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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

CENTRO DE TECNOLOGIA

INSTITUTO DE FÍSICA

CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA

Carlos Aparecido Flor Filho


Luiz Eduardo de Araujo Oliveira
Yasmin de Araújo Xavier

MAGNETISMO

MACEIÓ-2019
Carlos Aparecido Flor Filho
Luiz Eduardo de Araujo Oliveira
Yasmin de Araújo Xavier

MAGNETISMO

Relatório do experimento
Magnetismo realizado sob
orientação do professor Wandearley
Dias, como requisito avaliativo da
disciplina de Laboratório de Física
2.

MACEIÓ-2019

Sumário
1. INTRODUÇÃO 3
2. OBJETIVOS 5
3. MATERIAIS E MÉTODOS 6
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 11
5. CONCLUSÃO 19
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 21
3

1. INTRODUÇÃO
O eletromagnetismo é um ramo da física que estuda as interações entre
eletricidade e magnetismo, baseando-se em três fenômenos físicos fundamentais:
correntes elétricas criam em seu entorno campos magnéticos; condutores
percorridos por corrente elétrica, imersos em campo magnético, podem ficar sujeitos
ação de forças; a variação do fluxo magnético através de um condutor pode induzir
corrente elétrica nesse condutor[1].
B como uma grandeza vetorial cuja
Pode-se definir um campo magnético ⃗
direção coincide com aquela para a qual a força é zero. Podendo escrever
matematicamente a seguinte relação [2]:
Fb=q ⃗v X B
⃗ (Equação 1)
Um ímã é um corpo que gera campo magnético ao seu redor. As regiões
onde as ações magnéticas são mais intensas denominam-se polos magnéticos. De
maneira geral, um imã tem dois polos magnéticos, polo norte e sul, e localizam-se
comumente em suas extremidades. Polos magnéticos de mesmo nome se repelem
e polos magnéticos de nomes diferentes se atraem (ver figura 1) [1].

Figura 1: Em ‘’a’’ e ‘’b’’, polos de mesmo nome se repelindo, em ‘’c’’ polos opostos se atraindo.

Fonte: Helou, Gualter e Newton,2016

Esse fato leva a concluir que, como o polo norte da agulha da bússola aponta
para o norte geográfico é porque lá existe um polo sul magnético. De forma análoga,
no sul geográfico existe um norte magnético [1].
Na natureza existem matérias que na presença de um campo magnético,
tornam-se ímãs. Esses materiais podem ser classificados em paramagnéticos,
diamagnéticos e ferromagnéticos. Os paramagnéticos são materiais que possuem
elétrons desemparelhados e quando na presença de um imã estes alinham-se
4

provocando um pequeno campo magnético. Os materiais diamagnéticos são


caracterizados por apresentarem um campo magnético no sentido contrario do
campo aplicado. Já os ferromagnéticos são materiais que se imantam fortemente se
colocados na presença de um campo magnético, ou seja, são materiais utilizados
quando se quer obter campos magnéticos de alta intensidade [3].
Na figura 2, as linhas observadas são denominadas linhas de indução
B
magnéticas. Estas são orientadas do polo norte ao sul e em cada ponto um vetor ⃗
tangencia as linhas [4].
Figura 2: Linhas de campo magnético.

Fonte: Silva, D, C, M, 2019.

2. OBJETIVOS
Analisar se objetos de materiais diferentes são atraídos por um ímã e
comprovar se os extremos de um ímã atuam da mesma forma sobre os objetos
5

estudado, estudar a relação entre polos de ímãs e o campo magnético terrestre,


assim como a interação entre polos de ímãs, verificar se os objetos são atraídos
por um ímã mesmo quando não estão em contato direto com este e se a força
magnética atravessa materiais não magnéticos. Produzir ímãs a partir de
materiais ferromagnéticos, como também analisar experimentalmente a
inexistência de um monopolo magnético, estudar a interação dos campos
magnéticos no processo de atração de um corpo, visualizar o formato do campo
magnético de um ímã reto e de dois ímãs próximos usando limalhas de ferro,
além de constatar a trajetória das linhas de campo em torno da esfera terrestre.
6

3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.2 Materiais, reagentes e equipamentos
 Imã cilíndrico;
 Hastes de plástico, vidro, grafite, alumínio e ferro;
 Placa de policarbonato;
 Lápis de madeira;
 Caneta;
 Borracha;
 Fio fino de algodão;
 Ímã reto (2);
 Bússola;
 Moeda;
 Clipe;
 Folhas de papel;
 Arames de ferro;
 Régua;
 Salpicadora com limalha de ferro;
 Esfera de madeira;
 Sensor Magnético;

3.2 Procedimento

3.1.1 Do experimento 1

Aproximou-se os objetos listados na tabela 1 com o extremo vermelho do ímã


cilíndrico e observou-se se ocorria atração ou não. Repetiu-se o procedimento para
o extremo verde do ímã.

