoas nascerem e terem condições mínimas pro seu sustento. Que se
elas realmente quisessem trabalhar e sobreviver (como vc, um moço
aplicado que enriqueceu mais que seu pai), poderiam andar 7 mil km e ir até
a Amazônia caçar e pescar. Ou, ir a nado até o meio do mar, que é público,
pescar para seus filhos.

Continue ainda, acreditando que o sexo é tão natural como pra quaisquer
golfinho. Consequentemente, não há diferenças entre o que faziam os
homens da caverna pro que fazemos. O machismo também é natural, afinal,
naturalmente os homens são mais fortes. A maternidade também, exato.
Toda fêmea mamífera nasce louca pra ser mãe, aliás, todas, sem excessão,
adoram seus filhos, cuidam, protegem.

Não se esqueça de acreditar que toda esquerda é burra, que vc sempre


pode citar Cuba pra qualquer pessoa que defenda uma economia que mate
menos pessoas de fome, pq é nisso que ela tá pensando. Na realidade, ela
quer que o Brasil transforme-se em Cuba, ou melhor, sonha que o Brasil
transforme-se na Coreia do Norte.
Ah, e pobre é capaz. É só querer. Na realidade, pobre só fica na miséria e na
marginalização pq é vagabundo mesmo. Olhemos pros complexos de favela
no Rio e lembremos que são 10 mil vagabundos, que poderiam estar
acumulando capital, mas como lhes falta coragem pra acordar as 6h, ficam

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A teoria do valor e o mito da mais-valia | Direitas Já! 19/08/2014

naquela porcaria de vida. A educação é pra todos, pública. As vagas da USP


estão esperando um pobre esforçado, capaz em sua NATUREZA.

E viva a natureza! Viva o natural!

Fale sobre acumulação de capital, vc sabe sobre ela. É sua especialização.

Realmente não é meu foco de pesquisa, pesquiso o ser humano, mas isso é
muito complexo pra vc.

PS. esqueci que vc também acredita que foram os proprietários que aboliram
a escravidão aqui… a pressão interna vem do movimento organizado por
estudantes, pela igreja, por advogados recem chegados de fora. a pressão
externa era da Inglaterra, que como bom país que era, só pensava no bem
dos pobres negros.

PS2. o homem vc se referia ao dizer que “abandonou plantar e criar animais


há mais de 12 mil anos” seria qual? sim, pq são 10 mil anos antes de cristo.
acho que preciso ler mais sobre isso também.

Renan Felipe disse: 19 de maio de 2012 às 7:03 pm

“Os erros ginasianos são seus meu caro. Vc lê de forma completamente


acrtica, distorce o que foi dito e generaliza o tempo todo.”
Quem não entende sobre o que fala só pode cometer erros, aliás, pré-
ginasianos. Erro ginasiano é um elogio para quem nunca sequer ouviu
falar daquilo que pretende criticar, como por exemplo a teoria da
utilidade marginal ou do valor subjetivo, que são as teorias que refutam a
mais-valia e toda a besteira que dela decorre. Isso encerra o assunto. O
restante são apenas apontamentos de falseamento de raciocínio. Por
exemplo, assumir que alguém pode ter 3 antes de ter 0, e que pode estar
quente antes de estar frio, ou que pode ser rico antes de ser pobre.

“Depois a esquerda q é utópica. Continue. Viva acreditando que vc é livre


(essa não é ginasial, é primária mesmo), que acumula riqueza por ser mais
rico que seu pai, que o pedreiro do trem um dia terá uma linhagem rica, que
eu odeio todos os ricos do planeta, inclusive meus pais, que nem que eu
trabalhe 40 anos ficarei mais rica que eles. Acorde feliz pra trabalhar todo
dia pq vc está contribuindo para gerações futuras, está acumulando seu
dinheiro honesto.”
A esquerda é utópica, conspiratória e paranóica conforme se verifica.
Isto porque seus defensores são ineptos demais para aprender a
diferença entre liberdade individual, liberdade social e liberdade da
necessidade. Quem não sabe que 2 é maior que 1 e que portanto quem
tem 2 é mais rico do que quem tem 1, com certeza será incapaz de
deduzir que é óbvio que o mundo tal qual o vivemos hoje é muito mais
rico e sustenta muito mais pessoas do que o de 100, 500, 1000 ou
10000 anos atrás.

