Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
ELÉTRICOS
Sumário
Motor Elétrico ............................................................................................................................................. 5
Motor de corrente contínua ........................................................................................................................ 5
Motor de corrente alternada ....................................................................................................................... 5
O motor monofásico ................................................................................................................................... 5
Conceitos Básicos ...................................................................................................................................... 7
Conjugado .......................................................................................................................................... 7
Conversão da potência elétrica em mecânica ................................................................................... 7
Potência Ativa, Aparente e Reativa.................................................................................................... 8
Motores trifásicos ..................................................................................................................................... 10
Introdução ao campo girante .......................................................................................................... 10
Velocidade síncrona do campo girante ........................................................................................... 12
Escorregamento .............................................................................................................................. 12
A curva do conjugado ...................................................................................................................... 13
Motor de indução tipo gaiola de esquilo .......................................................................................... 14
Análise dos dados de placa de um motor de indução trifásico tipo gaiola de esquilo. ............................ 15
Informações do motor ...................................................................................................................... 15
Potência do motor ............................................................................................................................ 17
Fator de Serviço ............................................................................................................................... 17
Classe de isolamento ou isolação .................................................................................................... 17
Corrente de partida, Múltiplos da corrente nominal fator Ip/In. ........................................................ 18
Grau de proteção intrínseca (IP). ..................................................................................................... 18
Tensão de trabalho múltipla ............................................................................................................. 19
Corrente nominal .............................................................................................................................. 20
Regime de trabalho .......................................................................................................................... 20
Temperatura e altitude de trabalho .................................................................................................. 22
Rendimento (η) ................................................................................................................................. 23
Fator de potência ou cosseno phi (cosφ). ........................................................................................ 24
Ligações de motores elétricos trifásicos por indução, tipo gaiola de esquilo. ......................................... 27
Dispositivos de Proteção .......................................................................................................................... 30
Fusíveis ............................................................................................................................................ 30
Fusível Tipo D .................................................................................................................................. 31
Fusível NH ........................................................................................................................................ 33
Disjuntores........................................................................................................................................ 35
Disjuntor Termomagnético ............................................................................................................... 35
Relé Térmico .................................................................................................................................... 36
Disjuntor Motor ................................................................................................................................. 37
Dispositivos de Comandos Eletroeletrônicos Industriais ......................................................................... 39
Botões e Chaves Fim de Curso ....................................................................................................... 39
Botões .............................................................................................................................................. 39
Chaves Fim de Curso ....................................................................................................................... 41
2
Contatores ........................................................................................................................................ 43
Contatores Principais ou de Potência ............................................................................................... 43
Contatores auxiliares ......................................................................................................................... 45
Sinalizadores ..................................................................................................................................... 47
Sinalizador sonoro ............................................................................................................................. 47
Sinalizador luminoso ......................................................................................................................... 48
Temporizadores ................................................................................................................................ 49
Dimensionamento de partidas motores de indução trifásico rotor de gaiola ................................. 51
Partida direta .................................................................................................................................... 51
Dimensionamento utilizando como proteção fusível (curto-circuito) e relé térmico (sobrecarga) ... 52
Dimensionamento dos condutores de potência e comando. ........................................................... 53
Dimensionamento do contator K1. ................................................................................................... 54
Dimensionamento do relé térmico ou disjuntor motor. ..................................................................... 54
Dimensionamento dos fusíveis de potência (F1, F2 e F3). ............................................................. 55
Dimensionamento dos fusíveis de comando (F21 e F22)................................................................ 56
Métodos de partida indireta .............................................................................................................. 57
Partida estrela triângulo ................................................................................................................... 57
Determinação das tensões e correntes na parida estrela-triângulo. ............................................... 58
Dimensionamento dos componentes da partida estrela-triângulo. .................................................. 60
Dimensionamento dos contatores. Contator K2 .................................................................................... 63
Contatores K1 e K3 .......................................................................................................................... 63
Dimensionamento do térmico. .......................................................................................................... 63
Dimensionamento do fusível. ................................................................................................................ 63
Dimensionamento do disjuntor motor............................................................................................... 65
Partida com autotransformador (compensadora) ...................................................................................... 66
Dimensionamento dos componentes da partida com autotransformador. ....................................... 67
Dimensionamento dos contatores. ................................................................................................... 68
Contator K2 ...................................................................................................................................... 68
Contator K3 ...................................................................................................................................... 68
Dimensionamento do térmico. .......................................................................................................... 69
Dimensionamento do fusível. ........................................................................................................... 69
Dimensionamento do disjuntor motor............................................................................................... 70
Motores com mais de uma velocidade. .................................................................................................... 71
Motor Dahlander ............................................................................................................................... 71
