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Disciplina de
Tecnologia da Conformação
Defeitos eventuais
dos
conformados a quente
Índice
Índice.......................................................................................................................................................2
Preâmbulo................................................................................................................................................3
Conformação...........................................................................................................................................4
Classificação dos processos de conformação mecânica......................................................................4
Principais processos de conformação..................................................................................................7
Aspectos de temperatura na conformação.............................................................................................13
Temperatura na conformação............................................................................................................13
Geração de calor na conformação mecânica.....................................................................................15
Faixas de temperaturas admissíveis no trabalho a quente.................................................................16
Conformação a quente...........................................................................................................................19
Forjamento a quente..........................................................................................................................19
Defeitos provocados pelo forjamento a quente.............................................................................20
Laminagem a quente.........................................................................................................................21
Defeitos provocados pela laminagem a quente.............................................................................22
Extrusão a quente..............................................................................................................................23
Defeitos provocados pela extrusão a quente.................................................................................23
Conclusão..............................................................................................................................................26
Glossário................................................................................................................................................27
Bibliografia............................................................................................................................................30
Anexos...................................................................................................................................................32
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Do Minho Departamento de Engenharia Mecânica
Preâmbulo
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Conformação
A conformação mecânica, também denominada conformação plástica,
representa um conjunto de processos em que a modificação da forma e das
dimensões da peça metálica ocorre pela acção de tensões mecânicas que
causam a deformação plástica dessa peça, sem que haja remoção de material,
como ocorre na maquinagem. Assim, nos processos de conformação não há
variação do volume das peças conformadas. Desta forma, um dos aspectos
interessantes da conformação é a economia de matéria-prima e a redução do
tempo total de fabrico.
Os processos de fabrico de peças metálicas por conformação mecânica
são responsáveis pela produção de um grande número de produtos.
Diversos materiais podem ser conformados, destacando-se os aços, as
ligas de alumínio, as ligas de cobre e as ligas de titânio, entre os materiais
empregados industrialmente.
Os produtos conformados apresentam uma grande gama de geometrias,
desde as mais simples até as mais complexas, representadas pelos produtos de
grandes comprimentos como perfis, chapas, folhas, tubos, barras e peças
diversas como eixos, engrenagens, bielas, recipientes e outros.
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- Compressão directa: predomina a solicitação externa por compressão
sobre a peça de trabalho. Nesse grupo podem ser classificados os
processos de forjamento (livre e em matriz) e laminagem (plana e de
perfis).
- Compressão indirecta: as forças externas aplicadas sobre a peça
podem ser tanto de tracção quanto de compressão, mas as que
efectivamente provocam a conformação plástica do metal são de
compressão indirecta, desenvolvidas pela reacção da matriz sobre a
peça. Exemplos: trefilagem e extrusão de fios e tubos, e estampagem
profunda (embutimento) de chapas (parcial). No processo de trefilagem,
a solicitação externa é de tracção, enquanto nos processos de extrusão
e embutimento de chapas, é de compressão. Nesse último processo,
porém, somente parte da peça (a aba) é submetida a esse tipo de
esforço.
- Conformação por tracção: o estiramento de chapas, no qual a peça
toma a forma da matriz através da aplicação de forças de tracção nas
suas extremidades, é o principal exemplo.
- Conformação por cisalhamento: envolvem forças cisalhantes
suficientes ou não para romper o metal no seu plano de cisalhamento.
Os melhores exemplos deste tipo de processo são a torção de barras e o
corte de chapas.
- Conformação por flexão: as modificações de forma são conseguidas
mediante a aplicação de um momento flector. Esse princípio é utilizado
para dobrar chapas, barras e outros produtos. Como exemplo, pode-se
citar os processos de dobragem livre, dobragem de borda, e dobragem
de matriz e calandragem.
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Temperatura na conformação
É muito comum classificar os processos de conformação em
operações de trabalho a quente, a morno, e a frio. O trabalho a quente é
definido como a deformação sob condições de temperatura e taxa de
deformação tais que os processos de recuperação e recristalização
ocorrem simultaneamente com a deformação. De outra forma, o
trabalho a frio é a deformação realizada sob condições em que os
processos de recuperação e recristalização não são efectivos. No
trabalho a morno ocorre recuperação, mas não se formam novos grãos
(não há recristalização).
No trabalho a quente, devido à intensa vibração térmica – que
facilita muito a difusão de átomos e a mobilidade e aniquilamento das
discordâncias – o encruamento e a estrutura distorcida dos grãos
produzida pela deformação, são rapidamente eliminados pela formação
de novos grãos livres de deformação, como resultado da recristalização.
É possível conseguir grandes níveis de deformação, uma vez que os
processos de recuperação e recristalização acompanham a deformação.
Ela ocorre a uma tensão constante. E como a tensão de escoamento
plástico decresce com o aumento da temperatura (Figura 7), a energia
necessária para a deformação é geralmente muito menor para o
trabalho a quente do que para o trabalho a frio ou a morno.
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Fonte:http://construtor.cimm.com.br/cgi-win/construt.cgi?configuradorresultado+516
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Conformação a quente
Forjamento a quente
No forjamento a quente, o processo ocorre a uma temperatura
acima da temperatura de recristalização do material. Na etapa de
conformação final, ocorre a formação de rebarba, devido ao excesso de
material. Ao iniciar-se a formação da rebarba, em virtude da presença
do estrangulamento ou garganta da rebarba entre as duas matrizes, as
tensões compressivas na cavidade das matrizes elevam-se
consideravelmente e causam o preenchimento de todos os espaços
dessa cavidade.