Tabela 1: Materiais utilizados para testar a atração do ímã cilíndrico.

Placa de policarbonato Haste de Alumínio


Haste de plástico Borracha
7

Haste de vidro Lápis de madeira


Haste de grafite Caneta
Haste de ferro
Fonte: Autor, 2019

3.1.2 Do experimento 2
Utilizando a bússola determinou-se a orientação do norte geográfico.
Amarrou-se, em seguida, o imã reto ao meio com o fio de algodão. Levantou-se o
sistema, aguardou seu equilíbrio, e identificou-se os polos do imã com o auxílio de
um lápis. Aproximou-se o norte do ímã ao norte da bússola e anotou-se os
resultados. Posteriormente, aproximou-se alternadamente os extremos norte e sul
do ímã à bússola e observou-se a sua agulha. Utilizando a bússola, determinou-se
os pólos norte e sua do outro ímã reto e o aproximou do primeiro pela extremidade
norte e sul. Observou-se o comportamento.

3.2.3 Do experimento 3

Colocou-se a moeda sobre a mesa e aproximou-se o ímã, lentamente, por


cima da moeda. Repetiu-se o procedimento anterior com o clipe e a haste de ferro.
Anoutou-se os resultados. A bússola foi colocada sobre a mesa e moveu-se o ímã
reta ao redor dela, mantendo-se uma distância de vários centímetros. Colocou-se a
moeda sobre a placa de policarbonato e colocou-se o ímã por baixo da placa.
Deslocou-se a placa com a moeda por sobre o ímã. Repetiu-se esse procedimento
com a haste de ferro e o clipe. Observou-se os resultados.

Colocou-se sobre a mesa a haste de ferro, a moeda e o clipe de papel.


Colocou-se, ainda, o ímã reto por cima da placa de policarbonato e aproximou-se o
conjunto dos objetos citados anteriormente. Trocou-se a placa de policarbonato por
um pedaço de papel e repetiu-se o último procedimento.

3.2.4 Do experimento 4

Aproximou-se um pedaço grande de arame de outros menores e observou-se


o que acontece. Passou-se uma vez o polo norte do ímã de cima para baixo sobre o
arame e aproximou-se o arame dos outros pedaços menores deste (Ver figura 3a e
3b). Com o auxílio de uma bússola verificou-se os polos formados nos extremos do
arame de ferro. Magnetizou-se o arame e aproximou-se a parte inferior deste de um
outro pedaço de arame. Aproximou-se lentamente o mesmo polo do ímã do centro
8

do arame magnetizado (Ver figura 1c) e observou-se o que acontece com o arame
atraído pelo arame magnetizado.

Figura 3: (a) Magnetização do arame. (b) Aproximação do arame magnetizado de outros pedaços
menores de arame não magnetizado. (c) Aproximação do ímã do centro do arame. (d) Esquema
representativo do processo de desmagnetização.

Fonte: Dias, W.S. , 2010.

Magnetizou-se outro arame e moveu-se várias vezes um polo do ímã paralelo


ao arame, incialmente bem próximo, e posteriormente afastando lentamente (Ver
figura 1d).

3.2.5 Do experimento 5

Passou-se várias vezes um polo do ímã, no mesmo sentido, pelo arame,


magnetizando-o. Aproximou-se este arrame da bússola e identificou-se os polos
formados. Dividiu-se o arrame no meio e verificou-se, novamente, a formação de
polos magnéticos. Relacionou-se os polos encontrados com os polos do arrame.