Dimensionamento para baixa rotação. Contator K1 .............................................................................. 73
Dimensionamento do disjuntor motor (DM) Q0. ............................................................................... 74
Dimensionamento para alta rotação. Contator K2 e K3......................................................................... 74
Dimensionamento do disjuntor motor (DM) Q1. ............................................................................... 74
Motor de Rotor Bobinado (variação de resistência rotórica). ........................................................... 75
Frenagem ................................................................................................................................................. 76
SoftSarter ................................................................................................................................................. 78
Inversor de frequência .............................................................................................................................. 80
Sensores .................................................................................................................................................. 82
3
Condutores elétricos ................................................................................................................................ 86
Identificação dos condutores:................................................................................................................... 89
Terminais para cabos elétricos. ............................................................................................................... 90
Bornes de passagem. .............................................................................................................................. 91
Conexão por parafuso .............................................................................................................................. 91
Conexão por mola .................................................................................................................................... 91
Eletroduto tipo canaleta ............................................................................................................................ 92
Prensa cabos............................................................................................................................................ 92
Montagens ................................................................................................................................................ 93
Partida direta motor monofásico .............................................................................................................. 94
Partida direta do motor trifásico ............................................................................................................... 95
Partida direta com reversão (Potência) .................................................................................................... 96
Partida direta com reversão (Comando) .................................................................................................. 97
Semáforo didático 1 ................................................................................................................................. 98
Semáforo didático 2 ................................................................................................................................. 99
Partida Estrela Triângulo (Potência) ...................................................................................................... 100
Partida Estrela Triângulo (Comando) ..................................................................................................... 101
Partida Estrela Triângulo com reversão (Potência) ............................................................................... 102
Partida Estrela Triângulo com reversão (Comando) .............................................................................. 103
Partida com Autotransformador (Potência) ............................................................................................ 104
Partida com Autotransformador (Comando) .......................................................................................... 105
Partida com Autotransformador e reversão (Potência) .......................................................................... 106
Partida com Autotransformador e reversão (Comando) ........................................................................ 107
Partida motor Dahlander ( Potência) ..................................................................................................... 108
Partida motor Dahlander (Comando) ..................................................................................................... 109
Partida motor Dahlander com reversão (Potência) ................................................................................ 110
Partida motor Dahlander com reversão (Comando) .............................................................................. 111
Partida motor Dahlander com reversão e temporizadores (Potência) ................................................... 112
Partida motor Dahlander com reversão e temporizadores (Comando) ................................................. 113
Partida motor Dahlander com reversão e temporizadores (Comando) ................................................. 114
Partida do motor de rotor bobinado mudança de velocidade por botão (Potência) .............................. 115
Partida do motor de rotor bobinado mudança de velocidade por botão (Comando) ............................. 116
Partida do motor de rotor bobinado mudança automática de velocidade (Potência) ........................... 117
Partida do motor de rotor bobinado mudança automática de velocidade (Comando) ......................... 118
Partida direta com reversão e freio eletromagnético (Potência) ............................................................ 119
Partida direta com reversão e freio eletromagnético (Comando) .......................................................... 120
Partida com soft starter e reversão (Potência) ....................................................................................... 121
Partida com soft starter e reversão (Comandos) ................................................................................... 122
4
Motores Elétricos
São motores de custo mais elevado e, além disso, precisam de uma fonte de corrente
continua, ou de um dispositivo que converta a corrente alternada comum em continua. Podem
funcionar com velocidade ajustável entre amplos limites e permitem controles com e grande
flexibilidade e precisão. Por isso, seu uso é restrito a casos especiais em que estas exigências
compensam o custo muito mais alto da instalação e da manutenção.
Motor de indução assíncrono: funciona normalmente com uma velocidade constante, que
varia ligeiramente com a carga mecânica aplicada ao eixo. Devido a sua grande simplicidade,
robustez e baixo custo, é o motor mais utilizado de todos, sendo adequado para quase todos os
tipos de máquinas. Atualmente é possível o controle da velocidade dos motores de indução com
o auxílio de inversores de frequência.
O motor monofásico
São motores que são alimentados por uma fonte de tensão monofásica comum em
residências, escritórios, oficinas em zonas rurais. Não são recomendados para potências acima
de 3CV, devido ao grande consumo de corrente elétrica.
5
Exercício
Marca do motor: .
Número de rotações: RPM.
Corrente em 110V: A.
Corrente em 220V: A.
Potência do motor: CV.
6
Conceitos Básicos
Conjugado
No exemplo acima, uma barra de 1 metro e um peso de 1Kgf aplicado na ponta desta
barra, no centro do eixo temos o conjugado de 1 Kgfm.
Potência elétrica em Watts (W) para potência mecânica em Cavalos Vapor (CV):
𝑃𝑚𝑒𝑐â𝑛𝑖𝑐𝑎= 𝑃𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎
736
Potência mecânica em Cavalos Vapor (CV) para potência elétrica Watts (W):
7
Potência Ativa, Aparente e Reativa.
Onde:
P – Potência Ativa.
U – Tensão elétrica em Volts (V).
I – Corrente elétrica em Ampère (A).
Cosφ – Cosseno do ângulo phi (ângulo de defasagem entre tensão e corrente).
É a potência total absorvida pelo circuito, é a relação direta entre tensão e corrente,
expressa na unidade Volt Ampère (V.A.), calculada por:
𝑆 = 𝑈 × 𝐼 (𝑆𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎𝑠 𝑚𝑜𝑛𝑜𝑓á𝑠𝑖𝑐𝑜𝑠)
𝑆 = √3 × 𝑈 × 𝐼 (𝑆𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎𝑠 𝑡𝑟𝑖𝑓á𝑠𝑖𝑐𝑜𝑠)
Onde:
S – Potência Aparente.
U – Tensão elétrica em Volts (V).
I – Corrente elétrica em Ampère (A).
É a potência que não realiza o trabalho final, é a potência absorvida pelos elementos do
circuito (capacitores e indutores), sua unidade é o Volt Ampère reativo (V.A.r), calculada por:
𝑄 = √3 × 𝑈 × 𝐼 × 𝑠𝑒𝑛𝜑 ou 𝑄 = 𝑆 × 𝑠𝑒𝑛 𝜑
Onde:
Q – Potência Reativa.
U – Tensão elétrica em Volts (V).
I – Corrente elétrica em Ampère (A).
senφ –seno do ângulo phi (ângulo de defasagem entre tensão e corrente).
8
Triângulo das potências
9
Motores trifásicos
Podemos citar alguns tipos de motores, que serão utilizados em nossas montagens, o
mais comum: o motor de indução trifásico tipo gaiola de esquilo, o mais robusto de todos devido
sua construção simples, apresenta um conjugado de partida relativamente fraco, e um pico de
corrente na partida que varia de 4 a 8 vezes o valor nominal.
Motor de dois enrolamentos separados possui dois enrolamentos que devemos alimentar
um de cada vez, e cada um possui uma velocidade diferente.
Quando uma bobina é percorrida por uma corrente elétrica, é gerado um campo
eletromagnético, e a orientação magnética (norte e sul) é dado pelo sentido desta corrente.
10
Sinal trifásico e análise simplificada do campo girante no estator de um motor de indução.
11
Velocidade síncrona do campo girante
120 × f
ns =
p
Onde:
ns - velocidade síncrona.
F - frequência em Hertz.
p - Número de polos.
Escorregamento
É a diferença entre a velocidade síncrona (ns) e a velocidade nominal do motor (n), pois
quanto há carga mecânica no eixo, necessitamos de conjugado para girá-la, e necessitando de
conjugado, precisamos que mais linhas de força magnética cortem o rotor, diminuindo a
velocidade do eixo em relação ao campo girante. O escorregamento pode ser determinado por:
s (rpm) = ns - n
Onde:
s - escorregamento em RPM.