As funções da rebarba, são duas:
- Actuar como "válvula de segurança" para o excesso de metal na cavidade das
matrizes;
- Regular o escoamento do metal, aumentando a resistência ao escoamento do
sistema de modo que a pressão cresça até valores elevados, assegurando que o metal
preencherá todos os espaços da cavidade.
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Laminagem a quente
No processo de laminagem a quente, o produto de partida é um
lingote ou uma placa, isto é, simplesmente um bloco de metal
solidificado que será mais tarde deformado por conformação para
produzir a chapa. Durante o processo mecânico, a forma é
permanentemente modificada. Portanto as tensões aplicadas devem
estar acima do limite de escoamento, e, por isso o processamento sobre
o lingote é feito a altas temperaturas, onde o material é tipicamente
mais macio e mais dúctil. A laminagem a quente realiza-se a
temperaturas acima da temperatura de recristalização do metal. Cada
passo do laminador reduz o tamanho do grão, o qual cresce novamente
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Extrusão a quente
A extrusão a quente é semelhante ao processo de extrusão a frio,
sendo a ductilidade do material a ser trabalhado o principal parâmetro
na escolha do processo. A extrusão a quente é semelhante ao processo
de injecção, onde o produto é injectado a alta pressão e temperatura
numa forma, ou passa através de um molde de injecção contínua,
ficando com a forma da peça sólida semi-acabada, para posteriormente
ser cortada conforme o comprimento desejado.
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Conclusão
Depois de realizada esta monografia, tenho que concluir que a
pesquisa para a realização da mesma, não se revelou tarefa fácil.
Embora os processos de conformação a quente sejam muito
utilizados, as informações relativamente aos defeitos que os seus
produtos poderão apresentar são muito escassas. Apresentar uma
monografia de 25 páginas a falar apenas dos eventuais defeitos dos
conformados a quente era uma tarefa difícil de concretizar. Por isso,
para preencher estas páginas tive que me desviar um pouco do
assunto, e falar não apenas dos defeitos dos conformados a quente,
mas também da tecnologia da conformação no seu geral, e seus
processos.
Assim como a conformação a frio, e embora a conformação a frio permita obter
um melhor acabamento superficial dos produtos, a conformação a quente também faz
com que os “seus” produtos apresentem defeitos, a maioria deles superficiais. Contudo
com a conformação a quente pode-se conformar peças com menos gasto de energia
(mais produtividade) e não é necessário efectuar um tratamento térmico, pois a
conformação a quente é feita com temperaturas acima do ponto crítico do diagrama
ferro-carbono, e a essa temperatura a estrutura recristaliza simultaneamente com a
deformação sofrida.
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Glossário
Aço – Liga ferro-carbónica endurecida pela têmpera.
Adiabático – Qualidade relativa ao limite a partir do qual não ocorre transmissão de
energia térmica.
Atrito – Que tem atrição
Biela – Peça de máquina que serve para comunicar ou transformar o
movimento rectilíneo alternativo em circular contínuo.
Calor – Elevação de temperatura de um corpo.
Deformação plástica – Quando a tensão não é mais proporcional à deformação
ocorrendo então uma deformação não recuperável e permanente.
Descarbonização – Acção ou efeito de descarbonizar.
Ductilidade – Propriedade física dos materiais em suportar a deformação plástica, sob
a acção de cargas, sem se romperem ou fracturar.
Encruamento – Endurecimento de um metal por deformação plástica.
Engrenagem – Elemento mecânico composto por rodas dentadas que se ligam a um
eixo rotativo, ao qual imprimem movimento.
Grão – Cristal isolado na matéria em estado sólido.
Liga de alumínio – Alumínio combinado com outros metais,
normalmente o cobre, magnésio, e o silício.
Liga de cobre – Cobre combinado com outros metais, onde se
destacam o zinco, estanho, alumínio, e níquel.
Lingote – Massa de metal ou de um material semicondutor, que após ter sido aquecida
a uma temperatura superior ao seu ponto de fusão é vertida num molde, tomando uma
forma que torna mais fácil o seu manuseamento, geralmente uma barra ou um bloco.
Linha de “solidus” – Curva de transição entre a fase líquida mais fase
sólida, e a fase sólida.
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Dicionário trilingue
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Bibliografia
.http://pt.wikipedia.org/wiki/Conforma%C3%A7%C3%A3o
.http://www.rrisso.unifei.edu.br/EME53/aula_I.doc
.
http://www.dalmolim.com.br/EDUCACAO/MATERIAIS/Biblimat/siderurgi
a3.pdf
.http://construtor.cimm.com.br/cgi-win/construt.cgi?
configuradorresultado+516
.
http://meusite.mackenzie.com.br/carlosmonezi/seminarios/1o_semest
re/1_2002/laminacao/laminacao.htm
.http://www.infomet.com.br/al_processos_fabricacao.php
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.http://pt.wikipedia.org/wiki/Extrus%C3%A3o
.http://sbrt.ibict.br/upload/sbrt5179s.html
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Anexos
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