3.2.6 Do experimento 6

Fez-se duas retas perpendiculares formando um T (Ver figura 4a). Colocou-se


a haste de ferro sobre a reta menor e o imã sobre a outra reta, de modo que ficaram
com a maior distância possível (Ver figura 4b). Lentamente aproximou-se o ímã da
haste e marcou-se a posição do ímã quando essa começou a movimentar-se e com
o auxílio da régua mediu-se a distância entre a posição inicial da haste e a borda do
ímã. Colocou-se dois ímãs juntos de modo que estivessem unidos por dois polos
distintos e repetiu-se o procedimento anterior (Ver figura 4c). Fez-se o mesmo
9

utilizando dois ímãs unidos por polos iguais (Ver figura 4d).

Figura 4: (a) Modelo de retas traçadas do papel. (b) Esquema de aproximação á haste de ferro do
ímã. (c) Esquema de aproximação á haste de ferro de dois ímãs unidos por polos iguais. (d)
Esquema de aproximação à haste de ferro de dois ímãs unidos por polos diferentes.

Fonte: Dias, W.S. , 2010

3.2.7 Do experimento 7

Colocou-se o ímã horizontalmente sobre a mesa e por cima dele a placa de


policarbonato e uma folha de papel. Polvilhou-se uniformemente a limalha de ferro
sobre o papel até que se notou uma certa ordem nas linhas formadas pelas limalhas
(Ver figura 5a). Fotografou-se a forma final das linhas de campo magnético obtidas.

Figura 5: (a) Sistema de visualização do campo magnético de um ímã. (b) Sistema de visualização do
campo magnético de dois ímãs.

Fonte: Dias, W.S. , 2010

Colocou-se dois ímãs sobre a mesa a uma distância de aproximadamente


3cm um do outro, de forma que os polos diferentes ficassem próximos e sobre ele
dispor-se a placa de policarbonato e uma folha de papel. Polvilhou-se a limalha de
ferro sobre o papel (Ver figura 5b) até que obteve-se uma certa regularidade das
linhas formadas pelas limalhas, depois fotografou-se o resultado. Repetiu-se o
10

procedimento anterior para a disposição de ímãs que estejam próximos por seus
polos iguais.

3.2.8 Do experimento 8

Introduziu-se o ímã colorido na esfera de madeira com sua parte verde


indicando o polo norte. Deslocou-se o sensor de campo magnético sobre a
superfície da esfera e determinou-se em que pontos dela têm polos magnéticos e
quais são eles. Deslocou-se o sensor desde um polo da esfera de madeira até o
outro polo, passando pelo equador e voltando ao ponto de partida e observou-se
como variou a posição do sensor. Repetiu-se várias vezes esse procedimento e
formulou-se uma ideia da trajetória das linhas de campo sobre a esfera terrestre.
Observou-se a posição tomada pelo ímã do sensor sobre os polos da esfera e
finalmente sobre o equador.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1 Do experimento 1

Tanto no extremo vermelho, quanto no verde do imã cilíndrico, houve a


atração da haste de ferro e a repulsão dos demais materiais (Ver tabela 2), o que
11

era esperado pelo fato do material de ferro ter características ferromagnéticas, o que
culmina num alinhamento dos imãs elementares presentes no material no sentido de
encontro ao imã cilíndrico. Já nos outros objetos (paramagnéticos), o sentido de
alinhamento dos imãs elementares desfavorece a junção com o imã inicialmente
posto, evitando o processo de atração.

Tabela 2: Resultados dos testes de atração dos objetos usados com os extremos do imã.

OBJETO ATRAÇÃO DO ATRAÇÃO DO


EXTREMO VERMELHO EXTREMO VERDE
Placa de policarbonato NÃO NÃO
Hastes de plástico NÃO NÃO
Haste de vidro NÃO NÃO
Haste de grafite (carbono) NÃO NÃO
Haste de ferro SIM SIM
Haste de alumínio NÃO NÃO
Lápis de madeira NÃO NÃO
Borracha NÃO NÃO
Caneta NÃO NÃO

Fonte: AUTOR, 2019.

4.2 Do experimento 2

Ao se aproximar o norte do imã reto com o norte da bússola, houve uma


repulsão da agulha do segundo pelo primeiro, pois, como a agulha da bússola se
orienta na direção norte-sul e a parte sul dessa agulha imantada está com o sul
magnético e a porção norte, com o norte magnético, há um contato entre polos
iguais e uma consequente repulsão. Já quando o norte do imã ficou próximo do sul
da bússola (parte sul magnética da agulha imantada como já discutido
anteriormente), ocorreu um processo atrativo cujo motivo é o mesmo do fenômeno
anterior.