12
ns − n
s (%) = × 100
ns
Onde:
s (%) )
n = ns × (1 −
100
A curva do conjugado
13
Motor de indução tipo gaiola de esquilo
O rotor é constituído, por um núcleo de chapas de ferro magnético, isoladas entre si. Um
conjunto de barras de alumínio inseridas paralelamente, e em suas extremidades, é ligado anéis
de curto circuito, quando o estator gera o campo girante é através deste circuito, que é feita a
indução magnética, fazendo que o eixo gire, observe figura abaixo:
O estator é constituído por ferro magnético laminado, nas ranhuras ou cavas, onde são
colocados os enrolamentos que serão alimentados pela rede trifásica de corrente alternada, a
disposição e quantidade de bobinas em cada conjunto de boninas, determinam o número de
polos, que é um dos fatores que influencia diretamente a rotação do motor.
14
O motor é constituído por:
• Estator.
• Rotor.
• Dois rolamentos (mancais para os eixos).
• Retentores (Quando houver).
• Tampas do estator, onde são acondicionados os rolamentos.
• Ventilador.
• Tampa traseira para o ventilador, defletora.
• Caixa de conexões.
• Tampa para caixa de conexões.
• Olhal ou alça.
• Enrolamentos.
Informações do motor
3~ - Motor trifásico
Frequência
Hz – 60 Hz frequência da rede, frequência em Hertz (Hz).
15
Categorias
Categoria N
Categoria NY
Categoria H
Categoria HY
Categoria D
Conjugado de partida alto, corrente de partida normal e alto escorregamento (s > 5%).
Utilizado em máquinas que apresentam picos periódicos de conjugado, prensas e similares,
elevadores.
16
Potência do motor
Pelétrica (KW)
Pmecânica (CV) =
0,736
Fator de Serviço
O Fator de Serviço (FS) é um valor, que quando aplicado à potência nominal do motor,
determina o quanto de sobrecarga mecânica o motor suporta sem danificá-lo, podemos afirmar
que é uma potência reserva do motor.
No motor exemplo o FS é igual a 1,15, indicando que este motor pode trabalhar
fornecendo uma potência 15% maior que a nominal em situações de exigência, verificamos por:
Como calculado notamos que o motor pode fornecer uma potência de até 3,45CV sem
danificá-lo.
Classe Temperatura
Classe A 105°C
Classe E 120°C
Classe B 130°C
Classe F 155°C
Classe H 180°C
Tabela das classes de isolamento.
17
Corrente de partida, Múltiplos da corrente nominal fator Ip/In.
Este fator indica quantas vezes a corrente de partida é maior do que a corrente nominal
do motor, um valor muito importante para determinar as proteções do motor.
No motor exemplo temos uma corrente de 8,68 A quando alimentado em 220V, portanto
a corrente de partida (Ip) é calculada por:
A corrente de partida deste motor será de 59,02A quando alimentado por 220V.
Este número indica qual o grau de proteção que motor possui em relação a objetos
sólidos (primeiro digito) e líquidos (segundo dígito).
18
Segundo Dígito (líquidos) Grau de proteção
0 Máquina não protegida.
1 Máquina protegida contra gotejamento vertical.
2 Máquina protegida contra gotejamento de água, até 15 graus.
3 Máquina protegida contra aspersão de água (chuva).
4 Máquina protegida contra projeções de água.
5 Máquina protegida contra jatos de água.
6 Máquina protegida contra jatos potentes de água.
7 Máquina protegida contra os efeitos de imersão temporária.
8 Máquina protegida contra os efeitos de imersão contínua.
Segundo digito da classificação IP (Líquidos).
O motor de 6 pontas ou terminais podem ter dois fechamentos o triângulo (menor tensão)
e o estrela (maior tensão).
No motor exemplo temos apenas duas tensões de operação sendo 220V (fechamento
triângulo) e 380V (fechamento estrela).
19
Corrente nominal
Indica a corrente nominal consumida pelo motor de acordo com a tensão de alimentação.
No motor exemplo quando alimentado com 220V a corrente nominal é de 8,68A e quando
alimentado em 380V a corrente nominal é de 5,03A.
A corrente pode ser calculada quando dispomos do valor da potência elétrica do motor,
Intensão de trabalho, rendimento e fator de potência (cosφ).
P(W) × 100
= 8,68A
In =
√3 × U × cosφ × rend%
No motor exemplo:
2200W × 100
In (220V) = = 8,68A
2200W × 100
= 5,03A
In (380V) =
Onde:
Regime de trabalho
20
S1 - Regime contínuo.
Carga constante
Regime que possui ciclos de funcionamento e parada idênticos, neste regime as partidas
não influenciam a temperatura de modo significativo.
Regime que possui ciclos de funcionamento e parada idênticos, porém com períodos
curtos, não permitindo o equilíbrio térmico.
Regime que possui ciclos de funcionamento, frenagem e repouso idênticos, porém com
períodos curtos, não permitindo o equilíbrio térmico.
Regime que possui ciclos de funcionamento com carga constante e períodos em vazio,
sem período de repouso.
OBS: Geralmente aplicações que exigem motores com regimes de serviço de S2 a S10
devem ser encomendados ao fabricante.
21
Temperatura e altitude de trabalho
P´ = α × Pn (CV)
Onde:
22
Rendimento (η)
736 × P(CV)
η% = × 100
√3 × U × I × Cosφ
Onde:
η% - Rendimento em porcentagem.
U – Tensão de alimentação.
I – Corrente
736 × 3(CV)
η%(220V) = × 100
η%(220V) = 83,4%
736 × 3(CV)
η%(380V) = ×100
η%(380V) =83,3%
23
Fator de potência ou cosseno phi (cosφ).
O fator de potência, cosφ, é o cosseno do ângulo phi (φ) que é a defasagem entre a
tensão e a corrente, é também a relação entre a potência ativa (P) e a potência aparente (S).
P(W) P(W)
Cosφ = =
S(VA) √3 × U × I × η
Onde:
U – Tensão de alimentação.
I – Corrente
Como notamos o fator de potência é uma perda elétrica, que influencia no sistema de
distribuição, a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), determina que o fator de potência
esteja o mais próximo de 1,00, e o valor mínimo permitido é de 0,92.
24
Para corrigir o fator de potência em um motor elétrico, que basicamente é uma carga
indutiva, tem um cosφ atrasado, acrescentamos cargas que tenham um cosφ adiantado, de modo
a melhorar o sistema, o método mais comum é acrescentando capacitores.
