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É exatamente com base nesta legislação específica que o normal seria a estabilidade do
vínculo empregatício e a relativa segurança jurídica do trabalhador no sentido da manutenção
de seu emprego, salvo motivo relevante.
Nesses casos, eles têm a garantia de emprego durante o período — ou seja, não podem
ser demitidos pelo empregador, exceto em caso de falta punível com a justa causa. O objetivo
é amparar os empregados que, devido a determinadas condições, ficam mais vulneráveis e
precisam ser protegidos contra a demissão.
De acordo com cada caso, ele poderá identificar as melhores soluções. Em geral, é
importante comunicar o empregador sobre o seu direito, para que ele tenha a oportunidade
de desfazer a rescisão e reintegrá-lo ao emprego.
Porém, nem sempre as soluções amigáveis são suficientes ou viáveis. Se for essa a situação,
é possível entrar com uma reclamatória trabalhista para requerer a reintegração ou o
pagamento de uma indenização correspondente ao período da estabilidade.
Algumas estabilidades foram classificadas pelos sindicatos e que podem ser elucidativas
no que tange as formas de manutenção das relações de trabalho:
a) Definitiva ou provisória
É definitiva a garantia que não tem prazo determinado (estável decenal, servidores públicos
etc.). Provisória, por sua vez, é aquela garantia de emprego que só vale pelo prazo estipulado
em lei (exemplo: dirigente sindical, copeiro, gestante, acidentado etc.). Quem ocupa um cargo
eletivo para representar ou assumir a direção do sindicato da categoria tem direito à
estabilidade provisória. O direito é válido desde a data da candidatura até um ano após o
término do mandato. Mesmo caso o empregado cometa um ato punível com justa causa, a
empresa deverá instaurar um Inquérito de Apuração de Falta Grave antes de aplicar a
penalidade.
b) Absoluta ou relativa
Tem estabilidade absoluta o empregado que só pode ser demitido por justa causa (ex.:
dirigente sindical). O detentor de estabilidade relativa, por sua vez, só não pode ser
dispensado arbitrariamente, mas o pode por um dos motivos do art. 165 da CLT, ou ainda, no
caso do aprendiz, nas hipóteses do art. 433 da CLT.
c) Pessoal ou altruísta
Por sua a Lei Maior consagrou a estabilidade da gestante no ADCT, art. 10, II, b,
estipulando que a empregada – em qualquer que seja a relação de trabalho, não somente a
empregada doméstica que presta serviços às casas residenciais de pessoas físicas - tem
garantido ao emprego desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto.
A estabilidade, por outro lado, é uma garantia de emprego. Durante o lapso de sua duração, a
empregada não pode ser dispensada sem justa causa. A empregada gestante tem direito à
estabilidade desde a confirmação da gravidez até 5 meses após a data do parto. Além disso, a
CLT deixa claro que o direito é válido mesmo quando a gestação teve início durante o período
de aviso prévio indenizado ou trabalhado, já que eles são incluídos na contagem do tempo de
vigência do contrato. O direito à estabilidade também é aplicável aos contratos temporários e
aos empregados adotantes, após receberem a guarda provisória para fins de adoção.
Importante destacar que na adoção ou guarda judicial de criança (pessoa que ainda não
completou 12 anos de idade), a empregada tem direito aos 120 dias de licença-maternidade,
nos termos do art. 392-ACLT e do art. 71-A da Lei 8.213/91, mas não tem direito à estabilidade
gestante, exatamente pela ausência do seu fato gerador: a gravidez. Fato que está se tornando
comum é a adoção ou guarda judicial de criança por casais do mesmo sexo.
Outra hipótese comum se refere ao empregado que sofre acidente do trabalho. Se ele
tiver que se afastar do trabalho em razão do acidente e, durante esse período, receber auxílio-
doença acidentário do INSS, quando retornar ao serviço terá estabilidade por 12 meses, a
contar do retorno.
Certas funções eletivas geram o direito à estabilidade provisória ao trabalhador. Nesse
sentido, o dirigente sindical, assim como o empregado eleito para cargo de direção de
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa), têm a garantia a partir do registro da sua
candidatura ao cargo, até um ano após o final do mandato.
Os servidores públicos civis da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
da administração direta, autarquias e fundações de direito público, admitidos sob o regime
trabalhista (CLT – FGTS) e em exercício na data da promulgação da Carta Magna de 1988 há,
pelo menos, cinco anos contínuos, ressalvada a hipótese de cargo, função ou emprego de
confiança ou em comissão (art. 19 do referido ato).
Além desses casos, neste período de calamidade pública declarada em razão da Covid-
19, o trabalhador que teve o contrato de trabalho suspenso ou sofreu redução do salário com
a correspondente diminuição da jornada de trabalho, mediante o recebimento do Benefício
Emergencial pago pelo Estado, não poderá ser despedido sem justa causa, enquanto perdurar
essas alterações e também pelo mesmo período, após o retorno à normalidade.
Nesta situação, as verbas correspondentes a uma dispensa sem justa causa, ou seja, saldo
de salários, férias vencidas e proporcionais, acrescidas de 1/3 constitucional, 13º salário,
indenização do tempo que faltar para o término da estabilidade provisória, período este que
deverá ser projetado para efeito do cálculo de férias e 13º salário, aviso prévio e FGTS, mais
40% sobre o seu total.
10. O C. TST, a doutrina majoritária, bem como a legislação vigente (art. 391-A da CLT),
dispõe que a confirmação do estado de gravidez advindo no curso do aviso prévio trabalhado
ou indenizado, garante à empregada gestante a estabilidade provisória.
Referências bibliográficas:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452compilado.htm - acesso em
28.10.2021 – 22h55
https://guilhermefernandes1993.jusbrasil.com.br/artigos/314943511/estabilidade-no-direito-
do-trabalho - acesso em 30.10.2021 – 15h20
https://cltcontabilidade.com.br/estabilidade-provisoria-garantia-de-emprego/ - acesso em
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https://revistas.unifacs.br/index.php/redu/article/ - acesso 30.10.2021 – 17h20
https://exame.com/carreira/quais-as-situacoes-que-garantem-a-estabilidade-no-emprego/ -
acesso em 06.11.2021 – 13h12
https://www.rhportal.com.br/artigos-rh/estabilidade-e-garantia-de-emprego/ - acesso em
06.11.2021 – 13h25
https://www.sitesa.com.br/contabil/conteudo_trabalhista/procedimentos/p_trabalhista/e13.
html - acesso em 17.11.2021 – 21h52
http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/estabilidade.htm - acesso em 19/11/2021
BREVES COMENTÁRIOS À LEI 12.812/2013, QUE INCLUIU O ART. 391-A À CLT: ESTABILIDADE
GESTANTE NO CURSO DO AVISO PRÉVIO - João Alves de Almeida Neto