A dialética e resgatada por Friedrich Hegel que retoma ao movimento
natural do pensamento na pesquisa e na discussão, Lefebvre por sua vez afirma que é utilizando a dialética que os pesquisadores confrontam as opiniões, os pontos de vista, os diferentes aspectos do problema, as oposições e contradições tentando encontrar um ponto de vista mais amplo e compreensivo. Gaarder sintetizando o que propôs Hegel diz que “a verdade é fundamentalmente subjetiva e ele não acreditava que pudesse existir uma verdade além ou fora da razão humana” uma vez que “todo conhecimento é conhecimento humano”. Para compreendermos a realidade do mundo se fazia necessário um método adequado compreender o movimento da história, já que não existe razão intemporal. Logo se a razão é dinâmica, ela e um processo e a “verdade” é esse próprio processo”. O pensamento que é elaborado uma vez estabelecido, vai ser confrontado com um novo pensamento, criando assim uma tensão entre dois modos de pensamento. A isso Hegel chamou de processo dialético. Uma afirmativa, ou seja, uma colocação claramente definida atrai por consequência uma negação. A tensão entre afirmação e negação leva necessariamente a uma nova posição superior as duas, mas que contem suas ideias confrontadas, chegando-se à negação da negação, mas tarde Hegel denominaria de tese, antítese e síntese. Karl Marx com base na leitura da dialética Hegel vai fazer sua critica e demonstrar os limites do idealismo na interpretação de transformação do mundo. Para Marx, a dialética compreende necessariamente a noção de movimento na história. Esse movimento ocorre quando, na confrontação de tese e antítese, a síntese contem aspectos positivos da tensão anterior logo se apresentando como uma nova tese. Na concepção marxista de história possibilitou a elaboração de conceitos e teorias que permitiu uma leitura mais incisiva do capitalismo como modo de produção historicamente produzido com todas as suas determinações. Marx reuniu elementos difusos como a versão dialética de Hegel e os dualismo de Kant para constituir um método que pela fusão da teoria abstrata e da pratica concreta possibilitou criação de uma pratica teórica através da qual o homem poderia moldar a história ao invés de ser moldado por ela.