Existem vários cálculos que podemos utilizar, porém o mais simples e prático é
determinando a potência reativa do banco de capacitores a serem adicionados ao sistema, em
kVAr, através de um Fator (F) dado em uma tabela e dados de potência e rendimento do sistema,
como veremos no exemplo a seguir pela expressão:
Onde:
η% - Rendimento em porcentagem.
No motor exemplo temos um cosφ de 0,80, e necessitamos corrigi-lo para atingir o valor
mínimo da norma de 0,92, obtemos a potência do banco por:
Portanto para correção do fator de potência do motor exemplo, de 0,80 para 0,92,
adicionamos um banco de capacitores com potência de 0,85 kVAr em paralelo com o mesmo,
conforme ilustração a seguir.
25
Coeficientes de correção (F) para equação da correção do fator de potência. Fonte: WEG.
26
Ligações de motores elétricos trifásicos
por indução, tipo gaiola de esquilo.
Motor de 6 pontas
27
Motor de 12 pontas
28
Fechamento triângulo para alimentação 440 V.
29
Dispositivos de Proteção
Fusíveis
Simbologia Norma
NBR 12523
IEC 60617-7
30
c) Fusíveis de ação ultrarrápida (especificação “aR”): são destinados à proteção de
circuitos com equipamentos eletrônicos tiristorizados, como os circuitos de sistemas de
controle de velocidade de motores elétricos. Os fusíveis utilizados em painéis de
comando, quanto a sua forma construtiva, são de dois tipos:
D – também conhecidos por Diametral ou Diazed;
NH.
Fusível Tipo D
Esses fusíveis são muito utilizados para proteção do circuito de comando e de motores
elétricos, devido à sua ação de efeito retardado que suporta o pico da corrente de partida.
Observe no quadro 3 os valores de corrente dos fusíveis tipo D, e as cores do indicador
de queima (espoleta), correspondentes.
31
Valores padronizados de correntes e cores das espoletas dos fusíveis tipo D
TAMANhO
CORRENTE COR DA ESPOLETA E DO (PADRÃO DO
ROSCA DA bASE
NOMINAL (A) PARAFUSO DE AjUSTE DIâMETRO DO
FUSíVEL)
2 Rosa
4 Marrom
6 Verde
E27
10 Vermelho DII
16 Cinza
20 Azul
25 Amarelo
35 Preto
63 Cobre
Os fusíveis com corrente nominal de até 25 A têm um diâmetro que se encaixa na base
com uma rosca E27, que é igual à dos receptáculos (soquetes) das lâmpadas comuns. Já os
fusíveis com corrente nominal de 35 A a 63 A possuem um diâmetro maior, padrão DIII e não
se encaixam na base Padrão DII, só se encaixam nas bases com rosca E33. Essa rosca é igual
à dos receptáculos de lâmpadas industriais tipo vapor de sódio alta pressão, por exemplo.
Os fusíveis vêm acompanhados de um conjunto de componentes que possibilita sua
instalação nos trilhos DIN dos painéis de comando. Esse conjunto é composto de: base de
porcelana, anel de porcelana, parafuso de ajuste, fusível e tampa.
32
Para fazer a conexão elétrica nos terminais da base, verifique qual condutor vem
da rede elétrica e qual vai para a carga a ser acionada e instale o fusível no caminho
entre o condutor da rede e o da carga.
Quando você for efetuar as ligações nas bases dos fusíveis, lembre-se que o fio da rede
deve ser conectado ao terminal metálico que tem contato com a base do parafuso de ajuste; já o
fio que vai para a carga deve ser conectado ao terminal que tem contato com a rosca metálica da
base.
Conexões dos condutores linha (rede) e carga nos terminais da base de fusível tipo D
Fonte: SENAI-SP (2013)
O parafuso de ajuste é pintado com a mesma cor que a espoleta do fusível, e cada um
tem um diâmetro diferente, de modo que só permite encaixar fusíveis de valor igual ou menor que
a corrente nominal. Isso ocorre para evitar que alguém coloque um fusível de corrente maior que
a nominal que foi dimensionada para aquele circuito.
Fusível NH
33
Para encaixar ou retirar o fusível NH da base, você deve usar uma ferramenta apropriada
chamada de “punho para fusível NH”. Esse punho possui um gatilho na parte superior que serve
para engatar um fusível.
A base NH não possui encaixe para trilhos, ela deve ser presa na placa de montagem
por meio de parafusos, e não tem lado certo para a instalação.
Os fusíveis NH, assim como as bases NH, são fabricados em quatro tamanhos
padronizados NH00, NH1, NH2 e NH3, cada um com sua faixa de corrente e de tamanhos
diferentes, sendo o NH00 o de menor tamanho, e o NH3 de maior corrente. Acompanhe, pela
tabela, 4 os valores e as faixas de corrente de cada padrão.
10
16
20
25
35 NH00
50
63
80
100
125 NH1
160
200
224
250 NH2
300
315
355
400
NH3
425
500
630
34
Disjuntores
Disjuntor Termomagnético
Simbologia Norma
NBR 12523
IEC 60617-7
Os relés térmicos, ou relés de sobrecarga, são dispositivos elétricos que têm a finalidade
de desenergizar o circuito e proteger o motor no caso de uma corrente acima dos limites que o
motor foi projetado a suportar (sobrecarga).
Os relés possuem terminais que são conectados às três fases, que funcionam como
sensores de corrente e terminais dos contatos NA e NF e que atuam abrindo ou fechando o
circuito de comando.
Os relés térmicos têm um ponto de ajuste da corrente que o instalador vai ajustar com o
mesmo valor da corrente nominal (In) do motor. Observe o detalhe na figura a seguir.
Simbologia Norma
NBR 12523
IEC 60617-7
36
Disjuntor Motor
Eles oferecem uma proteção eficiente, porque incorporam as funções de disjuntor e relé
térmico em um mesmo dispositivo.
