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Direito do Trabalho
Introdução
Neste último capítulo abordaremos a Psicologia Jurídica aplicada ao
Direito do Trabalho, as relações que se estabelecem no trabalho e nas
organizações estão sujeitas a vários tipos e formas de abuso de poder e a
todos os tipos de violência, mesmo que ocasionais, podem ser muito
agressivas e desorganizar emocionalmente suas vítimas.
O Assédio sexual, outro tema que será debatido, diz respeito a uma
das formas mais conhecidas de abuso de poder nas organizações de
trabalho, é indesejado por parte da vítima e assediador numa condição
hierárquica superior sente-se protejido contra possíveis denúncias.
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Independente da direção da agressão, ela sempre gera muito
sofrimento, sendo um processo doloroso, causando consequências no
desempenho do trabalhador e deteriorando as relações no trabalho e o
ambiente organizacional é afetado.
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Essa relação assimétrica que é característica do assédio, torna a
defesa por parte dos trabalhadores que estão sofrendo muito difícil, pois
está relacionada com o medo, com um ambiente competitivo e pouco
solidário no ambiente de trabalho.
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Assédio sexual
Outra forma de abuso de poder no ambiente de trabalho é o Assédio
Sexual, caracterizado por comportamento, indesejados, que afeta a vítima
no seu desempenho no trabalho e emocionalmente. As atitudes indevidas e
ameaçadoras veladas ou explícitas, seguidas de esquivas gera um
ambiente de hostilidade e persecutório.
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Estresse Laboral e Síndrome de Burnout
A saúde do trabalhador, é um dos temas muito debatidos no âmbito
jurídico, principalmente no que diz respeito ao estresse laboral. O estresse
pode ser definido como “um processo pelo qual alguém percebe e responde
a eventos que são julgados como desafiadores ou ameaçadores.”
(STRAUB, 2013, p. 132). O estresse faz parte da vida de todos os
indivíduos, mas em elevados níveis pode ocasionar várias doenças:
depressão, ansiedade, exaustão emocional e física e as doenças cardíacas.
Embora este termo tenha sido utilizado pela primeira vez em 1997 por
Maslach, desde 1974 este fenômeno vinha sendo estudado por
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Freudenberger, médico americano. Segundo Vieira (2010), os três maiores
fatores compreendidos pela síndrome são: esgotamento emocional,
despersonalização e perda da realização pessoal no ambiente de
trabalho. Somam ao esgotamento emocional, o físico e o mental,
ocasionado pelo demasiado envolvimento em situações emocionalmente
complexas. Atualmente esta síndrome pode ser compreendida como
uma reação negativa ao estresse laboral crônico, caracterizado pelo
esgotamento físico, mental e emocional extremo.
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A Síndrome de Burnout manifesta-se por um conjunto de sintomas
físicos e psíquicos, como falta de energia, fadiga, dificuldade de
relacionamento, impaciência, insensibilidade, indiferença, irritabilidade,
sensação de solidão, depressão, além de sentimentos de incapacidade,
baixa realização pessoal, despersonalização e distanciamento afetivo. Para
a Saúde Mental, a síndrome faz associações negativas com depressão e
ansiedade, assim como abuso de álcool e drogas.
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DANO MORAL E DANO PSICOLÓGICO NO MUNDO
JURÍDICO
No mundo jurídico, segundo Diniz (2020), o dano é caracterizado com
o prejuízo causado à pessoa, de natureza material ou moral, e se refere
aos interesses juridicamente protegidos, fundamental para que se possa
caracterizar uma responsabilidade civil, seja de ordem objetiva ou subjetiva,
a fim de haver uma indenização ou ressarcimento.
O dano moral diz respeito à violação de direitos que não podem ser
medidos economicamente, pois atingem o indivíduo na sua dignidade
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No dano psicológico existe a deterioração das funções psicológicas,
de maneira súbita ou inesperada, que surgem a partir da ação culposa ou
deliberada de alguém e traz prejuízos à vítima. A saúde mental fica
comprometida pelo evento estressante e traumático, que desencadeia um
impacto no psicológico e no corporal, gerando muito sofrimento ou
adoecimento psíquico.
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Referências
DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: responsabilidade
civil. 34ª ed, vol. 7. São Paulo: Saraiva, 2020.
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