“Acredite ainda, que “liberalismo econômico” te faz mais feliz. Isso, essa é a
fonte! Que vc tem muito tempo livre (se tiver filhos então, deve ter mais
ainda)”
Exatamente. Isso se comprova pelo IDH e pela liberdade dos países onde
a liberdade econômica é maior, em detrimento daqueles onde esta
liberdade é menor. Nos países de Economia mais livre o trabalhador
ganha mais, vive melhor, descança mais, etc. Pode refutar fatos? Não. Só
pode dizer que esta liberdade não é real, que a outra liberdade real
reside fora da Matrix.

“Continue acreditando que a acumulação é NATURAL. Que não é natural as


pessoas nascerem e terem condições mínimas pro seu sustento. Que se
elas realmente quisessem trabalhar e sobreviver (como vc, um moço
aplicado que enriqueceu mais que seu pai), poderiam andar 7 mil km e ir até
a Amazônia caçar e pescar. Ou, ir a nado até o meio do mar, que é público,
pescar para seus filhos.”
Discurso messiânico e humanitarismo pastelão não te tira do problema
lógico posto. Até leões tem território, joões-de-barro constroem casas e
formigas armazenam comida. Acumulação é natural do homem, já que ele
não pode fazer coisas antinaturais ou sobrenaturais. E sim, é ÓBVIO que
É NATURAL pessoas nascerem completamente despossuídas e sem

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A teoria do valor e o mito da mais-valia | Direitas Já! 19/08/2014

condições mínimas do seu sustento. É por isso que os homens do neolítico


caçavam, pescavam e colhiam em vez de ir no supermercado, luxo
moderno. O homem é um animal e tal como qualquer animal é
naturalmente pobre. O processo de acumular e legar é que foi fruto do
nosso engenho e felizmente garante que até o mais miserável dos
brasileiros possa montar um barraco, usar um chinelo de dedos e comer
uma Trakinas de vez em quando. Ou ter um computador feito por
chineses que ele usa para reclamar da propriedade privada, a qual ele
próprio exerce sobre o tal computador.

“Continue ainda, acreditando que o sexo é tão natural como pra quaisquer
golfinho. Consequentemente, não há diferenças entre o que faziam os
homens da caverna pro que fazemos. O machismo também é natural, afinal,
naturalmente os homens são mais fortes. A maternidade também, exato.
Toda fêmea mamífera nasce louca pra ser mãe, aliás, todas, sem excessão,
adoram seus filhos, cuidam, protegem.”
Sim, e quem disser o contrário é um histérico, dramático e lesado incapaz
de conceber que a natureza possui uma ordem independente das nossas
palavrinhas mágicas. O sexo é natural para qualquer animal sexuado. O
machismo também é natural para a maioria dos mamíferos. A
maternidade também, para todos os animais mais complexos. Humanos
que tem aversão ao sexo, homens que não defendem a própria família e
mulheres incapazes de amar seus filhos são ANORMALIDADES, exceções
à regra.

“Não se esqueça de acreditar que toda esquerda é burra, que vc sempre


pode citar Cuba pra qualquer pessoa que defenda uma economia que mate
menos pessoas de fome, pq é nisso que ela tá pensando. Na realidade, ela
quer que o Brasil transforme-se em Cuba, ou melhor, sonha que o Brasil
transforme-se na Coreia do Norte.”
Nem toda. Existe a centro-esquerda ainda. E o liberalismo econômico é a
economia que mata menos pessoas. É só você analisar a mortalidade dos
países onde a liberdade econômica é menor para você constatar os fatos.
Aliás, Cuba, que distribui caridosamente comida a todos os seus
escravos, é o país onde mais de 50% das crianças sofrem de anemia. Por
que? Por que o governo nunca será mais eficiente que as pessoas em si
atendendo as próprias necessidades. É por isso que Cuba importa 80%
da comida que seu povo consome e ainda necessita de ajuda humanitária
americana para se sustentar.