O símbolo do disjuntor motor é mostrado na figura a seguir
Simbologia Norma
IEC 60617-7
Como o disjuntor motor exerce a função de relé térmico, possui dispositivo para
regulagem de corrente. Você deve verificar a corrente nominal indicada na placa de identificação
do motor e regular o mesmo valor de corrente no disjuntor motor. Apesar de o disjuntor motor ser
tripolar, você também poderá instalá-lo em motores monofásicos, interligando dois polos do
disjuntor motor em série com um terminal do motor, conectando o último polo diretamente ao
outro terminal do motor.
Veja o diagrama de instalação do disjuntor motor em motores instalados em redes
monofásicas e bifásicas.
37
Instalação do disjuntor-motor em redes trifásica, bifásica e monofásica
Fonte: SENAI-SP (2013)
38
Dispositivos de Comandos Eletroeletrônicos
Industriais
Os botões e as chaves fim de curso são dispositivos que funcionam sob o mesmo
princípio, ou seja, quando acionados movimentam seus contatos internos.No botão, o
acionamento é feito manualmente, enquanto que as chaves fim de curso são acionadas por partes
da máquina que se movimentam durante seu funcionamento. Vejamos cada um deles.
Botões
Os botões possuem contatos que podem ser: normalmente abertos (NA) e normalmente
fechados (NF):
1º dígito 2º dígito
ordem do tipo do
contato contato
13 21 33 41
14 22 34 42
Identificação dos terminais dos contatos NA e NF de botões Fonte: SENAI-SP (2013)
Encontramos diversos tipos de botões para painel de comando, tais como: botão com trava,
pulsador e giratório. Observe o quadro a seguir.
39
Tipos de Botões
O botão pulsador é
acionado manualmente e
retorna por mola, é o tipo
de botão mais utilizado nos
comandos de máquinas.
Seu uso é geral.
Para instalar os botões de comando, você deve medir o diâmetro do corpo e fazer furos
no painel com serra copo, ou outra ferramenta de furação, de acordo com a medida do botão.
40
Atualmente, os botões são fabricados com diâmetro de corpo de 22 mm, mas você ainda pode
encontrar algum botão mais antigo com 30 mm.
Muitos botões de comando são modulares, de modo que você monta a configuração de
acionador, de contatos e de número de posições de acordo com sua necessidade. Nesse modelo
modular, podemos ter, por exemplo, um botão pulsador com 3 contatos NA e 1 NF, ou ainda, um
botão giratório com retorno por mola com duas posições com 1 NA e 1 NF.
Quando necessitamos de alguns botões em um local remoto de uma máquina e não
dispomos de um painel de comando, podemos contar com as chamadas botoeiras, que são caixas
que acomodam vários botões. Elas são utilizadas em equipamentos de movimentação de cargas,
tais como: pontes rolantes, pórticos e talhas, comandos remotos para portão, controle de bomba
d’água, entre outras aplicações.
Observe a figura a seguir, de uma botoeira.
As chaves de fim de curso, também conhecidas por interruptor de posição, ou por limite,
foram criadas para “avisarem” ao comando quando o came da máquina atinge uma determinada
posição no curso de deslocamento.
As principais partes das chaves de fim de curso são acionador e contatos. O acionador
recebe o movimento do processo e o transmite aos contatos elétricos NA e/ou NF, que mudam
de posição.
O desenho da figura a seguir ilustra uma chave de fim de curso, e a mecânica de
acionamento de seus dois contatos, um NA e outro NF.
41
ROLETE
MECÂNICO
CONTATO NF
BORNES BORNES
CONTATO NA
MOLA
Chave de fim de curso – dispositivo e mecanismo dos contatos Fonte: SENAI-SP (2013)
Existem vários tipos de fins de curso, por exemplo, os que possuem acionadores como
alavanca, pino, rolete, gatilho e haste. Veja a seguir a imagem de uma chave fim de curso tipo
rolete e sua simbologia.
As chaves de fim de curso são muito utilizadas em aplicações de grande porte devido à
sua robustez, característica que permite a instalação em ambientes industriais.
São instaladas por meio de parafusos e devem estar bem fixadas. Em muitos casos, as
chaves de fim de curso são instaladas com a função de segurança, assim, os testes após a
instalação devem ser rigorosos, considerando todas as possíveis condições de funcionamento
para evitar acidentes.
As chaves de fim de curso também são utilizadas em outras aplicações não industriais.
42
Um exemplo disso são os portões automáticos deslizantes instalados na portaria das
empresas. Nesse caso, temos sempre uma chave de fim de curso para indicar ao comando que
o portão está fechado, e outra para indicar que o portão está aberto.
Contatores
CONTATO MÓVEL
BORNE
BOBINA ELETROMAGNÉTICA
MOLA
43
Para executar a instalação, é importante que você conheça a identificação dos
terminais dos contatos e da bobina dos contatores, indicada na norma NBR IEC 60947-4 (2008).
A identificação dos terminais das bobinas é representada por um código alfanumérico, ou
seja, formado por letras e números. Veja o exemplo a seguir.
A2
terminais A1 e A2 da bobina terminais A1 e A2 da bobina
(lados opostos) (do mesmo lado)
Simbologia da bobina
Quando a bobina for de tensão alternada e a alimentação da rede tiver um condutor fase
e outro neutro, devemos conectar a fase no A1, e o neutro no A2. Se o sistema de alimentação
tiver duas fases, ligamos a primeira fase no terminal A1 e a segunda no terminal A2. No caso de
a bobina ser de tensão contínua, é interessante conectar o positivo no A1, e o negativo, ou GND
ou 0 V, no A2.
Os terminais dos contatores principais ou de potência, de acordo com a mesma norma,
são identificados pela seguinte sequência: um número, uma letra maiúscula e um número.
Observe a figura a seguir.
44
Para conectar os terminais de potência do contator no circuito principal, você deve
conectar os fios que vêm da rede elétrica nos terminais 1/L1, 3/L2 e 5/L3 e nos terminais 2/T1,
4/T2 e 6/T3 conectar os fios que vão para a carga.
A simbologia de um contator principal com bobina e contatos pode ser vista na figura a
seguir.
Contatores auxiliares
Os contatores auxiliares, ou de comando, são aqueles usados para ligar e desligar
circuitos de baixa potência, pois têm capacidade de corrente da ordem de no máximo 10 A. São
utilizados, também, para fazer a lógica de comando, acionando bobinas dos contatores de
potência, lâmpadas do painel e solenoides (bobinas) de válvulas.