Quando foi aproximados dois imãs retos pelos polos norte-norte e sul-sul,
houve um processo repulsivo. Já quando postos em contato por polos opostos
(norte-sul), foi observado a atração dos imãs. Tais fatos já eram esperados, pois
quando polos iguais se aproximaram, foram gerados campos de forças no sentido
contrario ao encontro dos imãs. Quando os polos foram diferentes, foram formados
campos de forças favoráveis a junção dos imãs.
12

4.3 Do experimento 3

Ao aproximar o imã reto da moeda, da haste de ferro e do clip, notou-se que


houve a esperada atração devida as características ferromagnéticas dos objetos.

Em seguida, com uma lenta aproximação do imã com a bússola, foi


observado que houve a atuação das forças magnéticas sem o contato direto entre
os corpos, as quais atuaram até uma distância máxima de aproximadamente 12
centímetros. Tal fenômeno ocorreu devido a atuação das linhas de indução
presentes no campo magnético do imã reto, campo esse forte o tanto para fazer com
que houvesse a interação mesmo sem o contato direto.

Mais adiante, ao colocar a moeda sobre a placa de policarbonato e passar


sobre o imã reto, notou-se que não houve movimentação desse imã, o que é
proveniente da grande disparidade entre as massas da moeda e do imã reto e pelo
fato do corpo a ser arrastado ser muito mais pesado, o que necessitaria de uma
força muito maior. O mesmo fenômeno foi observado ao substituir a moeda pelo
clipe devido as mesmas justificativas anteriormente abordadas.

Já quando foi invertido a localização dos objetos da etapa anterior (com o imã
sobre a placa e com o clipe e a moeda sendo os objetos a serem arrastados),
percebeu-se que houve a movimentação dos objetos abaixo da placa de
policarbonato, pois a massa tanto do clipe quanto da moeda são bem menores que
a do imã, favorecendo o arrasto

Ao trocar a placa de policarbonato por uma folha de papel, verificou-se que os


mesmos acontecimentos anteriores com o imã reto sob a placa se repetiram devido
aos mesmos motivos citados. Quando tal imã foi posto sobre a folha, também foi
notada a movimentação do clipe e da moeda, porém com mais intensidade, o que é
oriundo da menor resistência, pela folha, da força magnética que a atravessa
quando comparada com a placa anteriormente usada.

4.4 Do experimento 4

Verificou-se que, no pedaço de arame magnetizado inicialmente, uma das


extremidades atraiu o polo norte da bússola e a outra repeliu o mesmo polo, o que
comprova a imantação (polarização) do arame.
13

Ao retirar um pedaço desse arame e aproximar o norte do imã no seu centro,


foi constatado que a fração retirada do arame permaneceu imantada pelo fato desse
pedaço ir sempre com o mesmo extremo em direção ao imã. Tal fenômeno já era
esperado, pois é singular as propriedades dos elementos ferromagnéticos (o arame
é composto pelo ferro, logo é ferromagnético) a manutenção da magnetização.

4.5 Do experimento 5

Dado o arame magnetizado inicialmente, foram obtidos os polos


apresentados na figura 6.

Figura 6: Polos norte (N) e sul (S) encontrados do arame imantado.

Fonte: AUTOR, 2019.

Com a posterior divisão do arame anterior e com a ajuda da bússola, foi


constatado que também houve a existência de polos em ambos os arames. Os polos
gerados podem ser analisados na figura 7.

Figura 7: Polos dos novos imãs obtidos com a cisão do imã (arame) inicialmente obtido.

Fonte: AUTOR, 2019.

Os fatos abordados anteriormente são resultantes do caráter ferromagnético


do ferro que compõe o arame, característica essa que permite ao material a
manutenção da magnetização. Assim, não há polos isolados, visto que são
inexistentes as cargas magnéticas. O que existem são imãs elementares, os quais
correspondem a menor fração do imã, na qual ainda resta propriedades magnéticas.