“Ah, e pobre é capaz. É só querer. Na realidade, pobre só fica na miséria e


na marginalização pq é vagabundo mesmo.”
Sim, pobre é capaz. Sou o que Chesterton chama de ‘especialista em
pobreza': o sujeito que é pobre, não o pseudointelectual que finge saber
sobre pobreza. Portanto sendo eu pobre, ninguém jamais vai me
convencer de que sou incapaz, de que sou dependente da bondade de uns
poucos iluminados com poder de polícia. Pobre só fica na miséria por
causa do governo que o tributa, que impede a concorrência, que destrói a
microempresa, que caça os informais, que expropria as pessoas e as
faveliza, que monopoliza os serviços essenciais, que carteliza o
transporte público, etc.

“Olhemos pros complexos de favela no Rio e lembremos que são 10 mil


vagabundos, que poderiam estar acumulando capital, mas como lhes falta
coragem pra acordar as 6h, ficam naquela porcaria de vida.”
Engraçado, porque as favelas são fruto de políticas do Estado e não de
ação voluntária. As pessoas que passaram a habitar os morros o fizeram
porque foram expulsas de seus locais de origem, por exemplo, durante a
Revolta da Vacina. Nunca vai convencer alguém que foi criado em vila e
tem amigos em favelas de que pobre é incapaz. Aliás, conheço
empreendedores dentro de favelas inclusive. E, claro, eles acumulam
capital e legam para seus filhos vidas melhores como eu mesmo
testemunhei.

“A educação é pra todos, pública. As vagas da USP estão esperando um


pobre esforçado, capaz em sua NATUREZA.”
E porque exatamente um pobre precisaria passar na USP? Diploma da
USP por acaso é alguma prova de engrandecimento pessoal e melhoria
de vida?

“E viva a natureza! Viva o natural!”

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Aleluia!!

“Fale sobre acumulação de capital, vc sabe sobre ela. É sua especialização.”


Falo mesmo. Minha mãe juntou grana por cinco anos para comprar um
computador. E eu trabalhei 2 anos como estagiário para juntar o que ela
juntou em 5 anos. Não sei quanto ela tem no banco, mas deve ter o dobro
do que eu tenho ou mais. Se estudei direitinho, minha mãe é uma
‘conservadora fiscal’. Sabe, nunca me acostumei com luxo… roupa de
marca, tênis de marca, caderninho capa-dura, ônibus escolar, foram
luxos que nunca tive. Eu ia para a escola a pé desde os 7 anos quando
minha mãe teve um ataque epilético. Incrível como ela se recuperou, e
nunca parou de ler e estudar (em escolas públicas, note) e trabalhar
cuidando de crianças. Meu pai também, passou por muito perrengue. Mas
estamos aí, acumulando e cantando e seguindo a canção.

“Realmente não é meu foco de pesquisa, pesquiso o ser humano, mas isso é
muito complexo pra vc.”
Tão complexo é que você desconhece a teoria subjetiva de valor, oriunda
de premissas sobre a psicologia humana, que refuta toda a baboseira que
você defende. O Renan só sabe acumular. Experimente estudar algo que
está fora do seu currículo. Pegue o livro Ação Humana, do Ludwig von
Mises, por exemplo. Aliás, os nomes de maior peso da Escola Austríaca
(“neoliberal”), Mises e Hayek, deram uma grande contribuição à
psicologia e fundaram a praxeologia, que é o estudo das ações
HUMANAS, coisas que os planejadores com síndrome de maquinista
desconhecem.

“PS. esqueci que vc também acredita que foram os proprietários que


aboliram a escravidão aqui… a pressão interna vem do movimento
organizado por estudantes, pela igreja, por advogados recem chegados de
fora. a pressão externa era da Inglaterra, que como bom país que era, só
pensava no bem dos pobres negros.”
Escravidão foi abolida por militantes humanistas cristãos como
Willberforce, pelo clero e sobretudo porque era economicamente viável
desde a Revolução Industrial. Por aqui, foi impulsionada por
abolicionistas que COMPRAVAM a alforria dos escravos, de modo que
quando a Lei Áurea foi assinada mais de 95% dos escravos já estavam
libertos.

“PS2. o homem vc se referia ao dizer que “abandonou plantar e criar animais


há mais de 12 mil anos” seria qual? sim, pq são 10 mil anos antes de cristo.
acho que preciso ler mais sobre isso também.”
Não, só precisa de um livro de Matemática para aprender que de 10.000
a.C para 2.000 d.C decorrem cerca de 12 mil anos.

arthurrizzi disse: 31 de março de 2014 às 9:16 pm

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Excelente post

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