A identificação da bobina do contator auxiliar é igual à do contator de potência, e a
45
identificação de seus terminais segue a mesma norma vista anteriormente, NBR IEC 60947-4
(2008). Observe a figura da sequência.
46
Blocos adicionais para contatores Fonte: WEG (2013)
Sinalizadores
Sinalizador sonoro
Sinalizadores sonoros
Sirene eletrônica de
alta potência sonora,
utilizada para sinalizar
situações de emergência.
IEC 60617-8
47
Um cuidado que você deve ter ao instalar um sinalizador é observar o tipo da tensão de
trabalho. Se for tensão alternada, verifique o valor da tensão da rede e do sinalizador e se for
tensão contínua, observe também a polaridade, ou seja, tem-se um terminal exclusivo para a
conexão do positivo e outro para o negativo. Normalmente, o fio positivo (+) é vermelho e o
negativo (-) é preto.
Sinalizador luminoso
Sinalizadores luminosos
O sinalizador
Sinalizador de luminoso de embutir é
embutir utilizado nos painéis
IEC de comando das
60617-8 máquinas, já os de
sobrepor são
instalados em cima
das máquinas, em
lugar visível a todos.
Sinalizador de
sobrepor
Ao montar um painel, você deve observar na especificação qual tipo de sinalizador deve
usar: de lâmpada incandescente, de neon ou de LED; o tipo de tensão de funcionamento:
alternada ou contínua; e qual é seu valor de tensão: se é de 24V, 127 V ou 220 V, por exemplo.
Caso a tensão seja contínua, lembre-se da polaridade correta, conforme já explicado no
item anterior acerca do sinalizador sonoro.
Observe ainda o diâmetro do furo a ser feito no painel para a instalação dos sinalizador.
48
Temporizadores
O temporizador tem a função de temporizar, como o próprio nome sugere “contar tempo”,
ou seja, ele controla eletronicamente o tempo de abertura ou de fechamento de seus contatos.
Alguns modelos temporizam quando são energizados, e outros quando são
desenergizados. Eles possuem os terminais A1 e A2 para conexão dos condutores que fazem a
energização da parte eletrônica e terminais para conexão dos contatos de comando do
temporizador.
Veja a figura a seguir.
49
Temporizadores
COMPONENTE SIMBOLOGIA NORMA
(PARTE)
Elemento de comando
do temporizador NBR 12523
ativado na IEC 60617-7
desenergização
Contatos do
temporizador ativados IEC 60617-7
na desenergização
50
Dimensionamento de partidas motores de indução trifásico
rotor de gaiola
Partida direta
• Fácil de implementar.
• Conjugado de partida elevado.
• Partida rápida.
• Baixo custo.
• Potência do motor limitada.
• Causa distúrbios na rede no momento da partida pelo valor elevado da corrente de
partida.
• Exige um sobre dimensionamento dos componentes.
51
Dimensionamento utilizando como proteção fusível (curto-circuito) e
relé térmico (sobrecarga)
POTÊNCIA: 3CV
Ip/In: 6,8
RENDIMENTO: 83,1%
COSφ: 0,80
52
Dimensionamento dos condutores de potência e comando.
A norma NBR 5410 determina que a seção mínima para circuitos de força seja de
2,5mm2, é necessário o cálculo da corrente do circuito e localizar na tabela de condutores (em
anexos) o condutor adequado, o cálculo é dado por:
Icircuito = FS × In × 1,25
Onde
No circuito exemplo:
53
Dimensionamento do contator K1.
Para dimensionar o contator, devemos levar em conta o tipo de utilização (ver na apostila
códigos ACxx e DCxx), e seus contatos devem suportar a corrente nominal do motor.
No exemplo a partida direta sem reversão é uma utilização tipo AC3 (partida de motores
de indução tipo gaiola; desligamento do motor em funcionamento normal; partida de motores de
anel com frenagem por contracorrente). Seus contatos devem suportar uma corrente maior ou
igual à corrente nominal 8,68A, utilizando a tabela do fabricante, foi colocado um exemplo em
anexos.
Ie(Kx) ≥ In
Onde:
Kx – Nome do contator
In – Corrente nominal
Outro fator importante é a tensão de trabalho (Un) deve ser menor que a tensão máxima
do contator (Ue)
No exemplo o contator deve trabalhar em AC3, com tensão nominal de 220V, capacidade
dos contatos no mínimo de 8,68A e bobina com alimentação em corrente alternada 220V @
60Hz, com pelos menos 2 contatos auxiliares NA e 1 contato NF, utilizando a tabela em anexo
da WEG, definimos o código do contator:
O relé térmico deve ser ajustado para corrente nominal do motor, este valor deve
encontrar-se no centro da faixa de ajuste do relé térmico.
Irelé = In
Onde:
54
Assim devemos escolher um relé térmico que seja compatível com o contator K1 e no
centro de sua faixa de ajuste tenha um valor de 8,68A, observe tabela em anexo dos modelos
WEG, e a escolha será:
Relé com faixa de 8A a 12,5A compatível com contator CWM9 o código é RW27-1D3-
D125, o fusível deve ser no máximo de 25A.
Irelé = 1,25 x In
Irelé = 1,15 x In
Para definirmos o fusível adequado devemos calcular a corrente de partida ou pico (Ip)
e saber o valor do tempo de rotor bloqueado, considerado o tempo de partida, em posse destes
dados, no gráfico dos fusíveis, desenhamos uma linha vertical partindo do valor da corrente de
partida no eixo da corrente, e no eixo do tempo de fusão uma linha horizontal partindo do tempo
de partida, no cruzamento destas duas linhas definimos o ponto de operação, o fusível a ser
escolhido deve ser o que vem depois deste ponto, observe exemplo a seguir:
55
Localização dos fusíveis de potência através da corrente de partida por tempo de partida.
Os fusíveis de comando devem ter uma corrente maior do que a corrente de comando
(Icomando), obtida pela fórmula:
Assim:
56
Métodos de partida indireta
Como visto anteriormente na partida direta o pico de corrente é muito elevado, e sua
utilização é limitada a motores de no máximo 10CV, assim para reduzir este pico na partida,
utilizamos métodos de partida indireta, que geralmente é feita aplicando uma tensão reduzida no
momento da partida nas bobinas, para que a corrente seja reduzida e quando se atinge uma
determinada velocidade, entre 80% a 90% da velocidade nominal, ligamos o motor na tensão
nominal, mas como desvantagem nestes tipos de partida é a redução do conjugado no motor
quando em tensão reduzida, fator que dever ser analisado para a escolha do melhor método.