4.6 Do experimento 6

Ao colocar apenas um imã na aproximação, foi obtido que a distância máxima


14

que o mesmo deve estar longe da haste para haver o rolamento foi de
aproximadamente 2,1 centímetros. Já quando foi posto dois imãs com os polos
opostos de cada sobrepostos (o norte de um imã colado com o sul do outro e vise e
versa), foi identificado que a distância na qual começou o rolamento da haste foi de
cerca de 3,0 centímetros. Posteriormente, com os imãs unidos por polos iguais, foi
constatada que a distância máxima que o par de imãs deve estar longe da haste
para iniciar a movimentação da mesma foi de 3,6 centímetros, aproximadamente.
Tais distâncias podem ser vistas na figura 8.

Tais divergências nas medidas são originadas pelas diferentes intensidades


de forças magnéticas exercidas por cada configuração dos imãs. Um único imã
exerceu uma determinada força magnética sobre a haste. Quando sobreposto dois
imãs, ouve um incremento de força magnética por parte do segundo imã, o que fez
com que a haste se movesse à uma maior distância. A sobreposição de polos iguais
gerou maior força que na de polos diferentes pelo fato de que, na primeira ocasião,
houve uma maior polarização de forças, gerando um campo magnético resultante
nos polos maior que na primeira situação. Note que na sobreposição de polos
diferentes, há uma maior tendência dos vetores de forças magnéticas irem para fora
do encontro entre os imãs do que na sobreposição de polos iguais, o que também
contribui para os fatos apresentados anteriormente.

Figura 8: Distâncias obtidas para iniciar o rolamento da haste de ferro pela aproximação de um imã
(1), por dois imãs com polos diferentes sobrepostos (2) e por dois imãs com polos iguais sobrepostos
(3).
15

Fonte: AUTOR, 2019.

5. 7 Do experimento 7

Ao se colocar apenas um imã reto, foi obtida a forma do campo magnético


descrita na figura 9. Notou-se que houve uma grande densidade de limalha nos
polos e a formação de linhas de força de um polo ao outro. Nessas linhas, a
orientação é dada do polo norte ao polo sul cujo comportamento se assemelha as
linhas de carga dos campos elétricos.

Figura 9: Linhas de forças do campo magnético do imã reto obtidas experimentalmente com a adição
de limalhas de ferro.

Fonte: AUTOR, 2019.


16

Já quando postos dois imãs retos com polos diferentes próximos, foi
constatado que o campo magnético tem as linhas de indução dispostas conforme é
apresentado na figura 10. Observou-se que as maiores densidades de limalha de
ferro ficaram nos polos aproximados e entre os mesmos. Isso ocorreu devido à
atração entre os polos distintos, o que ocasionou o direcionamento das linhas de
força entre o polo norte de um imã ao polo sul do outro por todo o campo magnético
presente entre eles.

Figura 10: Linhas de força da aproximação de dois imãs retos por polos diferentes obtidas
experimentalmente com a adição de limalhas de ferro.

Fonte: AUTOR, 2019.

Quando os imãs retos são aproximados por polos iguais, percebeu-se que
houve um vazio entre os polos e as linhas de força foram dispostas como pode ser
visto na figura 11. Notou-se uma grande densidade de limalha nos polos próximos e
formando curvas entre os polos norte e sul de cada imã. Tal disposição é fruto da
repulsão entre os polos aproximados, o que gera linhas de forças direcionadas do
polo norte ao polo sul em cada imã sem a existência dessas linhas de um imã ao
outro.

Figura 11: Linhas de força provenientes da aproximação de dois imãs retos por polos iguais obtidas
experimentalmente com a adição de limalhas de ferro.
17

Fonte: AUTOR, 2019.

4.8 Do experimento 8

Ao deslocar o sensor magnético sobre a superfície da esfera, foi observado


que a mesma apresenta polos em seus extremos norte e sul, na qual o norte da
esfera foi atraída pelo norte do sensor (Ver figura 12) e o sul da esfera foi atraída
pelo sul do sensor. Portanto, foi constatado que o norte da esfera é o sul magnético
da mesma (pois foi atraído pelo norte do imã do sensor) e o sul desse objeto, o norte
magnético (pelo fato de ser atraído pelo sul do imã).

Na parte central da esfera, notou-se que o imã do sensor ficou praticamente


na posição vertical, o que indica que a atração magnética nessa área é bastante
fraca quando comparada aos extremos.