Sua utilização deve ser feita em conjuntos mecânicos, que não apresentem carga no
momento de partida, tais como: ventiladores, bombas, compressores com partida em alívio, etc.
Vantagens:
Desvantagens:
57
Curva do conjugado e da corrente na partida estrela-triângulo.
58
UL = UF × √3
UL
UF =
√3
Onde:
IL = IF
Onde:
Como as bobinas recebem uma tensão menor do que a nominal a corrente é reduzida
em três vezes e chamamos de corrente em estrela IY, que é definida por:
In
IY =
3
Onde:
IY – Corrente em estrela.
59
O fechamento triângulo segue o seguinte equacionamento:
UL = UF
Onde:
IL = IF × √3
IL
IF =
√3
Onde:
POTÊNCIA: 20CV
Ip/In: 6,3
RENDIMENTO: 84%
COSφ: 0,80
60
Diagrama da partida estrela triângulo.
Primeiro o motor é fechado em estrela pelas contatoras K1 e K2, assim faremos a análise
das correntes nestes contatores. A análise será feita de forma separada para melhor
entendimento.
61
Observando o diagrama principal notamos que o contator K1, alimenta o motor tanto em
estrela, quanto em triângulo, portanto a corrente que o percorre a ser considerada é a do
fechamento triângulo, pois é de maior intensidade, que quando em estrela.
In (220V)
IK2 = IY =
3
Onde:
Observando a figura podemos verificar que a corrente que circula por K1, F7 e K3, não
é a nominal e sim a corrente de fase, assim podemos calcular por:
62
Dimensionamento dos contatores.
Contator K2
In 52,6A
Ie(K2) ≥ portanto: Ie(K2) ≥ ≥ 17,5A em AC3
3 3
Onde:
Contatores K1 e K3
𝐼𝑛 52,6
Ie(K1) = Ie(K3) ≥ = portanto: Ie(K1) = Ie (K3) ≥ ≥ 30,40 A em AC3
√3 √3
Onde:
Dimensionamento do térmico.
In 52,6A
Irelé = = = 30,40A
√3 √3
Dimensionamento do fusível.
63
Onde:
Primeiro passo localizar o fusível no gráfico (If (gráfico)), sabendo que Ip=110,46A e
tempo de rotor bloqueado 7 segundos:
Comparando If (gráfico) é menor que If (calculo), portanto a escolha é pelo maior valor,
sendo o fusível escolhido, modelo diazed de 63A.
Devemos ainda verificar se este fusível é aceito pelo contator e relé térmico.
64
Dimensionamento do disjuntor motor.
Caso a opção de proteção seja o disjuntor motor, substituindo a dupla fusível mais
térmico, a montagem segue o esquema abaixo:
Como se observa a corrente de linha flui através do disjuntor motor, assim devemos levar
em consideração a corrente nominal do motor para determinar o ajuste e escolha do disjuntor
motor apropriado, lembrando que o valor do ajuste (I (DM)) deve estar no meio da escala.
I(𝐷𝑀) = 𝐼𝑛
Onde:
Por exemplo, para o motor do cálculo anterior, com In=52,6A, devemos escolher um
disjuntor motor que no centro de sua escala de ajuste, tenha o valor de 52,6A.
O disjuntor motor seria de 50A a 65A o código WEG: MPWM65-3-U065, o disjuntor motor
substitui o conjunto fusível com relé térmico.
65
Partida com autotransformador (compensadora)
Neste tipo de partida, as bobinas são alimentadas com uma tensão reduzida, fornecida
por um autotransformador. Inicialmente o motor parte com esta tensão e ao atingir a velocidade
de aproximadamente 85% da velocidade nominal, o motor é ligado a tensão da rede, para operar
em regime. Este autotransformador possui TAPs de tensão, que geralmente são de 50%, 65%,
80% e até 90% da tensão nominal da rede, possibilitando a escolha da tensão adequada na
partida, para que o conjugado seja suficiente para mover a carga.
A corrente por sua vez fica reduzida, pois reduzimos a tensão aplicada nas bobinas e o
autotransformado absorve parte da corrente de partida.
Este sistema é utilizado em cargas que possuem elevado conjugado de partida, tais
como: britadores, misturadores, moinhos, transportadores com carga, etc.
Vantagens:
Desvantagens:
66
Dimensionamento dos componentes da partida com
autotransformador.
Análise das correntes, na partida com autotransformador.
POTÊNCIA: 30CV
Ip/In: 8
RENDIMENTO: 82%
COSφ: 0,81
67
Dimensionamento dos contatores.
Contator K1
𝐼𝑒(𝐾1) ≥ 𝐼𝑛 𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎𝑛𝑡𝑜: 𝐼𝑒(𝐾1) ≥ 77,1𝐴 𝑒𝑚 𝐴𝐶3
Onde:
Na tabela em anexo localizamos um contator que suporte 77,1A em AC3, com bobina
220V@60Hz, com 2 contatoa auxiliares NA e 2 contatos auxiliares NF, assim o código será:
WEG : CWM80-22-30V26
Contator K2
Onde:
Na tabela em anexo localizamos um contator que suporte 44,34A em AC3, com bobina
220V@60Hz, com 2 contatoa auxiliares NA e 2 contatos auxiliares NF, assim o código será:
WEG : CWM50-22-30V26
Contator K3
Onde:
Na tabela em anexo localizamos um contator que suporte 12,33A em AC3, com bobina
220V@60Hz, com 2 contatoa auxiliares NA e 2 contatos auxiliares NF, assim o código será:
WEG : CWM12-22-30V26
68
Dimensionamento do térmico.
𝐼𝑟𝑒𝑙é = 𝐼𝑛 = 77,1𝐴
Dimensionamento do fusível.
Onde:
Primeiro passo localizar o fusível no gráfico (If(gráfico)), sabendo que Ip=394,8A e tempo
de rotor bloqueado 15 segundos (utilizar gráfico do fusível NH):
69
Agora devemos calcular o fusível, através da fórmula para comparação e escolha.
Comparando If(gráfico) é maior que If(calculo), portanto a escolha é pelo maior valor,
sendo o fusível escolhido, modelo NH de 125A.
Devemos ainda verificar se este fusível é aceito pelo contator e relé térmico.
Caso a opção de proteção seja o disjuntor motor, substituindo a dupla fusível + térmico,
a montagem segue o esquema abaixo:
Como se observa a corrente de linha flui através do disjuntor motor, assim devemos levar
em consideração a corrente nominal do motor para determinar o ajuste e escolha do disjuntor
motor apropriado, lembrando que o valor do ajuste (I(DM)) deve estar no meio da escala.
𝐼(𝐷𝑀) = 𝐼𝑛
Onde:
Por exemplo, para o motor do calculo anterior, com In=77,1A, devemos escolher um
disjuntor motor que no centro de sua escala de ajuste, tenha o valor de 77,1A.
70
Motores com mais de uma velocidade.
120 × 𝑓
𝑁𝑛 = × (1 − 𝑠)
𝑝
Onde:
p – Número de polos.
Motor Dahlander
Motor de duas velocidades, por comutação de polos, com uma relação de 1:2, a
velocidade baixa sempre é metade do valor da rotação alta.
Porém vale observar que para cada polo, temos uma potência, uma corrente, um cosφ
e um rendimento, assim devemos calcular os componentes para cada uma das situações, da
mesma forma que é feito o calculo para partida direta, visto anteriormente.
Motor Dahlander.
72
Baixa rotação:
POTÊNCIA: 2,0 CV
TENSÃO: 220V
CORRENTE: 8,29A
Ip/In: 5,5
RENDIMENTO %: 76,6
COSφ: 0,62
Alta rotação:
POTÊNCIA: 3,0 CV
TENSÃO: 220V
CORRENTE: 8,24A
Ip/In: 8,4
RENDIMENTO %: 82,4
COSφ: 0,85
Contator K1
Onde:
73
Dimensionamento do disjuntor motor (DM) Q0.
Devemos localizar um disjuntor motor que tenha o valor abaixo no centro de sua escala
de ajuste.
Contator K2 e K3
Onde:
Devemos localizar um disjuntor motor que tenha o valor abaixo no centro de sua escala
de ajuste.
74
Motor de Rotor Bobinado (variação de resistência rotórica).
Utilizamos motor de anéis, o qual possui o rotor bobinado e ao inserir uma resistência
externa a este enrolamento, alteramos o escorregamento, assim variando a velocidade. A
ilustração deste motor é vista a seguir, assim como sua conexão elétrica. O dimensionamento é
feito para os componentes que alimentam o estator, que segue o mesmo roteiro de cálculos para
um motor de indução comum.
75
Frenagem
A mecânica é composta por um mecanismo que para o eixo do motor, por um sistema
de freio, que pode ter acionamento somente mecânico ou elétrico.
Simbologia do diodo é formada por uma seta com uma barra na frente, conforme
ilustração abaixo.
Simbologia do diodo
Polarização do diodo:
76
Polarização reversa do diodo.
77
SoftSarter
• Rampa de aceleração.
• Rampa de desaceleração.
• Tensão mínima na partida. (Tensão de pedestal).
• Proteção contra falta de fase.
• Proteção contra subtensão.
• Proteção contra sobretensão.
• Proteção contra sobrecarga.
• Proteção contra curto circuito.
• Entre outras.
A conexão do softstart ao motor é feita de forma simples, porém é obrigatório ler o manual
do fabricante, para verificar como é feita as conexões, os ajustes e as proteções oferecidas pelo
equipamento bem como a sinalização.
78
Sinal de saída do softstart no momento de aceleração.
79
Inversor de frequência
120 × 𝑓
𝑁= × (1 − 𝑠)
𝑝
80
Para alterar os parâmetros devemos energizar o inversor e através das teclas, efetuar
as modificações.
Modo de operação:
Modo de operação:
81
Sensores
Sensores são componentes que alteram o estado de sua saída, quando acionado pelo
elemento ao qual é sensível, podemos ter sensores capacitivos, indutivos, magnéticos, óticos
entre outros, que podem ser alimentados por tensão alternada ou contínua.
82
Sensor ótico por barreira.
Sensores alimentados com tensão contínua, existem dois tipos de saídas uma chamada
NPN, onde o negativo é chaveado para saída e outro tipo PNP onde o polo positivo é chaveado
na saída.
83
Sensores PNP e NPN alimentação em corrente contínua.
84
Associação série de sensores PNP.
85
Condutores elétricos
Definição:
Condutores elétricos de potência em baixa tensão podem ser fios ou cabos de cobre ou
alumínio capazes de transportar energia elétrica em circuitos com tensões elétricas de até 1000
V. Os principais componentes de um fio ou cabo de potência em baixa tensão são o condutor,
a isolação e a cobertura, conforme ilustração abaixo.
Condutores elétricos.
Tipos:
Condutores elétricos podem ser do tipo rígido, flexível, super flexível. Sua definição
baseia-se no sistema de fabricação se rígido ou encordoado, conforme NBR 6880:
Fio:
O fio é um produto maciço, composto por um único elemento condutor, sua secção é
limitada a 16 mm2.
Condutor rígido.
86
Condutor encordoado:
Condutor encordoado.
87
Condutor extra flexível (Tipo malha):
Condutor múltiplo.
88
Identificação dos condutores:
Tem objetivo de identificar os condutores de acordo com o diagrama elétrico.
89
Terminais para cabos elétricos.
São elementos utilizados para fornecer melhor acabamento, melhor conexão elétrica e
facilidade de montagem, os quais podemos citar tipo garfo, olhal, pino, de encaixe, ilhós, entre
outros. Podem ser prensados, soldados, travados.
Terminais
Prensa terminais.
90
Bornes de passagem.
São elementos que fornecem a interconexão que tem por função proporcionar um meio
seguro de conexão elétrica e mecânica aos mais variados condutores elétricos.
Bornes de passagem.
91
Eletroduto tipo canaleta:
Canaletas
Prensa cabos:
Componentes utilizados para permitir a entrada de cabos em caixas de passagem, painéis de forma
segura e oferecendo proteção contra a entrada de poeira e líquidos.
92
93
94
95
96
97
98
99
100
101
102
103
104
105
106
107
108
109
110
111
112
113
114
115
116
117
118
119
120
121
122