Pode-se afirmar que as linhas de campo magnético nessa esfera foram


dispostas em linhas curvas, que vão do norte magnético em direção ao sul
magnético (Ver figura 13). Tais fenômenos são presentes na esfera terrestre, na
qual o norte do objeto abordado representou o norte geográfico e o sul, o sul
geográfico. Além disso, a faixa intermediária da esfera representou a linha do
equador da terra.

Figura 12: A detecção, pelo sensor, do polo sul magnético da esfera (norte da esfera). Note que a
parcela vermelha do imã do sensor (norte) está inclinada em direção ao norte da esfera, o que
explicita que tal hemisfério é sul no ponto de vista magnético.
18

Fonte: AUTOR, 2019.

Figura 13: Orientação das linhas de indução (linhas de forças) na esfera em questão.

Fonte: FISMÁTICA, 2019.

5. CONCLUSÃO

Mediante a análise dos resultados pôde-se observar que materiais como o


ferro são atraídos por ímãs, comportamento que não foi demostrado por objetos
como as hastes de vidro, carbono, plástico e alumínio, placa de policarbonato,
caneta, lápis de madeira e borracha. Comportamento esperado devido as
características ferromagnéticas do ferro, que implica numa capacidade de alinhar os
19

ímãs elementares possibilitando a atração, o que não ocorre nos demais materiais,
os quais são ditos paramagnéticos. Verificou-se, ainda, que a repulsão de imãs
quando aproximados por polos iguais, e a atração quando a aproximação se dá por
polos distintos, como também o princípio de funcionamento da bússola, onde o polo
norte aponta para o norte geográfico, o sul magnético, e o polo sul aponta para o sul
geográfico, o norte magnético. Os resultados do experimento 3 mostraram que a
atração magnética ocorre mesmo em grandes distâncias, observou-se a ocorrência
desta a 12cm de distância entre os objetos. Constatou-se também neste
experimento que no sistema montado com o ímã sobre a mesa e os materiais sobre
a placa não se observou nenhuma força atrativa, o que já é notado quando a
disposição dos itens é invertida comprovando que a força magnética atravessa
materiais não magnéticos. No experimento 4 foi possível verificar a possibilidade de
produzir ímãs a partir de materiais ferromagnéticos devido a atração observada após
a imantação entre o fio que passou pelo processo e os demais, além dos fenômenos
de atração e repulsão ao aproximar o primeiro da bússola.

Os fenômenos observados possibilitaram a verificação da inexistência de


monopólio magnético, uma vez que a divisão do fio imantado preservou a existência
de polos sul e norte nos fios menores. No experimento 6 pôde-se notar que a força
magnética aumenta com a sobreposição de ímãs, o que culminou num aumento da
distância em que se observava a movimentação da haste de ferro. No experimento 7
notou-se que as linhas de campo de um polo ao outro e uma maior concentração de
limalha nos polos, quando se tinha dois ímãs aproximados por polos iguais notou-se
uma maior concentração de limalha entre os ímãs, já no caso da aproximação dos
ímãs por polos iguais observou-se um vazio entre esses, devido a inexistência de
linhas nessa região. No experimento 8, por fim, observou-se que as linhas de campo
na esfera vão do norte magnético ao sul, notou-se que na linha do equador o sensor
ficou na posição vertical e nos polos se dispôs de forma horizontal.
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REFERÊNCIAS BLIBIOGRÁFICAS
[1] Helou, Gualter e Newton. Tópicos de Física, Vol. 03, 16ª Saraiva Educação Ltda.,
São Paulo, 2016.
[2]: Halliday, David, Resnick, Robert e Walker, Jearl, Fundamentos de Física Volume
3 Eletromagnetismo, Ed. LTC, Rio de Janeiro, 2007;
[3]: SANTOS, Marco Aurélio da Silva. "Materiais paramagnéticos, diamagnéticos e
ferromagnéticos"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/fisica/materiais-paramagneticos-diamagneticos-
ferromagneticos.htm. Acesso em 15 de dezembro de 2019.
[4]: “Campo Magnético" em Só Física. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-
21

2019. Consultado em 15/12/2019 às 13:47. Disponível na Internet


em http://www.sofisica.com.br/conteudos/Eletromagnetismo/CampoMagnetico/camp
o.php

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